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PAPER AVALIAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, EDUCAÇÃO E TRABALHO NA EJA

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4
Thais Silva Lima¹
 Juliana Sanches Grichi2
RESUMO
Palavras-chave: 
1. INTRODUÇÃO
2. A EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO 
3. MATERIAIS E MÉTODOS
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
ANZORENA, Denise Izaguirreo; BENEVENUTTI, Zilma Mônica Sansão. Educação de jovens e adultos. Indaial: Uniasselvi, 2013.
https://educere.bruc.com.br/arquivo/pdf2015/21130_10464.pdf>. acesso em: 28 Setembro 2019
GONÇALVES, Luiz Vanderlei. Por uma pedagogia cidadã. Tubarão: Guimarães, 2009.
MOREIRA, Adelson Fernandes; FERREIRA, Leonardo Augusto Gonçalves. Abordagem temática e contextos de vida em uma prática educativa em ciências e biologia na EJA. Ciência & Educação. Bauru, v. 17, n. 3, p. 603-624, 2011. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-73132011000300006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 15 dezembro. 2019.
https://portaldoalunoead.uniasselvi.com.br/ava/trilha_aprendizagem/trilha_aprendizagem.php>. acesso em: 28 Setembro 2019
AVALIAÇÃO, INCLUSÃO DIGITAL, EDUCAÇÃO E TRABALHO NA EJA
O estudo das Tecnologias da Informação e Comunicação com alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é um tema relativamente novo e pouquíssimo estudado; por isso a importância de novas pesquisas serem desenvolvidas nessa temática. Sem a intenção de varrer a amplitude e complexidade da questão, o presente artigo trata de apresentar uma sucinta revisão bibliográfica em que buscamos nos posicionar sobre as questões das tecnologias na Educação de Jovens e Adultos, destacando principalmente sua relação com a formação do sujeito cidadão, tendo em vista que o público alvo dessa modalidade abrange uma porção heterogênea da sociedade tanto em questões sociais, quanto etária e financeira. Faz-se urgente a necessidade de um programa de ensino que contemple a educação e a tecnologia, para que ambas consigam atuar como facilitadoras para esse momento, que nós, professores, tanto esperamos, aconteça – que nossos alunos transformem a sociedade.
EJA. Inclusão digital. Educação.
Quando falamos em Educação de Jovens e Adultos (EJA), o que mais se pesquisa nesta modalidade de ensino é sobre a sua implementação e parte da sua história no Brasil e funções (SANTOS; ROSA; MELO, 2012). Baseando-se nas experiências da Educação Popular, a EJA assumiu o aspecto de trabalhar para a construção da identidade de sujeitos capazes de agirem e falarem, de desenvolverem o pensamento político e crítico, essencial para interferir nos processos históricos e modificar sua realidade de exclusão social (SILVA; BURGOS, 2010).
Nesse sentido, a EJA assume o papel como direito individual do cidadão e dever do Estado, podendo-se conceituá-la como um processo e experiências de ressocialização através dos conhecimentos escolares orientados, com fins de obter o crescimento e a consolidação das capacidades individuais e coletivas dos sujeitos populares perante a promoção e recriação de valores, a produção, apropriação e aplicação de conhecimentos que permitam o desenvolvimento de propostas mobilizadoras capazes de colaborarem para a transformação da realidade natural e cultural dos sujeitos envolvidos (SOUZA, 2007, p. 176).
Na sociedade contemporânea, denominada por Santos et al. (2012) sociedade da informação e da comunicação, as novas tecnologias adentraram em todos os espaços e em um mercado de trabalho que necessita obrigatoriamente delas; os sujeitos da EJA transformaram-se em excluídos digitais.
A Educação de Jovens e Adultos no Brasil começou com os Jesuítas na época do Brasil colônia, através da catequização das nações indígenas. A Educação dada pelos jesuítas tinha preocupação com os ofícios necessários ao funcionamento da economia colonial, constando de trabalhos manuais, ensino agrícola e, muito raramente, leitura e escrita. 
No Período Imperial (1822 a 1889), a partir do decreto n. 7.031 de 6 de setembro de 1878 foram criados cursos noturnos para adultos analfabetos nas escolas públicas de educação elementar, para o sexo masculino, no município da corte. Foi somente a partir da década de 1940, que a Educação de Jovens e Adultos, começou a se delinear e se constituir como política educacional.
Em 1990 aconteceu o “Ano Internacional da Alfabetização”. Uma conquista importante para a Educação de Jovens e Adultos em 1990 foi a Resolução do Conselho Estadual de Educação (CEE) nº. 075/90, que garantia aos alunos ingressarem no ensino fundamental, através dos exames de classificação, eliminando a obrigatoriedade de apresentação de comprovante de escolaridade anterior para a matrícula na rede pública.
 
Na sociedade, a educação se apresenta como um meio de reprodução da cultura. “A educação é a transmissão integrada da cultura em todos os seus aspectos, segundo os moldes e pelos meios que a própria cultura existente possibilita.” (PINTO, 2010)
A educação tem a finalidade de transferir a cultura praticada na sociedade. Sendo assim, no ato educativo, são passados os valores sociais, normas e deveres que o indivíduo deve seguir durante toda sua vida social. Entendemos que tais transferências de valor cultural para um indivíduo, tornam-se algo relevante para sua formação, pois será transferida para ele desde seu nascimento, tornando-se integrada a seu caráter desde sua base. Assim, “o método pedagógico é função da cultura existente.” (PINTO, 2010).
A Educação de Jovens e Adultos vem crescendo a cada dia em nosso País. A busca é por turmas presenciais ou à distância. Umas das características marcantes dessa modalidade é a grande diversidade entre os estudantes, onde podemos ver o retrato de diferentes dificuldades; o domínio da leitura e sua compreensão, o conhecimento de vocabulário para expressar em linguagem escrita ou falada, seus conteúdos, valores, preocupações, angústias ou analfabetismo digital. 
O Parecer CEB/CNE nº 11/2000 reconhece a especificidade da EJA como modalidade de educação escolar de nível fundamental e médio no qual também reconhece que a EJA “representa uma dívida social não reparada para com os que não tiveram acesso a e nem domínio da escrita e leitura como bens sociais, na escola ou fora dela, e tenham sido a força de trabalho empregada na constituição de riquezas e na elevação de obras públicas”, indica suas funções, a saber: reparadora, equalizadora, qualificadora.
“A alfabetização consiste na ação de alfabetizar, de ensinar crianças, jovens ou adultos a ler e escrever.” (FERRAZ, 2010, p.15).
No sentido etimológico, alfabetizar significa “levar a aquisição do alfabeto”, o que deixa o termo reduzido a uma estratégia mecânica, articulada com a habilidade de codificar e decodificar grafemas e fonemas. Ela ainda diz que “o conceito de alfabetização se refere a habilidade de ler e escrever”. (SCHWARTZ, 2010, p.24),
Assim, é preciso tomar muito cuidado para que a EJA não seja rival da modalidade regular no ensino médio, principalmente porque há uma proporção expressiva de alunos do ensino médio regular que se evadem da escola durante o ano letivo (SOUSA et al., 2010).
Conforme Anzorena e Benevenutti (2013) o professor da EJA precisa ter mais cuidado ao falar, evitar expor os seus alunos, tratá-los com respeito, dignidade e atenção. 
Nesse mesmo sentido, Freire (2016) nos mostra que os professores e alunos são sujeitos diferentes, porém isso não significa que o professor não tenha algo a aprender com seus alunos, da mesma forma que seus alunos ao aprender também ensinam. 
Segundo Gonçalves (2009) o professor deve levar em consideração o contexto social dos alunos, assim como sua cultura, crenças, valores e tudo aquilo que aprendeu durante a sua vida.
Conforme o periódico Pedagogia em Ação (2017) escrito por Sérgio de Freitas Oliveira os jovens estão em constante contato com a tecnologia e o professor deve usar desse conhecimento informal para beneficiar o aprendizado formal. 
Segundo o periódico Ciência & Educação (2011) escrito por Adelson Fernandes Moreira e Leonardo Augusto Gonçalves Ferreira aformação do jovem e do adulto deve partir da realidade dos mesmos sendo capaz de torná-los conscientes de si próprios.
Considerando o meu objetivo de investigar as práticas pedagógicas que possam ser inovadoras e criativas no que se refere a tecnologia no ensino de educação de jovens e adultos, considerando também, como os adultos de hoje se relacionam um com o outro no espaço educativo ou social. 
O fundamento desse estudo tem como base formada na pesquisa bibliográfica. A pesquisa bibliográfica permite ao investigador a cobertura de uma imensa gema de fenômenos muito mais ampla. Portanto o levantamento teórico deste trabalho foi desenvolvido a partir de materiais já elaborados, constituídos de artigo científico. 
	 
 FIGURA 1- ALUNOS DO EJA EM SALA DE AULA
�
FONTE: Disponível em: <https://www.google.com.br/search>. Acesso em: 30 de Setembro de 2019.
A figura 1 mostra sujeitos, com suas diferenças culturais de etnias, de religião e de crenças que procuram, na instituição escolar, “[...] um espaço de sociabilidade, de transformação social e de construção de conhecimentos” (GADOTTI, 2003, p.23).
O desenvolvimento de qualquer pessoa depende das oportunidades de aprendizagem oferecidas pela escola. A entrada no ambiente virtual possibilita que o sujeito tenha voz ativa, seja autor e tenha autonomia, embora condicionada, para pesquisar e escolher, nas suas leituras, o que deseja aprender, indo além do espaço escolar.
Nesse sentido, se a EJA tem como objetivo preparar esses alunos para a cidadania e também de qualificá-los ao mercado de trabalho, é indispensável que tenham acesso às tecnologias que compõem esse mercado de trabalho. O uso das tecnologias na Educação de Jovens e Adultos é temática pouco pesquisada em educação. Quando se fala do uso das tecnologias na EJA, percebemos que os desafios ainda são grandes e muito difíceis. Em nosso País, em que a erradicação do analfabetismo ainda não é visível, o alfabetismo digital e o uso das tecnologias nas práticas de ensino ainda são distantes.
Assim, considerando-se a mudança de perfil da população a ser atendida pela Educação de Jovens e Adultos, é imprescindível repensar e replanejar essa modalidade de ensino e o que poderá ser oferecido aos que a ela recorrem. É importante levar em consideração os objetivos desses alunos ao procurarem a escola. Por esse motivo, surge uma reestruturação da EJA, com consideráveis alterações em seus objetivos, na metodologia de trabalho, nos conteúdos abordados e no tipo de avaliação a ser realizada, ofertando uma educação de qualidade para todos, na perspectiva de se educar para a diversidade.
Para concluir, gostaria de destacar, primeiramente, a valorização dos jovens e adultos em faze de alfabetização como ator social e sujeito de direitos que se desenvolve pelas relações sociais estabelecidas no ato de estudar e no mercado de trabalho. Gostaria de ressaltar a importância do planejamento inovador e criativo, utilizando a tecnologia para desenvolver as habilidades. 
Independentemente da época e do local vivido, a tecnologia aparece para o ser humano de forma natural e espontânea.
Através das atividades tecnologias, os alunos sempre experimentam novos desafios que, transformados em conhecimento, fazem parte do seu cotidiano. 
É importante que a escola e o currículo considerem os nossos alunos da EJA como sujeitos trabalhadores que estudam, havendo uma necessidade imperiosa de sua inclusão digital, para que possam exercer plenamente o direito à cidadania. Existe uma forte relação entre o currículo, a sociedade e o trabalho. O currículo não deve apenas ser uma lista de conteúdos; ele deve cumprir a função valorizar o contexto, os conhecimentos e as experiências dos jovens e adultos, nos quais a inclusão digital se faz necessária na conexão entre educação e trabalho. 
É justamente nas tecnologias, por intermédio de sua utilização pelos professores, que pode estar um dos subsídios para o combate do analfabetismo, tanto escrito quanto digital, em nosso País. A utilização de ferramentas como a televisão, o computador, a internet e o celular, pode trazer mudanças significativas nos processos de ensino e aprendizagem; são recursos que podem auxiliar não só os jovens e adultos a saírem das condições de “analfabetos” nos pontos de vista de escrita, de leitura e digital.	 
1 Acadêmica: Thais Silva Lima
2 Tutor Externo: Juliana Sanches Grichi 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI - Pedagogia (PED 1833/6) – Prática do Módulo VI - 05/12/19

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