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Crise Econômica nas Organizações no Brasil

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A CRISE ECONÔMICA NAS ORGANIZAÇÕES NO BRASIL 
 
INTRODUÇÃO 
A crise econômica é um assunto retratado mundialmente, mas ultimamente 
está tendo grande ênfase no Brasil. Para alguns autores a crise é passageira e 
possui estágios onde depois de um determinado período as empresas e o governo 
passam a se restabelecer. 
A crise econômica não é atual e sim de tempos. Algumas organizações 
criaram métodos para conseguirem se sobressair com menos rombos no seu setor 
financeiro e estratégias para manter o bom andamento da produção enquanto o 
setor econômico não se restabelece. 
Esse artigo falara sobre algumas dessas estratégias usadas pelas principais 
empresas, aquelas que, em meio a uma crise no país consegue virar o jogo e fazer 
com que o consumidor trabalhe e coopere em seu favor. 
 
1. CONCEITO DE CRISE ECONÔMICA. 
Podemos compreender crise econômica como a queda de valores dos 
setores de produção financeira. A crise econômica é envolvida pelos ciclos 
econômicos que segundo Joseph Schumpeter é dividido em quatro estágios, mas 
existem dois principais como o boom que é considerado o auge das negociações, 
onde todos os objetivos e metas estão caminhando em perfeita harmonia com os 
setores administrativos e financeiros, levando a economia no seu pico máximo. Mas 
em seguida do boom, existe a depressão, considerada o segundo estágio onde tem 
como destaque o seu oposto ao primeiro estágio. A depressão é o momento mais 
crítico da economia onde é a grande índice de desemprego e juros elevados para 
tentar manter a economia 
O Florescimento surge, como expõe SPIETHOFF (1949), porque mais 
capital é investido, se fixa em novos empreendimentos e que o impulso 
então se estende aos mercados referentes a matérias-primas, equipamento, 
mão-de-obra, etc [...] interrompe a abastança, chega-se a depressão, como 
bem explicita ainda SPIETHOFF: é superprodução dos bens de produção, 
que se relacionam, por um lado, com o capital existente e, por outro, com a 
demanda efetiva. 
Este pequeno trecho dos pensamentos de Schumpeter descreve a crise 
econômica atual, onde é uma grande demanda na produção para se conquistar 
lucros inimagináveis, posse de poder e em seguida a queda e quebra da produção 
onde se encontram os prejuízos por uma alta produção e poucas vendas dos 
produtos. 
 
2. CONTEXTO HISTÓRICO DE CRISE ECONOMICA NO BRASIL 
A crise econômica no Brasil tem origem no período pré-colonial entre os 
anos de 1500 e 1530 aonde os imigrantes vieram da Europa para a extração dos 
recursos naturais como o pau-brasil, onde a base das negociações com os nativos 
era o escambo (troca de objetos), mas a extração deste recurso natural tornou-se 
escasso. 
Em 1830, o Brasil já sofria com outra crise econômica, pois o país tinha 
lucros e baseava parte de sua economia na exportação do açúcar, mas neste 
período as exportações estavam com índices baixos. Neste mesmo período o país 
realizou empréstimos com a Inglaterra, mas com todas estas baixas econômicas, o 
país encontrou a solução na exportação do café para voltar a realizar 
movimentações na economia e incrivelmente a exportação de café foi à solução. Em 
1929 o Brasil sofreu com a quebra da Bolsa de Nova York, pois os principais países 
compradores de cafés deixaram de comprá-los. 
Neste momento o Governo de Getúlio Vargas interferiu na economia, 
atacando o plano financeiro e realizou o desenvolvimento da industrialização no 
Brasil entre os anos de 1940 e 1950. Neste meio tempo o país deu um grande salto 
econômico, que ficou conhecido como o “Milagre Econômico” onde foi registrado um 
grande aumento no PIB do país, gerando novos empregos. Como consequência 
dessa nova fase, o Brasil realizou empréstimos dos Estados Unidos que depois de 
um determinado período aumento as taxas dos juros e consequentemente elevou as 
dívidas brasileiras ao dobro. Com tudo isso, o Brasil passou a viver a pior crise 
econômica da sua história até os anos de 1980. 
O Brasil só conseguiu se reerguer a partir de 1994, onde no governo de 
Itamar Franco deu início ao Plano Real, que tinha como objetivo a estabilização e 
reformar econômica no país. Mas como já eram esperados, os brasileiros sofreram 
novamente com a elevação dos juros e como consequência houve a privatização de 
empresas públicas para manter a economia valorizada 
Foi em 1999 que houve a quebra da economia onde o Banco Central 
comunicou a desvalorização do real, em seguida a quebra de bancos e o financeiro 
do país. 
IMPACTOS PROVOCADOS PELA CRISE ECONÔMICA NAS EMPRESAS 
NACIONAIS. 
A crise econômica em 2015 vem sendo intensificada nas empresas 
brasileiras e isso se deve às medidas do ajuste fiscal, realismo tarifário e até mesmo 
aos efeitos da Lava Jato. Esses pontos citados pegaram em cheio o financeiro das 
empresas, que vem sofrendo grandes dificuldades. Vamos detalhar alguns pontos e 
algumas das áreas que mais estão sentindo os efeitos da crise. Vale lembrar que 
a crise econômica de 2008 afetou 52% das empresas, a maioria delas de grande 
porte, e que 30% delas sentem efeitos até hoje. 
Um dos principais impactos da crise econômica de 2015 sobre a vida das 
pessoas e negócios das empresas será a retomada da inflação em um ritmo 
acelerado, principalmente no primeiro semestre. A inflação já está aí há 
muito tempo e vem sendo tratada com leniência e maquiada através de 
artifícios contábeis que não se sustentarão por muito tempo. (ALBERTO 
VALE, 2015) 
Estamos sofrendo já com a inflação desenfreada, temos como exemplos a 
luz e o combustível que veem sofrendo um enorme reajuste, e isso unicamente para 
compensar os reajustes que não foram dados para conter de forma artificial os 
índices inflacionários atuais, é o chamado realismo tarifário. 
As empresas sofrerão bastante com os efeitos da crise econômica de 2015, 
principalmente aquelas que dependem de crédito abundante para 
manutenção dos seus negócios. Por uma questão de coerência econômica, 
diretriz que rege as decisões do mercado financeiro, ao contrário do que 
acontece na equipe econômica atual, os bancos deverão reduzir suas linhas 
de crédito, tanto a pessoas físicas quanto jurídicas.(ALBERTO VALE, 2015) 
O impacto da atual restrição de crédito nas empresas brasileiras tem sido 
relevante porque muitas delas estão endividadas, devido ao crédito farto no passado 
e recentemente os bancos passaram a emprestar menos e os juros subiram. Com a 
instabilidade na economia, o risco de inadimplência cresce e isso faz com que 
imediatamente os bancos aumentem a rigidez das suas condições para concessão 
de crédito, tantos bancos privados como bancos públicos. Com isso, ficou mais difícil 
pagar as dívidas e o número de recuperações judiciais aumentou. 
O comércio viu suas vendas caírem durante cinco meses seguidos pela 
primeira vez desde o ano 2000, quando o comportamento do varejo 
começou a ser analisado. Em junho, o recuo sentido pelo setor foi de 0,4%, 
influenciado pela redução do crédito e dos salários. (ANAY CURY & 
CRISTIANE CAOLI, 2015) 
Acreditamos que as pessoas estão cada vez mais preocupadas com a atual 
situação em que nosso país vem enfrentando, tornando-se mais cautelosos em suas 
compras, deixando aquilo que julga menos importante para depois e também existe 
a baixa confiança, o que desestimula as vendas, principalmente de bens duráveis e 
alimentos, que têm reflexo direto com a renda (quanto maior o desemprego, 
menores se tornam o índice de vendas). 
Dados da Sondagem Industrial, pesquisa divulgada hoje (19) 
pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), informam que a atividade 
industrial registrou queda em fevereiro. A pesquisa mostra que indicador de 
evolução da produção caiu para 40,1 pontos, e o de número de empregados 
ficou em 44,7 pontos no mês passado. Ambos estão abaixo dos 50 pontos, 
o que revela mais um mês de redução da produção e do emprego no setor. 
Os indicadores da pesquisa variam de 0 a 100. Abaixo de 50, mostram 
queda na produção e no emprego. (JOSÉ ROMILDO, 2015)A atividade Industrial voltou a perder força, pois ela vem realizando ajustes 
no nível de produção, diante do aumento de estoques e da diminuição da demanda 
interna, reflexo do aperto nos juros, da alta inflação e da piora no mercado de 
trabalho. 
O MOTIVO DAS EMPRESAS NÃO CONSEGUIREM SE SEGURAR EM 
MEIO A CRISE. 
Algumas empresas não vão para frente porque seus 
administradores proprietários, chamados de empresários, simplesmente não 
se prepararam para isso, não tem conhecimento, não se esforçaram para 
aprender, não tem e não sabem quais as características básicas de um 
empreendedor e, por preguiça ou simplesmente porque não dão valor, nem 
querem saber ou se capacitar para terem sucesso em seus negócios e nem 
estudam o básico da administração de uma empresa, uma boa parte não 
sabe nem se tem lucro ou prejuízo ou se no preço que vende o seu produto 
/ mercadoria ou serviço tem algum lucro ou, pelo menos, está empatando. 
(WILSON GIGLIO – CONSULTOR, 2015) 
Como citou o consultor Wilson Giglio, muitos empresários não se preparam 
devidamente na hora de abrir sua empresa. Sem um planejamento preestabelecido, 
ao passarem por momentos difíceis, como uma crise econômica, os empresários se 
veem tendo que fechar as portas. Isso acontece principalmente em empresas de 
pequeno porte, pois elas se preocupam com vários pontos, menos em colocar um 
bom administrador na frente do seu negócio. 
Para minimizar os impactos da crise, cada empresa adota uma estratégia 
diferente, temos alguns exemplos retirados de uma matéria da revista exame. 
Marca Bombril: Num plano de reação à mudança no 
comportamento do consumidor, a empresa decidiu oferecer os produtos 
mais rentáveis em embalagens maiores. Dessa forma, o consumidor 
consegue pagar menos por litro de produto comprado — e a empresa não 
perde a venda. Além disso, a Bombril aumentou a frequência de promoções 
no ponto de venda, em que um produto mais barato vai como brinde na 
compra de dois mais caros. A verba para publicidade permaneceu intacta — 
o equivalente a 6% do faturamento —, mas o foco dos anúncios passou a 
ser destinado a promover itens mais caros e os que outras marcas não 
oferecem, como um limpador específico para mamadeiras de bebê. 
Como podemos ver logo acima, a marca Bombril usou como tática o 
desenvolvimento de embalagens maiores, o famoso “compre um, leve dois” e uma 
jogada de marketing em cima de produtos de maior valor. 
Uma forma de buscar resultados mais certeiros em tempos 
incertos é concentrar esforços em marcas já conhecidas do consumidor. A 
lógica norteou a decisão da fabricante de bens de consumo Unilever no 
lançamento do sorvete Chantibon, variação de um produto que foi sucesso 
de vendas nos anos 80. A marca voltou ao mercado no início de maio. “O 
custo de desenvolvimento foi equivalente ao de um produto novo, mas a 
marca Chantibon já era forte e decidimos que seria a opção menos 
arriscada”, afirma João Campos, vice-presidente de alimentos e bebidas da 
Unilever. 
Já a empresa Unilever, trouxe ao mercado um produto antigo, mas já 
conhecida dos consumidores. 
"Para evitar um golpe comum em períodos de economia enfraquecida — a 
baixa fidelidade dos consumidores —, há empresas que decidem algo mais 
radical: experimentar novos modelos de negócios. Em maio, a fabricante de 
eletrodomésticos Whirlpool inaugura um novo modelo de vendas em parceria 
com a fabricante de bebidas Ambev. Juntas, as empresas desenvolveram 
cápsulas para a produção caseira de refrigerantes, cervejas e outros oito tipos 
de bebida, numa máquina lançada pela Whirlpool. As cápsulas serão vendidas 
em lojas e por meio de assinatura mensal. Com a queda na produção e nas 
vendas, a Whirlpool, dona das marcas Consul e Brastemp, anunciou no dia 29 
de abril o corte de 3 000 dos 22 000 postos de trabalho ao longo dos últimos 12 
meses. Mesmo assim, a companhia deverá lançar 200 produtos até o final de 
2015 — 20 mais do que no ano passado. “A única verba que a gente não mexe 
é a destinada a surpreender os clientes”, afirma João Carlos Brega, presidente 
da Whirlpool no Brasil." 
 
E por fim, as empresas de eletrodomésticos Whirlpool, juntamente com a 
fabricante de bebida Ambev, firmam parceria para trazer ao mercado um novo 
conceito (máquina de produção caseira de refrigerantes, cervejas etc.). 
 
Levando em consideração essas informações, podemos perceber que há 
várias formas de escapar da crise em que o nosso país está vivendo. Com um bom 
setor administrativo, uma ajuda do marketing, e o apoio do financeiro, as empresas 
podem sim passar por essa turbulenta fase da economia do nosso país. 
 
Em meio à crise, as empresas adotaram uma nova estratégia de 
economizar. Elas resolveram substituir um trabalhador efetivado por um jovem que 
procura estagiar na área. Com isso, eles poupam dinheiro e continuam com a mão 
de obra que tanto precisam. Das oportunidades oferecidas, 16% são para grandes 
empresas; 28% para médias; e 56% para pequenas. 
 
Afirma Paulo Pimenta, superintendente do CIEE do Rio, sobre a Lei do Estágio, de 
2008. 
 
“Aos poucos, as pequenas também estão se vinculando mais ao estágio. Aquele 
empresário que tinha ideia que o estagiário era mão-de-obra barata está vendo que 
a coisa é séria” 
 
CONCLUSÃO 
Em virtude do que foi mencionado, podemos acreditar que cada empresa 
estudar seus prós e contras. Devem observar o produto ou serviço com que 
trabalha, logo, montar um planejamento visando uma estratégia em que se adéqua 
melhor. Como vimos na marca Bombril, onde em meio à crise, resolveram apostar 
em embalagens maiores, o que leva o consumidor a achar que está ganhando, mas 
na verdade está contribuindo para que a empresa sobreviva durante este momento. 
Percebe-se também, que nada adianta montar uma empresa, se não 
conhece a área da área administrativa, pois certa hora, o problema cairá sobre o 
empresário, e ele deverá tomar a decisão do que deve ou não ser prioridade. Então, 
ao se deparar com uma crise econômica, poderemos ver as marcas e empresas que 
tem um bom planejamento e setor administrativo.

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