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Planejamento de Unidades de Alimentação e Nutrição Aula 03: Quesitos básicos da engenharia, arquitetura e sustentabilidade em projetos para Unidades de Alimentação e Nutrição (UAN) - Parte 1. Planejamento Físico Melhor utilização dos recursos; Maior racionalização do trabalho; Menos fadiga na equipe; Planejamento Físico características Precisa estar respaldado no conhecimento das específicas do funcionamento da UAN, caso contrário: Interrupções nos fluxos; Cruzamentos desnecessários; Má utilização de equipamentos; Limitação no planejamento dos cardápios; Ocorrência de filas; Planejamento Físico Reflete diretamente nas condições higiênicos sanitárias: Exemplos: Materiais de revestimento; Posicionamento e dimensionamento de ralos; Posicionamento de tomadas e respectivas voltagens; Iluminação Planejamento Físico Envolve aspectos: Funcionais Técnicos Arquiteturais Equipe multiprofissional; Nutricionista = do planejamento à finalização da obra. Deve ser estratégico e alinhado aos objetivos atuais e futuros da instituição. Elaboração: Diagnóstico da situação Anteprojeto Projeto Elaboração: Diagnóstico da situação Definição da localização Espaço disponível Vias de acesso Recursos disponíveis Elaboração: Anteprojeto Fluxograma de produção Setorização Dimensionamento das áreas Disposição de bancadas e equipamentos Elaboração: Projeto Detalhamento hidráulico, elétrico Climatização Acabamentos Já tem aprovação dos órgãos competentes Planejamento físico-funcional Prever: Equipamentos: número, capacidade, forma; Dimensionamento e setorização. Aspecto ergonômico: tornar mais fáceis e suáveis o movimentos. Condições adequadas de trabalho: iluminação, temperatura, ventilação, ruídos, cores. ergonômico: relação que existe entre o homem e a forma como ele executa seu trabalho eletricista Normas e recomendações em desenho arquitetônico Nutricionista + engenheiro civil + arquiteto + engenheiro (elaboração, supervisão e execução do projeto arquitetônico) Para o planejamento da cozinha industrial, tais profissionais devem levar em conta os seguintes aspectos: flexibilidade e modulação, a fim de atender mudanças ou implantações de novos processos de trabalho; circulações e fluxos bem definidos, a fim de se evitar a contaminação dos alimentos; construção de espaços que facilitem a integração e a supervisão, com o princípio de projeto aberto; simplicidade e eficiência, a fim de garantir um ambiente limpo. Desenho arquitetônico Depois da palavra, o desenho é a forma de comunicação mais eficaz, em arquitetura é a principal forma de expressão; Representação da forma, dimensão e posição de objetos de acordo com as diferentes necessidades das modalidades de arquitetura; Apresentar uma idéia, um conceito, gerar uma emoção, ou mesmo servir como um manual de como um edifício deve ser construído Linguagem gráfica universal para a representação de projetos arquitetônicos; Desenho arquitetônico Conjunto constituído por linhas, números, símbolos e indicações escritas normatizadas internacionalmente; Após a sua confecção segue-se uma operação, montagem ou construção de edificação. Projeto arquitetônico Estabelecem uma linguagem entre o emissor o desenhista ou o projetista) e o receptor (o leitor do projeto); Deve conter todas as informações necessárias para que possam ser entendidos, compreendidos e executados Informações gráficas – desenhos arquitetônicos (plantas, cortes, elevações e perspectivas) Informações escritas – memorial descritivo e especificações técnicas de materiais e sistemas construtivos Tipos de Projeto Projeto de uma nova empresa/hospital Projeto de UAN em área já construída Projeto de Reforma da UAN Memorial descritivo Documento que descreve detalhadamente todas as fases e materiais utilizados no projeto. Este documento serve de base para a compra de materiais e para a execução da obra. localização da obra; proprietário; detalhe de cada etapa da construção; alvenaria; acabamento; Memorial descritivo conceituação do projeto; normas adotadas para a realização dos cálculos; premissas básicas adotadas durante o projeto; objetivos do projeto; detalhamento de materiais empregados na obra ou no produto; demais detalhes que pode ser importantes para o entendimento completo do projeto Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico 1) Prancheta Melhor fixação do papel – desenho de obtenção de melhor qualidade Correta postura ergonômica, iluminação adequada em intensidade e direção Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico 2) Papel Opaco: cartolina, milimetrado, sulfite grosso) - utilizados Transparente: vegetal, manteiga ABNT: A0 (formato básico para os desenhos arquitetônicos); A0 – área igual a 1m2, 841 mm x 1.198 mm Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico Lápis e lapiseiras Grafites B,HB e H são os mais utilizados Principais lapiseiras disponíveis: grafite com diâmetro de 0,3 mm, 0,5 mm, 0,7 mm e 0,9 mm Borracha Macia e compatível, a fim de evitar danos à folha e ao desenho. Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico 4) Réguas (T e paralelas) Adaptação para execução de linhas no sentido horizontal. Apoio do esquadro Não possui graduação Uso direto para tracejamento de linhas na vertical – maior precisão Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico 5) Esquadros Instrumentos utilizados para o traçado de linhas retas verticais, com o apoio de uma régua, e para o traçado dos ângulos principais (30º,45º,60º e 90º) e secundários, os quais são obtidos partir da combinação de ângulos, utilizando os dois esquadros. Principal função – transferência de ângulos Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico 6) Compasso Utilizado para traçar circunferências ou arcos de circunferências 7) Transferidor Permite a medição de ângulos Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico Escalímetro Régua de formato triangular. Seis réguas com diferentes escalas. Marcação e verificação de escalas no desenho, sendo as relações 1:20, 1:25, 1:50, 1:75, 1:100, 1:125 mais utilizadas. Normógrafo Placas com alfabeto e números com diversas alturas para caligrafia técnica. Instrumentos utilizados no desenho arquitetônico Gabarito Placas onde são gravados símbolos em diversos tamanhos. Uniformidade da representação de móveis e equipamentos Softwares Sistema de desenho assistido por computador. Criação de representações 2D Desenho Arquitetônico: Tipos de desenho Fachada Planta Baixa Cortes Planta de Cobertura Planta de Situação Fachada Representação gráfica vertical do exterior de uma edificação; Permite visualização de elementos como telhados, muros, grades e dimensão de janelas e portas. O projeto arquitetônico deve conter no mínimo a fachada frontal. Planta baixa Também chamada de planta de edificação; Vista superior do plano horizontal, 1,5 m do piso; Permite o maior número de informação em relação à edificação planejada; Compartimentos internos Dimensionamento Localização Espaços de circulação Equipamentos Escadas e desníveis Planta baixa Corte Desenhos obtidos a partir da secção vertical. Divide a edificação em duas partes. Devem expressar a compartimentação interna da obra, a configuração arquitetônica, localização, dimensionamento e inter-relacionamento dos compartimentos, a altura dos elementos (janelas, portas, paredes, etc) Planta de cobertura - Projeção horizontal da face superior da edificação acrescida com informações sobre o sistema de escoamento. Contém as informações sobre distribuição de água, tipo de telha, lajes, terraço, caixas-d´água e equipamentos fixos. Planta desituação Posição exata da edificação em relação ao terreno; Representação da dimensão do terreno, área total, área livre, área edificada, arruamento, das divisas, posição e vias de acesso, afastamento entrada de veículos, árvores, orientação das edificações. Linhas - As linhas devem ser regulares, de cor preta. Podem sugerir profundidade e assim sofrer gradação, sendo mais grossas e mais escuras ou mais finas e claras. Linhas de contorno (linha grossa – contínua) - Linha grossa utilizada para representar contornos e arestas visíveis, como por exemplo representar paredes. Linhas internas (linha média) - De espessura menor que a de contorno. Em UAN são utilizadas para traçado de equipamentos, móveis e bancadas de trabalho. Linhas situadas além do plano do desenho (tracejadas) - --------------------------- Utilizadas na representação de contornos não visíveis como varandas Linhas de eixo ou coordenadas (traço e ponto) - _._._._._._._._ Utilizadas na representação de trajetórias e linhas de simetria Caligrafia - Garantir a máxima compreensão dos desenhos arquitetônicos, devem ser claramente distinguíveis para evitar qualquer desvio. - - Legibilidade, uniformidade, adequação a processos de reprodução para documentos. Letras maiúsculas, de imprensa ou de forma, com alturas de 0,25 a 0,5 cm, podendo chegar a 2 cm quanto utilizadas para carimbos. Carimbos ou rótulo - - - - No carimbo devem constar todas as informações para a identificação do desenho arquitetônico. Canto inferior direito do papel Identificação da empresa e do profissional responsável pelo projeto, identificação do cliente, título do desenho, escalas e data, autoria do projeto,, indicação de revisão Para UAN: Tipo de estabelecimento, padrão de cardápio, localização, total de refeições diárias (TR), capacidade máxima de atendimento (CMA), equipe de planejamento Espaço para texto - Espaço destinado totalmente para a escrita. Subdivido em: Explanações: informações necessárias à leitura do desenho (símbolos especiais, designação, abreviaturas e tipos de dimensão); Instruções (informações necessárias à execução do desenho - lista de material, estado de superfície, local de montagem e número de peças) Referências: informações referentes a outros documentos Tábua de revisão: registro de correções, alterações e acréscimos realizados após a primeira aprovação Cotagem Indicação de medidas no desenho técnico. Utiliza de 3 elementos básicos: -Cota ou valor numérico: números que indicam as medidas. Ex: espessura de uma parede, largura de janela Linha de cota: linhas contínuas estreitas com setas ou traços oblíquos nas extremidades Linha auxiliar: linha estreita contínua que delimita a linha de cota Técnica de indicação da dimensão real de um componente presente do desenho. OBS: - As linhas auxiliares e de cota não devem cruzar-se -As cotas devem ser inseridas acima, paralelamente e no centro da linha de cota. -Devem ser escritas sem o símbolo da unidade de medida. Tal informação deve vir por meio de uma nota no desenho. -O desenho deve ter no mínimo três cotas, a das áreas externas, paredes e equipamentos. Escalas É a razão constante entre as dimensões do desenho e as do objeto. Fundamental para evitar distorções e manter a proporcionalidade entre o desenho e o objeto. Podem ser: Numéricas Gráficas Escala Numérica São expressas na forma x:y X = é a medida em centímetros do desenho Y = é a medida em centímetros do objeto Podem ser: Naturais = 1:1 De Redução De Ampliação Fator de Escalas Numéricas (FE) FE = x/y * 100 Exemplo: Cálculo das medidas reais do setor de cocção de uma UAN, representado abaixo em escala 1:200 6 2 Resolução: 1 cm equivale a 200 cm na medida real. Passo 1: Calcular o fator da escala 1:200 FE = 1/200 * 100 = 0,5 Passo 2: Dividir as medidas do desenho pelo FE obtido Comprimento real: 6/0,5 = 12 m Largura real: 2/0,5 = 4 m Escalas: selecionar sempre escala que permita uma interpretação fácil e clara da informação representada. Considerar o tamanho do papel, do objeto representado e do nível de detalhamento Escalas Aplicação Reduz a dimensão real em 1:10 Para detalhes 10 vezes 1:20 Para detalhes 20 vezes 1:25 Para detalhes 25 vezes 1:50 Plantas, cortes fachadas 50 vezes 1:100 Plantas, cortes fachadas 100 vezes 1:200 Para coberturas 200 vezes 1:500 Plantas de situação 500 vezes Etapas do desenho arquitetônico Fase 1 – Esboço ou rascunho: traçados à mão livre. Dimensionados ou não, com as proporções do desenho real. Fase 2 – desenho preliminar: desenho sujeito a modificações Fase 3 - desenho definitivo: nível máximo de detalhes, contém todos os elementos necessários à inteira compreensão do projeto e à sua execução. Utilização de softwares. Fase 4 – cópias: multiplicações do desenho definitivo Para a próxima aula: Leitura do artigo “Sustentabilidade nas unidades de alimentação e nutrição: desafios para o nutricionista no século XXI.”
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