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09 A QUESTÃO DA ÁGUA NO BRASIL: DESAFIOS DE CONSUMO, DISTRIBUIÇÃO E SUSTENTABILIDADE TEXTO I A falta de chuva está prejudicando a produção de verduras e legumes e gerando preocupação entre os agricultores da região. Em São Carlos (SP), o mês de junho registrou apenas 1,99 milímetros de chuva. Além de afetar diretamente a qualidade das hortaliças, a estiagem também está causando o aumento do custo de produção, gerando mais gastos com irrigação. Segundo o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), em São Carlos (SP), foram marcados 8.67 milímetros em junho de 2017, enquanto em 2018 foram registrados somente 1.99 milímetros. Já Rio Claro (SP) registrou a segunda maior baixa, contando com 6.51 milímetros em 2017 e 1.63 milímetros em 2018. Em Araraquara (SP) foram medidos 6.51 milímetros em 2017 e 1.63 milímetros em 2018. Caso a região continue sem chuva, a situação ainda pode ficar pior tanto para os produtores quanto para os consumidores. “O quiabo já subiu mais de 100%, a goiaba subiu uns 20% e o limão subiu uns 30%. São uns 70% que você perde na produção”, finalizou o produtor José Angelo Ganho. Disponível em: https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2018/07/23/estiagem-afeta- qualidade-de-verduras-e-preocupa-produtores-da-regiao.ghtml. Acesso em: 24 jul. 2018. https://g1.globo.com/sp/sao-carlos-regiao/noticia/2018/07/23/estiagem-afeta-qualidade-de-verduras-e-preocupa-produtores-da-regiao.ghtml TEXTO II Do aumento populacional à redução das chuvas com longos períodos de estiagem, o Brasil vem atuando nos últimos anos para garantir a segurança hídrica aos brasileiros após um longo período de falta de chuva e estiagem. Balanço divulgado pela Agência Nacional de Águas (ANA) referente ao ano passado mostra um caminho de desafios e lições aprendidas durante as recentes dificuldades de abastecimento para combater a falta de água no País. Segundo o documento, os efeitos da mudança climática global não devem ser ignorados e, para isso, é importante investir em infraestrutura adequada e agir para integrar a gestão de riscos entre os órgãos estaduais. Além disso, também é preciso otimizar o uso e o armazenamento da água no País. Para sanar os problemas mais urgentes, a ANA destacou algumas ações realizadas por estados brasileiros. No Distrito Federal, por exemplo, foram suspensas perfurações de poços e captações de água por caminhões-pipa, além do racionamento no consumo de água. Além disso, uma obra para captar água do rio Corumbá IV para regiões do DF e do Goiás está em estágio avançado. Em São Paulo, que sofreu uma forte crise em 2014, reservatórios foram interligados para garantir a vazão de água na região. No estado, medidas emergenciais como a implantação de bombas para captação do volume morto e bonificação tarifária para reduzir o consumo também foram tomadas. Nesse contexto, também é importante destacar que a falta de água resultou em uma mudança de hábito por parte dos brasileiros. Levantamento do instituto Ipsos, encomendada pela multinacional Whirpool, mostra que a população ficou mais consciente a respeito do uso da água. De acordo com a pesquisa, 56,5% dos brasileiros passaram a tomar banhos mais curtos a partir da crise hídrica, enquanto 45,1% dos entrevistados disseram que passaram a fechar a torneira durante a hora de escovação dos dentes. Disponível em: http://www.brasil.gov.br/editoria/meio-ambiente/2018/03/seguranca-hidrica- licoes-e-desafios-para-os-proximos-anos. Acesso em: 14 jul. 2018. TEXTO III http://www.brasil.gov.br/editoria/meio-ambiente/2018/03/seguranca-hidrica-licoes-e-desafios-para-os-proximos-anos Disponível em: http://professorridaltovaz.blogspot.com/2015/01/charges-falta-de-agua.html. Acesso em: 16 jul. 2018. A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo de sua formação, redija texto dissertativo- argumentativo em modalidade escrita formal da língua portuguesa sobre o tema A questão da água no Brasil: desafios de distribuição, consumo e sustentabilidade, apresentando proposta de intervenção que respeite os direitos humanos. Selecione, organize e relacione, de forma coerente e coesa, argumentos e fatos para defesa de seu ponto de vista. http://professorridaltovaz.blogspot.com/2015/01/charges-falta-de-agua.html ANÁLISE DO TEMA ESTUDO DOS SUBSTANTIVOS TEMÁTICOS QUESTÃO: problemas, óbices, obstáculos, embate, empecilho, impedimento, dificuldade; ÁGUA: recurso hídrico, recurso mineral hídrico, mineral líquido, mineral hídrico, fluido, líquido, chuva, manancial, rios, lagos; BRASIL: brasileiro, brasílico, brasiliense, nação, país, pátria, nacional, população brasileira, povo brasileiro, cidadãos brasileiros; DESAFIOS: negativo, deletério, inconveniente, problema, obstáculo, óbice, nocivo, comprometedor, limites, dificuldade; CONSUMO: gasto, disponibilidade, consumação, uso, utilização, aproveitamento, emprego, obtenção, aquisição, compra, consumição, perda; DISTRIBUIÇÃO: compartilhamento, divisão, partilha, abastecimento, entrega, provimento, fornecimento; SUSTENTABILIDADE: suportabilidade, disponibilidade, sustentável, disponível. a) b) c) d) e) DENSIDADE DEMOGRÁFICA X CONCENTRAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS Agência Nacional das Águas, 2010: Norte: densidade demográfica, 4,12 habitantes por quilómetro quadrado; concentração de recurso hídrico do país: 68,5%; Agência Nacional das Águas, 2010: Nordeste: densidade demográfica, 34,15 habitantes por quilômetro quadrado; concentração de recurso hídrico do país: 3,3%; Agência Nacional das Águas, 2010: Centro-Oeste: densidade demográfica, 8,75 habitantes por quilômetro quadrado; concentração de recurso hídrico do país: 15,7%; Agência Nacional das Águas, 2010: Sudeste: densidade demográfica, 86,92 habitantes por quilômetro quadrado; concentração de recurso hídrico do país: 6%; Agência Nacional das Águas, 2010: Sul: densidade demográfica, 48,58 habitantes por quilômetro quadrado; concentração de recurso hídrico do país: 6,5%. a) b) c) d) e) f) DISPONIBILIDADE HÍDRICA NOS ESTADOS Site Brasil Escola, 2018: riquíssimo: maior que 20.000 metros cúbicos por habitante ao ano: Acre, Amazonas, Amapá, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Rondônia, Roraima, Rio Grande do Sul e Tocantins; Site Brasil Escola, 2018: muito rico: maior que 10.000 metros cúbicos por habitante ao ano: Maranhão, Minas Gerais, Santa Catarina e Paraná; Site Brasil Escola, 2018: rico: maior que 5.000 metros cúbicos por habitante ao ano: Espírito Santo e Piauí; Site Brasil Escola, 2018: situação adequada: maior que 2.500 metros cúbicos por habitante ao ano: Bahia e São Paulo; Site Brasil Escola, 2018: pobres: menor que 2.500 metros cúbicos por habitante ao ano: Ceará, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Alagoas e Sergipe; Site Brasil Escola, 2018: situação crítica: menor que 1.500 metros cúbicos por habitante ao ano: Paraíba e Pernambuco. a) b) c) d) DISTRIBUIÇÃO DE ÁGUA Mundo Educação, 2017: apenas 3% de todos os recursos hídricos do planeta são de água doce própria para consumo; Mundo Educação, 2017: o Brasil possui a maior reserva mundial de água potável, 12% do montante total; Mundo Educação, 2017: a distribuição da água no Brasil está concentrada na região Norte, na qual se encontra aproximadamente 70% de toda a água potável disponível no Brasil; Mundo Educação, 2017: uma a cada sete pessoas sofre com problema de acesso à água. a) b) c) d) e) CONSUMO DE ÁGUA “Folha de S. Paulo”, 2015: entre 2008 e 2013, o consumo per capita de água em litros por habitante no Brasil passou de 151, 2 para 166,3; “Folha de S. Paulo”, 2015: entre 2008 e 2013, as perdas na distribuição de água passaram de 41,1% para 37%; “Folha deS. Paulo”, 2015: as perdas na distribuição dão-se em razão de: I) registro defeituoso ou desgastado; II) tubo rachado, quebrado ou perfurado; III) junta ou luva corroída, desgastada ou solta; IV) hidrante vazando; V) gatos: ligações irregulares ou falhas na medição; “Folha de S. Paulo”, 2015: a crise na distribuição de água no país está localizada no Sudeste e é causada por fatores naturais e por gestão pública ineficiente; Jornal Zero Hora, 2015: o Brasil é um dos países que mais desperdiça água no mundo. CONTEXTUALIZAÇÕES CULTURAIS “Mad Max: estrada da fúria”: o filme não venceu em seis categorias do Oscar de 2016 só por causa de suas cenas de ação bem efeitas. A história se passa num cenário apocalíptico em que a raça humana quase foi extinta por causa de guerras nucleares. A água é um recurso tão raro que só os mais fortes e poderosos têm acesso, como o vilão Immortan Joe. “Nunca, meus amigos, fiquem viciados em água. Vocês sentirão muito a sua falta”, diz em uma cena. Apesar de ser um filme recente, “Mad Max” foi um trilogia estrelada por Mel Gibson nos anos 1980. “O livro de Eli”: Num mundo devastado pela guerra, as pessoas tentam sobreviver da forma que conseguem. Quem tem mais influência, é claro, controla tudo – até a água. Eli (Denzel Washington) possui um dos poucos exemplares restantes da Bíblia, que se tornou um objeto importante para manter os poderosos no controle. “A lei da água”: trata-se de um documentário nacional que faz uma ligação entre o novo Código Florestal e a crise hídrica no Brasil e ressalta a importância das florestas para a conservação dos recursos hídricos por meio de 37 entrevistas com ambientalistas, ruralistas, cientistas e agricultores. a) b) CONTEXTUALIZAÇÕES TEÓRICAS Artigo 225 da Constituição Federal de 1988 (capítulo 52, página 231); Lei 9.433, de 2007 (capítulo 52, página 231). ► ► HIPÓTESES DE ARGUMENTAÇÃO INDICADAS NA FRASE TEMÁTICA PROBLEMA(S) DE DISTRIBUIÇÃO PROBLEMA(S) NO CONSUMO 01. 02. 03. 04. 05. 06. 07. 08. 09. 10. 11. 12. 13. SOLUÇÕES DE PROBLEMA Racionamento; Descontos e punições; Reaproveitamento de água; Mudança de hábitos; Despoluição de mananciais; Proteção de mananciais; Dessalinização; Transposição de rios; Uso racional; Reparo nas redes de distribuição; Uso de água dos aquíferos; Armazenar água das chuvas; Usar coletores de ar que condensem água da chuva.