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Administração de Materiais no CME GERENCIAMENTO DO CME Avaliar estrutura física conforme RDC 307 e fluxo do CME Avaliar dimensionamento de pessoal Avaliar funcionamento do CME Controlar ações de produtividade através de indicadores Validação dos processos de esterilização PARCERIA COM OS CLIENTES INTERNOS E EXTERNOS Clientes – são os colaboradores internos ou externos à instituição hospitalar, o qual presta-se o serviço de processamento de materiais. Ex.: Centro cirúrgico, CTI, pronto socorro, clínica médica e cirúrgica e outros; Fornecedores – são setores ou empresas que fornecem algum tipo de produto para o CME. Ex.: Almoxarifado, rouparia, manutenção, setor de informática e outros. PROBLEMAS MAIS COMUNS ENCONTRADOS NO CME Etiquetas não identificadas corretamente Embalagens perfuradas ou abertas Sujidade nos artigos reprocessados Artigos reprocessados danificados Caixas de instrumentais e bandejas incompletos Quantidades de material insuficiente à demanda dos setores Entrega de artigos para setores que não são de origem Entrega de materiais com prazo de validade vencida para os setores. Entrega de materiais sem os indicadores internos de caixas e bandejas. RASTREABILIDADE EM CME É um conceito que surgiu devido a necessidade de saber em que local um artigo se encontra na cadeia logística, sendo também muito usado em controle de qualidade. (POSSARI, 2011). Conforme NBR ISO 8402 de 1994: “Rastreabilidade é a capacidade de recuperação do histórico, da aplicação ou da localização de uma entidade ou item por meio de identificações registradas”. Do histórico: de onde veio; quem foi o usuário; da aplicação: no que se transformou; da localização: para onde foi. TIPOS DE RASTREABILIDADE 1. Rastreabilidade logística Acompanhamento quantitativo (localização) dos artigos ou instrumental cirúrgico e determina tanto sua origem como seu destino, sendo essencialmente usada no recall e descarte, ou para a localização da origem do produto. Baseia- se na posição geográfica das unidades logísticas. 2. Rastreabilidade Qualitativa (dos produtos) É o acompanhamento para descobrir as falhas qualitativas e suas causas, identificar as fontes de desvios de qualidade e a apuração de responsabilidades. IMPORTÂNCIA DA RASTREABILIDADE Assegurar que apenas artigos e componentes de qualidade adequada deram origem ao produto final. Identificar clara e explicitamente artigos diferentes, mas que se parecem a ponto de serem confundidos. Permitir o retorno dos artigos suspeitos em bases precisas (RECALL). Localizar as causas de falhas e tornar ação corretiva em tempo hábil e a um custo mínimo. RASTREABILIDADE COMO FATOR DE QUALIDADE Estrutura-se em 4 etapas fundamentais: Estabelecimento de padrões – para obtenção de qualidade e da uniformidade de um artigo é imprescindível a determinação de padrões de desempenho, segurança, custo e confiabilidade. Avaliação da conformidade – consiste na comparação dos artigos gerados com os padrões exigidos e/ou estabelecidos anteriormente. Agir quando necessário – ação corretiva buscando identificar as causas dos problemas e relacioná-los a demais fatores, como projeto, engenharia, produção e manutenção, aspectos e demandas de consumo, entre outros que possam influenciar a satisfação do consumidor. Planejar melhorias – consiste em gerar esforços entre diferentes áreas com o intuito de aperfeiçoar padrões e processos existentes. MOTIVOS DA INSTALAÇÃO DA RASTREABILIDADE 1. Exigências dos usuários “Querem saber de onde vêm os seus artigos e como são processados.” 2. Exigência legal De acordo com a Resolução Especial (RE) nº 2606, de 11/08/2006, que define em seu artigo 2º, § 2º: “Art. 2º. As empresas reprocessadoras e os serviços de saúde que realizam o reprocessamento de produtos médicos críticos e semicríticos devem elaborar, validar e implantar os protocolos de reprocessamento atendendo ao estabelecido nestas diretrizes, visando à segurança do paciente.” “§2º. Os produtos de reprocessamento devem garantir a qualidade do resultado e de todas as etapas do processo, incluindo a avaliação de funcionalidade, esterilidade, rastreabilidade, condições de armazenamento e de descarte dos produtos.” CADEIA DA RASTREABILIDADE NO CME A rastreabilidade é parte da qualidade total e a base de todos os programas de certificação. Demanda identificação dos artigos e instrumental cirúrgico, fazendo com que toda cadeia de rastreabilidade, mantenha documentação que comprove sua aplicação. RASTREABILIDADE ATRAVÉS DO CÓDIGO DE BARRAS 1. Código de Barras 2D: É um código de Barras bidimensional que permite o armazenamento de uma grande quantidade de informações (inclusive de imagens) em uma área muito pequena. Código Data Matrix. Características: Marcar itens pequenos, impressão diretamente no produto, uso de processos automatizados, leitura realizada em qualquer direção, processo mais rápido, alta capacidade de armazenamento de dados (até 3.116 caracteres numéricos e 2.335 caracteres alfanuméricos) e eliminação de erros. FUNÇÕES DO SISTEMA DE APOIO Identificar cada peça de instrumental cirúrgico com informações de lote fabril, data de aquisição e localização dentro dos kits cirúrgicos via leitura de código de barras do tipo Data Matrix gravado em cada instrumental cirúrgico. Integrar dados e informações dos equipamentos de limpeza e esterilização, como produtos utilizados na limpeza, parâmetros dos processos de limpeza e esterilização, resultados de indicadores químicos e biológicos. Determinar método de esterilização de cada kit cirúrgico ou de cada peça, inclusive com a opção de descontinuar o procedimento caso algum colaborador proceda equivocadamente. Identificar todos os colaboradores que atuam nas diferentes fases do ciclo de instrumentais por meio de crachás com a identificação por código de barras apontado a cada passo. Identificar kits cirúrgicos por leitura de código de barras. Emitir listas de composição de cada kit cirúrgico padronizadas com possibilidade de inserção de imagens, fotos ou vídeos contendo instruções de montagem e seus testes de funções específicos, auxiliando desta forma na educação continuada da equipe do setor e minimizando erros. Realizar o inventário atualizado e minucioso, inclusive com informações de preços. Localizar imediatamente qualquer peça ou kit cirúrgico seja no CME ou em qualquer unidade hospital. Emitir relatórios de produtividade por colaborador ou por área do CME. Controlar todos os artigos processados no CME, inclusive artigos para assistência respiratória ou outros, através do código de barras em etiquetas externas de identificação desses pacotes. Permitir o levantamento da periodicidade e de custos com manutenção e reparos de todas as peças. Possibilitar o levantamento de custos com perdas, extravios e quebras por especialidades médicas, por turno de trabalho ou outros critérios RECALL Recall ou recolhimento, é a logística reversa precisa ocorrer de forma que não cause mais prejuízos à empresa. RECALL NO CME A equipe de enfermagem do CME deve responder aos recalls de artigos e instrumental cirúrgico processados no CME e ter a responsabilidade compartilhada com a diretoria e a empresa terceirizada que processa artigos e/ou instrumental cirúrgico. Os recalls custam caro para o CME porque frequentemente envolvem substituição do artigo recolhido. COMO FAZER Um recall eficiente é a comunicação imediata às pessoas e aos departamentos responsáveis para a recuperação dos produtos para saúde, antes que eles cheguem aos pacientes. Assim que o indicador biológico for positivo,fazer recall de toda as cargas desde o último indicador negativo. QUANDO FAZER Quando a carga for liberada antes do resultado do indicador biológico positivo (falha do processo). A partir disso, todos os artigos desde a última carga devem ser considerados não esterilizados, é necessário serem recuperados e processados. Quando os artigos liberados apresentarem os parâmetros físicos da autoclave com falhas, ou que os indicadores químicos internos de vários pacotes de uma carga não atingiram o ponto necessário (não viraram a cor).