sobre a segurança do processo tenha sido coletada, uma análise dos riscos dos processos interdisciplinares é realizada, conscienciosa e sistemática, adaptada à complexidade do processo, a fim de identificar, avaliar e controlar os riscos. Os profissionais que realizam a análise de risco do processo devem ser bem informa- dos e especializadas no assunto da cadeia produtiva, vez que englobam variabilidades de vários campos do conhecimento, tais como: a Química, a Engenharia e Operações de Processo. Por isso, a equipe de análise tem de contar com um profissional no mínimo muito familiarizado com o processo, e outro profissional competente na metodologia de análise de risco utilizada. A ordem das prioridades seguidas para determinar onde iniciar a análise dos riscos dos processos baseia-se nos seguintes critérios: • Extensão e natureza dos riscos dos processos; • Número de trabalhadores potencialmente afetados; • Histórico da operação e incidentes do processo; • Idade do processo. Na indústria, são utilizados vários métodos para realizar a análise de segurança do processo. A seguir, estão descritos alguns exemplos. Método Lista de Verificação Utiliza-se uma lista de controle previamente elaborada e específica para a operação, os materiais, o processo e o equipamento em questão. É um método útil ao realizar as revisões de pré-implementação. Método Estudo de Riscos e Análise Funcional de Operabilidade (HAZOP) Normalmente, é usado em produtos químicos que requerem equipe interdisciplinar liderada por um perito. A equipe usa palavras-guia específicas, que servem como dire- triz, como “não”, “aumentar”, “diminuir” e “inversa”, que são sistematicamente aplicadas em conjunto com as variáveis-chave (pressão, temperatura, fluxo etc.) para identificar as consequências de desvios do projeto previsto para os processos, equipamentos e ope- rações em análise. Métodos Árvore de Erros/Árvore de Eventos São técnicas dedutivas similares usadas, entre outros aspectos, para estimar a proba- bilidade quantitativa de ocorrência de um evento. O primeiro passo analisa os eventos anteriores a um possível acidente ou incidente para identificar e apresentar a combina- ção de erros operacionais e falhas de equipamentos envolvidos. 16 17 Método Análise das Árvores de Eventos São técnicas que funcionam a partir de eventos ou sequências de eventos, a fim de detectar aqueles que envolvem danos, para calcular, então, a probabilidade de que tais sequências de eventos e danos se materializem. Método Modo de Falha e o Método de Análise de Efeitos Tabula cada sistema de processo ou unidade de equipamento com seus modos de falha, o efeito de cada falha potencial no sistema ou unidade e a relevância de cada falha para a integridade do Sistema. Em seguida, os modos de falha são classificados de acordo com sua importância para determinar qual é a probabilidade de causar um incidente grave. A equipe de segurança, independentemente, do método utilizado na análise de risco de processos, deve considerar pontos importantes, descritos a seguir: • Posição, localização e riscos do processo; • Estudos de acidentes e incidentes em plantas similares; • Identificação de qualquer incidente e acidente com consequências potencialmen- te catastróficas; • Instrumentos técnicos e administrativos aplicáveis aos riscos; • Inter-relacionamento dos controles e aplicação adequada dos métodos de detecção para alertar o perigo prontamente; • Consequências de falhas humanas, situação de instalação e falha de controles; • Consequências dos efeitos na saúde e na segurança de trabalhadores em áreas com possibilidade de falhas. Gestão de Alterações ou Modificações Instalações industriais que utilizam fornos devem estar organizadas por meio de pro- gramas para realizar a revisão de informações de segurança de processos, procedimen- tos e práticas para quando ocorrerem mudanças. Tais programas incluem um sistema de autorização de gestão e documentação escrita para mudanças em materiais, produtos químicos, tecnologia, equipamentos, procedimentos, pessoal e instalações que afetam cada processo. A Gestão de Programas de Mudança na Indústria, por exemplo, compreende as se- guintes áreas: • Mudança na tecnologia; • Mudanças nas instalações, equipamentos ou materiais; • Gestão de pessoal responsável pela mudança e mudanças organizacionais e de pessoal; • Mudanças temporárias, variações e mudanças permanentes; 17 UNIDADE Fornos • Ampliação do conhecimento sobre a segurança de processos, o que inclui: » Base técnica para a mudança proposta; » Impacto da mudança na segurança, na saúde e no meio ambiente; » Modificações de procedimentos de trabalho e práticas seguras de trabalho; » Modificações necessárias para outros processos; » Tempo necessário para a mudança; » Requisitos para autorização da alteração proposta; » Atualização da documentação relativa à informação do processo, procedimentos e práticas de trabalho e segurança; » Necessidade de formação ou educação como resultado de mudança; » Gestão de pequenas ou sutis modificações (qualquer uma que não seja realmente uma substituição); » Mudanças não rotineiras. A Gestão do Sistema de Mudanças fornece informações aos trabalhadores envol- vidos no processo e para a Equipe de de Manutenção fornecer procedimentos de tra- balho atualizados sobre a segurança do processo, as práticas de trabalho seguras e o treinamento, de acordo com as necessidades, antes de iniciar o novo processo. Procedimentos de Trabalho Nas Instalações Industriais Metalúrgicas, devem ser elaboradas e fornecidas aos tra- balhadores instruções detalhadas de trabalho e procedimentos. Será checado regularmente se as instruções são completas e precisas (atualizando ou corrigindo quando ocorrerem mudanças) e se cobrem os limites operacionais das unida- des de processo, incluindo as seguintes três áreas: 1. Consequências dos desvios; 2. Medidas para evitar ou corrigir desvios; 3. Funções dos Sistemas de Segurança relacionados a limites operacionais. Práticas de Trabalho Seguro Nas Instalações Industriais Metalúrgicas, as autorizações de trabalho devem ser apli- cadas em operações de riscos altos, que mais ameaçam a Organização, bem como se deve ter controle sobre as atividades realizadas perto das áreas de processo. Os supervisores, os trabalhadores e os profissionais terceirizados devem estar fami- liarizados com as informações de diferentes autorizações de trabalho. 18 19 Aqui estão os tipos de atividades normalmente incluídos nas autorizações de trabalho para uma instalação de produto perigosos: • Atividades a quente, como soldagem, derivação tubo responsável, motores de com- bustão interna etc.; • Atividades de manutenção para o bloqueio/aviso de equipamentos com energia elétrica, mecânica, pneumática e de pressão; • Atividade em espaços confinados e uso de gases inertes; • Atividades de manutenção, ajustes e limpezas de vasos, tanques, equipamentos e sistema de ventilação, abertura e limpeza; • Atividades de controle da entrada de pessoal não designado para as áreas perigosas; • Atividades em altura de limpeza do telhado. Nas instalações de tratamento químico, deve-se elaborar e aplicar práticas de traba- lho seguro para controlar os riscos durante as operações do processo, que incluem o seguintes aspectos: • Propriedades e fatores de risco de materiais, catalisadores e produtos químicos utilizados no processo; • Controles de proteção técnica e administrativa para evitar exposições; • Medidas a serem tomadas em caso de contato físico ou exposição a produtos quí- micos perigosos; • Controle de qualidade das matérias-primas, catalisadores, controle e monitoramen- to dos produtos químicos perigosos; • Organizar os sistemas de