Inserir Título Aqui Inserir Título Aqui Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações Instalação Industrial Responsável pelo Conteúdo: Prof. Me. Alessandro José Nunes da Silva Revisão Textual: Prof.ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Nesta unidade, trabalharemos os seguintes tópicos: • Barreiras de Segurança; • O Projeto; • Matriz de Risco; • A Importância do Planejamento e Simulações para a Saúde e Segurança; • Manutenção, Reforma e Demolições; • Acessibilidade. Fonte: Getty Im ages Objetivo • Apresentar aos alunos informações básicas sobre as Barreiras de Segurança em Insta- lações Industriais, suas obrigações legais, as responsabilidades técnicas e as ações que visem à proteção e à prevenção de ocorrências de incidentes e acidentes. Caro Aluno(a)! Normalmente, com a correria do dia a dia, não nos organizamos e deixamos para o úl- timo momento o acesso ao estudo, o que implicará o não aprofundamento no material trabalhado ou, ainda, a perda dos prazos para o lançamento das atividades solicitadas. Assim, organize seus estudos de maneira que entrem na sua rotina. Por exemplo, você poderá escolher um dia ao longo da semana ou um determinado horário todos ou alguns dias e determinar como o seu “momento do estudo”. No material de cada Unidade, há videoaulas e leituras indicadas, assim como sugestões de materiais complementares, elementos didáticos que ampliarão sua interpretação e auxiliarão o pleno entendimento dos temas abordados. Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discussão, pois estes ajudarão a verificar o quanto você absorveu do conteúdo, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e aprendizagem. Bons Estudos! Instalação Industrial UNIDADE Instalação Industrial Contextualização A concepção das Instalações Industriais é fundamental para as ações de Prevenção e Controle de Riscos em Máquinas, Equipamentos e Instalações, vez que é o momento das tomadas de decisões e é este o mais importante para atingir o objetivo preventivo e protetivo. No dia a dia das investigações de acidentes de trabalho ou ambiental, nota-se que a tomada de decisão é um ponto muito importante e estratégico e pode vir a ser respon- sável por um acidente que envolve um grande Complexo Industrial, como, por exemplo, o acidente em Mariana (MG) e seus impactos ambientais, que vitimou 17 pessoas, bem como a tragédia de Brumadinho (MG) onde 176 pessoas foram encontradas mortas e 134 desaparecidas após o rompimento da barragem, mas também pode ocorrer em um estabelecimento pequeno, como o que ocorreu numa farmácia na Bahia, com uma explosão de gás que causou incêndio que matou 9 pessoas. É nesse contexto que entra a responsabilidade do Engenheiro de Segurança do Tra- balho, que é um dos profissionais que deve estar atento e apto a participar nos Projetos e na implantação de novas instalações físicas e tecnológicas numa Empresa, devendo sempre aplicar os conhecimentos de Engenharia de Segurança e de Medicina do Tra- balho ao ambiente de trabalho e a todos os seus componentes, de modo a reduzir e até eliminar os riscos ali existentes à saúde do trabalhador. Na construção do Parque Olímpico de Londres, em 2012, o fator mais importante para a prevenção e a proteção foi a tomada de decisão, segundo entrevista do engenhei- ro Alistair Gibb, um dos responsáveis pela segurança da obra. Ele afirma que o sucesso foi determinado porque o cliente principal não aceitou a possibilidade de que na construção pudessem morrer três ou quatro trabalhadores. Portanto, para dar início ao conteúdo, é fundamental a leitura da Entrevista do engenheiro Alistair Gibb, considerado pelos especialistas uma experiência bem-sucedida em saúde e segurança na construção. Disponível em: https://bit.ly/2DXQiJb 6 7 Barreiras de Segurança Profissional de segurança, fique muito atento a este tópico porque a Barreira de Segurança é um conceito utilizado para eliminar ou mitigar um perigo/risco. As Barreiras de Segurança podem ser identificadas no dia a dia da atuação de uma Equipe de Segurança, como, por exemplo, um “guarda-corpo”, que evita a queda de tra- balhadores, uma placa de “sinalização de perigo”, que pode alertar os trabalhadores, um “airbag” que pode atuar assim que houver uma batida de carro, na qual ele é acionado para “diminuir dano”, podendo salvar a pessoa da morte. Esse conceito é fundamental para um Sistema de Gestão de Segurança que se preo- cupe em antecipar os perigos. Ao identificar os riscos e perigo, deve-se instalar uma sé- rie de Barreiras de Segurança visando à prevenção e à proteção. Esse princípio introduz a explicação de acidentes como resultado de falta de e ou de falha de Barreiras presentes no Sistema (HOLLNAGEL, 2004). As Barreiras de Segurança, na linguagem da Equipe de Saúde e Segurança, devem ser entendidas como preventivas quando atuam para evitar o acidente/incidente e pro- tetivas quando atuam após o acidente/incidentes. Observe os exemplos na Tabela 1, a seguir. Tabela 1 – Exemplos de Barreiras de Segurança Preventivas e Protetivas Barreira Momento do uso Ações Sprinkler incêndio Após o incêndio Sua ação é protetiva, vez que não impediu o incêndio Airbag Atua após a batida Sua ação é protetiva, vez que atua após a batida do carro Guarda- corpo Obstrui a queda de trabalhadores Sua ação é preventiva, vez que evita a queda Porta com cadeado na cabine de força Impede o acesso de pessoas não autorizadas Sua ação é preventiva, vez que não permite a entrada de trabalhadores O conceito de Barreira de Segurança proposto por Hollnagel (2004) é classificado em quatro categorias: • Barreiras físicas ou materiais: visam a obstruir a energia ou a informação de um ponto a outro, não requerendo que sejam percebidas ou interpretadas pelos indi- víduos. São exemplos grades, guarda-corpos, muros, cercas e portas contra fogo; • Barreiras funcionais: impedem o acesso, como um cadeado, por exemplo, mas podem permitir a entrar numa área de risco, como uma cortina de luz, ou dificultar o acesso, como uma chave ou senha de identificação etc; • Barreiras simbólicas: precisam de interpretação, sendo que sua eficácia requer que o usuário perceba e responda do modo previsto. São exemplos sinalização de segu- rança, placas, semáforos, rótulos em embalagens, alarmes e permissões de trabalho; • Barreira imaterial: necessita de interpretação por se tratar de fases de prescrição e de monitoramento. Assim, sua eficácia depende do conhecimento da Equipe de Segurança. São exemplos regras e normas internas, indicadores, auditoria, princí- pios éticos e regras tácitas de convivência e trabalho em grupo. 7 UNIDADE Instalação Industrial Figura 1 – Exemplos de barreiras físicas – Grade de proteção de máquinas, passarela, proteção das partes móveis em esteira, proteção de periferia Fonte: Acervo do conteudista Figura 2 – Exemplos de barreiras funcionais – Chave de segurança, CLP de segurança e Cortina de luz de segurança Fonte: Acervo do conteudista Figura 3 – Exemplos de barreiras simbólicas – Placa, semáforo e rótulo em embalagem química Fonte: Adapatado de Getty Images Conforme a NR 26, em uma Instalação Industrial deve ser utilizada a sinalização de segu- rança em estabelecimentos ou locais de trabalho, a fim de indicar e advertir acerca dos riscos existentes. A seguir, na Figura 4, apresentam-se as várias formas de barreiras pensadas pelo pesquisador Hollnagel (2004). 8 9 Figura 4 – Sistema de barreira e suas funções com exemplos Fonte: Adaptada de Hollnagel, 2004 Para melhor entendimento das Barreiras de Segurança, a Equipe precisa compreen- der quais são usadas para ações preventivas e quais