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1 METODOLOGIA DO ENSINO DE MATEMÁTICA NA PERSPECTIVA DA PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA PEREIRA, Marcelo Rodrigues1 RU 1560530 MOCELIN, Márcia Regina2 RESUMO Neste estudo buscou-se colocar a proposta do ensino-apredizagem de matemática, numa perspectiva da pedagogia histórico-crítica, da fundamentação teórica na filosofia, na psicologia, na sociologia, na pedagogia e por fim na educação matemática. No que tange a filosofia da educação focou-se na concepção marxista, a saber no materialísmo dialético; na psicologia observou-se os estudos de Vigotski, na psicologia histórico-crítica; na sociologia, foi analisado a contribução de Althusser que reflete sobre a escola como o aparelho ideológico do Estado; na pedagogia propriamente dito reteu-se à pedagogia histórico-crítica, sobretudo no trabalho desenvolvido por Saviani; E por fim, concluído com os estudos numa contribuição de Skovsmose, propondo um convite do fazer educação matemática crítica. Palavras-chave: Materialísmo dialético. Psicologia histórico-crítica. Pedagogia histórico-crítica. Educação matemática crítica. a) INTRODUÇÃO O presente artigo foi elaborado como forma de projeto de intervenção, relacionado a uma pesquisa desenvolvida em determinada unidade escolar, dentro daquelas que foram estagiadas no estágio supervisionado obrigatório. Contudo, nas três unidades escolares estagiadas, seria muito difícil a realização de tal intervenção, pois houveram resistências na proposta pedagógia por parte dos profissionais, devido a fundamentação na concepção hegemônica. Assim, a referida investigação limita-se ao campo teórico, podendo ser desenvolvida no futuro, em determinada unidade escolar, que tenha a sua pedagogia fundamentada na concepção contra-hegemônica. Vale ressaltar que nos estudos em educação matemática, pôde-se encontrar bastante resistência por parte do quadro de gestores da instituição, cujo 1 Aluno do Curso de Pedagogia do Centro Universitário Internacional UNINTER. Relatório apresentado como Trabalho de Conclusão de Curso - 2018/2. 2 Professora Orientadora no Centro Universitário Internacional UNINTER. 2 estágio foi realizado na educação básica: séries iniciais numa proposta de educação matemática crítica. O que não se trata de uma característica desta unidade escolar, mas de um caso geral da educação brasileira sobre a pública. Devida a experiência de mais de 1.400 horas de regência de sala de aula na disciplina de matemática e, acadêmico do curso de Pedagogia, o intuito aqui não era apenas detalhar um caso específico de intervenção para determinada unidade escolar, mas sim, fazer um convinte a educação matemática crítica, embasado: na filosofia da educação buscou-se no materialismo histórico de Marx (1818 – 1883) e Hegel (1770 – 1831); na psicologia foi embasado através da psicologia histórico-crítica de Vigotski (1896 – 1934); na sociologia, analisou-se sobre o aparelhos ideológicos de Estado, sobre a escola de Altrusser (1919 – 1990); na pedagogia histórico-crítica, de Saviani; e concluído com a educação matemática crítica de Skovsmose. b) FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 1. FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO De acordo com Vasconcelos (2017, p.103), “o marxismo extrapola a visão política, contam com embasamento filosófico bastante denso e, tem consequências pedagógicas significativas”. Os filósofos alemães Friedrich Hegel (1770 – 1831) e Karl Marx (1818 – 1883), declaram que a realidade primordial é a material, sendo o pensamento uma consequência dela. Com base nesses pressupostos desenvolveram o sistema filosófico chamado de materialismo dialético. Para Mark e Hegel, ao pensarem a realidade histórica e material de forma dialética, enfatizam o papel do conflito nas transformações sociais. Isto é, na dialética, o movimento dos pensamentos é concebido com base no choque de ideias contraditórias. Assim, através da dialética, o pensamento e a realidade se movem por tríades formadas por tese, antítese e síntese (VASCONCELOS, 2017, p.106). 3 A tese equivale a afirmação do ser; a antítese é a negação da tese. Da oposição entre tese e antítese surge a síntese, uma negação da negação, que torna possível a superação da oposição. A síntese, porém, é ela própria uma afirmação, o que pressupõe a possibilidade de sua negação, dando origem, portanto a uma nova tríade. (VASCONCELOS, 2017, p. 106). Assim, para Marx e Hegel, a classe dominante, com o objetivo de minimizar o potencial revolucionário da classe dominada, desenvolve ideologias, a saber: conjuntos de crenças, valores, criados por grupos abstratos, mas assimilados pela classe trabalhadora. O principal papel dessa ideologia é justificar as relações de poder existentes na sociedade e, sua aceitação irrefletida leva a classe dominada ao fenômeno chamado de alienação. Vasconcelos (2017) afirma que a vertente marxista para superação deste compromisso perverso de dominante e dominado: A proposta marxista para transformação da sociedade é essencialmente humanista: trata-se de promover a formação de uma consciência crítica na classe proletária, para que esta possa libertar-se da alienação e emancipar- se econômica e socialmente. (VASCONCELOS, 2017, p.107). No que tange a proposta pedagógica de Marx que busca superar a alienação, reintegrando os dois mundos: material e espiritual, as ideias e as coisas. Como no materialismo histórico, a sociedade está dividida entre os que pensam e os que executam o trabalho. Assim, a contribuição marxista para educação concebe o trabalho como princípio educativo para superar a alienação. 2. TEORIAS DA APRENDIZAGEM 2.1. PENSAMENTO E LINGUAGEM: UMA TEORIA QUE CONTRIBUI PARA COMPREENSÃO DE SENTIDOS E SIGNIFICADOS A construção de uma nova psicologia, fundamentada no materialismo histórico dialético, de Lev Semenovitch Vigotski (1896 – 1934), trouxe contribuições para compreensão da aprendizagem de escolares. Assim, antes de avançar nos estudos da proposta sócio-histórica da psicologia, destaca-se o conceito de atividade. Entretanto, Nogueira (2015, p. 153) traz que, é por meio da atividade que o 4 homem constitui as suas relações humanas e transforma o mundo, e por ele é transformado. Conforme (NOGUEIRA apud AGUIAR, 2015, p. 153), Ao apropriar-se da realidade externa, ocorre uma realidade interna de apropriação e de articulação do novo; o que marca a atividade interna é a superação, a confrontação, a contradição e ambiguidade entre o novo e o velho. (AGUIAR, 2006). Ainda de acordo com Nogueira (2015), Para explorar a significação de todas as atividades, bem como a construção da subjetividade, Vigotski, com base em Marx, aprofundou a ampliação do conceito e na utilização dos instrumentos como forma de relação mediada. Por exemplo, não podemos falar com o outro por transmissão do pensamento; para isso, utilizamos um instrumento tipicamente psicológico: o signo. (NOGUEIRA, 2015, p.154). Conforme afirma NOGUEIRA (2015, p. 154), “o indivíduo ao humanizar-se na atividade, nunca obterá de forma direta e mediata, mas uma relação mediada pela cultura.” Todavia, com (NOGUEIRA apud VIGOTSKI, 2015, p. 154), Destaca que os signos são instrumentos psicológicos por excelência e referem-se a tudo o que está situado fora do indivíduo, sendo que, por meio de atividades internas e externas, irão atingir diretamente o outro. Como bem destaca MOYSÉS (1997), inclui dentro dos signos: a linguagem, os vários sistemas de contagem, as técnicas mnemônicas, os sistemas simbólicos algébricos, os esquemas, diagramas, mapas, desenhos, e todo tipo de signos convencionais. Já (MOYSÉS apud VIGOTSKI, 1997, p.23), ao usar os signos, o homem modifica as suas próprias funções psíquicas superiores. Ou seja, é na interação social, e por meio douso dos signos, que se dá o desenvolvimento das funções psíquicas superiores. Consequentemente, o ser humano somente planeja porque dispõe do pensamento; por sua vez, para a expressão do pensamento, ele necessita do signo para representá-lo. (Nogueira, 2015, p. 154). Conforme afirma Vigotski (2001), o significado é a realidade do sujeito no contexto em que a palavra foi colocada. Em outras palavras, de acordo com Moysés (1997), ao assimilar o significado de uma palavra, o homem está 5 dominando a experiência social. De acordo com (NOGUEIRA apud VIGOTSKI, 2015, p. 155), é o sentido que abrange a subjetividade, e sua unidade essencial é a emoção; são as emoções que definem a disponibilidade dos recursos subjetivos para o desenvolvimento da atividade. Ou seja, como bem destaca Moysés (1997, p. 39), “o sentido de uma palavra depende da forma com que está sendo empregada, isto é, do contexto que ela surge.” Conforme Nogueira (2015) diz: Assim como o pensamento e a linguagem não podem ser compreendidos separadamente, de igual modo ocorre com o significado e o sentido, devem se apresentar dentro da unidade contraditória do símbolo e do emocional. Em outras palavras, a cognição e a emoção estão sempre juntas, e quando se realiza uma significação, a emoção está sempre presente. (Nogueira, 2015, p. 156). 2.2. VIGOTSKI E O APRENDIZADO DOS ESCOLARES Os estudos de Lev Semenovitch Vigotski (1896 – 1934), sem dúvida contribuíram de maneira significativa para o campo da educação. Destaca-se alguns trabalhos de grande relevância, principalmente em relação ao desenvolvimento, à aprendizagem e a linguagem. A preocupação de Vigotski, em seus estudos, está no aprendizado escolar ao desenvolvimento infantil das crianças, com a finalidade de explicar a inter-relação entre os conceitos científicos e os cotidianos. (Nogueira, 2015, p. 157). De acordo com Nogueira (2015, p. 158), ao citar os experimentos de Vigotski, menciona que o pensador destaca a formação dos conceitos, que se inicia na infância e se completa na puberdade, quando ocorre o desenvolvimento das funções intelectuais. Em outras palavras, ao final da adolescência é o período em que ocorre o aprimoramento do pensamento conceitual verdadeiro, a saber: deixa os pensamentos primitivos, chamado de complexos, e apropriando-se de novos conceitos, chamados de conceitos potenciais. Concorda-se com o autor que, a formação de conceitos, como bem destaca Vigostki, ocorre antes da criança entrar em contato com a escola, e deve ser ponto de partida dos saberes escolares mais bem elaborados. Assim, concebe a ideia de que o aprendizado e o desenvolvimento das funções mentais são imprescindíveis para compreensão da relação dos conceitos científicos e do cotidiano. 6 Fundamentado nesses elementos, o pensador Vigotski, formula a teoria relacionando a aprendizagem ao desenvolvimento. De acordo com NOGUEIRA (2015, p. 159), em seus estudos, “cujo objetivo é desvendar as inter-relações complexas, em certas áreas específicas do aprendizado escolar, a saber: leitura, escrita e gramática, aritmética, ciências sociais e ciências das naturais.” Nos estudos de Vigotski, fica patente o papel da instrução da escola, de comparar os conceitos científicos dessas diferentes áreas do saber, com os conceitos cotidianos. Nestes experimentos, de acordo com NOGUEIRA (2015, p. 159), “Vigotski relata que mesmo com crianças da mesma idade mental, podere-se ter níveis de desenvolvimentos diferenciados, os quais podem ser observados quando são submissos a problemas semelhantes. Os problemas somente são resolvidos com ajuda de um companheiro mais experiente.” Agora entrar na Zona de Desenvolvimento Proximal – ZDP, sem dúvida, umas das maiores contribuições da psicologia histórico-crítica. De acordo com Valsiner et al apud Moysés (2009, p. 32), o conceito de ZDP, ligado aos estudos de Vigotski, relaciona a ZDP à diferença do escore obtido quando a criança desempenha um tarefa sozinha e quando desempenha assistida. Em outras palavras, o Nível de Desenvolvimento Real – NDR (aquilo que a criança consegue fazer sozinha), e o Nível Desenvolvimento Proximal – NDP (aquilo que a criança consegue fazer com a mediação). De acordo com Vigotski, é neste momento que conhecemos o aproveitamento do discente na escola (Nogueira, 2015, p. 160). De acordo com NOGUEIRA (2015), Ao afirmar que a formação dos conceitos científicos, evidencia a importância social e cultural para o desenvolvimento das funções psíquicas superiores. Afinal, elas são construídas com a mediação do adulto, atuando de maneira efetiva na ZDP da criança, levando a aprender e a tornando-se membro da espécie humana. (Nogueira, 2015, p. 161). Fundamentado na ZDP, Vigotski (1984, p.101), faz a proposta de ensino/apredizagem que expressa este conceito, dizendo: O bom ensino é aquele que se adianta ao desenvolvimento. Conforme (MOYSÉS apud Vigotski, 2015, p. 42), diz que o ensino na escola, prioriza a compreensão entre atividade reprodutiva (a vida cotidiana), e 7 atividade criativa (lidar com o novo, com o inusitado), descrita por Vigotski (1990). Na primeira, o indivíduo é capaz de se adaptar ao mundo á sua volta, sem depreender grande esforço. No entanto, essa não é útil quando se trata de lidar com algo novo, diferente. Na segunda, o indivíduo precisa buscar na atividade criativa, elementos já existentes no cérebro, de forma a adaptar-se à nova situação (Moysés, 2015, p. 42). Moysés citando Vigotski diz “Analisando o processo de imaginação criativa, pressupondo que toda atividade criativa surge de experiências prévias já existentes no cérebro, fruto de percepções internas e externas.” (Moisés, 2009, p. 42). De acordo com Moysés(2009), mais do que nunca Vigotski imprime a marca do materialismo ao negar que a imaginação e a fantasia nasçam do nada. Ao contrário, tudo emana da realidade. 3. TEORIAS DO CONHECIMENTO PEDAGÓGICO 3.1. A ESCOLA COMO APARELHO IDEOLÓGICO DO ESTADO De acordo com SUHR (2012, p. 125), ao citar Louis Althusser, autor da teoria da escola como aparelho ideológico do Estado, afirma que embora o Estado se apresente como representante das necessidades e aspirações de todos os membros da sociedade, na verdade, representa os interesses da classe dominante. A classe dominante lança mão do Estado, por meio de dois “aparelhos”, organiza a sociedade de modo que os donos dos meios de produção se mantenham no poder. O primeiro grupo de “aparelhos” do Estado, Althusser os chamou de Aparelhos Repressivos do Estado (ARE), como o pronome sugere, funcionam principalmente pela violência, imposição da força. A exemplo desse grupo citado, SUHR (2012, p. 126) menciona, a polícia, os tribunais, as prisões, o exército. O segundo grupo de aparelhos de Estado, Althusser os chamou de Aparelhos Ideológicos do Estado (AIE), que agem principalmente por meio da transmissão e inculcação da ideologia. Alguns exemplos desse grupo citados por SUHR (2012, p. 126), como a família, a igreja, a mídia, e o sistema jurídico. Para Althusser, o mais importante desses aparelhos ideológicos é a escola, 8 pois recebe todas as crianças, indiferentemente de sua origem de classe e, nelas inculca, durante muitos anos, os saberes e as mesmas práticas, de modo que todas tenham a mesma cosmovisão, a saber: compreender a realidade de acordo com os interesses da classe dominante (SUHR, 2012, p. 126). De acordo com SUHR (2012, p. 127), embora Althusser não nega a luta de classes, considera muito difícil a escola contribuir na constituição da contraideologia, o que para outros pensadores posteriores seja possível. 3.2. A PEDAGOGIA HISTÓRICO-CRÍTICA O pensador Dermeval Saviani, principal representante da pedagogia histórico-crítica, propôs esta teoria no período de redemocratização do país, o qual incluíaa educação de qualidade a toda a população, de modo a privilegiar a escola pública e a luta por sua qualidade. A pedagogia histórico-crítica, de Saviani, tem como referencial teórico as obras de Antonio Gramsci (1891 – 1937), Lev Semenovitch Vigotski (1896 – 1934) e Geoges Snyders (1917 – 2011), mas atualmente existem vários autores nacionais, tais como Pablo Gentilli, Acácia Kuenzer, Gaudêncio Frigotto, Newton Duarte, Alessandra Arce, Celso Vasconcellos (Suhr, 2012, p. 162). De acordo com SUHR (2012): Saviani defende que a escola, embora tenda a reproduzir a divisão de classe existente e a favor da classe dominante, pode também ser um instrumento em favor das camadas populares. (Suhr, 2012, p. 153). A posição da pedagogia histórico-crítica para compreensão da realidade é dialética; uma vez que a realidade não é estática e linear. A educação pode tanto contribuir para reproduzir as relações sociais existentes, como promover a conscientização. A proposta da pedagogia histórico-crítica é de direito a educação de muita qualidade, oferecida a todos os brasileiros sem distinção. Vale a pena ressaltar que, como afirma SUHR (2012, p. 154), 9 A escola não é a única e nem a mais importante das instituições sociais para promoção das mudanças, mas existe possibilidade, de favorecer a elevação da cultura das massas. Para ocorrer essa transposição a pessoa, a partir da compreensão do mundo de maneira mais clara, percebesse as inter-relações entre diversos aspectos da vida social e que podem promover mudanças se o desejarem de maneira coletiva. Fundamentado na pedagogia histórico-crítica, o papel da escola é a socialização dos conhecimentos e saberes universais, principalmente as camadas mais populares. De acordo com Gazim et al, 2005: Entendendo que a apropriação crítica e histórica do conhecimento, enquanto instrumento de compreensão da realidade social, e atuação crítica e democrática para transformação desta realidade. (Gazim et al, 2015, p. 50). Embora na escola os condicionantes socioeconômicos e políticos contribuam de maneira impactante, por contradição, esta como espaço de ação, pode e deve promover a transformação social (Saviani, 2003). A relação professor-aluno na pedagogia histórico-crítica, de acordo com SUHR (2012), deve ser intervativa: ambos são sujeitos do processo ensino- aprendizagem, mas com papeis distintos. A autoridade competente, que direciona o processo pedagógico, interfere e cria o ambiente adequado para apropriação do conhecimento, é o professor (Gazim et al, 2005, p. 51). Nesta visão o professor passa novamente a ser visto como profissional que desenvolve uma competência técnica, isto é, sabe ensinar, avaliar, dosar o conteúdo de acordo com saber da turma, conhecer cientificamente como ocorre a aprendizagem e, a sua área do saber; sempre ajustado a compromisso político- social. Em outras palavras, de acordo com Suhr (2012, p. 157), É o professor que compreende a educação e os conteúdos escolares com base em uma ótica integrada da realidade a sua volta e, compromisso político do professor, no caminho de luta para que a aprendizagem de seus alunos realmente se efetive. De acordo com Suhr (2012, p. 157), ao descrever o papel do aluno na abordagem histórico-crítico como, 10 Sujeito ativo de sua própria aprendizagem, é participar ativamente desse processo, trazendo suas impressões e conhecimentos prévios, analisando- os à luz dos novos conhecimentos trabalhados em sala refletindo, alcançando níveis mas elevados de organização do saber e relacionando-o à prática social. (SUHR, 2012, p. 157). Assim, fica evidente que cabe ao discente o papel de quem realmente esta envolvido no processo de aprender, que deseja e se esforça para isso, em outras palavras, que demonstre empenho; que tenha a vivência (senso comum), mas precisa ser auxiliado e orientado pelo professor, por meio de conteúdos (conhecimento científico), a compreender essa vivência, a sua realidade, de maneira mais bem elaborada. Por esse motivo, para a pedagogia histórico-critica os conteúdos são de grande relevância. De acordo com Suhr (2012, p. 155) diz que: Os conteúdos são os conhecimentos historicamente acumulados pela humanidade, mas sempre reavaliados em face das realidades sociais. Essa ressalva é o que diferencia a concepção pedagogia histórico-crítica, da pedagogia tradicional, de conteúdos livresco e enciclopédico. (SUHR 2012, p. 155) Ainda vale a pena ressaltar que a correspondência entre o conteúdo e o modo como são produzidos, constitui-se de grande relevância. Em outras palavras, é preciso ensinar não somente conteúdos, numa visão pronta e acabada, mas o processo de obtenção do saber. Note que o objetivo não é apenas de reter na mente uma quantidade de conteúdos, mas aprender a pensar de maneira mas científica, monstrando aos estudantes, estratégias que os tornem capazes de analisar a realidade a sua volta e, relacioná-las aos conteúdos abordados na escola. O momento áureo deste trabalho está na descrição da metodologia da concepção pedagogia histórico-crítica. Para Suhr (2012, p. 157), “a metodologia adotada, baseado na dialética, na busca da relações entre o que o aluno conhece (senso comum) e a forma mais elaborada desse conhecimento (ciência).” Conforme SUHR (2012, p. 158 – 159), os seguintes passos da metodologia são: Prática social inicial: de acordo com (SUHR apud SAVIANI, 2012, p. 158), expressa que professores e alunos, como vivenciam a mesma realidade, compartilham determinados saberes, mas em níveis diferentes de apropriação. O 11 discente possue uma visão mais eclética, generalizada do real e, o docente por sua vez, possue uma visão mais precisa da realidade, embora o professor nem sempre perceba todas as relações presentes nos fenômenos. Contudo a síntese do docente é melhor elaborada que a do discente e, assim permite que o professor medie a aprendizagem. Problematização: de acordo com (SUHR apud VASCONCELLOS, 2012, p. 158), menciona que este é momento de causa a ruptura em relação ao que os alunos já sabem, de levantar questões que lhes permitam perceber a precariedade das informações que eles já dominam sobre o tema. Em outras palavras, é neste momento que detectamos questões que precisam ser resolvidas na prática social e, quais são os conhecimentos necessários para que isso ocorra. Instrumentalização: de acordo com Suhr (2012, p. 158), declara que esta é etapa na qual se introduz o novo conhecimento, seja por meio da exposição dialogada pelo professor, seja por meio de coleta de dados, estudo de texto, entrevista, etc. Em outras palavras, neste momento apresentamos aos discentes elementos para que comparem os novos conhecimentos (científicos) sistematizados, com os conhecimentos (senso comum) anteriormente. Ainda, como bem destaca (SUHR apud GAZIM et al, 2012, p. 158), esses conhecimentos são ferramentas culturais, necessárias à luta social para superar a condição de exploração em que vivem as classes populares. Cartase: de acordo com (SUHR apud SAVIANI, 2012, p. 159), mostra que esta etapa como o momento em que os instrumentos culturais (novos conhecimentos), são incorporados pelos alunos, dando-lhe uma visão mais crítica e consciente da realidade que o cerca. Em outras palavras, é o momento em que o novo conhecimento passa a fazer parte da vida do aluno. Prática social final: como no início o ponto de partida é a prática social, no final, será retornado a prática social como ponto de chegada. Contudo, ao retornar a prática social, de maneira ressignificada. Em outras palavras, o aluno será capaz de compreender os mesmos aspectos da realidade agora de maneira mais orgânica, sintética, coesa e organizada. Ainda, de acordo com Sihr (2012, p. 159), o retorno a prática social final significa que os conteúdos assimiladosservem para pensar e atuar sobre a realidade buscando a transformação social. Para fechar esta abordagem descreve-se ainda sobre a avaliação de acordo com a pedagogia histórico-crítica, desde que seja ressignificada, tem papel 12 de grande relevância, diagnosticada de forma permanente e contínua, com o objetivo de pontuar para o professor regente e para o aluno o que já foi assimilado ou não. Em outras palavras, como está ocorrendo o processo ensino- aprendizagem e quais elementos precisaram ser retomados. Na coleta destes dados, foi necessário a utilização dos instrumentos de avaliação, tais como: trabalhos escolares, atividade em classe, atividade extra-classe, provas objetivas, provas discursirvas, estudos de caso, portfólio, entre outros. Portanto, para a pedagogia histórico-crítica a avaliação serve para que o docente reformule sua prática quando necessário e, de acordo com o Estatuto da Criança e Adolescente – ECA, lei nº 8 069, de 13 de junho de 1990, no artigo 129, inciso V, que discorre sobre o dever do aluno, juntamente com pais ou responsável legal, estar ciente de seus resultados, para que possa organizar melhor sua própria aprendizagem, uma vez que o educando é o sujeito dela. 4. A EDUCAÇÃO MATEMÁTICA CRÍTICA A racionalidade matemática, durante a Revolução Científica, proporcionou a compreensão das leis da natureza, sobretudo os benefícios da tecnlologia. Nisto concorda-se com Skovsmose (2015, p. 77), que discorre sobre a concepção moderna de matemática, vê uma confiança absoluta em sua racionalidade. A relação entre o desenvolvimento científico e o progresso, na visão moderna da sociedade, traz ideia de benefícios, que muito nos orgulham e, outros que nos deixam decepcionados com a espécie humana. Em outras palavras, a mesma racionalidade da matemática (ciência), fundamentou os mais brutais processos de colonização, comércio de escravo, e mais tarde, o racismo de base científica. Assim, a conexão entre ciência e progresso, pode mostrar-se desvantajosa. Para Skovsmose (2015, p. 77), a ideia de risco esta ligado à natureza. Também destaca que a humanidade está cercada por um ambiente hostil, e nossa missão é controlar esse ambiente. Nesse sentido tentaremos delimitar a concepção crítica ao relacionar a matemática com o discurso e o poder, destacando algumas preocupações com matemática e a educação matemática. Para melhor compreender a ideia do discurso e poder, Skovsmose (2015, p. 79), busca na pesquisa de Michel Foucalt (1989), que investigou sobre 13 conhecimento e poder, abordando a loucura, o controle, o surgimento da clínica e, mostrou que a terminologia científica pode imprimir uma ordem sobre o fenômeno que deveria descrever. Entretanto, Foucalt (1989), em sua pesquisa não abordou a matemática, embora esta ciência represente muito bem a interação entre conhecimento e poder. Para o autor têm-se um caso curioso a ser estudado, visto que o complexo ciência-tecnologia é um forte exemplo de interação entre conhecimento e poder e, a matemática é um caso particularmente especial. Vale a pena ressaltar que Foucalt, em suas pesquisas, não analisou as ciências naturais nem a matemática. Já S Skovsmose (2015, p. 79), cita o relativismo linguístico – ligado a ideia de Immanuel Kant, que as coisas não são exatamente como se vivencia – formulado por Edward Sapir e Benjamin Lee Worf, onde afirmam que a linguagem não apenas descreve, mas também molda o que se vivencia. Para Kant (1933), as nossas experiências são estruturadas por categoria, projetadas por nossas experiências. Ainda afirma que essas categorias são permanentes, mas segundo o relativismo linguístico, podem desenvolver-se e incorporam-se na gramática básica da linguagem por processos históricos-culturais. Ainda o autor afirma que a linguagem contribui para a formação da realidade ao projetar crenças, categorias, premissas, metafísica, prioridades, concepções e mal-entendidos. De acordo com Skovsmose (2015, p. 80), a linguagem contém elementos da ação. Este autor basea este argumento nos aspectos da linguagem proposto por John L. Austin e Ludwig Wittgenstein. Ainda menciona que qualquer manifestação, afirmação, expressão, sentença, pergunta, etc, contem atos. Para Skovsmose (2015, p. 80), unindo essas duas ideias, a saber: que a linguagem contribui para a formação da realidade e que linguagem contém ações, abre caminho para uma interpretação performática da linguagem e da interpretação entre poder e linguagem – em particular a matemática. Veja o que o autor diz neste aspecto: A matemática é apresentada como uma linguagem. Por exemplo: um dos pilares da matemática pura é ser vista como uma linguagem formal que atua sem referência a nada. Ver a matemática como linguagem pode, contudo, nos levar a um caminho completamente diferente quando nos atemos aos aspectos performático da linguagem. Esses aspectos pode ser encontrado, de fato, em todas as formas variantes de matemática: na engenharia, na economia, no dia a dia, nos diferentes contextos culturais, na pesquisa, etc. (Skovsmose, 2015, p. 80). 14 Concorda-se com Skovsmose (2015, p. 81-87), sobre as dimensões da matemática em ação, destacando seus aspectos performáticos, a saber: Imaginação tecnológica, o desenvolvimento tecnológico está fundamentado na imaginação e, em todas as áreas encontramos imaginação baseada na matemática, tais como ciência da computação, tecnologia da informação. Raciocínio hipotético, é essencial em todo o tipo de projeto tecnológico, bem como em nossas decições diárias, tais como modelos matemáticos aplicados a setor financeiro, contribuem para tomada de decições como em estimativas de risco. Legitimação ou justificação, a matemática estabelece a justificação (legitimação) que é único, tais como o modelo matemático pode ser apresentado de tal forma, que as implicações ambientais calculadas sempre mostram dentro de certa faixa aceitável. Nota-se que a lacuna entre o calculado e o que de fato acontence pode ser enorme, mas o modelo cumpriu o seu papel de legitimar a obra. Realização, o modelo matemático pode se tornar parte do ambiente a sua volta, a matemática é parte integrante tanto da tecnonatureza quanto do mundo- vida, tais como na medicina ramo em que as rotinas de origem matemática se estabelecem nos diagnósticos, exames, tratamentos, entre outros. Dissolução da responsabilidade, suponhamos uma agência de viagem, cujo funcionário não pode vender uma passagem se não houver vaga. O funcionário está isento as ações do computador. De acordo com Skovsmose (2015, p. 88-89), a matemática em ação pode estar associada a maravilhas como as pesquisas médicas, mas também nos lembra horrores realizados por ações militares, reestruturação financeira com a demissão de funcionários são implementados com bases fundamentadas em matemática. Como bem lembra Skovsmose (2015, p. 88), pode-se argumentar que o militarismo contribue com a segurança do país, que as demissões aprimoram a eficiência produtiva como o bem estar geral da população. Então a matemática em ação pode nos levar a percepções e contextos diferentes. O autor menciona que essa ideia nos remete a matemática crítica, que representa a racionalidade que pode ser empregada para todo tipo de fim, em outras palavras, a matemática em ação pode atender a interesses diversos. 15 Assim, para Skovsmose (2015, p. 88), a matemática em ação precisa de reflexões que devem ser introduzidas, tendo em vistas as particularidades da ação incluindo o contexto em cada situação. Como bem destaca Skovsmose (2015, p. 89), sobre os que advogam a concepção moderna da matemática com atuação em diversas disciplinas científicas, que na perspectiva crítica, não consideram importante a matemática presente nas disciplinas. A matemática em ação necessita de abordar aracionalidade pura de maneira crítica, isto é, a matemática em ação requer ação e reflexão crítica que demanda ética. 5. METODOLOGIA Para lograr êxito na implantação deste projeto de intervenção, será indispensável mostrar à comunidade escolar a necessidade de ruptura com o atual modelo de sociedade, a saber: reprodutivista. Assim, deve-se expor a comunidade escolar que as instituições escolas que apresentam sucesso acadêmico, são aquelas onde existem engajamento das partes envolvidas e, na construção do projeto político pedagógico da unidade escolar, de maneira bastante participativa e democrática, apresentar aos pais e mestres as concepções pedagógicas de sucesso acadêmico, de acordo com a realidade brasileira e, assim propor a concepção contra-hegemônica. Ao adotar a pedagogia histórico-crítica, pode-se desenvolver, para cada componente currícular, a proposta da unidade escolar. CONSIDERAÇÕES FINAIS Neste artigo foi proposto a concepção pedagógico histórico-crítica, como superação do atual modelo da grande maioria das escolas públicas brasileiras, que contribuem para manutenção do status quo da sociedade. Nisto destaca-se que todas as unidades escolares estagiada “bebem na fonte” das pedagogias não críticas da educação, sendo assim, muito difícil o alcance dessa proposta de pedagogia histórico crítica, sobretudo na educação matemática crítica, que está alinhada as mais novas tendências em educação nos paises desenvolvidos, com resultados significativos nos exames internacionais e contribuindo para a vanguarda da democracia. Buscou-se fundamantação na filosofia da educação nos ideiais marxistas, 16 para acima de tudo aprofundarmos a compreensão concernente a humanidade, em outras palavras, compreender a sociedade, na dicotomia de classe dominada e classe dominante, cuja primeira classe possue uma visão da realidade completamente distorcida, conforme os interesses da última classe. Nas teorias da aprendizagem foi observado nos estudos de Vigotski, a saber a psicologia histórico-crítica que admite a inter-relação do indivíduo com o meio e vice-versa, em outras palavras, o ser humano históricamente constituído, inserido em determinada cultura, interage com o meio material, o modifica, e por ele é modificado. Na concepção da psicologia histórico-crítica compreende-se que a força da sociedade e, da cultura, no desenvolvimento da línguagem, do pensamento e da criatividade dos indivídos e, para isto, a apropriação da realidade a sua volta é de extrema necessidade. No ponto de vista do conhecimento pedagógico, é possível observar em Althusser, que a luta pela superação da sociedade de classe, por meio da escola seria impossível, pois esta serve de mecanismo ideológico do Estado, que encucou na mente de grande parte da sociedade, nela incluindo os educadores desta escola, a ideia de manutenção da ordem social proposta a saber, ou seja, uma educação reprodutivista. Ainda, o mais agravante desta situação, seria a falsa ilusão dos educadores pertencerem a classe dominante, por estar no meio da pirâmide social. Note que os educadores não pertencem nem a base e nem o topo da pirâmide social, mas como a sociedade de modo geral (classe trabalhadora), em concordância com a proposta para a classe dominada, ou seja, os educadores ao invés de romperem com esta estrutura, em grande parte a ratificam mantendo a ordem social como desejada pela classe dominante. Agora é possível encontrar na pedagogia histórico-crítica, a fundamentação para superação da ordem social proposta pela classe dominante a classe dominanda. Mas para isso, precisamos do engajamento de todos os educadores desta unidade escolar, a começar pela direção ao guarda nortuno. Havendo o envolvimento dos educadores, ocorrerá a mudança e o fortalecimento da comunidade escolar, a começar pelo alunado e depois extendendo aos pais e/ou reponsáveis, com a ideia de uma escola que rompa com o paradigma das chamadas pedogogias não críticas da educação. Após a construção desta 17 proposta, que culminará com elaboração do projeto político pedagógico da unidade escolar, e consequentemente do seu regimento interno escolar, ratificar-se-à a automonia da escola de acordo com os interesses da sociedade local. De acordo com SUHR (2012, p. 151), ao citar Gramsci (1891 – 1937), menciona que o autor defendia a escola desinteressada, unitária, onde todos seriam educados para serem dirigentes, independente da sua ocupação profisssional que viesse a exercer. Para Gramsci a mudança se daria por meio da cultura e, a classe dominada deveria compreender o direito de acesso ao conhecimento, historicamente constituído pela humanidade e não somente ao acesso a escola. Por fim, a educação matemática crítica por si mesma, não teria forças para romper com proposta atual de superar o modelo das pedagogia não críticas da educação, pois até a realidade a sua volta está distorcida. Note que a beleza da matemática está na formalidade e no rigor científico e, quanto mais abstrato seja, melhor seria a sua aplicação a serviço da vida. O papel da escola, no tocante a disciplina de matemática, seria de trabalhar de maneira mais bem elaborada, crítica, formal, rigorosa, pensante, significativa, de acordo com a realidade vivenciada pelo aluno sem qualquer interferência externa. A contextualização em matemática apresenta a comunidade escolar atualmente, em grande parte, desvinculada da mundo real. Um caso particular seria da geometria plana. A visão real de mundo seria em três dimensões, a saber: altura, comprimento e largura. Então, na geometria plana, temos duas dimensões, a saber: o comprimento e a largura. Logo, seria de péssima sugestão comparamos algo do nosso mundo com triângulo, quadrado, ciclo, e ainda outras figuras planas. Para a obtenção de êxito, no processo de ensino-aprendizagem de matemática a níveis de paises desenvolvidos, sabemos que não será nos moldes das pedagogias não críticas da educação. Com todos os entraves, a pedagogia histórico crítica devido a sua proposta democrática, social, cultural, histórica e crítica mostra-se como esperança para a classe de intelectuais para superação da ordem social implatada. E a educação matemática crítica vem acalhar toda esta proposta pois levará tudo a formalidade, ao rigo, a experimentação, a ideia, ao pensamento, ao questionamento inclusive da realidade a sua volta, afim de chegar ao consenso entre professor-aluno na busca da verdade. 18 REFERÊNCIAS AGUIAR, Wanda Maria Junqueira. Sentidos e significados do professor na perspectiva sócio-histórica: relatos de pesquisa. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2006. BRASIL. Lei n. 8.069, 13 de julho de 1990. Diário Oficial da União, Poder Legislativo, Brasília, DF, 16 jul. 1990. Ret. 27 set. 1990. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm . Acesso em 30 jul. 2018. GAZIM, E.C.B et al. Tendência pedagógicas brasileira: contribuições para o debate.Revista Chão da Escola, Curitiba, nº 4, p. 41 – 52, out. 2005. NOGUEIRA, Makeliny O. et al. Teorias da aprendizagem: um encontro entre os pensamentos filosóficos, pedagógicos e psicológicos. 2ª edição. Curitiba, PR: Intersaberes, 2015. MOYSÉS, Lucia Maria Moraes. Aplicações de Vygotki à educação matemática. 9ª edição. Campinas, Sp: Papirus, 1997. SAVIANI, Dermeval. Pedagogia histórico-crítica: primeiras aproximações. 8ª edição. São Paulo: Cortez, 2003. _________. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre educação e política. Campinas: Autores Associados, 1989. SKOVSMOSE, Ole. Um convite à educação matemática crítica [livro eletrônico] Ole Skovsmose; tradução de Orlando de Andrade Figueiredo. Campinas, SP: Papirus, 2015. SUHR, Inge Renate Fröse. Teorias do conhecimento pedagógico. 1ª edição. Curitiba, PR. Intersaberes,2012. VASCONCELOS, José Antonio. Fundamentos filosóficos da educação. 2ª edição. Curitiba, PR. Intersaberes, 2017. VASCONCELOS, Celso dos Santos. Construção do conhecimento em sala de aula. São Paulo: Libertad, 2009. VIGOTSKI, Lev Semenovitch. A construção do pensamento e da linguagem. São Paulo. M fontes, 2001. _________. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes, 1984. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8069.htm
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