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CURSO: PSICOLOGIA
	
	NOTA OBTIDA:
	2ª AVALIAÇÃO PARCIAL (AP2)
	Aluno (a): 
 
	Código da turma: PSI6M1
	Disciplina: Técnicas Psicoterápicas Humanistas Data de entrega: até 02/06/2020
	Professor (a) 
	
1) Segundo Ponciano (2013, p. 206), “a função do psicodiagnóstico processual é colocar a pessoa/cliente diante de seu próprio horizonte, de suas próprias possibilidades, de se olhar e se reconhecer, se programar (...) e possibilitar caminhos ou maneiras novas de continuar lidando com a própria perspectiva de vida de maneira criativa e gratificante”. Explique as seguintes categorias que constituem elementos norteadores do pensamento diagnóstico processual de base fenomenológico-existencial (4,0):
a) Ajustamento criativo: É a capacidade de satisfazer as nossas necessidades de acordo simultaneamente com nossas hierarquias de necessidades e com as possibilidades no campo organismo/ meio (FRAZÃO, 2015).
 Segundo Frazão (2015) Perls enfatiza que ajustamento criativo saudável está ligado a awareness de modo a se dar pelo contato através da visão, audição, olfato, tato, fala e movimento, estabelecendo uma hierarquia e priorizando conforme as nossas necessidades.
 Ajustamento criativo é a maneira como indivíduo interage criativamente de forma a expressar suas necessidades, mantendo ao mesmo tempo uma relação com o outro de modo respeitoso em sua singularidade. (FRAZÃO, 2015)
b) Awareness: É um processo resultante da relação do indivíduo com o meio, no qual há tomada de consciência deste, como ele se percebe no momento presente, no aqui e agora em seus aspectos (corporal, mental, emocional). Este processo acontece através do contato, ou seja, quando o indivíduo por meio de suas funções de visão, audição, paladar, tato e movimento é capaz de dar sentido ao que percebe e sente, tanto na dimensão externa quanto na dimensão interna. é através da awareness que o indivíduo tem uma relação com o meio de forma saudável, assim como é capaz de perceber empaticamente o outro, possibilitando crescimento e desenvolvimento. (FRAZÃO, 2015)
c) Omissões: Se refere ao que o cliente não conta (propositalmente ou não) sobre algum período de sua vida profissional, social, sexual e/ou sua condição de saúde física. Não são percebidas pelos sentidos, mas nas entrelinhas, no momento da fala do indivíduo, uma vez que essas informações podem ser muito significativas e ele tenha dificuldade para elabora-las por enquanto, ou menospreze-as. (FRAZÃO, 2015)
d) Potencialidades e possibilidades: Partindo da antropologia integral onde o homem é visto como ser biopsicossocial e espiritual, ele está em um processo de crescimento e desenvolvimento, e quando o ambiente é favorável tende a desenvolver suas potencialidades e criatividades, ou seja, ele não é apenas uma patologia, nem apenas um animal condicionado, mas uma pessoa intencional, uma totalidade em continuo apelo para se totalizar existencialmente, que atribui significados a realidade e que pode ressignificar (se preciso for), entender o pensamento diagnóstico processual partindo dessa antropologia implica considerar as possibilidades e potencialidades humanas. (RIBEIRO, 2013; FRAZÃO, 2015)
2) Considere o seguinte recorte de uma intervenção psicoterápica hipotética, feita logo após a paciente referir que não consegue lidar com situações de confronto nas quais ela tem que expressar sua opinião e discordar dos outros colegas de trabalho:
Terapeuta: Perceba sua mão. Observe a posição da sua mão, a tensão muscular presente. O que você está fazendo com a sua mão?
Paciente: Não sei... ela está fechada, apertada, tensa...
Terapeuta: Sua mão se fecha, se aperta e se tensiona sozinha?
Paciente: Não... eu estou fechando minha mão, apertando e tensionando ela. Terapeuta: Aperte-a e tencione-a mais ainda... mais... mais forte... 
Diga qual a técnica foi utilizada explicando-a e esclarecendo seu objetivo: (1,5)
 Exageração, essa técnica segundo Frazão (2015) consiste em solicitar ao cliente que intensifique o que sente ou o que está fazendo (aperte-a e tencione-a mais, ainda mais... mais forte), isto o possibilita entrar em contato com sua experiência da ação (awareness), ou seja o modo com faz aquilo. Cabe ao psicólogo escolher o momento certo de aplicar essa técnica e o que irá exagerar, geralmente é utilizado algo cristalizado, um hábito ou um sintoma, o psicólogo em questão a fez perceber a mão, que estava tensionada ao relatar que não consegue lidar com situações de confronto, essa técnica possibilitou que ela entrasse em contato com a sensação da mão e o exagero talvez a leve ao limite desse movimento de fechar e tensionar a mão, até que não consiga mais fazê-lo, o que pode levá-la a manifestar isso ao psicólogo expressando como se sente e assim entrando em contato com essa situação. Percebendo que expressou sua opinião sobre o limite da própria capacidade de tensionar a mão e entrou em contato com essa situação que afirmou não conseguir lidar, ela poderá ter uma awareness das experiências do trabalho e desenvolver um ajustamento criativo. 
 
3) Leia um trecho da letra da música “Segredos”, de Frejat:
Eu procuro um amor
Que ainda não encontrei
Diferente de todos que amei
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
Tel: (85) 3206.6400 / (85) 3402-2850 - www.unifametro.com.br
Fortaleza: Rua Carneiro da Cunha, 180 – Jacarecanga Maracanaú: Rodovia Maranguape, 8885 – Jaçanaú
 
Nos seus olhos quero descobrir
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida
Eu quero esquecer
 Pode ser que eu a encontre
Numa fila de cinema 
   Numa esquina
 Ou numa mesa de bar   
 Procuro um amor
Que seja bom pra mim
Vou procurar
Eu vou até o fim
E eu vou tratá-la bem
Pra que ela não tenha medo
Quando começar a conhecer
Os meus segredos
Hum! Hum! Huuuum!
Eu procuro um amor
Uma razão para viver
E as feridas dessa vida 
Eu quero esquecer
a) Supondo que esse trecho representa a fala de um paciente em psicoterapia, elabore um pensamento diagnóstico processual deste caso (2,0)
 
	Alguns pontos i Pensamento Diagnóstico Processual
	
	O que precisa considerar para o diagnóstico processual?
	 Como se apresenta no caso?
	1- Ajustamento disfuncionais
Implica em distorções ou desorganização das percepções e dos sentimentos, interfere nos processos de awareness. Assim a relação que a criança mantém com sua mãe em lugar de
segurança favorecerá o surgimento de desamparo e insegurança, impossibilitando a ampliação de suas experiências para relações mais complexas no decorrer de seu desenvolvimento. Trata-se de gestalten abertas, referente a um processo do desenvolvimento em que o sujeito fica cristalizado, e não desenvolve os demais aspetos da personalidade como independência e autonomia. 
Nessas condições o indivíduo demanda do outro um grau de dependência semelhante ao da relação mãe/bebê e não cresce em grau de reciprocidade e mutualidade. 
	 
 O paciente em seu relato repete quatro vezes sobre a procura de um amor, e duas vezes sobre a necessidade deste se tornar sua razão para viver, ele busca um amor que seja uma razão de vida, isso demonstra o alto grau de dependência de sua parte, repete em um esforço de satisfazer suas necessidades, fechar suas gestalten abertas, indicando uma possível cristalização em uma fase do desenvolvimento. Ele não está tendo awareness, pois sua percepção está distorcida, não percebendo-se na realidade e nem em relação aos próprios sentimentos, mas projetando um outro que esteja para ele de forma quase simbiótica como uma razão de viver, alguém que supra suas necessidades semelhante a relação mãe/bebê, não sendo capaz de crescer em grau de reciprocidade e mutualidade, apenas exigindo do outro algo que não podem dar. 
	2- Repetições
Podem sinalizar cristalizações, indicando queuma situação inacabada do passado ainda está inacabada no presente.
É o esforço repetido do organismo para satisfazer sua necessidade que causa repetição
	
	3- Ajustamentos criativos funcionais
Se refere aos aspectos funcionais: as forças, os recursos, os sucessos em diferentes áreas, as
potencialidades, as capacidades, as qualidades, a energia e etc.
	 O paciente demonstra determinação em sua busca (“eu vou até o fim”), ainda que esteja buscando algo idealizado, apresenta compromisso, talvez ele possa direcionar essa mesma potencialidade a aspectos da sua realidade, entrando em contato com ela.
 Na falta de vivência falta experiências que proporcionam impactos em diversos sentidos, no entanto, a forma como o paciente se propõe a buscar, se destaca em seu discurso, ele demonstra otimismo quanto a sua busca e começa a imaginar possíveis locais onde pode encontra-la, no entanto parece viver em um mundo idealizado, em que as coisas giram em torno dele próprio e dos seus próprios sentimentos e necessidades, até mesmo quando demonstra gentileza (“eu vou trata-la bem”) revela nos motivos (“para que ela não tenha medo, quando começar a descobrir os meus segredos”) que se trata dele próprio .
	4- O que experiencio na minha relação com ele?
Um dos meios para conhecer o paciente, através do que experiencio na relação terapeuta/paciente, como: sentimentos, intuição, fantasias e observação, além do
Conhecimento teórico que orientam a escuta e uma experiência clínica prévia.
	
	5- Impactos
Aquilo que chama atenção, intriga, pode ocorrer no discurso, na aparência, postura corporal, energia, voz expressões ou afetividade (ou bloqueio desta), os impactos sinalizam algo que se não entendidos imediatamente, podem fazer sentido depois
	
	 6- Relação figura e fundo
 O que aparece no relato é a figura que está em um fundo onde está a história de vida, os relacionamentos passados, as experiências, os sucessos e insucessos nas diversas áreas da vida, as potencialidades e os limites.
É necessário compreender a relação aqui e agora, com lá e então e a relação figura/fundo pois esta que dá sentido ao que o paciente percebe como figura.
	 A partir do relato do paciente, parece que ele percebe como figura uma projeção futura, que a faz presente, e como fundo está suas relações atuais as quais ele omite, além disso ele também omite a respeito de relacionamentos passados, deixando escapar apenas seu desejo de encontrar um amor diferente (“diferente de todos que já amei”), como também não entra em detalhes a respeito das feridas as quais quer esquecer (“E as feridas dessa vida eu quero esquecer”) deixando uma lacuna a respeito: como são esses amores antigos? Como são essas feridas que deseja esquecer? Essas questões ficam em aberto, talvez ele ainda não tenha auto suporte para elabora-la, mas só poderíamos saber com o decorrer da terapia.
	7- Omissões
 Aquilo que o paciente não conta propositalmente ou não, mas deixa entrelinhas (talvez por se tratar de assuntos que tem dificuldade ou que menospreza), podem se referir a períodos da vida, relações significativas, áreas de desempenho profissional, social ou sexual, saúde física e etc. 
	
Fonte: FRAZÃO (2015)
b) Simule um diálogo entre você (psicoterapeuta) e o paciente, aplicando uma técnica psicoterápica. Em seguida, diga que técnica foi utilizada e qual o objetivo do seu uso (2,5)
 
 Paciente: Eu procuro um amor que ainda não encontrei, diferente de todos que já amei
Terapeuta: Como é para você não encontrar esse amor que tanto procura? 
 Paciente: Acho que me sinto angustiado, mas vou continuar procurando pode ser que eu a encontre numa fila de cinema, numa esquina ou numa mesa de bar
Terapeuta: É angustiante para você estar sempre procurando e procurando... dependendo de “pode ser”?
Paciente: Sim, eu sinto que procuro encontrar nela uma razão para viver, para esquecer as feridas da vida.
Terapeuta: Como é para você depender desse amor para esquecer as feridas da vida?
Paciente: (momento em silêncio, reflexivo). Eu acho que quero encontrar alguém diferente de todas que já amei, que seja boa para mim, me faça bem, me dê atenção, me dê carinho e cuide das minhas feridas.
Terapeuta: ME faça bem, ME dê atenção, ME dê carinho, seja boa PRA MIM, cuide das MINHAS feridas
Paciente: (fica um pouco assustado) eeh, acho que estou pensando só nas minhas necessidades.
Terapeuta: levanta as sobrancelhas e fecha os lábios, expressando conformidade com a fala do paciente
....
Técnicas:
Enfoque no referencial do cliente 1
 
O objetivo desta técnica é fazer com que o cliente foque a atenção para si durante a intervenção, de modo a desviar-se de focar sobre terceiros ou acontecimentos exteriores. (TÁVORA, 2001)
Resposta reflexiva de sentimentos 2 
 Essa técnica visa extrair os sentimentos não manifestados claramente á fala do cliente e evidenciando-os, e distanciando-o de fatos, detalhes, referencial de outras pessoas 
(TÁVORA,2001).
 Resposta Eco 3
Nesta a Resposta Reflexiva a fala do cliente, ou expressão usada e que para ele são significativas, é repetido pelo terapeuta com o objetivo de fazê-lo dar-se conta do que falou e avaliar o significado de expressões fortes que utilizou. (TÁVORA,2001)
Em síntese, uma Resposta Reflexiva pode enfocar evidente sentimentos durante a comunicação do cliente que não estão claros durante a fala;
Fazer com que o cliente reflita sobre elementos importantes da comunicação, opondo-se aos elementos não tão importantes. 
Modificar a forma dele se expressar de modo a focar em seu referencial pessoal.
 Fazer a atenção do cliente para o que realmente é importante e subjacente á sua mensagem, favorecendo uma abertura crescente do cliente, uma reflexão dos conteúdos expressos e contatos cada vez maior com sentimentos próximos de sua experiência. (TÁVORA,2011)
Referências 
FRAZÃO, Lilian meyer (org) ; FUKUMITSU, Karina okajima. A clínica, a relação psicoterapêutica e o manejo em gestalt-terapia [recurso eletrônico]– São Paulo : Summus, 2015. (Gestalt-terapia: fundamentos e práticas; 3)
TÁVORA, Monica Teles. Treinamento em psicoterapia individual, de grupo e de casal: um guia para supervisores e terapeutas iniciantes. Fortaleza. Alagadiço Novo, 2001 
RIBEIRO, Jorge Ponciano. Psicoterapias- Teorias e técnicas Psicoterápicas: teorias e técnicas. 2. ed. São Paulo: Summus Editorial, 2013. 
CENTRO UNIVERSITÁRIO FAMETRO
Tel: (85) 3206.6400 / (85) 3402-2850 - www.unifametro.com.br
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