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AGRONEGÓCIOS Prof. Me. Renan Silva Ferreira renansilvaferreirax@gmail.com Prof. Renan Silva Ferreira ■ Técnico em Recursos Humanos; ■ Graduado em Administração (UFRPE/UAST); ■ Mestrado em Administração e Desenvolvimento Rural (PADR/UFRPE); ■ Instrutor e Palestrante pelo CIEE-PE (Centro de Integração Empresa- Escola); ■ Colaborador do Grupo de Estudo em Sustentabilidade e Organizações (GESO), Projeto de Extensão Administração na Web, Núcleo de Estudos e Grupo de Pesquisa em Gestão da Produção, organizações e sociedades (GPOS); ■ Redes sociais: @renansilvadm ■ E-mail: renansilvaferreirax@gmail.com Plano de Ensino 1 – Agronegócios: conceitos e tendências; 2 - Sistemas agroindustriais; 3 – Cadeias produtivas, redes e cooperativas; 4 – Gestão empresarial no agronegócio: 5 – Competitividade, e globalização ; 6 – Marketing estratégico aplicado ao agronegócios; 7 – Logística agroindustrial; 8 – Planejamento e controle de produção no agronegócio; 9 – Gestão de custos no agronegócio; 10 – Mercados futuros. Bibliografia básica ARAÚJO, M. J. Fundamentos de agronegócios. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. CALLADO, A. A. C. Agronegócio. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2008. FELTRE, C.; ZUIN, L. F. S.; QUEIROZ, T. R. Agronegócios: gestão e inovação. São Paulo: Saraiva, 2007. Bibliografia complementar ARBAGE, A. P. Fundamentos de economia rural. Chapecó: Argos, 2006. NEVES, M. F. Agronegócio do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2006. NEVES, M. F. Agronegócios e desenvolvimento sustentável: uma agenda para a liderança mundial na produção de alimentos e bioenergia. São Paulo, SP: Atlas, 2007. MENDES, J. T. G.; PADILHA JUNIOR, J. B. Agronegócio: uma abordagem econômica. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. TEJON MEGIDO, J. L.; XAVIER, C. Marketing e agribusiness. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2003. Plano de aula ■ Aula Expositiva; ■ Grupos de trabalhos dirigidos; ■ Mesas redondas; ■ Seminários; ■ Visita técnica. Processo de avaliação Sobre prazos? Dúvidas? AGRONEGÓCIO ■ ECONOMIA: ¼ (25%) DO PIB / $ 96 bi em exportações (2017) Desafios: problemas do agronegócio ■ Trabalha sob atividades modernas = tecnologia = pouca mão de obra = desemprego; ■ Voltado a exportação = maiores terras = conflitos entre produtores rurais, ambientalistas, sindicalistas; ■ Desenvolvimento das monoculturas = impactos ambientais negativos. Agronegócios (Agribusiness) ■ As discussões começaram com John Davis e Ray Goldberg (1967); ■ “a soma total das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, das operações de produção nas unidades agrícolas, do armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e itens produzidos a partir deles”. ■ O agronegócio contempla a visão sistêmica das cadeias e envolve todos os segmentos abrangidos nos setores, tais como insumos materiais que podem ser sementes, mudas, fertilizantes, corretivos, agrotóxicos, máquinas e equipamentos, no setor da produção rural, de industrialização, de distribuição e comercialização e outros. O QUE É AGRONEGÓCIO? ■ ENVOLVE TODOS OS ATORES ENVOLVIDOS NA PRODUÇÃO, PROCESSAMENTO E MARKETING DE DETERMINADO PRODUTO. ■ INCLUI O SUPRIMENTO DAS FAZENDAS, AS FAZENDAS, ESTOCAGEM, PROCESSAMENTO, ATACADO, VAREJO; ■ FLUXO DESDE OS INSUMOS ATÉ O CONSUMO FINAL; ■ INCLUI INSTITUIÇÕES QUE INFLUENCIAM ESTÁGIOS DE FLUXOS DE PRODUTOS, TAIS COMO GOVERNO, ASSOCIAÇÕES E MERCADO FUTURO. Conceito O Agronegócio é um conjunto de atividades que se inter-relacionam, tendo a agropecuária como eixo principal no elo produtivo havendo o desencadeamento com fornecedores de máquinas, equipamentos, insumos agrícolas, processo de industrial, distribuição, pesquisa e demais serviços abrangendo toda a relação comercial e industrial com a cadeia de produção do setor agrícola e pecuária (GASQUES, 2004). Agronegócio em poucas palavras... ■ Relação comercial e industrial envolvendo a cadeia produtiva agrícola ou pecuária. Insumos ■ Insumo é a combinação de fatores de produção diretos (matérias-primas) e indiretos (mão-de-obra, energia, tributos) e que entram na elaboração de certa quantidade de bens ou serviços. ■ O que podem ser considerados insumos? sementes, adubo, defensivos, maquinário, combustível, ração, mão de obra especializada Produção ■ A produção é o trabalho do agropecuarista por meio do cultivo do solo e/ou criação de animais, independentemente do tamanho da área ou método utilizado. É a transformação do produto agropecuário em subprodutos que podem ser bens de consumo ou insumos para outros processos, como por exemplo: ■ leite, queijos, carnes, embutidos, ração, fios, corantes. Distribuição ■ Caracteriza-se pelo transporte, processamento e distribuição dos bens agropecuários, para o consumidor ou para intermediários no processo. Cliente final ■ Consumidor dos produtos do agronegócio que recebe in natura ou processado. Principais produtos ■ Alimentos Envolve toda cadeia da produção alimentícia. Ex: frigoríficos, usinas de beneficiamento de leite, indústria de óleo, rações, empacotadores, distribuidores de grãos, beneficiadores. ■ Biocombustíveis É o setor do agronegócio que cuida do cultivo de plantas que serão transformadas em combustíveis orgânicos. ■ Têxtil Ramo industrial que transforma bens agropecuários em produtos têxteis, como vestuário, artigos de cama, mesa e banho, bens de decoração, insumos para a indústria moveleira, calçadista. Ex: algodão, o linho e a lã. ■ Madeira Explora o solo pelo cultivo de árvores que serão transformadas em madeira, celulose ou produtos químicos para posterior utilização como matéria prima de várias indústrias e construção civil ou a obtenção de lenha para combustível. Análise histórica e conceito ■ O agronegócio é o motor da economia nacional, registrando importantes avanços quantitativos e qualitativos, que se mantém como setor de grande capacidade empregadora e de geração de renda, cujo desempenho médio, tem superado o desempenho do setor industrial, ocupando, assim, a posição de destaque no âmbito global, o que lhe dá importância crescente no processo de desenvolvimento econômico, por ser um setor dinâmico da economia e pela sua capacidade de impulsionar os demais setores (COSTA, 2006). Visão Geral do Agronégocio no Brasil ■ O cenário atual aponta que o Brasil será o maior país agrícola do mundo em dez anos, sendo uma atividade próspera, segura e rentável (LOURENÇO, 2008). ■ Com um clima diversificado, chuvas regulares, energia solar abundante e quase 13% de toda a água doce disponível no planeta, o Brasil tem 388 milhões de hectares de terras agricultáveis férteis e de alta produtividade, dos quais 90 milhões ainda não foram explorados (LOURENÇO, 2008). ■ O país possui 22% das terras agricultáveis do mundo, além de elevada tecnologia utilizada no campo, dados estes que fazem do agronegócio brasileiro um setor moderno, eficiente e competitivo no cenário internacional (LOURENÇO, 2008). NO BRASIL, NA DÉCADA DE 80: ■ DÁ-SE IMPORTÂNCIA À VISÃO SISTÊMICA DO AGRONEGÓCIO, INCLUINDO: - ANTES DA PORTEIRA: SETORES FORNECEDORES DE INSUMOS; - DURANTE A PORTEIRA: ATIVIDADES DE UNIDADES DE PRODUÇÃO; - PÓS-PORTEIRA (ARMAZENAGEM, BENEFICIAMENTO, INDUSTRIALIZAÇÃO, EMBALAGEM, DISTRIBUIÇÃO, OUTROS). O QUE SÃO MONTANTE E JUSANTE? ■ MONTANTE: O QUE ANTECEDE O PROCESSO PRODUTIVO. ■ JUSANTE: PARTE POSTERIOR DE UM PROCESSO. EX.1: A COMERCIALIZAÇÃO DE DETERMINADO PRODUTO ESTÁ À JUSANTE DA INDUSTRIALIZAÇÃO. EX.2: A PRODUÇÃO DE MATÉRIA PRIMA ESTÁ À MONTANTE DA INDUSTRIALIZAÇÃO. Antes da porteira ■ Indústria e comércio que fornecem insumos para a produção rural; ■ Fornecedores de Insumos ■ Fornecedores de Serviços ■ Ex: máquinas, implementos, defensivos, fertilizantes, corretivos, sementes, tecnologia e financiamento. Montante Dentro da porteira ■ Conjunto de atividades desenvolvidas dentrodas unidades produtivas agropecuárias, que envolve preparo e manejo de solos, tratos culturais, irrigação, colheita, criação e outras. ■ Pequenos, médios e grandes produtores (PF ou PJ); Após a porteira ■ Refere-se às atividades de armazenamento, transporte, beneficiamento, industrialização, embalagem, distribuição, consumo de produtos alimentares, vendas. ■ Enquadram-se nesta definição os frigoríficos, as indústrias têxteis e calçadistas, empacotadores, supermercados, distribuidores de alimentos. Jusante Funções do Agronegócio ■ Suprimentos à produção agropecuária ■ Produção propriamente dita ■ Transformação ■ Acondicionamento ■ Armazenagem ■ Distribuição ■ Consumo ■ Serviços complementares (publicidade,bolsas, políticas públicas, etc.) VISÃO SISTÊMICA “Problemas do setor agroalimentar são complexos e precisam de enfoque de agribusiness e não estático como o da agricultura” (Davis e Goldberg,1957). QUAL A IMPORTÂNCIA DA VISÃO SISTÊMICA DO AGRONEGÓCIO? VISÃO SISTÊMICA - IMPORTÂNCIA ■ Tomadores de decisão passam a olhar também os consumidores finais e tendências de mercado; ■ Indispensável na formulação de políticas com maior probabilidade de acerto; ■ O todo é maior que a soma das partes; ■ Ajuda a criar um ambiente para o desenvolvimento e viabilizam estruturas que não competiriam. PRODUÇÃO AGROPECUÁRIA: ESPECIFICIDADES ■ SAZONALIDADE DA PRODUÇÃO; ■ INFLUÊNCIA DE FATORES BIOLÓGICOS (DOENÇAS E PRAGAS); ■ PERECIBILIDADE RÁPIDA. O QUE É UMA COMMODITY? O QUE SÃO COMMODITIES? ■ MERCADORIAS, PRINCIPALMENTE MINÉRIOS E GÊNEROS AGRÍCOLAS QUE SÃO PRODUZIDOS EM LARGA ESCALA E COMERCIALIZADOS EM NÍVEL INTERNACIONAL. ■ SÃO NEGOCIADAS EM BOLSAS DE MERCADORIAS; ■ OS PREÇOS SÃO DEFINIDOS EM NÍVEL GLOBAL, PELO MERCADO INTERNACIONAL. O QUE SÃO COMMODITIES? ■ SÃO PRODUZIDAS POR DIFERENTES PRODUTOS; ■ POSSUEM CARACTERÍSTICAS UNIFORMES; ■ PODEM SER ESTOCADAS POR DETERMINADO PERÍODO DE TEMPO SEM PRÉJUÍZO DE QUALIDADE; ■ EX.: SOJA, SUCO DE LARANJA CONGELADO, TRIGO, ALGODÃO, CAFÉ, e outros. Tipos de Comoditties ■ Commodities agrícolas: soja, suco de laranja congelado, trigo, algodão, borracha, café e outros; ■ Commodities minerais: minério de ferro, alumínio, petróleo, ouro, níquel, prata e outros; ■ Commodities financeiras: moedas negociadas em vários mercados, títulos públicos de governos federais, e outros; ■ Commodities ambientais: créditos de carbono. Commodities Produtos de origem primária que são transacionados nas bolsas de mercadorias. São normalmente produtos em estado bruto ou com pequeno grau de industrialização, com qualidade quase uniforme e são produzidos e comercializados em grandes quantidades do ponto de vista global. Também podem ser estocados sem perda significativa em sua qualidade durante determinado período. Podem ser produtos agropecuários, minerais ou até mesmo financeiros. Investimentos A negociação dessas mercadorias é realizada com entrega futura. Diferente do que acontece no porto, não há movimento físico de produtos nas bolsas. O que se negocia são contratos futuros, ou seja, garantias de compra e venda dos produtos em uma data no futuro. A grande importância atribuída a commodities na economia se deve ao fato de que podem ser uma forma de investimento, uma opção entre as tantas opções de aplicação no mercado, como poupança ou Fundos de Investimento. AGRONEGÓCIO ■ AGRONEGÓCIO: POTENCIALIDADES E DESAFIOS ■ VISÃO SISTÊMICA ■ PRINCIPAIS PRODUTOS ■ METODOLOGIAS INTERNACIONAIS DE ANÁLISE* Como funciona o agronegócio? ■ Empresas agrícolas ■ Pecuária ■ Fabricantes de defensivos agrícolas (como fertilizantes e herbicidas) ■ Desenvolvedoras de sementes para plantio ■ Fabricantes de máquinas e equipamentos rurais ■ Produtoras de rações ■ Frigoríficos ■ Empresas de laticínios ■ Fabricantes de sucos ■ Moinhos ■ Armazéns e silos ■ Atacadistas ■ Distribuidores ■ Exportadores Níveis ■ Produtores rurais (diversos tamanhos); ■ Fornecedores (insumos, como máquinas, equipamentos, sementes e defensivos); ■ Distribuidores (atacadistas, supermercados). Setores do agronegócio ■ Primário: produtores rurais, agricultores e pecuaristas ■ Secundário: agroindústrias e fabricantes de insumos ■ Terciário: transportadoras, distribuidores e comerciantes de produtos agrícolas. Agronegócios: Metodologias internacionais de análise • Desenvolvida em 1968 (Harvard – EUA) por Goldberg para estudar os sistemas produtivos de trigo, soja e laranja; • Acrescenta a presença dos stakeholders. • Inclui mercado de insumos e produção agrícola, operações de estocagem, processamento, atacado e varejo. Commodity System Approach (CSA) • Desenvolvida na década de 60 do séc. XX, pela escola industrial francesa; • Tem foco na análise de determinado recorte, ou seja, o foco é direcionado para as sucessões de atividades ligadas verticalmente, onde há uma dependência entre atividades. Análise de Filière (Cadeia de Produção Agroindustrial – CPA) CSA (System Approach) CPA - Filiere Parte do estudo de um produto no inicio da cadeia Parte de um ponto final e específico da cadeia Ficando evidente que a análise centra-se numa dada matéria-prima ou commodity que pode ser a base para vários produtos diferentes. Ou seja, preocupa-se com as transformações sequenciais pelas quais passa esta matéria-prima até chegar ao produto final, estabelecendo-se aqui uma visão sistêmica. Focava no produto final e na matéria prima (filiiére de produit e filiére de production); A primeira analisa-se melhor as ações estratégicas das empresas; Após esta identificação do produto final, cabe ir encadeando, de jusante a montante, as várias operações técnicas, comerciais e logísticas necessárias a sua produção. O conceito de filiére ou cadeia agroalimentar aplica-se a transformação de uma commodity em produto final pronto para o consumo. Comercialização, industrialização e produção de MP. Algumas semelhanças... (1) Ambas abordagens têm um caráter descritivo e entendem o processo produtivo como um conjunto de operações sequenciais e dependentes. (2) Realizam cortes verticais no sistema a partir de um produto final ou de uma matéria-prima de base. O que leva ao abandono da divisão do sistema econômico- produtivo em agricultura, indústria e serviços. Ambas entendem que a agricultura deve ser vista inserida num sistema mais amplo constituído também pelos produtores de insumos, pelas agroindústrias e pela distribuição/comercialização. (3) Ambas destacam a estratégia, mas a abordagem das cadeias prioriza as ações governamentais e a abordagem do sistema de commodities prioriza as estratégias das corporações. Ambas entendem que a estratégia no plano da firma e no plano do sistema produtivo/econômico são interdependentes. Duas grandes diferenças são identificadas (a) quanto à importância do consumidor final. Para a abordagem das cadeias (filières) deve-se, em geral, partir do mercado final, do produto acabado para a matéria-prima que o originou. Para a abordagem do sistema de commodities deve-se partir de uma matéria-prima de base (laranja, soja, etc) para dar início à análise. (b) quanto ao grau de coordenação do sistema e a forma como esta coordenação ocorre de fato. A abordagem das cadeias (filière) trabalha com variáveis próprias da teoria econômica da organização industrial como barreiras à entrada, e introduz “o conceito de controle estratégico de nós da cadeia” (ibid.). Enfatiza a noção de dominação tecnológica para a qual os investimentos em pesquisa e desenvolvimento e o padrão dominante de propriedade intelectual são aspectos institucionais importantes Commodity System Approach: CSA (Ray Goldberg-1968) ■ Todos os participantes envolvidos na produção, processamento e marketing de um produto específico. Inclui o suprimento das fazendas, as fazendas, operações de estocagem, processamento,atacado e varejo envolvidos em um fluxo desde a produção de insumos até o consumidor final. (governo, associações e mercados futuros). FILIÈRE ■ Uma sequência de operações que conduzem à produção de bens, cuja articulação é amplamente influenciada pelas possibilidades tecnológicas e definida pelas estratégias dos agentes. Estes possuem relações interdependentes e complementares, determinados pelas forças hierárquicas. (Morvan) FILIÈRE ■ São sucessões de atividades ligadas verticalmente, necessárias à produção de um ou mais produtos correlacionados (Montigaud). A ANÁLISE DE FILIÈRE PERMITE: ■ Efetuar descrição de toda a cadeia ■ Reconhecer o papel da tecnologia na estruturação da cadeia produtiva ■ Organizar estudos de integração ■ Analisar as políticas voltadas para todo o agronegócio ■ Compreender a matriz de insumo-produto para cada produto agropec. ■ Analisar as estratégias das firmas. Questões para discussão Explique o modelo sistêmico da cadeia produtiva como ferramenta de gestão empresarial das firmas agroindustriais (da necessidade do surgimento aos dias atuais). Basicamente, em que difere a Análise de Filières da Commodity System Approach? Explique como pode ser aplicada a Teoria de Filière à Cadeia Produtiva do Milho. Discussão proposta ■ Análise de Filiére: Cadeia produtiva de trigo; ■ Análise de Filiére: Cadeia produtiva de milho. Milho Trigo Divisão dos Grupos e temas Grupos e temas Discentes G1 - Sistemas agroindustriais; Breno, Ana Célia, Caroline, Fagner G2 – Cadeias produtivas, redes e cooperativas Elania, Cibele, Jonathas, Waleska G3 – Gestão empresarial no agronegócio Diego, Winicius e Ryckaely, Wesley G4 – Competitividade e globalização Luciano, Raniely, Clea, Leticia G5 – Marketing estratégico aplicado ao agronegócios; Carlos andre, José Vitor e Jessica, Tatiane, Alef G6 – Logística agroindustrial; Mariana, Carlos Bruno e Fernanda, Rodrigo G7 – Planejamento e controle de produção no agronegócio; Samoel, Joselene e Regina, Bruna G8 – Mercados futuros e novas perspectivas. Drielly, Tarcisa, Gleyce, José Everaldo. Pesquisas proposta: ■ Principais leis acerca do agronegócio; ■ Discussão sobre o artigo “Análise dos fatores críticos de sucesso do agronegócio brasileiro” Novaes et al (2010), entre 4 grupos. Sistemas Agroindustriais – Níveis de Análises SISTEMA AGROINDUSTRIAL (SAI) “Atividades que concorrem para a produção de produtos agroindustriais, desde a produção de insumos até a chegada do produto final ao consumidor” SISTEMA AGROINDUSTRIAL (SAI) ■ ATORES/agentes formadores: Agricultura, pecuária, pesca; Indústrias agroalimentares; Distribuição agrícola e alimentar; Comércio Internacional; Consumidor; Indústrias e serviços de apoio. SISTEMA AGROINDUSTRIAL (SAI) SISTEMA AGROALIMENTAR ■ É o conjuntos das atividades que concorrem à formação e à distribuição dos produtos alimentares e, em consequência, o cumprimento da função de alimentação. SISTEMA AGROINDUSTRIAL NÃO ALIMENTAR ■ É o conjunto das atividades que concorrem à obtenção de produtos oriundos da agropecuária, florestas e pesca, não destinadas à alimentação mas aos sistemas energético, madeireiro, couro e calçados, papel, papelão e têxtil. Desafios – para empresas: ■ Antecipação de tendências; ■ Estratégias de marca; ■ Inovação tecnológica constante; ■ Margens e ciclos de vida dos produtos cada vez menores; ■ Rapidez na adaptação às novas tendências – agilidade; ■ Qualidade, regulação nos mercados e defesa do consumidor; Desafios – para o agronegócio no Brasil: ■ Estatísticas nacionais; ■ O desenvolvimento de tecnologia de pesquisa; ■ Melhorias no setor de distribuição e transportes; ■ Revisão na tributação; ■ Desenvolvimento das bolsas e leilões; ■ Coordenação dos sistemas; ■ Reconversões setoriais; ■ Busca das parcerias e alianças estratégicas. Desafios – para o agronegócio no mundo: ■ Desenvolvimento de Mercados, exportações e agregação de valor; ■ Luta contra o protecionismo. CLUSTERS ■ São grupos econômicos constituídos por empresas instaladas em determinada região, líderes em seus ramos, apoiados por outras que fornecem produtos e serviços, ambas sustentadas por organizações que oferecem profissionais qualificados, tecnologia de ponta, recursos financeiros, ambiente propício para negócios e infraestrutura física. Todas estas organizações interagem, ao proporcionarem umas às outras os produtos e serviços de que necessitam, estabelecendo, deste modo, relações que permitam produzir mais e melhor por um custo menor. Redes, alianças e cooperativas na cadeia ■ Alianças estratégicas são um tipo de estratégia de cooperação explícita entre empresas. São parcerias entre empresas que têm interesse em complementar seus recursos ou potencializar o uso dos mesmos em novos mercados. ■ A partir de alianças, as empresas podem superar barreiras de entrada em mercados onde não seria possível entrar de forma isolada. Arranjos voluntários entre empresas envolvendo troca, compartilhamento e desenvolvimento conjunto de produtos, tecnologias ou serviços, e podem ocorrer por uma série de motivos e objetivos, variando na forma, tanto em nível vertical como horizontal. ■ Joint venture, em que uma nova empresa é criada para atender aos interesses dos parceiros; ■ Equity strategic alliance, na qual parceiros detêm percentuais diferenciados de um negócio; ■ Nonequity strategic alliance, formada a partir de arranjos contratuais de fornecimento, produção ou distribuição de bens e serviços sem divisão de ganhos Hitt et al. (2001) e Gulati (1998) Características ■ Uma aliança estratégica vincula facetas específicas das atividades-fim de duas ou mais empresas (YOSHINO& RANGAN, 1996). O elo entre elas é uma parceria comercial que aumenta a eficácia das estratégias competitivas das organizações participantes, propiciando um intercâmbio mútuo e benéfico de tecnologias, qualificações ou produtos. 1. As duas ou mais empresas que se unem para cumprir um conjunto de metas combinadas permanecem independentes depois da formação da aliança; 2. As empresas parceiras compartilham dos benefícios da aliança e controlam o desempenho das tarefas especificadas – talvez, o traço mais distintivo das aliança se que muito dificulta sua gestão; 3. As empresas parceiras contribuem continuamente em uma ou mais áreas estratégicas cruciais; por exemplo, tecnologia, produtos, entre outros. Aspectos de viabilidade da aliança ■ Agregação de valor ao produto; ■ Melhoria de acesso ao mercado; ■ Fortalecimento de operações; ■ Melhoria da capacidade tecnológica; ■ Aumento da rentabilidade; ■ Compatibilidade de objetivos estratégicos entre empresas; ■ Confiança. CASE Varejo, frigorífico e Associação de Carne bovina: Ferreira e Barcelos (2006) Princípios do cooperativismo ■ Adesão livre (20 pessoas); ■ Neutralidade social, política, religiosa e racial; ■ Controle democrático; ■ Retorno das sobras; ■ Juro limitado ao capital; ■ Educação permanente; ■ Cooperação intercooperativa; ■ Autonomia e independência; ■ Responsabilidade social; Cooperativa Associação Prestar serviços e gerar renda ao produtor, através da colocação do seu produto no mercado consumidor final. Promoção de assistência social, educacional, cultural, representação política, defesa de interesses da classe. Entidade jurídica / Empresa coletiva com base na democracia. Não só podem realizar as mesmas tarefas e funções desempenhadas pelas associações mas também exercem um importante papel social e econômico. Ex: fomento da atividade rural pelo crédito ao produtor: viabilidade com capital da própria entidade ou com crédito governamental. Dúvidas? Exercício proposto: ■ O que é COPERFAM (Cooperativa de produtores rurais de agricultura familiar)? Quais os seus objetivos? ■ Requisitos para enquadramentocomo agricultor? ■ Motivos interessantes para se cooperar na Coperfam? ■ Exemplos de sistemas agroindustriais em Pernambuco. Gestão empresarial, competividade e globalização Gestão empresarial no agronegócio ■ Pensamento utópico; ■ Variáveis que interferem na atividade rural; ■ Tomador de decisão; ■ Informação; Gestão empresarial e Competitividade Baixo nível dos capitais intangíveis Democracias incipientes Baixo nível cultural Gestão empresarial e competitivdade Isolamento Dispersão espacial Baixo nível educacional Os 10 mandamentos de uma boa gestão rural ■ Monitoramento; ■ Delegação; ■ Criatividade; ■ Curiosidade; ■ Renovação; ■ Auto avaliação; ■ Sustentabilidade; ■ Atitude; ■ Longevidade; ■ Transição. Carreira e emprego no agronegócio Como funciona para garimpar uma oportunidade? Flexibilidade; Que perfil de profissional que o mercado está buscando? Currículo + mecanismos de network Exercício dirigido Exercício proposto ■ Construa um organograma com enfoque nos derivados de cada tipo de commodities (agrícolas, minerais, financeiras e ambientais). DISCUSSÃO PROPOSTA: REVISÃO SISTEMÁTICA Conceito: Marketing ■ “Marketing é o processo de planejamento e execução desde concepção, preço, promoção e distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais” ■ American Marketing Association; ■ “O conceito de Marketing define a tarefa da organização como sendo determinar necessidades, desejos e interesses de participação de mercado e proporcionar a satisfação desejada mais eficientemente do que a concorrência de forma a preservar ou aumentar o bem-estar do consumidor e da sociedade” ■ Philip Kotler. Conceito: Marketing ■ “Identificar, antecipar e satisfazer às necessidades do cliente de forma lucrativa” (Chartered Institute of Marketing) ■ “Marketing é o processo social por meio do qual pessoas e grupos de pessoas obtêm aquilo que necessitam e que desejam com a criação, a oferta e a livre negociação de produtos e serviços de valor com outros”. (Philip Kotler) POSICIONAMENTO ■ “A ação de projetar o produto e a imagem da organização com o fim de ocupar uma posição diferenciada na escolha de seu público-alvo” ■ SEGMENTAÇÃO + DIFERENCIAÇÃO = POSICIONAMENTO ■ “Posicionamento é ocupar um lugar claro, distinguível e desejável na mente do consumidor”. (Al Ries e Jack Trout) Estratégia ■ Estratégia é a busca de um plano de ação para desenvolver e ajustar a vantagem competitiva de uma empresa. Reconhece o que somos e o que temos no momento. A diferença entre você e os competidores são a base da sua vantagem. ■ Drucker – “proposito de estrategista é levar sua organização através das mudanças do ambiente econômico, reduzindo as limitações impostas pelas circunstâncias”. ■ ESTRATÉGIA (PONTE) ■ OBJETIVO: MISSÃO VISÃO E VALORES ■ PLANO DE AÇAO, ORÇAMENTO, AVALIAÇÃO E CONTROLE. ■ LIDERANÇA, PODER E CULTURA. “Quando os ventos das mudanças chegam, alguns constroem abrigos outros constroemmoinhos”. Case de sucesso: Havaianas “todo mundo usa” ■ Talvez você não se lembre (ou nem tenha nascido nessa época), mas as Havaianas eram conhecidas como alpargatas e vendidas com um modelo único até 1993. O produto era voltado ao consumidor de baixa renda e poderia ser encontrado em apenas três cores. Por essa razão, o público- alvo tinha vergonha de usar as sandálias, que eram associadas com a falta de dinheiro. ■ Com o sucesso da marca Rider, as Havaianas passaram por um período muito delicado. A única forma de sobreviver era mudar radicalmente o seu posicionamento para elevar o status do seu produto. ■ Finalmente, em 1994, surgiram as Havaianas top, com 40 opções de cores e três vezes mais caras que as originais. Para elevar o valor da marca, as propagandas eram protagonizadas por celebridades. Não demorou muito para que a classe média começasse a comprar as sandálias. Marketing Estratégico ■ O marketing estratégico nada mais é do que uma abordagem estratégica do mercado e busca oferecer ao empresário conhecimentos sobre as necessidades atuais e futuras de seus clientes, sobre novos nichos de mercado e segmentos de mercados em potencial e sobre a maneira de acessar esses mercados, subsidiando a definição de objetivos e a criação de estratégias e planos de ação que auxiliem no aproveitamento de oportunidades. Marketing Estratégico ■ As organizações usam marketing estratégico para criar um plano visando conquistar e satisfazer clientes e aumentar a rentabilidade e a produtividade. Ele é usado, principalmente, para identificar as necessidades dos clientes, o que orientará todo o desenvolvimento do planejamento de marketing. ■ O marketing estratégico determinará quais as ações e recursos serão feitos em um período determinado de tempo. Ele também pode ajudar uma empresa a se tornar mais inovadora e assim obter maior inserção no mercado. ■ É no marketing estratégico que são definidos quais os canais que a empresa usará para a promoção e as metas e os prazos para atingir os objetivos estabelecidos. Elementos do Marketing estratégico ■ Definir objetivos realistas; ■ Criar táticas de negócios mais eficazes; ■ Analisar as falhas do plano de marketing anterior; ■ Propor ações para melhorar o desempenho das ações estabelecidas. Diferença do Marketing Operacional e o Marketing Estratégico ■ O marketing estratégico é o primeiro e fundamental passo das ações de marketing. Depois de tudo planejado (público-alvo, ações, resultados esperados e prazos), entra em cena o marketing operacional. ■ Resumidamente, o marketing operacional executa as ações que foram planejadas pelo marketing estratégico. Ele é responsável por moldar o mercado e atrair novas oportunidades. ■ Enquanto o marketing estratégico se ocupa em delinear o mercado e entender a compreensão do produto por parte dos clientes, o marketing operacional está diretamente envolvido com a promoção do produto. É o setor que produz o material necessário para atrair clientes e dar suporte às vendas. Vamos implementar? 1. Tenha segurança do seu planejamento; ■ Identificar publico-alvo; ■ Criação da persona; ■ Análise de mercado; ■ Definição de metas e prazos; ■ Definição de estratégias de vendas e preço. Implementando... 2. Defina o cronograma de ações ■ Definir calendário das campanhas, ações, prazos da equipe, pesos para prioridades e tamanho de projetos. Implementando... 3. Siga o roteiro das ações. ■ Criação e lançamento do produto ou serviço a ser divulgado; ■ Desenvolvimento da campanha de divulgação nas mídias; ■ Envolvimento dos colaboradores da empresa; ■ Fechamento de pós-venda e fidelização. Implementando... ■ 4. Trabalho em equipe Implementado. ■ 5. Analise seus resultados. Marketing estratégico no agronegócio ■ Divisão do mercado em grupos distintos de compradores, que podem exigir produtos e compostos de marketing distintos. ■ A empresa deve procurar identificar as diferentes maneiras de segmentar o mercado e o perfil dos diversos segmentos da agricultura ou pecuária são resultantes de uma divisão de segmentação do agronegócio. ■ Concluída a segmentação do mercado, o passo seguinte será a seleção de um ou mais segmentos, em função de sua atratividade, que serão abordados pela empresa com um composto de marketing para o agronegócio. ■ Outra etapa consiste no estabelecimento da posição competitiva de cada produto no seu mercado-alvo e da elaboração de um composto de marketing específico para cada produto. A segmentação de mercados parte do princípio de que os mercados diferem entre si de várias maneiras. Marketing estratégico no agronegócio ■ Sua análise mercadológica é o próprio plano de marketing do séc. XXI que vem tendo uma dimensão para pensamento sustentável apresentando-se como uma direção ao desenvolvimento da sociedade. No decorrer dos tempos, nota-se a contribuiçãoda Administração para o desenvolvimento da sociedade, e esta, como ciência, vem se redirecionando e se adaptando as necessidades constantes da sustentabilidade ao mundo. Com isso as eras sustentáveis promovem o desdobramento da Teoria da Contingência, aliado aos conceitos da Abordagem Cultural enfocando as organizações de dentro para fora, colocando o ambiente como fator primordial na estrutura e comportamento das organizações como também criando uma cultura organizacional que preze por assuntos relacionados à sustentabilidade para o agronegócio e demais segmentos de mercado (SILVA, 2015). Como iniciar uma estratégia de marketing no agronegócio? ■ Se digital, criar um site; ■ SEO – mecanismos de busca através de palavras-chaves; ■ Produção de conteúdo (inédito e próprio, e até educar e qualificar o público interessado); ■ Construir a persona (clareza); ■ Desenvolver o funil de vendas; • Topo do funil: o visitante ainda não identificou o problema que possui; • Meio do funil: o lead está considerando as soluções para o problema identificado; • Fundo do funil: o consumidor define qual empresa melhor atende às demandas dele. Estudo de caso... Dú vi da s? Logística industrial no agronegócio Logística no agronegócio ■ Sabe-se que a logística agrega valor para o produto, o valor de tempo e o valor de lugar, e isso já se considera de extrema importância para o agronegócio. Mas o que é logística? Logística no agronegócio ■ Logística é um modo de gestão que cuida especialmente da movimentação dos produtos, nos diversos segmentos dentro de toda a cadeia produtiva de qualquer produto, inclusive nas diferentes cadeias produtivas do agronegócio. Sendo assim, envolve o conjunto de fluxos dos produtos em todas as atividades importantes, durante o processo produtivo e o refluxo, como todo o conjunto de atividades relacionadas a suprimentos, às operações de apoio aos processos produtivos e as atividades voltadas para a distribuição física dos produtos na comercialização, como armazenagem, transporte e formas de distribuição dos mesmos. (PEREIRA apud ARAÚJO, 2005) Logística no agronegócio ■ De acordo com Araújo (2005), a logística em agronegócio ocorre de três partes integradas: a logística de suprimentos, logística das operações de apoio à produção agropecuária e logística de distribuição. 1. Logística de suprimentos ■ A logística de suprimentos em uma cadeia produtiva agro-industrial cuida especialmente da forma como os insumos e os serviços fluem até as empresas, como é realizado cada processo, para reduzir os custos de produção ou de comercialização. ■ Os insumos agropecuários têm peso muito elevado na composição dos custos de produção das empresas agropecuárias e alguns deles têm seu preço de transporte mais elevado que seu próprio preço de aquisição, como, por exemplo, o calcário agrícola é de baixo preço especifico (entre R$ 16,00 e R$ 20,00 por tonelada), mas com o transporte geralmente superior, dependendo da quantidade transportada e da distancia do moinho até a fazenda. (LOURENÇO apud ARAÚJO,2005) ■ Por fim entende-se que a logística de suprimentos é o processo de planejar, executar e controlar, eficientemente, a movimentação e armazenagem dos materiais, garantindo integridade e prazos de entrega aos usuários que é também um fator de grande importância. 2. Logística de apoio á Produção Agropecuária ■ A logística procura movimentar somente as quantidades necessárias, sem formar estoques excessivos, e evitar a falta, com conseqüentes correrias de última hora, de acordo com a capacidade do empreendimento. ■ A gestão do processo produtivo, quanto ao suprimento de insumos, tem de procurar conduzir o empreendimento para conseguir eficácia e eficiência e, do ponto de vista da logística, procurar a racionalização dos processos operacionais para transferência física dos materiais, que envolve também informações sobre estoques e plano de aplicação de cada produto, quantidade e época de uso. (PEREIRA apud NOVAES,2001). ■ Obtida a produção, a logística se ocupará, sobretudo, da movimentação física dos produtos, como transporte interno, manuseio, armazenagem primária, estoques primários, entregas, estoques finais e controles diversos. 3. Logística de distribuição ■ A distribuição compreende as operações de transporte e entrega com o objetivo de suprir os pontos de venda, após o processo de produção. ■ Os produtos agropecuários de modo geral são perecíveis, variando quanto ao grau de perecibilidade de produto a produto. Por isso, cada um necessita de tratamento pós-colheita diferenciado. Por exemplo, as frutas (manga, uva, pinha, graviola, maça, pêra, pêssego, caqui e outras) são extremamente perecíveis e necessitam de vários cuidados, como transporte rápido e cuidadoso, embalagens apropriadas, armazenagem em temperaturas amenas e umidade relativa do ar elevada. (BEZERRA apud ARAÚJO, 2005). ■ A armazenagem é um fator essencial durante toda a comercialização e durante todo o ano, inclusive nos períodos de entressafras. Classificação da armazenagem Araújo (2005) ■ a) primária efetuada em nível da produção, ainda na fazenda com a finalidade de guardar o produto por espaços de tempo mais curtos; ■ b) local efetuada em armazéns localizados no município e que se prestam a vários produtores; ■ c) regional concentra a produção de vários produtores localizados em municípios vizinhos, situados em locais estratégicos para concentrar produtos; ■ d) terminal armazenagem regional localizada em terminais ferroviários e portuários; ■ e) de distribuição processo inverso, de saída de produtos para armazéns menores; ■ f) final nível de última intermediação antes do consumidor. Como se destacar no mercado do agronegócio através da logística ■ Use a tecnologia; ■ Atualize-se sobre a legislação; ■ Renove sua frota; ■ Escolha o melhor modal; ■ Terceirize e alugue galpões; ■ Aplique a logística enxuta Orientações dos trabalhos Gestão de planejamento, controle e custos. PCP ■ Planejamento; controle; programação; ■ Plano que a empresa estabelece do que deverá produzir dentro de um determinado período de tempo; ■ Sistema que gerencia todos os recursos operacionais. ■ Funções: ■ Planejamento – determina quais produtos serão produzidos e quando. ■ Programação – define os recursos que serão utilizados desde o início até o término do fluxo de produção. ■ Controle – realização de um monitoramento para corrigir possíveis desvios e falhas identificados. Vantagens PCP ■ Suporte à tomada de decisões ■ Resultados finais mais atrativos ■ Compatibilização entre os setores de produção e vendas ■ Sistematização do processo produtivo ■ Redução de custos Etapas PCP ■ Previsão da demanda ■ Planejamento e capacidade da produção ■ Planejamento Agregado da Produção (PAP) ■ Programação Mestra da Produção (PMP) ■ Programação Detalhada da Produção (PDP) ■ Controle da produção * Sistemas de produção Etapas PCP: 1. Previsão da demanda: ■ Os métodos estatísticos e subjetivos de previsão de demanda auxiliam os gerentes de produção no dimensionamento da produção e dos recursos materiais e humanos necessários. A previsão de demanda assume um papel ainda mais importante quando a empresa adota uma estratégia de produção para estoque. Etapas PCP: 2. Planejamento da Capacidade produtiva ■ A partir da previsão de demanda de médio e longo prazo e da análise da capacidade instalada, determina-se a necessidade de adequação (redimensionamento: aumento ou redução) da capacidade de produção para melhor atender a demanda no médio e longo prazo. Etapas PCP: 3. Planejamento agregado da produção (PAP) ■ Determina a estratégia de produção mais adequada para a empresa. No plano agregado, estão as decisões de volumes de produção e estoque mensais, contratação (ou demissão) de pessoas, uso de horas-extras e subcontratação, contratos de fornecimento e serviçoslogísticos. Usualmente, o horizonte de planejamento é anual com revisão mensal dos planos. Neste nível de planejamento, as informações de demanda e capacidades são agregadas para viabilizar a análise e tomada de decisão. ■ Por exemplo: Adequar os recursos necessários ao atendimento da demanda, atuar na demanda a fim de que os recursos disponíveis possam atendê-la e adotar uma estratégia mista, ou seja, atuar tanto nos recursos como na demanda. ■ Resumindo, a grande maioria das empresas tem um portfólio de produtos diferentes, chegando muitas vezes à casa de centenas, tornando-se quase impossível efetuar uma previsão de demanda para cada produto fabricado. Para solucionar um problema dessa envergadura, deve-se definir uma metodologia de “agrupar” ou “ agregar” a demanda desses vários pro Etapas PCP: 4. Programação mestra da Produção (PMP) ■ Trata-se da operacionalização dos planos de produção no curto prazo. No programa mestre são analisados e direcionados os recursos (máquinas, pessoas, matérias- primas) no tempo certo para produzir a quantidade necessária para suprir a demanda de determinado período. ■ Nessa etapa, temos uma definição mais precisa dos itens e quantidades de produção e estoques, com um grau de detalhamento maior que o utilizado no planejamento agregado, incluindo não apenas previsões de demanda, como também pedidos firmes e ordens abertas de produção e compras. Etapas PCP: 5. Programação detalhada de produção (PDP) ■ Operacionalização propriamente dita no “chão da fabrica”. ■ Define como a fábrica irá operar no seu dia a dia. As atividades que envolvem a programação da produção são: ■ Administração de materiais; ■ Sequenciamento das ordens de produção; ■ Emissão de liberação de ordens. Etapas PCP: 6. Controle de produção ■ Acompanhamento dos processos produtivos a fim de verificar se o que foi decidido no plano agregado, programa mestre e programação detalhada está sendo realizado. A partir do apontamento da produção (tempos e rendimentos do processo), o PCP acumula dados atualizados dos processos para utilização nas decisões futuras. Ferramentas PCP ■ Kanban; ■ Seis Sigma ■ Kaizen ■ Poka-yoke KANBAN ■ Kanban é um sistema de gestão visual para controle de tarefas e fluxos de trabalho através da utilização de colunas e cartões. ■ Funções: Gerenciar o fluxo de trabalho; limitar a quantidade de trabalho e equilibrar processos; ■ Benefícios: autonomia, colaborações, priorização de tarefas, produtividade e redução de custos. Kanban de produção Kanban de movimentação Seis sigma ■ Controle de Qualidade; APLICAÇÃO: ■ Redução de custos de hospedagem em viagem; ■ Redução de custos fixos em contas de luz e energia; ■ Uma indústria química poderia utilizar essa filosofia para aumentar o percentual de eficiência de um biorreator. ■ Uma metalúrgica para redução do percentual de sucata na produção de aço. ■ Uma empresa do varejo poderia aplicar a metodologia para trabalhar na redução da quantidade de notas fiscais emitidas; ■ Um hospital poderia reduzir o tempo de fila da triagem de seus pacientes. KAISEN ■ Capacidade de criar um ambiente de comprometimento e motivação; ■ Ênfase nas pessoas (cliente, CEO, operários); ■ Melhoramento contínuo; ■ Reconhece problemas, criar equipes; ■ Relacionamento e autodisciplina; ■ Capacitação; ■ Eliminar desperdícios; ■ Filosofia: foco na gestão de si próprio. Kai=modificar + zen=melhor ■ 'Hoje melhor do que ontem, amanhã melhor do que hoje!‘ ■ Conforme o kaizen, é sempre possível fazer melhor, nenhum dia deve passar sem que alguma melhoria tenha sido implantada, seja ela na estrutura da empresa ou no indivíduo. As mudanças feitas devem ser graduais e nunca bruscas, para não perturbar o equilíbrio da estrutura. “Segundo Costa Leite (2007), kaizen significa melhoramento de todas as áreas, seja melhoramento na vida pessoal, na vida doméstica, na vida social, e no trabalho.” ■ Estabilidade financeira e emocional ao empregado, clima organizacional agradável e ambiente simples e funcional. “O Tesouro de Bresa” “O Tesouro de Bresa”, onde uma pessoa pobre compra um livro com o segredo de um tesouro. Para descobrir o segredo, a pessoa tem que decifrar todos os idiomas escritos no livro. Ao estudar e aprender estes idiomas começam a surgir oportunidades na vida do sujeito, e ele lentamente começa a prosperar. Depois ele precisa decifrar os cálculos matemáticos do livro. É obrigado a continuar estudando e se desenvolvendo, e a sua prosperidade aumenta. No final da história, não existe tesouro algum – na busca do segredo, a pessoa se desenvolveu tanto que ela mesma passa a ser o tesouro. O porteiro É porteiro desde que o conheço. Passa 8 horas por dia na sua sala, sentado atrás da mesa. Nunca o peguei lendo um livro. Está sempre assistindo à TV, ou reclamando do governo, do salário, do tempo. É um bom porteiro, mas em todos estes anos poderia ter se desenvolvido e hoje ser muito melhor do que é. Continua porteiro, sabendo (e fazendo) exatamente as mesmas coisas que sabia (e fazia) dez anos atrás. Aí reclama que o sindicato não negocia um reajuste maior todos os anos. Nunca consegui fazê-lo entender que as pessoas não merecem ganhar mais só porque o tempo passou. Ou você aprende e melhora, ou merece continuar recebendo exatamente a mesma coisa. Produz mais? Vale mais; ganha mais. Produz a mesma coisa? Ganha a mesma coisa. É simples. Os rendimentos de uma pessoa raramente excedem seu desenvolvimento pessoal e profissional. Às vezes alguns têm um pouco mais de sorte, mas na média isso é muito raro. É só ver o que acontece com os ganhadores da loteria, astros, atletas. Em poucos anos perdem tudo. Alguém certa vez comentou que se todo o dinheiro do mundo fosse repartido igualmente, em pouco tempo estaria de volta ao bolso de alguns poucos. Porque a verdade é que é difícil receber mais do que se é. Poka-Yoke ■ Poka Yoke é um termo de origem japonesa e que significa “à prova de erros”. Trata-se de uma ferramenta de inspeção criada com o objetivo de prevenir falhas humanas e corrigir erros eventuais. ■ Facilidade de implantar; ■ Reduz riscos, custos e retrabalhos; ■ Otimiza tempo e recursos; ■ Processos eficientes; ■ Aumento da qualidade final, controle da produção e satisfação; ■ Cumprimento de prazos. ■ Normalmente, a produção agrícola ocorre ao longo de um ano que não necessariamente coincide com o início em janeiro e fim em dezembro. Para os agricultores, dependendo da cultura que eles plantam, o ano pode se iniciar em qualquer mês do ano e não obrigatoriamente em janeiro como estamos acostumados no nosso dia-a-dia Normalmente, a produção agrícola ocorre ao longo de um ano que não necessariamente coincide com o início em janeiro e fim em dezembro. Para os agricultores, dependendo da cultura que eles plantam, o ano pode se iniciar em qualquer mês do ano e não obrigatoriamente em janeiro como estamos acostumados no nosso dia-a-dia Safra, Entressafra e Safrinha Safra ■ Muitas vezes, culturas anuais de ciclo curto se desenvolvem vigorosamente apenas em uma parte do ano devido às já referidas condições climáticas. Entressafra ■ Desse modo, após a época de serem colhidas, ou seja, a época da safra, o solo permanece em descanso ou, usando um termo técnico, ele permanece em pousio até que condições climáticas favoráveis se estabeleçam novamente para que a cultura possa ser plantada mais uma vez. O período que contempla o fim da colheita (pós-colheita) até o início do novo plantio recebe o nome de entressafra. Safrinha ■ Durante a entressafra, o solo fica sem atividade agrícola, o que faz com que alguns agricultores plantem algumas culturas anuais de ciclo curto que consigam desenvolver-se nesse período com as condições climáticas menos favoráveis à cultura principal. Assim, o agricultor consegue cultivar a terra plantando outra cultura o que traz uma rendaextra a ele por meio da comercialização dessa cultura plantada nas entressafras. Essa safra obtida dessa cultura recebe o nome de safrinha e, como mencionado, é uma boa opção para o agricultor obter mais recursos financeiros para a sua sobrevivência Em suma, o planejamento rural é um grande divisor de águas entre agronegócios – produtores agrícolas e pecuários – profissionalizados (familiares ou não) e agronegócios amadores. Um planejamento bem elaborado representa grande vantagem competitiva e pode levar a diferença entre se ter um resultado econômico positivo ou negativo, o que sustentará ou não o agronegócio no longo prazo. trabalha a questão de valores de grupo, visão de futuro/aspirações e objetivos dos assentados por meio das lideranças de cada movimento social. Esta etapa de planejamento estratégico que, além de participativo, deve ser desenvolvido com as lideranças dos movimentos e respaldado pelos assentados. Identificar oportunidades mercadológicas para produtos agrícolas e agroindustriais, os quais devem ser previamente selecionados por especialistas que componham uma lista de produtos preferenciais para a pesquisa, mas não se limitando somente à lista. Deve ser obtido através de analise de dados secundários e primários, derivados dos principais centros de comercialização em nível local, regional e nacional Conhecer as características sociais, econômicas e de infra-estrutura dos municípios vizinhos do assentamento visando a melhor inseri-lo na região e verificar potencialidades, oportunidades e ameaças, baseadas nas condições existentes na micro-região ao redor do assentamento Conhecer características sócio-econômicas de cada um dos movimentos sociais inseridos no assentamento. Este módulo revela a realidade dos assentados, na qual frequentemente são identificados problemas financeiros devido a não existência de gestão no seu negócio, níveis de escolaridade e saúde precários, entre outros. identificar os elementos mínimos para a sobrevivência de pessoas que vivem em sociedade, tais como, habitação, água e esgotamento sanitário, energia elétrica, educação, saúde, sistema viário, segurança publica, lazer, cultura e esporte. levantar as opções estratégicas de produção do assentamento, e auxiliar na definição dos produtos, qual a tecnologia de produção a ser utilizada, o manejo e correção do solo, a tecnologia de produção e mudas, os insumos necessários, a rotação de culturas, e o manejo dessas culturas. É elaborado a partir de pesquisas exploratórias qualitativa (entrevistas, workshops) e quantitativa (questionários). trabalha as potencialidades dos assentados em relação ao turismo, principalmente o eco-turismo, que é um recurso não aproveitado ou pouco explorado elaboração de projetos estratégicos de produção adequados para o desenvolvimento do Assentamento, refere-se, basicamente, à elaboração de projetos de agregação de valor ao sistema produtivo, por exemplo, a irrigação coletiva e agroindustrialização. questões que devem ser tratada para a melhoria da qualidade de vida dessas famílias, com base nos princípios da Biodiversidade, Educação Ambiental, Legislação e Licenciamento Ambiental, Recursos Florestais e Hídricos. mensurar a renda dos assentados para cada opção de produção indicada no projeto estruturante. organização administrativa do Assentamento, a hierarquização, a forma jurídica, as formas de participação dos órgãos públicos Gestão de custos: tipos/classificação ■ Materiais e insumos – materiais brutos ou trabalhados e anteriormente produzidos, que são necessários para, através de determinado processo, obter um novo produto (ex. fertilizantes, sementes, etc.); ■ Mão-de-obra direta – salários, encargos sociais e benefícios do pessoal empregado diretamente na produção (ex. tratorista, tratador, etc.); ■ Mão-de-obra indireta – idem, do pessoal empregado indiretamente na produção (ex. técnico agrícola, veterinário, etc.); ■ Manutenção de máquinas e equipamentos – gastos com peças e serviços de reparos de tratores e outras máquinas e Equipamentos utilizados na produção. ■ Depreciação de máquinas e equipamentos – parcela que corresponde à Taxa de depreciação pelo uso das máquinas e equipamentos. ■ Combustíveis e lubrificantes – utilizados pelas máquinas de produção agropecuária. Gestão de custos: identificação com o produto ■ 1)diretos – são identificados com precisão no produto acabado, através de um sistema de medição, cujo valor é relevante (ex. horas de mão-de-obra, quilos de ração, etc.) ■ 2)indiretos – são aqueles necessários à produção, geralmente de mais de um produto, mas que são alocáveis, através de um sistema de rateio, estimativas e outros meios (ex. salários dos técnicos, da chefia, alimentação, higiene e limpeza). Gestão de custos: variação quantitativa ■ Custos variáveis: são os custos que apresentam variações em proporção direta com o volume de produção ou área de plantio (ex. mão-de-obra direta, fertilizantes, rações, etc.); ■ Custos fixos: são os custos que permanecem inalterados em termos físicos e de valor, independentemente do volume de produção e dentro de um intervalo de tempo relevante, sendo também conhecidos como custo de capacidade por serem oriundos da posse de ativos e da capacidade ou estado de prontidão (ex. depreciação, seguros, salários da administração, etc.). Custos rurais ■ Possibilita calcular os rendimentos das diversas culturas e criações; ■ Permite a determinação do volume do negócio; ■ Indica as melhores épocas para a venda e aquisição de produtos; ■ Permite o cálculo dos custos da produção; e ■ Permite o cálculo das medidas de resultado econômico. Resenha crítica ■ 6 grupos; ■ Divisão de cada tópico.
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