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Paciente crítico Estresse metabólico: trauma, sepse, SIRS Profª Me Michelle Rabello da Cunha Residência em Nutrição Clínica (Suporte Nutricional) – HUPE /UERJ Especialização em Nutrição Clínica biofuncional, ortomolecular e fitoterapia – Nutmed Mestre em Ciências Médicas – UERJ Universidade Estácio de Sá Fisiopatologia da Nutrição e Dietoterapia II ▪ É aquele que se encontra em risco iminente de perder a vida ou função de órgão/sistema do corpo humano, bem como aquele em frágil condição clínica decorrente de condições que requeiram cuidado imediato. Paciente crítico Estresse metabólico Trauma Sepse Queimaduras Cirurgias Paciente crítico Paciente crítico ▪ O prognóstico depende: ✓ Atendimento inicial; ✓ Número de lesões; ✓ Gravidade dos ferimentos; ✓ Associação de infecções. ▪ Características desses pacientes: ✓ Longo tempo de permanência hospitalar; ✓ Grande incidência de infecções; ✓ Imobilização no leito; ✓ Longo período sem atingir as necessidades proteico calóricas. Paciente crítico ▪ Trauma: qualquer situação de injúria, como politrauma, intervenções cirúrgicas, hemorragias, queimaduras, etc. Os eventos são relacionados à gravidade da lesão, ou seja, quanto maior o insulto, mais pronunciada é a resposta específica. ▪ Infecção: processo patológico causado pela invasão de tecido ou fluidos corporais por microrganismos patogênicos. ▪ Bacteremia: presença de bactérias viáveis no sangue. Definições ▪ Sepse: Disfunção orgânica com risco de vida, causada por uma resposta desregulada do hospedeiro à infecção (definida como um score SOFA ≥2 pontos) ▪ Choque séptico: Sepse associada à persistência de hipotensão, necessitando de vasopressores para manter PAM ≥ 65mmHg, apesar da reposição volêmica adequada ▪ Síndrome da Disfunção Orgânica Múltipla (SDOM): funções orgânicas alteradas + suporte para manter a homeostase Definições ▪ Sepse: infecção associada à disfunção orgânica ▪ Como avaliar a disfunção orgânica de um paciente? ▪ Utilização do Sequential Sepsis-related Organ Failure Assessment (SOFA) → um score que avalia disfunção de 6 sistemas do corpo através de exames laboratoriais. ▪ Foi encontrada a correlação de que um aumento ≥ 2 na pontuação do SOFA estava associada com disfunção orgânica com risco de mortalidade de 10%, aproximadamente. Definições Critérios de SOFA Quick SOFA (qSOFA) ▪ Entretanto, para utilizarmos esse critério, para definir sepse, nos limitamos a exames laboratoriais ▪ Dessa forma, a força-tarefa propôs um uma modificação no SOFA, o quick SOFA (qSOFA), que avalia 3 critérios para avaliar precocemente pacientes graves com suspeita de sepse em ambientes de emergência, ou à beira-leito. Considera-se como alterado um qSOFA ≥ 2: ▪ FR >= 22 ipm ▪ PAS <= 100 mmHg ▪ Alteração do nível de consciência ▪ A gravidade da infecção é constatada pela presença de alguns sinais: Infecção e sua gravidade Fisiopatologia da resposta à sepse SEPSE PAI-1 = Inibidor do ativador do plasminogênio 1, PAF = Fator de ativação plaquetária, ROS= espécies reativas de oxigênio ▪ Glucagon ▪ ↑ Gliconeogênse, captura de AA provenientes da degradação muscular, ureiagênese e proteólise ▪ Cortisol ▪ ↑ Proteólise, promove uso hepático de AAs para gliconeogênese e síntese de proteínas de fase aguda. ▪ Catecolaminas (adrenalina e noradrenalina) ▪ ↑ Lipólise, elevando as concentrações séricas de ácidos graxos livres ▪ Aldosterona e ADH (hormônio antidiurético). ▪ Preservação volemia através retenção sódio e água ▪ Resistência à insulina Resposta Neuroendócrina (Hormonal) ▪ TNF-α ▪ Estimula leucocitose ▪ Principal responsável pela redistribuição dos substratos energéticos ▪ ↓ Contratilidade cardíaca ▪ Favorece anorexia ▪ ↑ Hormônios catabólicos ▪ ↑ Lipólise e ↓ lipogênese ▪ ↑ Glicogenólise muscular ▪ ↑ Proteólise muscular com liberação de AAs ▪ ↑ Lipogênese hepática ▪ Provoca febre por estimular liberação de prostaglandina E2 (PGE2) e Interleucina-1 (IL-1) ▪ Estimula a síntese de proteínas de fase aguda pelo fígado Resposta Imunobiológica (Mediada por células) ▪ Interleucina-1 (IL-1) ▪ Age em sinergia com o TNF-α, aumentando seus efeitos ▪ Provoca: febre, anorexia, sonolência, depressão de vários sistema enzimáticos ▪ ↑ IL-6 → síntese proteínas fase aguda ▪ Interleucina-6 (IL-6) ▪ Estimula várias funções dos linfócitos e a síntese de proteínas de fase aguda. Resposta Imunobiológica (Mediada por células) ▪ Fator de ativação plaquetária (PAF) ▪ Mediador eicosanóide, sintetizado pelas células endoteliais, plaquetas e células imunológicas ▪ provoca hipotensão ▪ ↑ permeabilidade dos capilares pulmonares Resposta Imunobiológica (Mediada por células) Proteínas de fase aguda Drogas vasoativas ▪ São muito utilizadas em UTI ▪ As mais utilizadas são as catecolaminas ou drogas simpatomiméticas (ex.: Noradrenalina, adrenalina, dobutamina, dopamina, etc) ▪ Objetivos: ▪ Evitar hipotensão (efeito vasopressor) ▪ Aumentar e manter adequadas as perfusões tissular e orgânica 0 Agressão 12 18 1 2 3 horas dias semanas Fase Inicial de choque (EBB) Fase de fluxo (FLOW) Catabólica Fase de fluxo (FLOW) Anabólica Fases metabólicas após a lesão grave Trauma Sepse Cirurgia Queimadura Fase inicial (EBB) ▪ Duração: 12 – 24h ▪ Caracterizada por: ▪ Instabilidade hemodinâmica (↓ Perfusão tecidual) ▪ Hipovolemia ▪ ↓ Pressão arterial ▪ ↓ Consumo de oxigênio ▪ ↓ Taxa metabólica ▪ ↓ Temperatura corporal Fase inicial (EBB) Fase de Fluxo (Flow) - Catabolismo ▪ Inicia após a ressuscitação volêmica ▪ Duração: Pico 3 a 5 dias / Regressão 7 a 10 dias ▪ ↑ Hormônios catabólicos (do estresse) ▪ ↑ Glicocorticoides ▪ ↑ Glucagon ▪ ↑ Catecolaminas ▪ Liberação de citocinas e mediadores lipídicos ▪ ↑ Produção proteínas de fase aguda ▪ ↑ Taxa metabólica e ↑ Excreção de nitrogênio ▪ ↑ Consumo de O2 e ↑ termogênese Fase de Fluxo (Flow) - Anabolismo ▪ Resposta Adaptativa - Anabolismo ▪ Resposta hormonal ↓ gradualmente ▪ ↓ Taxa metabólica ▪ Associada com recuperação ▪ Potencial para restauração da proteína corporal ▪ A cicatrização da FO depende em parte da ingestão de nutrientes Modificações metabólicas no paciente crítico ▪ Variam de acordo com: ▪ Idade do paciente ▪ Estado anterior de saúde ▪ Doenças pré-existentes ▪ Tipo de infecção (se estiver presente) ▪ Presença de síndrome de disfunção de múltiplos órgãos Alterações no metabolismo dos macronutrientes no paciente com trauma / sepse Modificações metabólicas no paciente crítico ▪ Proteínas ▪ produção energética dependente da proteólise muscular ▪ Os aminoácidos gliconeogênicos (advindos da degradação muscular) irão servir de substrato para gliconeogênese e para síntese de proteínas de fase aguda ▪ Os AACR (leucina, isoleucina e valina) servirão de energia principalmente para o músculo. balanço nitrogenado negativo e maiores perdas urinárias de potássio, fósforo e magnésio Modificações metabólicas no paciente crítico ▪ Carboidratos hiperglicemia é característica marcante do paciente crítico cortisol, glucagon e catecolaminas + gliconeogênese acelerada utilização pelo organismo é limitada devido à menor capacidade de oxidação gerada pelo estresse capacidade oxidativa máxima de 5 a 7 mg/kg/min Modificações metabólicas no paciente crítico ▪ Lipídios elevação das catecolaminas + elevação da relação glucagon/insulina lipólise acelerada com liberação de ácidos graxos livres Ressintetizar triglicerídeos Formar cetonas (fonte de energia) Terapia nutricional no paciente crítico Resposta Orgânica ao Trauma/sepse ◼ Apresenta componentes neuroendócrino, inflamatório e celular. ◼ É caracterizada por alterações metabólicas que ↑ catabolismo e depletam o organismo de nitrogênio, além de provocar profundas alterações no metabolismo glicídico e lipídico. ◼ Essas alterações levam rapidamente a desnutrição aguda grave, que propicia oaparecimento de infecções, distúrbios respiratórios e dificuldade de cicatrização. ▪ Perda de Tecido Muscular ▪ Retardo na cicatrização de feridas ▪ Comprometimento da Imunidade – Infecção ▪ Disfunção de Múltiplos Órgãos ▪ Aumento do Tempo de Internação ▪ Custos elevados ▪ ↑ Morbidade ▪ ↑ Mortalidade Consequências da desnutrição no paciente com estresse metabólico ▪ Minimizar o catabolismo e a desnutrição proteico-calórica ▪ Manter a síntese de proteínas de fase aguda ▪ Preservar a função imune, cardíaca, muscular, respiratória, e do intestino, para prevenir complicações ▪ Atenuar a resposta inflamatória Objetivos da Terapia Nutricional no Trauma / Sepse (Paciente Crítico) Avaliação do estado nutricional do paciente crítico ▪ Os métodos tradicionais como antropometria, bioquímica e avaliação dos compartimentos corporais sofrem interferência, prejudicando a interpretação. ▪ Ex.: Balanço hídrico positivo cumulativo: ▪ Edema (↑peso) ▪ O catabolismo proteico acentuado e o processo inflamatório sistêmico levam à diminuição de proteínas plasmáticas independentemente do processo de desnutrição → não usar albumina como marcador de estado nutricional Avaliação Nutricional no Paciente Crítico Avaliando o Estado Nutricional ... •Peso e bioimpedância – pode haver edema e ascite •Dobras cutâneas – mascarado por edema e mensuração difícil •Força de apreensão muscular – uso de sedativos e mio relaxantes limitam seu uso •Proteínas viscerais alteradas O peso de um paciente grave pode 10 a 20 Kg após as 1as 48h de ressuscitação volêmica → aumento do volume do líquido extracelular Recomendação ▪ Como não há ferramenta ideal, deve-se utilizar a associação entre distintas técnicas disponíveis ▪ A medida que o paciente supera a fase aguda da doença e se inicia a fase de recuperação, a avaliação nutricional convencional passa a ser útil e desejável. Avaliação Nutricional no Paciente Crítico Recomendações nutricionais para o paciente crítico ▪ Nas primeiras 24 – 48h iniciais do tratamento ▪ Após a estabilização hemodinâmica, precedendo às respostas hipermetabólica e hipercatabólica que se instalam nas primeiras 72h após a lesão inicial. Quando o Suporte Nutricional deve ser iniciado? IDEAL: NUTRIÇÃO ENTERAL PRECOCE Nutrição Enteral Precoce Melhora a cicatrização de feridas Tempo de internação hospitalar Complicações Infecciosas Mantém barreira intestinal Por que utilizar Nutricional Enteral Precoce? ↓ úlceras de estresse ↓ produção de citocinas inflamatórias Mortalidade ▪ Pacientes estáveis hemodinamicamente ▪ Pressão arterial média > 60 - 70 mmHg ▪ Pressão arterial sistólica > 90 – 100 mmHg Nutrição Enteral Precoce é segura e efetiva em: Pacientes instáveis hemodinamicamente não devem receber TN enteral ou parenteral até que a perfusão esteja restabelecida ▪ Pode ocorrer na tentativa de nutrir um paciente INSTAVEL hemodinamicamente! ▪ Rara – < 1 % dos pacientes em NE ▪ Apresenta péssimo prognóstico ▪ Pode alcançar mortalidade de cerca de 80% ▪ A dor e a distensão abdominais são os sintomas prevalentes, mas hemorragias GI podem fazer parte do quadro clínico. Síndrome Isquêmica Intestinal Choque Hipovolêmico Ingestão de alimentos Isquemia Intestinal Hipoperfusão persistente do TGI Tappenden et al – ASPEN, 2004 ↑ Demanda de O2 Síndrome Isquêmica Intestinal ▪ O suporte nutricional não deve ser iniciado em vigência de uso de drogas vasopressoras em doses elevadas ▪ Ex.: Noradrenalina > 1μg//kg/min ▪ Nos pacientes que requerem altas doses de aminas para manutenção da perfusão celular, a NE deve ser suspensa até que o paciente seja totalmente estabilizado ASPEN, 2009 Nutrição Enteral Precoce segura e efetiva em: TERAPIA NUTRICIONAL METAS: 1. Oferta calórica adequada para satisfazer as necessidades calórico-proteicas; 2. Minimizar os efeitos do catabolismo; 3. Minimizar as complicações metabólicas associadas; 4. Melhorar cicatrização. O ESTRESSE METABÓLICO TORNA O ORGANISMO INCAPAZ DE METABOLIZAR ADEQUADAMENTE Evitar dietas hipercalóricas Hiperglicemia Hiperosmolaridade plasmática produção de CO2 Síndrome da realimentação Consequências da dieta hipercalórica: distensão abdominal, diarreia, hiperglicemia, diurese osmótica, insuficiência respiratória, dislipidemia, esteatose hepática. Energia ▪ Redução das Necessidades Nutricionais (aproximadamente 15-30%) ▪ Pacientes sedados, em morte cerebral, e em ventilação mecânica ▪ Paralisia neuromuscular, mesmo com sepse ▪ Aumento das Necessidades Nutricionais ▪ Sepse e trauma ▪ Infecções ▪ Lesões ósseas ▪ Trauma térmico Lesões ósseas: 10 a 20% do GEB Trauma com infecção: 20 a 60% do GEB Queimaduras extensas : 40 a 100% do GEB Energia ▪ ASPEN – Sociedade Americana de Nutrição Parenteral e Enteral: ▪ Paciente não obeso: 20 a 25 kcal/kg/dia (ASPEN, 2019) ▪ Paciente obeso: < 14 kcal/kg peso ATUAL ou 22 a 25 kcal/kg peso IDEAL (ASPEN, 2013) ▪ ESPEN – Sociedade Europeia de Nutrição Parenteral e Enteral : ▪ 20-25 kcal/ kg/ dia (ESPEN, 2019) Energia ▪ BRASPEN, 2018: ▪ Iniciar com 15 a 20 kcal/kg/dia e progredir para 25 a 30 kcal/kg/dia no 4º dia em pacientes em recuperação ▪ Paciente obeso (IMC 30 a 50): 11 a 14 kcal/kg peso ATUAL ou 22 a 25 kcal/kg peso IDEAL. Energia CONCLUSÃO DA PRESCRIÇÃO CALÓRICA: ▪ Iniciar com metas menores: cerca de 15kcal/kg → evoluir lentamente conforme tolerância ▪ Evoluir para 20 até 30kcal/kg → conforme VET planejado ▪ Evolução gradativa do VET da dieta → tentar atingir 50 a 65% do VET na primeira semana ▪ Tenham em mente que dietas hipocalóricas (antes de alcançar o VET) podem trazer benefícios: ▪ Imunológicos: 15 – 30 % do VET ▪ Função de barreira: 10 – 20% do VET ou 10 – 30 ml/h de gotejamento Energia Como iniciar e evoluir a Nutrição Enteral ▪ ↓ Taxa de infusão ▪ Ex.: 10 – 20 ml/h ▪ Limitada tolerância intestinal ▪ Pode demorar 5-7 dias para alcançar o objetivo da ingestão e isto não é considerado prejudicial → evoluir lentamente, garantindo boa tolerância Pcte DESNUTRIDO GRAVE!!! Iniciar o cálculo com o Peso Atual para evitar... SÍNDROME DE REALIMENTAÇÃO ATENÇÃO!!! Síndrome de Realimentação Alterações metabólicas e bioquímicas decorrentes de distúrbios severos de eletrólitos e fluidos em pacientes mal nutridos, realimentados via oral, enteral ou parenteral. Fósforo Potássio Magnésio Síndrome de Realimentação Realimentação Glicose como principal fonte energética Liberação de Insulina captação de glicose pelas células síntese protéica (anabolismo) RÁPIDO Movimento intracelular de fosfato, magnésio e potássio hipofosfatemia, hipomagnesemia e hipocalemia Distúrbio eletrolítico Hiperglicemia Carências vitamínicas NICE, 2006. Caloria Reposição/suplementação Dia 1 10kcal/kg/dia Ou para casos extremos (IMC<14kg/m2 ou jejum > 15 dias): 5kcal/kg/dia Carboidrato: 50-60% Lipídio: 30% Proteína: 15-20% PO4: 0,5-0,8mmol/kg/dia K: 1-3mmol/kg/dia Mg: 0,3-0,4mmol/kg/dia Na: <1mmol/kg/dia (restringir) IV Tiamina + complexo B 30 minutos antes de alimentar Restringir fluidos, manter BH neutro Dia 2-4 5kcal/kg/dia Em caso de intolerância involuir ou manter aporte mínimo Monitorar eletrólitos e corrigir alterações Dia 5-7 20-30kcal/kg/dia Monitorar eletrólitos, função renal e hepática Manter BH neutro Considerar suplementação de ferro a partir do dia 7 Dia 8-10 30kcal/kg/dia ou aumentar até aporte pleno Como prevenir a síndrome de realimentação? ▪ ESPEN, 2019: > 1,3 g/ kg/dia (Obeso: usar o “peso corporal ajustado”). ▪ ASPEN, 2019: 1,2 a 2,0 g/kg/dia ▪ BRASPEN, 2018: 1,5 a 2,0 g/kg/dia ▪ Paciente obeso ▪ ASPEN, 2013: 2,0 a 2,5 g/kg peso IDEAL ▪ BRASPEN, 2018: 2,0 g/kg peso IDEAL (IMC 30-40) e 2,5 g/kg peso IDEAL (IMC > 40) Proteína: DIETA HIPERPROTEICA Condições especiais como diálise, queimaduras e fístulas: >2g/kg/dia CONCLUSÃO DA PRESCRIÇÃO PROTEICA: ▪ Iniciar com metas menores e ir evoluindo lentamente, assim como a prescrição calórica ▪ Avaliar presença de comorbidades e gravidade de feridas e lesões → ficar na margem de 1,2 a 2,0g/kg/dia, em geral ▪ Carboidratos: ▪ 3 – 4 g / kg / dia ▪ 40 – 55% VET ▪ Lipídios: ▪ 1 g / kg / dia ▪ 25 – 30 % VET Carboidratos e Lipídios Seguro fornecer 150 g/dia pela preferência de alguns órgãos por glicose como o cérebro, glóbulos vermelhos, células do sistema imunológico e medula renal (ESPEN, 2019) Excesso de ω-6 (linoleico) pode aumentar a síntese de prostaglandinas e leucotrienos → pró-inflamatórios; Podem ser usadas emulsões de TCL/TCM → melhor tolerância MICRONUTRIENTES Não há recomendação definida!! Conduta empírica! Maior atenção aos antioxidantes! ATENÇÃO: Não suplementar ferro nesses pacientes estímulo à proliferação de MO Avaliando as necessidades nutricionais… MO = microrganismos Considerações sobre as vias de administração no paciente crítico QUAL É A VIA DE ADMINISTRAÇÃO PREFERENCIAL PARA O SUPORTE NUTRICIONAL DO PACIENTE CRÍTICO Preferencialmente: Enteral Raramente: Via Oral Quando através do TGI não se atinge a meta desejada: Parenteral (menos usada) ▪ Enteral (com bomba infusora) ▪ Deve ser usada preferencialmente ▪ Mantém um gotejamento contínuo e melhora tolerância ▪ Parenteral só deve ser usada quando ▪ A via enteral estiver contraindicada ▪ Esgotadas as tentativas de utilização do tubo digestório, sem obtenção da meta desejada (< 60% VET) ▪ Após 7 a 10 dias com Nutrição enteral não se obtiver 100% das necessidades, deve-se considerar o uso associado a enteral (NPT + NE) ▪ Oral ▪ Paciente consciente (LOTE) com deglutição adequada. Via de Administração do Suporte Nutricional no Paciente Crítico LOTE: lúcido e orientado no tempo e espaço • Hiperglicemia está relacionada a complicações clínicas e pior evolução do paciente crítico • Por isso o controle glicêmico é de extrema importância na rotina dos cuidados desse paciente → aumenta o risco de infecção • A manutenção da glicemia entre 110 e 150 mg/dl parece ser apropriado, mas recomenda-se manter os valores glicêmicos abaixo de 180 mg/dl. Controle Glicêmico ▪ Subgrupos que se beneficiam destas dietas: ▪ Pós-operatório de grandes cirurgias abdominais eletivas ▪ Trauma moderado e grave ▪ Queimados com superfície corporal > 30% ▪ Pós-operatório de cabeça e pescoço ▪ Não recomendado o uso de arginina → precursora de ON Dietas Imunomoduladoras devem ser usadas em pacientes críticos? NÃO DEVEM SER USADAS EM PACIENTES COM SEPSE ▪ Fornecer uma terapia nutricional precoce, primariamente usando a rota enteral, é vista como estratégia terapêutica que reduz a severidade da doença, diminui complicações e o tempo de internação em UTI e favorece a recuperação do paciente. Conclusão
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