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1 Resumo Curricular Enfermeira Graduada pela Universidade Estadual de Santa Cruz. Especialista em Urgência e Emergência. Instrutora de Suporte Básico de Vida e Avançado de Vida. Coordenadora de Enfermagem no Hospital Regional Costa do Cacau. Atuação em Urgência e Emergência Hospitalar e atendimento pré-hospitalar SAMU 192. 2 Edema Agudo de Pulmão Edema Agudo de Pulmão (EAP) síndrome clínica em que ocorre acúmulo de fluido nos espaços alveolares e intersticiais dos pulmões; pode ser decorrente de causas diversas. Edema Agudo de Pulmão Caracterizado por hipoxemia; aumento no esforço respiratório; redução da complacência pulmonar; redução da relação ventilação perfusão. 3 Edema Agudo de Pulmão Relacionado, na maioria das vezes CAUSAS CARDÍACAS O EAP poderá ser classificado como origem cardíaca ou não cardíaca. Forças de Starling – interação entre forças oncóticas e hidrostáticas dentro dos vasos que ajudam a manter o volume vascular e evitar extravasamento de líquido para os espaços intersticiais Etiologia – Origem Cardíaca As principais causas cardíacas são: • ICC descompensada; • síndrome coronariana aguda; • emergências hipertensivas. Quando a origem conhecida é cardíaca, ocorre um desequilíbrio das Forças de Starling, ou seja: • aumento da pressão capilar pulmonar; • queda da pressão oncótica do plasma; • aumento da pressão negativa intersticial. Isso pode resultar na diminuição da força muscular cardíaca, gerando alteração do padrão da circulação. 4 EAP de Etiologia Não-Cardiogênico Já no EAP de origem não cardiogênica, estão associadas as seguintes situações: • Endotoxemia; • Infecção pulmonar; • Afogamento; • Aspiração pulmonar; • Anafilaxia; • SARA; Estágios do Edema Pulmonar 5 Dica de estudo! Quadro clínico EAP O quadro clínico do EAP pode variar, porém algumas características são mais relevantes, como: • instalação rápida dos sintomas, que apresentam pouco melhora com as medidas adotadas pelos pacientes. Há piora da dispneia com esforço ou ao deitar-se; • insuficiência respiratória fraca, com paciente inquieto e angustiado; • expectoração rósea; • antecedentes, como episódios prévios de EAP, ICC prévia e angina ou infarto prévios aumentam a possibilidade de o episódio atual ser EAP. 6 1. (Pref. de Turmalina-MG/Pref. do Rio de Janeiro-RJ/2019) Paciente deu entrada na emergência de uma unidade hospitalar apresentando taquicardia, ansiedade, dispneia e tosse com escarro espumoso e tingido de sangue. Considerando essa sintomatologia, o técnico de enfermagem identificou estar diante de um quadro de: a) angina pectoris b) arritmia cardíaca c) edema agudo de pulmão d) infarto agudo do miocárdio 2. (SES-SC/FEPESE/2019) Com relação ao paciente com Edema Agudo de Pulmão (EAP), é correto afirmar: a) O paciente apresenta rubor cutâneo. b) O paciente deve ser mantido deitado com as pernas elevadas para melhorar o retorno cardíaco. c) A dispneia intensa e a tosse com expectoração amarela são sinais iniciais de EAP. d) A taquipneia e dispneia leves, tosse seca, hipoxemia são sinais iniciais de EAP. e) A taquiarritmia não é considerada um fator desencadeante. 7 (UFOB/AOCP/2018) Em relação às emergências clínicas, julgue o item a seguir. 3. Em caso de paciente com presença inicial de taquipneia e dispneia leves, tosse seca, hipoxemia que evolui para dispneia intensa, taquipneia, ortopneia, tosse com expectoração clara ou rósea, estertores pulmonares à ausculta (inicialmente na base, depois em todo o pulmão), com ou sem roncos e sibilos, e sensação de opressão torácica, palidez cutânea, extremidades frias, sudorese e cianose, pode-se suspeitar de Edema Agudo de Pulmão. ( ) CERTO ( ) ERRADO Exame físico No exame físico é possível encontrar: • quadro de insuficiência respiratória; • uso de musculatura acessória, esforço ventilatório e batimento de asa de nariz; • na ausculta pulmonar, são comuns estertores crepitantes bilaterais; • pode haver também roncos e sibilos esparsos; • na ausculta cardíaca, podemos encontrar 3ª bulha e ritmo cardíaco irregular; • a pressão arterial pode ser normal ou estar elevada ou baixa, dependendo da causa do edema agudo; • cianose de extremidades; taquicardia e taquipneia. 8 Exame físico No exame físico é possível encontrar: Estuda que a vida muda! 9 Tratamento – EAP O tratamento inicial, no APH, consiste em: • contato com a regulação médica; • O2 a 100% sob máscara; • monitorização + oximetria + acesso venoso; • se pressão arterial > 90 mmHg, dinitrato de isossorbida 5 mg SL, a cada 5 a 10 min; • sulfato de morfina: 2 mg IV (infusão lenta, em 3 min) 5/5 min máx. de 20 mg (suspender se: rebaixamento de consciência, hipotensão ou bradicardia); • furosemida 40-0 mg IV bolus. Tratamento – EAP Oxigenoterapia por meio de máscara facial com reservatório a 10 L/min, o que possibilita ofertar FiO2 próxima de 100%; Nitroglicerina ou nitratos monitorar a PA, evitando-se valores de pressão sistólica < 90 mmHg; Nitroprussiato de sódio vasodilatador venoso e arterial com rápida redução da PA; 10 Tratamento – EAP Furosemida diurético de alça fundamental na redução da pré-carga; Dobutamina oferece efeito inotrópico positivo maior que o cronotropismo positivo; Tratamento – EAP A morfina possui, além de seu efeito ansiolítico e analgésico, ação vasodilatadora reduzindo em até 40% o retorno venoso. Ela também age em receptores pulmonares de opioides, reduzindo a sensação de dispneia. Cuidados com rebaixamento de consciência e hipotensão devem ser tomados. trata-se de um opioide de extrema importância para a redução do retorno venoso e diminuição do consumo de oxigênio pelo miocárdio; Morfina 11 Tratamento – EAP Ventilação mecânica não invasiva as modalidades mais usadas são Pressão Positiva Contínua nas Vias Aéreas (CPAP), Pressão Positiva Bifásica nas Vias Aéreas (BiPAP) e modo Pressão de Suporte (PSV). Outro aspecto importante do tratamento do paciente com EAP é a utilização da VNI, que diminui a necessidade de intubação orotraqueal, diminui riscos de infarto, diminui mortalidade, não possui efeitos colaterais, possui baixo custo e é relativamente fácil de usar. • Diminui a necessidade de intubação; • Diminui o risco de infarto; • Diminui a mortalidade; • Sem efeitos colaterais; • Baixo custo; • Relativamente fácil de usar; Tratamento – EAP Intubação e ventilação mecânica sempre indicado para pacientes com hipóxia grave que não respondem rapidamente à terapia instituída; Assistência de Enfermagem administração de medicamentos; assistência na oxigenoterapia e na intubação e ventilação, se houver insuficiência respiratória. 12 Tratamento – EAP assegurar acesso venoso calibroso para a administração dos medicamentos; coletar amostras de sangue para exames laboratoriais; monitorar o nível de consciência e tempo de enchimento capilar; manter o paciente em posição fowler (geralmente em um ângulo de 90°) com pernas pendentes para redução do retorno venoso. Outras intervenções de enfermagem incluem: 4. (AL-GO/IADES/2019) O edema agudo de pulmão (EAP) é uma síndrome clínica caracterizada por acúmulo anormal de fluidos no compartimento extravascular dos pulmões. Assinale a alternativa que indica os cuidados de enfermagem no estágio inicial do EAP. a) Administrar medicamentos. b) Colocar o paciente em posição ereta, com os pés e pernas pendentes, eliminando o esforço excessivo e minimizando o estresse emocional. c) Monitorar o nível de consciência. d) Fornecer assistência na oxigenoterapia. e) Assegurar acesso venoso calibroso. 13 5. (UFAL/COPEVE-UFAL/2018) Num quadro clínico de Edema Agudo de Pulmão (EAP), a administração de diurético tem o objetivo de a) favorecer a respiração. b) baixar a pressão arterial. c) afastar o risco de infecção. d) aumentar o retorno venoso. e) aumentar a resistência periférica. 6. (SES-PE/AOCP/2018) Paciente masculino, 78 anos, com diagnóstico de Edema Agudo de Pulmão (EAP), apresentou, no finaldo plantão, um balanço hídrico negativo. Sobre balanço hídrico negativo, é correto afirmar que a) o volume infundido é igual ao volume eliminado. b) o volume infundido é maior que o volume eliminado. c) o volume infundido é menor que o volume eliminado d) o volume de líquido corporal está deficitário e) o paciente está debilitado. 14 Estuda que a vida muda! Hemorragia Digestiva Hemorragia Digestiva perda de sangue através de qualquer ponto do tubo digestivo (esófago, estômago, intestino delgado, intestino grosso ou canal anal); clinicamente → exteriorização de hematêmese, melena ou enterorragia; causa frequente de hospitalização de urgência. 15 Hemorragia Digestiva Benignas e frequentes hemorróidas fissuras do ânus Condições mais graves úlcera péptica ou Cancro do tubo digestivo → esófago, estômago ou cólon. Hemorragia Digestiva Hemorragias Digestivas Baixas (HDB) decorrem de lesões distais ao ligamento de Treitz; caracterizada por enterorragia. 16 Hemorragia Digestiva Hemorragias Digestivas Altas (HDA) decorrem de lesões proximais ao ligamento de Treitz; caracterizadas por hematêmese e/ou melena. FIGURA – Realizada endoscopia digestiva alta que evidenciou sangramento ativo em duodeno distal. 7. (CRIS Tupã-SP/EXCELÊNCIA SELEÇÕES/2020) É uma manifestação clínica da hemorragia digestiva baixa: a) Enterorragia. b) Melena. c) Hematêmese. d) Nenhuma das alternativas. 17 Apresentação Clínica O sangramento digestivo pode manifestar-se como hematêmese (vômitos com sangue vivo), melena (fezes enegrecidas, fétidas e amolecidas), enterorragia ou sangramentos microscópicos. A presença de enterorragia na HDA indica pior prognóstico. FIGURA – hematêmese. FIGURA – melena.. Apresentação Clínica A hemorragia digestiva alta pode ser classificada clinicamente em instável e estável, sendo este o principal fator associado ao prognóstico e à mortalidade. 18 Apresentação Clínica Achados clínicos preditivos de gravidade: • instabilidade hemodinâmica; • necessidade de transfusão continuada; • hematêmese com sangue vivo; • enterorragia; • pacientes com mais de 60 anos; e • pacientes com comorbidades. Atentar para o fato de que o vômito de estase pode muitas vezes ser confundido com hematêmese. 8. (ALESE/FCC/2018) A principal causa de hemorragia digestiva alta em adultos é a presença de a) varizes de esôfago. b) gastrite erosiva. c) doença ulcerosa péptica. d) neoplasia gástrica. e) esofagite erosiva distal. 19 9. (FMS/NUCEPE/2019) Sr. Felipe está há 2 dias internado no hospital geral, com história hematúria, hematêmese e melena, assim, se pode dizer que está respectivamente com: a) urina com presença de sangue, vômito com presença de sangue e fezes com presença de sangue digerido. b) escarro com sangue, vômito com presença de sangue e fezes com presença de sangue vivo. c) vômito com presença de sangue, urina com presença de sangue, e fezes com presença de sangue digerido. d) vômito com presença de sangue , escarro com sangue e fezes com presença de sangue vivo. e) escarro com sangue, fezes com presença de sangue vivo e coloração amarelada de pele e mucosas. Estuda que a vida muda! 20 10. (SES-SC/FEPESE/2019) Analise as afirmativas abaixo acerca da hemorragia digestiva. 1. A hemorragia digestiva baixa (HDB) é a perda de sangue do trato gastrintestinal distal ao ligamento de Treitz. 2. A taxa de mortalidade por HDB é menor do que as associadas à hemorragia digestiva alta. 3. A HDB é mais comum entre os homens e aumenta significativamente nos idosos, sendo que a melena é o principal sintoma. 4. A ingestão de ferro pode simular melena, e a de beterraba pode simular hematoquezia, mas nesses casos, o teste de guaiaco de fezes será negativo. Assinale a alternativa que indica todas as afirmativas corretas. 10. (SES-SC/FEPESE/2019) a) São corretas apenas as afirmativas 1 e 3. b) São corretas apenas as afirmativas 1 e 4. c) São corretas apenas as afirmativas 3 e 4. d) São corretas apenas as afirmativas 1, 2 e 4. e) São corretas apenas as afirmativas 2, 3 e 4. 21 11. (Pref. de São João da Urtiga-RS/OBJETIVA/2019) Conforme LIMA, a terminologia usada para vômito com presença de sangue é: a) Melena. b) Hematúria. c) Hiperêmese. d) Hematêmese. 12. (Pref. de Lagoa Santa-MG/FUNDEP/2018) A ocorrência de fezes com sangue escuro e odor fétido, geralmente provocada por hemorragia digestiva alta, é denominada de a) epistaxe. b) hematêmese. c) hemoptise. d) melena. 22 (UFOB/AOCP/2018) Em relação às emergências clínicas, julgue o item a seguir. 13. Hematêmese e melena são sinais clássicos sugestivos da hemorragia digestiva baixa. Nesse caso, um dos cuidados de enfermagem é administrar medicamentos inibidores de bomba de prótons na dose inicial de 80mg IV em “bolus”, conforme a prescrição médica. ( ) CERTO ( ) ERRADO 14. (Pref. de Serrana-SP/VUNESP/2018) Durante o atendimento no pronto-socorro o paciente apresentou vômitos e evacuação sanguinolenta. O nome dado para as situações de perdas sanguíneas relatadas são, respectivamente: a) melena; hematêmese b) hematêmese; melena. c) gastrostomia; melena. d) hematêmese, gastrostomia. e) melena; gastrostomia. 23 15. (UFPE/COVEST-COPSET/2019) A hemorragia digestiva alta (HDA) pode ser assintomática ou apresentar-se, na sua forma mais grave, com choque hipovolêmico. A respeito dessa condição clínica, analise as proposições abaixo. 1) A presença de hematêmese com sangue vivo sugere sangramento volumoso em andamento. 2) Os vômitos de estase, a ingestão de beterraba, o tratamento do H. pylori com sais de bismuto, a administração de sulfato ferroso para tratamento de anemia, bem como sangramentos nasais, gengivais e hemoptise poderão confundir o diagnóstico de HDA. 3) Hematoquezia é mais comum na Hemorragia Digestiva Baixa (HDB), porém pode ocorrer na HDA importante, e tipicamente costuma ser acompanhada de hipotensão postural, sendo indicativa de uma emergência médica. 4) Os fatores mais importantes para ocorrência de sangramentos e recorrências da doença ulcerosa péptica são: AINE, estresse, hipercloridria e infecção pelo Helicobacter pylori. 15. (UFPE/COVEST-COPSET/2019) Está(ão) correta(s): a) 3, apenas. b) 1 e 3, apenas. c) 2 e 4, apenas. d) 1 e 4, apenas. e) 1, 2, 3 e 4. 24
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