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EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DE DIERITO DA VARA____ DE FAMÍLIA DA COMARCA DE PORTO VELHO/RO
CONCEIÇÃO VENÂNCIO DE ARAÚJO SANTOS, brasileira, casada, auxiliar de limpeza, portadora do RG nº 163.088-1 SSP/RO e CPF nº996.273.290-53, residente e domiciliada à rua Aparecida, nº249, bairro Três Marias, nesta Cidade, por meio de seu advogado infra-assinado, (doc. anexo), com escritório sito à Av. Carlos Gomes, 1920, bairro São Cristóvão, nesta Cidade onde receberá as intimações, vem mui respeitosamente a presença de Vossa Excelência propor a presente.
AÇÃO DE DIVÓRCIO LITIGIOSO
Em face de MANOEL BENTO DOS SANTOS NETO, brasileiro, casado, portadora do RG nº (...) e CPF nº (...), residente e domiciliada “desconhecido”, nesta Cidade, pelas razões de fato e de direito a seguir expostas.
I - PRELIMINAR DA JUSTIÇA GRATUITA
O requerente encontra-se desempregado, atualmente enfermo, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (doc. anexo), cópia de sua carteira de trabalho (doc. anexo). Por tais razões, pleiteiam-se os Benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição federal, art. 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/15 – NCPC, art. 98 e seguintes.
Diante da condição do autor, se requer a concessão do benefício da gratuidade da justiça.
Trata-se de presunção legal juris tantum de hipossuficiência no sentido de não poder a parte arcar com ônus da tramitação do processo, no caso do feito se delongar e se fizer necessário a interposição de recursos e demais instrumentos processuais. Nesse sentido, tem entendimento uníssono a jurisprudência da Corte Superior, a seguir transcrita:
Ementa: PROCESSUAL CIVIL. AGRAVO REGIMENTAL NO AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. BENEFÍCIO. JUSTIÇA GRATUITA. DECLARAÇÃO DE POBREZA. PRESUNÇÃO RELATIVA. REEXAME DE MATÉRIA FÁTICA. IMPOSSIBILIDADE. SÚMULA 7/STJ. AGRAVO NÃO PROVIDO. 1. Para fins de concessão do benefício da justiça gratuita em favor das pessoas naturais, basta “a simples afirmação de se tratar de pessoa necessitada, porque presumida, juris tantum, a condição de pobreza, nos termos do artigo 4º da Lei nº 1.060/50” (EREsp 1.055.037/MG, Rel. Min. HAMILTON CARVALHIDO, Corte Especial, DJe 14/9/09). 2. No caso, após a análise das condições objetivas para o enquadramento da hipossuficiência processual, entendeu o Tribunal de origem pelo indeferimento do benefício ao agravante. Assim, rever tal entendimento encontraria óbice no verbete sumular 7/STJ. 3. Agravo regimental não provido. (AgRg no AREsp 326.132/RJ, Rel. Ministro ARNALDO ESTEVES LIMA, PRIMEIRA TURMA, julgado em 25/06/2013, DJe 02/08/2013)
Nesse diapasão segue a Súmula nº 06 do TJE/PA (Res. 003/2012 – DJ. Nº 5014/2012, 24/04/2012):
Enunciado: Para a concessão dos benefícios da justiça gratuita basta uma simples afirmação da parte declarando não poder arcar com as custas processuais, tendo em vista a penalidade para a assertiva falsa está prevista na própria legislação que trata da matéria.
Ademais, é imperioso ressaltar que o Advogado da Demandante está atuando pro bono, ou seja, sem cobrar ou receber qualquer valor a título de honorários contratuais.
Nesse sentido, tem se manifestado majoritariamente a jurisprudência do Superior Tribunal de Justiça que abaixo se colaciona:
Ementa: PROCESSO CIVIL. ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. ADVOGADO PARTICULAR. CONTRATAÇÃO PELA PARTE. HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS AD EXITO. VERBA DEVIDA. DISPOSITIVOS LEGAIS ANALISADOS: ARTS. 1º, IV, 5º, XXXV E LXXIV, DA CF/88, 3º, V, 4º E 12 DA LEI Nº 1.060/50; E 22 DA LEI Nº 8.906/94. 1. Ação ajuizada em 16.10.2009. Recurso especial concluso ao gabinete da Relatora em 04.10.2013. 2. Recurso especial em que se discute se a assistência judiciária gratuita isenta o beneficiário do pagamento dos honorários advocatícios contratuais. 3. Nada impede a parte de obter os benefícios da assistência judiciária e ser representada por advogado particular que indique, hipótese em que, havendo a celebração de contrato com previsão de pagamento de honorários ad êxito, estes serão devidos, independentemente da sua situação econômica ser modificada pelo resultado final da ação, não se aplicando a isenção prevista no art. 3º, V, da Lei nº 1.060/50, presumindo-se que a esta renunciou. 4. Recurso especial provido. (REsp 1404556/RS, Rel. Ministra NANCY ANDRIGHI, TERCEIRA TURMA, julgado em 10/06/2014, DJe 01/08/2014)
II - DO PRAZO EM DOBRO
Art. 186. A Defensoria Pública gozará de prazo em dobro para todas as suas manifestações processuais. [...] § 3º O disposto no caput aplica-se aos escritórios de prática jurídica das faculdades de Direito reconhecidas na forma da lei e às entidades que prestam assistência jurídica gratuita em razão de convênios firmados com a Defensoria Pública.
Ante os fundamentos acima consignados, e considerando o rendimento mensal do Demandante, resta cristalino que o pagamento das custas processuais consumiria quase toda a renda, ocasionando o não adimplemento das despesas ordinárias da família.
Assim, pugna a Impetrante pelos benefícios da Justiça Gratuita, por ser medida de direito e justiça.
III – DOS FATOS
Do Casamento e da Separação de Fato do Casal.
A requerente informa que está separada do sr. MANOEL BENTO DOS SANTOS NETO, desde 25/12/2004, quando o mesmo fora trabalhar no distrito de Jaci Paraná, a mesma teve notícias do mesmo durante uns 6 (SEIS) meses seguintes após isso não se obteve mais notícias. Relata que, durante os 20 (VINTE) anos de convívio, e desse relacionamento gerou dois filhos hoje maiores de idade. Devido a realidade da separação que já pendura a 15 (QUINZE) anos, q requerente decidiu pela ação de divórcio litigioso por não saber o paradeiro do ex-cônjuge.
Da Inexistência de bens Comuns.
Quando da realização do matrimônio não foram adquiridos bens imóveis ou móveis suscetíveis de partilha.
IV – DO DIREITO
A nossa Constituição Federal (com redação pela RC nº 66/2010) passou a admitir o divórcio direito, sem necessidade de observância de qualquer requisito:
At. 226
[...]
§6º. O casamento válido se dissolve pelo divórcio.
Trata-se de reconhecimento da Teoria do Desamor, segundo a qual não cabe ao Estado intervir nas relações particulares de modo a determinar a permanência da união, estabelecendo requisitos temporais ou casuais, dos cidadãos quando não exista mais o elemento afetivo.
Dessa forma, no ordenamento jurídico brasileiro hodierno, são apenas duas formas de dissolução do casamento que não seja a morte.
Trata-se do divórcio, necessário apenas observar os termos da lei 6.515/71 (Lei do Divórcio) no que for compatível com a Emenda Constitucional 66/2010 e as disposições da Lei Processual Civil Brasileira.
Vale destacar a literalidade do caput, do art. 1.580 do CC, que diz in verbis:
Art. 1.580. Decorrido um ano do trânsito julgado da sentença que houver decretado a separação judicial, ou da decisão concessiva da medida cautelar de separação de corpos, qualquer das partes poderá requerer sua conversão em divórcio.
Ora, Excelência, se a Emenda Constitucional 66/2010 extinguiu a necessidade de anterior processo de separação de judicial, melhor dizendo, extirpando do ordenamento jurídico brasileiro a figura da ação de separação judicial, resta apenas, como requisito para a propositura de ação de divórcio, consensual ou litigioso, a vontade de um dos cônjuges de dissolver o enlace matrimonial. Trata-se, assim, de um direito protestativo, não se fazendo necessária grandes discussões, exceto as que envolverem filhos, direito de pensão, guarda e direito de visitas, e forma de partilha.
IV – DOS PEDIDOS
Ante o exposto, requer:
a) O deferimento do benefício da justiça gratuita;
b) Determinar a CITAÇÃO do requerido, para comparecer à audiência de conciliação e, restando infrutífera, proceda a citação do réu via EDITAL, para que, querendo apresente resposta na forma prevista em lei, sob pena de em assim não o fazendo, sofra os efeitos da REVELIA;
c) Intimar o douto Representantedo Ministério Público, a fim de que acompanhe o referido processo;
d) Seja julgado, ao final, procedente o pedido para decretar o divórcio litigioso do casal, observando-se os termos e cláusulas delineadas no presente exordial, em especial, a dispensa de fixação de pensão alimentícia em seu favor, bem como deixa de oferta ao cônjuge varão;
e) A expedição, após o transito em julgado, do competente mandado de averbação da sentença ao Cartório de Registo Civil, para que proceda com às alterações necessárias, com isenção de custas;
f) Decidir pela condenação do acionado ao pagamento de verbas de sucumbências, isto é, custas processuais e honorários advocatícios, este na base de 20% (vinte por cento) sobre o valor da condenação.
Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em Direito permitido, especialmente juntada atual e posterior de documentos, oitiva das testemunhas abaixo arroladas, pericias, depoimento pessoal do réu sob pena de confissão, vistorias e demais meios probatórios que fizerem necessários ao andamento e julgamento do feito, tudo, de logo, requerido. 
Dá à causa o valor de R$ 5.000,00
Termos em que
Pede deferimento
Porto Velho/RO 05 de maio de 2020

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