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Aula 9 (Parte IV) - Conforto Acústico

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Aula 9 - (Parte IV)
Arquitetura para Concursos - Curso Regular 2017
Professor: Moema Machado
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 4)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 1
AULA 09 (parte 4) – CONFORTO ACÚSTICO 
Oi!!!!! Preparados para mais uma aula? Vamos aprender muito! 
Parabéns por estarem correndo atrás dos seus sonhos! 
SUMÁRIO PÁGINA 
1. Introdução 02 
2. Som 06 
3. NBR 16313:2014 – Acústica – Terminologia 30 
4. NBR 10152:2017 – Acústica – Níveis de pressão sonora em
ambientes internos a edificações
 40 
5. NBR 12179:1992 - Tratamento acústico em recintos
fechados
49 
6. NBR 10151:2000 - Avaliação do ruído em áreas habitadas
visando o conforto acústico
59 
7. Manual ProAcústica sobre a Norma de Desempenho 62 
8. Como atingir o Conforto Acústico? 74 
9. Resolução de questões 94 
10.Lista de questões 158 
11.Gabarito 166 
12. Bibliografia 167 
Vamos lá! 
Treinamento difícil, combate fácil! 
moema@moemamachado.com.br
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 4)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 2
INTRODUÇÃO 
Para fecharmos esse assunto sobre conforto ambiental, vamos 
tratar sobre o conforto acústico. E, abordar, também, o desempenho 
acústico das edificações, assim como a questão do ruído e o 
desenvolvimento sustentável. 
Mas, de uma forma bem breve, pois não é um assunto tão 
cobrado em provas, e, quando cobrado, normalmente, é a respeito de 
projetos de auditórios e as principais definições e conceitos acerca do 
som. 
 “O ruído das grandes cidades é considerado a terceira maior 
poluição ambiental: ar, água e ruído. Efeitos conhecidos do ruído: 
distúrbio do sono, interferência na fala, desconforto geral e efeitos 
cardiovasculares. 
Os efeitos adversos iniciam a partir de 45-50 dB. Atualmente 
mais de 50% da população mundial vive em cidades. Na Europa, o 
nível de ruído ambiental (Leq,24h) atinge 60 a 65 dB, produzido por 
veículos que obedecem a normas de ruído. Em algumas cidades 
brasileiras a situação é bem pior, provocada principalmente pela 
manutenção insuficiente das vias e dos veículos, aliada ao uso incorreto 
de buzinas e amplificadores de som. Redução destes efeitos requer 
diversas ações em várias áreas, envolvendo autoridades e indivíduos. 
Incentivos para modernização de frota, manutenção apropriada de vias 
e veículos, educação para o trânsito e planejamento urbano 
apropriado, dependem de decisões de governos.” (Simões, 2011) 
Atualmente, vêm sendo discutidas temáticas que abordam a 
preocupação com o aumento dos níveis de ruído e queda da qualidade 
de vida nas grandes cidades. 
Quantas vezes fechamos as janelas e ligamos o ar condicionado 
para evitar a entrada de ruído em nossos ambientes de trabalho ou 
repouso? 
Aumentamos nosso consumo de energia para obter conforto 
acústico, mas não seria melhor diminuir a emissão de ruídos 
incômodos, atuando nas fontes sonoras? 
Fica evidente a incompatibilidade entre conforto térmico 
(ventilação) e conforto acústico em grandes centros urbanos. 
Fontes responsáveis pelo ruído urbano: 
•Fontes estacionárias: equipamentos urbanos (discotecas,
restaurantes, templos, parques, bares...), construção civil, fábricas, 
eletrodoméstico, esportes, diálogos... 
•Fontes que provêm do tráfego ferroviário
•Fontes provenientes de aeronaves em sobrevoo às áreas
habitadas 
•Fontes de ruído que compõem o tráfego viário: automóveis,
utilitários, motocicletas, ônibus, caminhões, etc. 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 4)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 3
Atualmente o ruído é uma das perturbações que mais afetam os 
seres vivos, tanto de dia quanto de noite, e tanto no exterior quanto 
no interior das residências e locais públicos. 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
ARQUITETURA PARA CONCURSOS 
TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 4)
 
Profa. Moema Machado www.estrategiaconcursos.com.br 4
Já o Desempenho Acústico das Edificações está ligado aos 
fenômenos de Absorção Acústica e Transmissão de sons entre 
ambientes. A Norma de Desempenho ABNT NBR 15575 limita o ruído 
no interior dos edifícios. O seu cumprimento é OBRIGATÓRIO e impacta 
a todos os novos EDIFÍCIOS RESIDENCIAIS (a partir de julho de 2013). 
(Simões, 2011) 
O Conforto Acústico envolve aspectos psicológicos e fisiológicos 
na recepção, como os sons são percebidos, o que são os Graves e os 
Agudos e a inteligibilidade das mensagens orais. 
Para a obtenção do Conforto Acústico, serão abordadas a 
produção, a propagação e a recepção dos sons audíveis para a orelha 
humana, estudando as características dos materiais de construção, seu 
desempenho e sua correta especificação. 
Para alcançarmos o conforto acústico no projeto, devemos nos 
preocupar com as condições acústicas externas e internas do edifício 
projetado. Lembrando que, dependendo do uso da edificação, essa 
poderá ser fonte de ruído para o entorno ou ficar fragilizada por sua 
interferência. 
O projeto acústico melhora a qualidade do ambiente construído 
e proporciona edificações adequadas às suas finalidades. 
A Acústica é a ciência que estuda o som. O som é um fenômeno 
que tem grande predominância em nossa vida cotidiana. Em forma de 
palavra, de música, de ruído, é o principal sistema de transmissão de 
mensagens. Este fenômeno físico, cuja característica mais relevante é 
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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
Profa. Moema Machado – Aula 09 (parte 4)
 
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a imaterialidade possui um forte componente subjetivo: pode tanto 
provocar sensações prazerosas, como ser uma fonte de incômodo. 
A Acústica se aplica a diversas áreas do conhecimento, mas, 
vamos focar na arquitetura. 
(Bistafa, 2012) 
A Acústica Arquitetônica estuda o fenômeno sonoro que consiste 
na produção, propagação e recepção do som no espaço construído, 
abrangendo os conhecimentos da acústica física (estudos da produção 
e propagação do som) e da psicoacústica (estudo da recepção do som, 
que define como o homem percebe o som em seu entorno). 
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SOM 
Um som é, muitas vezes, a única informação possível para o que 
ocorre fora do nosso campo visual. No entanto, enquanto podemos 
desviar o olhar, para evitar uma visão desagradável, é impossível 
selecionar – de forma precisa – o que nos interessa ouvir. A audição 
complementa a visão na identificação dos elementos externos do 
entorno. 
Vamos entender, primeiramente, a diferença entre som e ruído. 
Segundo Sylvio Bistafa, o som é a sensação produzida no sistema 
auditivo, e ruído é um som indesejável, em geral de conotação 
negativa. Sons são vibrações das partículas do ar que se propagam a 
partir de estruturas vibrantes, mas nem toda estrutura que vibra gera 
som. As cordas de um violino só produzem som, se estiverem 
instaladas de forma adequada, devendo estar presas, e as vibrações 
serem introduzidas de forma correta. Também, caso sejam colocadas 
em vibração por alguém que não é músico, vão produzir sons musicais, 
provavelmente, sem harmonia. Dessa forma, ruído pode ser também 
definido como um som sem harmonia. 
Considerando ruído como som indesejável, insinua-se o 
julgamento da serventia do som, um julgamento que depende do 
contexto. Sons que, para todos os efeitos, seriam qualificados como 
ruído podem, no entanto, transmitir informações úteis. (exemplos: 
alarmes e sirenes de ambulância e de veículos policiais, percepção de 
algum problema no carro ou eletrodoméstico, etc.) 
Há aplicações, inclusive, em que um ruído é utilizado no combate 
a outro mais perturbador, fazendo-se uso da técnica de mascaramentosonoro. 
No entanto, na maioria das vezes, os ruídos geram diversos 
efeitos indesejáveis, como: em níveis suficientemente elevados, a 
perda da audição e aumento da pressão arterial (efeitos fisiológicos), 
incômodos (efeitos psicológicos), como perturbação do sono, stress, 
tensão, queda do desempenho, interferência com a comunicação oral, 
irritação e, por fim, efeitos mecânicos, como danos e falhas estruturais. 
Alguns problemas causados pelo ruído em recintos: 
• Risco de perda de audição em uma indústria.
• Redução da inteligibilidade da fala em uma sala de aula.
• Dificuldade de concentração em uma biblioteca.
• Perturbação do sono em um dormitório.
• Dificuldade de comunicação oral em um restaurante, em
uma sala de estar, etc.
O controle do ruído é uma tecnologia multidisciplinar que visa 
obter um nível de ruído aceitável em determinado ambiente, de acordo 
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com aspectos econômicos, operacionais, legais, médicos, psicológicos 
e culturais. 
O som é caracterizado por grandezas físicas, enquanto as 
sensações são caracterizadas por grandezas psicoacústicas. 
(Bistafa, 2012) 
Já sabemos que o som é uma onda. Mas, o que é uma onda? É 
uma perturbação, abalo ou distúrbio propagado através de um meio 
gasoso, líquido ou sólido, ou no caso de algumas ondas, no vácuo. 
A principal característica do movimento ondulatório é a 
propagação. Onda é algo que se movimenta pelo espaço, 
transportando energia, sem que, a rigor, haja deslocamento de 
matéria. 
As ondas, quanto a sua natureza, podem ser mecânicas ou 
eletromagnéticas: 
• Mecânicas: produzida pela vibração (deformação) do meio
material. (ondas na corda, ondas sonoras, ondas na água);
• Eletromagnéticas: Produzidas por variação dos campos elétrico e
magnético (ondas de rádio, micro-ondas, infravermelho, luz
visível, ultravioleta, raios-x e raios-gama). Não dependem do
meio para se propagar;
Elementos de uma onda:
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• Amplitude (A): é o deslocamento máximo vertical da onda;
(W/cm2, W/m2, mV, V, m, cm, mm, etc).
• Período (T): corresponde ao tempo necessário para que a onda
percorra um ciclo completo (segundo)
• Frequência (f): corresponde ao número de ciclos por unidade
de tempo (Hertz).
• Fase (φo): corresponde a diferença da posição inicial de
vibração da onda em relação a posição zero no instante inicial.
Comprimento de Onda ( λλλλ ): É a distância que uma onda 
percorre durante o tempo de um período T. Pode ser entendida como 
a distância entre dois pontos consecutivos do meio que vibram em 
fase. 
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Ondas periódicas: “Quando a perturbação que produz a onda se 
repete periodicamente, ou seja, produz ondas com mesmo período ao 
longo do tempo.” 
O som é uma onda mecânica caracterizada por 3 grandezas 
físicas: Pressão (P), Intensidade (I) e Potência (W) Sonoras. 
“A acústica só se torna um dado de projeto a partir do momento em 
que se entende o que é o fenômeno chamado som e como ele se propaga, 
pois este é um conhecimento elementar para promover a qualidade acústica 
do ambiente. 
Como uma definição simplificada, pode-se dizer que, na maioria dos 
casos, o som tem sua origem na vibração de um objeto, provocando a 
vibração de partículas do meio e sendo capaz de ser captado pelo ouvido 
humano. Nessa definição, limita-se o tipo de vibração aqui estudada, pois 
nem toda vibração é percebida pelo ouvido humano. Além disso, quando se 
fala em “partículas do meio”, para a construção civil, esse meio refere-se 
basicamente ao ar e aos materiais de construção. 
A voz humana ou o som de um instrumento, para chegar a ser 
captados pelo ouvido humano, têm como meio de propagação o ar. Por outro 
lado, se o som pode ser percebido através de dois ambientes, que contam 
com uma superfície de separação entre eles (exemplo: uma parede), isso 
significa que a superfície é um meio vibrante, por menor que seja essa 
vibração (Figura 18). 
As vibrações sonoras propagam-se pelo ar em razão de pequenas 
alterações provocadas na pressão atmosférica, configurando-se como ondas 
sonoras. Ao sofrer um estímulo sonoro (vibração), as partículas do ar são 
submetidas a sucessivas compressões e rarefações (Figuras 19 e 20), de 
forma que o movimento de uma partícula provoca a vibração da partícula 
vizinha, resultando na propagação sonora. Em outras palavras, as partículas 
não se deslocam se o meio não estiver em movimento, mas sim vibram em 
torno de seu centro de equilíbrio, transmitindo energia sonora até se extinguir 
a flutuação da pressão sonora. 
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A grandeza da pressão exercida sobre a atmosfera determina o 
máximo deslocamento da partícula em relação ao seu centro de equilíbrio. 
Esse pequeno deslocamento é chamado de amplitude (Figura 20). 
O número de vezes que uma partícula completa um ciclo de 
compressão e rarefação em determinado intervalo de tempo ao redor de seu 
centro de equilíbrio, ou seja, o número de vezes que ela passa por uma 
mesma fase de vibração, é denominado frequência. Normalmente a 
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frequência é uma grandeza medida em Hertz (Hz), que representa o número 
de ciclos por segundo (c.p.s.). 
A maioria das fontes sonoras contém várias frequências, determinando 
a percepção sonora da característica chamada tom. O tom puro caracteriza-
se por uma única frequência (diapasão), no entanto, normalmente, as fontes 
sonoras apresentam um tom complexo (mais de uma frequência). A 
frequência mais baixa de uma fonte é chamada fundamental ou primeiro 
harmônico. 
Para que seja audível ao ouvido humano, as frequências devem se 
situar entre 20 e 20.000 Hz. As frequências mais altas, com maior número 
de oscilações temporais, correspondem aos sons agudos, enquanto as 
frequências mais baixas, com menor número de oscilações temporais, aos 
sons mais graves.” (Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Pausa: Mas, professora, por que preciso saber sobre sons agudos 
e sons graves? Por um acaso isso aqui virou aula de música? (Não! 
Mas, um músico irá levar vantagem nessa aula. Rs) 
Porque os sons agudos, se caracterizam por frequências altas, 
logo, menor comprimento de onda, enquanto os sons graves, se 
caracterizam por frequências baixas e maior comprimento de onda. O 
comprimento da onda é característica de importância fundamental para 
o desempenho acústico, revelando se as superfícies têm dimensões
adequadas para que ocorra a distribuição sonora desejada no 
ambiente. 
Os sons com frequência mais altas são mais fáceis de serem 
absorvidos e de serem refletidos por uma barreira. 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
“Além da amplitude, do comprimento de onda e da frequência, a 
maioria das fontes sonoras caracteriza-se por apresentar direcionalidade.” 
“O comportamento da onda sonora, considerando apenas o som direto 
(raio sonoro sem influências das superfícies ou obstáculos), tende a 
propagar-se esfericamente. Portanto a intensidade do som (W/m2) decai à 
medida que se afasta da fonte, pois a área de distribuição da energia sonora 
aumenta.” 
==dd7d5==
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
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Acústica Arquitetônica – Guia Procel Edifica 
3 PROPRIEDADES DO SOM 
Definição: O som é a sensação auditiva produzida por uma variação da 
pressão atmosférica a partir de vibração mecânica, que se propaga em 
forma de ondas, através de meio elástico e denso. Portanto, para que haja 
propagação de som, é necessário que haja um meio, um canal de 
transmissão. O mais comum dos meios de propagação é o Ar. No vácuo 
não existe som. O som também pode se propagar em meios sólidos como 
a estrutura dos edifícios, a terra, etc., e até mesmo em meios líquidos 
como a água, por exemplo. 
Produção do Som: Para que se produza som é preciso que uma superfície 
qualquer saia do repouso através de estímulo mecânico e vibre. A 
superfície vibrante é chamada de Fonte Sonora. A vibração é transmitida 
pelo ar na forma de ondas esféricas, que produzem uma pequena variação 
periódica da pressão atmosférica. 
Propagação do Som: A propagação, variação periódica em forma de 
ondas, tem características determinadas: • Frequência F = o número de ciclos que a onda sonora completa em um 
segundo chama-se de cps ou Hertz, abreviatura Hz, que nos dá a sensação 
de graves (baixas frequências) e agudos (altas frequências). 
As Normas Internacionais indicam que se analisem principalmente os sons 
compreendidos nas faixas de frequência de 125 Hertz e seus múltiplos, 
250, 500, 1.000, 2.000 e 4.000 Hz. •••• Velocidade de propagação c 
No Ar, c λ 340 m/s (metros por segundo) • Comprimento de onda λ (lambda) = distância entre frentes de máxima 
energia 
c/F = λ, proporciona comprimentos de ondas de 2,72 m em 125 HZ, até 
0,08 m em 4.000 Hz. 
As notas musicais de um piano, por exemplo, têm frequências 
fundamentais de 27,5 Hz (baixa frequência, som grave) a 4.400 Hz (alta 
frequência, som agudo). 
A velocidade de propagação c depende principalmente do meio em que o 
som se produz. Quanto mais rígido o material maior a velocidade de 
propagação, como se observa na tabela 1. 
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TEORIA E QUESTÕES COMENTADAS 
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Quando o som se propaga pelo ar, a velocidade é influenciada também 
por sua umidade relativa e pela temperatura. A absorção sonora varia em 
função da frequência e do grau de umidade relativa do ar. Quanto mais alta 
a frequência (mais agudo), maior será a absorção acústica. Por isso, ao 
aproximar-se de uma festa, ouve-se primeiro os sons graves, que possuem 
mais energia, e à medida que se aproxima da fonte sonora, começa-se a se 
ouvir os sons médios e posteriormente os sons agudos. 
Como os sons graves têm mais energia, eles se transmitem com maior 
facilidade através dos materiais de construção, sendo necessário o 
conhecimento do espectro do ruído para dimensionar adequadamente o 
isolamento acústico. 
A intensidade ou volume do som é chamado de Nível de Pressão Sonora 
e pode ser medida em Pascal, em bar ou em deciBell. Esta última leva o nome 
do grande inventor do telefone Graham Bell, em reconhecimento por sua 
contribuição à ciência. Como um Bell é muito grande, utiliza-se o deciBell, 
dB, ou decibel, um décimo de Bell. 
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O NPS diminui em 6 (seis) dB cada vez que dobra a distância da fonte, 
facilmente compreendida pela observação da figura 1, acima. A uma distância 
L1 da fonte, tem-se o NPS P1. Dobrando esta distância, L1 x 2 = L2, teremos 
o nível P1 divido por quatro, P1 / 4 = P2. Como a escala deciBell (ou decibel)
é uma escala logarítmica, onde a metade da pressão sonora representa uma 
diminuição de 3 (três) dB, um quarto da pressão sonora representaria uma 
diminuição de 6 (seis) dB no nível medido. 
Apresenta-se na tabela 2 a escala decibel, logarítmica, na sua 
ponderação mais usual, em dBA, com exemplos de níveis de ruído. 
Nosso sistema auditivo não responde de modo linear aos estímulos que 
recebe, mas sim de forma logarítmica. Dessa forma, o uso do decibel, em 
escala logarítmica, simplifica a avaliação dos níveis de pressão. 
Adição de Níveis Sonoros: 
Os níveis sonoros são grandezas logarítmicas, portanto não 
podem ser adicionados aritmeticamente. 
Qualquer situação acústica envolve, necessariamente, três 
elementos: fonte sonora, meio de propagação e receptor. 
O nível sonoro percebido pelo receptor depende da quantidade 
de energia sonora emitida pela fonte e das características do meio de 
propagação – o chamado campo sonoro. 
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CONCEITOS BÁSICOS 
• SOM: TODA E QUALQUER VIBRAÇÃO OU ONDA MECÂNICA EM UM
MEIO ELÁSTICO DENTRO DA FAIXA DE AUDIO FREQUÊNCIA 
• PARAMETRAGEM DA ONDA SONORA:
– PERÍODO, tempo de um ciclo completo, (s)
– FREQUÊNCIA, número de ciclos no tempo (cps, Hz)
– AMPLITUDE, deslocamento máximo em relação ao ponto de
equilíbrio (fração de metro) 
– COMPRIMENTO DE ONDA, distância percorrida em um ciclo
completo (fração de metro) 
• GRANDEZAS SONORAS
– PRESSÃO SONORA, diferença entre determinada pressão e a
normal atmosférica (N/m², P) 
– INTENSIDADE SONORA, quantidade de energia transportada por
unidade de superfície normal ao deslocamento, (W/m²) 
– POTÊNCIA SONORA, capacidade de energia possível de ser liberada
por uma fonte, (W) 
Pessoal, repeti os conceitos de várias formas para que vocês 
possam assimilar melhor, já que são conceitos básicos. Eu, 
particularmente, gosto de entender o porquê das coisas, pois, assim, 
consigo assimilar o conhecimento, sem esquecer, e poder resolver 
qualquer questão a respeito. 
Agora, vamos entender a natureza ondulatória do som: reflexão, 
refração, difração, interferência, superposição e ressonância. 
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• Reflexão do som
O comportamento do som sobre uma superfície assemelha-se ao 
da luz, sendo que seus comprimentos de onda são menores. 
O som que nosso ouvido percebe é a composição do som direto 
da fonte e as subsequentes reflexões sofridas pela onda sonora. 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
A reflexão do som pode dar origem ao reforço, à reverberação 
ou ao eco, dependendo do intervalo de tempo entre a percepção do 
som direto e do refletido. 
• Reforço: ocorre quando a diferença entre os instantes de
recebimento do som refletido e do som direto é
praticamente nula. O ouvinte apenas percebe um som mais
intenso (maior quantidade de energia);
• Reverberação: ocorre quando a diferença entre os
instantes de recebimento dos dois sons, propagando-se no
ar, é pouco inferior a 0,1 segundos. Ou seja, o obstáculo
deve estar a uma distância menor de 17 metros;
• Eco: ocorre quando os dois sons, direto e refletido, são
recebidos num intervalo de tempo superior a 0,1 segundos.
Ou seja, o obstáculo que refletirá o som, no ar, deve estar
a uma distância maior de 17 metros;
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(Goulard & al) 
Beranek, Music, acoustic and architecture (Wiley, 1962) 
• Eco palpitante: Eco resultante de sucessivas reflexões
entre paredes paralelas muito próximas.
O ouvido humano só consegue distinguir dois sons que chegam 
a ele com um intervalo de tempo superior a um décimo de segundo 
(0.1 s). Se, em algum ponto de uma sala, a diferença de caminhos 
entre o som direto e o refletido for muito grande, a audição será 
confusa, pois o receptor receberá dois sons.(Costa, 2003) 
Acima, temos a utilização de superfícies refletoras no forro, com 
orientação tal que as ondas refletidas atinjam os ouvintes, com 
intervalos de tempo reduzidos em relação ao som direto. 
d
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Na prática, o tempo de reverberação corresponde a uma queda 
de 60 dB no nível sonoro, queda suficiente para que o som não seja 
mais ouvido. Ao cessar a emissão da fonte sonora, as sucessivas 
reflexões ainda podem ser percebidas como um prolongamento do 
som. 
O tempo ótimo de reverberação varia conforme o uso e o volume 
do ambiente. Reverberações em tempos longos geram a sobreposição 
de sons, enquanto os curtos tendem ao desaparecimento do som. 
Temos então que, quanto maior for o volume, maior deverá ser o 
tempo ideal de reverberação. Para um tempo de reverberação de 
500Hz são encontrados os valores de tempos ótimos de reverberação 
conforme o volume do ambiente prescrito pelo gráfico abaixo presente 
na NBR 12179. Para uma sala de concerto, por exemplo, é interessante 
que o som se prolongue por mais tempo fazendo com que as pausas 
sejam preenchidas com o som reverberante. 
Fonte: Bolk Beranek and Newman 
(Soler & Kowaltowski) 
d
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O controle do tempo de reverberação pode se dar com a 
adequada instalação de materiais refletivos e absorventes. Paredes que 
estejam a mais de 17 metros de distância da fonte sonora devem ser 
revestidas com material absorvente. 
A queda de intensidade sonora não ocorre apenas em 
decorrência da distância, mas também em função da absorção sonora 
dos materiais. Ao incidir sobre uma superfície, parte da energia sonora 
é refletida, enquanto outra parte é absorvida pelo material. 
Normalmente, quanto mais poroso o material, maior a absorção. Cada 
vez que o raio sonoro sofre uma reflexão, tende a perder energia, em 
uma porcentagem que varia conforme o coeficiente de absorção do 
material da superfície. 
Do mesmo modo que a luz, os “raios sonoros” têm seu ângulo 
de reflexão igual ao de incidência, como se sua origem fosse um 
espelho. 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
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A figura a seguir apresenta um método gráfico para traçar os 
raios refletidos, determinando a localização da fonte imagem, e, a 
partir dela, traçando o caminho inverso do raio sonoro refletido. 
(Simões, 2011) 
Para que a reflexão sonora ocorra, é necessário que o espelho 
acústico tenha sua superfície maior que o comprimento de onda do 
som emitido. 
A reflexão, quando explorada arquitetonicamente, por meio de 
formas e direcionamento apropriados de espelhos acústicos, é um 
excelente instrumento para permitir o reforço e a distribuição sonora, 
aumentando a intensidade e a homogeneidade do som no ambiente. 
Em auditórios, esse recurso é muito utilizado, pois como o som perde 
sua intensidade à medida que se distancia da fonte, os espelhos 
acústicos colaboram na intensificação do som dos locais mais afastados 
da fonte. 
d
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• Refração
A refração em uma onda ocorre quando ela passa de um meio 
para outro com índice de refração diferente, ocorrendo, dessa forma, 
a variação da velocidade de propagação e a variação do comprimento 
de onda, mas nunca a variação da frequência, pois se trata de uma 
característica da fonte que está emitindo a onda. 
Quando uma onda que se propaga num dado meio encontra uma 
superfície que separa esse meio de outro (interface), essa onda pode 
retornar ao meio em que estava se propagando (reflexão) e/ou 
propagar-se no outro meio (refração). 
Ao ar livre, a alteração da velocidade do som, na atmosfera, por 
variações de temperatura, pode provocar a refração das ondas 
sonoras, ocasionando um ligeiro desvio na trajetória original. 
Quanto mais quente o ar, menos denso, e maior velocidade do 
som. O ar a 0º C transporta o som a 1180 km/h; à temperatura de 
uma sala (20º C) o som viaja a 1250 km/h. Desse modo, quando as 
ondas do som se movem do ar frio para o ar quente, ganham 
velocidade. Se entrarem na camada quente em ângulo, a parte 
superior de cada onda é a primeira a mover-se mais depressa; cada 
onda é curvada. 
A figura abaixo ilustra a refração do som numa sala de concerto. 
A maior temperatura na região superior em relação a plateia, refrata o 
som e favorece a sua propagação. 
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• Difração
A difração é a propriedade que as ondas têm de contornar 
obstáculos e que depende do comprimento da onda que está se 
propagando. Através da razão entre o comprimento de onda e a largura 
do obstáculo podemos calcular o grau de difração de uma onda 
específica, matematicamente podemos escrever: 
r = λ/d 
Quanto maior for a razão, maior será a extensão da curva de 
difração. Esse é o fenômeno que explica o fato de podermos ouvir atrás 
da porta quando uma pessoa fala do outro lado dela, além de ser um 
acontecimento largamente aplicado nas montagens de sistemas de 
alto-falantes. (SANTOS, 2017) 
As ondas sonoras apresentam valores elevados para o 
comprimento de onda (2cm - 20 m) para ondas audíveis no ar. Por 
isso, elas se difratam com relativa facilidade, contornando muros, 
esquinas, etc. 
Pelo contrário, a difração da luz é pouca acentuada, por que o 
comprimento de ondas luminosas é muito pequena (ordem de 10��m), 
só ocorrendo quando as dimensões dos obstáculos são pequenas. 
Ao passarem o obstáculo, as ondas sofrem um desvio de 
propagação, transpondo o obstáculo. 
Se a largura da fenda for menor ou igual ao comprimento de 
onda incidente, ela transpõe o obstáculo. 
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Ondas planas num tanque de onda, 
incidindo sobre uma barreira que tem 
uma abertura pequena frente ao 
comprimento de onda, �. 
Depois de superada a barreira, as 
frentes de onda são circulares, 
centradas na abertura. 
Este encurvamento da frente de onda 
é a difração. 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Reparem bem nessa figura acima. Temos o som passando 
quando a barreira é menor que o comprimento de onda, temos a 
sombra acústica quando a barreira é maior que o comprimento de 
onda, temos a reflexão, a difração, ... 
Difração é o fenômeno que explica o funcionamento das barreiras 
acústicas, muito importantes para o controle de ruído urbano. 
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• Interferência ou superposição
As ondas sonoras são formadas de zonas alternadas de pressão 
alta (compressões) e baixa (rarefações). Quando ondas de fontes 
diferentes se chocam, ocorre a interferência. Este fenômeno pode ser 
observado num tanque de ondas na água. 
Suponha que você e um colega mantenham uma corda esticada, 
cada um segurando uma das extremidades. 
Se cada um produzir uma onda, elas irão se propagar pela corda 
e acabarão inevitavelmente por se encontrar. 
No ponto em que ocorre a superposição de duas ou mais ondas, 
o efeito resultante é a soma dos efeitos que cada onda produziria
sozinha nesse ponto. 
Após a superposição, cada onda continua sua propagação 
através do meio, como se nada tivesse acontecido. 
Interferência construtiva: durante o 
cruzamento, houver um reforço dasondas. 
Interferência destrutiva: durante o 
cruzamento, houver um cancelamento 
total ou parcial entre as ondas. 
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As ondas estacionárias são resultantes da superposição de duas 
ondas de mesma frequência, comprimento de onda e mesma 
amplitude, que se propagam ao longo de uma direção, mas de sentidos 
opostos. É um caso particular de interferência de ondas. 
Nesse caso, ao serem sobrepostas resultam em uma onda com 
amplitude nula. 
• Ressonância
Todas as estruturas mecânicas têm uma ou mais frequências 
naturais de oscilação. Se a estrutura for submetida a uma força externa 
periódica cuja frequência coincida com uma das frequências naturais, 
a amplitude da oscilação atingirá valores elevados que podem levar ao 
colapso da estrutura. Este fenômeno é denominado ressonância. 
O fenômeno de ressonância é muito importante na compreensão 
das propriedades dos instrumentos musicais e o modo como eles 
produzem seu som característico. 
O ar contido numa cavidade possuirá uma série de frequências 
de ressonância associadas aos modos normais de vibração, 
constituindo uma cavidade acústica ressonante. 
Nos teatros antigos e nas igrejas da idade média se encontram 
cavidades, chamadas de vasos acústicos. Nos teatros, estes 
ressonadores serviam para amplificar a voz dos atores. Nas igrejas eles 
tinham uma função de absorção, contribuindo para atenuar a 
reverberação na região de baixas frequências (a frequência de 
ressonância destes vasos é da ordem de 200 Hz). 
Os painéis acústicos atuam como absorvedores de baixas 
frequências. Montados à frente de uma parede, funcionam como um 
sistema massa/mola. Se a frequência da onda incidente for igual à 
frequência própria do dispositivo ressonante, haverá a máxima 
transferência de energia, diminuindo a onda refletida. 
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Já vimos os aspectos da natureza ondulatória do som e alguns 
fenômenos a ela relacionados e, agora, vamos a mais alguns 
fenômenos relativos ao som que são cobrados em prova. 
• Efeito Doppler
Ocorre quando há movimento relativo entre a fonte sonora e o 
receptor. Por exemplo, a sirene de uma ambulância passando por um 
ouvinte parado na calçada. Nota-se que, à medida que a fonte se 
aproxima, o som vai se tornando mais agudo e, à medida que a fonte 
se afasta, o som vai se tornando mais grave. 
Explicação do fenômeno: 
Quando há aproximação da fonte sonora do receptor, há um 
número maior de frentes de ondas na unidade de tempo. Portanto, há 
um aumento de frequências ouvidas. 
Quando há afastamento, há um número menor de frentes de 
ondas na unidade de tempo. Portanto, há uma diminuição da 
frequência ouvidas. 
Ocorre quando a velocidade de movimento da fonte (vF) é menor 
que a velocidade do som (vS) no meio. 
• Difusão
Irregularidades na superfície refletora podem provocar a difusão 
– as ondas sonoras se espalham em diversas direções, promovendo
uma distribuição mais uniforme da pressão sonora e um ganho no 
conforto acústico. Embora haja fórmulas para cálculos precisos, de 
forma geral, um elemento arquitetônico (viga, balcão, pilar) será mais 
eficiente para provocar a difusão se sua largura for igual ao 
comprimento da onda sonora e a profundidade das irregularidades de 
sua superfície igual à sétima parte desse comprimento. 
• Transmissão x absorção
O desempenho acústico das edificações depende, basicamente, 
de dois fenômenos acústicos, independentes e que devem ser 
estudados separadamente: 
• Absorção sonora: determinante da qualidade acústica interna
do local analisado. Fonte e receptor encontram-se no mesmo 
ambiente. 
• Transmissão sonora: determinante do nível de ruído que se
transmite através de esquadrias, paredes, lajes e forros. Fonte e 
receptor encontram-se em ambientes distintos. 
Quando o som atinge uma superfície, como uma parede de 
alvenaria, parte da energia sonora reflete de volta ao ambiente; parte 
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da energia é retida pela parede, que se transforma em calor e é 
dissipado no ambiente; e parte se transmite ao outro lado da parede. 
Para aumentar o isolamento acústico da parede deve-se 
aumentar a sua massa, aplicando a Lei de massa para calcular seu 
desempenho; ou deve-se criar outra parede, transformando-a em 
parede dupla (executar a outra parede, deixando uma câmara de ar 
entre elas), e nesse caso aplicando a Lei de massa-mola-massa para 
calcular seu desempenho. 
A instalação de material fonoabsorvente na superfície da parede 
ajuda a controlar a parcela de energia refletida para o ambiente, 
influindo no Condicionamento Acústico desse ambiente, mas a energia 
que se transmite (Isolamento) permanece praticamente a mesma. 
(Simões, 2011) 
A transmissão da energia sonora entre ambientes pode ser 
classificada em dois tipos conforme o meio em que o ruído se propaga, 
sendo estes: ruído aéreo e ruído estrutural. 
Chama-se ruído aéreo, todo ruído que se propaga pelo ar. A 
velocidade de transmissão no ar é de aproximadamente 340 m/s 
(metros por segundo). 
O ruído estrutural se propaga pela estrutura das edificações, 
sendo gerado pelas vibrações de máquinas e equipamentos, ou por 
impactos que atingem a estrutura do prédio. O ruído estrutural possui 
uma velocidade de propagação maior do que a do ar, sendo da ordem 
de: 4.000 a 6.000 m/s. 
Vamos nos aprofundar mais no controle no nosso último item 
sobre como atingir o conforto acústico. 
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NBR 16313:2014 – Acústica – Terminologia 
Esta Norma foi elaborada com o propósito de harmonizar termos 
e definições a serem adotados em normas brasileiras de acústica. 
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NBR 10152:2017 – Acústica – Níveis de 
pressão sonora em ambientes internos a 
edificações 
A norma intitulada “Acústica — Níveis de pressão sonora em 
ambientes internos a edificações” versa sobre: 
• o procedimento para execução de medições de níveis de pressãosonora em ambientes internos a edificações; 
• o procedimento para determinação do nível de pressão sonora 
representativo de um ambiente interno a uma edificação; 
• o procedimento e os valores de referência para avaliação sonora 
de ambientes internos a edificações, em função de sua finalidade 
de uso; 
• e os valores de referência de níveis de pressão sonora para
estudos e projetos acústicos de ambientes internos a 
edificações, em função de sua finalidade de uso. 
“Na prática, a primeira edição da ABNT NBR 10152:1987 possuía 
apenas 4 páginas e 1 anexo. Esta segunda edição possui 21 páginas e 
4 anexos. São 30 anos de distância entre as duas edições. Logo, é 
possível perceber que houve uma mudança completa de conteúdo”. 
(Krisdany Cavalcante, Coordenador da ABNT/CB-02/CE-02:135.01) 
Krisdany Cavalcante frisa a importância de que todos os 
profissionais de acústica adquiram a norma e a apliquem em projetos 
e avaliações de ambientes internos a edificações. “Esperamos que com 
essa publicação o Ministério do Trabalho revise a NR-17, assim como 
o Conselho Nacional do Meio Ambiente – CONAMA revise sua Resolução
01 de 1990, já que ambos normativos legais referenciam essa Norma”, 
salienta. 
Porém, para quem já vai fazer prova e o edital é anterior à norma 
atualizada, segue a versão anterior, de 1987 na íntegra. Dessa norma 
o que costuma ser cobrado é a tabela 1, que estabelece os níveis de
conforto, aceitável e de desconforto. 
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Acústica — Níveis de pressão sonora em ambientes internos a 
edificações 
A revisão desta Norma foi motivada pela necessidade de harmonizar os 
procedimentos técnicos a serem adotados nas seguintes aplicações: 
—— medições dos níveis de pressão sonora em ambientes internos a 
edificações, independentemente das fontes sonoras contribuintes; 
—— determinação do nível sonoro representativo de um ambiente interno de 
uma edificação; 
—— avaliação de um ambiente interno de uma edificação, em função de sua 
finalidade de uso, sem ocupação; 
—— orientação à elaboração de projetos acústicos de ambientes internos de 
uma edificação. 
3 Termos e definições 
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os termos e definições da ABNT 
NBR 16313 e os seguintes. 
3.1 ajuste 
conjunto de operações efetuadas no sistema de medição, de modo que ele 
forneça indicações prescritas correspondentes aos valores da grandeza a ser 
medida 
3.2 verificação 
confirmação de que as propriedades relativas ao desempenho ou aos 
requisitos legais são satisfeitas pelo sistema de medição 
NOTA 1 Convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de 
medição nem com a verificação da calibração. 
NOTA 2 Definições adaptadas do vocabulário internacional de metrologia [1]. 
4 Símbolos 
Para os efeitos deste documento, aplicam-se os símbolos da Tabela 1. 
O nível de pressão sonora é expresso em decibels. 
O acréscimo de um pós-escrito para indicar a ponderação em frequência, por 
exemplo, dB(A), é incorreto. Esta informação deve ser incluída no símbolo de 
grandeza, por exemplo, LAeq,T e o seu resultado expresso em decibels (dB). 
NOTA 1 Esta orientação está em conformidade com a ISO 80000-8:2007 (8-
22a) – “NOTE: The addition of a postscript to indicate the frequency 
weighting, e.g. dB(A), is incorrect. This information should be carried by 
quantity symbol”. [9] 
NOTA 2 Esta representação está conforme ao Quadro Geral de Unidades – 
QGU [7]. 
Vou “pular” a parte dos procedimentos de medição e inserir 
somente a tabela, essa sim, que costuma ser cobrada. 
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NBR 12179 – Tratamento acústico em recintos 
fechados 
Esta Norma fixa os critérios fundamentais para execução de 
tratamentos acústicos em recintos fechados. 
NBR 12179:1992 
DEFINIÇÕES 
Tratamento acústico Processo pelo qual se procura dar a um recinto, 
pela finalidade a que se destina, condições que 
permitam boa audição às pessoas nele presentes. 
Nota: Este tratamento compreende o isolamento 
acústico e o condicionamento acústico. 
Som Toda e qualquer vibração ou onda mecânica que se 
propaga num meio dotado de forças internas 
(P.ex.: elástico, viscoso, etc.), capaz de produzir 
no homem uma sensação auditiva. 
Faixa de 
audiofrequencia 
Faixa de frequência correspondente às ondas ou 
vibrações normalmente audíveis pelo homem. 
Nota: Esta faixa acha-se compreendida entre 15Hz a 
20.000 Hz. 
Tom puro Energia vibratória sonora, cuja propagação no 
meio elástico, obedece a uma variação senoidal no 
tempo. 
Tom Atributo de sensação auditiva, função da 
frequência dos sons. 
Notas: a) Para uma mesma frequência, o tom é 
suscetível de apresentar ligeiras variações com a 
pressão acústica. 
b) O tom pode ser caracterizado pela comparação a um
tom puro de determinada frequência e pressão acústica, 
que ocasionem ao ouvinte normal médio a mesma 
sensação de altura (frequência). 
Ruído Mistura de sons cujas frequências não seguem 
nenhuma lei precisa, e que diferem entre si por 
valores imperceptíveis ao ouvido humano. 
Todo som indesejável. 
Isolamento acústico Processo pelo qual se procura evitar a penetração 
ou a saída, de ruídos ou sons, em um determinado 
recinto. O isolamento acústico compreende a 
proteção contra ruídos ou sons aéreos e ruídos ou 
sons de impacto. 
Condicionamento 
acústico 
Processo pelo qual se procura garantir em um 
recinto o tempo ótimo de reverberação e, se for o 
caso, também a boa distribuição do som. 
Ruído aéreo e som 
aéreo 
Ruído ou som produzido e transmitido através do 
ar. (P. ex..: buzinas, vozes, alto-falantes, etc.) 
Ruído de impacto e 
som de impacto 
Ruído ou som produzido por percussão sobre um 
corpo sólido e transmitido através do ar. P. ex.: 
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queda de objetos, ruídos de passos, marteladas, 
instrumentos de percussão, etc. 
Tempo de 
reverberação 
Tempo necessário para que um som deixe de ser 
ouvido, após a extinção da fonte sonora, e 
expresso em segundos. 
O tempo de reverberação é medido como o tempo 
necessário para que o som sofra um decréscimo de 
intensidade de 60 dB. 
Tempo de 
reverberação ótimo 
Tempo de reverberação considerado ótimo para 
um determinado recinto e determinada atividade, 
e expresso em segundos. 
Decibel (db) Unidade de intensidade física relativa do som. O 
número de decibéis de um som é expresso pela 
fórmula: 
i= 10 log10 I 
 I0 
Onde : 
i= intensidade física relativa, expressa em 
decibeis. 
I= intensidade física absoluta do mesmo som. 
Io= intensidadedo correspondente ao limiar de 
percepção. 
I= 10��� W/cm² para 1.000 Hz. 
Nota: Como existe na propagação das ondas sonoras 
uma relação entre a intensidade do som e sua pressão 
sonora, onível de intensidade pode, consequentemente, 
ser deduzido através de uma medida de nível de 
pressão acústica (sonora). Para os casos que na prática 
não permitem a citada relação, não se pode 
consequentemente referir a uma medida de nível de 
pressão acústica como representativa de intensidade 
sonora. 
Nível de som Nível de pressão acústica (sonora) compensado, 
obtido pelo uso de medidores que obedecem às 
características e calibragem contidas na NBR 7731, 
e expresso por três escalas denominadas A, B e C. 
Nível de pressão 
acústica (intensidade 
sonora) 
Aquele expresso em decibeis, igual a 20 vezes o 
logaritmo decimal de um pressão acústica (sonora) 
a medir, com relação a uma outra pressão acústica 
(sonora), denominada de referência. 
Nota: A menos que explicitamente indicado, fica 
entendido que o nível de pressão acústica é o efetivo 
(rms) 
Nível de pressão 
acústica 
Pressão convencionalmente escolhida e igual a 2 x 
10	 Pa (0,0002 microbars). 
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O tratamento acústico, destinado ao conforto humano, implica o 
conhecimento de valores das condições locais, em função do conjunto 
de condições do recinto: 
• Nível de som exterior. (dB)
• Nível de som do recinto. (dB)
• Planta de situação do imóvel.
• Plantas e cortes (longitudinal e transversal) do recinto.
• Especificações dos materiais empregados no recinto.
Roteiro para desenvolvimento do tratamento acústico: 
• Isolamento acústico.
• Condicionamento acústico.
• Estudo geométrico-acústico.
• Cálculo do tempo de reverberação.
Isolamento acústico: 
• Com o nível de som do recinto, fixado de acordo com a NBR
10152, e o nível de som exterior, obtém-se por diferença a 
queda de nível de som (Δ), em dB. 
• Seleção de materiais isolantes acústicos (Tabela 1 – Anexo)
• Pode ser utilizada uma combinação de materiais isolantes,
para o caso de queda de nível de som (Δ) elevada; e deve-se
levar em conta a natureza dos ruídos ou sons a isolar (aéreos
ou de impactos).
Condicionamento acústico: 
• Estabelecido o nível de som do recinto deve ser feito o estudo
geométrico-acústico e determinado o tempo de reverberação. 
Estudo geométrico-acústico: 
• Visa conhecer a distribuição dos sons diretos ou refletidos, de
modo a serem conseguidas em todo o recinto as melhores 
condições de audibilidade. 
• Para auditórios, teatros, cinemas, etc., devem ser
examinadas as plantas e cortes do recinto em conjunto com 
os materiais a serem empregados, considerando uma ou mais 
fontes sonoras, previamente localizadas. 
• Deve-se utilizar as superfícies do teto para obter o reforço
sonoro necessário à boa audibilidade, e, ainda, 
eventualmente, as superfícies das paredes. Para tanto deve 
utilizar defletores (reflexão do som orientada) ou difusores 
(distribuição do som em todos os sentidos) 
• Sendo assim, a forma geométrica do recinto pode sofrer
modificações, em planta e/ou corte, necessárias à boa 
distribuição do som. 
Cálculo do tempo de reverberação: 
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• Terminado o estudo geométrico-acústico do recinto, o cálculo
do tempo de reverberação é feito pela fórmula de Sabine ou
fórmula de Eyring, quando se tratar de recintos nos quais o
som é difuso.
• Após, compara-se o valor obtido com o tempo de
reverberação ótimo, devendo a diferença ser a menor
possível.
Aceitação 
Comprovação de cálculo segundo esta Norma + resultados 
dentro de uma tolerância de 10%= Aceitação. 
A seguir, segue Norma na íntegra. 
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NBR 10151 – Avaliação do ruído em áreas 
habitadas visando o conforto acústico 
1 Objetivo 
1.1 Esta Norma fixa as condições exigíveis para avaliação da 
aceitabilidade do ruído em comunidades, independente da existência de 
reclamações. 
1.2 Esta Norma especifica um método para a medição de ruído, a 
aplicação de correções nos níveis medidos se o ruído apresentar 
características especiais e uma comparação dos níveis corrigidos com um 
critério que leva em conta vários fatores. 
1.3 O método de avaliação envolve as medições do nível de pressão 
sonora equivalente (LAeq), em decibels ponderados em "A", comumente 
chamado dB(A), salvo o que consta em 5.4.2. 
3 Definições 
Para os efeitos desta Norma, aplicam-se as seguintes definições: 
3.1 nível de pressão sonora equivalente (LAeq), em decibels 
ponderados em “A” [dB (A)]: Nível obtido a partir do valor médio quadrático 
da pressão sonora (com a ponderação A) referente a todo o intervalo de 
medição. 
3.2 ruído com caráter impulsivo: Ruído que contém impulsos, que são 
picos de energia acústica com duração menor do que 1 s e que se repetem a 
intervalos maiores do que 1 s (por exemplo martelagens, bate-estacas, tiros 
e explosões). 
3.3 ruído com componentes tonais: Ruído que contém tons puros, 
como o som de apitos ou zumbidos. 
3.4 nível de ruído ambiente (Lra): Nível de pressão sonora equivalente 
ponderado em “A”, no local e horário considerados, na ausência do ruído 
gerado pela fonte sonora em questão. 
Os equipamentos de medição são o medidor de nível de pressão 
sonora e o calibrador acústico., os quais devem ser certificados pela
Rede Brasileira de Calibração (RBC) ou pelo Instituto Nacional de 
Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (INMETRO), com 
renovação, no mínimo, a cada dois anos. 
Procedimentos de medições – condições gerais: 
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• No levantamento de níveis de ruído deve-se medir
externamente aos limites da propriedade que contém a
fonte.
• Na ocorrência de reclamações, as medições devem ser
efetuadas nas condições e locais indicados pelo
reclamante.
• Em alguns casos, para se obter uma melhor avaliação do
incômodo à comunidade, são necessárias correções nos
valores medidos dos níveis de pressão sonora, se o ruído
apresentar características especiais.
• Todos os valores medidos do nível de pressão sonora
devem ser aproximados ao valor inteiro mais próximo.
• Não devem ser efetuadas medições na existência de
interferências audíveis advindas de fenômenos da natureza
(por exemplo: trovões, chuvas fortes etc.).
• O tempo de medição deve ser escolhido de forma a permitir
a caracterização do ruído em questão. A medição pode
envolver uma única amostra ou uma sequência delas.
Procedimentos de medições – no exterior de edificações: 
• Deve-se prevenir o efeito de ventos sobre o microfone como uso de protetor, conforme instruções do fabricante.
• Devem ser efetuadas em pontos afastados
aproximadamente 1,2 m do piso e pelo menos 2 m do
limite da propriedade e de quaisquer outras superfícies
refletoras, como muros, paredes etc. Na impossibilidade de
atender alguma destas recomendações, a descrição da
situação medida deve constar no relatório. (tanto no
exterior das edificações que contêm a fonte, quanto no
exterior da habitação do reclamante)
Procedimentos de medições – no interior de edificações: 
• As medições em ambientes internos devem ser efetuadas
a uma distância de no mínimo 1 m de quaisquer
superfícies, como paredes, teto, pisos e móveis.
• Os níveis de pressão sonora em interiores devem ser o
resultado da média aritmética dos valores medidos em pelo
menos três posições distintas, sempre que possível
afastadas entre si em pelo menos 0,5 m.
• Caso o reclamante indique algum ponto de medição que
não atenda as condições acima, o valor medido neste ponto
também deve constar no relatório.
• As medições devem ser efetuadas nas condições de
utilização normal do ambiente, isto é, com as janelas
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abertas ou fechadas de acordo com a indicação do 
reclamante. 
O método de avaliação do ruído baseia-se em uma comparação 
entre o nível de pressão sonora corrigido Lc e o nível de critério de 
avaliação NCA, estabelecido conforme a tabela 1. 
Considerações: 
• Os limites de horário para o período diurno e noturno da tabela
1 podem ser definidos pelas autoridades de acordo com os
hábitos da população. Porém, o período noturno não deve
começar depois das 22 h e não deve terminar antes das 7 h do
dia seguinte. Se o dia seguinte for domingo ou feriado o término
do período noturno não deve ser antes das 9 h.
• O nível de critério de avaliação NCA para ambientes internos é
o nível indicado na tabela 1 com a correção de - 10 dB(A) para
janela aberta e - 15 dB(A) para janela fechada.
• Se o nível de ruído ambiente Lra, for superior ao valor da tabela
1 para a área e o horário em questão, o NCA assume o valor do
Lra.
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Manual ProAcústica sobre a Norma de 
Desempenho 
Esse é um guia prático sobre cada uma das partes relacionadas 
à área de acústica nas edificações da Norma ABNT NBR 15575:2013 - 
Edificações habitacionais – Desempenho elaborado pela Associação 
Brasileira para a Qualidade Acústica. 
Vou resumir para vocês. Vamos lá! 
A partir da publicação da norma ISO 6241 – Performance 
standards in building - Principles for their preparation and factors to be 
considered, em 1980, o desempenho acústico das edificações, em 
vários países, acabou se tornando exigência de leis e códigos de obras, 
tendo em vista seu impacto sobre a saúde humana. 
Porém, da segunda metade da década de 80 em diante, o 
contexto econômico do Brasil foi desfavorável a uma evolução no 
desempenho das edificações. 
Com a escassez de recursos para financiar a produção de 
edificações, em especial habitacionais, o foco em toda a cadeia 
produtiva, face à baixa escala de produção diante das necessidades do 
País, foi a racionalização e redução de custos. 
Essa racionalização, traduzida em redução de espessuras de 
paredes, pisos, ausência de algumas soluções construtivas e não no 
caminho para uso de sistemas construtivos industrializados, resultou 
numa perda do desempenho acústico que, ainda que intuitivamente, 
os sistemas tradicionalmente usados até os anos 1980 tinham. 
A NBR 15575 veio definir, a partir dos níveis admissíveis 
previstos na NBR 10152, os níveis de desempenho que os sistemas 
construtivos devem ter para atenuar a transmissão dos ruídos gerados 
externa e internamente nas edificações habitacionais. 
Regulam-se assim os níveis de desempenho acústico das paredes 
externas, das esquadrias utilizadas em dormitórios, das paredes 
internas que separam duas unidades, das paredes internas que 
separam as unidades das áreas comuns, do conjunto de paredes e 
portas que separam duas unidades, e dos sistemas de pisos com 
relação ao ruído aéreo e de impacto. 
De forma não obrigatória a NBR 15575 também estabelece 
parâmetros para os ruídos de equipamentos. Estes parâmetros 
explícitos em um anexo informativo visam estabelecer referência para 
o empreendedor dar tratamento aos ruídos gerados por equipamentos
sem, no entanto, serem parâmetros obrigatórios. 
No atendimento destes requisitos, o empreendedor deve definir 
o nível de critério a atender, sendo o mínimo o nível obrigatório para
qualquer padrão de empreendimento, em função da tecnologia viável 
para cada nível - mínimo, intermediário ou superior – e em função das 
características de mercado do empreendimento. 
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Conforme definido nas incumbências dos intervenientes 
previstos na NBR 15575, cabe aos fabricantes de sistemas construtivos 
de vedações internas (paredes de alvenaria, drywall, etc) ou externas 
(paredes de alvenaria, chapas cimentícias, painéis pré-moldados, 
esquadrias de dormitórios e portas de entrada, que tenham um hall e 
parede de geminação com outra unidade) apresentar ao projetista e 
ao empreendedor o desempenho de seus sistemas quando medidos em 
laboratório. E cabe ao empreendedor analisar estes dados quanto à 
capacidade de atenderem a condição de desempenho em campo 
exigida do incorporador/construtor. 
A especificação precisa se basear nestes dados e o 
incorporador/construtor deve saber, de antemão, as condições de 
execução e instalação necessárias para atender aos requisitos e 
critérios estabelecidos. 
Qualquer sistema utilizado deve ser passível de demonstração, 
para que, quando necessário, se possa efetivamente obter evidências 
de que os níveis exigidos pela NBR 15575 são atendidos. Estas 
evidências devem estar registradas por resultados de ensaios 
realizados pelo fabricante. 
O usuário, por sua vez, precisa ser informado sobre como suas 
ações de uso, operação e manutenção podem alterar o desempenho 
acústico que recebeu, tais como alterações de paredes, pisos, portas e 
esquadrias. 
Este Manual esclarece aos agentes de especificação, projeto e 
construção o que fazer para cada requisito. 
• Instalações, equipamentos prediais e sistemas 
hidrossanitários 
Os requisitos de níveis de ruído deste tópico são relativos à: 
o ABNT NBR 15575-1:2013 Edificações habitacionais -
Desempenho Parte 1: Requisitos gerais (Anexo E5) 
o ABNT NBR 15575-6:2013 Edificações habitacionais -
Desempenho Parte 6: Requisitos para os sistemas 
hidrossanitários (Anexo B1) 
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Requisitos: 
A NBR 15575-1 (E.5.2) e NBR 15575-6 (B.1.2) estabelecem os 
limites de ruído em dormitórios para instalações e equipamentos 
prediais, assim como para sistemas hidrossanitários, classificados em 
três níveis de desempenho informativos, Mínimo (M), Intermediário (I) 
e Superior (S). 
Existem requisitos tanto para os ruídos integrados durante um 
período de tempo correspondente ao ciclo de operação do equipamento 
(Laeq,nt) como para os níveis sonoros máximos produzidos 
instantâneos (Lasmax,nt). Recomenda-se que sejam observados 
simultaneamente para atender a um nível de desempenho. 
• Sistemas de pisos
Os requisitos de isolamento acústico deste tópico são relativos à: 
o ABNT NBR 15575-3:2013 Edificações habitacionais -
Desempenho Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos 
Os sistemas de pisos, que separam unidades habitacionais 
autônomas em diferentes andares, devem garantir um desempenho 
adequado deisolamento acústico aéreo (conversações, TV, música, 
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etc.) e de isolamento acústico ao ruído de impacto (passos, queda de 
objetos, arrastar de móveis, etc.). 
Os sistemas de pisos estão compostos pelos seguintes 
elementos: 
Camada estrutural: 
1. Laje: Diversas morfologias: pré-moldada (concreto, EPS,
cerâmica, etc.), ou concreto armado “in loco”. Seu desempenho de 
isolamento ao ruído aéreo (DnT,w) e de impacto (L’nT,w) dependem 
das suas propriedades (densidade, espessura, dimensões e 
características estruturais de contorno). 
Elementos opcionais: 
2. Contrapiso:
• Normal de argamassa de cimento/areia.
• Contrapiso flutuante: Interpondo um material resiliente entre
a laje e o contrapiso, o que melhora consideravelmente o isolamento 
ao ruído aéreo e de impacto da laje, podendo-se atingir índices 
Intermediário ou Superior, dependendo da tipologia. 
Requisitos: 
A NBR 15575-3 estabelece os limites mínimos de isolamento 
acústico ao ruído aéreo e de impactos (Item 12.3): 
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Transmissão de ruído de impacto 
A transmissão de ruído de impacto entre duas unidades 
habitacionais sobrepostas em uma edificação se produz através do 
próprio sistema de piso (1 via de transmissão direta) e os elementos 
laterais ou paredes (4 vias de transmissão indireta). Essas 
transmissões dependem das propriedades das soluções construtivas, 
as uniões entre elas e a geometria dos recintos. 
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RUÍDO DE IMPACTO RUÍDO AÉREO 
Transmissão de ruído aéreo 
A transmissão de ruído aéreo entre duas unidades habitacionais 
sobrepostas em uma edificação se produz através do próprio sistema 
de piso (1 via de transmissão direta) e os elementos laterais ou 
paredes (12 vias de transmissão indireta). Essas transmissões 
dependem das soluções construtivas, das uniões entre elas e da 
geometria dos recintos. 
• Sistemas de vedações verticais internas | Paredes
Os requisitos de isolamento acústico deste tópico são relativos à: 
o ABNT NBR 15575-4:2013 Edificações habitacionais –
Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas de 
vedações verticais internas e externas SVVIE. 
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Os sistemas de vedação vertical interna são as paredes que 
separam as diferentes unidades habitacionais autônomas. Estes devem 
garantir nas edificações um desempenho adequado de isolamento 
acústico ao ruído aéreo (conversações, TV, música, etc.). 
Sistema 
Os sistemas de vedações verticais internas estão compostos 
pelos seguintes elementos: 
Elemento base: 
1. Parede: Diversas morfologias:
• Massivos: Alvenaria (bloco de concreto, cerâmico ou de
gesso), concreto pré-moldado ou moldado “in loco”. Seu 
desempenho de isolamento ao ruído aéreo (Dnt,w) depende 
fundamentalmente da sua densidade superficial para paredes simples. 
• Leves: Sistemas drywall. Seu desempenho de isolamento ao
ruído aéreo depende de sua composição (número de placas, perfis, 
banda acústica perimétrica), espessura da cavidade e presença de 
material absorvente na cavidade. 
Elementos opcionais: 
1. Revestimentos: De gesso, argamassa ou cerâmicos
aplicados sobre as paredes. 
Requisitos: 
A NBR 15575-4 estabelece os limites mínimos de isolamento 
acústico ao ruído aéreo (Tabela 18 Item 12.3.2.2.), assim como define 
níveis de desempenho informativos, Intermediário (I) e Superior 
(S) que proporcionam um maior conforto (Anexo F.6.1.2). 
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Transmissão de ruído aéreo 
A transmissão de ruído aéreo entre duas unidades habitacionais 
separadas por uma parede ocorre através da própria parede (1 via de 
transmissão direta) e dos elementos laterais, como paredes, fachadas 
ou pisos (12 vias de transmissão indireta). Essas transmissões 
dependem das propriedades das soluções construtivas, uniões entre 
elas e da geometria dos recintos. 
• Sistemas de vedações verticais externas | Fachadas
Os requisitos de isolamento acústico deste tópico são relativos à:
o ABNT NBR 15575-4:2013 Edificações habitacionais –
Desempenho Parte 4: Requisitos para os sistemas de
vedações verticais internas e externas SVVIE.
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Os sistemas de vedação vertical externa (fachadas) que separam 
dormitórios do exterior devem garantir um desempenho adequado de 
isolamento acústico ao ruído aéreo (tráfego, aviões, trens, etc.). O 
desempenho mínimo adequado é exigido em função do ruído exterior 
existente no entorno do empreendimento. 
Sistema 
Os sistemas de vedações verticais externas estão geralmente 
compostos pelos seguintes elementos: 
1. Parede: Diversas morfologias.
2. Esquadrias: É o ponto mais fraco de isolamento acústico de
uma fachada. 
Requisitos 
A NBR 15575-4 estabelece os limites normativos de isolamento 
acústico ao ruído aéreo (Tabela 17 Item 12.3.1.2.), assim como define 
níveis de desempenho informativos, Intermediário (I) e Superior 
(S) que proporcionam um maior conforto (Anexo E, tabela F.9). 
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• Sistemas de coberturas
Os requisitos de isolamento acústico deste capítulo são relativos 
à: 
o ABNT NBR 15575-5:2013 Edificações habitacionais -
Desempenho Parte 5: Requisitos para os sistemas de coberturas 
O conjunto de fachada/cobertura das edificações deve garantir 
um desempenho adequado de isolamento acústico ao ruído aéreo 
proveniente do exterior (tráfego, ferrovias, etc.) e, no caso de ter uma 
cobertura acessível de uso coletivo, também devem garantir um 
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isolamento acústico ao impacto (passos, queda de objetos, arrastar de 
móveis, etc.). 
Requisitos: 
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COMO ATINGIR O CONFORTO ACÚSTICO? 
As características do ambiente construído – interior e exterior – 
são responsáveis pela qualidade acústica do espaço resultante. De 
fatores como forma, dimensão, volumetria, revestimento e material de 
vedação depende o som percebido pelo receptor. O tratamento 
acústico de um ambiente deve conciliar o isolamento quanto aos ruídos 
externos com a inteligibilidade para os sons desejados. 
Para isso é necessário que o ambiente não apresente acidentes 
acústicos (ecos, focos) e que o ruído de fundo e o Tempo de 
Reverberação sejam adequados às atividades a que o espaço se 
destina. 
Para tanto, primeiramente, é necessário que se levantem os 
dados acústicos (níveis de ruído e tempos de reverberação) e os dados 
do sistema construtivo da edificação ou projeto em estudo, para 
posterior análise e elaboração dos projetos de isolamento e 
condicionamento acústico. 
As necessidades podem estar divididas em duas modalidades 
básicas: 
• Condicionamento acústico: adequar a acústica interna ao tipo de
atividaderealizada (cultos, musicais, palestras, etc.) 
• Isolamento acústico: adequar os níveis sonoros emitidos ou imitidos
do meio ambiente, conforme Normas e leis de cada município. 
O projeto de condicionamento acústico contempla quatro 
parâmetros acústicos básicos, sendo estes: 
• Tempo de Reverberação
• Acústica Geométrica
• Inteligibilidade da Palavra
• Ruído de Fundo
O isolamento acústico consiste em dificultar a transmissão 
sonora. Um bom isolante deve ser rígido, compacto, pesado. A 
capacidade que um elemento de vedação (parede, divisória, esquadria, 
...) tem de se opor à transmissão do ruído depende de seu Índice de 
Redução Sonora. 
Além desses passos, deve-se checar prioridades em demais 
áreas de conforto (higrotérmico, lumínico, qualidade do ar, ...) que 
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possam interferir no comportamento acústico esperado e administrá-
las em conjunto. 
A tabela abaixo já nos ajudar a seguir por um caminho: 
(Simões, 2011) 
Um dos primeiros passos é identificar e localizar possíveis fontes e 
possíveis receptores, estabelecendo relações desejáveis e indesejáveis. 
A fonte sonora é o elemento responsável pela emissão do som e 
pode ser classificada como: 
• Desejável, indiferente ou incômoda: de acordo com o desejo e
posição do receptor;
• Fixas (indústrias, canteiros de obra e boates) ou móveis (veículos);
• Direcional (o som emitido é mais intenso em uma determinada
direção) ou omnidirecional (o som emitido se distribui
uniformemente em todas as direções);
• Pontual, linear ou de superfície: dependendo da distância fonte/
receptor e da escala do problema analisado.
o Pontual: as dimensões da fonte são insignificantes em relação
à sua distância ao receptor. Exemplos: um veículo –
isoladamente; uma fábrica, no contexto da cidade;
o Linear: uma de suas dimensões é significativa em relação à
distância fonte/ receptor. Exemplo, uma via de tráfego de
veículos;
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o De superfície: quando as ambas as dimensões são
significativas. Exemplo: uma fábrica, no contexto da quadra.
 (Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Dito isso, trago, abaixo, os mecanismos mais significativos da 
atenuação sonora ao ar livre segundo Sylvio Bistafa. 
Nesta parte, faço uma pausa para falarmos um pouco sobre a 
influência das características climáticas do ambiente às quais o som 
está sujeito quando se fala na sua propagação ao ar livre. 
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O vento tem influência marcante na propagação e determinação 
da área de alcance sonoro, e, secundariamente, a temperatura. 
Quando o vento está na mesma direção do som, a velocidade do 
som fica acrescida da velocidade do vento. 
(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
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A velocidade do som é maior no ar quente. Como a frequência 
do som não se altera, o comprimento de onda λ aumenta. A frente de 
onda se inclina e altera a direção de propagação. 
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Segundo Léa et. Al, o gradiente de temperatura do ar pode 
apresentar-se sob duas condições: positivo e negativo. O gradiente 
negativo, mais comum durante o dia, é aquele para o qual o ar se 
mostra mais aquecido nas regiões mais próximas ao solo, 
apresentando menores temperaturas à medida que aumenta a altitude. 
Essa situação pode causar deflexão do som para a região superior, de 
forma a criar sombras acústicas próximas ao solo. Para o gradiente 
positivo, o oposto se verifica, tendendo a intensificar o som próximo 
ao solo. Isso ocorre porque quanto maior a temperatura, maior a 
velocidade de propagação da onda no ar. 
O perfil do solo e seu revestimento também influenciam na 
propagação do som no ar. Um solo revestido com grama ou elementos 
vegetais tenderá a atenuar mais o som refletido do que a pavimentação 
impermeável. 
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(Souza, Almeida, & Bragança, 2016) 
Da mesma maneira que a conformação topográfica, as 
edificações do entorno interferem no campo acústico do local, gerando 
sombras acústicas ou intensificando o som. 
Corredor de fachadas paralelas propiciam o desenvolvimento de 
inúmeras reflexões, enquanto descontinuidade de fachadas, 
permitindo espaçamento entre elas, possibilita menor concentração 
dos raios refletidos. 
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• Barreiras acústicas
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A eficiência de uma barreira acústica depende da: (Souza, Almeida, 
& Bragança, 2016) 
• Frequência dos sons – são eficazes para os sons de alta
frequência, porque estes tendem a se refletir, enquanto para os sons 
de baixa frequência a tendência é que ocorra difração no topo da 
barreira acústica, diminuindo sua eficiência; 
• Proximidade desta em relação à fonte ou ao receptor –
quanto mais próxima da fonte ou do receptor, melhor será o 
desempenho acústico; 
• Altura do elemento utilizado – quanto mais alta a região
existente entre a projeção do raio sonoro direto incidido sobre o 
receptor e o topo do elemento de barreira, maior sua eficiência; 
• Massa da estrutura – elementos mais sólidos, com menor
capacidade de vibração, são mais eficazes. Quanto maior a espessura 
de uma barreira, menor sua capacidade de vibração; 
• Estanqueidade – como os sons de baixa frequência
propagam-se facilmente por pequenas aberturas, a barreira acústica 
deve ser estanque para evitar esse tipo de propagação; 
• Consideração de aspectos subjetivos – o acesso visual à
fonte sonora, apesar de difícil comprovação numérica, parece 
influenciar na percepção do ruído. A eliminação de barreiras que 
numericamente não são eficientes aumenta a percepção do incômodo 
sonoro por parte do ouvinte. Este é o caso da utilização de vegetação 
como elemento de barreira acústica, pois, a não ser que se constitua 
de extensa massa vegetativa, a vegetação, apesar de diminuir a 
reflexão sonora que retorna à fonte, não é uma barreira eficiente; 
Segundo Régio Carvalho, as barreiras acústicas são anteparos 
posicionados entre a fonte produtora do ruído e a recepção, e são muito 
utilizadas em escritórios, autoestradas, cabeceiras de pistas de 
decolagem de aviões à jato, em vários tipos de atenuadores de ruídos, 
etc. Sua massa deve ser considerada de acordo com a necessidade de 
isolamento e, para seu dimensionamento, aplica-se o princípio da 
difração. 
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