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Idade Média, Europa, Portugal século XI e XII.
Origem do Trovadorismo na Europa Ocidental
O trovadorismo foi um movimento artístico, poético que surgiu na Idade Média, período de grandes censura em que a Igreja Católica ainda tinha forte influência sobre as relações sociais, principalmente nos países da Europa Ocidental como Portugal, França e Inglaterra. Poesia e música como forma de expressão do trovador, as cantigas líricas e satíricas como de amor, de amigo, de escárnio e de maldizer marcaram o início de uma nova fase na cultura europeia. Sofrer por um amor, sentir saudades, fazer críticas até mesmo contra uma instituição poderosas passou a ser feito de uma forma mais artística através do trovadorismo. As cantigas satíricas eram ousadas devido ao pensamento livre de influências como as religiosas, mesmo que o trovador fizesse parte do estamento como era o caso da baixa nobreza os cavaleiros. Outros gêneros literários populares foram as novelas de cavalaria e expressada pela prosa. O trovadorismo era uma mistura de sentimentos e situações do contexto do trovador acompanhado de instrumentos musicais que davam ritmo as cantigas.
Características do Trovadorismo
As produções literárias eram denominadas cantigas, escritas no dialeto provençal, acompanhadas por instrumentos musicais como a lira, a flauta ou a viola. Momento artístico em que aqueles que não tinham acesso a obras como livros podiam apreciar o evento muitas vezes ao ar livre. O compositor da obra estruturada em duas estrofes ou cobras e os versos ou palavras era chamado de trovador, o musico instrumentistas seria o menestrel. O trovador ou segrel era profissional, havia outros integrantes como um cavaleiro que passava pelas cortes divulgando os eventos artísticos e muitas vezes recebiam valores por suas apresentações. O trovador amador ou popular era conhecido como jogral, na maioria das vezes ele interpretava canções originais de outros artista e também compunha suas próprias. Para dar mais prestígio as apresentações as baladeiras ou soldadeiras atuavam de forma lúdica como dançarinas ou cantoras. Esse grupo de artistas viajavam pelas cortes, burgos e feudos e suas apresentações eram desde situações políticas como amorosos. O tema central de trovadorismo era o amor, sentimento que maltratava o coração tão apaixonado e por várias razões não era correspondido por sua amada. 
Dom Dinis rei e trovador de Portugal
O trovador
O trovador não eram somente cavaleiros ou pessoas comuns da sociedade feudal, havia grandes personalidades que também tinha vocação e paixão pelo trovadorismo. Entre a base e o topo da pirâmide social surgiram grandes artistas, alguns do anonimato outros até da Coroa Portuguesa como o Rei Dom Dinis. Como rei Dinis foi responsável pela identidade e consciência nacional de um Estado-nação de Portugal. Mas usou a cultura a seu favor através das artes, letras e principalmente como um grande trovador. Ficou famoso no meio artístico por suas cantigas de amigo, de amor, sátira, músicas e poesias. O conhecimento das letras, das ciências deu lhe o mérito de criar a primeira Universidade em Lisboa. Dom Dinis ficou famoso não só pela vocação de trovador, mas também pela forma como exerceu seu reinado dando lhe o título de rei justo. Entre as obras do rei trovador uma escrita musical de amor faz parte do acervo nacional que fica em Lisboa. Após a morte de Dom Dinis o trovadorismo português continuou com o então seu filho e sucessor Dom Afonso Sanches que se tornou outro grande trovador, não tão famoso quanto o pai.
Escrita musical de amor do rei e trovador Dom Dinis.
Trovadorismo contemporâneo em Nova Friburgo-RJ
Considerada berço do trovadorismo no Brasil a cidade de Nova Friburgo promove todo ano um concurso de poemas os Jogos Florais. Com data e local próprio o evento acontece na Alameda das Trovas, nesse lugar existe um muro como se fosse um mural artístico ou que podemos comparar a calçada da fama. O muro contém composições de autores que contribuíram para a história do trovadorismo brasileiro. As produções são analisadas pela então vice-presidente da União Brasileira de Trovadores a senhora Dilva Maria Moraes. Não é qualquer produção que pode concorrer há critérios a serem seguidos como o tema proposto pela UBT, poemas de quatro versos, sete sílabas cada um e o mais importante a rima. Os Jogos Forais vão além de poesia mistura-se com a religiosidade além de um desfile poético feito pelas musas, tudo em forma de trovas. As trovas podem ser acessadas no site Falando de Trova, como o poema de 
Ieda Lima de Caicó-RN que concorreu no concurso de Natal2020 no qual ela ficou em primeiro lugar o tema escolhido pela UBT era “infinito”.
“Mesmo que tenham descrito:
sem mensura nos liceus...
A medida do infinito
cabe, sim, nas mãos de Deus!”
A trova é um patrimônio imaterial da nação portuguesa que chegou ao nosso país para somar a cultura brasileira, temos trovadores anônimos como os sertanejos que criam seus versos exprimindo muitas vezes a dor, a tristeza e o amor por sua terra castigada.
CAVALGADA NO NOROESTE DO PARANÁ
“A paixão do cavaleiro é cavalgar,
no sol ou na chuva,
de dia ou de noite,
e o cavalo não pode arriar.”
A cavalgada inspirada no tropeirismo uma das maiores contribuições para o desenvolvimento do nosso país, na região noroeste do Paraná a cavalgada é uma tradição que envolve mais de 300 pessoas desde as cidades próximas como distantes, não só os mais velhos, mas também jovens e crianças. Todos os anos os apaixonados pela cavalgada cavaleiros e amazonas do Noroeste do Paraná, se reúnem no espaço de entretenimento do CTG rumo alguma área rural ou percurso inverso. Nesse evento acontece prova de tambor, momento de confraternização com churrasco, chimarrão, tereré, oração a padroeira dos peões pedindo proteção, muitas histórias, prosas, versos que expressam pensamentos e sentimentos. Segundo o peão Zé Sebo de sessenta e dois anos e autor do verso “A paixão do cavaleiro” relata que desde criança participa das cavalgada e sua neta Lorrayne de doze anos o acompanha, o evento também contribui com campanhas sociais como as do Hospital do Câncer de Barretos. 
TROVADORISMO MEDIEVAL
Uninter Polo Nova Londrina, PR.
Simone Ferreira Souza
RU 1386081
Referências bibliográficas
Trovadorismo disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/literatura/trovadorismo.htm
Dom Dinis disponível em: https://docplayer.com.br/3435630-D-dinis-cantigas-publicado-originalmente-em-1845-d-dinis-1261-1325-projeto-livro-livre-livro-299.html
União Brasileira de Trovadores (UBT) disponível em: http://falandodetrova.com.br/ubtatrnnatal2020t

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