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Arquitetura Brasileira

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Arquitetura Brasileira
UNIDADE 1| Arquitetura colonial
Web Aula 1
Arquitetura Colonial
Arquitetura é uma maneira de representar e modificar o mundo e nossa realidade, expressando-se por meio de formas, técnicas e usos a fim de produzir cidades e edificações. Quando falamos de uma arquitetura brasileira, estamos falando de algo que vai além de uma localização geográfica; é o reflexo de condições físicas, culturais e políticas que conformam a realidade que nos cerca em um momento histórico.
O que pode caracterizar a arquitetura brasileira?
Vamos comparar, de forma sucinta, o trabalho de dois arquitetos, Oscar Niemeyer e Achilina Bo (arquiteta italiana radicada no Brasil), para trilhar o caminho da resposta à questão apresentada.
Igreja S. Francisco de Assis - Pampulha, Belo Horizonte, MG, Brasil. Projeto: Oscar Niemeyer
Museu de Arte de São Paulo (MASP) – São Paulo, SP, Brasil. 
Projeto: Achilina Bo
Oscar Niemeyer (1907-2012)
Os princípios da arquitetura modernista que nortearam sua obra tinham uma marcante adequação à realidade brasileira, às nossas tradições construtivas e ao nosso clima. Essas características, em alguns casos, ainda se mantiveram quando projetava fora dessa realidade, pois, mesmo trabalhando longe do Brasil, o arquiteto atribuía em algumas de suas obras sua linguagem pessoal e as características marcantes da sua formação.
Palácio do Itamaraty – Brasília, DF, Brasil
Conjunto de Exposições Permanente - Trípoli, Líbanox
Achilina Bo (1914-1992)
Conhecida por Lina Bo Bardi, formada em Arquitetura pela Universidade de Roma, chegando ao Brasil em 1946. Realizou obras que são exemplos de uma identificação completa com a morfologia e a sintaxe da arquitetura brasileira. Ou seja, Lina absorveu nossa cultura e interpretou nossas características físicas e geográficas em seus trabalhos.
Igreja do Espírito Santo do Cerrado – Uberlândia, MG, Brasil
Observando os dois exemplos, concluímos então que:
O que caracteriza a arquitetura brasileira são o uso dos materiais, das técnicas empregadas e do respeito às características físicas e climáticas e, principalmente, a busca por expressar para os seus habitantes o processo político-cultural que conforma nossa história.
Mas há uma unidade no modo de se produzir arquitetura no Brasil?
Esse questionamento se faz necessário ao olharmos para o Brasil e considerarmos suas dimensões geográficas, sua diversidade de climas, vegetações, solos e culturas.
Ao olharmos atentamente, veremos que há uma série de características comuns, entre as quais podemos citar o clima, que nos leva a considerar em nossos projetos alguns fatores como:
Temperatura
Leva-nos a considerar, entre outros aspectos: 
- Proteções para o calor e altas insolações. 
- Uso da técnica brise-soleil. 
- Busca da ventilação natural. 
Regime de chuvas
Leva-nos a considerar, entre outros:
- Impermeabilização das fundações. 
- Uso de marquises nas fachadas de edifícios. 
- Uso de amplos telhados, com inclinações generosas.
Contudo, nada mais significativo entre nossas caraterísticas comuns do que a forma como lidamos com a vegetação: por um lado, nos orgulhamos da nossa diversidade e exuberância, mas, por outro, somos negligentes na sua conservação. Nossa contribuição com profissionais de destaque em paisagismo é no mínimo escassa (BRUAND, 2012).
Bons estudos!
U1S1 - Atividade Diagnóstica
Em diversos momentos da evolução da Arquitetura no Brasil recebemos contribuições de profissionais estrangeiros, alguns deixaram obras que são referências, outros deixaram obras de uma expressão reduzida.
Dentre as contribuições de alguns destes profissionais estrangeiros que não tiveram representatividade ou expressividade na Arquitetura Brasileira, como poderíamos atribuir a razão destas obras não conseguirem se apresentar como Arquitetura do Brasil?
RESPOSTA: Suas obras não conseguiram expressar nossa cultura, clima e sociedade. 
O Brasil é um país de dimensões continentais, com regiões, climas, culturas e influências diferentes, A arquitetura praticada em algumas regiões difere da praticada em outras regiões.
Como estas diferenças regionais podem produzir uma arquitetura que possa ser considerada única e representativa do Brasil?
RESPOSTA: Porque em todas as regiões partilhamos as heranças culturais, climáticas, históricas e políticas.
As obras do arquiteto Oscar Niemeyer são reconhecidas como expoentes da Arquitetura Brasileira são emblemáticas de um período da arquitetura modernista no Brasil, elas estão presentes em vários países do mundo, como França, Argélia, Líbano e Israel.
Considerando que arquitetura é uma representação da linguagem do autor, sobre sua forma de interpretar espacialmente a sociedade, o contexto, através de uma dada tecnologia, como poderíamos interpretar os convites ao arquiteto para projetar estas obras fora do Brasil?
RESPOSTA: Tinham como principal motivo levar uma forma brasileira de fazer arquitetura. 
U1S1 - Atividade de Aprendizagem
Apesar das dimensões continentais do Brasil há características constantes entre as diferentes regiões, seguramente algumas delas são as adequações ao clima, com a busca proteções para calor, ventilação e altas insolações; outra seria a proteção às chuvas e inundações.
Dentre as soluções encontradas para atender as proteções do clima poderíamos identificar como verdadeira as alternativas a seguir:
RESPOSTA: O modelo português de urbanização trazia a experiencia da África Oriental.
Arquitetura é uma maneira de representar o mundo e nossa realidade, expressando-se através de formas, técnicas e usos, que juntos caracterizam o modo como um dado grupo social, em um determinado momento histórico, sob certa condição econômica, produzem cidades e suas edificações. 
De acordo com a definição acima, poderíamos conceituar a Arquitetura Brasileira com as assertivas a seguir:
I. Trata-se de uma série de condicionantes impostas no Período Colonial junto com a cultura e nossa religiosidade.
II. É o reflexo de condicionantes como clima, relevo vegetação, as condições políticas e econômicas e as tradições. 
III. É o conceito de lugar geográfico ampliado pelas visões herdadas das tradições, religiosidades e culturas.
IV. Trata-se da representação das técnicas disponíveis no momento, para um grupo social, decorrente das relações culturais que representa.
Com a leitura do texto base apresentado e da análise das assertivas apresentadas, assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas.
Apesar das dimensões continentais do Brasil há características constantes entre as diferentes regiões, seguramente algumas delas são as adequações ao clima, com a busca proteções para calor, ventilação e altas insolações; outra seria a proteção às chuvas e inundações.
Dentre as soluções encontradas para atender as proteções do clima poderíamos identificar como verdadeira as alternativas a seguir:
RESPOSTA: Impermeabilização, azulejos e marquises para proteção das fortes chuvas.
Web Aula 2
Arquitetura indígena, militar e religiosa
Quando estudamos uma obra arquitetônica, tomamos inicialmente sua natureza funcional e seu programa de necessidades, para depois analisarmos como seus materiais e técnicas traduziram essas necessidades em uma expressão de arquitetura que denominamos como seu partido.
No momento da descoberta do Brasil pelos portugueses, já havia uma série de tribos indígenas, que organizavam seu espaço comunitário de forma ordenada e possuíam técnicas construtivas muito bem adaptadas ao clima e aos materiais disponíveis.
Infelizmente, não permaneceram ruínas delas para podermos estudá-las, portanto nós apoiamos em descrições ou relatos de contemporâneos sobre suas formas, materiais e técnicas.
A composição espacial mais simples dos indígenas é a casa unitária.
Essa tipologia é a representação espacial de grupos cujos bens são coletivos, compartilhando desde o espaço da habitação até os produtos das plantações e da caça.
Casa unitária: maloca Tukâno
· Formato retangular, com uma das faces menores e o fechamento em semicircunferência.· Cobertura de duas águas, que quase tocam o solo.
· Com duas entradas, uma voltada ao rio, outra voltada às roças.
· Dentro havia divisões em folhas de palmeiras trançadas formando nichos ocupados por famílias.
Antiga casa-aldeia Tukâno – cortes e fachadas
Casa unitária: maloca Toototobi, dos Yanomami
Outra tipologia de casa unitária é a maloca Tootobi, dos Yanomami. Caracteriza-se por:
· Conformação circular.
· Grande abertura no centro para sociabilização ou celebrações religiosas, como uma praça ou pátio central.
· As famílias se abrigam no seu perímetro, utilizando-se dos esteios em troncos de madeira para pendurar redes.
Aldeia-casa Yanomami – planta baixa – encaibramento
Casa Tiriyó – planta baixa elíptica
Temos, no Alto Xingu, aldeias conformadas de uma sequência de até 50 casas unitárias de famílias nucleares, dispostas circular ou elipticamente ao redor de uma grande praça central, saindo radialmente do seu centro os caminhos para a mata, as roças, o rio ou os locais de caça.
Casa Tiriyó – planta baixa elíptica
SAIBA MAIS
Em relação à topografia, essas aldeias eram implantadas paralelamente ao rio, nada além de 30 a 50 m, sendo que os últimos metros próximos ao rio eram reservados ao lazer e convívio da tribo.
Materiais e técnicas utilizados na construção das habitações
Essas habitações coletivas de plantas circulares, retangulares ou elípticas levavam até seis meses para serem construídas, iniciando na estação da seca. 
· 
Material: Os matérias utilizados eram basicamente troncos, folhas de palmeira, palha e cipós.
· Estrutura: Feita de troncos. Os troncos centrais, longos e pesados eram cortados próximo à aldeia e os mais flexíveis eram extraídos das matas distantes.
· Técnicas: A amarração era feita com cipós, que eram cortados na época das chuvas, permanecendo embebidos em água até o momento da construção para uma maior flexibilidade. Já o capim-sapé das paredes ou as folhas de buriti da cobertura eram cortados durante a seca e deixados ao sereno da noite, antes de serem entrelaçados em feixes.
Bons estudos!
U1S2 - Atividade Diagnóstica
As aldeias indígenas que habitavam a costa brasileira, no momento da chegada dos portugueses tinham uma composição espacial simples, que poderiam se distinguir basicamente pelo formato das casas, pelas coberturas e pela sua implantação.
Quanto a estas casas indígenas poderíamos afirmar como verdadeiro:
RESPOSTA: Os bens eram coletivos e as poucas divisões internas eram familiares. 
Os materiais utilizados por tribos indígenas, que habitavam a costa brasileira no momento da chegada dos portugueses no Brasil, eram basicamente materiais disponíveis na região. Esses materiais eram orgânicos e adaptados ao clima da região.
Quanto à caracterização destes materiais e ao uso dados pelos indígenas poderia apontar como principal descrição das suas qualidades:
RESPOSTA: Estes materiais duravam o tempo da sua degradação natural.
No momento da chegada dos portugueses ao Brasil no século XV havia uma série de tribos indígenas que já habitavam o litoral brasileiro. Estas tribos nativas tinham aldeias organizadas e habitações comunais adaptadas ao clima e região local.
Com base na análise do texto base apresentado, conhecemos a forma e materiais das suas habitações por meio de:
RESPOSTA: Descrições de contemporâneos da descoberta.
U1S2 - Atividade de Aprendizagem
As Missões Jesuíticas foram uma tentativa dos religiosos Inacianos de estabelecer um “Estado Teocrático” próximo aos Rios Paraná e Uruguai, entre os séculos XVII e XVII, pelo que hoje seriam territórios do Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
Estas missões tinham como principal motivação congregar em um único espaço diversas aldeias espalhadas ao redor do seu território para catequizar estes indígenas. Para estes fins a Missão deveria se expressar territorialmente de forma estruturada, sendo que
RESPOSTA: Estruturavam-se dentro de um traçado barroco, cujo centro era uma praça 
As construções religiosas, da primeira metade ao final do terceiro quartel do séc. XVI eram sumárias, com paredes em taipa de barro sobre trançados de gravetos, ou em paredes de adobe cobertas de palha vegetal, que denotavam seu caráter transitório.
Entretanto, mesmo com este caráter transitório, estas construções religiosas tinham um programa construtivo que se adequaria às funções religiosas destes religiosos. Assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: Plantação, ensino, moradia e culto
As construções missioneiras realizadas pela Companhia de Jesus, entre as bacias dos Rios Paraná e Uruguai, adaptavam experiências europeias e nativas, com varandas e pátios internos. No seu apogeu estas edificações, foram projetadas por padres – arquitetos vindos da Europa.
Na construção destas missões empregavam-se as populações indígenas, cujas características poderiam ser notadas:
RESPOSTA: Caráter europeizaste de materiais locais e elementos indígenas.
Web Aula 3
Arquitetura barroca
Arquitetura e ornamentação complementam-se para conformar uma edificação em diversos momentos da história. Um desses momentos é seguramente caracterizado pela representação barroca das igrejas brasileiras dos séculos XVI e XVII – não somente na elaboração das fachadas, mas na conformação de adros, praças ou largos com entalhos de retábulos e oratórios, expressando-se como uma unidade espacial.
Contexto do surgimento do barroco brasileiro
Ao final do século XVII houve uma mudança profunda nas relações regionais quando se descobriu ouro nas Minas Gerais, alterando-se o eixo econômico do Nordeste para o Sudeste, gerando um período produtivo na criação de centros urbanos na Colônia. 
Esses centros urbanos geravam inicialmente arraiais ao redor dos pontos de exploração de ouro, para posteriormente agregarem-se em núcleos urbanos, como aconteceu em Ouro Preto (anteriormente Vila Rica).
O espaço urbano passou a ser a representação da interação cultural dos diversos grupos que atuavam (europeus, nativos, mestiços, africanos e indígenas), tratando a cidade como palco de seus espetáculos em uma festividade de coletivos e na ritualização desse espaço, até mesmo com a colocação de cruzes, vias sacras, altares, retábulos efêmeros e outros elementos que referenciavam o espaço urbano para cada ocasião.
Portanto, o barroco do Brasil Colônia passou a representar na forma como edifícios, praças, largos, chafarizes e a própria malha urbana transformavam a paisagem em cenários, onde diversos coletivos tratavam de expor suas representações culturais.
Vista frontal do Chafariz de São José, em Tiradentes (MG), com destaque aos assentos em pedra, nas laterais, e as escadas de acesso
O papel da Igreja na arquitetura barroca brasileira
As igrejas construídas ao final do século XVII libertavam-se de traçados estáticos nas ornamentações internas e nas suas fachadas, incorporando assim um dinamismo sinuoso de curvas que não eram tradicionais nas suas correspondentes da Europa. As plantas baixas dessas igrejas ainda se mantinham retangulares – o que acentuava, no seu momento inicial do barroco, seu caráter cenográfico.
Vamos destacar algumas edificações de igrejas que marcam esse período.
· Convento Franciscano (1708 a 1723), em Salvador, na Bahia. Situado em frente a uma praça, que ostenta ao centro um cruzeiro, defronte ao Terreiro de Jesus. 
Convento Franciscano (1708 a 1723)
Sua fachada é composta de duas torres maciças, retangulares e arrematadas por pirâmides regulares no topo. Emolduram o frontispício elaborado em arenito com três arcos, que suportam um frontão que se compõe com volutas entrelaçadas e contravoltas, destacando-se pelo contraste das suas texturas ásperas com as torres lisas.
· Igreja da Nossa Senhora da Glória do Outeiro, no Rio de Janeiro, iniciada em 1714.
Igreja da Nossa Senhora da Glória do Outeiro
Sua planta apresenta um octógono na nave central e um hexágono na capela-mor. Destaca-se por apresentar nos seus vértices pináculos que alongam os elementos estruturais em pedra em direção aos céus, enquanto suas paredes caiadas de branco dão umbrilho que a destacariam da paisagem original.
· Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar, de Ouro Preto (1720-1732), em Minas Gerais. 
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar
Apresenta uma fachada arqueada e volutas laterais ao frontão principal. Destacam-se os vértices estruturais em pedra, bem como as colunas jônicas do seu corpo central.
· Igreja de Nossa Senhora do Rosário, de Ouro Preto (1753-1785), em Minas Gerais. A experiência projetual da Matriz de Nossa Senhora do Pilar resultou em um aprimoramento das plantas curvilíneas, tipificando a evolução do barroco brasileiro.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário
Com fachada curva, projetando-se à frente entre duas torres cilíndricas laterais. As plantas da nave e da capela-mor são elípticas – cuja intenção é demonstrar ambiguidade e movimento em todas as fachadas.
Explore a galeria
Portanto, as experiências e as ousadias projetuais das igrejas mineiras elevam o desenvolvimento do barroco, conduzindo-o ao rococó, assim caracterizado pela exuberante ornamentação e refinamento do uso da talha em esteatita, conhecido como pedra-sabão, além do uso de quartzito Itacolomy. Esse refinamento e elegância marcaram o apogeu de uma união entre arquitetura e arte.
O barroco brasileiro diferencia-se do europeu pela originalidade das soluções, ainda que não tenha características daquela grandiosidade, preferindo ser transcendentes pela criação de uma ilusão espacial, cujo propósito seria conduzir-nos a outra realidade, dinâmica, rica e voluptuosa.
Bons estudos!
U1S3 - Atividade Diagnóstica
Entendemos que o Barroco é uma expressão artística que se iniciara na Europa, portanto ao ser introduzido no Brasil ele sofrerá alterações, principalmente na forma como se manifesta no meio urbano e nos edifícios, religiosos ou civis. 
Dentre as manifestações urbanas do Barroco brasileiro poderíamos afirmar:
I. Se expressa no ordenamento interno das plantas de edifícios religiosos.
II. Se expressa na malha urbana transformando paisagem em cenário.
III. Se expressa em fontes urbanas para realçar o dinamismo.
IV. Se expressa nos frontões e entablamentos das fachadas de igrejas.
Leia atentamente as assertivas e assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As alternativas corretas são II e III
Entendemos que o Barroco é uma expressão artística que se iniciara na Europa, especificamente na Itália, utilizado pela Igreja como oposição ao movimento de Reforma, expresso em Igrejas com alta ornamentação, dinamismo e pela dualidade entre os ideais renascentistas e as riquezas usufruídas do Novo Mundo.
Considerando estas caraterísticas do Barroco, poderíamos apontar como características do Barroco no Brasil:
I. O Barroco brasileiro tem a dualidade Reforma e Contrarreforma da Europa.
II. O Barroco brasileiro tem a dualidade entre as riquezas no Novo Mundo e os ideais renascentistas.
III. O Barroco brasileiro tem o dinamismo do espetáculo da miscigenação.
IV. O Barroco brasileiro tem a simultaneidade e a cenografia da interação cultural.
Leia atentamente as assertivas acima e assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As alternativas corretas são III e IV
O processo de urbanização brasileira está conectado aos ciclos econômicos do período colonial, desde o descobrimento até o Império, portanto sua localização e caraterísticas espaciais são consequências deste processo.
Desta forma poderíamos afirmar que:
I. As Capitanias Hereditárias promoveram uma urbanização prolífica e interconectada.
II. O ciclo da cana de açúcar promoveu uma explosão urbanizadora e administração concentrada.
III. O ciclo da cana de açúcar promoveu uma urbanização sazonal e esparsa
IV. A urbanização portuguesa era medieval e orgânica sobre a topografia.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As alternativas corretas são III e IV 
U1S3 - Atividade de Aprendizagem
Sabemos que o período colonial do Brasil pode ser definido pela alternância de ciclos econômicos, O ciclo econômico baseado na exportação de açúcar baseava-se na produção extensiva da cana de açúcar, principalmente no Nordeste do Brasil. 
Em função deste ciclo econômico, a vida nas cidades poderia ser caracterizada por:
I. Os Engenhos de açúcar eram o centro econômico das cidades.
II. As casas eram colocadas no alinhamento do lote e definiam as ruas.
III. As casas citadinas eram usadas principalmente durante as festas religiosas.
IV. As cidades criadas no séc. XVI refletiam as Legislações Filipinas.
Leia atentamente as asserções acima e assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As alternativas corretas são II e III 
As experiências arquitetônicas das Igrejas do Barroco mineiro, são a representação das Irmandades, Guildas ou associações religiosas que buscavam sua representação espacial urbana através de edificações que demonstrassem suas características culturais ou proeminência social. 
Portanto, as experiências e as ousadias projetuais das Igrejas mineiras elevam o desenvolvimento do Barroco conduzindo-o ao Rococó, assim caracterizado pela exuberante ornamentação, caracterizadas pelo:
I. Soluções aplicadas com grandiosidade e exuberância de curvas 
II. Refinamento e elegância associada a Antônio Francisco Lisboa, O Aleijadinho
III. Refinamento do uso da talha em esteatita, conhecido como pedra-sabão.
IV. Criações sublimes que se utilizam de uma ilusão espacial.
Após uma leitura atenta do texto base, assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As alternativas corretas são II, III e IV 
Com a descoberta de ouro no séc. XVIII delimita-se um novo ciclo econômico, havendo uma mudança nas relações espaciais com a criação de um grande número de arraiais ao redor de pontos de exploração deste mineral nas Minas Gerais, surgem assim centralidades urbanas com especial representação em conjuntos urbanos.
Estes novos centros urbanos nas Minas Gerais caracterizam-se pela representação Barroca, com:;
I. Ocupação das colinas privilegiando as casas isoladas em recuos.
II. O espaço urbano é palco de interação com cruzeiros, adros e vias sacras.
III. Transforma a paisagem em cenário na forma como edifícios, praças, largos, chafarizes,
IV. Representa conflitos citadinos entre Reforma e Contrarreforma, humanismo e mercantilização.
Após uma leitura atenta, assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As alternativas corretas são II e III 
U1 - Vídeo Aula Resumo
U1 - Avaliação da Unidade
Na primeira metade do século XVII o Brasil presenciou o avanço da evangelização promovida pelos jesuítas com novas ações sobre territórios indígenas ainda não catequizados e longe dos centros urbanos, formando as “reduções missionárias” que eram uma tentativa bem-sucedida de concentrar diversas aldeias e grupos indígenas (mormente guaranis) em uma rede de unidades catequéticas independentes. 
Suas principais características poderiam ser assim elencadas:
I. Dois jesuítas eram responsáveis por até 6000 indígenas.
II. Implantada sobre o litoral dividia a missão em funções definidas.
III. Contava com uma estrutura agrícola, pastoril e administrativa.
IV. Estruturavam-se em um traçado em cruz, cujo centro era uma praça.
Após uma leitura atenta das afirmativas assinale a alternativa que considerar correta
RESPOSTA: As afirmativas corretas são II, III e IV 
Podem-se destacar como elementos do Barroco Mineiro os chafarizes, cujos vertedouros surgem de paredes de cantaria de pedra, plenas de volutas, escudos, imagens religiosas, conchas e figuras antropomórficas de feições miscigenadas. Porém cabe às Igrejas, das Minas Gerais, um caráter representativo da riqueza e diversidade que abrigaram o Ciclo do Ouro que definiu o novo eixo econômico ao Sudeste. Levando o desenvolvimento do Barroco ao Rococó.
Dentre as características do Rococó brasileiro poderíamos afirmar:
I. Exuberante ornamentação e refinamento do uso da talha.
II. Fachada de empenas curvas e entalhes de friso retilíneos.
III. Sua ornamentação combina complexidades e delicadezas.
IV. Ilusão espacial com dinâmica rica e voluptuosa.
Após uma leitura atenta das assertivas, assinale a alternativa correta.RESPOSTA: As assertivas corretas são I, III e IV
 
A partir do primeiro quartel do séc. XVI iniciam-se os ciclos econômicos, que levarão da simples extração de produtos naturais à exploração das riquezas minerais, ou seja, do pau-brasil à produção de açúcar, daí ao ouro e pedras preciosas, para findar no século XIX no café. Acompanhando estes ciclos há uma hierarquia de cidades criadas em função destes ciclos. 
Analise as capitais apresentadas e o ciclo econômico.
	I. OURO PRETO 
	a. Borracha
	II. BELÉM
	b. Ouro
	III. SALVADOR
	c. Pau-brasil
	IV. SÃO PAULO 
	d. Café
Com base na leitura do texto base e da análise dos itens apresentados, associando uma capital a um ciclo econômico, assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: I.b; II.a; III.c; IV.d 
As construções religiosas, da primeira metade ao final do terceiro quartel do séc. XVI eram simples, com um programa construtivo que contemplava a vida catequética. Estas construções sumárias, assentadas sobre o litoral buscavam oferecer a conversão aos indígenas e o conforto espiritual àqueles que se lançavam ao desconhecido no Novo Mundo. 
Desta forma poderemos caracterizar estas primeiras Igrejas:
I. Atendia um programa restrito ao Culto e Retiro.
II. Construções em taipa ou adobe com cobertura vegetal.
III. Acomodavam os frequentadores em pé
IV. Apresentavam uma planta baixa retangular.
Com base na leitura do texto base e das asserções apresentadas, assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As asserções corretas são II, III e IV 
Ao final do século XVII há uma inflexão profunda nas relações regionais quando se descobre ouro nas Minas Gerais, gerando um período prolifico na criação de centros urbanos. Estas novas ocupações urbanas configuravam-se pela ocupação das colinas, onde se destacam as participações das corporações de ofícios ou artesãos, que subsidiavam as ordens religiosas que os representavam, sejam homens libertos, sejam de escravos africanos ou indígenas apresados.
Desta forma poderíamos caracterizar o Barroco brasileiro:
I. Representação da interação cultural dos grupos que atuam, tratando a cidade como palco de espetáculos.
II. O Barroco é a representação dos conflitos entre Reforma e Contrarreforma.
III. Espetáculo cenográfico de interação entre europeus, nativos, mestiços, africanos e indígenas.
IV. A forma como edifícios, praças, largos, chafarizes, a malha urbana, transformam a paisagem em cenários.
Após uma leitura atenta das assertivas acima reflita e assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As assertivas corretas são I, III e IV 
UNIDADE 2 | Brasil Império e República
Web Aula 1
A arquitetura neoclássica no Brasil
Contexto histórico
Em fins do século XVIII, em Paris, intelectuais reuniam-se para discutir filósofos iluministas que justificassem a derrocada de uma monarquia absolutista, ordenada na tradição greco-romana. A retomada dos valores clássicos inspiraria a arquitetura neoclássica.
A ascensão de Napoleão Bonaparte em 1799 trata de levar os ideais de Liberdade, Igualdade e Fraternidade a toda a Europa, colocando em risco todas as coroas europeias. Em oposição à França, a Inglaterra impõe um bloqueio naval aos portos franceses para sufocá-los economicamente. Em 1807, Portugal, tendo D. João VI como Príncipe Regente, da sua mãe D. Maria I, é uma última coroa europeia ainda independente da França.
Sem condições de resistir à invasão francesa, D. João VI decide mudar a corte portuguesa para o Brasil. Rompia-se assim o Pacto Colonial e o domínio metropolitano sobre todos os produtos que aqui ingressassem. Economicamente abriram-se os portos às nações amigas (principalmente a Inglaterra, em plena Revolução Industrial) e foi dada a permissão de montar indústrias anteriormente proibidas, tais como de tecidos, de ferro (Usina Ipanema); foram construídas estradas para ligar os polos econômicos; os portos foram melhorados e a produção agrícola foi estimulada.
A família imperial teve dificuldade de localizar edificações dignas de recebê-los, terminando por se acomodar no Largo do Carmo, renomeado Paço Real (atual Praça XV), onde a antiga Casa dos Vice-Reis viria a ser local de despachos do Príncipe Regente, e o Convento do Carmo, residência da D. Maria e a família imperial, restando aos demais membros da corte procurar casas dignas da sua importância e confiscá-las de seus donos, desalojando uma parte considerável da população mais abastada.
Vista do Largo do Carmo (Debret, 1834) com destaque do chafariz
Com a chegada da família real em 1808, foi uma ação planejada a proposta de elevar o Rio de Janeiro para sede do império. Assim, justifica-se a elaboração de um mapa oficial da cidade, publicado em 1812, para planejar as ações urbanas, tendo o primeiro diagnóstico urbano produzido pelo médico Manuel Vieira da Silva, sobre as condições de saúde pública e a necessidade de transformações para articular a saúde.
Planta da cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, levantada por ordem de sua Alteza o Príncipe Regente Nosso Senhor, no ano de 1808.
Desse modo, havia a necessidade de expor a uma população majoritariamente analfabeta que havia um processo “civilizatório” no qual se refletia a mudança de uma colônia à sede de um império. Surge então a possibilidade de trazer um grupo de artistas da Academia de Artes Francesa, todos desempregados com a queda de Napoleão, para disseminar um neoclassicismo que representaria o império.
Desembarca em março de 1816 a Missão Artística Francesa organizada por Joaquim Le Breton com o objetivo de formar uma Escola Real de Artes, Ciências e Ofícios, tendo entre outros Jean-Baptiste Debret e Nicolas Antoine Taunay, Auguste Marie Taunay, Marc e Zéphirin Ferrez e o arquiteto Grandjean de Montigny.
Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny foi aluno da École des Beaux Arts de Paris e ganhador do Grande Prémio de Roma de 1799, além disso foi arquiteto oficial da Corte de Jerônimo Bonaparte na Vestefália. Coube a ele a criação do curso de Arquitetura e seu edifício sede, inaugurado em 1826 como Academia Imperial de Belas Artes, sendo ele o único professor de Arquitetura até 1850, ano de sua morte.
Grandjean de Montigny foi responsável por obras urbanísticas efêmeras. Explore uma galeria e conheça suas obras.
· Grandjean de Montigny teve a oportunidade de fazer projetos urbanísticos de expansão do centro; em 1826 projeta uma avenida que ligaria a Praça XV ao Campo de Santana, sendo que a Praça XV seria remodelada para receber um novo Paço Real, digno de uma sede do império.
Mapa do Centro do Rio de Janeiro em 1815
· Os modelos urbanísticos de Grandjean de Montigny, de caráter monumental e neoclassicista, não chegam a ser implantados, assim como outros projetos, sofrendo rejeição dos artistas portugueses que vieram com a corte e se interpunham à consolidação do modelo academista francês.
Projeto de edifício da Academia
· Entre suas realizações podemos apontar a Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), implantada na Rua do Ouvidor, com fachada que se desenvolve horizontalmente, corpos laterais simétricos com vãos simples de janelas sobre arcos plenos, tendo ao centro um elegante corpo elevado que ostenta seis colunas jônicas.
Fachada da Academia Imperial de Belas-Artes transportada ao Jardim Botânico
· A Praça do Comércio do Rio de Janeiro é outra obra de Montigny – este edifício é atualmente a Casa França-Brasil que foi projetado para abrigar a Bolsa de Comércio – que apresenta um rigor projetual excepcional, de clara influência da simetria axial de Andrea Palladio, apresentando uma planta em cruz, que revela uma pureza formal.
Casa França-Brasil
· O Solar é a residência do arquiteto, concluída por volta de 1823, junto à Gávea. Trata-se de uma obra neoclássica também de influência palladiana, já que concilia um volume cilíndrico e um cubo – com três faces cercadas por varandas apoiadas sobre colunas dóricas.
Solar Grandjean de Montigny – fachada principal e escadaria de acesso
Com uma expressão ”civilizatória” do Império, dependente de materiais e mão de obra especializada,obrigando a aplicações superficiais, de precária técnica escrava, o Neoclassicismo não trouxe o aperfeiçoamento pretendido à arquitetura brasileira, se restringindo a uma limitada influência no Rio de Janeiro e a um grupo social, deixando as inovações com materiais e técnicas para o Ecletismo (a partir da última metade do século XIX) (REIS, 2000).
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Em 1807, Portugal, tendo D. João VI como Príncipe Regente, da sua mãe D. Maria I, é a última coroa europeia ainda independente da França, tendo Lisboa sob a guarda da marinha inglesa. Sem condições de resistir à invasão francesa, D. João VI decide mudar a corte portuguesa para o Brasil. Escoltado pela marinha inglesa ele chega à costa de Salvador em janeiro de 1808 e à capital, Rio de Janeiro, em março de 1808.
Com a chegada da Corte ao Rio de Janeiro em 1808 poderíamos afirmar:
I. Mantem-se o Pacto Colonial e o domínio metropolitano sobre todos os produtos que aqui ingressassem.
II. Economicamente abriram-se os portos às nações amigas principalmente a Inglaterra.
III. Mantem-se a permissão anterior para montar indústrias, tais como tecidos e ferro.
IV. A família imperial teve dificuldade de localizar edificações dignas de recebê-los.
Leia atentamente as afirmações e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas 
A proposta do Império ao utilizar o modelo neoclassicista como sua representação, teve relativo sucesso, já que mesmo com a implantação do ensino de Belas Artes, na Academia Imperial de Belas Artes (RJ) haviam ainda algumas dificuldades a serem superadas. 
Com uma expressão ”civilizatória” do Império, dependente de ______ e mão de obra ______, obrigando a aplicações superficiais, de _______ técnica escrava, o Neoclassicismo não trouxe aperfeiçoamento pretendido à Arquitetura Brasileira, restringindo a ________ influência no Rio de Janeiro e a um grupo social.
A partir de uma leitura atenta assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente o texto apresentado.
RESPOSTA: Materiais, especializada, precária, restrita 
A chegada da Família Real ao Brasil trouxe a proposta Imperial de introduzir o Neoclassicismo no Brasil tinha como clara intenção alterar o status colonial / barroco, que não mais seria possível, na única capital de um Império Europeu, fora da Europa.
A partir da afirmação acima poderia ser interpretada:
I. Havia a necessidade de expor, a uma população majoritariamente analfabeta, que havia um processo “civilizatório”, 
PORQUE
II. Surge a possibilidade de trazer um grupo de artistas, da Academia de Artes Francesa para disseminar o neoclassicismo.
Leia atentamente as afirmações e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I. 
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Em decorrência da implantação de um projeto europeizaste do Império, o neoclassicismo desenvolve-se nas Províncias, longe dos centros, com uma arquitetura diferenciada daqueles que tinham contato com a Europa, onde seriam aplicados elementos de semelhança destinados às fachadas ou com copias imperfeitas.
Apoiando-se sobre estruturas de ________, que não permitiam colunas ou frontões, alterando vergas de arco abatido por ______. Podemos dizer que ao longo do séc. XIX estas residências das províncias eram mais próximas ao _________, seja no programa, na organização interna, ou nos detalhes, mas principalmente no ____________”.
A partir de uma leitura atenta assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente o texto apresentado.
RESPOSTA: Taipa de pilão, arco pleno, padrão colonial, processo construtivo 
Auguste Henri Victor Grandjean de Montigny foi responsável pela criação do curso de Arquitetura e seu edifício sede, que foi inaugurado como Academia Imperial de Belas Artes, sendo ele o único professor de Arquitetura.
Dentre uma série de projetos realizados no Rio de Janeiro, poderíamos destacar:
I. A Praça do Comércio do Rio de Janeiro projetado para abrigar a Bolsa de Comércio, de clara influência da simetria axial de Andrea Palladio, apresentando uma planta em cruz.
II. O Solar Grandjean de Montigny, residência construída para o arquiteto, junto à Gávea. Trata-se de uma obra neoclássica também de influência palladiana, já que concilia um volume cilíndrico e um cubo.
III. O Arco do Triunfo nas aleias do Jardim Botânico, que serve de referência às realizações de D. João VI, no Rio de Janeiro.
IV. O Arco Triunfal, o Templo de Minerva e o Obelisco, para marcar a Aclamação de D. João VI em 1818.
Leia atentamente as asserções acima, analise-as e assinale a alternativa correta a seguir:
RESPOSTA: As afirmações I, II e IV estão corretas 
Em 1807, Portugal, tendo D. João VI como Príncipe Regente, da sua mãe D. Maria I, é a última coroa europeia ainda independente da França, tendo Lisboa sob a guarda da marinha inglesa. D. João VI decide mudar a corte portuguesa para o Brasil, escoltada pela marinha inglesa chega ao Rio de janeiro em março de 1808.
A instalação do Rio de Janeiro como sede de um Império Europeu na América romperia o Pacto Colonial, sendo assim:
I. A família imperial e os demais membros da corte tiveram dificuldade de localizar edificações dignas de recebê-los, desalojando uma parte considerável da população. 
POR QUE
II. Precisaram instalar sedes administrativas, ministérios, bancos, bibliotecas, imprensas e indústrias que pudessem abastecer a Corte e as outras colônias.
Considerando o contexto, avalie as asserções acima e a relação proposta entre elas.
RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I 
Web Aula 2
Período Eclético
Contexto histórico
A segunda metade do século XIX será marcada pela produção cafeeira, o investimento inglês no transporte ferroviário e nos portos, a substituição da mão de obra escrava por imigrantes – que levará à Abolição da Escravidão – e a expansão urbana com o influxo imigrante às cidades, que terá como consequência a Proclamação da República.
A melhoria das condições gerais da economia propiciada pela supressão do tráfico de escravos e pelo estabelecimento de tarifas alfandegárias favoreceu a produção local e permitiu o surgimento de atividades empresariais urbanas, como bancos, indústrias e empresas destinadas à prestação de serviços, que promoveram o crescimento de cidades.
Entre as melhorias culturais vemos uma criação de instituições de ensino, bibliotecas, casas tipográficas e imprensa, que conectam uma classe urbanizada a movimentos europeus desencantados com as promessas de mudanças não concluídas de igualdade e fraternidade. Isso levou então à fuga individualista, à idealização da realidade por meio da revalorização histórica do passado imaginário e mítico, conduzindo ao Romantismo. Na Arquitetura o revivalismo histórico foi utilizado pelo Renascimento e Neoclassicismo como reinterpretação de um passado clássico.
No entanto, a convicção nas novas técnicas permitiu acesso a materiais que conciliassem diversas referências estilísticas, conduzindo à Arquitetura Eclética. No Brasil essa manifestação permitirá a uma nova classe urbanizada a diversidade de formas e estilos europeus, aplicados com a técnica de imigrantes que não consideravam novidade suas referências de origem. As figuras a seguir apresentam edifícios de inspiração barroca e renascentista.
O Edifício Ely, atual Tumelero, é um prédio histórico brasileiro, localizado na cidade de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.
Construído em alvenaria em estilo neorrenascentista alemão, possui cerca de oito mil metros quadrados, distribuídos em quatro andares, e 3.220 metros quadrados de fachada, decorada com abundância de janelas altas e estreitas com delicadas esquadrias, balaustradas, cúpulas, ornamentos, estatuária e grades em ferro forjado, destacando-se um belo frontão com volutas, sendo internamente simples e despojado.
Explore uma galeria e conheça mais sobre uma arquitetura eclética.
· A arquitetura eclética tinha entre seus princípiosa combinação de elementos compositivos historicistas de diversas épocas e estilos, porém mantendo os princípios de axialidade e simetria distributiva entre eles; portanto a harmonia compositiva se daria pela totalidade, e não pela interação harmônica das partes entre si.
Palácio de Manguinhos
· Assim, o Ecletismo pode ser considerado um método projetivo que busca adaptar ao seu período novas composições a partir da escolha de elementos diversos ou sistemas compositivos da história da arquitetura, em uma união de partes independentes.
Palácio de Manguinhos
· A sociedade brasileira, ao longo do século XIX, tratava de encontrar formas de harmonizar liberais e conservadores. Dessa forma, não seria de se estranhar o sucesso da proposta eclética na conciliação justaposta de diversas vertentes arquitetônicas em um mesmo edifício.
“Companhia de Estrada de Ferro D. Pedro II”
· Assim o progresso material permitiu que cidades conectadas por trem tivessem construções em aço inglês, tijolos belgas, legítimas telhas francesas, balaústres italianos e tintas alemãs, que comporiam Estações de Trem ou agências de “Correio e Telegrapho”.
Estação da Luz (1895 - 1901)
As cidades brasileiras no fim do século XIX abrem-se para uma vida urbana de espaços românticos de contemplação e exibição em praças e parques de uma elite que usufruía da infraestrutura de serviços urbanos, enquanto o lote urbano se abre para recuos de frente e lateral. Assim, afastavam-se das formulações colônias de ocupação integral do lote, consideradas ultrapassadas e insalubres.
Palacete da Ilha Fiscal (1881 - 1889) - Adolfo José Del Vecchio - Rio de Janeiro
Surgem as transformações na forma de morar, não somente no uso de novos materiais, mas também no fenômeno construtivo, quando os edifícios são importados inteiramente desmontados. Construções industrializadas chegam da Europa totalmente desmontadas nos porões dos navios, que partirão carregados de café. Trazem as estruturas, vedações, coberturas, escadas e acabamentos, montadas aqui de acordo com os desenhos e instruções que as acompanhavam.
Durante o Ciclo da Borracha, entre os anos 1880 e 1910, relacionados à extração de látex na região amazônica, houve um intenso processo de expansão nas cidades de Belém e Manaus, quando estas cidades foram renovadas na área central e “embelezadas” (termo comumente utilizado nesse período para as transformações urbanas). Devido à rapidez de crescimento, à riqueza e à escassez de mão de obra era comum a importação de materiais e até da totalidade de edificações em metal.
Nas últimas décadas do século XIX as transformações da relação arquitetura-lote urbano ocorreram de forma discreta nas suas dimensões e implantação, porém nas primeiras décadas do século XX houve grandes mudanças urbanas, especialmente no desenho das cidades – seguindo inicialmente a visão higienista demarcada pela chegada da Família Real.
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As melhorias na economia promovidas pela ascensão do café e aquelas decorrentes da chegada da Família Real promoveram uma transformação social, com uma gradual degradação da conservadora sociedade patriarcal e agraria baseada na produção extensiva da cana de açúcar, no trabalho escravo, assim ela seria suplantada por uma nova classe de produtores de café, urbanizada, letrada, interessada por novas opções de lazer, leitura, conectada com os acontecimentos de uma Europa em plena Revolução Industrial – disposta a abrir novos mercados para seus produtos. 
Desta forma, a segunda metade do séc. XIX será marcada pela produção ____________, o investimento ____________ no transporte ____________ e nos portos, a substituição da mão de obra escrava por imigrantes – que levará à Abolição da Escravidão - a expansão ____________ com o influxo imigrante às ____________, que terá como consequência a proclamação da República.
A partir de uma leitura atenta assinale a alternativa que completa correta e, sequencialmente, a afirmativa anterior.
RESPOSTA: Cafeeira – inglês – ferroviário – urbana - cidades 
O sistema ferroviário a vapor inicia na segunda metade do sec. XIX e coloca em contato as áreas agrárias do interior com o litoral (consequentemente com a Europa), possibilitou o transporte de materiais de construção mais pesados, além de máquinas e outras mercadorias para diversas regiões do país. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. A melhoria das condições gerais da economia propiciada pela supressão do tráfico de escravos e pelo estabelecimento de tarifas alfandegárias favoreceu a produção local,
PORQUE
II. Permitiu o surgimento de atividades empresariais urbanas, como bancos, indústrias e empresas destinadas à prestação de serviços.
Leia atentamente as assertivas e responda a alternativa correta a seguir:
RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Dentre as melhorias culturais da segunda metade do séc. XIX vemos a criação de instituições de ensino, bibliotecas, casas tipográficas e imprensa, que conectam uma classe urbanizada aos movimentos europeus desencantados com as promessas de mudanças não concluídas de igualdade e fraternidade, levando à fuga individualista, à idealização da realidade através do Revivalismo Histórico de um passado imaginário e mítico. 
Na Arquitetura o revivalismo histórico foi utilizado pelo Renascimento e Neoclassicismo como reinterpretação de um passado clássico, porém no séc. XIX houve a inserção de: 
I. Novas técnicas permitiram acesso a materiais que conciliassem diversas referências estilísticas.
II. A diversidade consumista do Ecletismo era a negação estilística clássica.
III. No Brasil, a arquitetura eclética permitirá, para uma nova classe urbanizada, a diversidade de formas e estilos europeus que fantasiam um passado inexistente.
IV. O uso da mão de obra escrava, de baixa qualificação, gerou a diversidade estilística.
Leia atentamente as assertivas e responda a alternativa correta a seguir:
RESPOSTA: As afirmações I e II estão corretas
U2S2 - Atividade de Aprendizagem
A aquisição das novas tecnologias no segundo quartel do século XIX se dá pela crescente exportação de café e por uma posição cambial favorável, desta forma adquirem-se também novos hábitos construtivos que liberariam nossos construtores das velhas tradições coloniais. 
Dentre os novos hábitos construtivos poderíamos destacar:
I. Recuo Frontal, uso de cobogós e vidros nas janelas.
II. Jardins laterais, recuos frontais e porão elevado.
III. Telhados com balanço, alcovas e colunas de ferro.
IV. Escadas nas varandas, dormitórios ventilados e colunas em ferro.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas 
O sistema ferroviário a vapor inicia na segunda metade do sec. XIX e coloca em contato as áreas agrárias do interior com o litoral (consequentemente com a Europa), possibilitou o transporte de diversos produtos importados para o interior do país. 
Dentre a diversidade de materiais importados poderíamos destacar como de maior relevância para desencadear o Ecletismo no Brasil:
I. Imigrantes, café e trilhos de trem.
II. Escravos libertos, materiais de construção e café.
III. Trilhos de trem, café e materiais de construção.
IV. Maquinário, materiais de construção e estruturas metálicas.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As afirmações IV está correta 
As cidades brasileiras ao fim do sec. XIX abrem-se para uma vida urbana de espaços românticos de contemplação e exibição em praças e parques de uma elite que usufruía da infraestrutura de serviços urbanos, guardeando referências históricas de um passado que não tivéramos, mas que ansiávamos usufruir 
Dentre os serviços urbanos oferecidos neste período poderíamos indicar:
I. Jardins frontais nos lotes com plantas nativas ornamentais.
II. Iluminação pública e serviços de água.
III. Edificações públicas de caráter simples com estruturasbásicas.
IV. Transportes públicos sobre trilhos.
Leia com atenção as afirmativas acima e assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas 
U2S3 - Atividade Diagnóstica
Em São Paulo, ao final do sec. XIX sofrerá transformações na sua arquitetura a partir da Proclamação da República, pelas mãos do engenheiro arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Ele se estabelece na Capital em 1888 e inicia uma sólida carreira capaz de representar a arquitetura republicana.
Sua capacidade de lidar com os poderes públicos e interesses privados tornam sua firma F. P. Ramos de Azevedo e Cia. o maior escritório de projetos do século XIX e início do século XX. Dentre as diversas facetas da sua atividade na cidade de São Paulo poderíamos comentar:
I. Um dos responsáveis pela criação da Escola Politécnica de São Paulo.
II. Envolve-se na gestão urbana de transportes e energia.
III. Contribui para a formação de artífices no Liceu de Artes e Ofícios.
IV. Inicia sua atuação com os edifícios das Secretarias de Estado no Centro administrativo da Capital.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As afirmações I, II e IV estão corretas. 
O exemplo mais representativo de uma tentativa de modernização urbana se deu no Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, graças às ações conjuntas do governo federal e municipal. O governo do presidente Rodrigues Alves, desde sua posse anunciara a intenção de melhorar a imagem da cidade, a sanidade e a economia, assim suas ações se dariam através da região portuária. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. A ação municipal se daria na estruturação viária, a partir do porto, com a uniformização de fachadas, criação de parques e edifícios culturais, 
PORQUE
II. Seria a continuidade do princípio urbanístico que orientou a reforma urbana anunciada pela Comissão de Melhoramento da Cidade do Rio de Janeiro em 1875.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
Quando o Brasil ingressa no séc. XX conta com uma economia baseada na exportação de produtos primários, sendo o principal deles o café no Sudoeste, em seguida borracha no Norte. Tínhamos uma incipiente economia urbana, para uma população de quase 17 milhões de habitantes, onde menos de 6 milhões deles moravam em cidades, onde uma insignificante estrutura urbana veria uma expansão demográfica – em 1900 as cidades do Rio de Janeiro teriam pouco mais de 745.000 habitantes, correspondendo a um aumento de 270% em relação ao censo de 1872; enquanto que São Paulo teria pouco mais 239.000 habitantes, com um aumento de 870% sobre o censo de 1870. 
Portanto ________ seriam o palco da _______ para a instalação de serviços de drenagem, abastecimento de água e esgoto, gás, eletricidade, iluminação pública, transportes, etc. – em sua maioria eram empreendimentos com envolvimento de empresas ou capital _______, mormente _______, tal como acontecera com as linhas ________ no início da 2ª metade do séc. XIX.
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas.
RESPOSTA: Cidades – modernidade – estrangeiro – inglês – férreas. 
Web Aula 3
Modelos arquitetônicos do Brasil República
Quando o Brasil ingressou no século XX, tínhamos uma incipiente economia urbana, para uma população de quase 17 milhões de habitantes, dos quais menos de 6 milhões moravam em cidades. Portanto, as cidades seriam o palco da modernidade para a instalação de serviços de drenagem, abastecimento de água e esgoto, gás, eletricidade, iluminação pública, transportes, etc. – em sua maioria eram empreendimentos com envolvimento de empresas ou capital estrangeiro, mormente inglês, tal como acontecera com as linhas férreas no início da segunda metade do século XIX.
Como exemplo dessas modernizações propostas para as cidades brasileiras no século XIX, podemos citar a transferência em 1896 da capital de Minas Gerais, de Ouro Preto para Belo Horizonte, uma cidade totalmente nova, planejada para se tornar sede administrativa e sede do governo estadual, projetada pelo engenheiro Aarão Reis, formado pelo curso Politécnico do Rio de Janeiro.
Entretanto, o exemplo mais representativo de uma tentativa de modernização urbana se deu no Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, graças às ações conjuntas do governo federal e municipal. O governo do presidente Rodrigues Alves desde sua posse anunciara a intenção de melhorar a imagem da cidade, “conciliando a erradicação de epidemias que ocorreram no século XIX, afastando a população pobre de setores estratégicos [...]” (SEGAWA, 1999, p. 21).
A ação municipal se daria na estruturação viária, a partir do porto, com a uniformização de fachadas, a criação de parques e edifícios culturais e também com a criação de uma vila operária – seria assim a continuidade do princípio urbanístico que orientou a reforma urbana anunciada pelo presidente Rodrigues Alves e os engenheiros da Comissão de Melhoramento da Cidade do Rio de Janeiro em 1875.
A indicação do engenheiro Francisco Pereira Passos para prefeito da cidade do Rio de Janeiro, antigo membro da Comissão de Melhoramento de 1875, era uma proposta organicista de estabelecer uma ligação dos bairros com o centro do Rio de Janeiro. O prefeito criou quatro artérias de ligação com regiões suburbanas e estabeleceu avenidas ligando a zona sul ao centro.
A ação municipal de Pereira Passos tinha influências das reformas urbanas de Haussmann em Paris no século XIX, com abertura de avenidas e padronização de fachadas. A abertura de arruamentos interligando o centro à zona sul seria coroada por uma intervenção simbolicamente denominada como “central”.  Então, uma larga avenida sairia da Prainha do Porto até o Largo de Sta. Luzia para aproveitar a área mais valorizada e economicamente mais ativa da cidade.
· A obra apresentaria toda uma infraestrutura técnica das mais desenvolvidas para os padrões da época, com cabos de luz, fios de telefone e tubos de gás subterrâneos, além de tecnologias modernas de calçamento viário – assim surgiu a Avenida Central, atual Av. Rio Branco.
Vista dos trabalhos de pavimentação da Av. Central
Passos considerava o centro urbano como civilizatório. As reformas urbanas tinham como propósito o “embelezamento” (termo corrente na época), visando remover cortiços, áreas degradadas e antigas construções coloniais em mau estado de conservação, portanto insalubres. Obviamente, em se tratando do Brasil, a parcela pobre e atingida por essa reforma tendia fatalmente a ser formada por descendentes de escravos, ou seja, negros e mulatos. Esse movimento contribuiu, em parte, para a formação das favelas.
São Paulo, que ainda mantinha construções de taipa, a partir da Proclamação da República no final do século XIX sofreu transformações em sua arquitetura pelas mãos do engenheiro arquiteto Francisco de Paula Ramos de Azevedo, formado em Gand na Bélgica (1878).
Sua capacidade de lidar com os poderes públicos e interesses privados tornaram sua firma o maior escritório de projetos do século XIX e início do século XX de São Paulo. Foi um dos responsáveis pela criação da Escola Politécnica de São Paulo, essencial na formação de engenheiros-arquitetos, do Liceu de Artes e Ofícios, para a formação de artífices e oficiais de obra e, por fim, do aparelhamento do Laboratório Tecnológico da Politécnica.
Saber mais.
Prédio de engenharia civil EPUSP
Vemos ao final do século XIX, o Ecletismo no Brasil e suas possibilidades de reprodução do passado, do qual não participáramos, mas que almejávamos obter na incorporação de elementos construtivos. Entretanto na Europa, a geração que nascera e se criara dentro das benesses da Revolução Industrial proporia a incorporação da indústria metalúrgica a uma estética de caráter zoomórfico, fitomórfico e antropomórfico – o Art Nouveau.
O Art Nouveau contradizia as propostas ecléticas ao integrar na construção a estrutura do edifícioaos detalhes e ornamentos, utilizando ferro, vidro e cimento. Desta forma, a arte nova propunha a retomada de uma única representação no edifício, unindo à arte produzida em série, como artes aplicadas, ornamentos de inspirações florais de extrema sensualidade.
Algumas manifestações desse Art Nouveau surgiram na virada do século em Belém do Pará, transformando a cidade com construção de palacetes, teatros, infraestrutura sanitária, alargamento e calçamento de vias. Também alguns paraenses em viagem à Europa se depararam com ornamentos e produtos industrializados incorporando-os às suas edificações – tais como as legítimas peças de Gallé na Res. Antônio Faciola, construída em 1901 por Victor Maria da Silva em Belém (FIGUEIREDO, 2011).
Palacete Faciola, em Belém, Pará
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O exemplo mais representativo de uma tentativa de modernização urbana se deu no Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, graças às ações conjuntas do governo federal e municipal. O governo do presidente Rodrigues Alves, desde sua posse anunciara a intenção de melhorar a imagem da cidade, a salubridade e a economia, assim suas ações se dariam através da região portuária. 
A ação municipal se daria:
I. Na estruturação viária unindo o Porto à Zona Sul.
II. Na unificação das Fachadas da Avenida Central.
III. Criação de Parques.
IV. Criação de edifícios significativamente culturais.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As afirmações I e IV estão corretas. 
O exemplo mais representativo de uma tentativa de modernização urbana se deu no Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, graças às ações conjuntas do governo federal e municipal. O governo do presidente Rodrigues Alves, desde sua posse anunciara a intenção de melhorar a imagem da cidade, a salubridade e a economia, assim suas ações se dariam através da região portuária. 
A ação do governo federal na reforma da região portuária se daria:
I. No equilíbrio da Receita da União aperfeiçoando o fluxo das importações.
II. A criação de uma infraestrutura portuária.
III. Concessão de exploração do porto às empresas inglesas.
IV. A criação de uma infraestrutura viária de conexão entre o porto-centro.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As afirmações I, II e IV estão corretas. 
Durante as últimas duas décadas do séc. XIX e as primeiras do séc. XX poderíamos afirmar que em lugar de uma só feição dominante, coexistem técnicas, programas e expressões arquitetônicas do passado e do presente, evidenciando a permanência da tradição colonial, entrelaçada no desejo de modernização e na necessidade de construção do imaginário de uma nova nação, que buscava uma identidade republicana, agora no desabrochar de um novo século.
Dentre as diversas expressões arquitetônicas que conviveram neste período poderíamos afirmar:
I. O Ecletismo era considerado uma tendência cosmopolita em oposição ao Neocolonialismo regionalista.
II. O Art Nouveau contradizia as propostas Ecléticas ao integrar a estrutura do edifício utilizando ferro, vidro e cimento. 
III. O Neocolonial tem uma expressão internacionalista ao se inspirar no passado para obter a representação de um presente.
IV. Belém do Pará foi chamada de “Petit Paris”, graças ao Art Nouveau.
Leia atentamente as afirmações acima e assinale a alternativa correta:
RESPOSTA: As afirmações I, II e IV estão corretas. 
U2 - Vídeo Aula Resumo
U2 - Avaliação da Unidade
Na História Arquitetura o revivalismo histórico já fora utilizado como reinterpretação de um passado. Este passado fora utilizado como expressão nos períodos do:
I. Renascimento reinterpretando o período Clássico Greco-Romano
II. Barroco reinterpretando o período Gótico
III. Rococó reinterpretando o período Barroco
IV. Neoclassicismo reinterpretando o período Clássico Greco-Romano
Leia atentamente as afirmações e assinale a alternativa correta
RESPOSTA: As afirmações I e IV estão corretas 
A Arquitetura Eclética tinha entre seus princípios a combinação de diversos elementos historicistas previamente determinados, porém mantendo os princípios de axialidade e simetria distributiva entre eles:
I. Ela buscava a harmonia do todo entre partes independentes.
II. Ela buscava a harmonia das partes independentemente do todo.
III. Usava formas clássicas para criar novas composições.
IV. Usava precedentes históricos para reproduzir suas composições.
Faça uma leitura atenta das afirmativas acima e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As afirmações I e III estão corretas. 
O exemplo mais representativo de uma modernização urbana se deu no Rio de Janeiro entre 1903 e 1906, graças às ações conjuntas do governo federal e municipal. O governo do presidente Rodrigues Alves, desde sua posse anunciara a intenção de melhorar a imagem da cidade, a sanidade e a economia, para tanto nomearia o Engenheiro Francisco Pereira Passos para prefeito da cidade.
Era uma proposta organicista de estabelecer uma ligação conectando bairros com o centro do Rio de Janeiro. A ação municipal se daria na estruturação ____, a partir do ____, com a uniformização de ______, criação de parques e edifícios ________.
Leia atentamente o trecho acima e assinale a alternativa com a sequência correta das lacunas
RESPOSTA: Viária, porto, fachadas, culturais. 
Em 1808 com a chegada da Família Real, acidade do Rio de Janeiro torna-se sede de um Império europeu, porém fora da Europa. A cidade recebe a Corte portuguesa, que migrara junto com a Família Real, composta de aproximadamente 15000 pessoas, que demandam uma série de adaptações na nova capital:
I. Criação de Ministérios, Casa da Moeda e permissão de montar indústrias.
II. Transformação do Largo do Carmo em Paço Real 
III. Ampliação dos portos e da rede de água e esgoto da cidade
IV. Criação do Imposto da Décima, Intendência de Polícia e Diagnóstico Médico.
Leia atentamente as asserções acima, analise-as e assinale a alternativa correta a seguir:
RESPOSTA: As afirmações I, II e IV estão corretas. 
Quando o Brasil ingressa no séc. XX as cidades se tornam palco da modernidade com uma população urbana que crescia devido ao influxo urbano de imigrantes e escravos libertos à procura de serviços que o campo não oferecia abastecimento de água e esgoto, gás, eletricidade, iluminação pública, transportes, etc.
Como exemplo destas modernizações propostas para nossas cidades no século XIX, podemos citar a transferência em 1896 da capital de Minas Gerais, de _______, para ________, uma cidade totalmente nova, ______ para se tornar sede ________ e sede do governo estadual, projetada pelo Engenheiro Aarão Reis, formado pelo curso Politécnico de _______.
Leia atentamente o trecho acima e assinale a alternativa com a sequência correta das lacunas
RESPOSTA: Ouro Preto, Belo Horizonte, planejada, administrativa, Rio de Janeiro 
UNIDADE 3 | Modernismo e Pós-Modernismo
Web Aula 1
O racionalismo e o funcionalismo da arquitetura
Modernista
A arquitetura moderna no Brasil teve a colaboração de dois arquitetos estrangeiros, um deles, o franco-suíço Le Corbusier, com sua contribuição no projeto do Ministério da Educação e Saúde, tendo sua proposta reinterpretada por um grupo de jovens arquitetos cariocas, que posteriormente foram nacionalmente reconhecidos na Escola Carioca.
O outro, em São Paulo, é o ucraniano Gregori Warchavchik, formado na Itália. Propunha uma casa livre de todos os adornos, tal como propagara Adolf Loos, mas cujo jardim era pleno de espécies genuinamente brasileiras.
A arquitetura moderna brasileira foi representativa de uma política urbanizadora, patrocinada pelo Estado, que usou uma imagem racionalista e industrialista como representação de um Estado moderno e próspero - sendo Brasília seu ápice.
A proposta modernista de habitação buscava um racionalismo construtivo que priorizava uma funcionalidade e dinâmica urbana, com plantas compactas, sem espaços supérfluos, e habitações coletivas que permitissem uma rápida reprodutibilidade.
Em 1940, quando Juscelino Kubitschekchama Niemeyer para desenvolver o projeto do Teatro Municipal de Belo Horizonte, pede que faça um conjunto de edifícios ao redor de um lago para um bairro novo, de elite, afastado 10 km da capital. O Conjunto da Pampulha foi projetado para cassino (atual museu), iate-clube, casa baile, capela, hotel e clube de golfe – dos quais somente foram construídos os quatro primeiros.  
Igreja São Francisco de Assis
Museu de Arte da Pampulha
Casa do Baile
O conjunto, apesar de ter referência a Le Corbusier nos telhados borboleta no iate-clube ou pilotis do cassino, tem inspirações novas, como os círculos da casa baile e sua marquise ondulante, culminando com a inspirada cobertura da capela em casaca de concreto parabólica – soluções arrojadas e inéditas na arquitetura modernista até aquele momento (SEGAWA, 1999).
Destaque para variação plástico-estrutural dos projetos de Niemeyer ao analisarmos os edifícios de Brasília, todos definidos por formas simples e puras. Se por um lado o Alvorado eleva-se do solo com suas colunas que delimitam o nível elevado do setor monumental, os palácios do Planalto e do Supremo Tribunal são variações de um mesmo tema: a caixa de vidro com a ampla “varanda “lateral sustentada por colunas e pórticos. Já o Ministério da Justiça e o Itamaraty guardam uma superestrutura em arcos que abriga uma caixa de vidro.
O modelo do Plano Piloto de Brasília consagra as experiências anteriores da arquitetura brasileira com sobreposições de volumes simples e claros de edificações que se equilibram entre si, em um cenário de horizontalidade territorial, de uma trama urbana totalmente aberta e permeável.  
Plano Piloto de Brasília
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Com o amadurecimento das propostas Modernistas a Arquitetura Brasileira apresentaria primordialmente duas vertentes: a Escola Carioca e a Escola Paulista. Estas duas vertentes da Arquitetura Modernista geraram o período mais prolifico e reconhecido da produção de arquitetura brasileira.
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas:
I. Ambas as vertentes miravam ao futuro e à “máquina de morar”
PORQUE
II. À semelhança das correntes europeias romperia com o passado e as técnicas anteriores.
A partir de uma leitura atenta das asserções apresentadas, assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: A asserção I é verdadeira e a asserção II é uma justificativa falsa. 
Podemos marcar oficialmente o início do Movimento Moderno no Brasil com a Semana de Arte Moderna de 1922 em S. Paulo, no ano do Centenário da Independência, que, apesar de não ter nenhum expoente arquitetônico, foi fundamental para o aceite de uma Arquitetura Modernista. Este movimento insere-se nos movimentos racionalistas das duas primeiras décadas do século XX, já que, além de romper com o academicismo, buscava apresentar uma visão genuinamente brasileira das artes. À similaridade do Manifesto Antropofaguíssimo proposto por Oswald de Andrade, que tinha por objetivo a deglutição da cultura do “outro externo”, a Arquitetura Moderna no Brasil teve a colaboração de dois arquitetos estrangeiros.
Um deles, o franco-suíço, _________ com sua contribuição no projeto do _____________, tendo sua proposta reinterpretada por um grupo de jovens arquitetos cariocas, que posteriormente foram nacionalmente reconhecidos na ___________. O outro, em S. Paulo, o ucraniano ________, formado na Itália, propunha uma casa livre de todos ________, cujo jardim era pleno de espécies genuinamente brasileiras, acabará unindo-se à __________.
A partir de uma leitura atenta assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
RESPOSTA: Le Corbusier, Min. Educação e Saúde, Escola Carioca, Gregori Warchavchik, adornos, Escola Paulista. 
A proposta modernista nas artes iniciara-se na Europa ao final do séc. XIX e início do séc. XX, que permeava as artes como consequência à industrialização e ao processo de expansão urbana que ocorrera em decorrência da Revolução Industrial. Estas vanguardas artísticas romperam as expressões tradicionais valendo-se do racionalismo obtido nas novas tecnologias, para criar uma cultura que se aliasse à produção industrializada e assim atingir estes novos habitantes urbanos. 
A Arquitetura Modernista manifestara-se na Europa desde o início do século e caracteriza-se por apresentar: 
I. Arestas puras e plantas livres.
II. Formas livres de ornamentação e sinceridade estrutural.
III. Espaços livres e diversidades volumétrico-espaciais
IV. Racionalismo construtivo, funcionalidade e plantas compactas.
A partir de uma leitura atenta das afirmações acima, assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas
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Desembarcaram na década de 1940 uma série de arquitetos europeus como Jacques Émile Paul Pilon, Lucjan Korngold, Gian Carlo Gasperini, Jacob Mauricio Ruchti, Franz Heep, Giancarlo Palanti e outros que incorporam seus conhecimentos de um modernismo europeu às experiências de Eduardo Kneese de Mello, Oswaldo A. Bratke, Roberto Cerqueira César, jovens convertidos às propostas modernistas já egressos do curso de Arquitetura na década anterior.
A colaboração destes arquitetos europeus e jovens paulistas convertidos ao modernismo pode ser definida como:
I. Ruptura com a Escola Carioca e busca de uma originalidade formal.
II. Rigor técnico e busca da reprodutibilidade verticalizada dos edifícios.
III. Rigor técnico e plantas com amplo uso de espaços sociais.
IV. Fachadas com amplos vãos de iluminação e ventilação direta.
Leia atentamente as asserções acima e responda a alternativa correta a seguir
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas 
Uma das fortes contribuições para o amadurecimento das propostas modernistas no Brasil seria o Concurso para a construção da sede do Ministério de Educação e Saúde (MES), em 1936, cujo ministro à época era Gustavo Capanema e seu chefe de gabinete Carlos Drummond de Andrade. Ambos rejeitaram a proposta vencedora indicada pelo júri, por considera-la pouco atrativa ao interesse de um ministério em busca de uma expressão renovadora e urbanizadora.
Sobre o projeto do Ministério de Educação e Saúde poderíamos afirmar:
I. A proposta vencedora do concurso e rejeitada era de Le Corbusier
II. O grupo convidado para auxiliar Lúcio Costa era de ex-alunos da Escola Nacional de Belas Artes.
III. Os ensinamentos de Le Corbusier foram abandonados após o projeto do MES
IV. A proposta modernista unia elementos técnicos e soluções estéticas.
Leia atentamente as asserções acima e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas 
Em Brasília a associação entre Niemeyer e Costa garantiu o sucesso estético da “cidade do futuro”, uma vez que o eixo monumental, que contém todas as edificações cívicas administrativas permite um ponto focal dos palácios dos Três Poderes, garantido a expressividade das qualidades essências de seus projetos: imaginação, proporcionalidades, sensibilidade plástica e ordenamento espacial. O conjunto de edifícios de Niemeyer destaca-se das suas obras anteriores por conter soluções compactas e geometricamente puras, sem recair no formalismo, buscando soluções estruturais entre pórticos e arcos, mas de amplo sentido plástico obtido através do concreto armado. 
Quanto aos modelos arquitetônicos empregados por Niemeyer poderíamos afirmar:
I. Volumes límpidos ampliam a leveza das estruturas.
II. Volumes e arestas traduzem a verticalidade nos Palácios dos Três Poderes.
III. O Ministério da Justiça e o Itamaraty tem estrutura em arcos que abriga uma caixa de vidro.
IV. Curvas suaves e sinuosas aparecem em arcos e pórticos estruturais
Leia atentamente as asserções acima e responda a alternativa correta a seguir:
RESPOSTA: As afirmações I, II e IV estão corretas 
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Expoentes da arquitetura modernista no Brasil
A arquitetura modernista também se manifesta propondo uma visão racionalista, livre de ornamentações, com volumes simples, racionalização de espaços e estandardizaçãoda sua produção – tornando a casa uma “máquina de morar”.
Bauhaus – Berlim
O panorama da arquitetura brasileira em meados da década de 1930 apresentava uma confluência entre dois precursores:
Gregori Warchavchik, profissional formado na Europa com uma visão racionalista do projeto.
Lúcio Costa, teórico carioca oriundo da Escola Nacional de Belas Artes (ENBA).
No entanto, ambos procuravam uma renovação, que aconteceria a partir do início da década de 1930, esgotando-se nas contradições da década de 1960. Essa renovação da arquitetura seria conhecida como modernista.
Esses dois profissionais tomaram rumos diferentes: enquanto Lúcio Costa envolvia-se na concepção e na execução da sede do Ministério de Educação e Saúde (MES), Warchavchik, em São Paulo, projetava o edifício residencial apresentado na seguinte figura.
Fachada do Edifício à Alameda Barão Limeira, de Gregori Warchavchik
Clique na imagem para saber um pouco mais.
Em 1939, Warchavchik projeta e constrói, em São Paulo, um edifício residencial de 5 andares com 12 apartamentos, sendo 6 deles de 2 dormitórios, e os outros conjugando sala e dormitório.
A Escola Carioca de arquitetura modernista deve sua autoridade nos primeiros anos à qualidade das suas obras e sua clareza projetual – na aceitação das teorias de Le Corbusier – ao apoio institucional do governo federal, graças à participação de Lúcio Costa e, principalmente, à contribuição de Oscar Niemeyer na sua notoriedade conquistada na produção do pós-guerra, quando lentamente se afasta do vocabulário corbusiano em busca de uma independência plástica, dos avanços tecnológicos e das experimentações formais que o fazem um criador excepcional, permitindo explorar formas livres, cascas de concreto, estruturas porticadas, variações plásticas de pilares e estruturas metálicas (BASTOS; ZEIN, 2017).
Oscar Niemeyer tem seu início profissional em 1936 com o projeto do Ministério de Educação e Saúde (MES), atingindo a maturidade no Pavilhão do Brasil na Feira Mundial de Nova Iorque (1939) e com o Conjunto da Pampulha (1940). A partir de Brasília, inicia uma nova etapa, quando tem a oportunidade de trabalhar fora do Brasil – Líbano, Estados Unidos, Israel, Portugal, França, Itália e Argélia –, passando a uma nova etapa em meados da década de 1970 com obras cada vez mais esculturais, como o Centro Musical da Barra (1968) e o Panteão da Praça dos Três Poderes (1985).
Das etapas apresentadas anteriormente, podemos destacar algumas obras emblemáticas. Explore a galeria para conhecê-las.
Vista da sala em direção ao jardim leste da Residência Cavanellas
Sede da Editora Mondadori – fachada em arcos, à semelhança do Palácio do Itamaraty
Vista externa do MAC – Niterói
Oscar Niemeyer buscava soluções estruturais inovadoras, porém expressivas ao uso que se destinavam. Veja a Catedral de Brasília, onde 14 arcos parabólicos, colocados na vertical, são dispostos em uma planta circular, unidos por uma laje superior – desta forma elevam-se ao céu, enquanto a transparência dos vitrais inunda a nave central. Simplicidade estrutural e expressividade formal.
Catedral de Brasília
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O projeto da Vila Operária da Gamboa realizado em 1932, de autoria de Lúcio Costa e Gregori Warchavchik, destinava-se à locação para operários da zona portuária do Rio de Janeiro em um exíguo terreno de esquina, de uma rua em curva. 
Considerando esse contexto, avalie as seguintes asserções e a relação proposta entre elas: 
I. O projeto apresenta soluções técnicas para adequar suas unidades ao clima do Rio de Janeiro, ao garantir ventilação e iluminação fundamentais ao conforto e higiene – determinações do CIAM – porém distingue-se dos modelos clássicos do CIAM.
PORQUE
II. Incorpora “a curva” rompendo a rigidez formal prismática, atribuindo um caráter local – que seria uma marca da nascente Escola Carioca, e também na incorporação das técnicas e materiais do passado colonial.
Leia atentamente as afirmações acima e responda a alternativa correta
RESPOSTA: As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. 
O início do Movimento Moderno no Brasil se dá com a Semana de Arte Moderna de 1922 em S. Paulo, no ano do Centenário da Independência, foi fundamental para o aceite de uma Arquitetura Modernista. Este movimento insere-se nos movimentos racionalistas dos quais a Arquitetura Modernista buscaria se apropriar. Portanto no início da década de 1930 apresentava uma confluência entre dois percursores: Gregori Warchavchik e Lúcio Costa. 
Sobre estes dois percursores poderíamos afirmar que __________________
era um teórico _______ oriundo da __________, enquanto que ___________ era um profissional formado na ________ com uma visão ________ de projeto – porém ambos procuravam uma renovação que se daria a partir do início da década de 1940.
A partir de uma leitura atenta assinale a alternativa que completa correta e sequencialmente a afirmativa anterior.
RESPOSTA: Lúcio Costa, carioca, Escola Nacional de Belas Artes, Gregori Warchavchi, Europa, racionalista. 
Em 1943 Lúcio Costa recebe a incumbência da família Guinle para elaborar um projeto urbanístico nos jardins da residência de Eduardo Guinle, cujo palacete havia sido incorporado ao Governo Federal em 1940. Costa projeta o Parque Guinle com seis edifícios laminares de 6 e 7 andares. 
Sobre o Parque Guinle poderíamos afirmar: 
I. A proposta paisagística é de autoria de Roberto Burle Marx.
II. Os seis edifícios executados têm seis andares cada um.
III. A intenção era de realizar um conjunto de edifícios de classe média alta. 
IV. O conjunto rompe com o passado de técnicas e elementos coloniais brasileiros.
Leia atentamente as assertivas acima e responda a alternativa correta
Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas 
Apenas as afirmações II e IV estão corretas
Apenas as afirmações I e III estão corretas
Apenas as afirmações I, II e III estão corretas
Apenas as afirmações II e III estão corretas
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Sobre a produção de Niemeyer na década de 1950 poderíamos destacar a Residência de Edmundo Cavanellas (1954). Em uma paisagem de Petrópolis surge a simplicidade projetual da primeira fase em uma residência em um vale encravado na Serra dos Órgãos, repousa uma construção de 259 m2, como uma tenda estendida entre pilares de pedra. 
Sobre este projeto poderíamos afirmar:
I. Uma residência com um programa extenso e complicado, mas bem resolvido.
II. A planta retangular desenvolve-se no eixo N-S orientando dormitórios ao Norte.
III. A cobertura em secção de catenária em concreto parece atarantada aos 4 pilares revestidos de pedra das extremidades.
IV. Os jardins de Burle Marx variam formas orgânicas e quadrículas xadrez.
Leia atentamente as afirmativas apresentadas e assinale a alternativa correta.
RESPOSTA: As afirmações II e IV estão corretas 
Em 1943 Lúcio Costa recebe a incumbência da família Guinle para elaborar um projeto urbanístico nos jardins da residência de Eduardo Guinle, cujo palacete havia sido incorporado ao Governo Federal em 1940. Costa projeta o Parque Guinle, com seis edifícios laminares 
Sobre o Parque Guinle poderíamos afirmar:
I. O projeto apresentava várias tipologias, inclusive com apartamentos duplex.
II. Somente três destes edifícios foram executados.
III. O conjunto destinava-se a trabalhadores da zona portuária.
IV. Conjugava o uso de cobogós, junto ao brise soleil.
Leia atentamente as assertivas acima e assinale a alternativa correta
As afirmações II e IV estão corretas
As afirmações I, II e IV estão corretas
As afirmações II e III estão corretas
As afirmações I, II e III estão corretas 
As afirmações I e III estão corretas
A Escola Carioca de Arquitetura Modernista deve sua autoridade nos primeiros anos à qualidade das suas obras, sua clareza projetual – na aceitação das teorias de Le Corbusier - à participação estratégica de Lúcio Costa e, principalmente, à contribuição de Oscar Niemeyer na sua precoce notoriedade conquistada na produção

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