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8º semestre

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16
Sistema de Ensino Presencial Conectado
serviço social 
ELZA DE FÁTIMA DE CAMPOS
FRANCIELI RIBEIRO SCHIAVON
JOICE GASPERIN PINTO
SILVANA BUENO VIEIRA
TARCIANE PEREIRA
KELLEN CRISTIANE SEIDDEL
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS 
VACARIA
2019/2
ELZA DE FÁTIMA DE CAMPOS
FRANCIELI RIBEIRO SCHIAVON
JOICE GASPERIN PINTO
SILVANA BUENO VIEIRA
TARCIANE PEREIRA
KELLEN CRISTIANE SEIDDEL
O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL NAS POLÍTICAS PÚBLICAS
Trabalho em grupo apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média semestral na disciplina de Trabalho de Conclusão de Curso; Educação Inclusiva; Serviço Social na Educação; Seminários da Prática VIII – Tópicos Especiais II; Terceiro Setor, Meio Ambiente e Sustentabilidade
Professores: Amanda Boza Gonçalves; Paulo Sérgio Aragão; Juliana Chueire Lyra e Mileni Alves Secon
VACARIA
2019/2
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	4
2	DESENVOLVIMENTO	5
3 CONCLUSÃO	12
REFERÊNCIAS	13
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por objetivo discorrer sobre a constituição das políticas sociais de educação, educação inclusiva, como direito da população a partir de suas necessidades humanas e dever do Estado reguladas por suas legislações; apresentar os desafios de implementação dessas políticas e os rebatimentos ao trabalho da/o assistente social; refletir sobre a ação do profissional de Serviço Social na defesa de direitos contemplados pelas políticas sociais a partir da Constituição Federal de 1988 como parte constitutiva de seu compromisso ético-político; discorrer sobre as principais características do Terceiro Setor e a intervenção do assistente social; relacionar as ferramentas de gestão do Terceiro Setor e a intervenção profissional.
O movimento ocorrido no âmbito do Serviço Social latino-americano, a partir da década de 1970, mudou decisivamente os rumos da profissão no continente. Esse processo, denominado Movimento de Reconceituação, desloca o debate da profissão do "metodologismo" até então reinante, para o debate das relações sociais nos marcos do capitalismo, e com ele passa a dar ampla visibilidade à política social como espaço de luta para a garantia dos direitos sociais (FALEIROS, 1990). 
Nesse contexto, segundo Campos (1988, p. 13), a política social alçou um estatuto teórico, no âmbito do Serviço Social, que lhe permitiu realizar a articulação entre a perspectiva analítica de sociedade e de profissão. No Brasil, ao final da década de 1970, os assistentes sociais já se posicionavam fortemente em relação à "formulação das políticas sociais enquanto intervenção estatal". Essa trajetória lhes possibilitou o diálogo com uma argumentação mais consistente junto aos defensores do "produtivismo econômico" da tecnocracia brasileira. 
O termo Terceiro Setor, vem sendo utilizado de modo crescente, porém, quando inserido no contexto do Serviço Social, foi recebido com ressalvas, devido a expressão econômica e política que este “setor” apresenta. O Terceiro Setor se caracterizou diante de um cenário social, econômico e político como um setor complexo, incerto, instável e de mudanças aceleradas. Entretanto, ressalva-se que este campo tem se construído como um terreno fértil para profissionais de ciências humanas e sociais, onde, estão incluídos os profissionais de serviço social. Mediante a realidade social do Brasil, é inevitável não pensar em uma atuação do assistente social em organizações do terceiro setor com o intuito de promover estabilidade social em decorrência de ações interdisciplinares (educação, lazer, meio-ambiente). (COSTA, 2005). 
2 DESENVOLVIMENTO
	 A educação brasileira tem diante de si o desafio de possibilitar o acesso e a permanência dos alunos com necessidades educacionais especiais na escola, na perspectiva inclusiva. No entanto, compreender quais são as políticas públicas de educação inclusiva em documentos legais é fundamental para identificar os avanços e recuos presentes no sistema educativo.
	A diversidade de abordagens e questões que envolvem as políticas públicas se insere num contexto amplo e de complexidade. Juntamente a estas reflexões estão presentes as políticas educacionais de educação especial na perspectiva inclusiva. Pontuar sobre as políticas públicas é condição para compreender seu significado, sentido, amplitude e mediações necessárias para a efetivação do direito à educação.
	Ao tratarmos da construção do conceito de políticas, nos remetemos ao princípio do termo que o originou, assinalando as mudanças advindas ao longo dos tempos. Segundo Shiroma, Moraes e Evangelista (2007, p.7), 
o termo “política” prenuncia uma multiplicidade de significados, presentes nas múltiplas fases históricas do Ocidente. Em sua acepção clássica, deriva de um adjetivo originado de polis – politikós – e refere-se à cidade e, por conseguinte, ao urbano, ao civil, ao público, ao social. 
	Sabemos que educação implica refletir sobre sua importância e necessidade iminente para vivermos com plenitude como pessoa e como cidadão envolvido na sociedade. No entanto, o paradigma educacional atual requer políticas educacionais que atendam aos anseios exigidos nas diversas áreas da educação, com ênfase ao essencial de toda a educação, o ser humano. Nesse contexto, a implementação das políticas públicas de educação inclusiva no âmbito educacional é relevante, pois contribui efetivamente com uma educação que fará a diferença.
	Na procura de constituição de um percurso abrangendo as políticas públicas de educação especial inclusiva, relatamos de início a Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, que apresenta como um dos seus objetivos fundamentais o compromisso político brasileiro com a educação de forma a estabelecer a igualdade no acesso à escola, sendo dever do Estado proporcionar atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino.
	As funções desempenhadas pelos assistentes sociais, até meados da década de 1960, evidenciavam a preocupação com a integração dos indivíduos e a normalização das suas condutas. Não se discutia a relação com as políticas sociais, as quais não eram igualmente tratadas no plano analítico, tanto pelo Serviço Social como por outras áreas do conhecimento. Questões mais graves com explicações teóricas mais densas não faziam parte do cotidiano profissional. A intervenção convergia aos objetivos institucionais de integração social e redução dos “desvios de conduta”.
	Com o rápido processo de urbanização, vivenciado na década de 1970, e o empobrecimento populacional, ampliaram-se as demandas por ações no campo da proteção social aos estados e municípios. Aumentou-se a oferta de serviços, consolidando-se a rede público-privado, especialmente na proteção à criança e ao adolescente. Identifica-se a expansão dos quadros profissionais, cuja ação é polarizada entre iniciativas de desenvolvimento comunitário, atenção a segmentos populacionais bem definidos, tanto em organismos governamentais como não governamentais. Situa-se, nessa época, a criação das primeiras secretarias estaduais e municipais para dar conta das novas demandas.
	O retorno ao Estado de Direito, em 1985, traz um novo alento à profissão, principalmente com a Constituição, em 1988. Esta incorpora o ideário dos direitos sociais, definindo uma perspectiva, no plano constitucional, de valores éticos, caros aos assistentes sociais. Assim como a garantia da proteção social universal sob a responsabilidade do Estado, especialmente no campo da saúde e da assistência social. 
	A intervenção profissional volta-se para a implementação das políticas nacionais. No primeiro momento, logo após o fim da ditadura, é observada a identificação entre os valores profissionais e os dispositivos constitucionais relativos aos direitos sociais. Verifica-se, entretanto, uma assimetria entre a prática do assistente social, continuando o fazer de épocas anteriores, em contraste com osvalores atualizados, como a igualdade na fruição dos direitos, a participação democrática e a proteção universal, sob a égide do Estado em algumas políticas sociais. Dura pouco tempo a convergência de princípios e valores entre o Serviço Social e as políticas governamentais.
	O círculo virtuoso rompe-se, pelo menos em duas direções – no campo profissional e no plano das políticas nacionais de proteção social. 
	O trabalho desenvolvido pelos profissionais nas esferas de formulação, gestão e execução da política social é, indiscutivelmente, peça importante para o processo de institucionalização das políticas públicas, tanto para a afirmação da lógica da garantia dos direitos sociais, como para a consolidação do projeto ético-político da profissão. Portanto, o enfrentamento dos desafios nesta área torna-se uma questão fundamental para a legitimidade ética, teórica e técnica da profissão.
	Ainda na linha dos desafios, temos: a segmentação do fazer profissional e a potencialização das tensões e conflitos vinculados à produtividade, demarcando o ritmo e a regularidade dos procedimentos técnico-operativos nos diferentes espaços sócio ocupacionais; as competências e habilidades requeridas nos diferentes espaços sócio ocupacionais são delimitadas segundo as expressões da “questão social” a serem respondidas e as diferentes políticas sociais implementadas. As políticas sociais fragmentam-se segundo o nível de proteção, o segmento da classe trabalhadora a ser atendido, o tipo de serviço a ser prestado, etc. Um pequeno segmento de profissionais está instrumentalizado para analisar a realidade social, formular políticas e programas sociais com domínio de linguagem, da escrita e da informática X profissionais que executam políticas sociais. (FORTI, COELHO, 2015, p.29-31) 
	Conforme Iamamoto (2007) assinala que a tensão gerada entre o projeto profissional, que designa o assistente social como ser dotado de liberdade e teleologia, e a sua situação de trabalhador assalariado, ao serem apreendidas subjetivamente, expressam-se através de reclamações acerca do distanciamento entre o projeto profissional e a realidade, ou sobre a discrepância entre teoria e prática. Nessa análise da autora, merece destaque o chamamento que faz sobre as questões decorrentes dessas expressões, ou dessas “denúncias”, que são: 
(a) a existência de um campo de mediações que necessita ser considerado para realizar o trânsito da análise da profissão ao seu exercício efetivo na diversidade dos espaços ocupacionais em que ele se inscreve; (b) a exigência de ruptura de análises unilaterais, que enfatizam um dos polos daquela tensão transversal ao trabalho do assistente social, destituindo as relações sociais de suas contradições (IAMAMOTO, 2007, p. 9). 
	
	A inserção dos assistentes sociais nas diferentes políticas setoriais vem demonstrando dificuldades na definição de seu papel nas equipes multiprofissionais. A postulação da interdisciplinaridade como diretriz dos processos de trabalho nas políticas sociais, particularmente nos serviços sociais, tem exigido – em tempos de acirramento de corporativismos e de busca pela expansão dos campos disciplinares –, cada vez mais, uma definição objetiva acerca do que compete aos diferentes profissionais. 
	Iamamoto (2002) é clara ao defender que a identidade das equipes profissionais em torno de coordenadas comuns não dilui as particularidades profissionais. Para ela o assistente social, mesmo partilhando o trabalho com os outros profissionais, dispõe de ângulos particulares na interpretação dos mesmos processos sociais e de uma competência distinta para a realização das ações profissionais. Esta decorre de vários fatores, dentre eles a formação profissional, a sua capacitação teórico-metodológica, bem como a sua competência na habilidade para desenvolver determinadas ações. Nesse sentido, um projeto profissional crítico vai além da postulação de um quadro de valores, implica na existência de um corpo de conhecimentos que sustente a definição e a execução das ações profissionais (AQUIN, 2009; CAZZANIGA, 2005).
	Netto (2005, p. 291), ao referir-se ao projeto ético-político, lembra que “não se desenvolveram suficientemente suas possibilidades, por exemplo, no domínio dos indicativos para a orientação de modalidades de práticas profissionais (nesse terreno se tem muito que fazer)”. Assim reafirma o que dizia em 1996: 
[...] no quadro das transformações societárias típicas do capitalismo tardio, das demandas do mercado de trabalho e da cultura profissional, coloca-se a necessidade de se elaborar respostas mais qualificadas (do ponto de vista operativo) e mais legitimadas (do ponto de vista sociopolítico) para as questões que caem no seu âmbito de intervenção institucional (NETTO, 1996, p. 124). 
	O assistente social tem o incessante compromisso de propor e efetivar ações profissionais que acompanhem a expansão da política de assistência social se comprometendo com a consolidação do Estado democrático dos direitos, a universalização da seguridade social e das políticas públicas e o fortalecimento dos espaços de controle social democrático, utilizando-se de estratégias que fortaleçam sua autonomia e competência profissional, a fim de efetuar intervenções com criticidade, autônoma, ética e politicamente comprometida com a classe trabalhadora e as organizações populares de defesa de direitos. (CFESS, 2009).
	Netto (1999) afirma que o debate sobre o projeto ético-político do Serviço Social despontou na segunda metade dos anos noventa do século XX, quando vários intelectuais escreveram sobre a atividade profissional no enfrentamento e na denúncia do conservadorismo profissional, a partir dos aportes da teoria social de Marx. 
	O projeto ético-político do Serviço Social reuniu um conjunto de valores e concepções ético políticas expressos por setores significativos da categoria dos assistentes sociais, que o fazem democraticamente legítimo, representativo e, por vezes, hegemônico, em virtude dos espaços fundamentais que detém e direciona a profissão no Brasil. 
	Como todo projeto coletivo, também o projeto ético-político do Serviço Social posiciona-se frente a questões gerais que permeiam a sociedade em sua totalidade, relacionando-se com projetos de sociedade transformadores ou conservadores. Suas acepções e valores o vinculam a projeções sócio históricas que vislumbram a ruptura com a ordem social vigente. (BRAZ, 2004, p.57). 
	Passados os mais de 20 anos de ditadura militar, marcados pelo autoritarismo e centralização no trato das políticas públicas, temos, desde a Constituição Federal de 1988, um processo lento e gradual, com avanços e recuos, no qual se tornaram possíveis à interlocução e a negociação entre governo e sociedade, e onde esta passou a ter condições de influenciar a esfera pública, firmando pactos e cobrando direitos. 
	Os assistentes sociais têm assumido um papel importante nesta construção, exercendo funções junto à gestão das políticas sociais, no planejamento, execução e avaliação de projetos, programas e serviços, consolidando nos Conselhos, alianças com a sociedade civil, interlocução com os poderes Executivo e Legislativo, na garantia e universalização dos direitos, com a finalidade de garantir pleno acesso dos usuários a serviços de qualidade..
	É necessário pontuar que a luta contra o conservadorismo no Serviço Social, a viabilidade do projeto ético-político e a garantia de uma direção social coesa com o projeto societário das classes subalternas se expressam em um processo travado na singularidade do exercício profissional, entendida em relação dialética e contraditória com a dimensão da totalidade histórica. 
	Assim, torna-se relevante este debate, uma vez que a prática de análise de análise do exercício profissional é primordial e contribui no processo de superação dos fenômenos carregados de aparência, postos no cotidiano, e para elencar limites e possibilidades de intervenção profissional, fortalecendo o Serviço Social e estimulando o surgimento de novos questionamentos e reflexões.Desta forma, os argumentos postos a descrição e a análise do processo de trabalho do assistente social no Terceiro Setor, se faz mediante a identificação de seu objeto de intervenção o qual diz respeito às expressões da questão social postas na sociedade brasileira. 
	As ações do Terceiro Setor, conforme abordado neste estudo circunscreve-se na esfera das políticas sociais, o trabalho do/da assistente social nesta seara, na compreensão da questão social como seu objeto de trabalho, percebe-se, na forma da pobreza, da insuficiência de políticas públicas resolutivas, no âmbito da violação de direitos, da precariedade e flexibilidade dos postos de trabalho, das conseqüências desastrosas do desemprego estrutural, dentre outras formas. 
	Esses aspectos apontam para o entendimento de que as demandas identificadas, às quais os processos de trabalho do/da assistente social no Terceiro Setor se destinam, possam atingir o rompimento com o ideário do direito como benesse, prestado de forma emergencial, exigindo respostas ao nível delas, solicitando por um atendimento adequado, destituído de processos decisórios centralizadores e financiados por recursos públicos de maneira clientelista (PAULA, 2012). 
	O Serviço Social é uma profissão que surgiu inicialmente para conter a população que se organizava para cobrar do Estado direitos sociais, mas devido aos agravantes sociais ocorridos pelo processo de industrialização e urbanização, o Serviço Social foi se desenvolvendo junto à divisão sócio técnica do trabalho, intervindo nas demandas que foram surgindo frente ao capitalismo, intervindo nas demandas que foram aparecendo frente ao capitalismo no que demandava a sociedade e seus pressupostos. (IAMAMOTO,1992). 
	É importante que os profissionais inseridos no Terceiro Setor descubram respostas concretas e profissionais para práticas e os problemas a serem trabalhados pelos profissionais da instituição com posturas e críticas construtivas. Exercendo a práxis profissional com compromisso, responsabilidade e qualidade. Apontamos que os profissionais necessitam ser requisitados, para possuir informações sólidas e profissionais a partir dos determinantes da questão social brasileira e das diferentes manifestações com relação Estado, Mercado e o Terceiro Setor, que discerne o papel e função de cada instituição contextualizando a formulação e a execução dessas políticas, portanto o Estado tem o dever de prover políticas sociais adequadas e eficientes para o enfrentamento da questão social.
	O profissional de Serviço Social deve observar a relação da instituição e das famílias, tendo como objetivos uma ação integrada de parceria, buscando soluções para às problemáticas que se apresentam diariamente; fazendo orientação social e encaminhando a população usuária aos recursos que as instituições oferecem nas redes de serviços sócio assistenciais; coordenando, assessorando e participando de estudos e discussões de caso juntamente com a equipe técnica, de atendimento institucional. 
	Além disso, o mesmo deve realizar perícias, laudos e pareceres técnicos relacionados à Assistência Social no âmbito da instituição seguindo as solicitações pelo assistente social. Portanto, as instituições do terceiro setor, a atuação do assistente social deve ter um atendimento integral e de qualidade social, como garantia de direito de inclusão aos programas ofertados pelo Governo Estado/Federal. Priorizando ações que caracterizam e alcance os objetivos, metas preconizadas pelo planejamento e estratégias da instituição contributiva.
	
3 CONCLUSÃO
	A posição que esse profissional ocupa na sociedade é tão dinâmica quanto as relações sociais. Ou melhor, acompanha a dinamicidade do real. Assim, refletir sobre a prática do Serviço Social, e suas possibilidades de contribuição junto às demais áreas de saber torna-se um exercício permanente. Diante de novos cenários o fazer profissional necessita de uma nova posição, e por consequência essa nova posição precisa ser abstraída e concretizada. Os pontos-chave para a ação passam pelo âmbito da interdisciplinaridade, da intersetorialidade e da produção de conhecimento. Essas discussões possibilitam superar conflitos, e diminuir a distância entre os diferentes profissionais.
	Com isso, esperamos o surgimento de outras políticas na perspectiva inclusiva, reformas e propostas que possam ser discutidas, aprofundadas, reinventadas e de preferência bem sucedidas no cenário educacional especial inclusivo, pois as discussões não se limitam neste texto que pretende instigar novas leituras, análises, considerações e atitudes favoráveis a uma política de educação para todos sem estigmas, discriminação e segregação. 
	Diante disso, o Serviço Social é uma profissão de suma importância, visto que faz parte das transformações da sociedade contemporânea, tendo como perspectiva o rompimento das barreiras impostas à profissão a partir de uma visão generalista que perceba a real conjuntura das relações do Estado com a sociedade. 	Nesse viés, é indispensável à atuação do assistente social que trabalhe na direção das políticas sociais universais e na efetivação dos direitos sociais, se opondo as políticas focalizadas e fragmentadas de combate à pobreza e a miséria, oferecendo apenas os mínimos sociais à maioria da população, já que a riqueza está posta nas mãos de poucos. Por isso, os profissionais de hoje tem em sua formação uma visão que reconhece o sujeito em sua totalidade.
	Da mesma forma, os/as assistentes sociais operam suas estratégias dentro de limites intrínsecos, como a própria subjetividade profissional, donde se afirma que os atributos profissionais operacionalizados só resguardam a efetividade na oferta dos serviços, quando materializados sob as bases a instrumentalidade do profissional. 
	Compete aos profissionais serem comprometidos e participativos, é de fundamental importância, entre ambos o assistente social, tendo como necessidade desse profissional de fundamental importância, numa construtiva crítica, na contribuição desse profissional poder trazer para o trabalho no âmbito do terceiro setor. 
	Diante da atual realidade do nosso país surge o interesse de analisar a atuação do assistente social no terceiro setor, tendo como principal foco conhecer as estratégias utilizadas nas políticas interventivas desse espaço ocupacional que está imbuído dos princípios da solidariedade, o que pode ocasionar na desprofissionalização social. 
REFERÊNCIAS
AQUIN, N. El Trabajo Social en la institucionalidad de las políticas públicas. Comprender los limites, potenciar las possibilidades. In: AQUIN, N.; CARO, R. (Org.). Políticas Públicas, derechos y Trabajo Social en el Mercosul. Buenos Aires: Espacio Editorial, 2009, p. 151-166. 
BRAZ, Marcelo. O governo Lula e o projeto ético-político do Serviço Social. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, Cortez, n.78, p.48-68, jul.2004. 
CFESS. Parâmetros para a atuação de assistentes sociais na Política de assistência social. Brasília, DF, 2009. 
CAMPOS, M. S. Assistente Social: confidente, juiz, bombeiro, agitador social. Guardião da humanidade em qualquer tempo? Serviço Social: questões políticas, sociais, metodológicas, PUC/SP, s/n, p. 9-17, 1988. 
CAZZANIGA, S. El abordaje desde la singularidad. Cuadernillo temático, n. 22. Material de la carrera de Trabajo Social. Buenos Aires: UBA, 2005. 
COSTA, S.F. O Serviço Social e o Terceiro Setor. Serviço social em Rev. 2005; 2. 
FALEIROS, V. P. A política social do Estado capitalista. São Paulo: Cortez, 1990.
FORTI, Valéria; GUERRA, Yolanda (orgs.). Projeto ético-político do Serviço Social: contribuições à sua crítica. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2015. (Coletânea Nova de Serviço Social). 
IAMAMOTO, M. V. Projeto profissional, espaços ocupacionais e trabalho do assistente social na atualidade. In: CFESS-Conselho Federal de Serviço Social. Atribuições privativas do(a) assistente social. Brasília: Cfess, 2002, p. 13-50. 
______. Serviço Social em tempo de capital fetiche: capital financeiro, trabalho e questãosocial. São Paulo: Cortez, 2007 
________. Renovação e conservadorismo do Serviço Social. Ensaios críticos. São Paulo: Cortez, 1992. 
NETTO, José Paulo. A construção do projeto ético-político do Serviço Social. In: Módulo 1: Capacitação em Serviço Social e Política Social. Brasília, CFESS, ABEPSS, CEAD, UnB, 1999. 
NETTO, J. P. Transformações societárias e Serviço Social. Notas para uma análise prospectiva da profissão no Brasil. Serviço Social & Sociedade, ano XVII, n. 50, p. 87-132, abr. 2005. 
PAULA, Renato Francisco dos Santos. A inserção dos (as) assistentes sociais nos conselhos da política pública de assistência social: desafios contemporâneos. In: DEMOCRACIA, sociedade civil e serviço social: uma perspectiva crítica. Brasília, DF: Editora Universidade de Brasília, 2012. 
SHIROMA, Eneida Oto; MORAES, Maria Célia Marcondes de; EVANGELISTA, Olinda. (Org.). Política educacional. 4. ed. Rio de Janeiro: Lamparina, 2007.

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