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GESTÃO-AMBIENTAL-3

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1 
 
 
SUMÁRIO 
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................ 3 
2 O PROGRESSO E O MEIO AMBIENTE..................................................... 4 
3 GESTÃO AMBIENTAL ................................................................................ 7 
4 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL ....................................................... 8 
5 ISO 14001 ................................................................................................. 10 
6 POR QUE ADOTAR O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL? ................ 13 
6.1 Como a ISO 14001 ajuda as empresas a gerenciar questões 
ambientais? 14 
7 O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL? ............................... 15 
7.1 Gestão ambiental das empresas ........................................................ 17 
8 EM QUE CONSISTE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL .............. 18 
9 AS CONDICIONANTES AMBIENTAIS E A IMPORTÂNCIA DA SUA 
GESTÃO TEMPESTIVA E ADEQUADA PELOS EMPREENDIMENTOS ................. 20 
9.1 Da responsabilidade ambiental pelo descumprimento das 
condicionantes ....................................................................................................... 23 
10 IMPACTO AMBIENTAL ......................................................................... 24 
11 IMPACTOS AMBIENTAIS NO BRASIL ................................................. 28 
11.1 A responsabilidade penal ambiental ............................................... 30 
11.2 A responsabilidade civil ambiental .................................................. 30 
11.3 Responsabilidade ambiental administrativa .................................... 31 
12 POLUÍÇÃO HÍDRICA E QUESTÕES AMBIENTAIS DEVEM SER 
DISCUTIDAS E ENFRENTADAS .............................................................................. 33 
13 RESPONSABILIDADE POLÍTICA E ECONÔMICA ............................... 34 
14 OS PROBLEMAS AMBIENTAIS GERADOS PELO CONSUMISMO .... 35 
15 A IMPORTÂNCIA DO GESTOR AMBIENTAL NOS DIAS ATUAIS ....... 38 
 
 
 
2 
 
16 GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE ................................... 40 
16.1 O sistema de gestão ambiental e a sustentabilidade ...................... 41 
16.2 Ações ambientais do Sistema de Gestão ambiental ....................... 43 
17 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................... 45 
18 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................... 46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
1 INTRODUÇÃO 
Prezado aluno! 
O Grupo Educacional FAVENI, esclarece que o material virtual é semelhante 
ao da sala de aula presencial. Em uma sala de aula, é raro – quase improvável - um 
aluno se levantar, interromper a exposição, dirigir-se ao professor e fazer uma 
pergunta, para que seja esclarecida uma dúvida sobre o tema tratado. O comum é 
que esse aluno faça a pergunta em voz alta para todos ouvirem e todos ouvirão a 
resposta. No espaço virtual, é a mesma coisa. Não hesite em perguntar, as perguntas 
poderão ser direcionadas ao protocolo de atendimento que serão respondidas em 
tempo hábil. 
Os cursos à distância exigem do aluno tempo e organização. No caso da nossa 
disciplina é preciso ter um horário destinado à leitura do texto base e à execução das 
avaliações propostas. A vantagem é que poderá reservar o dia da semana e a hora que 
lhe convier para isso. 
A organização é o quesito indispensável, porque há uma sequência a ser 
seguida e prazos definidos para as atividades. 
 
Bons estudos! 
 
 
 
 
 
4 
 
2 O PROGRESSO E O MEIO AMBIENTE 
 
Fonte: alvarodias.com.br 
 
A preservação do nosso planeta passa a ser considerada a única solução 
para a salvação da nossa espécie. O respeito ao meio ambiente é um dever 
de todos, cabendo aos governantes fiscalizar as indústrias poluidoras, reciclar 
o lixo, impedindo que seja lançado na natureza, cuidar para que o esgoto não 
fique a céu aberto ou indo parar em riachos e rios, comprometendo a saúde 
dos homens e animais que consomem a água, cada vez mais poluída. 
(CARVALHO, 2003) 
Economias intensas significam mais “progresso”, empregos, melhores salários 
e o conforto que o dinheiro pode comprar. Apesar de centenas de milhões de pessoas 
serem consideradas economicamente abaixo da linha de pobreza, outras centenas de 
milhões progrediram, nos últimos tempos. 
Tal progresso tem um alto custo ambiental, pois à medida que o consumo 
aumenta é preciso expandir a área dedicada à agricultura, construir novas indústrias, 
estradas e outros meios de comunicação. É impossível ter isso tudo sem interferir no 
meio ambiente em que vivemos. 
Podemos citar como exemplo a construção de cidades, que caracteriza a 
evolução da humanidade. O grande número de cidades não planejadas, acabam por 
destruir toda a vegetação existente anteriormente, dando lugar a casas e ruas e 
poluindo os cursos d’água, que são usados como esgoto. 
 
 
 
5 
 
Medidas corretivas podem diminuir estes problemas, mas é evidente que a 
própria existência de grandes cidades tem um grande impacto ambiental, que às 
vezes se agrava de tal forma que põe em risco a própria saúde e o conforto dos que 
nelas vivem. 
De modo geral, os problemas ecológicos são mais evidentes nas grandes 
cidades, pois além da poluição atmosférica, as metrópoles apresentam outros graves 
problemas, como por exemplo: 
Acúmulo de lixo e de esgotos. Grande parte dos detritos pode ser recuperada 
para a produção de gás (biogás) ou adubos, mas isso dificilmente acontece. 
Normalmente, esgotos e resíduos de indústrias são despejados nos rios. Com 
frequência esses rios “morrem” (isto é, ficam sem peixe) e tornam-se imundos. Em 
algumas cidades, amontoa-se o lixo em terrenos baldios, o que provoca a 
multiplicação de ratos e insetos. 
Poluição sonora, provocada pelo excesso de barulho (dos veículos 
automotivos, fábricas, obras nas ruas, grande movimento de pessoas e propaganda 
comercial). Com o passar dos anos provoca neuroses na população, além de uma 
progressiva diminuição da capacidade auditiva. 
Poluição visual, ocasionada pelo grande número de cartazes publicitários, 
pelos edifícios que escondem a paisagem natural, etc. 
Carência de áreas verdes (parques, reservas florestais, áreas de lazer e 
recreação, etc.). Em decorrência de falta de áreas verdes agrava-se a poluição 
atmosférica, já que as plantas através da fotossíntese, contribuem para a renovação 
do oxigênio no ar. Além disso tal carência limita as oportunidades de lazer da 
população. 
Na realidade, é nos grandes centros urbanos que o espaço construído pelo 
homem, a segunda natureza, alcança seu grau máximo. Quase tudo é artificial; e, 
quando é algo natural, sempre acaba apresentando variações, modificações 
provocadas pela ação humana. Nas grandes aglomerações urbanas normalmente faz 
mais calor e chove um pouco mais que nas áreas rurais vizinhas; além disso, nessas 
áreas são também mais comuns as enchentes após algumas chuvas. 
As elevações nos índices térmicos do ar podem ser justificadas pelo simples 
fato do asfaltamento nas ruas e avenidas, as imensas massas de concreto, a carência 
de áreas verdes, a presença de grandes quantidades de gás carbônico na atmosfera 
(que provoca o efeito estufa), o grande consumo de energia devido à queima de 
 
 
 
6 
 
gasolina, óleo diesel querosene, carvão, etc., nas fábricas, residências e veículos são 
responsáveis pelo aumento de temperatura do ar. Já o aumento dos índices de 
pluviosidade se deve principalmente à grande quantidade de micropartículas (poeira, 
fuligem) no ar, que desempenham um papel de núcleos higroscópicos que facilitam a 
condensação do vapor de água da atmosfera. E as enchentes decorrem da dificuldade 
da água das chuvas de se infiltrar no subsolo, pois há muito asfalto e obras, o que 
compacta o soloe aumenta sua impermeabilização. 
Todos esses fatores que provocam um aumento das médias térmicas nas 
metrópoles somados aos edifícios que barram ou dificultam a penetração dos ventos 
e à canalização das águas, conduzem à formação de uma ilha de calor nos grandes 
centros urbanos. De fato, uma grande cidade funciona quase como uma “ilha” térmica 
em relação às suas vizinhanças, onde as temperaturas são normalmente menores. 
Essa “ilha de calor” atinge o seu pico, o seu grau máximo, no centro da cidade. 
A grande concentração de poluentes na atmosfera provoca também uma 
diminuição da irradiação solar que chega até a superfície. Esse fato, juntamente com 
a fraca intensidade dos ventos em certos períodos, dá origem às inversões térmicas. 
O fenômeno da inversão térmica comum, por exemplo, em São Paulo, 
sobretudo no inverno, consiste no seguinte: o ar situado próximo à superfície, que em 
condições normais é mais quente que o ar situado bem acima da superfície, torna-se 
mais frio que o das camadas atmosféricas elevadas. Como o ar frio é mais pesado 
que o ar quente, ele impede que o ar quente, localizado acima dele, desça. Assim, 
não se formam correntes de ar ascendentes na atmosfera. Os resíduos poluidores vão 
então se concentrando próximo da superfície, agravando os efeitos da poluição, tal 
como irritação nos olhos, nariz e garganta dos moradores desse local. As inversões 
térmicas são também provocadas pela penetração de uma frente fria, que sempre 
vem por baixo da frente quente. A frente pode ficar algum tempo estagnada no local, 
num equilíbrio momentâneo que pode durar horas ou até dias. 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
3 GESTÃO AMBIENTAL 
 
Fonte: eadlaureate.com.br 
A Gestão Ambiental está diretamente relacionada à Responsabilidade Social, 
não se pode implantar um Programa de Gestão Ambiental sem que este aborde as 
questões sociais, a empresa deverá “olhar” o seu entorno, pois é responsável por 
possíveis impactos a comunidade. 
Pode-se em uma empresa ao implantar o Plano de Gestão contemplar ações 
sociais, como por exemplo, a Educação Ambiental, por este instrumento espera-se 
uma mudança de comportamento dos funcionários da empresa, da alta administração 
e de pessoas que fazem parte da comunidade. 
Quando a empresa oferece risco devido a suas atividades; junto ao Plano de 
Gestão, faz-se também necessário um Plano de avaliação e ação de possíveis riscos. 
Em um programa de Gestão Ambiental são considerados os processos de 
Gerenciamento de Resíduos, Gerenciamento da água, da energia e a qualidade do ar 
interna ao processo. 
A responsabilidade da empresa vai além de suas fronteiras físicas pois deve 
ser compartilhada com os fornecedores de matéria prima ou equipamentos, todas as 
atividades devem ser realizadas com apoio de entidades públicas. 
 
 
 
 
 
8 
 
Para que a empresa consiga manter sua Política Ambiental se faz 
necessário o conhecimento das leis, a legislação aplicada pelo 
município, estado e federal; quando os produtos são importados o 
conhecimento de leis internacionais também são necessários; para agir 
de modo preventivo de modo a não ter gastos com a remediação de 
risco a adoção de políticas mais restritivas é uma estratégia contudo a 
Gestão Ambiental é de Responsabilidade Social, pois a proteção do 
Meio Ambiente normalmente realizada com o intuito econômico é um 
erro e deve-se buscar o benefício comum da preservação da VIDA em 
seu sentido maior, a VIDA não só da fauna e flora, mas a Vida 
HUMANA é necessária então uma Gestão Socioambiental. (Apud 
MARTINS L. A. M. 2018). 
4 SISTEMAS DE GESTÃO AMBIENTAL 
 
Fonte: unichristus.edu.br 
 
Um bom gerenciamento ambiental significa plena conformidade regulatória e 
sistemas de gerenciamento ambiental continuamente aprimorados, que reflitam os 
melhores padrões de desempenho do mercado. 
A visão atual das organizações com relação ao meio ambiente insere-se no 
processo de mudanças que vem ocorrendo na sociedade nas últimas décadas, que 
faz a empresa ser vista como uma instituição sociopolítica com claras 
responsabilidades sociais que excedem a produção de bens e serviços. Neste 
contexto, a responsabilidade social implica em um sentido de obrigação para com a 
sociedade de diversas formas, entre as quais, a proteção ambiental. 
 
 
 
 
9 
 
A preocupação da sociedade com a qualidade do ambiente e com a utilização 
sustentável dos recursos naturais tem refletido na elaboração de leis ambientais cada 
vez mais restritivas à emissão de poluentes, disposição de resíduos sólidos e líquidos, 
emissão de ruídos e a exploração de recursos naturais. Além disso, a existência de 
um mercado em crescente processo de conscientização ecológica, no qual 
mecanismos como selos verdes e normas, como a série ISO 14000, passam a 
constituir atributos desejáveis, tanto para a aceitação e compra de produtos e serviços, 
quanto para a construção de uma imagem ambientalmente positiva junto à sociedade. 
É neste cenário de mudanças que o Sistema de Gestão Ambiental (SGA) vem 
para indicar as ações corporativas em busca do equilíbrio do homem, da indústria e 
do meio ambiente. 
O SGA pode ser definido como um conjunto de procedimentos para gerir ou 
administrar uma organização, de forma a obter o melhor relacionamento com o meio 
ambiente. 
Todas as oportunidades e melhorias nos processos do negócio também devem 
ser buscadas pelo SGA, a fim de reduzir os impactos de suas atividades produtivas 
no meio. A norma ISO 14001, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) 
é a responsável por regulamentar o sistema, estabelecendo os requisitos de 
implementação e operação. Este modelo sustentável de gerenciamento está 
fundamentado em cinco princípios, que devem ser obedecidos pelas empresas: 
• Conhecer o que deve ser realizado, assegurando o comprometimento com o 
SGA e definindo a política ambiental; 
• Elaborar um plano de ação voltado ao atendimento dos requisitos da política 
ambiental; 
• Assegurar as condições para o cumprimento dos objetivos e metas ambientais 
e implementar as ferramentas de sustentação necessárias; 
• Realizar avaliações quali-quantitativas periódicas de conformidade ambiental 
da empresa; 
• Revisar e aperfeiçoar a política ambiental, os objetivos e metas e as ações 
implementadas para assegurar a melhoria contínua do desempenho ambiental 
da empresa. 
 
 
 
 
 
10 
 
5 ISO 14001 
. 
Fonte: consultoriaiso.org 
É uma norma internacional que define sobre como colocar um sistema de 
gestão ambiental eficaz em vigor. Ela é projetada para ajudar as empresas a adequar 
responsabilidades ambientais aos seus processos internos. Ainda, torna possível 
prover o crescimento da empresa, por meio da redução do impacto ambiental. 
Esta norma é baseada no ciclo PDCA do inglês “plan-do-check-act” – planejar, 
fazer, checar e agir, e utiliza terminologia e linguagem de gestão conhecida, 
apresentando uma série de benefícios para a organização. 
A Norma ISO 14001, especifica os requisitos de um Sistema de Gestão 
Ambiental e permite a uma organização desenvolver uma estrutura para a proteção 
do meio ambiente e rápida resposta às mudanças das condições ambientais. A norma 
leva em conta aspectos ambientais influenciados pela organização e outros passíveis 
de serem controlados por ela. A sua utilização é um meio de garantir às empresas 
uma administração eficaz e eficiente dos assuntos ambientais. 
A ISO 14001 se propõe fornecer, para organizações de todos os tipos e 
tamanhos, elementos para um SGA efetivo, que podem ser integrados com outros 
sistemas gerenciais para auxiliá-los a atingir objetivos ambientais e financeiros. Esta 
norma é aplicável a qualquer organização que deseja: 
 
 
 
 
11 
 
• Implementar e manter um sistema de gestão ambiental; 
• Assegurar-se da efetiva conformidade aos itens estabelecidos em sua política 
ambiental; 
• Demonstrar a terceiros tal conformidade;• Buscar uma certificação de seu SGA por uma organização independente; 
• Elaborar uma declaração pública de conformidade à Norma. 
• Planejar: definição da política ambiental, impactos ambientais e metas 
ambientais; 
• Executar: implementação do SGA e documentação, treinamento; 
• Verificar: auditorias ambientais e avaliação de desempenho ambiental e 
• Agir: ações de melhoria contínua. 
Os dados para a certificação ISO 14001 são obtidos em auditoria externa, mas 
a norma pode ser utilizada para autoavaliação, para avaliação por clientes ou por 
organizações externas, sem necessariamente certificar a empresa-alvo da avaliação. 
Internamente, de acordo com a norma, a empresa deve realizar auditorias do SGA em 
intervalos planejados, verificando se ele é mantido corretamente. Estas auditorias 
devem ser sistemáticas e independentes. 
Após toda a implementação, é executada uma auditoria externa por um 
organismo certificador independente credenciado pela ISO, o qual atestará 
que a empresa cumpre todos os requisitos determinados pela norma, então 
a organização receberá o selo de certificação na ISO 14001. (Apud ARRUDA 
L.G. 2018) 
todas as normas ISO passam por revisões periódicas para incorporar 
mudanças. Até os dias atuais, a norma ISO 14001 teve três versões publicadas, 
sendo: 
1996 - Primeira versão da norma, com o objetivo de definir critérios para 
implantação do Sistema de Gestão Ambiental e gerenciamento dos impactos 
ambientais das atividades das organizações; 
2004 - Revisão e atualização de conceitos e definições. O grande destaque 
dessa versão é o conceito de desempenho ambiental. 
2015 - A nova versão da ISO 14001, publicada em setembro de 2015, tem como 
destaques: o alinhamento da Gestão Ambiental à estratégia da empresa, a gestão de 
riscos e a busca pela maior compatibilidade com as demais normas ISO. 
Os prazos para migração são: 
23 de setembro de 2018 para a ISO 9001:2008 
15 de setembro de 2018 para a ISO 14001:2004. 
 
 
 
12 
 
Após a data que vigorará as novas versões, se a empresa não tiver atualizado, 
o certificado original perderá a validade, deixando de ser uma empresa certificada. 
A norma ISO 14001, devido a sua grande popularidade e aplicabilidade, foi 
submetida a um processo detalhado de revisão e aprimoramento. Abaixo, serão 
pontuadas as novidades da nova versão: 
A norma foi adequada à nova padronização de normas de Sistema de Gestão, 
facilitando sua análise e implantação. Sendo resultado da aplicação do “Anexo SL”, 
que nada mais é que a estrutura das normas de gestão. 
Então a estrutura ficou: 
1) Escopo 
2) Referências normativas 
3) Termos e definições 
4) Contexto da organização 
5) Liderança 
6) Planejamento 
7) Suporte 
8) Operação 
9) Avaliação do Desempenho 
10) Melhoria 
 
• Partes interessadas: a própria organização deve determinar quem são as 
partes interessada, podendo ser: clientes, comunidades, fornecedores, órgãos 
reguladores, investidores, empregados. 
• Riscos e oportunidades: a própria organização irá determinar seus aspectos 
ambientais significativos e seus riscos e oportunidades. 
• Ciclo de vida: a organização deverá identificar os aspectos e impactos 
ambientais associados com a perspectiva do ciclo de vida. Este requisito torna 
a avaliação dos aspectos e impactos mais abrangente que a atual e resultará 
num sistema de gestão ambiental mais robusto. 
• Controle da cadeia de valor: essa é mais uma atualização da norma que deixa 
o Sistema de Gestão mais robusto. A própria organização deverá considerar 
os processos da cadeia de valor relacionados aos aspectos ambientais 
significativos e riscos e oportunidades organizacionais. 
 
 
 
13 
 
• Desenvolvimento sustentado: a organização deverá ter o compromisso com o 
desenvolvimento sustentável. 
• Indicadores: a organização deverá definir os indicadores ambientais para 
avaliar e demonstrar o seu atendimento. E deverá monitorar o progresso em 
relação aos aspectos ambientais da organização. 
• Melhoria: esse termo foi substituído do termo melhoria contínua. O foco é na 
melhoria do desempenho ambiental. 
• Informação documentada: foi substituído dos termos “documento” e “registro”. 
• Alta Direção: deverá ter um envolvimento maior, necessitando entender os 
aspectos e impactos ambientais e os considerando na gestão da organização. 
6 POR QUE ADOTAR O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL? 
A proposta do SGA, traz inúmeros benefícios, como a redução de riscos de 
acidentes ecológicos e a melhoria significativa na administração dos recursos 
energéticos, materiais e humanos, o que tem um impacto positivo direto nos gastos. 
O fortalecimento da imagem da empresa junto à comunidade, assim como aos 
fornecedores, stakeholders, clientes e autoridades também entra na lista das 
vantagens de se seguir um modelo verde de gerenciamento. 
Vale ressaltar que a tendência da procura por produtos e serviços oriundos de 
empresas ecologicamente conscientes e socialmente responsáveis, que já é comum 
na Europa, está se fortalecendo de forma impressionante no Brasil. Outro ponto 
positivo é a possibilidade de conquistar financiamentos governamentais e bancários, 
assim como programas de investimento, que aumenta consideravelmente com o bom 
histórico ambiental das empresas. 
Qualquer empresa pode implementar o SGA. Na etapa inicial do processo, é 
feito um mapeamento de todas as atividades da empresa e suas necessidades. Logo 
em seguida, a empresa interessada deve passar pelas seguintes etapas: 
1- Definição e comunicação do projeto, bem como a geração de um documento 
detalhando as bases; 
2- Revisão ambiental inicial para planejamento do SGA; 
3- Implementação; 
4- Auditoria e certificação. 
 
 
 
14 
 
As empresas podem divulgar seus resultados em seus relatórios anuais 
financeiros ou de sustentabilidade, bem como em seus endereços na Internet. 
Também é possível consultar listas de empresas certificadas na página do INMETRO, 
mas nem todas as empresas certificadas já constam desta base de dados. (Apud 
CARVALHO F. 2018). 
6.1 Como a ISO 14001 ajuda as empresas a gerenciar questões ambientais? 
Cada vez mais, as organizações têm trabalhado para conseguir gerenciar as 
questões ambientais de maneira mais efetiva, simples e barata, uma vez que toda 
esta adaptação gera custos. Ano após ano, o mercado e os governos têm exercido 
maior pressão sobre as empresas para que elas melhorem a sua relação com o meio 
ambiente. 
Algumas empresas desenvolveram metodologias próprias para gerenciar suas 
questões ambientais, outras acabaram não dando muita importância ao tema, o que 
não é recomendável, uma vez que este tipo de comportamento eleva o risco de 
infrações e consequentes multas e outras sanções. 
Mas de forma geral, empresas que começam a se preocupar com questões 
ambientais buscam um profissional que possa orientá-las sobre qual caminho seguir. 
É neste processo que será apresentado a ela o conceito de sistema de gestão 
ambiental, suas normas, práticas e quais os resultados pretendidos pelo 
gerenciamento sistemático da relação da empresa com o meio ambiente. 
No princípio da era industrial, nos séculos XVIII e XIX, não havia muita 
preocupação com o meio ambiente. Afinal, a sociedade acabara de conhecer a 
produção em massa e não existia outro método disponível, a não ser a queima em 
larga escala de combustíveis fósseis e o desmatamento de grandes áreas para manter 
o ritmo das fábricas. 
No século XX, percebeu-se que a natureza não tinha uma capacidade de 
regeneração tão grande quanto a necessidade de extração de recursos. Iniciou-se 
então um processo de “limpeza” das operações industriais, otimizando o consumo de 
recursos naturais e já se pensando na ideia de recomposição e sustentabilidade. 
Mas foi no fim do século XX, mais precisamente nos anos 80 e 90 que os níveis 
de riqueza permitiram que exigências ambientais pudessem ser feitas e que surgisse15 
 
uma categoria de consumidores que se preocupasse com o meio ambiente na hora 
de selecionar seus produtos. 
Desde então, o nível de exigências, tanto dos consumidores, quanto dos 
governos só tem crescido, de forma que o gerenciamento das questões ambientais é, 
não só fundamental para o licenciamento da empresa, quanto também para seu 
sucesso estratégico. 
Praticar uma administração de recursos naturais neste nível, só é possível 
através de um sistema de gestão ambiental. 
7 O QUE É UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL? 
 
Fonte: engrenarconsultoria.com.br 
Um sistema de gestão ambiental é uma estrutura organizacional que permite à 
empresa controlar e avaliar os impactos no ambiente de suas atividades, produtos e 
serviços. 
Com um SGA, o gerenciamento das questões ambientais é feito de forma 
padronizada, utilizando indicadores, processos e monitoramento de resultados. Assim 
como há processos para as áreas de produção, finanças, logística e etc., também há 
para o gerenciamento ambiental. 
O sistema de gestão ambiental serve às organizações de todos os tipos e 
tamanhos. Ele é adaptável à cada contexto e natureza operacional. Ao invés de tratar 
http://www.engrenarconsultoria.com.br/
 
 
 
16 
 
isoladamente itens como poluição do ar, uso racional da água, energia elétrica e etc. 
o sistema permitirá que tudo seja gerenciado em conjunto, de maneira integrada e 
documentada. 
Além do mais, o SGA trará o ferramental necessário para que a empresa atue 
preventivamente em relação à gestão de resíduos, contaminação do solo, adaptação 
às mudanças climáticas e uso eficiente de recursos naturais. 
 
Principais aspectos do sistema de gestão ambiental 
 
O gerenciamento de questões ambientais através de um sistema é feito através 
de alguns pontos principais sendo eles: 
 
• Política ambiental: A forma como a empresa define estrategicamente as 
questões ambientais em seu negócio. Da política ambiental serão derivadas as 
ações práticas do SGA. 
• Procedimentos ambientais: Dizem respeito à forma correta de se executar 
processos, é como será, na prática, a relação da empresa com o meio 
ambiente. 
• Gestão de requisitos legais: Toda a legislação ambiental que se aplica à 
empresa, seja ela municipal, estadual ou federal. 
• Engajamento dos funcionários: Informação e conscientização de toda a equipe 
sobre a forma como a empresa trata as questões ambientais e sobre o método 
correto de se executar as operações. 
 
Os benefícios de se ter um sistema de gestão ambiental 
 
Uma vez que o SGA foi implementado, o gerenciamento das questões 
ambientais na empresa será muito mais simples e automatizado, uma vez que os 
processos foram desenhados para obedecer a um padrão. 
A conformidade aos requisitos legais estará garantida, evitando que a empresa 
sofra com sanções por descumprimento à legislação. Haverá também um incremento 
na vantagem competitiva da empresa, por se tratar de uma companhia certificada e 
 
 
 
17 
 
exposta ao mercado como ambientalmente responsável, o que pode melhorar os 
resultados financeiros. 
Há que se destacar também a vantagem econômica de se gerenciar 
corretamente as questões ambientais, pois o uso racional de recursos como água e 
energia geram produzem resultados positivos no resultado da companhia. 
Além do mais, o SGA auxiliará na melhoria do desempenho ambiental dos 
fornecedores, ajudando a evitar responsabilização por ações de terceiros. 
Nos últimos tempos houve um crescimento muito expressivo da preocupação 
das empresas com as questões ambientais. As novas exigências dos consumidores 
têm feito com que a gestão ambiental das empresas se desenvolva a ponto de 
entregar processos mais limpos e sustentáveis. 
Como o mundo mudou muito, cada vez mais a sociedade e o mercado têm 
exigido das organizações uma postura ambientalmente correta. No artigo de hoje, 
vamos tratar um pouco sobre a gestão ambiental das empresas, seus principais 
aspectos e sua aplicabilidade para os pequenos e médios negócios. 
7.1 Gestão ambiental das empresas 
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) nas empresas é um processo de 
administração que tem destaque na sustentabilidade, ou seja, resolver as questões 
de caráter ambiental ou prevenir possíveis consequências negativas aos processos 
produtivos das empresas. 
A gestão de um negócio qualquer é o conjunto de processos que fazem com 
que a organização caminhe para o rumo pretendido por seus controladores, ou seja, 
um conjunto de processos interligados que produzirão algum tipo de produto ou 
serviço para um determinado público a um custo específico. 
A gestão ambiental não é diferente, ela é parte da gestão geral do negócio, 
porém se aplica na intermediação entre as atividades produtivas da empresa e seu 
impacto ambiental. 
A gestão ambiental procurará fazer com que os processos da organização 
tenham o menor impacto negativo possível no meio ambiente. Ela atuará de forma 
preventiva e corretiva para tornar o negócio sustentável do ponto de vista ambiental, 
ou seja, que utiliza recursos da natureza que poderão ser repostos posteriormente. 
 
 
 
 
18 
 
Além das empresas obterem melhores oportunidades de negócios ao adotar 
um SGA, outros benefícios podem ser destacados como: 
 
• Melhoria na imagem da empresa; 
• Redução de riscos e acidentes ambientais; 
• Melhoria na administração de recursos energéticos e materiais; 
• Redução de gastos desnecessários; 
• Cumprimento da legislação ambiental; 
• Competitividade internacional; 
• Possibilidade de obter melhores financiamentos. 
No Brasil, existem muitos órgãos de fiscalização ambiental e uma vasta 
legislação, que inclusive classifica muitas ações negativas das empresas como crimes 
ambientais. Contudo, não existe a obrigatoriedade de se manter um departamento 
exclusivo para gestão ambiental, ou seja, a empresa pode praticar a gestão de 
maneira direta ou indireta, a depender da decisão de sua diretoria. 
Indiretamente, a gestão ambiental acaba sendo obrigatória, pois, mesmo que a 
empresa não possua um departamento exclusivo para ela, sua prática acaba sendo 
distribuída a outros setores, uma vez que a legislação precisa ser respeitada ao longo 
do processo. 
8 EM QUE CONSISTE UM SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL 
Um sistema de gestão ambiental é um conjunto de diretrizes padronizadas que 
serão implementadas e observadas em uma organização. Ele determina como deverá 
ser realizada a gestão de meio ambiente, quais indicadores a empresa precisará 
monitorar, a forma como cada processo afetará a natureza, dentre outras inúmeras 
ações. 
Sistemas de gestão são utilizados para padronizar um processo. Com o 
sistema de gestão ambiental SGA, não é diferente. Ele gera padrões operacionais 
para a organização. O SGA mais utilizado do mundo é o ISO 14001, que atualmente 
está na versão 2015, sendo conhecido no Brasil como ABNT NBR ISO 14001:2015. 
 
 
 
19 
 
É uma norma publicada pela ISO internacional e editada no Brasil pela ABNT, 
que garante a prática da gestão ambiental em alto nível, referenciada pelos mais 
modernos padrões internacionais. 
Muitas empresas exigem que seus fornecedores se certifiquem na ISO 14001, 
porque precisam comprovar que todas as etapas de sua cadeia produtiva são 
realizadas dentro de padrões ambientais reconhecidos e validados. 
 
 
Fonte: revistaconstrua.com.br 
Um sistema de gestão ambiental pode ser determinado pela própria 
organização e implementado em seus processos através de validação contínua pelo 
gestor. Contudo, o SGA baseado na ISO 14001:2015, em geral é aplicado com o 
auxílio de uma consultoria. 
A empresa de consultoria deverá fazer um diagnóstico do sistema da empresa 
e comparar os resultados observados com aqueles exigidos pela norma. Os 
resultados servirão para a elaboração de um plano de ação com as ações necessárias 
à adequação da empresa ao modelo de operação exigido pelo sistema ISO 14001.Após a execução de plano de ação, a empresa deverá ser auditada por um 
organismo certificador independente reconhecido pela ISO. Se estiver tudo correto, o 
certificado será emitido atestando que a empresa está em conformidade com o 
sistema de gestão ambiental ISO 14001. 
 
 
 
20 
 
A empresa que optar pela implementação de um sistema de gestão ambiental 
deverá ter dois custos básicos. Um se refere ao desembolso com consultoria para 
adequar os processos da empresa às exigências da norma. E o outro desembolso 
será relativo à auditoria externa realizada pelo organismo certificado contratado pela 
empresa. 
Os custos com consultoria dependem da complexidade dos processos da 
empresa. Logo, uma organização que possua vários processos, com muitas 
implicações, deverá consumir muito mais horas de consultoria que uma microempresa 
com poucos colaboradores. 
Muitas empresas utilizam o sistema de gestão ambiental como uma parte 
auxiliar de sua operação, a fim de impedir que a empresa destrua o meio ambiente. 
Algumas organizações estão fazendo da gestão ambiental a sua marca no mercado 
e se apoiam nesse método para ganhar um número cada vez maior de consumidores. 
Como exemplo, podemos citar a empresa Natura. Ela adotou como estratégia 
de marketing a adoção de matérias primas extraídas de forma sustentável. 
A falta de gestão ambiental pode ser muito perigosa para a empresa e para a 
sociedade ao redor. Suas consequências podem ser desde multas e perda de 
credibilidade junto à comunidade, até o sacrifício completo da operação da empresa. 
Um exemplo disso é o caso da mineradora Samarco, que por não observar a 
gestão ambiental e o risco ambiental na execução de suas obras, acabou provocando 
o maior desastre ambiental da história do país, gerando bilhões de dólares em 
prejuízos e fechando a operação da mineradora. 
A gestão ambiental não é mais parte auxiliar dos processos das empresas, mas 
está intimamente ligada à sua estratégia de gestão. (Apud ARRUDA G. L.). 
9 AS CONDICIONANTES AMBIENTAIS E A IMPORTÂNCIA DA SUA GESTÃO 
TEMPESTIVA E ADEQUADA PELOS EMPREENDIMENTOS 
As condicionantes são cláusulas da licença ambiental pela qual o órgão 
licenciador “estabelece as condições, restrições e medidas de controle ambiental que 
deverão ser obedecidas pelo empreendedor, pessoa física ou jurídica, visando à 
minimização ou até mesmo à compensação dos impactos ambientais causados pelos 
empreendimento e/ou atividades. 
 
 
 
21 
 
Durante séculos a fio, a humanidade exerce uma influência incisiva nos meios 
sustentadores da harmonia do planeta, caracterizando-se, com isso, como uma 
sociedade de risco. 
Nesse contexto, na tentativa de reverter o presente quadro de perigo e prevenir 
danos futuros ao meio ambiente, encontram-se leis que tratam da matéria e que 
estabelecem, dentre outros feitos, aspectos considerados de imperiosa observação 
nas análises relacionadas à implantação e operação dos empreendimentos produtivos 
Para controle, a Administração Pública possui mecanismos através dos quais 
autoriza e controla os interesses do Estado. Dentre os atos administrativos, 
destacamos a licença para o presente estudo. 
A Licença Ambiental corresponde ao instrumento administrativo que tem por 
objetivos técnicos a verificação da viabilidade de um empreendimento e o controle, a 
prevenção, o monitoramento, a mitigação e a compensação dos impactos ambientais 
ocasionados pela atividade efetiva ou potencialmente poluidora. 
O conceito de licenciamento ambiental pode ser encontrada na Resolução 
CONAMA 237/97 que trata do tema, como sendo o procedimento administrativo pelo 
qual o órgão ambiental competente licencia a localização, instalação, ampliação e a 
operação de empreendimentos e atividades utilizadoras de recursos ambientais 
consideradas efetiva ou potencialmente poluidoras ou daquelas que, sob qualquer 
forma, possam causar degradação ambiental, considerando as disposições legais e 
regulamentares e as normas técnicas aplicáveis ao caso. 
Verifica-se, assim, ser a licença ambiental uma forma de controle da atividade 
econômica, tendo por finalidade primordial a proteção da qualidade ambiental, 
procurando evitar, diminuir/mitigar, controlar e/ou compensar os impactos decorrentes 
da implantação e operação do empreendimento. 
Boa parte do papel de prevenção e mitigação de impactos se dá através das 
condicionantes que, em suma, representam qualquer obrigação, medida, atividade ou 
diretriz, exigível como pressuposto de validade de uma licença, objetivando 
conformar, controlar e adequar um empreendimento aos desígnios legais de proteção, 
conservação, melhoria e uso sustentável dos recursos naturais. 
Diante à sua vinculação com a validade das licenças ambientais, 
apresentaremos no presente artigo os principais impactos, assim considerados, para 
a gestão ambiental das empresas. 
 
 
 
22 
 
Encontram-se regulamentadas no inciso II do art. 1º da resolução CONAMA 
237/97 e devem guardar relação direta com os impactos ambientais da atividade ou 
empreendimento identificados nos estudos requeridos no processo de licenciamento 
ambiental, considerando os meios físico, biótico e socioeconômico, bem como ser 
proporcionais à magnitude desses impactos. 
As Condicionantes Ambientais consistem nos compromissos e garantias que o 
empreendedor deve assumir com base em seu projeto e nos programas e medidas 
mitigadoras previstos nos estudos ambientais; compromissos e garantias essas que, 
necessariamente, tanto por força dos limites e padrões previstos em normas e leis, 
quanto em função dos Objetivos e Metas que se busca para a mitigação dos impactos 
ambientais prognosticados. 
E continuam discorrendo que em função da especificidade das Condicionantes 
estabelecidas, e dos interesses que as trouxe ao processo, observa-se que em muitos 
casos estas Condicionantes passam a ser a principal base, e talvez a única, de 
verificação de conformidade ambiental do empreendimento na fiscalização ou na 
revisão das licenças ambientais, em detrimento da verificação do cumprimento dos 
planos e programas propostos ou mesmo das diversas recomendações contidas nas 
medidas mitigadoras propostas no estudo ambiental (EIA). 
A Cartilha de Licenciamento Ambiental (BRASIL, 2007), elaborada pelo 
Tribunal de Contas da União em conjunto com o IBAMA, ao discorrer sobre as 
condicionantes presentes nas licenças ambientais, assevera que se obtempera que 
as condicionantes são obrigações adicionais (e nem por isso menos importantes) e 
não substituem os requisitos que devem ser observados previamente à concessão da 
licença ambiental. Assim, não devem as condicionantes servir como procrastinadoras 
de exigências elementares e basilares que devem ser avaliadas e cumpridas antes 
mesmo da expedição da licença. 
Percebe-se, assim, que a finalidade precípua das condicionantes é garantir a 
adequada proteção ao meio ambiente em relação a uma atividade potencial ou 
efetivamente degradadora (prevenção, mitigação, controle e/ou compensação dos 
impactos), durante a instalação, operação e encerramento das atividades, nos prazos 
fixados pelo órgão ambiental. 
Além disso, as condicionantes devem ter nexo direto, imediato e proporcional 
com os impactos ambientais do empreendimento ou atividades licenciadas, sendo 
vedado seu uso para substituir políticas públicas, adotar critérios proibidos pelo direito 
 
 
 
23 
 
vigente ou internalizar questões que não dizem respeito aos impactos negativos 
decorrentes do empreendimento/atividade sujeita ao licenciamento. 
A portaria interministerial MMA/MJ/MINC/MS 60/15 preceitua, no art. 7º, § 12 e 
art. 16, § 2º, que as condicionantes enviadas pelos intervenientes devem guardar 
"relação direta com os impactos” adversos decorrentes da atividade ou do 
empreendimento identificados nos estudos ambientais e deverão “ser acompanhadas 
de justificativa técnica". 
Ademais,as condicionantes devem ser proporcionais, fazendo com que a carga 
que recaia sobre o proponente do projeto não seja descolada dos impactos adversos 
causados pelo empreendimento ou atividade que se pretenda licenciar. 
As condicionantes devem ser empregadas para gerenciar os impactos do 
empreendimento, não se podendo utilizar o licenciamento ambiental como mero 
balcão de troca, com compensações que não possuem relação de nexo e proporção 
com o impacto causado pelo empreendimento que se está licenciando. 
Assim sendo, constitui prerrogativa do órgão ambiental revê-las mediante 
análise técnica e jurídica do caso concreto. Desse modo, demonstrada a necessidade 
de revisão da obrigação para adequação, por perda de objeto ou um fato novo 
(alteração das condições ou contexto fático, novas tecnologias/alternativas, 
mudanças no projeto, alterações legislativas, etc), poderá o órgão ambiental de ofício 
ou mediante requerimento da parte interessada, alterar o conteúdo das obrigações 
(condicionantes) previstas no âmbito do licenciamento ambiental. De igual modo, 
prorrogar o prazo para o adimplemento das obrigações quando pertinente. 
É de suma importância a tratativa acima, pois o descumprimento das 
condicionantes pode acarretar sanções diversas nas esferas administrativa, cível e 
até mesmo criminal, além de impactar de forma negativa quando da renovação da 
validade da licença em voga, conforme será tratado no próximo tópico. 
9.1 Da responsabilidade ambiental pelo descumprimento das condicionantes 
A Constituição Federal de 1988, no §3º do art. 225, determina que aqueles que 
praticam atividades consideradas lesivas ao meio ambiente poderão sujeitar-se, de 
forma cumulativa, às sanções nas esferas penal, civil e administrativa. 
Assim sendo, passemos então a analisar a possibilidade de responsabilização 
penal, civil e administrativa das empresas pelo descumprimento de condicionantes 
 
 
 
24 
 
presentes nas Licenças ambientais e pelos danos ambientais porventura ocasionados 
pelo não atendimento dessas. 
10 IMPACTO AMBIENTAL 
O crescimento de cidades sem que haja planejamento urbano adequado pode 
ser causador de vários impactos ambientais. 
 Um dos principais é a retirada de áreas verdes para a construção de prédios, 
residências, fábricas e outros tipos de construção. Com pouca área verde, aumenta 
muito a poluição atmosférica, além de ser um fator determinante no aumento de 
enchentes e alagamentos em períodos de grande quantidade de chuvas. 
Impactos ambientais são as consequências das atividades humanas na 
natureza. A mineração e a agricultura, por exemplo, são atividades econômicas que 
alteram o meio ambiente. 
Os impactos ambientais afetam o planeta de várias formas e podem fazer 
estragos irreparáveis. Esses impactos podem ser locais, como a poluição urbana do 
ar e a poluição do ar em ambientes fechados. 
Os impactos também podem ser regionais, como a chuva ácida. Já os impactos 
globais são o efeito estufa, o desmatamento, a degradação costeira e marinha. 
 
Exemplos de impactos ambientais 
 
As principais atividades causadoras dos impactos ambientais no planeta são a 
mineração, a agricultura, a exploração florestal, a produção de energia, os transportes, 
as construções civis como estradas e cidades, além das indústrias básicas químicas 
e metalúrgicas. 
As agressões do ser humano ao meio ambiente ficaram mais intensas depois 
da Revolução Industrial. Isso aconteceu particularmente no século XX, por causa do 
grande aumento da população e do consumo nos países industrializados. Por isso, a 
maior parte dos impactos ambientais são causados pelo homem direta ou 
indiretamente. 
 
 
 
 
 
25 
 
Impactos ambientais causados pela mineração 
 
 
Fonte: agenciabrasil.ebc.com.br 
A mineração é uma atividade de extração de minerais como o carvão, o petróleo 
e o gás natural. Esses minerais são encontrados em forma natural sólida, líquida ou 
gasosa. 
Os minerais são recursos esgotáveis, ou seja, eles não se renovam 
naturalmente e tendem a acabar quando há muita exploração. 
Depois de extraídas, as substâncias minerais são processadas com 
substâncias químicas, geralmente nocivas para a natureza. Isso é feito para que os 
minerais sejam utilizados na indústria. 
Parte dos minerais extraídos é estéril, não serve para a indústria. Então esse 
material é depositado em áreas vizinhas à mina. 
Assim, os principais impactos ambientais da mineração são a poluição da água, 
a poluição do ar, a poluição sonora, a subsidência do terreno (afundamento gradativo 
da superfície da terra), e rejeitos radioativos. 
A poluição da água, por exemplo, acontece na exploração do carvão. A água 
da chuva infiltra sobre os rejeitos da mineração e atinge os corpos hídricos superficiais 
ou subterrâneos. Dessa forma, a água é contaminada com elementos tóxicos que a 
tornam imprópria para qualquer uso, além de contaminar a fauna e a flora aquática. 
O garimpo também provoca a contaminação dos recursos hídricos. Os 
principais impactos ambientais desta atividade são: desmatamentos e queimadas, 
 
 
 
26 
 
alteração da qualidade e do curso de canais de água, erosão do solo, fuga de animais 
silvestres, poluição química causada pelo mercúrio na biosfera e na atmosfera. 
A mineração de bens da construção civil, como areia, argila e brita, é feita 
próxima aos ambientes urbanos. Existe um alto índice de clandestinidade nessa 
atividade. E os impactos ambientais são grandes e descontrolados: degradação de 
ambientes de delicado equilíbrio ecológico (dunas e manguezais), alteração de canais 
naturais de rios e dos aspectos paisagísticos. 
 
Impactos ambientais causados pelas fontes de energia 
 
Os impactos ambientais causados pela obtenção de energia são discutidos 
mundialmente devido à gravidade da questão. Afinal, a maior parte do mundo é urbana 
e necessita de energia para funcionar. 
As termelétricas, por exemplo, produzem energia através da queima em 
caldeira de carvão. Esse calor produzido aquece a água que circula numa rede de 
tubos, criando vapor. É esse vapor que movimenta as pás das turbinas, ligadas a um 
gerador, e assim a energia elétrica é produzida. 
O vapor gerado é resfriado por um condensador e volta à rede de tubos, 
reiniciando o ciclo. Por isso, as termelétricas geralmente são instaladas próximas de 
leitos de rios ou mar, pois a água deles é utilizada para condensar o vapor. 
Esse processo eleva a temperatura da água dos rios e mares onde as 
termelétricas estão instaladas, pois a água utilizada é devolvida mais quente. Isso 
compromete a fauna e a flora da região, além de aumentar a temperatura média local. 
Além disso, as usinas termelétricas queimam combustíveis como o diesel e o 
carvão. Essa queima é fonte de gás carbônico e óxidos de nitrogênio, que aumentam 
o efeito estufa e geram chuvas ácidas. 
 
Impactos ambientais causados pela agricultura 
 
A agricultura é uma atividade indispensável para a existência e sobrevivência 
das pessoas. Afinal é dela que vem todo o alimento consumido no mundo, e também 
o alimento dos animais que são criados e abatidos para o consumo humano. 
Mas essa também é uma atividade que causa impactos ambientais. Para fazer 
uma plantação, é necessário ter um espaço de terra fértil. Então acontece a 
 
 
 
27 
 
substituição (desmatamento) de uma vegetação natural para o plantio de mudas 
agrícolas. 
Após essa substituição, ainda é preciso conter as plantas que naturalmente 
cresciam ali. Esta ação destrói o capital genético do planeta e altera o equilíbrio dos 
ecossistemas. 
Além disso, a agricultura moderna é mecanizada. Ou seja, utiliza equipamentos 
como tratores e outros maquinários agrícolas. E estas máquinas são movidas a 
combustíveis fósseis que poluem o ar. 
Outro problema é a utilização de insumos agrícolas. São os adubos químicos, 
corretores do solo, agrotóxicos e demais produtos químicos utilizadosna produção 
em massa. A água das chuvas e da irrigação leva esses produtos para os rios, 
causando a contaminação da água. 
 
Impactos ambientais causados pelo consumo e a pela geração de lixo 
 
Na sociedade atual, consumo está relacionado a poder. Ter é ser. As pessoas 
compram coisas das quais não precisam, apenas por status ou pela influência de 
propagandas. 
O consumo exagerado de bens materiais é responsável por boa parte dos 
impactos ambientais, como foi apresentado. Produtos industrializados são 
consumidos diariamente. 
Atualmente não dá para pensar em uma cidade sem pensar nos problemas 
causados pela alta quantidade de lixo gerado. É evidente a poluição visual, mau cheiro 
e contaminação do ambiente. Além disso, o lixo eletrônico gera a poluição do solo. 
Mas os principais impactos ambientais do lixo são decorrentes do descarte 
inadequado dos resíduos sólidos em fundos de vale, nas margens de rios e cursos de 
água. Essa prática gera contaminação da água, assoreamento (acúmulo de 
sedimentos na foz de um rio ou em um lago), enchentes e proliferação de animais 
transmissores de doenças como ratos, baratas, moscas, entre outros. 
 
 
 
28 
 
11 IMPACTOS AMBIENTAIS NO BRASIL 
No Brasil são realizadas diversas atividades causadoras de impactos 
ambientais. Uma delas é a urbanização e industrialização sem planejamento. 
A retirada de áreas verdes para abrir espaço para a construção de prédios, 
casas, fábricas etc., causa o aumento da poluição atmosférica. Além disso, é um fator 
determinante para a ocorrência de enchentes e alagamentos. 
O crescimento rápido e desgovernado das cidades gera graves consequências 
para os rios. Isso porque há uma grande quantidade de lixo e esgoto jogada nas águas 
pluviais. 
Cidades como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, além da Região 
Metropolitana de São Paulo são áreas que sofrem com estes problemas, bem 
como outras grandes cidades brasileiras. (Apud BRITO R. 2018) 
A mineração é outra atividade causadora de impactos ambientais no Brasil, 
presente nos estados do Pará, Minas Gerais e Goiás. Além dos impactos como a 
contaminação das águas no pequeno garimpo, as empresas mineradoras removem 
áreas verdes, alterando a paisagem ambiental. 
A agropecuária é uma atividade muito importante para o Brasil. O país é o maior 
exportador de carne bovina do mundo. 
Mas para alimentar tantas cabeças de gado, grandes áreas verdes são 
desmatadas para o plantio de soja da ração dos bois, bem como para criar os animais. 
Essas atividades acontecem principalmente no cerrado, no pantanal e na floresta 
amazônica, prejudicando os ecossistemas dessas regiões. 
Além disso, o Brasil também realiza a extração de petróleo no litoral sudeste 
do país. O derramamento de petróleo provoca sérios danos ao meio ambiente, pois 
mata peixes em grande quantidade, além de aves marinhas e outros animais 
marinhos. 
 
 
 
 
29 
 
 
Fonte: vidaemebulicao.blogspot.com 
As principais consequências dos impactos ambientais são: 
• Alterações climáticas 
• Extinção de espécies e habitats 
• Aumento do nível do mar 
• Desaparecimento de rios 
• Poluição do ar 
• Diminuição da qualidade de vida 
Como minimizar e diminuir os impactos ambientais? 
Os impactos ambientais podem ser diminuídos através de ações individuais e 
coletivas, bem como por meio de leis e políticas ambientais. Algumas ações que 
podem ser feitas são: 
• Replantio de floresta em áreas desmatadas 
• Separação, descarte adequado e reciclagem do lixo 
• Economia de água 
• Utilização de transportes coletivos 
• Utilização de produtos biodegradáveis 
• Redução do consumo 
http://vidaemebulicao.blogspot.com/
 
 
 
30 
 
11.1 A responsabilidade penal ambiental 
A lei federal 9.605/98 constituiu importante marco no regramento de proteção 
do meio ambiente, ao estabelecer as diversas hipóteses de tipos penais para punição 
das condutas e atividades lesivas ao meio ambiente. 
Consoante com o disposto no art. 2º da referida lei, responde por crime 
ambiental quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos 
incidindo nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade. E ainda deixa 
claro que as pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e 
penalmente nos casos em que a infração seja cometida por decisão de seu 
representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou 
benefício da sua entidade sendo que a responsabilidade das pessoas jurídicas não 
exclui a das pessoas físicas, autoras, coautoras ou partícipes do mesmo fato (art. 3º). 
O ato de descumprir condicionantes impostas pelos órgãos ambientais a 
depender do tipo de obrigação descumprida e seus efeitos para o meio ambiente 
pode, eventualmente e a depender do caso concreto, ser tipificada no art. 54, 60 ou 
no art. 68 da Lei de Crimes Ambientais. 
Sem se pretender esgotar aqui as hipóteses e os possíveis enquadramentos 
de eventuais práticas na lei de crimes ambientais, que dependerão de análise da 
irregularidade cometida no caso concreto, apontamos os tipos mais comumente 
relacionados ou decorrentes do descumprimento de condicionantes. 
11.2 A responsabilidade civil ambiental 
Para a responsabilização civil pelos fatos em tratativa, diante o disposto no § 
1° do art. 14 da lei federal 6.938/81, deve-se verificar, primeiramente, a ocorrência 
efetiva de danos ao meio ambiente ocasionados pelo descumprimento das 
condicionantes e dos programas ambientais aprovados pelos órgãos ambientais. 
O elemento subjetivo – dolo ou culpa, foi expressamente excluído, 
estruturando-se, assim, a responsabilidade civil objetiva. Assim, aquele que exerce 
uma atividade geradora de riscos ao meio ambiente deve recuperar/indenizar os 
danos que dela originarem, independentemente de dolo ou culpa, haja vista o proveito 
econômico obtido pelo agente da atividade produtiva em questão. 
 
 
 
31 
 
Ademais, os tribunais e parcela significativa da doutrina especializada – 
especialmente o Superior Tribunal de Justiça ("STJ") - têm adotado o entendimento 
da teoria do risco integral e a inversão do ônus da prova, bem como o dever de 
reparação integral do dano, incluindo a reparação do ambiente cumulativamente com 
as indenizações decorrentes dos danos interinos, danos ambientais irreversíveis ou 
não reparados, danos morais coletivos, etc. E, ainda, a possibilidade de 
desconsideração da personalidade jurídica no caso de insuficiência de patrimônio 
para reparação do dano (art. 4º da lei federal 9.605/98). 
Com isso, estabelecida a relação de causalidade entre um dano identificado e 
a ação ou omissão de um agente, o infrator poderá ser responsabilizado na seara civil 
e condenado a reparar e/ou indenizar o dano ambiental identificado. 
11.3 Responsabilidade ambiental administrativa 
A apuração da responsabilidade administrativa é atribuída aos órgãos públicos 
competentes para a matéria de meio ambiente. As penalidades estão previstas, em 
nível federal, na Lei de Crimes Ambientais a partir do art. 70 e no decreto 6.514/08. 
As penalidades administrativas previstas na legislação são, em síntese: (I) a 
advertência; (II) a multa e multa diária; (III) a não concessão, restrição ou suspensão 
de incentivos fiscais e de outros benefícios concedidos pelo Estado ou por empresa 
sob seu controle direto ou indireto, enquanto perdurar a infração, (IV) embargo de obra 
ou suspensão das atividades, (V) apreensão, destruição e demolição e (vi) 
revogação/cassação de licenças/autorizações. 
Para a imposição das penalidades, é necessário identificar o infrator, 
estabelecer o nexo de causalidade e verificar o dolo/culpa do infrator para a ocorrência 
do fato (responsabilidade subjetiva). 
No Estado de Minas Gerais, diferentemente dos demais estados federados, 
além da multa simples pelo ato de descumprimento de condicionante acresce-se ao 
valor da multa 30% a mais por condicionantedescumprimento e 0,5% por relatório ou 
atendimento considerado intempestivo. 
Com isso, como exposto no item acima, recomenda-se, além da revisão do 
mérito das condicionantes quando imprescindível à sua adequação, o atendimento 
tempestivo ou a sua justificativa junto o órgão ambiental quanto ao não cumprimento 
das condicionantes em tempo hábil. 
 
 
 
32 
 
Desde a década de 70, a legislação ambiental evolui aspirando à 
compatibilização da proteção ao meio ambiente e do desenvolvimento dos 
empreendimentos econômicos. A sociedade tem voltado os seus olhos para o setor 
produtivo e cobrado deste uma postura ambientalmente coerente com as políticas 
públicas e seus preceitos. 
As condicionantes ambientais são obrigações que se encontram previstas nas 
licenças e autorizações emitidas pelo poder público competente. 
Elementos de interesse público, as condicionantes devem guardar relação 
direta, imediata e proporcional com o impacto causado, não podendo substituir 
políticas públicas imputadas a certos órgãos estatais, atentar contra o ordenamento 
jurídico ou internalizar questões que não dizem respeito ao controle ambiental. 
Relevante ressaltar, nesse contexto, a prorrogação do prazo ou revisão do 
mérito das medidas, quando indispensável, haja vista ser o efetivo 
cumprimento das condicionantes imperioso a confirmar a validade da licença 
ambiental vinculada, a sua renovação e configura fator de potencial 
responsabilização do empreendedor pela omissão. (Apud MIRANDA S.M. 
2018) 
Além disso, os empreendedores devem se atentar na elaboração dos estudos 
ambientais preliminares, em especial para os dados vinculados às alternativas 
locacionais do empreendimento, ao meio biótico, socioeconômico da comunidade 
atingida, sítios e monumentos arqueológicos, históricos, naturais e culturais, 
cavidades naturais, áreas remanescentes de quilombos, áreas indígenas e ruído. As 
análises dos impactos permitirão, além da viabilização do projeto, a definição de 
medidas mitigadoras e de compensação eficazes àqueles percebidos. 
Somado aos benefícios acima apontados, podem ainda ser relacionadas (i) a 
redução/eliminação de multas, passivos e acidentes; (II) melhoria da imagem da 
empresa junto à comunidade; (III) conhecimento da legislação aplicável ao 
empreendimento de modo sistematizado; (IV) determinação de uma diretriz única de 
gestão organizacional e, por fim, (V) o aumento da competitividade no mercado. 
Assim, resta claro que o gerenciamento dos aspectos e riscos ambientais 
minuciosamente estudados e tratados dos projetos de infraestrutura em qualquer 
realidade organizacional, não deve ser enxergado como algo periférico e sim, como 
instrumento estratégico e hábil à uma diferenciação competitiva nos mercados, além 
da redução de custos, meta tão almejada em momentos de instabilidade econômica. 
 
 
 
33 
 
12 POLUÍÇÃO HÍDRICA E QUESTÕES AMBIENTAIS DEVEM SER DISCUTIDAS 
E ENFRENTADAS 
Boa parte dos rios brasileiros está poluída, afetando peixes e outros animais e 
prejudicando famílias ribeirinhas que dependem da pesca. A poluição hídrica também 
favorece a transmissão de doenças, como a cólera, disenteria, verminoses e hepatites 
A e B, e pode comprometer ainda o abastecimento de água nas grandes cidades. Em 
geral, a poluição das águas está diretamente associada a outras questões ambientais, 
como o desmatamento, o descarte inadequado do lixo e a emissão de gases poluentes 
na atmosfera, que precisam ser discutidas e enfrentadas pelo poder público, 
empresas e cidadãos. 
“A água reflete as atividades humanas que são realizadas na bacia 
hidrográfica. A agricultura, a indústria, a maneira de trabalhar o solo, os 
hábitos da construção urbana, o destino do esgoto e do lixo, tudo isso se 
manifesta na água. O espelho d’água mostra nossa cara”, afirma o médico, 
ambientalista, idealizador do Projeto Manuelzão e professor aposentado da 
Faculdade de Medicina da UFMG, Apolo Heringer. “A situação dos rios 
brasileiros, tanto urbanos quanto no meio rural, a quantidade e as formas dos 
corpos d’água, se estão bem tratados, se estão cobertos de asfalto. Tudo isso 
indica a mentalidade humana na forma que o ser humano trata a natureza”. 
Para Heringer, a poluição tira o prazer de uma pessoa contemplar um rio, 
porque ninguém quer estar à beira de um rio poluído e malcheiroso. Essa poluição 
traz impactos negativos na questão estética e na saúde humana, o que, segundo ele, 
demonstra um nível de mentalidade incompatível com o que a natureza necessita. A 
má qualidade da água impede que ela seja utilizada sem o devido tratamento. 
No país, as fontes de água doce, em geral, recebem lixo sólido, agrotóxicos e 
outros produtos químicos, além do esgoto de residências, hospitais e até resíduos 
industriais. 
 “O tratamento do esgoto não está sendo bem feito no Brasil. Nos poucos 
locais onde há tratamento, ele é insuficiente. Trata-se apenas uma parte e 
não de forma completa. Estamos produzindo esgoto e lixo que caem na água, 
tornando-a impossível de ser utilizada, tanto por seres humanos como pelas 
plantas e demais animais. Então, o impacto sistêmico na natureza é muito 
negativo, porque interfere na cadeia alimentar de todos os seres vivos”, alerta 
Apolo Heringer. (Apud VALADARES Warlen, 2018). 
A poluição dos rios e o desmatamento afetam, além da qualidade, a quantidade 
da água doce disponível nas bacias hidrográficas. “Quando chove em uma região sem 
vegetação, a água escorre com violência, produzindo erosão, assoreando os rios e 
 
 
 
34 
 
vai embora. A água não fica onde ela não tem como morar. A água mora nos 
ecossistemas, que são o solo e as plantas. A vegetação apoia a chuva, a água infiltra 
no solo fazendo as nascentes e rios terem água o ano inteiro”, explica o ambientalista. 
Heringer acrescenta que as atividades humanas rompem a lógica do ciclo 
hidrológico, o que abrange a chuva, solo, nascentes, rios, plantas e animais que 
ajudam a espalhar a flora através das sementes que ingerem. O ser humano ataca a 
base da vida na Terra ao interferir no ciclo de reprodução das plantas e animais, 
atitude que o entrevistado considera completamente irracional. 
De acordo com ele, essa relação problemática do homem com a água e o meio 
ambiente precisa ser debatida. “Destruir a natureza, se você depende dela para 
sobreviver, é uma atitude absolutamente inexplicável e negativa. O ser humano é 
considerado um animal racional, com acesso ao conhecimento, à ciência, e é o que 
mais prejudica a natureza. Os demais animais têm uma relação compatível com a 
vida, sustentável com a natureza. É uma questão muito profunda para a gente fazer 
uma reflexão”, pondera. 
 
Fonte:pensamentoverde.com.br 
13 RESPONSABILIDADE POLÍTICA E ECONÔMICA 
Para preservar o meio ambiente e a vida no planeta, Apolo Heringer acredita 
ser fundamental, e até urgente, mudar o modelo econômico atual de produção e 
 
 
 
35 
 
consumo, baseado na extração de recursos minerais e agricultura predatória. 
“Precisamos também diminuir a pecuária, estimulando a mudança para uma dieta que 
tende a ser mais vegetariana, porque o consumo de proteína animal aumenta o preço 
dos alimentos, o desmatamento e traz consequências negativas à nossa saúde”, 
defende. O ambientalista completa que os grandes produtores rurais e industriais 
brasileiros não respeitam as leis vigentes no país, ao retirarem volumes importantes 
de água subterrânea e fluvial sem a devida compensação pública. 
Além disso, diversos projetos de lei em tramitação no Congresso flexibilizam a 
legislação ambiental, como destaca a professora do Instituto de Ciências Biológicas 
da UFMG, Maria Auxiliadora Drumond. Ela esclarece que essas novas leis, se 
aprovadas, tornam o processo de licenciamento ambiental de grandes 
empreendimentos menos rigoroso e favorece o uso de agrotóxicos nocivos ao meio 
ambiente e à saúde humana, caso do Projeto de Lei 6.299/2002, conhecidopopularmente como “PL do Veneno”. 
Maria Drumond considera que iniciativas que promovem o uso sustentável dos 
recursos naturais disponíveis em biomas brasileiros e ações educativas de longo 
prazo, direcionadas à população geral, indicam a melhor forma de administrar a 
questão ambiental. “Essas ações não devem estar isoladas do contexto social. Eu 
vejo a educação ambiental como a possibilidade de transformação da sociedade em 
todos os níveis, atuando na causa do problema, não pontualmente. Por exemplo, fazer 
brinquedo com garrafa pet pode ser educativo, mas será que temos que consumir pet 
mesmo? Ou devemos atuar nas raízes do problema, trabalhando na postura política, 
lidando com os interesses econômicos? Acho que esse processo educativo deve ser 
sistêmico”, argumenta. (Apud VALADARES Warlen, 2018). 
14 OS PROBLEMAS AMBIENTAIS GERADOS PELO CONSUMISMO 
De um lado, estão as organizações com suas necessidades inadiáveis de maior 
participação em fatias de mercado, melhoria de imagem institucional e busca pelo 
lucro; do outro lado estão as pessoas que necessitam do trabalho fornecido pelas 
empresas para garantir seus salários e, com isso, sua própria sobrevivência. 
 
 
 
36 
 
Um dos primeiros indícios do dilema entre produção de bens e proteção dos 
recursos naturais surgiu no início da década de 1960, após a intensificação da 
produção e consumo de produtos e serviços. 
 Em 1962 foi publicado o livro Silent Spring (Primavera Silenciosa) de Rachel 
Carson e que expunha os riscos em relação ao DDT, um tipo de inseticida. O livro 
teve grande repercussão na opinião pública e fez com que houvesse intensa inspeção 
de terras, mares, rios e ares por parte de muitos países, gerando preocupação das 
pessoas em relação aos danos causados ao meio ambiente e evidenciando a poluição 
como um dos grandes problemas ambientais do planeta (DIAS, 2011). Em 1968 foi 
criado o Clube de Roma com o objetivo de estudar o impacto global das interações 
dinâmicas entre a produção industrial, a população, o dano no meio ambiente, o 
consumo de alimentos e o uso de recursos naturais. Em 1972, ocorreu a Conferência 
das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano em Estocolmo, Suécia, e que 
contou com representantes de 113 países, 250 organizações não governamentais e 
vários organismos da ONU (SEIFFERT, 2014, apud ALVES R. R. 2018). 
Apesar disso, de acordo com Portillo (2010), é somente a partir da década de 
1970 que se inicia a internalização das questões ambientais nas organizações, 
motivado em muitos casos pela pressão de novas normas e exigências ambientais, 
ou pela pressão de movimentos ambientalistas, que utilizavam denúncias, 
manifestações e boicotes e, ainda, pelos próprios empresários que se mostravam 
mais conscientes em termos de meio ambiente e adotavam iniciativas nessa área. 
 Em termos globais, a inserção definitiva das questões ambientais como 
limitante ao desenvolvimento ocorreu com a divulgação do relatório “Nosso futuro 
comum”, em 1987, pela Comissão Mundial de Meio Ambiente e também com a 
realização da Conferência Mundial para o Desenvolvimento e o Meio Ambiente, em 
1992, no Rio de Janeiro, na qual o conceito de desenvolvimento sustentável foi 
apresentado como uma das saídas para o impasse decorrente da necessidade de 
continuar o crescimento econômico e considerar a possibilidade de esgotamento dos 
recursos naturais (DIAS, 2014, Apud ALVES R. R.,2018). 
 De um lado, estão as organizações com suas necessidades inadiáveis de 
maior participação em fatias de mercado, melhoria de imagem institucional e busca 
pelo lucro; do outro lado estão as pessoas que necessitam do trabalho fornecido pelas 
empresas para garantir seus salários e, com isso, sua própria sobrevivência. Além 
disso, as pessoas precisam atender às suas necessidades, comprando os produtos 
 
 
 
37 
 
fabricados pelas empresas e pagando os impostos e recebendo em troca a 
infraestrutura e diversos serviços proporcionados pelos governos. 
Entre os dois agentes (empresas e pessoas) está o meio ambiente, que possui 
a função de proporcionar suporte à vida, fornecer matéria-prima para as empresas e 
assimilar resíduos gerados pelos processos produtivos e pelos consumidores. 
 Algumas décadas atrás, obter matérias-primas do meio ambiente e utilizá-lo 
como depositário de resíduos não era problema. Julgava-se que os recursos naturais 
eram inesgotáveis. Hoje, verifica-se que as questões ambientais têm assumido papéis 
importantes nunca antes alcançados na história da humanidade. A problemática 
ambiental não se limita tão somente à falta de matérias-primas para as empresas ou 
acúmulo de resíduos sólidos urbanos, mas também à geração de diversos outros 
problemas. A alteração das condições naturais do planeta, graças às constantes 
intervenções humanas, causou profundos desequilíbrios no clima, provocando 
situações incomuns em diversas partes do globo terrestre. 
 A solução para a problemática ambiental passa pela responsabilidade das 
empresas em buscar fontes de matérias-primas renováveis, fabricar produtos 
utilizando energias limpas e cujos resíduos possam ser assimilados pelo meio 
ambiente. Além disso, as empresas passam a agir com responsabilidade social e 
ambiental, contribuindo para o progresso da sociedade e para a proteção do meio 
ambiente. Torna-se competitivamente insustentável a existência de empresas que não 
operem buscando esses tipos de responsabilidades. 
 A responsabilidade ambiental também passa pela educação e consciência das 
pessoas. Se as empresas poluem o meio ambiente com seus produtos tão 
necessários à vida moderna é porque existe o consumidor que os adquire. Exigir que 
as empresas tenham uma maior responsabilidade social e ambiental também é função 
dos consumidores, que, primeiramente, devem fazer a sua parte nesse processo. 
Destaca-se que um mediador entre as empresas e as pessoas na questão do 
consumo social e ambientalmente responsável é o governo. Por meio de leis e 
regulamentações, o Estado é capaz de interferir a favor de produtos mais “amigáveis” 
ao meio ambiente, que são conhecidos como produtos verdes. Contudo, esses 
instrumentos legais nem sempre são eficientes, restando ao consumidor 
desempenhar o seu papel, que é exigir o compromisso social e ambiental das 
empresas e, se for necessário, exercer também pressão sobre seus governos. 
 
 
 
38 
 
15 A IMPORTÂNCIA DO GESTOR AMBIENTAL NOS DIAS ATUAIS 
A preocupação com a questão ambiental vem se expandindo nas últimas 
décadas. Diante da necessidade de o ser humano organizar as suas atividades 
produtivas de forma a evitar ou minimizar os diversos impactos ambientais causados 
no meio ambiente, a gestão ambiental é uma ferramenta importante de planejamento, 
controle e gestão referente às questões ambientais e visa contribuir para o 
desenvolvimento econômico, desde que seja de forma sustentável. 
Neste contexto, a gestão ambiental tem ganhado destaque e uma dimensão 
estratégia das empresas, como forma de planejar o desenvolvimento, a implantação 
e manutenção de uma política ambiental para o desenvolvimento sustentável, se 
caracterizam como “conjunto de princípios, estratégias e diretrizes de ações e 
procedimentos para proteger a integridade dos meios físicos e bióticos, bem como dos 
grupos sociais que deles dependem. Inclui também, o monitoramento e o controle de 
elementos essenciais à qualidade de vida, em geral, e à salubridade humana, em 
especial”. 
Nesse sentido, o gestor ambiental é o profissional com formação 
multidisciplinar e interdisciplinar, com uma visão holística que vai trabalhar 
diretamente com a gestão ambiental, elaborando projetos com o objetivo de alcançar 
resultados positivos em relação ao meio ambiente, bem como a redução dos impactos 
ambientais provocados pelas ações do homem, melhorando a qualidade de vida, para 
que todos se sintam bem em um ambiente menos poluído, alémde garantir o uso mais 
racional dos recursos naturais, preservando-os para as gerações vindouras e 
contribuindo para a sustentabilidade econômica, social e ambiental. 
A profissão de gestor ambiental é nova no mercado, mas é uma área que está 
em expansão devido às exigências ambientais da atualidade, este profissional pode 
atuar em empresas e instituições públicas que pretendem incorporar o conceito de 
sustentabilidade. Diante do cenário vigente, da crescente globalização dos mercados, 
a gestão ambiental é um fator estratégico de competitividade para as organizações 
que pretendem se manter ativas, competitivas e com uma boa imagem. Sendo assim, 
o gestor ambiental tem o papel de encontrar alternativas de projetos e técnicas para 
a manutenção do equilíbrio ambiental, desta forma, é importante que este profissional 
desenvolva suas atividades de forma integrada com as novas tecnologias e em 
sintonia com seu conhecimento técnico o que resultará em uma gestão inovadora com 
 
 
 
39 
 
responsabilidade socioambiental, que leve em consideração a preservação ambiental 
e melhoria da qualidade de vida. 
O gestor ambiental é o responsável por organizar, dirigir e controlar atividades 
relativas ao meio ambiente. Entre tais atividades, merecem destaque o planejamento, 
o gerenciamento e a execução de tarefas voltadas para o diagnóstico socioambiental, 
a avaliação de impactos, proposição de medidas mitigadoras (tanto preventivas como 
corretivas), a recuperação de áreas degradadas e monitoramento da qualidade 
ambiental visando à promoção do desenvolvimento sustentável, enfim, a adoção de 
medidas voltadas para a obtenção de efeitos positivos sobre o meio ambiente, seja 
reduzindo ou eliminando danos ou problemas de origem antrópica (atuação reativa), 
seja evitando seu aparecimento (atuação preventiva). 
O gestor ambiental tem grande responsabilidade e deve ser étnico para 
administrar os recursos naturais e propor técnicas científicas para minimizar os 
impactos ambientais provocados pelas ações humanas. Além de todas as 
características citadas, cabe destacar que todo gestor ambiental é também um 
educador ambiental, pois assume um papel importante para um novo modelo de 
desenvolvimento, promover a gestão racional e equilibrada dos recursos naturais. 
A atuação do gestor ambiental como educador ambiental é: 
 “Agente multiplicador executando programas de treinamento e 
conscientização coletiva da importância da divulgação e adoção dos 
princípios de sustentabilidade através de diferentes instrumentos”. (Apud 
Pagés G. M. 2015). 
A atuação como educador ambiental pressupõe um processo de formação e 
informação, que requer a mudança de comportamentos, hábitos, de atitudes, 
consciência crítica e propor novas práticas referentes às questões ambientais, que 
levem as comunidades a buscarem formas de preservar o meio ambiente. 
Afinal, é importante que o gestor ambiental busque sempre refletir sobre sua 
própria prática de atuação, analisando se está surtindo efeitos na organização, na 
sociedade e em relação às pessoas envolvidas, o trabalho de conscientização de 
todos os envolvidos no processo é de suma importância para a obtenção de resultados 
positivos, sejam econômicos, sociais e ambientais. 
 
 
 
40 
 
16 GESTÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE 
No último século o modo de produção no Brasil sofreu uma transição bastante 
rápida. O país passou de um exportador de produtos predominantemente agrícolas, a 
uma nação com um parque industrial muito forte. 
Paralelamente surgiram os problemas ambientais, porém menos marcados, em 
igual velocidade. Os diversos ramos industriais como petroquímicos, celulose, 
químico, automobilístico e autopeças, sofrem inspeções de sua infraestrutura ou de 
utilização do solo. 
 
Fonte: 
conexaoplaneta.com.br 
As multinacionais que apresentam rigor ambiental nos processos produtivos 
em seus países de origem, quando se instalam no Brasil estão buscando trazer 
condutas ambientalmente corretas no que concerne a emissão de gases tóxicos, 
resíduos líquidos ou sólidos, além do uso racional de recursos naturais. 
Desta forma, procurando controlar os níveis de poluição emitidos, as empresas 
passaram a adotar diversas medidas de tratamento de resíduos sólidos, líquidos e 
gasosos gerados no processo de produção, sendo que estes eram os únicos 
problemas ambientais que empresas consideravam ter, e a preservação do meio 
ambiente era vista como custo adicional ao processo produtivo. 
 
http://conexaoplaneta.com.br/
 
 
 
41 
 
16.1 O sistema de gestão ambiental e a sustentabilidade 
Não há mais como exportar poluição, via transferência de tecnologia poluidora, 
ou via produtos ecologicamente agressivos. As novas tendências de consumo em 
direção a produtos de menor impacto ambiental, embora ainda dirigida 
mercadologicamente, deve se firmar nos padrões de qualidade na cesta do 
consumidor. 
Dessa forma, a finitude dos recursos naturais começa a ser mais percebida e 
vigiada. É nesse sentido, e com tal percepção, que as empresas inauguram os anos 
noventa e adentram o século dois mil, gerindo o meio ambiente. 
O sistema de gestão ambiental é um instrumento com procedimentos 
semelhantes a qualquer nível gerencial de uma empresa moderna, como por exemplo, 
gestão financeira, ou de produção, marketing, ou recursos humanos. Sua 
particularidade é a importância conferida às questões ambientais da empresa, daí a 
denominação específica para a gestão que controla: uso racional de matérias-primas, 
insumos, energia, água, ar e também se preocupa com processos produtivos que 
cause menores danos à natureza, mediante a redução de sucatas, resíduos sólidos e 
líquidos, lixo e degradação ambiental em geral. 
Verificamos então, que o gerenciamento ambiental é uma das atividades mais 
importantes relacionadas com qualquer operação industrial. De modo geral, o 
gerenciamento ambiental está ligado aos sistemas organizacionais e programas que 
visam a questão práticas tais como: 
• Controlar e reduzir os impactos do meio ambiente, 
• Cumprir as leis e normas ambientais, 
• Desenvolver tecnologia apropriadas para eliminar resíduos ambientais, 
• Eliminar ou reduzir os riscos ao meio ambiente e ao homem, 
• Utilizar tecnologia limpa com objetivo de reduzir gastos de energia e materiais, 
• Melhorar o relacionamento com a comunidade e com o Governo, 
• Antecipar as questões ambientais que podem causar ao meio ambiente e/ou a 
saúde humana. 
O Sistema de Gestão Ambiental pode ser gerido pelos diversos 
Departamentos de uma Empresa, na pessoa do seu Gerente, 
constituído como Representante da Alta Administração para Assuntos 
Ambientais, que tem responsabilidades e poderes definidos em uma 
Matriz de Responsabilidades. (Apud FERREIRA E. G. 2017). 
 
 
 
42 
 
Aspectos e impactos ambientais significativos associados a produtos, serviços 
e atividades, são definidos e constituem-se na base do Sistema de Gestão Ambiental. 
Sobre estes estão estabelecidos, procedimentos documentados, e os controles 
pertinentes. 
Objetivos e metas ambientais são estabelecidos com base na significância dos 
aspectos e impactos ambientais, na disponibilidade de recursos e no alinhamento com 
a Política Ambiental da empresa e com os requisitos legais pertinentes. 
Programas Ambientais são estabelecidos para que sejam atingidos os objetivos 
e metas ambientais definidos e para cumprir integralmente a Política Ambiental. 
Monitoramentos e inspeções de equipamentos e instalações são efetuados, de 
acordo com procedimentos específicos, para permitir o controle e a avaliação contínua 
destes, assegurando, assim, manutenção do padrão de desempenho ambiental. 
Em intervalos de tempo, devidamente especificados, são realizadas Auditorias 
do Sistema de Gestão Ambiental para avaliar o nível de conformidade das práticas 
empregadas com os requisitos do Sistema de Gestão Ambiental e da Política

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