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Diário de bordo

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FACULDADE UNYLEYA
PROJETOS E PRÁTICAS EDUCACIONAIS I
FORMULÁRIO DE ATIVIDADES 
FACULDADE UNYLEYA
PROJETOS E PRÁTICAS EDUCACIONAIS II
FORMULÁRIO DE ATIVIDADES 
Aluno: 
Matrícula: 599621 Pólo: Nova Iguaçu
Atividade 2 – Diário de Bordo Reflexivo
	
O diário tem a função de garantir o diálogo intrapessoal. Nele são registrados fatos ocorridos e sentimentos inerentes a esses acontecimentos, como dificuldades, facilidades, dúvidas, surpresas, conquistas, entre outros. 
Não existem regras para se escrever o diário. Ele tem uma característica muito pessoal de quem o escreve.
No dia 09 de março de 2020 estive visitando a Escola Municipal Antônio Groppo no Município de Japeri no Estado Rio de Janeiro, e perguntei se a mesa tinha o hábito de fazer os registros no diário de bordo, A diretora muito educada me respondeu que no início do ano de 2020 ela e sua equipe pedagógica, sentiram a necessidade de estimular os registros e reflexões nos professores desta instituição acreditando que assim poderia possibilitar mudanças em suas ações tornando-se protagonistas de suas próprias práticas pedagógicas, contribuindo na formação continuada dos profissionais da educação. O instrumento diário de bordo foi definido depois de observar que a grande maioria dos professores não apresentam o hábito do registro e na Educação Infantil e na inclusão, o registro é também um poderoso instrumento 
Os professores aceitaram o desafio de registrar suas práticas e iniciaram de maneira espontânea a escrita de seus diários de bordo. Ao se depararem com os diários os professores demonstraram uma certa angústia e preocupação em o que escrever e como escrever. Os registros nos diários de bordo acontecem a critério do professor, (diariamente, semanalmente, mensalmente) o que considerar importante e significativo da sua prática. No entanto, nos momentos de planejamento semanal, a coordenação pedagógica procura acompanhar, conduzir e ampliar a escrita dos diários dos professores.
 Os diários permanecem na sala do planejamento permitindo que todos os professores da escola possam ter acesso e total liberdade para ler, analisar e sugerir. Até o presente momento constatamos um envolvimento dos docentes em registrar suas ações. Aos poucos estão se desafiando e ampliando suas formas de registros apontando e sensibilizando seus olhares sobre suas próprias práticas. Para o segundo semestre de 2020, os diários irão também fazer parte dos encontros de formação continuada mensais, que acontecem na escola, envolvendo todos os profissionais, espaço este que também permite a formação docente no coletivo, compreendido como processo contínuo e Modalidade do trabalho: Relato de Experiência.
A direção informou me que pretende em grupo, analisar sobre outros olhares, olhar direção, coordenação pedagógica, colegas professores e auxiliares os diários de bordo baseados em alguns questionamentos.
Alguns professores decidiram ter seu próprio diário de bordo, outros fazem as anotações no diário que fica na sala dos professores. 
Perguntei a direção se eu podia ler o que os professores relataram no diário e com a autorização dela observei que muitos questionam a falta de segurança na escola, a escola possui um número reduzido de funcionários, por esse motivo não tem um porteiro, facilitando assim a entrada de qualquer pessoa.
Outra anotação feita no diário foi em relação à acessibilidade para pessoas portadoras de deficiência física, a escola fica localizada no morro e o acesso às salas de aula são feitos por uma escada, dificultando assim, os alunos que precisam da cadeira de rodas para se locomover.
São vários os registros feitos no diário coletivo, vamos dizer assim porque todos os professores anotam seus anseios e dúvidas nele, citarei alguns:
- falta de tratamento psicológico para determinados alunos;
- falta de disciplina influenciando o andamento do conteúdo 
- bullyng;
- falta de reconhecimentos pelos profissionais da área da educação
- falta de biblioteca para influenciar o gosto pela leitura;
- falta de comprometimento dos pais nos dias das reuniões;
- falta de interesse dos alunos, entre outros;
No dia 10 de março de 2020 voltei à escola para acompanhar uma aula da professora PSM, ela com muita dificuldade por conta da indisciplina estava tentando explicar a matéria quando um aluno completamente agressivo começou a fazer muita bagunça chamando à atenção de todos, até os mais interessados se dispersaram por conta do aluno problemático. A professora não conseguia controla-lo, ele afrontou a professora e a mesma teve que levar o caso para orientação, deixando-me responsável pela turma. Pude verificar como alguns alunos são carentes de afeto, de família. Por alguns minutos consegui prender a atenção daquela turma, mas apenas por alguns minutos, tentei explicar a importância do bom comportamento. Alguns alunos relataram que não precisavam estar ali, que estavam por conta do bolsa família, que se não fosse para escola, a mãe perderia o direito. Triste realidade que vivenciei, muitos alunos idolatram o tráfico, sonham em fazer parte do mesmo, fiquei muito assustado em ver crianças sem a menor perspectiva pra o futuro. Infelizmente é o que presenciamos na maioria das escolas, no município onde moro o IDH é o menor e a carência é muito grande. Todos queriam saber o que estava acontecendo com o colega que foi para a orientação, não queriam mais prestar atenção nas atividades, um aluno acabou atrapalhando toda a aula e a professora ficou mais de 2 horas para resolver a situação, junto com a direção e a coordenação. Foi preciso chamar o responsável e para surpresa de todos, a mãe chegou na escola gritando com a direção e com a professora. Os funcionários ficaram perplexos, chegamos à conclusão que o aluno era daquele jeito por culpa da mãe. A situação ficou tão crítica que tiveram que acionar o conselho tutelar e a polícia, a que ponto chega à educação de uma criança. O menino era tão problemático que não respeitou nem a presença do policial. No desfecho da situação o Conselho Tutelar ainda ficou a favor daquele aluno, alegando que ele não podia ficar sem estudar. 
Fico pensando como será o futuro desses estudantes, sem ambição, sem perspectiva de vida, sem interesse. 
A professora que levou o caso para orientação, ficou completamente arrasada e decepcionada, afinal nada pode ser feito com essas crianças. Alunos que precisam urgente de apoio psicológico, e infelizmente não tem. 
Diante da situação que presenciei fiquei pensando que infelizmente alguns alunos que querem aprender precisam conviver com aqueles que não querem e isso acaba atrapalhando o seu desenvolvimento, a professora preparou sua aula da melhor forma, fez planos e no final não saiu como ele desejava.
No dia 11 de março de 2020 estive novamente na escola, só que em outra turma, pude observar que por ser crianças menores e por a sala ter um número mais reduzido de alunos a professora tinha um domínio maior, mas as dificuldades enfrentadas eram as mesmas, por se tratar de uma turma de educação infantil, os materias eram bem escassos, a professora relatou me que tira do seu pagamento dinheiro para comprar materiais básicos para educação infantil como: massa de modelar, lápis de cor, canetinhas , colas, folhas, livrinhos de história. Ela disse que faz isso porque fica com pena das crianças.
Cheguei a conclusão que se nossos governantes investissem mais na capacitação dos profissionais de educação, na estrutura escolar e em profissionais de saúde(psicólogos) teríamos um melhor resultado.
Referências:
ALARCÃO, I. Professores reflexivos em uma escola reflexiva. São Paulo: Cortez, 2003. ALVES, F. C. Diário – um contributo para o desenvolvimento profissional dos professores e estudo dos seus dilemas. Instituto politécnico de Viseu. Disponível em acessado em 20/8/2017.
https://aprenderecia.blogspot.com

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