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Resenha Critica A Guarnição de Remo do Exército_Marcelo Lisboa

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1 
 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
MBA EM GESTÃO EMPRESARIAL 
 
 
Resenha Crítica de Caso 
Marcelo Moreira Lisboa 
 
 
 
Trabalho da disciplina Gestão de Operações, Produtos e Serviços 
 Tutor: Profª. Norma Cristina Cardoso Brandão 
 
 
Salvador 
2020 
 
http://portal.estacio.br/
 
 
 2 
 A GUARNIÇÃO DE REMO DO EXÉRCITO 
 
 
Referências: SNOOK, S.; POLZER, J. A Guarnição do Remo do Exército. Harvard Business 
School, mar./ 2004. 
 
O texto de Snook e Polzer (2004), “A guarnição de remo do exército” apresenta o dilema do 
treinador Preczewski, em relação a duas equipes de remo que apresentavam problemas em 
relação aos seus desempenhos nas competições. 
No final da temporada de remo de 2002, o coronel Stas Preczewski (ou treinador P.), passava 
uma grande frustração, ao ver que mesmo escolhendo os oito melhores remadores de sua 
equipe para serem membros do barco Varsity (V), o mesmo perdia frequentemente para o 
Varsity Junior (VJ) durante o treino de regatas. 
Reunindo informações para compreender a questão, o treinador P. passou toda a temporada 
tentando resolver, porém sem sucesso. Faltando apenas uma semana para início do grande 
evento da temporada da regata do campeonato Nacional, que envolvia mais de 100 escolas e 
o treinador P., tendo que considerar as opções possíveis para montar sua equipe. O mesmo 
considerou mesclar as equipes ou simplesmente promover a equipe do VJ, ou manter as 
equipes intervindo na tentativa de melhorar o desempenho. 
As guarnições remavam em estreitos barcos tipo shell, leves e com comprimento de 18 metros. 
Considerando que nos remos simples utilizavam apenas um remo, com um timoneiro na parte 
de trás do barco no comando do leme e estabelecendo a liderança, considerando que remar é 
uma atividade exaustiva. Historicamente o remo foi o primeiro esporte interuniversitário dos 
EUA, com início em 1852, com uma regata entre Havard e Yale, sendo que sua versão 
moderna ocorria durante o ano inteiro. Ao final da temporada de outubro e início de novembro, 
ocorria a fase de condicionamento em ginásio durante todo o inverno, para capacitar a equipe 
para a próxima temporada. 
Segundo o texto de Snook e Polzer (2004), “ser bem-sucedido em guarnições de remo exigia 
uma combinação única de habilidades pessoais e coordenação de equipe”, ou seja, o talento 
individual não alcança resultado. Por este motivo, o Comitê Olímpico Norte-americano 
patrocinou um projeto para avaliar com especialistas os fatores mais significativos para 
alcançar o máximo desempenho, avaliando mais de 200 variáveis diretamente ou 
 
 
 3 
indiretamente ligadas ao remo “simples”, envolvendo treinadores com várias idades e níveis 
de experiência. 
Através do “ergonômetro”, os treinadores avaliavam a força e resistência de cada remador. O 
ergonômetro simulava a técnica geral de remar, após serem treinados no “erg”, para aumento 
de resistência e técnica. 
As habilidades individuais eram importantes, porém não eram um diferencial para a equipe, 
pois, se um membro tentasse superar os demais, ocorreria uma perda de ritmo devido à falta 
de sincronia da equipe, considerando que o importante era o elo mental e sintonia dos 
remadores para que a equipe se sobressaísse. O texto de Snook e Polzer (2004) diz que John 
Smith observou que “remar tem tudo a ver com minúcias”, fazendo com que as equipes até 
então continuassem a buscar o domínio de detalhes do remo. Quando se observa uma boa 
guarnição, percebe-se que os oito remadores estão perfeitamente sincronizados, como se 
estivessem unidos por barras de aço, considerando-se que com a perda do sincronismo, o 
barco poderá perder seu centro de equilíbrio e desacelerar. 
Após um ótimo desempenho na temporada de 2000-2001, o treinador P., aguardava ansioso 
a próxima temporada de 2001-2002, depois de um duro trabalho com os remadores para 
melhorar suas habilidades. O treinador P., selecionou os oito melhores remadores para o barco 
V, e o restante para o barco VJ, que competiram em vários níveis, mas o mais importante era 
que eles competiam entre si, considerando o tempo de regata de cada grupo. Como de 
costume, o treinador P., utilizou a máquina ergométrica para avaliar a força, técnica e 
resistência de cada remador. Com o resultado em mãos o time foi para Atlanta para intensivo 
treinamento. O treinador P., utilizou esse retiro para realizar as “disputas de carrinho”, para 
determinar por fim os melhores remadores para o barco V. As “disputas de carrinho” eram 
amplamente utilizadas, pois forneciam dados referente ao desempenho individual, assim como 
o coletivo. Essa disputa deixou claro quais seriam os oito remadores para o barco V, porém o 
barco V. tinha oito pontuações elevadas para força individual com exceção de dois indivíduos 
com resistência absoluta para competirem no barco VJ. Um deles atrapalhava a equipe de 
quatro pessoas, por sua tendência a tentar se sobressair individualmente, já o outro era jovem 
e inexperiente, com técnica precária na água, onde realmente importava. Este dois perderam 
a disputa por carrinho. 
De volta ao campus, o treinador P., viu uma cobrança entre os membros do barco V exigindo 
uma vitória mais vantajosa contra o barco VJ, o que gerou infelicidade entre os remadores. O 
 
 
 4 
treinador P., a priori achou positiva a cobrança, porém após este fato, percebeu que dias 
difíceis viriam. Com base em sua experiência de anos anteriores, o treinador P., acreditava ter 
escolhido os oito melhores remadores, considerando que o barco V era sempre mais rápido 
do que o barco VJ, porém durante o primeiro treino do rio Hudson, o barco VJ venceu 
imediatamente o barco V na disputa de treino. O treinador P., não aceitou o resultado, porém, 
este fato começou a se repetir e foi quando se observou que o barco VJ remava mais rápido 
cerca de dois terços das competições, porém o interessante era que o barco VJ não estava 
mais rápido, mas sim o barco V que estava mais lento. 
Perplexo o treinador P., começou a avaliar diariamente todos os fatores potenciais para este 
resultado. Após diversos testes com revezamento da equipe, o treinador P., percebeu que em 
todas as situações o barco V vencia, porém menos nas ocasiões em que o mesmo tinha os 
oito remadores. Isto provou que o barco V tinha os melhores remadores individualmente, mas 
algo fazia com que eles funcionassem como equipe de oito remadores, que como diz o texto 
de Snook e Polzer (2004), se, “o todo fosse menor do que a soma das partes”. 
Após elaborar uma matriz com informações coletadas sobre os dezesseis membros, na qual 
avaliava fatores psicológicos e comportamentais e com a contribuição do assistente, o 
treinador P., observou que os oito membros do barco V eram os melhores técnica-fisicamente, 
porém nesta equipe não se apresentou liderança entre estes, porém houve presença de 
membros desagregadores. Já na equipe do VJ, nenhum dos remadores era líder, como 
também não apresentou desagregadores. 
Essa análise estava em acordo com o estabelecido pelo comitê olímpico quanto a importância 
dos fatores psicológicos. Daí o treinador P., decidiu trazer um profissional especializado em 
aumento de desempenho individual e coletivo da equipe. Este profissional era oriundo da 
(CEP) de West Point, esse centro era focado em aperfeiçoar certas habilidades técnicas 
mentais que são ligadas na melhora do desempenho do ser humano. 
O treinador P., sempre incentivou os remadores a serem incentivadores e estarem sempre 
unidos, utilizando e-mails para apoio mútuo. De qualquer forma uma amostra de e-mail de um 
dos remadores circulava entre os membros do barco V, que conforme o texto de Snook e 
Polzer (2004) dizia, “eu nunca pensei em ser o elo mais fraco, mas nessa regata eu tenho 
certeza que não sou”. Eu sei que se voltar a me concentrar, as coisas vão voltar a funcionar”, 
considerandoque estas reclamações muitas vezes eram direcionadas diretamente para o 
treinador P. Um deste e-mails direcionado ao treinador P., fazia duras críticas ao remador Jim, 
 
 
 5 
inclusive apelando para a possibilidade de afronta física. Considerando todos os e-mails com 
este conteúdo recebido, nenhum deixou claro um padrão quanto a culpados entre os membros 
do barco V. 
Nos encontros com a equipe do CEP, verificou-se que vários fatores pareciam influenciar 
diretamente no desempenho dos atletas. O treinador foi percebeu que a equipe do barco V 
acusava uns aos outros, enquanto a do barco Vj não. 
O treinador P., resolve então avaliar o desempenho físico dos remadores com um treinador 
apelidado de “Satã”, informando que ambos haviam elabora um plano para alcance do ápice 
de sua força e resistência na semana do Campeonato Nacional. Os remadores ficaram mais 
fortes e seus tempos ergométricos melhor, porém o barco V estava perdendo nas competições 
de dupla e a equipe do VJ vencendo rotineiramente e com a proximidade do Campeonato 
Nacional, a equipe do VJ estava cada vez mais empolgada, enquanto a equipe do barco V 
não. Considerando que este acontecimento estava fora dos planos do treinador P., o mesmo 
realizou revezamento entre as equipes, o que piorou o desempenho e gerou conflitos quanto 
ao sentimento de rebaixamento e promoção de alguns membros de ambas as equipes. 
Como resolver este impasse? O treinador P., tinha 3 opções, que seria trocar os barcos Varsity 
e Varsity Junior, alternar remadores ou intervir para melhorar o desempenho do barco Varsity. 
Com mais uma derrota do barco V, o treinador organizou uma reunião na mesa de piquenique 
com a equipe que demonstrava descontentamento uns com os outros, afastamento, o treinador 
P,. também demonstrava a sua frustração ao perceber que não conseguia entender porque a 
equipe não estava vencendo. Faltando apenas quatro dias para o Campeonato Nacional, então 
o treinador P, expôs seus argumentos de forma objetiva e diz que a responsabilidade estava 
com a equipe e que só sairia dali com uma resposta. Após diversas opiniões, Joe, o mais novo 
da equipe, afirmou que era o único membro que queria realmente ganhar e que se sentia como 
se carregasse o barco sozinho, os outros membros começaram se expressaram contra e 
alegaram que eram eles próprios que carregam o barco sozinhos. Após ver seus oito 
remadores desanimados, o mesmo dispensa a equipe dizendo que iria pensar no que fazer 
para resolver este impasse entre eles. 
O texto de Snook e Polzer (2004), mostra que nem todo preparo físico e habilidades são 
suficientes para manter o foco de uma equipe que não esteja preparada psicologicamente para 
enfrentar a pressão da vitória e da derrota. Mesmo com os oito melhores remadores, ainda 
 
 
 6 
assim não foi possível alcançar os resultados esperados devido à falta de união e liderança na 
equipe. O que faz perceber como é complexo administrar situações e pessoas.

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