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03/03/2016 1 Avaliação Nutricional de Crianças Profª Alessandra Lucca Profa Mariana P. Del Re Profª Daniela Fagioli 03/03/2016 2 Avaliação nutricional de crianças: Por que a antropometria? Baixo custo Fácil aplicação e padronização Não invasivo Permite diagnóstico individual e coletivo Bem aceito pela população 03/03/2016 3 Avaliação do Crescimento Medida que melhor define a saúde e o estado nutricional da criança Distúrbios na saúde e nutrição crescimento infantilAfetam Até os 2 primeiros anos de vida: Crescimento reflete condições da gestação + fatores ambientais Biotipo dos pais: Não influenciam muito nesse momento 03/03/2016 4 Países em Desenvolvimento Consumo alimentar inadequado e infecções Problemas de saúde e nutrição na infância Avaliação do crescimento infantil Medida indireta da qualidade de vida 03/03/2016 5 Valores antropométricos representam: grau de ajustamento entre o potencial genético de crescimento e os fatores ambientais favoráveis e nocivos Padrão antropométrico ideal: Retirado de populações cujos indivíduos tenham tido a oportunidade de desenvolver plenamente seu potencial de crescimento 03/03/2016 6 Para classificar EN da criança: São necessários informações de pelo menos: Peso, Estatura, Idade e Sexo • Peso ao Nascer • Peso/Idade (P/E) • Estatura/Idade (E/I) • Peso/Estatura (P/E) • IMC • Perímetro cefálico/Idade • Perímetro braquial/Idade • Prega cutânea/Idade Parâmetros Utilizados: 03/03/2016 7 Em média, criança dobra seu peso de nascimento até 6º mês e triplica ao final do 1º ano de vida . Peso: avalia massa ou volume corporal sem diferenciação: óssea, muscular, viscerais ou gordura 03/03/2016 8 Estatura: � principal indicador do desenvolvimento corporal geral e do tamanho ósseo � Termo que pode ser utilizado tanto para o comprimento como para a altura de crianças. � Auxilia na interpretação do peso corporal � Serve como diagnóstico de desnutrição 03/03/2016 9 Estatura: < 2 anos →→→→ Medidas deitadas = comprimento Infantômetro Parte fixa Escala numérica Ponto para leitura da medida Parte móvel 03/03/2016 10 Estatura: < 2 anos →→→→ Medidas deitadas = comprimento Infantômetro � Medição realizada com o indivíduo deitado � Medição rápida � antes da criança ficar irritada � Realizar com 2 antropometristas ou com auxílio da mãe Equipamento: infantômetro Procedimento: � Deitar a criança no centro do infantômetro, descalça e com a cabeça livre de adereços Com auxílio da mãe/outra pessoa: � apoiar firmemente a cabeça contra a parte fixa do equipamento 03/03/2016 11 Estatura: < 2 anos →→→→ Medidas deitadas = comprimento Infantômetro � Pescoço reto e queixo afastado do peito � Ombros, nádegas e calcanhares em contato com a superfície de apoio do antropômetro � Braços estendidos ao longo do corpo � Pressionar, cuidadosamente os joelhos da criança para baixo, com uma das mãos, de modo que eles fiquem estendidos. Juntar os pés, formando um ângulo de 90º entre o tornozelo e calcanhar � Levar a parte móvel do equipamento até a planta dos pés, com cuidado para que não se mexam � Proceder a leitura, quando estiver seguro que a criança não se moveu da posição indicada 03/03/2016 12 Estatura: > 2 anos →→→→ Medidas em pé = altura Estadiômetro Equipamento: estadiômetro Procedimento: � Semelhante ao adulto 03/03/2016 13 Perímetro Cefálico (PC) e Torácico (PT) PC na pediatria: diagnóstico de microencefalia, macroencefalia ou hidroencefalia PT/PC: indicador de desnutrição Do nascimento até 6 meses: PT/PC = 1 � normal Dos 6 meses aos 5 anos: PT/PC > 1 � normal PT/PC < 1 � desnutrição Procedimento PC: Medir a circunferência máxima colocando a fita sobre a região frontal e na proeminência do occiptal A fita deve contornar a cabeça, ao mesmo nível, à esquerda e à direita 03/03/2016 14 A circunferência encefálica pode ser usada como um índice de desnutrição crônica durante os primeiros 24 meses de vida. Após os 2 anos, o crescimento encefálico é lento. 03/03/2016 15 PT/PC = 1 normal PT/PC < 1 desnutrição PT/PC > 1 normal 03/03/2016 16 quando 03/03/2016 17 Indicadores Antropométricos Estatura para idade (E/I) – expressa crescimento linear da criança. � É o índice que melhor Indica o efeito cumulativo de situações adversas. � Identifica casos de desnutrição atual, crônica e pregressa � Em caso de desn. aguda a criança perde peso, mas não altura Déficit de E/I (estatura abaixo do esperado para idade): deve ser interpretado como resultante de um processo de falha em alcançar o potencial genético de crescimento devido a deficientes condições de saúde e/ou nutrição. Excesso de E/I (estatura acima do esperado para idade): não se configura, num primeiro momento, como problema nutricional, mas deve ser investigado clinicamente, como uma possível ocorrência de distúrbio endócrino. 03/03/2016 18 Indicadores Antropométricos � Peso para estatura (P/E) – expressa a proporção entre as dimensões de massa corporal e a altura. � Indica um comprometimento recente � Pode excluir crianças de alto risco, onde o BP está associado a baixa estatura � Dá informações tanto de emagrecimento quanto de excesso de peso em relação à estatura. � Sensível para o diagnóstico de excesso de peso, mas necessita de medidas complementares para sobrepeso e obesidade. � Estudos: associação entre sobrepeso na infância e riscos aumentados para diabetes, hipertensão, DCV e alguns cânceres na idade adulta. 03/03/2016 19 Indicadores Antropométricos � Peso para idade (P/I) – reflete a massa corporal para a idade cronológica. � Recomendado para avaliação do crescimento infantil e reflete a nutrição global, porém não diferencia comprometimento nutricional atual dos pregressos ou crônicos. � Déficit de P/I, observado em um único momento, não deixa claro se o processo que levou à desnutrição é recente ou de longo prazo. � Excesso de P/I sem considerar E/I: classificação equivocada de sobrepeso. 03/03/2016 20 Meninos: 6 anos e 10 meses 22,1Kg P/I ≅≅≅≅ P50 Menino B: E/I ≅≅≅≅ P97 P/E ≅≅≅≅ P5 Menino A: E/I ≅≅≅≅ P10 P/E ≅≅≅≅ P50 03/03/2016 21 E/I P/I P/E Classificação Baixo Baixo Normal Passado de má nutrição com alimentação normal atual Normal Normal Normal Eutrófico Alto Alto Normal Alto Normal Alto Baixo Baixo Desnutrição atual ++ Normal Baixo Baixo Desnutrição atual + Baixo Alto Alto Excesso de peso ++ Baixo Normal Alto Passado de má nutrição com alimentação atual excessiva Baixo Baixo Baixo Passado de má nutrição com alimentação atual deficiente Avaliação adequada: Combinação de vários indicadores 03/03/2016 22 �Referencial obtido de populações que tiveram oportunidade de desenvolver, plenamente, o seu potencial de crescimento (fatores genéticos e ambientais). �Utilizado não só para diagnosticar distúrbios nutricionais como também na vigilância do crescimento. �A defesa de um PR único, internacional, baseia-se no fato de que o crescimento do peso e estatura de crianças saudáveis e bem alimentadas, de diferentes origens étnicas, são similares até os 5 anos de vida. Padrão de Referência 03/03/2016 23 � Nutrição ideal – Amamentação – Alimentação complementar � Ambiente ideal – Boas condições ambientais – Mães não fumantes � Atenção ideal à saúde – Imunizações – Rotinas pediátricas Crescimento ideal Condições Populacionais Ideais: 03/03/2016 24 OMS – Novo Padrão de Crescimento Infantil Confirma que as crianças de qualquer parte do mundo Recebam uma atenção ótima desde o nascimento Tem o mesmo potencial de crescimento Existem diferenças individuais →→→→ Nível regional e mundial o crescimento das crianças é similar As diferenças no crescimento infantil até os 5 anos refletem mais as diferenças ambientais que as genéticas ou étnicas 03/03/2016 25 Classificações mais utilizadas: Percentil: medida proveniente da divisão de um parâmetro em 100 partes iguais P3 P10 P50 P97 P0,1 Abaixo doP10 há 10% dos valores e acima 90% Abaixo do P97 há 97% dos valores e acima 3% Criança no P50: metade tem valor inferior ao dela e metade, superior 03/03/2016 26 Percentíl: PERCENTÍL DIAGNÓSTICO NUTRICIONAL < P 0,1 Peso muito baixo p/ idade ≥≥≥≥ P 0,1 e < P 3 Peso baixo p/ idade ≥≥≥≥ P 3 e < P 10 Risco nutricional ≥≥≥≥ P 10 e < P 97 Adequado ou eutrófico ≥≥≥≥ P 97 Risco de sobrepeso Classificação utilizada no “ANTIGO” cartão da criança 03/03/2016 27 Classificações mais utilizadas: Escore-Z Avalia quanto a criança se afasta ou se aproxima da mediana em DP Bom para estudos populacionais Deficiência – 2DP Excesso + 2DP Normal entre -2 e + 2 DP Escore-Z = 0 Medida da criança = mediana da referência 03/03/2016 28 Escore Z -1,881 -1,282 0,00,0 1,282 1,881 p 3 p 10 p 50 MEDIANA p 90 p 97 -3,0-3,0 -2,0-2,0 -1,0-1,0 1,01,0 2,02,0 3,03,0 p 0,13p 0,13 p 2,28p 2,28 p 15,8p 15,8 p 84,2p 84,2 p 97,72p 97,72 p 99,87p 99,87 03/03/2016 29 Correspondência entre alguns pontos de corte de Percentis e de Escores Z Percentís Escore Z P3 - 1,881 P5 - 1,645 P10 - 1,282 P25 - 0,674 P50 0 P75 0,674 P85 1,036 P90 1,282 P95 1,645 P97 1,881 03/03/2016 30 03/03/2016 31 RN: Perda de 5 – 10% peso logo após o nascimento, recuperado entre 8 a 10 dias Perda Água extracelular acumulada nas últimas semanas de gestação Nutricionista: Deve-se saber o peso que o RN tinha quando recebeu alta pois é a partir desse peso que deve-se avaliar o ganho de peso no 1º mês de vida 03/03/2016 32 2 classificações quanto ao EN do RN: 03/03/2016 33 Idade Peso Comprimento 0 a 6 meses 20 a 25g/dia (600g mês) 4 a 5 cm/ mês 7 a 12 meses 15 a 20g/ dia (400g mês) 2 a 3cm/ mês 03/03/2016 34 Curvas de Crescimento da Organização Mundial da Saúde - OMS As curvas de crescimento constituem um importante instrumento técnico para medir, monitorar e avaliar o crescimento de todas as crianças e adolescentes de 0 a 19 anos, independente da origem étnica, situação socioeconômica ou tipo de alimentação. Por que o MS adotou esta como referência para o Brasil? Porque as curvas da OMS adaptam-se bem ao padrão de crescimento das crianças e adolescentes e aos pontos de corte de sobrepeso e obesidade recomendados para os adultos. 03/03/2016 35 As curvas de crescimento nas cadernetas da criança e do adolescente As cadernetas da criança e do adolescente contêm as curvas para a avaliação do crescimento, de acordo com a faixa etária e o sexo, o que as tornam importantes instrumentos para orientar o monitoramento do estado nutricional. 03/03/2016 36 Novo Padrão de Crescimento Infantil OMS, 2006 MS utiliza para crianças menores de 5 anos • Peso por idade (P/I) • Altura por idade (E/I) • Peso por altura (P/E) • IMC por idade (IMC/I) Novo referencial →→→→ 16 curvas 03/03/2016 37 PESO/ IDADE (P/I) 03/03/2016 38 Ex: criança c/ 3 anos e meio e 14 kg 03/03/2016 39 Ex: criança c/ 3 anos e meio e 14 kg Peso para idade (P/I) 03/03/2016 40 03/03/2016 41 Percentil: Peso para idade (P/I) 03/03/2016 42 PESO/ IDADE (P/I) 03/03/2016 43 03/03/2016 44 03/03/2016 45 OBS: Não há parâmetro de peso para estatura na referência da OMS (2007) na faixa etária de 5 a 10 anos PESO/ ESTATURA (P/E) 03/03/2016 46 03/03/2016 47 03/03/2016 48 03/03/2016 49 Peso/ estatura (P/E) 03/03/2016 50 03/03/2016 51 Peso/ estatura (P/E) 03/03/2016 52 ESTATURA/ IDADE (E/I) 03/03/2016 53 4 anos: 105 cm Estatura/ idade (E/I) 03/03/2016 54 Estatura/ idade (E/I) 03/03/2016 55 03/03/2016 56 03/03/2016 57 ESTATURA/IDADE (E/I) 03/03/2016 58 03/03/2016 59 03/03/2016 60 IMC/IDADE (E/I) É utilizado para identificar o excesso de peso entre crianças e tem a vantagem de ser um índice que será utilizado em outras fases do curso da vida. 03/03/2016 61 03/03/2016 62 03/03/2016 63 IMC para idade 03/03/2016 64 IMC/IDADE (E/I) 03/03/2016 65 03/03/2016 66 03/03/2016 67 > -2 escores e < +2 = normal < -2 escores z = Microcefalia > +2 escores = Macrocefalia 03/03/2016 68 03/03/2016 69 RESUMO: Classificação do EN para menores de 5 anos 03/03/2016 70 RESUMO: Classificação do EN de crianças de 5 a 10 anos 03/03/2016 71 � As novas curvas de crescimento estão disponíveis no site da OMS: � O site apresenta também: • publicações sobre o estudo • software para cálculo dos índices em escore Z e percentil • respostas às perguntas mais comuns sobre o tema. www.who.int/childgrowth
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