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Endereço da página:
https://novaescola.org.br/conteudo/9717/educacao-40-o-que-devemos-esperar
Publicado em NOVA ESCOLA 07 de Março | 2018
Tecnologia
Educação 4.0: o que devemos
esperar
É possível realizar uma Educação regrada em criatividade e inventividade,
usando vários recursos e contando com um ambiente baseado em
experimentação
Débora Garofalo
Foto: Getty Images
Não tem mais volta, a Educação 4.0 chegou! O termo está ligado à revolução tecnológica que inclui
linguagem computacional, inteligência artificial, Internet das coisas (IoT) e contempla o learning by
doing que traduzindo para o português é aprender por meio da experimentação, projetos, vivências e
mão na massa.
Não existe um modelo pronto para aplicar e todos podemos (e devemos) contribuir, quebrando velhos
paradigmas de anos impostos em uma educação descontextualizada, pautada em transmissão de
conhecimento e ambientes pouco propícios ao processo de aprendizagem. Para muitos educadores
ligados ao tema, o modelo pautado na cultura maker – do faça você mesmo – é um dos caminhos.
Para discutir esses modelos e desafios aconteceu em Manaus o Hackathon Desafio “Educação 4.0:
transformando a experiência de aprendizagem por meio da tecnologia”, organizado pelo Instituto
CERTI Amazonas, com apoio da Positivo Tecnologia. A proposta do evento foi juntar estudantes da
educação básica, universitários e professores do Estado do Amazonas para que pensassem
coletivamente na educação e como transformar a experiência de aprendizagem por meio da
tecnologia. Ao lidar com questões de Matemática, Língua Portuguesa, Geografia e temas
contemporâneos, como economia de água, energia, meio ambiente e inclusão, as equipes
empregaram linguagem de programação e os recursos da placa Micro:bit, desenvolvida pela BBC, que
https://novaescola.org.br/conteudo/9717/educacao-40-o-que-devemos-esperar
é um computador de placa única, com processador Arm, que estará disponível em breve no Brasil.
 
Vídeo: https://www.youtube.com/embed/wd4-jnOzcrQ
Um dos idealizadores da placa é Howard Back, chefe de pesquisa acadêmica e de marketing/público da
Fundação Educacional Micro:bit., que partiu da proposta de tornar cada criança um construtor, não se
limitando ao aprendizado da sala e aula.
Participei como convidada e mentora desse evento e em minhas conversas com especialistas
brasileiros e Internacionais, propostas como o compartilhamento de vivências, a quebra dos modelos
atuais de educação e investir na formação de professores ganharam relevância.
O curador do evento, Oscar Burd, especialista em soluções estratégicas de TI e presidente da Success
Tecnologia e Energia, defende que as tecnologias devem revolucionar a educação do mesmo modo
que revolucionaram a sociedade e nossas vidas cotidianas. Com isso, não são apenas ferramentas,
mas igualmente agentes de transformação. "O aluno passa a ser ouvido e é parte atuante vital dos
processos educacionais", diz. "Ele sai da passividade e aprende a virar ator. Neste sentido tem que ser
ouvido e compreendido desde o início".
Cecília Waismann, vice-presidente de pesquisa e desenvolvimento no MindCET EdTech Innovation
Centre, que reúne educadores, pesquisadores, estudantes e empresários para acelerar a inovação,
enfatizou que é necessário haver uma ruptura conceitual. Segundo ela, não dá mais para esperar que
as escolas façam algo, é necessário que educadores e especialistas discutam esse modelo, além de
promover a criação de novos espaços e oportunidades para essa aprendizagem.
No Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos, o grupo de trabalho Lifelong
Kindergarten (Jardim de infância continuado) foi idealizado para pensar a educação pautada no brincar
a fim de explorar novos modelos, buscando soluções com uso de tecnologia e diversos materiais
estruturados ou não.
O pesquisador do Media Lab do MIT, Leo Burd, defende uma aprendizagem baseada no concreto,
compartilhando trabalhos e experiências, respeitando o ambiente e promovendo interação social. Para
ele, permitir o erro é positivo no processo de aprendizagem. Esse modelo está sendo levado a escolas
públicas brasileiras, através de uma rede brasileira de aprendizagem criativa, com intuito de promover
trocas e encontros para formação docente. “Precisamos de gente inovadora que saiba usar os recursos
que temos de forma criativa, consciente e colaborativa”, diz Burd.
https://www.youtube.com/embed/wd4-jnOzcrQ
https://www.doity.com.br/educacao40
http://aprendizagemcriativa.org/
Equipes trabalham durante o Hackathon em Manaus: soluções criativas para problemas de
Matemática, Língua Portuguesa e até economia de água Foto: Divulgação
O que devemos esperar da educação 4.0?
José Armando Valente, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e do Programa de
Pós-Graduação em Educação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), aponta que
apesar de vivermos na era digital e de fazer uso de tecnologias diversas em nosso dia a dia, esse
mundo não está integrado à escola. “É necessário integrar tecnologia ao currículo, explorar seu
potencial e promover a conversa com as áreas de conhecimento”, afirma.
Segundo Valente, o currículo do sucesso passa a explorar metodologias ativas ao trabalhar com
projetos, investigação, resoluções de problemas, produções de narrativas digitais e desenvolvimento
de atividades maker, transformando as ferramentas digitais em linguagem. Mas admite que não há um
único modelo a seguir. “Não devemos esperar algo pronto, o processo da Educação 4.0 está em
criação”, diz.
Estamos vivendo uma revolução na educação, em que constantemente os jovens têm nos cobrando
por isso. Ezequiel Menta, Diretor de Políticas e Tecnologias Educacionais da Secretaria de Educação do
Estado do Paraná, afirma que é preciso repensar as ferramentas existentes, criando também
possibilidades offline para que as escolas possam se apropriar da tecnologia existente, adaptando a
realidade das unidades.
SAIBA MAIS Botar em prática novas formas de ensinar parece um desafio? O curso sobre
metodologias ativas vai te mostrar como é possível.
Essa imersão em Educação e tecnologia deixou claro que é possível realizar uma educação regrada em
criatividade e inventividade, usando vários recursos e contando com um ambiente baseado em
experimentação com o aluno no centro do processo de aprendizagem. Equipamentos são importantes,
mas é fundamental que venham acompanhados de práticas pedagógicas que possibilitam vivências
significativas, respeitando docentes e alunos.
Em tempo: entre as equipes do Hackathon Manaus, três venceram o desafio e foram premiadas. Na
verdade, todos vencemos, ao ter a possibilidade de aprender com o processo, trazendo novas
narrativas para a educação.
Convido você, querido professor, a participar desse debate e dessa proposta, incorporando
ferramentas digitais ao seu cotidiano e promovendo a revolução em sua sala de aula.
Um grande abraço e até a próxima!
https://cursos.novaescola.org.br/curso/11274/metodologias-ativas-na-educacao-basica/resumo
Débora Denise Dias Garofalo é formada em Letras e Pedagogia e está cursando mestrado em
Linguística Aplicada, Letramento Digital. Ela atua como professora na rede de ensino público em
São Paulo
Equipes que participaram do Desafio no Hackathon Manaus Foto: Divulgação

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