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Resumo antibiotico - eduardo dias de andrade 3 Ed

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Tatyane Ferreira - Odontologia
Referência: Eduardo Dias de Andrade – 3Ed.
Antibióticos
· Os antibióticos são substâncias químicas, obtidas de microrganismos vivos ou de processos semissintéticos, que têm a propriedade de inibir o crescimento de microrganismos patogênicos ou destruí-los.
· CLASSIFICAÇÃO
1. Ação biológica
· Bactericidas: Capazes de determinar a morte dos microrganismos.
· Bacteriostáticos: Inibem o crescimento e a multiplicação dos microrganismos sensíveis, sem destruí-los.
2. Espectro de ação
· Ação principal contra bactérias gram-negativas (-): quinolonas (ciprofloxacina, levofoxacina) e aminoglicosídeos (gentamicina).
· Ação principal contra bactérias gram-positivas (+):penicilinas G, penicilina V, eritromicina, claritromicina, azitromicina, clindamicina, vancomicina.
· Ação similar contra bactérias gram-positivas (+) e gram-negativas (-): ampicilina, amoxicilina, cefalosporinas, tetraciclinas.
· Ação contra bactérias anaeróbias: penicilinas, clindamicina, tetraciclinas, metronidazol (especialmente contra bacilos gram-negativos).
· Ação contra espiroquetas: penicilinas, cefalosporinas, tetraciclinas.
· Ação sobre fungos: nistatina, anfotericina B, cetoconazol, itraconazol e outros derivados triazólicos.
· Ação sobre outros microrganismos: (riquétsias, micoplasmas, micobactérias e clamídias): tetraciclinas e cloranfenicol.
3. Mecanismo de ação
Os antibióticos de uso odontológico podem ser divididos em 3 grupos:
· Atuam na parede celular: 
a) A parede celular reforça a membrana citoplasmática, tem como função a proteção e sustentação a célula e é exclusivo em bactérias. Além disso, ela é necessária para a reprodução das bactérias. Quase todas apresentam parede celular, porem nas G- é mais complexa que nas G+.
b) As PENICILINAS e CEFALOSPORINAS: atuam quando as bactérias estão em divisão celular, pois eles atuam bloqueando uma nova síntese de parede celular. Já que na divisão a parede é destruída. Logo, esses medicamentos são mais eficazes em infecções agudas (alta reprodução) do que crônicas (reprodução bacteriana é baixa). Assim, sem a parede celular as bactérias são destruídas e morrem por rompimento.
OBS: Nos bacilos gram-negativos, a diferença osmótica com o meio externo é menos acentuada e a bactéria pode não morrer. Isso ocorre quando as penicilinas ou cefalosporinas são empregadas por um período de tempo relativamente curto contra essas bactérias.
· Atuam na síntese de proteínas:
a) pode se dar de duas formas: 
I. pela interferência na tradução da informação genética (alteração da síntese proteica: as tetraciclinas, as lincosaminas, os macrolídeos e os azalídeos.
II. pela formação de proteínas defeituosas: Os aminoglicosídeos (gentamicina, neomicina, kanamicina, amicacina, etc.) que não são usados em odonto.
b) As tetraciclinas inibem a síntese proteica ao impedir a ligação do t-RNA (ácido ribonucleico-transportador) à subunidade menor dos ribossomos, seja ela 30S ou 40S. Essa falta de especificidade explica, pelo menos em parte, as reações adversas desse grupo de antimicrobianos, uma vez que as subunidades 30S são próprias das bactérias e as 40S são próprias das células dos mamíferos.
c) Os grupos das lincosaminas (clindamicina e lincomicina), dos macrolideos (eritromicina, espiramicina, claritromicina e roxitromicina) e dos azalideos (azitromicina) inibem a síntese proteica fixando-se à subunidade 50S, impedindo a ligação do t-RNA ao ribossomo. Como as subunidades 50S são encontradas somente nas células bacterianas, isso explica a maior toxicidade seletiva e o menor número de reações adversas dessas substâncias em relação às tetraciclinas.
OBS: Esses antibióticos são considerados BACTERIÓSTATICOS.
· Atuam na síntese de ácidos nucleicos:
a) Metronidazol: Penetra nas células aeróbias e anaeróbias. Forma radicas tóxicos que interrompem a síntese de DNA da bactéria. Logo, é bactericida.
· Atuam na membrana citoplasmática: vancomicina que é de uso hospitalar.
· Metabolismo intermediário: falsos substratos (são alérgicos – desuso).
· CLASSIFICAÇÃO CONCENTRAÇÃO-DEPENDENTE E TEMPO-DEPENDENTE
· Concentração-dependente: Sua eficácia aumenta quando sua concentração local aumenta e sofre pouca influência do tempo de permanecia no sangue e tecidos. (metronidazol)
· Tempo-dependente: Sua eficácia aumenta com o aumento da sua concentração. (eritromicina, azitrmicina, claritromicina, clidamicina, tetraciclina, penicilina e celalosporina).
· Resistência bacteriana
· Ocorre quando a dose do antibiótico é elevada e mesmo assim não é suficiente para sua eficácia, ou seja, quando a bactérias sobrevive a concentrações superiores aquelas atingidas nos tecidos ou no sangue;
· Não tem comprovação cientifica de que quanto maior a duração do tratamento menor será a resistência bacteriana.
· Quanto uma bactéria é resistente a um antibiótico, ela não será afetada nem no primeiro nem no decimo dia de tratamento.
· O uso indiscriminado de antibiótico é apontado como ponto de resistência.
· A resistência pode ser originaria de mutação ou transferível, mas não é provocada pelo antibiótico, ou seja, o antibiótico não causa a mutação.
· A resistência pode ser:
- Intrínseca ou natural: faz parte das características naturais, fenotípicas do microrganismo. Ex.: administração de um tratamento não eficaz a determinado organismo, como penicilina e micoplasma (não tem parede celular).
- Adquirida: Resistencia de uma espécie anteriormente sensível a um determinado antibiótico. 
· ANTIBIÓTICO DE USO ODONTOLOGICO
· Betalactâmicos: Possuem anel betalactêmico e têm 4 subclasses: PENICILINAS, CEFALOSPORINAS, CLAVULANATO DE POTÁSSIO E CARBAPENÊMICOS.
A. Penicilinas: São bactérias que podem ser de origem semissintética ou natural.
· Efeitos adversos: Tontura, dor abdominal, náuseas, vômito e diarreia são os mais comuns.
· Penicilinas naturais: São produzidas por fungos, são chamadas de penicilinas G ou benzilpenicilinas, são eles: penicilina G potássica cristalina, penicilina G procaína e penicilina G benzatina. 
Por serem inativadas pelo suco gástrico, são mal absorvidas por via oral. As vias parenterais (intramuscular ou intravenosa) permitem a completa absorção, apesar de aumentarem as chances de reação alérgica.
· A meia-vida plasmática da penicilina G potássica cristalina é muito curta (∼ 20 min), sendo necessária a administração intravenosa por gotejamento contínuo, em ambiente hospitalar, para se manterem os níveis séricos adequados.
· A penicilina G procaína (Despacilina®) é absorvida lentamente, mantendo os níveis séricos por 12-24 h. A penicilina G benzatina (Benzetacil®) é ainda menos solúvel, pois uma única aplicação pode manter os níveis sanguíneos durante várias semanas. Ambas as preparações são de depósito, administradas exclusivamente por via intramuscular. As penicilinas naturais são utilizadas no tratamento de infecções das vias aéreas superiores e inferiores, pneumopatias e infecções de pele de moderada gravidade (p. ex. erisipela). Atualmente, o uso das penicilinas G procaína e benzatina na clínica odontológica é bastante restrito.
· Penicilinas semissintéticas: Destas, a ampicilina e seu análogo, a amoxicilina, são as de maior interesse clínico para a odontologia. Por não serem inativadas pelo suco gástrico, podem ser administradas por via oral.
· Fenoximetilpenicilina potássica (penicilina V):
De espectro reduzido, age muito bem contra os estreptococos gram-positivos que em geral dão início aos processos infecciosos bucais. O frasco com pó para solução oral, após reconstituição em água, irá conter 60 mL. Cada 5 mL da solução conterão 400.000 U, equivalentes a 250 mg. O intervalo entre as doses deve ser de 6 h, no máximo
· Ampicilina e amoxicilina:
São discretamente menos ativas do que a penicilina V com relação aos cocos gram-positivos, mas, em compensação, seu espectro é estendido aos cocos e bacilos gram-negativos.
As principais diferenças entre a ampicilina e a amoxicilina (derivada da própria ampicilina) são farmacocinéticas. A amoxicilina é mais bem absorvida por viaoral e não sofre modificações no organismo.
Suas concentrações no soro e nos tecidos são quase duas vezes maiores do que as da ampicilina, o que permite seu emprego em intervalos de 8 h em vez de 6h. 
Embora a amoxicilina seja o antibiótico mais prescrito pelos dentistas, a penicilina V ainda é tida como a penicilina mais segura e ainda muito eficaz contra as bactérias causadoras de infecções bucais em fase inicial
B. INATIVADORES DAS BETALACTAMASES: Algumas infecções bucais causadas por bactérias produzem betalactamase. Logo, como a betalactamase é capaz de destruir o anel betalactâmico de algumas penicilinas e cefalosporinas. Assim, criou a associação de penicilinas com substâncias que inativam a ação enzimática das betalactamase. Sendo, o de interesse odontológico:
CLAVULANATO DE POTÁSSIO: Tem fraca atividade antibacteriana, porem se unem a betalactamase inativando-as tornando-as sensíveis as penicilinas.
C. CEFALOSPORINAS: São bactericidas, com espectro de ação um pouco mais aumentado em relação às penicilinas. São menos sensíveis à ação das betalactamases.
· Efeitos adversos: São nefrotóxicas se empregadas em altas doses e por tempo prolongado.
· Classificação: As cefalosporinas são classificadas de acordo com sua ordem cronológica de produção (primeira, segunda, terceira e quarta gerações) e também com base no espectro de atividade contra bacilos gram-negativos, que vai aumentando da primeira para a quarta geração.
· 1ª geração: cefadroxil, cefalexina, cefalotina, cefazolina.
· 2ª geração: cefaclor, cefuroxima, cefoxitina.
· 3ª geração: ceftriaxona, ceftazidima.
· 4ª geração: cefepima, cefpiroma.
D. MACROLÍDEOS: Desse grupo fazem parte a eritromicina, a espiramicina e outros antibióticos quimicamente relacionados à eritromicina, como a claritromicina e a roxitromicina. 
· Apresentam ótima absorção e biodisponibilidade, quando administrados por via oral. Distribuem-se para a maioria dos tecidos, com o pico de concentração plasmática sendo atingido 2-3 h após a tomada do medicamento. São excretados através da urina e da bile.
· A azitromicina pertence a uma nova classe de antibióticos, os azalídeos. . Possui uma meia-vida plasmática de 2-4 dias e, em estudos farmacológicos, foram observadas concentrações elevadas de azitromicina no interior dos neutrófilos, que resultam em concentrações elevadas nos tecidos infectados.
· Os macrolídeos possuem espectro de ação similar ao das penicilinas. A produção de betalactamases não tem efeito sobre a atividade antibacteriana da azitromicina. São bacteriostáticos e apresentam baixa toxicidade, pois as bactérias possuem ribossomos 70S, com subunidades 30S e 50S, enquanto as células dos mamíferos possuem ribossomos 80S, com subunidades 40S e 60S.7
· Efeitos adversos: A icterícia colestática, sinal de toxicidade hepática, pode se manifestar durante o tratamento com a eritromicina, especialmente quando for empregada na forma de estolato. Portanto, é recomendadoo uso do estearato de eritromicina.
Tanto a eritromicina quanto a claritromicina são potentes inibidores irreversíveis de algumas enzimas do sistema microssomal hepático. Isso significa que a utilização desses antibióticos, em conjunto com outros fármacos que se utilizam do mesmo sistema metabólico, pode causar exacerbação do efeito desses últimos. Dentre as substâncias que podem sofrer essas interações, estão os bloqueadores dos canais de cálcio (para tratamento da hipertensão arterial), os digitálicos (para tratamento da insuficiência cardíaca congestiva), os anticonvulsivantes (principalmente a carbamazepina), as estatinas (para tratamento da hipercolesteromia), a ciclosporina (imunossupressor), os opioides, os inibidores de protease usados no tratamento da aids (indinavir, nelfinavir, etc.), a varfarina (anticoagulante), a cisaprida (para tratamento do refluxo esofágico) e o midazolam (que, mesmo em dose única, pode causar depressão profunda do SNC).20 Aparentemente, nenhuma interação de significância clínica parece ocorrer entre esses fármacos e a azitromicina
I. CLINDAMICINA: A clindamicina é muito bem absorvida por via oral e atravessa facilmente as barreiras teciduais, apresentando a propriedade de penetrar no interior dos macrófagos e leucócitos polimorfonucleares, o que explica sua alta concentração em abscessos.
- É biotransformada pelo fígado e excretada na bile. Por essa razão, a relação risco/benefício de seu emprego deve ser bem avaliada em pacientes com alterações da função hepática e biliar.
- É bacteriostática e seu espectro de ação é semelhante ao das penicilinas, com a diferença que atingem o Staphylococcus aureus e outras bactérias produtoras de penicilinases. Também atuam contra bacilos anaeróbios gram-negativos, como o Fusobacterium nucleatum.
- efeitos adversos: Diarreia,
II. TETRACICLINAS: De interesse para a clínica odontológica, apenas a doxiciclina e a minociclina, que possuem ótima absorção por via oral. Seu espectro de ação é mais amplo do que o das penicilinas e o dos macrolídeos. Agem em infecções causadas por Actinomyces, Actinobacillus, Fusobacterium, Clostridium, Propionibacterium, Eubacterium e Peptococcus. São bacteriostáticas.
- Efeitos adversos: Distúrbios gastrintestinais, incluindo anorexia, náuseas, vômitos, diarreia, ulcerações da boca e irritação da região perianal. Devido a seu amplo espectro, podem provocar superinfecções por bactérias, fungos e leveduras. Devem ser empregadas com precaução em pacientes com histórico de doença hepática ou renal, por serem hepatotóxicas e nefrotóxicas quando administradas em doses maciças e por tempo prolongado. Podem causar fotossensibilidade, resultando em queimaduras pelo sol.
As tetraciclinas se depositam sob a forma de um ortofosfato complexo nos ossos e dentes, durante o desenvolvimento, provocando como resultado manchas marrons e hipoplasia de esmalte dental. Em vista disso, as tetraciclinas não podem ser administradas durante a gravidez e devem ser evitadas em crianças no estágio de desenvolvimento ósseo e dental. Embora as reações alérgicas sejam raras e se manifestem geralmente por erupções da pele, podem ocorrer reações imediatas graves, incluindo anafilaxia. Os sintomas orais de alergia compreendem queiloses, língua com coloração marrom ou preta e ulcerações da mucosa. Os antiácidos à base de alumínio, cálcio ou magnésio, preparações contendo ferro ou sais de bismuto, além do leite e seus derivados, podem prejudicar ou até mesmo inibir a absorção das tetraciclinas.
III. METRONIDAZOL: É muito bem absorvido por via oral, atravessando as barreiras teciduais rapidamente e em grandes concentrações, sendo distribuído na saliva e no fluido do sulco gengival. Após metabolização hepática, é eliminado pela via renal. É bactericida e seu espectro de ação atinge praticamente todos os bacilos anaeróbios gram-negativos. Não age contra bactérias aeróbias e microaerófilas.
-Efeitos adversos: Gosto metálico, dor estomacal, náuseas e vômitos. Quando administrado em largas doses e por tempo prolongado, pode provocar neuropatia periférica. Possível reação tipo dissulfiram, quando tomado junto com álcool. Pode potencializar o efeito dos anticoagulantes.
 E. Quinolonas e carbapenêmicos: As quinolonas são geralmente indicadas para o tratamento de infecções do trato urinário e algumas afecções respiratórias. Deste grupo de antibióticos, os mais citados para uso odontológico são ciprofloxacina e levofloxacina. Entretanto, estudos sobre a eficácia das quinolonas no tratamento das infecções bacterianas bucais ainda são conflitantes e a indicação desses compostos parece carecer de suporte científico.
Sem indicação para uso odontológico.

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