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Seminário IV - Interpretação, Validade, Vigência e Eficácia

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MÓDULO: TRIBUTO E SEGURANÇA JURÍDICA
SEMINÁRIO IV – INTERPRETAÇÃO, VALIDADE, VIGÊNCIA E EFICÁCIA DAS NORMAS TRIBUTÁRIAS
Aluna: Marília Tófollis de Melo Ramos
QUESTÕES
1. Que significa afirmar que uma norma “N” é válida? Diferençar: (i) validade, (ii) vigência; (iii) eficácia jurídica; (iv) eficácia técnica e (v) eficácia social. 
Para o positivista Hans Kelsen, direito é o conjunto de normas válidas em um determinado país. Para seus precursores, que têm como corrente jusfilosófica o Constructivismo Lógico-Semântico, uma norma, aqui considerada como enunciado prescritivo, para ser considerada válida precisa pura e simplesmente pertencer ao ordenamento jurídico. 
Para que se consubstancie a validade de uma norma, necessário que tenha sido elaborada por uma autoridade/órgão competente e ter respeitado um procedimento previsto em lei, assim, desde que atenda esses critérios de pertencialidade, já é considerada válida. Para depreender a validade da norma não é necessário vislumbrar se ela guarda fundamento de validade com o ordenamento, porquanto essa análise será feita em momento posterior ao seu ingresso no sistema.
Validade é, então, a relação de pertencialidade entre o enunciado prescritivo e o sistema do direito positivo. Já a vigência é a capacidade que as regras têm de produzir efeitos e, com isso, regular deonticamente as condutas. Diferencia-se da validade mormente porque a vigência é um predicado adjetivante da norma jurídica, que as tornam aptas para serem aplicadas.
Muito tênue da vigência é a definição de eficácia, que também está relacionada à produção de efeitos, mas os termos não se confundem. Enquanto a vigência se apresenta como a aptidão para produção de efeitos, a eficácia é a efetiva irradiação das consequências próprias à norma.
A eficácia jurídica é propriedade do fato jurídico, ou seja, decorre da relação de causalidade entre a ocorrência do fato descrito na hipótese normativa e sua verificação no direito, que leva a norma a produzir efeitos imediatos.
A eficácia técnica é a qualidade da norma de produzir efeitos sem nenhum óbice que impeça a sua aplicação ou execução. Uma norma tecnicamente ineficaz seria, exemplificadamente, aquela que não pode ser aplicada porque existe no ordenamento outra norma inibidora de sua incidência. 
A eficácia social, diferentemente das duas anteriores, pertence ao âmbito de estudo da Sociologia Jurídica, e não da Dogmática, já que tem como objeto a observação na sociedade dos valores refletidos nas normas. Assim, uma norma é considerada socialmente eficaz quando é frequentemente acatada no plano das condutas intersubjetivas.
2. Descreva o percurso gerador de sentido dos textos jurídicos explicando os planos: (i) dos enunciados tomados no plano da expressão (S1); (ii) dos conteúdos de significação dos enunciados prescritivos (S2); (iii) das significações normativas (S3); (iv) das relações entre normas (S4). 
Para que o exegeta atribua sentido a um enunciado prescritivo é preciso interpretá-lo. Nesse sentido se forma o iter que gera sentido aos textos jurídicos, o apresentado e nominado por Aurora Tomazini em seu Curso de Teoria Geral do Direito por quatro estágios hermenêuticos do direito. 
No primeiro plano, S1, o intérprete realiza a leitura do conjunto de enunciados, conferindo sentido nas palavras e construções frasais do direito posto, é o primeiro contato do leitor com os signos dos enunciados prescritivos. 
A partir desse instante, vislumbrando os signos e dando a eles significações isoladas, ingressa-se no segundo plano, S2, que deixa o plano físico da norma e passa para o plano imaterial, no qual o intérprete atribui significação à normas. Aqui o intérprete tem como percepção uma proposição jurídica.
Parte-se então para o terceiro plano, S3, no qual o leitor ao interpretar a mensagem dá a ela sentido deôntico, compreendendo que aquela norma revela conteúdo prescritivo e, por conseguinte, regula condutas. É a materialização da fórmula hipotética-condicional.
O último estágio, S4, se dá pela constituição de relações de subordinação e coordenação dessas normas com as demais do ordenamento jurídico, compondo vínculos entre elas. 
Os quatro estágios de interpretação dos textos jurídicos corroboram a unicidade do direito, vislumbrando um sistema que se complementa, dado que, em exemplo, as definições de um enunciado podem estar colocados em outro texto do direito positivo e esse texto deve seu fundamento de validade sobre outra norma hierarquicamente superior. Esse cruzamento entre as normas ratifica também a sistematização das normas jurídicas contidas em um ordenamento.
3. Há um sentido correto para os textos jurídicos? Faça uma crítica aos métodos hermenêuticos tradicionais. É possível falar em interpretação teleológica e literal no direito tributário? E em interpretação econômica? Justifique. (Vide anexos I e II). 
A compreensão da qual se toma esteio é a de que não há sentido correto para os textos jurídicos. O processo interpretativo possui uma diversidade de nuances que ensejam em diferentes atribuições de sentido aos textos. Um bom exemplo a se citar é a posição que ocupa o exegeta da norma e sua perspectiva adotada, que, invariavelmente, irão influir na construção de sentido do texto jurídico interpretado.
A Hermenêutica Jurídica Tradicional aponta alguns métodos de interpretação que podem ser aplicados para a formação de uma proposição jurídica, ou melhor, para a construção de sentido do enunciado. 
Quanto ao Método Literal a crítica que se engendra repousa na afirmação de que a intepretação se restringe ao significado de base dos signos. Pelo triângulo da Semiótica se verifica que existem três planos de cognição, sintático, semântico e pragmático, nesse âmbito, esse método afirmaria que no plano semântico todos os exegetas estariam aplicando o mesmo significado aos signos apresentados, o que não pode ser verdade, conquanto cada leitor tem uma vivência, uma cultura e uma infinidade de preceitos e estigmas anteriores que induzem a sua aplicação de sentido.
O Método de Interpretação Histórico-Evolutivo entende que o sentido é construído, traçando-se a evolução do contexto histórico que o envolve. Avalia-se então a conjuntura sobre a qual nasceu o texto jurídico, restringindo-se sua análise à enunciação. A crítica a esse método repousa no fato de que não é levado em consideração o próprio produto da enunciação, o enunciado, e assim, os signos deixam de ser observados para a construção de sentido da norma, quando a norma é justamente elaborada utilizando-se palavras que futuramente deveriam ser interpretadas. 
O Método Lógico de Intepretação que efetua encadeamentos lógicos entre os conteúdos de significação é relevante para uma análise perfunctória do plano sintático, mas deixa a desejar nos demais planos, a exemplo da subsunção dessas significações à efetiva ocorrência do descrito na hipótese normativa.
Já o Método Teleológico ao se limitar à valorização da finalidade da norma, buscando apenas atingir o fim para qual foi criada, incorre na mesma falta do Método de Interpretação Histórico-Evolutivo, não dando igual importância ao plano sintático do direito.
Como demonstrado, as interpretações teleológica e literal, isoladamente consideradas, não são suficientes para uma completa análise do direito positivo. 
O direito tributário não comporta interpretação econômica. Consabido que Direito e Economia são dois sistemas cognoscentes distintos e entre eles somente poderá haver uma tradução aproximada de termos e expressões específicos cuja origem está encampada em um dos dois sistemas. Uma vez assumido o critério jurídico, o fato será única e exclusivamente jurídico e não econômico, contábil, etc. Só poderá haver interpretação econômica do fato quando realizado por economistas, sob esse critério.
A análise do direito sob a perspectiva econômica e de suas potenciais lesões pelo órgão jurídico engendra inúmeros descompassos, conquanto deixa-se de aplicar os critérios da regra normativa para se vislumbrar o impacto econômico. Éadmissível uma tradução aproximada entre os dois sistemas, desde que se delimite à complementariedade e não à ampla interpretação. 
4. A Lei “A” foi promulgada no dia 01/06/12 e publicada no dia 30 de junho desse mesmo mês e ano. A Lei “B” foi promulgada no dia 10/06/12, tendo sido publicada no dia 20 desse mesmo mês e ano. Na hipótese de antinomia entre os dois diplomas normativos, qual deles deve prevalecer? 
Justificar. 
Quando Hans Kelsen trata do conflito de normas o genial cientista observa que a norma hipotética fundamental é fundamento de validade para todas as demais normas. Nessa senda, todas as normas devem subserviência à Carta Magna. Todavia, em caso de conflito de normas não presentes na Constituição Federal, algumas considerações devem ser feitas.
Quando órgãos jurídicos engendram normas que conflitam entre si, se verifica a existência de antinomia que deverá ser solucionada por critérios normativos. Se o conflito for ocasionado por normas de diferentes hierarquias, a antinomia entre elas é apenas aparente, já que lei superior derroga lei inferior. 
Para normas de mesmo escalão, deve-se utilizar o princípio lex posterior derogat priori, que enuncia que nesse conflito se deve utilizar o critério cronológico para solucionar a antinomia. A própria Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro apresenta regra normativa de solução em seu art. 2º, §1º ao apontar que a lei posterior revoga a lei anterior se expressamente o declarar ou se for com ela incompatível.
Nesse caso, no exercício apresentado não foram fornecidos dados sobre a hierarquia entre os diplomas normativos, nem mesmo se regulamenta sobre normas gerais ou normas especiais (hipótese em que se adotaria o critério da especialidade). Assim, considerando as datas de publicação das duas normas, a Lei A deve prevalecer em um eventual conflito.
Isso porque a Lei A passou a ter aptidão para produzir efeitos em data posterior à lei anterior e, pelo fundamento da cronologia enunciado na LINDB, prevalecerá sobre a norma anterior. 
5. Compete ao legislativo a positivação de interpretações? Existe lei puramente interpretativa? Tem aplicabilidade o art. 106, I, do CTN ao dispor que a lei tributária interpretativa se aplica ao fato pretérito? Como confrontar este dispositivo do CTN com o princípio da irretroatividade? (Vide anexos III e IV). 
É cabível ao Poder Legislativo editar normas para positivar interpretação consolidada no Poder Judiciário, para que, em nome da segurança jurídica, concedam caráter prescritivo a uma interpretação consignada. Não pode, todavia, o Poder Legislativo se rebelar contra entendimento já consolidado no Judiciário, promovendo alterações legislativas que modifiquem a ordem jurídica estatuída.
Sim, existe lei puramente interpretativa quando esta é, nas palavras de Paulo de Barros Carvalho, materialmente interpretativa, ou seja, quando objetivar esclarecer controvérsias existentes, como obscuridades e ambiguidades, sem ampliar ou restringir direitos e modificar entendimentos já consolidados.
Com fundamento na premissa anteriormente apresentada, adoto a posição de que não tem aplicabilidade o art. 106, I do CTN para fatos pretéritos cuja situações jurídicas já tenham sido constituídas e que venham a implicar em restrição a direitos e garantias conferidos aos seus destinatários. Assim, confrontando esse dispositivo do CTN com o princípio da irretroatividade, entende-se que no ordenamento brasileiro a irretroatividade da lei só se aplica para beneficiar o seu destinatário, sendo que apenas nesta circunstância é possível a aplicação retroativa da norma interpretativa.
6. Dada a seguinte lei fictícia, responder às questões que seguem: 
 
 	(...) 
a) Em 01/06/2017, o Supremo Tribunal Federal decidiu, em ação direta (com efeito erga omnes), pela inconstitucionalidade desta lei federal. Identificar nas datas abaixo fixadas, segundo os critérios indicados, a situação jurídica da regra que instituiu o tributo, justificando cada uma das situações: 
	Critérios\ datas 
	11/10/2015 
	01/11/2015
	01/02/2016
	01/04/2016
	01/07/2017 
	É válida 
	 NÃO
	 SIM
	 SIM
	 SIM
	 NÃO
	É vigente 
	 NÃO
	 NÃO
	 SIM
	 SIM
	 NÃO
	Incide 
	 NÃO
	 NÃO
	 NÃO
	 SIM
	 NÃO
	Apresenta eficácia jurídica 
	 NÃO
	 NÃO
	 NÃO
	 SIM
	 NÃO
 
Em 11/10/2015 a norma já havia sido criada, não obstante, por não ter sido ainda publicada, não teria ingressado no ordenamento jurídico e, por essa razão, não seria válida. Por não ser válida nessa data, todos os demais critérios estariam prejudicados.
Em 01/11/2015 a norma foi publicada então já passou a pertencer o sistema de normas brasileiras, por isso seria válida, não teria ainda vigência porquanto ainda não teria se respeito os princípios da anterioridade anual e nonagesimal, e por isso os demais critérios estariam prejudicados.
Em 01/02/2016 já teriam se passado os 90 dias da data de sua publicação e já estaríamos no próximo exercício financeiro (art. 150, III, alíneas b e c da CF/88) então a norma já seria válida e vigente, apta para produzir seus efeitos. Mas ainda não incidiria nem teria eficácia jurídica porque seu art. 4º definiu que a incidência se daria no primeiro dia do quarto mês de cada exercício, portanto nesse momento ainda não efetivamente produziria seus efeitos.
Em 01/04/2016 se daria sua incidência quando da ocorrência do fato descrito na hipótese normativa e sua verificação no direito e, se incide possui eficácia técnica e jurídica ao menos. Portanto seria válida, vigente e eficaz.
Em 01/07/2017 a norma fora retirada do ordenamento jurídico por ter sido verificada sua inconstitucionalidade e, deixando de pertencer ao conjunto de normas do direito positivo do país, perdeu sua validade e com ela sua vigência, incidência e eficácia.
7. Uma lei inconstitucional (produzida materialmente em desacordo com a Constituição Federal – porém ainda não submetida ao controle de constitucionalidade) é válida? O vício de inconstitucionalidade pode ser sanado por emenda constitucional posterior? (Vide anexo V). 
Sim, a norma é válida. Como dito no exercício a norma foi produzida materialmente em desacordo com a Constituição Federal, desse modo aparentemente respeitou os requisitos formais para sua elaboração, tendo sido produzida por pessoa juridicamente credenciada e mediante procedimento estabelecido para este fim. Importante aqui mencionar a distinção entre os conceitos de validade e fundamento de validade, conquanto neste caso a norma é válida, simplesmente porque existe, mas essa norma não guarda fundamento de validade com a Constituição Federal, porque não tomou por base para sua produção a norma hipotética fundamental.
O vício de inconstitucionalidade não pode ser sanado por emenda constitucional posterior porque o sistema jurídico brasileiro não contempla a figura da constitucionalidade superveniente. Ainda, por mais que a norma seja válida, ela já nasceu eivada de inconstitucionalidade, não havendo remédio que possa reparar tal vício. 
8. Leia atentamente abaixo a sucessão de fatos no tempo: 
Considerando as ocorrências acima, responda fundamentadamente: 
a) Em dezembro de 1999, é possível afirmar que o art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97) é válido, vigente e possui eficácia técnica? 
O art. 25, incisos I e II da Lei 8.212/98 é válido porque sua inconstitucionalidade ainda não havia sido declarada e portanto ainda pertencia ao sistema jurídico. Também seria vigente e teria eficácia técnica. 
b) A decisão na RE 363.852 é capaz de alcançar a validade, vigência ou a eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
Sim, a decisão na RE 363.852 declarando inconstitucional tais enunciados prescritivos os retira do conjunto de normas do sistema jurídico brasileiro. Assim na concepção pensada por Hans Kelsen, se a norma deixa de existir perde a sua validade e assim, sua vigência e eficácia também ficam prejudicadas.
c) Quais os efeitos da Resolução do Senado n. 15/2017 no que se refere à Vigência, validadee eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
O enunciado da Resolução do Senado apenas positivou o que há havia sido declarado na decisão judicial do RE 363.852 de 03/02/2010, quando o art. 25, incisos I e II da Lei 8.212/98 já haviam sido retirados do ordenamento jurídico por sua inconstitucionalidade.
d) A decisão no RE 718.874 alcança a validade, vigência ou eficácia do art. 25, incisos I e II, da Lei 8.212/98 (redação dada pela lei n. 9.528/97)? 
Não, o RE 718.874 só se refere à Lei 10.256/01 que alterou o art. 25 da Lei 8.212/91, não alcançando a validade dos incisos I e II antes declarados inconstitucionais.

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