Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 2 Capítulo 1 As dores e soluções dos pais para educar melhor seus filhos Capítulo 2 Educação infantil (0- 5): das birras às brigas Capítulo 3 Educação Fundamental I (6-10 anos): autonomia e aprendizagem Capítulo 4 Adolescência (10-18 anos): rebeldias e sonho Capítulo 5 Vida adulta (18-40 anos): a conquista da maturidade Capítulo 6 O que dizer aos professores? Capítulo 7 Preocupações diversas da educação Capítulo 8 Das virtudes, defeitos e temperamentos Dados do autor João Malheiro Indice geralINDICE GERAL 06 26 41 57 83 89 92 108 121 3 O presente e-book é uma coletânea de 300 perguntas e respostas selecionadas dentre todas as que me fizeram meus seguidores do Instagram (@JEBMALHEIRO) durante apenas 1 mês e meio (fevereiro e março de 2020). Fiquei impressionado com a necessidade de informação que meus seguidores apresentaram em tão pouco tempo. Em julho de 2020 já são mais de 1300 perguntas respondidas, fora as centenas que não pude me dedicar a atender. Isso refletiu, de alguma maneira, uma mistura de insegurança com desejo de acertar. Fiquei admirado com a diversidade do público, encontrando pais, com filhos em todas as fases da vida: adolescentes, adultos, professores, educadores, pessoas de boa vontade etc. Diante das pressão de vários leitores para publicar este e-book, resolvi ceder. Por isso, vou publicando aos poucos para satisfazer os seguidores que não conseguiram ler todas as respostas às perguntas dirigidas a mim nos “stories”, isto é, não conseguiram ler todos os “JEB’s” (termo que uso, fazendo um paralelismo com os “jab’s” do boxe – pequenos golpes que o pugilista vai dando no adversário para enfraquecê-lo e irritá-lo e conseguir abrir a sua guarda – durante a semana, antes do nocaute semanal. Lives semanais, em geral, nas terças ou quintas-feiras, às 21h). Esse nome nasceu, então, além dessa analogia, do meu próprio nome: João Eduardo Bastos. O @JEBMALHEIRO indica, portanto, o meu nome quase completo. Como ainda sou Malheiro de Oliveira, então o Logo deste perfil, como você pode observar na capa deste e-book, apresenta um punho fechado (“JEB”) agarrando um ramo de Oliveira. Esse ramo de Oliveira, além de completar meu nome, tem também uma dupla analogia simpática: minhas respostas pretendem “azeitar” a educação, tornando-a mais gostosa e digerível; e, pretende ainda, anunciar a todos os pais e educadores que pretendo, com este trabalho consultor, acabar com o dilúvio educacional no qual nos encontramos atualmente no país (alusão ao dilúvio universal, revelado na Bíblia, com a história de Noé, que soube de seu final, quando uma pombinha retornou à sua barca com um raminho de oliveira preso no bico). Faço votos de que estas rápidas orientações educacionais possam de fato ajudar muitas famílias e escolas a reencontrar o caminho da boa e sadia educação, a qual consiste em resgatar o conceito de pessoa humana e redescobrir o conceito escolar de educação integral. Quando estes dois fundamentos sólidos voltarem a sustentar toda a teoria educativa, poderemos vislumbrar novos ventos e ter esperança numa sociedade mais justa e feliz. @jebmalheiro Apresentacao 4 Muitas pessoas se perguntam qual a melhor linha educativa a seguir. Querem educar bem, querem que a inteligência dos seus filhos seja potencializada, querem amplificar suas habilidades físicas, querem que sejam obedientes. Nessa busca, acabam lendo muitas coisas e por falta de critério são facilmente convencidas a seguir uma linha pedagógica ou outra. A verdade é que para conseguirmos educar precisamos de “bom senso”. Bom senso? Bem, muita gente acha que bom senso é um sexto sentido, quase que uma ciência infusa, uma “naturalidade” no agir sem pensar muito. Coloco “bom senso” aqui no sentido de estarmos munidos de uma série de ferramentas, de instrumentos, de fatores de uma equação que juntos nos permitirão definir uma visão macro da educação do nosso educando e uma visão dos degraus necessários para que possamos chegar a esse alvo, levando em consideração os obstáculos que encontraremos pela frente e a melhor maneira de ultrapassá-los, aprendendo com eles e incorporando-os em nosso arsenal educativo. Um educador precisar ter à mão várias ferramentas para que consiga ter “presença de espírito” para agir no momento em que ele precisa assumir seu papel de formador desta alma que lhe foi confiada. A educação de uma criança não pode se basear em reações de acordo com as atitudes que ela apresenta. Reagir às suas reclamações, desejos, solicitações e necessidades não pode e nem deve ser a espinha dorsal da formação de uma criança. Um educador precisa, principalmente, agir e não apenas reagir. Devemos imaginar que a criança é uma pequena plantinha em crescimento e que enquanto essa muda não criar raízes, ela precisa de uma estaca que a mantenha firme para que ela se desenvolva em direção à luz. Os pais, principais educadores, são para a criança essa estaca, que a mantém na direção correta até que ela crie suas próprias raízes. Somos sua vontade auxiliar até que ela tenha sua própria vontade bem formada e posso tomar suas próprias decisões. Para educarmos uma criança precisamos reunir uma série de fatores que compõe uma equação que terá como resultado uma ação concreta, que unida a muitas outras, visa um plano educativo a longo prazo e a definição de metas a curto prazo, que seriam os degraus da nossa escada. Os fatores que compõem essa equação são: 1) o conhecimento da antropologia humana; 2) A luta por formar o próprio caráter; 3) Conhecimento das etapas do desenvolvimento infantil - quais os degraus dessa escada; 4) Convivência com o próprio filho - manifestação de carinho e segurança, identificação de qualidades, defeitos, temperamento, maneira de reagir quando confrontado, o que o estimula a melhorar, o que provoca desânimo; 5) Ter um plano educativo a longo prazo; 6) Elaborar metas educativas e, de acordo com elas, definir consequências positivas e negativas para que sejam aplicadas de acordo com a idade da criança e a circunstância em questão. Educar não é uma receita de bolo, ou seja, educar não é seguir um passo-a-passo seguro, sem avaliar caso a caso. Para educar precisamos subir uma escada que nos levará a um lugar alto, porque o ser humano foi criado para voar alto, para chegar no Céu. Os degraus dessa escada seriam os bons hábitos que vamos ensinado, porém o fio condutor que nos mantém e mantém nossos filhos sempre escada acima é o amor com que procuramos colocar a cada passo. Se não há amor, pisamos sem firmeza e a queda pode ser grande. Portanto, ensinar a amar é o “pulo do gato” na educação. No entanto, não podemos ensinar, dar aquilo que não temos. Portanto, crescer no amor é o que fará de cada educador um grande mestre! Este e-book vai te ajudar em todas as 6 etapas. João Malheiro é um grande conhecedor desses passos e suas respostas irão te transformando num pai com verdadeiro bom senso para agir com perspicácia, audácia, prudência, paciência, generosidade e segurança, fazendo com que você tome para si um papel que só você pode assumir e, portanto, deve fazê-lo com maestria. Samia Marsili Médica, mãe de 6 filhos 6 2 1 Depois que fui mãe o medo se potencializou. É normal isso? O que diria para uma mãe que tem medo de educar e perder o amor do filho? Filho sem limites por isso. Naturalmente, quando trazemos ao mundo o 1º filho, fruto do nosso amor, esse amor potencializa o medo do sofrimento de um dia perdê-lo, isso é a causa do verdadeiro medo. Todo o medo nasce de um sofrimento futuro. Para diminuí-lo, é preciso aprofundar que o verdadeiro amor também exige um esforço de desprendimento, que só se consegue quando nos apegamos também a outros amores mais fortes. Por isso, ainda que seja natural esse sentimento do instinto materno, principalmente com relação ao primeiro filho, não podemos “idolatrar” esse amor de forma exagerada.Existem outros Amores que nos podem dar esse suporte, os quais precisamos descobrir... O medo de educar vem sempre de não conhecer QUEM É e COMO É uma PESSOA HUMANA, em toda a sua integralidade. Infelizmente, esse conhecimento se perdeu e as mães trazem filhos ao mundo sem passar por esse conhecimento profundo. Consequentemente, acabam educando apoiadas num mero sentimento superficial/egoísta e reproduzindo, muitas vezes, a mesma forma pela qual foram educadas, ou, o que é pior, levam para o lado oposto e tentam compensar no filho tudo aquilo que não tiveram quando eram da idade do filho(a). O verdadeiro amor, que o filho reconhece sempre desde que nasce, não é o amor materialista de satisfazê-lo com todos os recursos materiais que a sociedade prega como fonte de felicidade. Mas sim aquele outro amor que é fruto de alguém que está disposto a viver uma doação total, sem limites, sem buscar compensações afetivas, para que o filho alcance o perfeito desenvolvimento de todas as suas potencialidades intelectuais, volitivas, afetivas, espirituais e sociais. Quando existe esse amor, existe ASSERTIVIDADE, FIRMEZA, COERÊNCIA, PACIÊNCIA, GENEROSIDADE, enfim, a prática cotidiana do Amor, que nunca decepciona o filho e que o levará a reconhecê-lo e agradecê-lo! capitulO 01 As dores e soluções dos pais para educar melhor seus filhos Capitulo 1 7 3 4 Como não passar os medos para os nossos filhos? O que diria para uma mãe que está com medo de morrer com o filho ainda bebê? Quando tivermos uma boa educação afetiva na nossa vida pessoal. Quando vivenciarmos o verdadeiro Amor, que passa sempre pelo sofrimento, pela generosidade e desprendimento. Quando, pelo contrário, o afã de felicidade nosso está apoiado no prazer egoísta e material, o medo de perder coisas, pessoas, status, visibilidade, dinheiro, posições, transpiraremos o dia inteiro tensões, angústias, ansiedades, que são sempre uma mistura de medos futuros de sofrer sem sentido... Qualquer pai e mãe, quando são normais e de boa vontade, fazem de tudo para que o seu filho se desenvolva e cresça corretamente sem doenças, deficiências, lacunas, complexos, meios de sobrevivência. O amor leva a querer sempre o MELHOR para ele, como é a vida em todo o seu desenvolvimento. Mas, se tiver fé, saberá que não estamos nesta vida de forma definitiva, e sim de passagem, rumo a uma outra muito melhor. Isso não é uma ideia meramente sentimental, mas revelada por Deus. Se, por uma infelicidade ou providência divina, Deus nos leva mais cedo, saberá proporcionar uma nova alternativa de paternidade que suprirá essa presença. Todos nós já testemunhamos crianças bem- criadas por outros parentes, pais adotivos, instituições especializadas. A melhor forma de diminuir esse medo é abandonar seu futuro nas mãos de Deus, Senhor da Vida e da morte. E lembre-se: quando Deus nos leva prematuramente para a outra vida, tem planos sérios para nós lá na outra vida, incluindo sempre o cuidado dos mais próximos. Deus cuida muito melhor de seus filhos do que todas as mães e pais juntos. As dores e soluções dos pais para educar melhor seus filhos 8 5O medo impede nossas crianças de serem mais autônomas, vivem trancadas em casa. Infelizmente, essa é a realidade de grande parte das famílias do momento. A sensação de insegurança não aumentou por acaso, mas tem fundamentos objetivos na realidade. Por outro lado, este sentimento pode estar, em algumas circunstâncias, exagerado. No momento em que uma família acredita que a felicidade da criança está fundamentada no prazer material e/ou na ausência da dor passando a fazer de tudo para que essa dinâmica invada e domine o ambiente familiar, logicamente o medo de perder essa forma de ser feliz a deixará mais sensível ao medo de sofrer em si mesma e nos filhos, protegendo-os exageradamente, deixando-os em autênticas bolhas físicas e psíquicas. O segredo para diminuir esse medo é desmascarar essa mentira cultural reinante. Não é a ausência de sofrimento que nos deixará felizes! É justamente o contrário: é a capacidade de sofrer – a única forma de diminuir e curar o grau de egoísmo – por um ideal, por uma causa, por alguém que nos torna felizes. E por quê? Porque nos liberta do egoísmo e nos dá asas para voar para outros mundos muito mais altos, muito mais prazerosos e duradouros, que é o que o nosso coração anseia... A boa educação é aquela que nos ajuda a saborear as coisas que são do alto, que são do espírito, como é o Amor, a Amizade, o Altruísmo, o serviço aos demais, o sentir-se útil, viver com sentido. Concluindo: não é o sacrifício que nos faz tristes. É a falta de sentido pelo sofrimento que deixa as pessoas revoltadas com ele. O segredo, portanto, está em ensinar os filhos a sofrer desde cedo por uma causa grande. No início é o amor aos pais e irmãos, depois aos amigos, depois a uma causa na escola, depois a outra no bairro, igreja, comunidade, até chegar a Deus. o medo 9 6 7 8Como ensinar os filhos a superar os medos? Até que ponto o medo pode ser considerado algo bom? Como trazer a coragem aos filhos diante dos medos que apresentam?Ensinando desde cedo a decifrar a linguagem do medo. O medo tem uma função INFORMATIVA e outra ENERGÉTICA ou IMPULSIVA. Quando se senta junto aos filhos para discutir seus medos e lhes ajudamos a enfrentá- los, sem medo das consequências que possam ocorrer, estamos poupando-os de outros medos futuros muito mais difíceis de serem vencidos. Adiar o enfrentamento dos medos é enganar o filho e privá-lo da descoberta do BEM, que é sempre um BEM ÁRDUO. Num primeiro momento sempre dá medo, mas depois se descobre que são eles que nos amadurecem, fortalecem e purificam. Nos dando esperanças futuras melhores e maiores. Pode ser considerado algo bom quando ele nos faz refletir sobre qual é o mal que está para chegar e dessa maneira tentar evitá-lo, usando os meios que estiverem ao nosso alcance, ou quando não é possível, encontrar recursos psicológicos para aceitá-lo como um desafio no qual poderei fortalecer-me, amadurecer, purificar-me, ou descobrir outras esperanças mais espirituais. Este tema foi tratado na LIVE #2 do JEB (está no YouTube). Mas para dar uma resposta curta aqui, a base de ENFRENTAR O MEDO (definição de coragem) está em duas virtudes anteriores as quais ensinam a SUPORTAR O MEDO E A DOR (rijeza e paciência). Por isso, quando se diminuem os mimos, os caprichos na comida, a moleza de ficar deitado na cama o tempo todo, de aprender a esperar tal prazer ou compra, etc. Está se capacitando a criança para sofrer em geral, e num segundo momento, para descobrir o outro lado da moeda da virtude da fortaleza que é o enfrentamento das dificuldades e a aceitação das perdas em geral, caso aconteçam. Outro aspecto fundamental é o pai ensinar junto ao filho a superar os desafios que geram medo: fazer uma excursão de montanha, ir tomar um banho na cachoeira, sair na chuva com guarda-chuva, e, conforme a idade, ir soltando-o aos poucos para pequenos serviços domésticos, como ir à padaria comprar pão, ir no supermercado para comprar algum produto. É importante que a criança descubra o prazer MEDIATO, aquele que vem depois de um esforço, o qual é muito melhor do que o prazer IMEDIATO!! o medo 10 Manha e sentimentalismo também têm a ver com medo? Qual é o papel dos pais e qual é o papel da escola na formação de uma pessoa? Como os pais devem interagir com a escola na busca pela plena formação dos filhos? Podem ter sim, mas também podem ter relação com um temperamento mais afetivo, o qual necessita de mais atenção. Veja qual é o caso. Os pais são os protagonistas e os primeiros responsáveis. A escola é uma colaboradora desse trabalho formativo. A tentação da terceirização tem de ser vencida pelos pais se querem sonhar com voos mais altos. O ensino das matérias técnicas apenas deve fazer parte de um projetomais completo de formação. Em primeiro lugar, deverão conversar, com certa regularidade, com os professores responsáveis por seus filhos, de maneira que juntos possam estudar os seus pontos fracos e fortes. Depois dessa análise, deverão construir um plano de ação o qual possa ser aplicado tanto em casa quanto no ambiente escolar, de maneira que dentro desses dois ambientes eles respirem a mesma linguagem e sonhem os mesmos objetivos. A pior coisa para uma criança é detectar conflitos nesses valores e ficar confusa. Depois, é importante que os pais se envolvam ativamente no acompanhamento escolar, principalmente nos primeiros anos de vida escolar. Dedicar um tempo diário a esse trabalho poderá exigir uma diminuição nos trabalhos profissionais, mas será o melhor investimento que se poderá fazer no principal negócio que se tem nas mãos: a realização dos próprios filhos. Na educação infantil, se a família pode dar a devida e correta assistência nos primeiros 2 anos de vida, é mais conveniente que fique na escola meio período. Depois dessa idade, se o Programa pedagógico for sério e levado com profissionalismo, com mais tempo e calma, produzirá melhores resultados no desenvolvimento cognitivo e afetivo da criança devido à estimulação correta. Tendo em conta esses frutos, parece valer a pena investir nesse período rico em ensinamentos e o tempo restante do dia já será suficiente para dar a atenção devida em outros cuidados. Na educação em tempo integral, o tempo com a família não seria pouco? 11 15 por medo dos pais? Qual a idade e qual conselho para iniciar a educação sexual dos filhos? Mãe super protetora, filho crescendo numa bolha, como ajudá-la? A firmeza na educação está mais relacionada ao conteúdo comunicado, do que propriamente à forma com que se manda. Quando os pais não têm conteúdo ou não sabem dar as razões verdadeiras e claras do mandato a inteligência da criança não desperta adequadamente para a verdade, fica confusa e a vontade (razão prática), consequentemente, não adere. Obedecerá somente externamente e na primeira ocasião em que sair da vigilância dos pais tenderá a fazer exatamente o contrário. O mais importante da educação dos filhos é formar na liberdade interior: despertar o apetite pelo bem, ou seja, que haja aos poucos uma conaturalidade afetiva para o bem. Tem de se recordar a essa mãe que uma mãe super protetora, em geral, gera um infrafilho! Um filho sem capacidade de sofrer, torna-se uma flor de estufa: qualquer vento mais forte da vida a mata...torna-se uma pessoa fraca, com pouca capacidade para tolerar as frustrações naturais da vida e com pouca resiliência diante das contrariedades. Uma pessoa dessas, por ser incapaz de aprender, tornar-se-á uma criança candidata à evasão escolar, ao fracasso, e, consequentemente, se tornará violenta, indisciplinada buscando todas as formas possíveis para compensar essas lacunas afetivas deixadas no passado. Quase sempre são nocivas e perniciosas. Depende muito da maturidade de cada criança e das circunstâncias familiares (poucos ou muitos filhos, boa escolaridade, temperamento dos filhos etc.). É normal a criança nos primeiros anos da infância perguntar como os bebês chegam ao mundo, realidade que ela presencia todos os dias. Nesse período, devem-se dar respostas simples e que não exijam mais explicações. Quando chega o início do Fundamental I (6 anos), com o nascimento do uso da razão, pode ser que a curiosidade aguce um pouco na criança nessas temáticas, mais ainda se foi influenciada por algum amigo ruim na rua ou escola (via celular). Então é o momento de dar uma explicação um pouco mais extensa, mas ainda sem grandes detalhes. Em geral não costumam ocorrer interesses mais sérios antes dos 9 anos (nas meninas pode ser mais cedo). Pode ser interessante que os pais tomem a iniciativa nesse período: o pai explique ao filho e a mãe à filha como Deus-Criador pensou na criação /multiplicação da espécie humana e que se esclareça a importância do aspecto unitivo do casal para manter e crescer o Amor. Vale a pena também antecipar-se para falar dos perigos da pornografia nas redes sociais e dar exemplo no próprio ambiente familiar: cortando uma cena de um filme/novela e das campanhas governamentais que prejudicam a compreensão deste tema. Como ser firme, sem causar um respeito “falso”, 12 Dependendo da maturidade da sua filha poderá dar uma resposta mais simples ou mais complexa. Na 1ª versão, poderá dizer que, como fruto do amor do pai e da mãe, Deus coloca uma semente no ventre da mãe. Depois a natureza faz crescer, tal como ela planta um feijão no algodão e os médicos, quando veem que já está maduro o fruto dessa semente, o retiram e o bebê vem ao mundo. Na 2ª versão, deve explicar com toda a clareza o processo de fecundação como acontece com os animais (é comum, nessas idades, descobrirem esses fenômenos, com cachorros, gatos, gado etc.). Mas, o importante nessa explicação é dar ênfase especial na questão do vínculo amoroso que tem que existir nesse processo, isso não ocorre com nenhum animal. Sem esse pré-requisito essencial, o ato que é lindo, divino-humano, se degrada e se torna feio, vergonhoso e nocivo. Use este site que tem um Power point excelente para ter essa conversa com a sua filha. https://www.amortotal.org/. Em geral, quando é bem explicado com toda a naturalidade e respeito, os filhos ficam orgulhosos do amor dos pais e os querem mais ainda. Lembre-se: quando se aprende em casa, a reação é sempre positiva. Quando se aprende com as amigas, a reação é quase sempre negativa. Portanto, corra e antecipe-se, se já estiver na hora. O que o sr. diria para filha de 7 anos que pergunta como os bebês vão parar na barriga da mãe? Como dar um comando com firmeza sem parecer arrogância? Estudando antes os motivos reais desse comando, de maneira que você esteja convencido desse bem. Quando isso acontece, você saberá encontrar a melhor maneira de comunicar essa ordem com carinho e firmeza, sem parecer autoritário. A arrogância e autoritarismo são sempre fruto de pessoas que não estão convencidas realmente da necessidade desse comando para a felicidade do seu filho. 13 Uma criança não nasce obediente ou desobediente, mas sim aprende a sê- lo em função do estímulo que recebe dos pais e de como esses pais depois reagem diante de seu comportamento. Por isso, se os pais não aprendem a mandar, os filhos não vão aprender a obedecer. Além de realizar junto com ele uma rotina, de maneira que ele possa saber o que tem que fazer em cada dia, é importante que cada dia tenha alguma novidade, de maneira a deixá-lo mais feliz: um novo desenho, uma nova pizza, um jogo diferente. Além disso, procure sair com ele para desenvolver alguma atividade física, nem que seja correr na garagem do prédio, caso onde more não permita lugares seguros. Os meninos precisam gastar essa energia hormonal. Sem isso, a testosterona começa a inervá-lo!! Tem criança que já nasce obediente mesmo os pais não sabendo mandar? Trabalhando em casa, meu filho está muito agitado. Como posso ajudá-lo nesse período? 18 Não acredito em educações violentas. Em geral, quem sente necessidade desses recursos extremos sinaliza não ter a devida formação necessária para educar o(s) filho(s) corretamente e formar, principalmente no amor. A violência física ou simbólica é fruto de uma profunda ignorância do que é uma pessoa humana. Precisa investir no estudo. Esse sentimento é normal. Ninguém gosta de contristar o filho. Por isso, temos de procurar falar a dureza da verdade com a suavidade da forma, que consiste em escolher sempre o melhor momento para corrigi-lo. Faça-o quando ele está alegre e bem- humorado, tranquilo e sem ansiedade, crie um clima de confiança (depois de um sorvete, por exemplo), cuide de pedir as coisas com delicadeza e com carinho. Agindo dessaforma, o seu filho começará a gostar realmente de você, pois ele perceberá que, no fundo, o que você quer é o seu verdadeiro bem. O sentimento de justiça é um dos mais aguçados na criança. Qual o momento que devo utilizar o corrião (cinta)? Funciona? Tenho dificuldade de castigar o filho, medo de corrigir e ele deixar de gostar de mim. 20 21 14 Como posso castigar o filho na prática. Não sei os castigos para quando ele bate na irmã ou quando come um doce fora de hora escondido. Castigar funciona? Um castigo deve estar sempre relacionado à desobediência, ser respeitoso, útil (deve ajudar a conscientizar-se do problema), proporcional ao delito e que atinjam no ponto fraco do seu filho. Todos nós temos as nossas preferências nas comidas, na diversão, no descanso, nas companhias. Explore alguma dessas, mas sempre com caridade. Exemplo para isso dependerá desses gostos do seu filho. Mas, o importante é que sejam cumpridos SEMPRE! Se for na medida certa (proporcional ao delito), na hora certa, do jeito certo e dentro de um combinado prévio, não só funciona, como a criança agradece!! O sentimento de justiça na criança é enorme e quando isso é implantado na sua alma desde cedo, futuramente será uma pessoa honesta, ética e sincera. Desde cedo repita este princípio para ela muitas vezes: “Suas escolhas de hoje determinarão você no futuro, tanto para o bem, quanto para o mal”. 22 23 Que tipo de castigos são válidos 1) Relacionado à desobediência (não obedeceu a não ligar a TV, deixar de ver algo que gosta na TV) 2) Respeitoso- Que não humilhe, mas seja construtivo e acompanhado de uma explicação. 3) Útil - Deve ajudar a conscientizar-se do problema. 4) Proporcional ao delito- Nunca exagerado, fruto de uma exaltação nervosa ou impaciência. 5) De acordo com a idade. 6) Previamente combinado. Os castigos mais apropriados devem seguir os seguintes critérios: 15 A negociação prévia, combinando regras e responsabilidades, parece ser a mais indicada e eficaz. A negociação pós-desobediência é sinal de que não existe autoridade, porque não se aprendeu a ser assertivo e a construir razões sólidas de comando. E parece que o filho já desenvolveu, devido a essa forma errada de educar, uma baixa capacidade à frustração e pouca capacidade de resiliência. A negociação é uma forma de adiar a correção da raiz do problema: uma afetividade totalmente desgovernada e uma vontade apoiada no egoísmo. Uma criança que já esteja assim pode vislumbrar futuros promissores. Acho melhor enfrentar o problema, o qual parece ser a fraqueza e falta de educação dos pais em educar corretamente os filhos. É uma situação complicada. A pressão do ambiente hoje em dia está muito forte em todas essas mazelas sociais. Mas saiba que esta pressão também existe, em menor escala, nas outras escolas particulares, talvez não em drogas, mas em pornografia, relações sexuais prematuras, bebidas etc. A questão a recordar sempre é a seguinte: por que um jovem busca essas compensações desordenadas? Porque anda triste, porque se sente sem amor, porque não foi bem educado pela família, por diversos motivos. Existe uma expressão que resume bem esta problemática: “Mosca não entra em panela quente”. Quando um filho tem um bom clima familiar, no qual seu coração se esquenta todos os dias numa saudável convivência, seu coração estará cheio de amor, estará fervendo de segurança, felicidade, paz e ao sentir a tentação de fazer alguma coisa inconveniente, terá forças suficiente para sair desse ambiente nocivo, se preservando no bem. Quem foi que nunca se deparou com um ambiente adverso na infância e na juventude? Invista mais, portanto, no bom ambiente familiar! 25 26 Muito difícil fazer as crianças obedecerem sem uma negociação. Sem condições de pagar escola, filho em escola pública com fama de ter drogas no intervalo, desesperada. Acho melhor enfrentar o problema, o qual parece ser a fraqueza e falta de educação dos pais em educar corretamente os filhos. 16 É preciso mostrar para essas famílias as consequências para uma criança do excesso de bens materiais. Ensinaremos que ser feliz é sentir prazer material, o que é um engano profundo. Crianças educadas no excesso depois tornam-se crianças muito fracas para tolerar as frustrações da vida e desenvolvem pouca capacidade de resiliência. São candidatos à delinquência futura. Depois de explicar estes motivos nobres, como mãe dos seus filhos, negocie com o seu marido os limites dessas festas e viagens. E posteriormente, continue exercendo a sua SANTA AUTORIDADE, que lhe compete. Parabéns pelo seu exemplo. Continue assim e seus filhos lhe agradecerão profundamente, hoje e no futuro. Os avós têm de continuar sendo o carinho da família, a referência dos verdadeiros valores do passado, os quais nunca se perderam e devem dar exemplo aos netos da verdadeira religiosidade. Muitos netos se salvarão pela fidelidade dos avós a Deus! Certíssima. Avós que são mau exemplo devem ser proibidos de frequentar a casa dos netos e se os filhos já tiverem mais de 6 anos deverão receber as explicações convenientes e plausíveis para que possam aceitar e compreender o fenômeno. Crio meus filhos com o básico, simplicidade mesmo, como agir quando a família paterna dá coisas caras? Até festa de aniversário eles querem dar, não quero com luxo, já cedi muito, como reagir? Antigamente avós eram sinônimo de sabedoria, hoje estão tão “perdidos”, o que fazer para filhos não serem mal influenciados. 29Avós paternos são muito promíscuos, muitos vícios, família desestruturada, não quero filhos convivendo com eles, certa? 17 Com muito carinho, mas sem invadir a autoridade dos pais. Dê-lhes muito bom exemplo e conte-lhes histórias de valores e virtudes. Todos nós não esquecemos nunca das histórias que nossas avós nos contavam. A insegurança tem uma relação com presença de um perigo, o qual nos pode causar sofrimento. Quanto estamos subindo uma montanha por um caminho desconhecido, vem um sentimento de insegurança. Quando encontramos um guia na trilha, ganhamos o sentimento de segurança. Busque pessoas que lhe possam dar segurança na vida: um bom conselheiro, um bom amigo, um bom sacerdote e aprenda a fazer oração. A importância de ter pessoas ao nosso lado que nos garantam a sensação de estarmos seguros é sempre um primeiro passo. Quando uma pessoa ,apesar de se sentir insegura diante de uma ameaça, vê que é capaz de superar essa ameaça, porque está bem assistida ou disposta a sofrer por uma causa nobre – amor aos filhos, amor a Deus, amor a uma causa social - começa a ganhar mais confiança “no próprio taco” e aos poucos se sentirá segura com o tempo. Quase sempre as inseguranças nos adultos estão relacionadas a um processo falho de maturidade. A confiança matrimonial é sempre fruto da sinceridade e humildade mútuas. Se você ceder no seu orgulho, aprendendo a perdoá-lo nas suas “imaturidades”, não tem marido que não volte para os braços da sua amada! Eles precisam de amor verdadeiro. Isto não é fácil dar quando se é imatura! Os pais, hoje em dia, sentem-se obrigados a preencher todo o tempo dos filhos como se eles não tivessem a capacidade de criar as próprias brincadeiras e brincar com os seus brinquedos. Naturalmente, quanto mais pequenos em idade, mais cobertura os pais devem oferecer, mas é bom desde cedo habituar os filhos a desenvolver a própria autonomia no aproveitamento do tempo livre. O mais saudável é, tanto nos fins de semana, quanto nas férias, ter combinado apenas alguns horários em comum – refeições, visitas a parentes, idas aos supermercados, assistir a determinados programas na TV ou internet juntos, passeios etc. – Mas, os demais tempos, deixar que eles se organizem sozinhos. Duas dicas infalíveis: organize com os seus filhos esses horários ou viagens, envolva-os pedindo sugestões e ideias, e depois deixe expostono corredor dos quartos ou na sala de estar esses combinados por escrito em cartazes. Se são pequenos, com desenhos. Se são maiores, com horários escritos. Essa ordem externa e anunciada os mantém mais calmos. 30 Avós paternos são muito promíscuos, muitos vícios, família desestruturada, não quero filhos convivendo com eles, certa? Como ajudar na educação de sobrinhos e afilhados cujas visitas são semanais? O que eu faço para não ser insegura, carente? E confiar no marido? Como manter uma rotina nos fins de semana e férias, fico perdida com os filhos dentro de casa? 18 Que não se poupe de servir em casa e nas tarefas do lar, mesmo que esteja muito cansado do trabalho, não saiba fazer grandes coisas ou se sinta vítima, por chegar tarde em casa. Que não se sinta nunca um hóspede da casa, mas um protagonista do ambiente familiar. Que sua alegria, iniciativa e espírito de sacrifício contagiem a todos os elementos da família. E que, quando seja necessário, dê exemplo de coragem e de enfrentamento diante dos problemas mais difíceis. Saiba que é dever do filho aprender a preencher o seu tempo livre. Mas os pais podem dar ideias e sugerir iniciativas. Inicie com as suas obrigações normais de qualquer criança: fazer um horário para os seus deveres escolares (o número de horas dependerá do ano que está).Depois coloque metas de livros para ler, com certa premiação diante dessas metas, peça para ele ocupar-se de certas tarefas domésticas, nas quais você possa monitorar à distância, pense em atividades culturais que ele possa aprender na internet como línguas, instrumentos musicais, aulas sobre hobbies, etc., mas aprenda antes a controlar os sites que ele possa entrar e os que não. E, se for possível, é muito importante que ele aprenda a fazer amigos no playground do prédio, que traga amigos bons para estudar junto ou jogar jogos de tabuleiro. Por fim, tente despertar algum talento pessoal que possa desenvolver com algum professor particular, como desenhar, pintar, escrever. Enfim, é possível montar uma grade de atividades interessantes e que a sua volta ao lar seja aguardada com ansiedade, porque você de fato acompanha tudo no detalhe! Infelizmente, muitos maridos, nos dias que correm, ainda apresentam bastante imaturidade e não percebem outras necessidades dos lares. Falta-lhes a percepção de um homem feito. O caminho é mostrar-lhes, com carinho e paciência, não com desaforo ou nervosismo, da necessidade de suas ajudas em tantas tarefas do lar. Envolva-o em responsabilidades importantes. Entusiasme-o com festas, compras, consertos, viagens, jogos em família e visitas de outras famílias ao seu lar. De alguma maneira, o “engane”, envolvendo-o em desafios que o valorizem, como se deve fazer com adolescentes...! O que você julga ser indispensável para um homem de família? Marido passa o tempo todo de folga jogando videogame com o filho, já não suporto mais! Filho fica muitas horas sozinho em casa, trabalho muito e não sei como ocupar o tempo dele. 19 A autoestima tem uma relação direta com segurança – provém de pais próximos, porém não superprotetores - e da boa socialização que o jovem é incentivado a praticar, tanto em casa quanto na escola. Mas este será um tema da minha Live amanhã. Assista e poderá entender melhor. Como aumentar a autoestima dos filhos? Penso que a melhor maneira de se relacionar com a Sogra é pedir dicas de ganhar seu marido pelo estômago.... Desse jeito, ela vai se sentir útil e vai diminuir tanto a inveja quanto o sentimento de perda. Depois, peça para ela fazer às vezes o prato preferido do filho. E não deixe de convidá-la para almoçar um dia, considerando que o mesmo será o seu dia de penitência mensal. Faz bem penitência deste tipo... Dificuldade de me relacionar com a sogra, sem nenhuma afinidade, a velha é chata. (Mulher falando) Claro! Quando acontecem essas situações, é sinal de que você está sem recursos intelectuais para governar esses momentos difíceis e, quando isso acontece, a emoção da impaciência, que nasce quando estamos sofrendo uma situação de dor e fraqueza, explode. Perder autoridade quer dizer ser “sequestrado pelas emoções” e ficar à deriva no mundo afetivo. A melhor maneira de crescer na autoridade é estudar mais para encontrar as melhores soluções correspondentes aos nossos problemas. Quando não se quer estudar, nasce então o autoritarismo, o qual consiste em mandar apoiado meramente num cargo/ofício publicamente reconhecido, mas não num conhecimento comprovado. Uma vez ouvi que toda vez que eu explodo eu perco a autoridade... 20 Meu sobrinho está praticamente abandonado Pais se infantilizarem para brincar com os filhos ou deixar as brincadeiras para amigos da mesma idade? Claro! Sendo seu sobrinho, de alguma maneira tem o “dever” de ajudá-lo. Mas antes de desenhar alguma estratégia mais concreta, deveria tentar – é bem possível que já o tenha feito – auxiliar antes os pais. Tentar descobrir quais são as verdadeiras causas desse abandono e iluminá-los com possíveis soluções acessíveis para combatê-las, de forma respeitosa e amiga. Caso não consiga avançar nessa primeira “frente de batalha”, avalie o quanto pode intervir na educação do seu sobrinho, sem ferir ou invadir a autoridade dos pais. Peça autorização para algumas iniciativas mais personalizadas e presenciais: convidar para almoçar junto, num sábado, no restaurante que ele gosta; ou para passar um fim de semana na sua casa ou num Hotel em promoção; ou ainda, para organizar uma festa surpresa com os seus amigos etc. Enfim, encontrar momentos de diálogo, de semear boas ideias na sua alma e de ouvi- lo. Quantas pessoas sofrem tanto, nos dias que correm, porque não têm ninguém para desabafar. Por fim, caso não sejam possíveis essas estratégias presenciais, use as redes sociais para comunicar- se com ele e mandar-lhe textos que lhe ajudem a refletir nos verdadeiros valores humanos. Ser infantilizado é ser imaturo, irresponsável, incoerente, fraco, inseguro, por falta de boa formação intelectual e pouco exercício das virtudes da temperança e fortaleza (as virtudes que educam a afetividade da criança). Uma pessoa madura, que queira ser AMIGO DO FILHO, deverá conseguir equilibrar a necessária gravidade e seriedade da paternidade com o saber se rebaixar ao mundo do filho para ganhar a sua confiança. A criança precisa da empatia dos adultos e isso só se consegue quando os mais velhos aprendem a linguagem emocional deles. Ao desenvolver essa humildade de conviver, a sintonia cresce e você torna-se o exemplo no qual tanto eles precisam se espelhar. Portanto, não tenha medo de deitar-se no chão com o seu filho para jogar um jogo de tabuleiro. Isto só lhe dará autoridade depois para exigir-lhe o cumprimento das regras, porque ele o amará de verdade como amigo e filho. pelos pais. Devo fazer algo pela educação dele 40 21 Quais os sinais que estou sendo uma mãe superprotetora? Proteger os filhos faz parte do verdadeiro amor de mãe, que nasce da verdadeira preocupação em orientar o filho a não se prejudicar naqueles aspectos nos quais ele ainda não consegue discernir entre o certo e errado, entre o bem e o mal, portanto, a verdadeira proteção consiste em ir formando a consciência da criança. Hoje em dia, com um RELATIVISMO REINANTE, este instinto maternal tem de ser exercitado com mais cuidado ainda, uma vez que impera uma enorme confusão, gerando insegurança nos pais e nos filhos. A mãe se torna superprotetora no momento em que, ao invés querer formar a consciência do filho, ela quer continuar sendo a sua própria consciência. Ao invés de formar na reflexão, juízo e decisão do filho, quer continuar sendo ela que decida tudo, que supra todas as suas necessidades, que facilite todas as comodidades materiais, psicológicas e intelectuais do filho. A mãe, aoagir desta forma, não percebe que está adiando o desenvolvimento do filho e, de alguma forma, desconfiando das suas possibilidades de aprender, tornando o filho cada dia mais inseguro. Por isso, uma mãe superprotetora gera sempre um infrafilho. E perguntemo-nos: será esse o verdadeiro de amor de uma mãe ou será a satisfação de um egoísmo inconsciente e disfarçado? 41 22 Não sei nada de serviço de casa e casarei em 8 meses. Morro de medo da rotina e responsabilidade da casa. Qual principal cuidado uma mãe de menino deve ter para não tirar a masculinidade dele? Fico muito feliz com a sua sinceridade. Já é um bom começo. Ninguém nasce sabendo das coisas. Qualquer trabalho ou função exige em algum momento a necessidade de aprendê-lo. Chegou o seu momento para ser tornar uma boa mãe e uma PROFISSIONAL DO LAR. O caminho para isso é aprender com seus familiares mais próximos ou com as amigas mais confidentes. Aprenda a cozinhar, a limpar a casa e a cuidar da roupa com profissionalismo. Hoje em dia, com a internet e as máquinas de todos os tipos, esta ciência ficou MUITO MAIS FÁCIL do que antigamente. Não acho, portanto, que o seu problema seja de aprendizado. Arriscaria afirmar: você precisa descobrir é a ciência do amor. A capacidade de dizer “não” para o seu egoísmo e dizer “sim” para o serviço aos demais descobrindo a alegria do amor. Quando se vive de amor, não existe rotina. Cada mesa bem colocada para o almoço, cada roupa bem passada, cada banheiro bem limpo sem ninguém lhe ver, cada flor colocada com carinho na sala de estar, cada prato para o jantar bem preparado com profissionalismo são os exercícios próprios do amor que realizam qualquer boa mãe. Se você aprender a praticá-los, perceberá na realidade que a felicidade está muito mais voltada para o seu interior do que a idolatria da aparência (muito voltada para os outros e para o que os outros estão pensando de você). Conheça este pensamento do livro “Sulco” - ponto 489: “Insisto: na simplicidade do teu trabalho habitual, nos detalhes monótonos de cada dia, tens que descobrir o segredo - para tantos, escondido - da grandeza e da novidade: o Amor”. Fazendo de tudo para o pai estar sempre muito presente e auxiliar em todo o processo educacional, desde ensiná-lo a andar, comer, vestir-se, etc. Ele precisa sentir o cheiro de um braço peludo do pai e do vigor físico do seu abraço. A mãe às vezes não percebe que o pai tem dificuldade para essas tarefas e por isso tende a se esquivar e deixar com a mãe. É preciso ensiná-lo a fazer de tudo! Ao chegar aos 6 anos essa intervenção paterna precisa ser mais profunda e intensa, dedicando-lhe mais tempo, participando mais dos deveres escolares, provocando-lhe desafios de todo o tipo, desde os intelectuais (exercícios difíceis de matemática) aos físicos (subindo uma montanha de nível moderado) e principalmente conversando bastante com ele sobre os critérios e virtudes éticas que o tornarão um menino maduro. Deste modo, a amizade e confiança serão de tal ordem que o filho se projetará no bom exemplo do pai. E neste mesmo período do Fundamental I faça de tudo para que seu filho tenha tempo para ter muitos amigos bons com os quais gaste muito tempo já que a masculinidade se consolida com os iguais. 23 Entendo o seu sentimento e confesso que também sinto isso, muitas vezes e em várias situações educativas, mesmo como diretor de um colégio. Por outro lado, tente compreender o instinto maternal: ele é muito forte em algumas mães, principalmente nas de temperamento colérico e fleumático. O que fazer? Tente em primeiro lugar, quando os ânimos estão mais frios, fazer um plano educativo conjunto com a sua esposa e por escrito, definindo muito bem quais serão as metas para cada filho e qual será a função da mãe e do pai para realizá-las. Depois, estude um pouco mais de educação para se sentir seguro em sua ação educativa. A boa autoridade é fruto do conhecimento. Às vezes, as mães invadem nossa “seara” porque têm o sentimento de que nós homens não sabemos educar corretamente. Elas sim! Quando se sentir mais seguro, vai perceber que não terá medo de conquistar sua autoridade e agir com mais assertividade! Mas nunca brigue com a sua esposa diante dos filhos: isso nunca! Sempre no quarto, com os melhores modos possíveis!! Ânimo!! Organizando, por um lado, formações periódicas com temas atraentes e práticos; palestrantes renomados e com boa comunicação e, por outro, convidando- os a participar mais diretamente das atividades, de maneira que percebam, na prática, como é importante ensinar virtudes e valores nesses momentos. A tentação da terceirização existe, em parte, porque não sabem educar. Se lhes mostramos que essa tarefa é acessível e depende mais da capacidade de amar do que de grandes teorias educacionais, eles se sentirão mais motivados. Por fim, as tutorias programadas a cada trimestre, nas quais os pais se debruçam no estudo do(s) filho(s) juntamente com um monitor especialista, são motivações importantes, porque demonstram resultados evidentes. Faça ele participar de sua oração por essa intenção indo numa Igreja uns minutinhos em dias não habituais, para rezar junto por isso. De alguma maneira, estará aproveitando essa circunstância para que ele cresça na fé em Deus e na compreensão de que nós somos apenas administradores e colaboradores de Deus. Se achar que ele já possui maturidade para assimilar a leitura do livro de Tobias (cap. VIII), não deixe de fazê-lo. É para mim uma das histórias mais emocionantes da Bíblia (oração de Sara e Tobias pedindo essa graça). E quando for mais velho, explique-lhe outros impedimentos, diríamos mais médico-biológicos, para que aprenda a aceitar também os limites da vida humana e a vontade de Deus. Sou pai de 2 crianças, uma de 6 e outra de 3 anos. Mãe sempre se impõe e me desautoriza. Situação muito incômoda. Como motivar os pais de um clube/ colégio a se formarem melhor na educação dos filhos? Meu filho pede muito um irmão, mas até hoje não fomos contemplados com mais essa benção. 44 46 24 Como aumentar minha fé? (Homem adulto perguntando) Sempre fui muito obediente a minha mãe, mas vejo que foi pautado em questões emocionais. Agora que casei e estou grávida ela continua querendo e eu não sei colocar os limites necessários. Mãe fleumática e filho melancólico. Penso que não tenho a medida para motivá-lo... O pai Sanguíneo sempre vence! Como lidar com os defeitos do marido que são destrutivos ao lar e ele não aceita que erra e nem correção. Estudando mais a doutrina católica – cfr. A Fé Explicada (Ed. Quadrante) – e fazendo rápidas visitas diárias na Igreja mais perto do seu trabalho durante a hora do almoço ou perto da sua residência. Piedade de meninos e doutrina de teólogos é o caminho de uma fé vital! Uma pessoa a qual se encontra nessa situação, em geral, está dizendo com as suas tristes atitudes mais ou menos o seguinte: “eu não estou feliz e quero que todos sofram comigo”. Tente descobrir por que ele não está feliz. Podem ser tantas causas. Mas enquanto não souber, ele se sentirá muito mal por dentro e o orgulho dele ficará cada vez mais inchado. Assista à minha LIVE desta 3ª feira que vou lhe dar algumas pistas para isso. Aprenda a conversar mais e a negociar com maior maturidade e autonomia emocional. Só com a razão é possível vencer as emoções e o medo de contristar. 49 50 Não se prenda tanto aos temperamentos. Eles devem ser apenas um dado a mais para AJUDAR A MELHORAR A EMPATIA E SINTONIA. O perigo da teoria dos temperamentos é justamente passar a justificar todos os problemas de relacionamento. O que motiva um filho é o verdadeiro e real amor de mãe. Pai e mãe têm de estar sempre em acordo, independentemente do temperamento e visões de mundo de cada um. O que educa é sempre uma fusão de duas vontades, na qual ambos aprenderam a ceder em situações conflitantes.Existem motivações extrínsecas para que qualquer filho melancólico “vá na lona”: chegar para o filho, abraçá-lo e beijá-lo mais vezes, ter detalhes que o surpreendam afetivamente, como deixar uma surpresa que ele gosta debaixo do travesseiro dele, gastar tempo com o filho brincando de jogos que você detesta etc. Ele precisa sentir que você sofre com ele e entende a sua linguagem afetiva. Sorte a sua ter um marido sanguíneo: ele vai ser mais criativo para bolar planos legais!! 25 9 anos casado e descubro que mulher traiu. Algum conselho? Qual é o momento/idade ideal para se ter filhos? É certo estabelecer tarefas com recompensa? Naturalmente, é uma situação hiper delicada. Difícil acertar uma resposta com tantos fatores envolvidos. Histórico familiar de cada um, conhecimento do temperamento, possíveis dificuldades de relacionamento, nível de formação humana (ética e religiosa) , grau de maturidade de ambos, taxa de sucesso profissional dos dois, conhecimento mútuo da “linguagem de amor” mais satisfatório a cada um , relacionamento conjugal fundamentado no verdadeiro amor (sem paliativos), cuidados físicos e psíquicos individuais para se manterem atraentes, etc. Como vê, não posso ser um “guru” para adivinhar com tantas hipóteses! Mas um conselho, sim, posso lhe dar: tente perdoar de coração, abrindo o jogo, olho no olho e atue com mais fortaleza para eliminar futuras tentações. Reconquiste-a com inúmeros pequenos detalhes diários de consideração e estima – sacrifício puro, desinteressado - como você fazia no tempo de namoro! Estarei torcendo por você!! Acredito que os filhos devem ser sempre o fruto do verdadeiro amor conjugal, sempre aberto à vida. Portanto, creio que a pergunta deveria ser diferente. Qual seria a idade ideal para casar-se? Pois, depois do casamento, adiar esse projeto de felicidade me parece prejudicial para o amadurecimento/crescimento do amor verdadeiro e profundo do casal. Esse aspecto é essencial para se sentirem REALMENTE felizes no casamento. Acho que a idade ideal para se casar é o momento no qual os dois se sintam maduros, isto é, quando um dos cônjuges já consegue adiar aquilo que gosta e escolher o que não gosta pela felicidade do outro. Enquanto o relacionamento estiver fundamentado num egoísmo mútuo, a possibilidade do matrimonio não dar certo é enorme. Vide o índice de famílias separadas na classe média do Rio de Janeiro. Por que será que está beirando os 60%? Muito raramente! Uma vez ou outra para ajudar na compra de um bem mais caro, inclusive quando o filho está juntando dinheiro para adquiri- lo – bicicleta nova, skate importado, videogames de uma geração, livros importados etc. – essa alternativa pode ser interessante. Seria como uma forma “disfarçada” de colaborar, como por exemplo, pagar o que se gasta num posto para lavar um carro, ou para limpar a piscina etc. Mas nunca se deve atrelar a essa estratégia o esforço escolar – ele tem que aprender que essa é a sua obrigação e a motivação que o deve puxar deve ser sempre a motivação intrínseca (a alegria de aprender algo) ou transcendental (a alegria de fazer alguma coisa pelos outros no futuro, e portanto colocar seus talentos intelectuais ao serviço dos demais). 51 52 53 26 4 anos, sanguíneo, após o nascimento do irmão, total /e disperso, não acata mais ordens. Filha de 5 anos extremamente egocêntrica. Chora por tudo. Não cumpre os combinados. Sem paciência para conversar. Já parto para a chinelada. Onde falhei? Como mudar? É muito comum esta reação de ciúme com a chegada de um novo irmão. Se reforça mais ainda se tiver um temperamento sanguíneo, pois tem a afetividade e imaginação soltas e descontroladas. O segredo é fazê-lo mais protagonista da casa, ajudando em alguma tarefa nos cuidados do irmão, de maneira que canalize essa carência para essa ação amorosa. Depois, lembrando-o de que ele agora deve dar bom exemplo. Ainda não entenderá muito nessa idade, mas daqui a pouco sim Toda criança ao nascer é egoísta. Umas são mais do que outras, mas o grande trabalho de todo o educador é ir diminuindo essa força autodestruidora. A forma de ela se sentir atraída para a virtude da generosidade é ser educada no amor! Se ela vê os pais dando-se diariamente em pequenos serviços domésticos, se vê a mãe doar algum dinheiro a uma pessoa necessitada, se observa o pai entregar uma roupa que não usa mais para um asilo. Educando o(s) filho(s) a viver nos limites do prazer – poucos brinquedos, pouca diversão cara, poucas viagens dispendiosas etc. – se faz com que a alma da criança comece a descobrir o amor aos demais e assim se sentirá motivada a imitar os pais. Quase sempre uma criança egoísta reflete pais egoístas (sem querer ofender). Naturalmente, a idade dos 5 anos é uma idade difícil porque a criança começa a perceber o seu poder e os primeiros princípios da racionalidade o levam a descobrir novas fórmulas de manipulação. O que a mãe tem que fazer é mostrar-lhe como se comportar fazendo-o com clareza, carinho e principalmente firmeza. Depois, ganhá-lo com inúmeros detalhes que qualquer mãe madura sabe descobrir. capitulO 02 Educação infantil (0- 5): das birras às brigas 27 56 57 É preciso distinguir sempre a diferença entre espontaneidade e boa autonomia. A primeira, é educar a criança numa emotividade estragada pelo egoísmo, o qual vem de fábrica (nascença). Naturalmente, não se poderá esperar nada de bom desse motor avariado, por mais individual e único que seja. A segunda, é educar a criança a fazer escolhas apoiadas numa racionalidade sadia e ética. Quando se educa assim, não só a riqueza de sua personalidade aparece muito mais para ela e para os demais – porque está apoiada no amor ao demais – como desabrocham ainda outras dimensões de seu caráter de forma insuspeitadas, já que quebrando as barreiras do egoísmo, descobrem-se outras facetas da realidade muito mais atraentes, as quais nos tornam mais humanos e espirituais. Quase sempre uma criança age assim para chamar a atenção e ser o foco das atenções. Portanto, examine antes se ela está sendo amada como dever ser amada pelos pais (pai e mãe). Lembre-se que, nessas idades, a ação assertiva de ajudá-la na prática a realizar os combinados é mais eficaz do que vários discursos, uma vez que com 3 anos não os entende bem ainda. Depois, coloque, sim, pequenas penalidades concretas, quando necessário, privando-a daquilo que ela realmente gosta, isso dará efeito. Mas nunca deixe sua filha te desrespeitar. Isso é sempre grave! Educação infantil (0- 5): das birras às brigas Qual o limite do individualismo na educação? Querer que a criança de tal forma, coma de tal forma, não seria podar esta individualidade? 1 ano e 3m, muito arteiro, destemido e corajoso. Não obedece. Não sei mais o que fazer. 28 58 Não parece ser a forma mais conveniente educar no medo... Além de não funcionar muito, só enfraquecerá a própria mãe em sua autoridade quando tiver de enfrentar problemas mais sérios. Quem usa desses recursos demonstra uma certa fraqueza de alma e pouco conhecimento do verdadeiro e correto exercício da autoridade. Esta faceta importante da boa educação nasce de um estudo sério do que é o melhor para o crescimento intelectual, psicológico e social para o filho. Depois da interiorização desses valores educativos, o mais correto é a mãe lutar para ser coerente com tais princípios e assertiva para colocá- los em prática, sem se impressionar com reações esperadas das crianças diante do enfrentamento como choro, raiva e espetáculo. Nessas idades a rejeição pode estar ligada a tantos fatores que é impossível abordá-los neste pequeno espaço. Podem entrar fatores como temperamentos conflitantes entre pai e filho, superproteção da mãe, não ter irmãos para dividir a atenção, ausência do pai ou pouco feeling para perceber suas necessidades, dentre muitos outros. Não me preocuparia muito nessa idade.As crianças mudam muito rapidamente e conforme a vida os vai levando. Penso que a mãe talvez tenha de dar ao pai mais “moral”: falar bem dele para o filho, preparar a sua chegada do trabalho com alguma surpresa, alegrá-lo com algum trabalho realizado durante o dia. Enfim, mostrar que ele é O HERÓI da casa. Pergunte-se sempre: seu marido cumpre bem as três funções principais de um bom pai: a) Construir um caráter firme em seus filhos; b) Proteger a esposa e os filhos, não apenas no presente, mas também no futuro; c) Unidade de vida: sendo a mesma pessoa (coerência) externamente, quanto internamente (consciência de quem ele é e do seu papel na vida como pessoa). Até que ponto pode utilizar aquele expediente de ameaça ao filho. Ex. Não saia de perto da mamãe porque o homem do saco vai te pegar. Filho de 3 anos rejeitando o pai. Como conduzir/contornar esse comportamento? Qual explicação? 29 60 Filho de 5 anos super egoísta, não gosta de emprestar brinquedos e quer ficar brincando sozinho, como ajudá-lo? Toda criança quando nasce é egoísta. Umas são mais do que outras, mas o grande trabalho de todo o educador é ir diminuindo essa força autodestruidora. A forma de ela se sentir atraída para a virtude da generosidade é ser educada no amor! Se ela vê os pais dando-se diariamente em pequenos serviços domésticos, se vê a mãe dando um dinheiro a uma pessoa necessitada, se observa o pai doando uma roupa que não usa mais para um asilo, se educa o filho a viver nos limites do prazer – poucos brinquedos, pouca diversão cara, poucas viagens dispendiosas, etc. – então a alma da criança começa a descobrir o amor aos demais e motivar-se a imitar os pais. Quase sempre uma criança egoísta reflete pais egoístas!! Mostre-lhe livros de figuras, com aspectos simples da natureza e com muitas cores. Claro! Uma criança nessa idade já consegue entender a importância de batizar os lugares para cada coisa, e por isso, devem existir as caixas dos brinquedos, dos sapatos, das roupas. Ver a mãe arrumando cotidianamente cada objeto no local correto já contagiará pelo bom exemplo. Outro aspecto para ela já ir descobrindo é a importância da rotina no seu dia, mesmo nos fins de semana. Quando não existe ordem no seu dia, a criança fica nervosa e mau humorada. Nessas idades, a amizade ainda não existe, pois ainda não se têm capacidade de perceber as qualidades e dons dos demais (amizade nasce de uma admiração mútua de gostos e coisas) e, muito menos, de se sacrificarem. Por isso, os pais e professores precisam ensinar inicialmente os primeiros passos do “coleguismo”: emprestar o brinquedo, abraçar ao chegar e ir embora da escola ou da 61 Como ensinar uma criança de 3 anos fazer amizade na escola? Socializar bem com todos? 62 63 Bebê de 6 meses que tipo de leitura posso fazer para ele? Bebê de 7 meses, já posso desenvolver a virtude da ordem? festa, comemorar os aniversários juntamente com seus colegas no playground e no colégio, ensinar a olhar nos olhos, a cumprimentar as pessoas no elevador, a dizer as palavras mágicas do coleguismo: obrigado, por favor, desculpa, etc. Outro aspecto muito importante e que às vezes é esquecido: os pais devem dar exemplo de amizade com pessoas de seu âmbito social e profissional, convidando para ir à sua casa, viajar juntos etc. 30 Acredito que a virtude da ordem é o mais importante: ordem material, ordem temporal, ordem afetiva (obediência, respeito, bons modos etc.), ordem mental e assertividade no cumprimento de todas essas regras e critérios, sem pena de contristar a criança. Uma mãe tem que saber lidar com qualquer filho, independentemente do seu temperamento, defeitos e limitações. Lembre-se que nem sempre é fácil querê-lo desse jeito ou aceitá-lo. Querer a todas as pessoas não é uma questão sentimental, mas de amor profundo, que passa sempre pela capacidade de sacrifício, de racionalidade, de força de vontade e de religiosidade. Naturalmente, a idade dos 5 anos é uma idade difícil, porque a criança começa a perceber seu poder e os primeiros princípios da racionalidade o levam a descobrir novas fórmulas de manipulação. O que a mãe tem que fazer é conduzi-lo com clareza, carinho e principalmente firmeza. Depois, ganhá-lo com inúmeros detalhes, que qualquer mãe madura sabe descobrir. Ensine com firmeza que isso não se faz, porque é faltar ao respeito e amor. Se depois continuar, coloque algumas penalidades como tirar-lhe, por um tempo pequeno, o brinquedo que ele mais gosta ou suspender a ida ao parque tão desejada. Ele precisa descobrir logo cedo que é uma falta grave agredir as pessoas que mais o amam e que respeito é fundamental. Mas antes de atitudes mais drásticas, tente averiguar sempre qual seria o motivo de fundo para essa agressividade. Se for em torno de 2 anos, poderá estar sofrendo da “adolescência do bebê” (terrible two), e nesses casos não é preciso dar tanta importância. Esse tema foi tratado na Live #3 do JEB (está no canal do Youtube). Lá você vai entender todos os motivos para essas atitudes. Eu adiantaria o seguinte conselho: nessas situações, saia calmamente desses ambientes públicos, sem olhar para ele, como se não acontecesse nada, desprezando todo o escândalo e o coloque num lugar sem PLATEIA... costuma dar sempre certo! 64 66 67 O que você julga ser mais importante ensinar a um menino de 3 anos? Algo que nessa fase seja fundamental. Filho pequeno que bate no rosto dos pais, como resolver? Não sei como reagir as pirraças do filho em público, fico morrendo de vergonha, mas dou uns bons beliscões discretos. Filho sanguíneo de 5 anos sem saber lidar. 31 Os motivos podem ser vários e é difícil adivinhá-los à distância. Nestes casos, a orientação médica parece ser a mais adequada. Mas, aprenda a crescer nesse desafio: por trás desse enorme sacrifício noturno sempre se pode descobrir uma riqueza escondida, talvez dentro de si. Muitos conseguem. Ânimo e muito bom humor! A segunda opção parece a mais acertada. Todos nós precisamos vencer nossos medos e ganhar confiança diante do desconhecido. Assim também as crianças. No entanto, é preciso lembrar que o carinho tem precisa vir sempre atrelado às pequenas exigências educativas. O choro nem sempre é um indicador de que estamos fazendo algo errado. Em muitos casos a criança está fugindo do sofrimento. É natural chorar, mas muitas vezes é necessário que ela perceba que esse é o caminho normal de qualquer ser humano para crescer e ser uma pessoa boa. O bom educador tem de educar-se sentimentalmente e não ser refém das birras das crianças. Existem inúmeras formas de fazer isso, mas dependerá das condições familiares (se tem mais irmãos, primos, vizinhos), condições econômicas (possibilidades de colocar numa natação, num futebol etc.) e da disponibilidade de dedicação dos pais para essa tarefa (ambos não tenham que trabalhar). Mas, nestas idades, sou da opinião que ainda não é o momento mais prioritário para isso. Será sim no Fundamental I, quando a satisfação dessa necessidade é vital para o perfeito equilíbrio emocional da criança e para a consolidação da sua identidade sexual. 68 70 Meu filho de 1a2m adoeceu, ficou internado e a partir de então acorda toda madrugada chorando muito, não deixa ninguém dormir. Adaptação escolar. Deixar chorar? ou fazer devagar até a criança ganhar confiança? Filha de 2,5 educada somente em casa. Como melhorar a socialização? 32 71 4 anos, sanguíneo. Atraso cognitivo de 6 meses. O que acha da terapia comportamental? Estando presentes o máximo de tempo possível! Uma criança precisa muito tanto do pai quanto da mãe. Quando falta algum, as lacunas deixadas serão causa de graves problemas educacionais, psicológicos, de socialização e ainda de auto realização. Quase sempre uma criança age assim para chamar a atenção. Portanto,examine antes se ela está sendo amada como dever ser amada pelos pais. Lembre-se que nessas idades, a ação assertiva de ajudá-la, na prática, a realizar os combinados é mais eficaz do que vários discursos, uma vez que com 3 anos não os entende bem ainda. Depois, coloque sim, pequenas penalidades concretas, quando necessário, privando-a daquilo que ela realmente gosta, que dará efeito. Mas nunca deixe que sua filha a desrespeite. Isso é sempre grave! 72 73 Como reduzir os danos de uma separação em uma criança de 2,5 anos? Filha de 3 anos desobedecendo demais, bate e dá risada. Conversamos, corrigimos, tiramos algumas coisas dela e nada. O que fazer? Acho de enorme eficácia. De fato, muito problemas cognitivos são oriundos de comportamentos errados ou mal direcionados, ainda mais quando estamos falando de ajudar um sanguíneo. Mas além desse auxílio, veja se não tem mais algum distúrbio neuronal. Depois de alguns anos de experiência, percebi que uma criança com atrasos cognitivos normalmente tem mais de um problema. Os pais têm que lutar com persistência para descobrir todas as raízes do problema, sem medo. Birras? 33 Parece um método interessante. Se aproxima do método do qual defendo, chamado Educação Personalizado. Quando o olhar do professor respeita a singularidade de cada aluno e tenta adequar seu conteúdo à diversidade de ritmos de aprendizagem parece estar de acordo com as necessidades afetivas de cada criança. Só não concordo com o sistema de avaliação do método. Parece- me que é importante, tanto para os pais e professores quanto para os alunos uma avaliação objetiva, que de alguma maneira possa servir para corrigir tanto o professor quanto o aluno nesse ensino-aprendizagem. Eu sou um defensor da avaliação formativa: ela tem que servir para ir corrigindo o rumo durante a aprendizagem e não para punir a criança no final do processo. Acho conveniente. A criança precisa ir colocando em ordem sua afetividade desgovernada e uma forma eficaz é aprender desde cedo as consequências de suas ações quando as mesmas não são corretas. Desta forma, sua afetividade inicia um processo de purificação a ser finalizado somente na maioridade. Mas procure adequar essas repreensões e castigos de forma proporcional ao delito e à sua idade. Um castigo nessas idades pode ser somente dizer que não olhará para ela 10 minutos ou que não poderá brincar no canto 5 minutos. Antes de colocar algumas dessas medidas em prática examine se essa desobediência não é mais uma forma de querer chamar atenção e ser o centro das atenções. É difícil dizer sem conhecer mais detalhes das circunstâncias familiares: caraterísticas temperamentais dos pais, disponibilidade de tempo de cada um para estar com o filho, o temperamento do seu filho, número de irmãos etc. Mas sugiro que assista a Live que dei sobre esse tema no meu canal do Youtube. 74 76 Tenho uma filha de 5 anos estudando seu terceiro ano no método de ensino waldorf. Conhece o método? Alguma sugestão? O que acha de repreensões, castigo e chamar atenção dos 2 aos 3 anos? Meu filho tem um ano e já faz birra. Isso é culpa minha e da mãe? 34 Filho com déficit de atenção, como atrair a atenção? Muito disperso. E nas brincadeiras é precipitado. Precisamos sempre explicar para uma criança de 3 anos o porquê do NÃO ou NÃO é NÃO? Como reverter a situação de uma criança de 2 anos viciada em tela? Qual o meio mais fácil? Uma criança com déficit de atenção, salvo os casos realmente médicos, demonstra quase sempre, que está sendo hiper-estimulada, de forma exagerada, com muitas horas de TV, jogos eletrônicos, celulares e aparelhos similares .Outro aspecto, o qual deve se examinar com sinceridade, é se existe um grau elevado de mimo dos pais. Uma criança que não come do que não gosta, que é mimada em todos os seus caprichos e exigências, naturalmente torna-se uma criança fraca e sem capacidade de aprender. Estudar e estar concentrado é um hábito da força de vontade que exige ser alimentado pelas virtudes da temperança e fortaleza, são elas as educadoras da afetividade de uma criança. Sempre devemos dar os motivos do não, para que aos poucos a racionalidade da criança vá despertando para a verdade. Quando a ordem fica desvinculada da sua racionalidade, aparecem, com o tempo, os famosos traumas freudianos, os quais são origem de uma vontade reprimida e de um desejo tolhido. Trocando essa diversão (bastante nociva nessas idades), por brincadeiras como lego, cubos de madeira e jogos próprios de meninos (carrinhos, bolas etc.) ou das meninas (bonecas, cozinhas etc.). Outra atividade importantíssima nessas idades é o contato com a natureza via manipulação da areia, do barro, das folhas, das pedras etc. Lembre- se: você é a mãe. Tem que ser firme e assertiva para escolher os brinquedos convenientes para o seu filho. Não é ele que vai escolher. 78 35 80 83 81 Poderia aconselhar uma mãe, criança tem 2 anos e 6 meses. Desobediente e resistente. Filho 4 anos, sanguíneo, muito espoleta, já caiu e bateu a cabeça diversas vezes, não consigo controlá-lo. Redução de danos em uma separação com filho de 2,5 anos? Ela não vê paternidade e maternidade como entidades que devem andar de mãos dadas. Filho 4 anos, não está se adaptando com a escolinha, chora, não quer ficar. Estou pensando em pré-alfabetizar em casa. Já ouviu falar na “adolescência do bebê”? O fenômeno é comum e tem até nome: “terrible two” (2 anos, idade terrível). Ocorre quando a criança se dá conta de que é um indivíduo e luta para conquistar o seu espaço – gritando, batendo nos outros ou se jogando no chão. Cabe aos pais ter muita calma, paciência e ensinar que esse comportamento não leva a nada. Em outras palavras, estabelecer limites. Os sanguíneos são espoletas mesmo. São os que mais se machucam. Mas, podem ser controlados com regras claras, combinadas e fáceis de lembrar. As punições também devem fazer parte desses combinados e quando uma criança fica insatisfeita nos seus desejos de brincar, por exemplo, em geral repensa suas “loucuras” e começa a se acalmar e mudar os seus comportamentos. Tente ser mais assertiva e negociadora. Acho que vai dar certo! Nessas idades ele não vê, mas sente essa necessidade. Os horários de dedicação e educação dos pais devem estar muito bem combinados e vividos para reduzir esses danos. Não faria isso. É normal nessas idades em alguns meninos essa dificuldade de adaptação, principalmente depois das férias de verão. Diante das dificuldades, a solução raramente é ceder. O certo é enfrentar com estratégias novas e assertividade, sem se deixar impressionar com o choro. Depois, examine se a escola tem uma atividade bem consistente e organizada. Um ambiente no Pré-I sem rotina, conteúdo e carinho pode provocar nas crianças mais sensíveis uma certa instabilidade emocional. Caso não haja isso, procure outra escola que satisfaça mais essas necessidades. 36 84 8 86 Como ir preparando a cabeça do filho de 3 anos para o nascimento do irmão? Para evitar ciúme no futuro. Normal o filho de 3 anos querer mais a mãe do que o pai? Para masculinidade futura precisa se espelhar mais no pai. Filho de 5 anos que não quer ir à Missa. Diz que é chato. Convidando-o a participar de todo o processo de preparação para a chegada de mais um membro da família. Que ele vá na loja comprar com você as coisas que estará necessitando quando ele chegar. Ir já guardando roupa velha, brinquedos, livros “para quando o seu irmão chegar” possa usar. Ir conversando com ele dentro da barriga da mãe. Ir falando pelo nome muitas vezes, criando uma normalidade e aprendendo a lutar contra o ciúme em geral: ele pode ter ciúme quando alguém tem algum detalhe com você (marido, parente, amigo), talvez por não receber tanta atenção. Então, nessas horas, é bom irreeducando a sua afetividade, já que nessas idades querem tudo para eles. Normalíssimo! Esse sempre foi o meu caso!! A minha mãe era muito carinhosa, cheia de dedicação, totalmente entregue aos 6 filhos que teve, estava muito mais conosco durante o dia etc. O pai era sempre a figura da autoridade, da ordem e regras, da decisão final. Logicamente, nenhum dos irmãos pedia nada para ele... quando chegar na idade do Fundamental I, a mãe terá que ir saindo de cena – exige um esforço de desprendimento difícil - e dando espaço mais para o pai, seja tanto no acompanhamento escolar, quanto nos programas de fim de semana. Mas o segredo é sempre os dois estarem presentes na hora certa!! De fato, é uma chatice para uma criança de 5 anos ir a uma cerimônia na qual não consegue entender nada. A fé, nesses primeiros anos da vida da criança, deve ser transmitida em casa por meio do exemplo de oração em família (Igreja Doméstica) e do dialeto que cada família deve criar: o modo de abençoar os alimentos, as flores que se colocam num quadro da Virgem aos sábados, na oração antes de dormir, de joelhos, ao anjo da guarda, entre outros inúmeros exemplos. Vá com ele na Igreja muito raramente, para ir visitar rapidamente Jesus no sacrário ou simplesmente para visitar um santuário mariano. A ansiedade dos pais para encaminhar, com boa intenção, os filhos para a Igreja deve ter o seu tempo certo. Se ele não quer isso nessa idade, não force, que é pior. Mas é uma questão complexa, pois dependem tantos fatores para saber o que é melhor para cada família e criança. Estude caso a caso. 37 87 90 Criança que tem vergonha Agradeço a Deus por compartilhar seus conhecimentos. Coloco em prática com os 2 meus meninos Bebê, de 2 a 4 anos. Chora por tudo. Acorda da soneca choramingando e fica chorosa por qualquer coisa. O que fazer? Posso até fazer as suas vontades, mas logo em seguida chora. Qual idade que os filhos devem criar autonomia? Existem três tipos de timidez (vergonha): a de temperamento, a ocasional e a oriunda da má educação (criança muito mimada e superprotegida sente insegurança e medo de se expor). Veja qual é o tipo de seu filho. Está parecendo que é mais a primeira. Se for o caso, não fique muito ansiosa. Deixe-o amadurecer um pouco mais, que tenha mais capacidade racional para administrar essas emoções negativas. Portanto, espere mais a idade de 8-10 anos para enfrentar o problema. Agora, deixe-o tranquilo. Ele encontrará a forma de trabalhar esse temperamento. Querida amiga, eu acredito que você mesma deu a resposta para o seu problema: “Posso fazer as suas vontades, mas logo em seguida, chora” ... Será que não está a raiz do problema? Será que não está faltando mais firmeza e assertividade para sua filha não agir desse jeito? A partir dos 1-3 anos já é possível começar a criar mecanismos de virtude. Nessa idade, começar a se habituar a arrumar sozinho os brinquedos depois que acabam de brincar, escovar os dentes depois das refeições, vestir-se sozinhos etc. A cada ano que passa, novas funções devem ser ensinadas, como assumir pequenos encargos familiares. Depois, ir assumindo os deveres escolares, a ordem no quarto. Enfim, é importante que os pais entendam que não deverão nunca fazer por eles aquilo que já têm condições de fazer. Caso contrário, atrasaremos essa boa autonomia e dizendo-lhes que são bobos, incapazes e bebês. Junto-me à sua ação de graças a Deus e peço-lhe que reze para que Ele continue me dando todos os dias esse entusiasmo crescente. Temos de ajudar muitas famílias a serem felizes e esta tarefa exige uma ajuda especial do Alto. Conto consigo! 38 91 92 Qual a melhor forma de ensinar a Fé a criança de 4 anos? Indica algum livro? Falar para criança pequena fazer tal coisa porque me deixa feliz, não é ruim? Não seria melhor explicar para ele que arrumando seus brinquedos a casa fica mais organizada e bonita? E dar sempre o exemplo arrumando as nossas próprias coisas? A fé, nesses primeiros anos de vida da criança, deve ser transmitida em casa por meio do exemplo de oração em família (Igreja Doméstica) e do dialeto que cada família deve criar: o modo de abençoar os alimentos, as flores que se colocam num quadro da Virgem Maria aos sábados, na oração antes de dormir, de joelhos, ao anjo da guarda, dentre outros inúmeros exemplos. Vá muito raramente com ele na Igreja (não force), para visitar rapidamente Jesus no sacrário ou simplesmente visitar um santuário mariano. Use livros ilustrados que contam a história da Bíblia. Eles adoram ouvir sempre as mesmas histórias contadas por nós. Serão pequenas sementes plantadas que no seu devido tempo, darão bons frutos. Mas tenha em casa (em todos os quartos) símbolos religiosos: um crucifixo, um anjinho, uma imagem de Nossa Senhora, um São José, um quadro de um santo de sua devoção. Veja também algum vídeo de desenho animado sobre a Bíblia. Hoje, no Youtube, tem bons materiais para isso. As crianças pequenas ainda não conseguem ter essa percepção “abstrata” de “a casa fica mais organizada e bonita” ... Isso só se consegue – acredite – depois dos 10/11 anos!!! Dos 7 aos 10 alguns conseguem descobrir alguns princípios mais pessoais – a minha gaveta arrumada é melhor para achar os MEUS lápis de cor, arrumar a roupa no lugar fica mais fácil EU achar – mas ainda é pouco este motivo para ser constante na virtude. A correta educação da virtude é aquela na qual a MOTIVAÇÃO DE FUNDO é sempre o outro, para que dessa maneira nunca haja desculpas egoístas de deixar para depois ou até ceder por ceder. O exemplo pessoal reforça a vivência por mimetismo, mas aos poucos têm que SENTIR a alegria do amor. 39 93 94 96 95 Turma da Monica é muito ruim para as crianças? Como lidar com filhos 2, 3 anos começando a mexer nas partes íntimas? O que falar para criança de quase 3 anos sobre o motivo do isolamento?? Filho, 4 anos, personalidade forte, diz que só ama o pai e as vezes não quer falar com ninguém. Infelizmente, essa turma outrora tão sadia, hoje é mais uma que se vendeu para o mercado... difundindo ideologia de gênero e coisas afins. Longe dessa turma, portanto!! Eu era fã desses quadrinhos na infância!!! Estou rezando para que voltem a alegrar nossas crianças novamente um dia!! Sem grandes alarmes – é uma idade das primeiras descobertas da própria identidade sexual e das diferenciações com o sexo oposto – diga-lhes calmamente que não é bom ficar mexendo nessas partes do corpo – próprio e alheio – porque o médico lhe disse que pode fazer mal para a saúde (um motivo que eles costumam entender, por irem muito no pediatra). Em geral, param e não fazem mais. Obviamente, nessas idades, a ingenuidade é total. Já assistiu a um filme antigo, chamado A vida é bela, de Roberto Benigni (1999)? É um filme que lhe aconselho a ver para se inspirar a viver este período de confinamento. Nesse filme, pai e filho são levados para um campo de concentração nazista. Afastado da mulher, ele se vê compelido a usar sua imaginação para fazer o menino acreditar que estão participando de uma grande brincadeira, com o intuito de protegê- lo do terror e da violência que os cercam. Eu faria algo parecido. Não leve muito a sério essas manifestações próprias de alguns temperamentos. Em geral, são crises de egoísmo ou de fraqueza diante das dificuldades na maioria das vezes. Outras vezes, são formas sutis de querer atrair a atenção para si e chantagear os sentimentos da mãe. Se for filho único, então, isso se intensifica. Lembre-se, temos de educar o filho no amor. A melhor maneira de forma a realizar isso, mais do que entrar na dele é fazer com que entre na sua. Atue com assertividade, combinando regras, colocando limites nas suas ações descontroladas e coloque pequenas punições diante dessas pequenas crises. Aos poucos ele vai descobrindo que não
Compartilhar