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300 respostas para educar sem medo - João Malheiro

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Prévia do material em texto

1
2
 Capítulo 1 As dores e soluções dos pais para educar melhor seus filhos 
Capítulo 2
Educação infantil (0- 5): 
 das birras às brigas
Capítulo 3
Educação Fundamental I (6-10 anos): 
autonomia e aprendizagem
Capítulo 4
Adolescência (10-18 anos): 
rebeldias e sonho
Capítulo 5
Vida adulta (18-40 anos): 
a conquista da maturidade
Capítulo 6 O que dizer aos professores?
Capítulo 7 Preocupações diversas da educação
Capítulo 8 Das virtudes, defeitos e temperamentos
Dados do autor João Malheiro
Indice geralINDICE GERAL
06
26
41
57
83
89
92
108
121
3
 O presente e-book é uma coletânea de 300 perguntas e respostas 
selecionadas dentre todas as que me fizeram meus seguidores do Instagram 
(@JEBMALHEIRO) durante apenas 1 mês e meio (fevereiro e março de 2020). 
Fiquei impressionado com a necessidade de informação que meus seguidores 
apresentaram em tão pouco tempo. Em julho de 2020 já são mais de 1300 
perguntas respondidas, fora as centenas que não pude me dedicar a atender. 
Isso refletiu, de alguma maneira, uma mistura de insegurança com desejo de 
acertar. Fiquei admirado com a diversidade do público, encontrando pais, 
com filhos em todas as fases da vida: adolescentes, adultos, professores, 
educadores, pessoas de boa vontade etc.
 Diante das pressão de vários leitores para publicar este e-book, resolvi 
ceder. Por isso, vou publicando aos poucos para satisfazer os seguidores que 
não conseguiram ler todas as respostas às perguntas dirigidas a mim nos 
“stories”, isto é, não conseguiram ler todos os “JEB’s” (termo que uso, fazendo 
um paralelismo com os “jab’s” do boxe – pequenos golpes que o pugilista 
vai dando no adversário para enfraquecê-lo e irritá-lo e conseguir abrir a sua 
guarda – durante a semana, antes do nocaute semanal. Lives semanais, em 
geral, nas terças ou quintas-feiras, às 21h). Esse nome nasceu, então, além dessa 
analogia, do meu próprio nome: João Eduardo Bastos. O @JEBMALHEIRO 
indica, portanto, o meu nome quase completo. Como ainda sou Malheiro de 
Oliveira, então o Logo deste perfil, como você pode observar na capa deste 
e-book, apresenta um punho fechado (“JEB”) agarrando um ramo de Oliveira. 
Esse ramo de Oliveira, além de completar meu nome, tem também uma 
dupla analogia simpática: minhas respostas pretendem “azeitar” a educação, 
tornando-a mais gostosa e digerível; e, pretende ainda, anunciar a todos os 
pais e educadores que pretendo, com este trabalho consultor, acabar com o 
dilúvio educacional no qual nos encontramos atualmente no país (alusão ao 
dilúvio universal, revelado na Bíblia, com a história de Noé, que soube de seu 
final, quando uma pombinha retornou à sua barca com um raminho de oliveira 
preso no bico). 
 
 Faço votos de que estas rápidas orientações educacionais possam 
de fato ajudar muitas famílias e escolas a reencontrar o caminho da boa e 
sadia educação, a qual consiste em resgatar o conceito de pessoa humana 
e redescobrir o conceito escolar de educação integral. Quando estes dois 
fundamentos sólidos voltarem a sustentar toda a teoria educativa, poderemos 
vislumbrar novos ventos e ter esperança numa sociedade mais justa e feliz.
 
@jebmalheiro
Apresentacao
4
 Muitas pessoas se perguntam qual a melhor linha 
educativa a seguir. Querem educar bem, querem 
que a inteligência dos seus filhos seja potencializada, 
querem amplificar suas habilidades físicas, querem que 
sejam obedientes. Nessa busca, acabam lendo muitas coisas e 
por falta de critério são facilmente convencidas a seguir uma 
linha pedagógica ou outra. A verdade é que para conseguirmos 
educar precisamos de “bom senso”. Bom senso? Bem, muita 
gente acha que bom senso é um sexto sentido, quase que uma 
ciência infusa, uma “naturalidade” no agir sem pensar muito. 
Coloco “bom senso” aqui no sentido de estarmos munidos de 
uma série de ferramentas, de instrumentos, de fatores de uma 
equação que juntos nos permitirão definir uma visão macro 
da educação do nosso educando e uma visão dos degraus 
necessários para que possamos chegar a esse alvo, levando 
em consideração os obstáculos que encontraremos pela frente 
e a melhor maneira de ultrapassá-los, aprendendo com eles e 
incorporando-os em nosso arsenal educativo. Um educador 
precisar ter à mão várias ferramentas para que consiga ter 
“presença de espírito” para agir no momento em que ele precisa 
assumir seu papel de formador desta alma que lhe foi confiada. 
A educação de uma criança não pode se basear em reações 
de acordo com as atitudes que ela apresenta. Reagir às suas 
reclamações, desejos, solicitações e necessidades não pode e 
nem deve ser a espinha dorsal da formação de uma criança. 
Um educador precisa, principalmente, agir e não apenas reagir. 
Devemos imaginar que a criança é uma pequena plantinha em 
crescimento e que enquanto essa muda não criar raízes, ela 
precisa de uma estaca que a mantenha firme para que ela se 
desenvolva em direção à luz. Os pais, principais educadores, são 
para a criança essa estaca, que a mantém na direção correta até 
que ela crie suas próprias raízes. Somos sua vontade auxiliar 
até que ela tenha sua própria vontade bem formada e 
posso tomar suas próprias decisões. 
 Para educarmos uma criança precisamos reunir uma 
série de fatores que compõe uma equação que terá como 
resultado uma ação concreta, que unida a muitas outras, visa 
um plano educativo a longo prazo e a definição de metas a 
curto prazo, que seriam os degraus da nossa escada. Os 
fatores que compõem essa equação são: 1) o conhecimento da 
antropologia humana; 2) A luta por formar o próprio caráter; 
3) Conhecimento das etapas do desenvolvimento infantil - quais 
os degraus dessa escada; 4) Convivência com o próprio filho - 
manifestação de carinho e segurança, identificação de qualidades, 
defeitos, temperamento, maneira de reagir quando confrontado, o 
que o estimula a melhorar, o que provoca desânimo; 5) Ter um plano 
educativo a longo prazo; 6) Elaborar metas educativas e, de acordo 
com elas, definir consequências positivas e negativas para que 
sejam aplicadas de acordo com a idade da criança e a circunstância 
em questão. 
 Educar não é uma receita de bolo, ou seja, educar não é 
seguir um passo-a-passo seguro, sem avaliar caso a caso. Para educar 
precisamos subir uma escada que nos levará a um lugar alto, porque o 
ser humano foi criado para voar alto, para chegar no Céu. Os degraus 
dessa escada seriam os bons hábitos que vamos ensinado, porém o 
fio condutor que nos mantém e mantém nossos filhos sempre escada 
acima é o amor com que procuramos colocar a cada passo. Se não 
há amor, pisamos sem firmeza e a queda pode ser grande. Portanto, 
ensinar a amar é o “pulo do gato” na educação. No entanto, não 
podemos ensinar, dar aquilo 
que não temos. Portanto, 
crescer no amor é o que 
fará de cada educador um 
grande mestre! Este e-book 
vai te ajudar em todas as 6 
etapas. João Malheiro é um 
grande conhecedor desses 
passos e suas respostas irão 
te transformando num pai 
com verdadeiro bom senso 
para agir com perspicácia, 
audácia, prudência, paciência, 
generosidade e segurança, 
fazendo com que você tome 
para si um papel que só você 
pode assumir e, portanto, 
deve fazê-lo com maestria.
Samia Marsili
Médica, mãe de 6 filhos
6
2
1 Depois que fui mãe o medo se potencializou. É normal isso?
O que diria para uma mãe que tem medo de educar 
e perder o amor do filho? Filho sem limites por isso.
Naturalmente, quando trazemos ao mundo o 1º filho, fruto do nosso 
amor, esse amor potencializa o medo do sofrimento de um dia 
perdê-lo, isso é a causa do verdadeiro medo. Todo o medo nasce de 
um sofrimento futuro. Para diminuí-lo, é preciso aprofundar que o 
verdadeiro amor também exige um esforço de desprendimento, que 
só se consegue quando nos apegamos também a outros amores mais 
fortes. Por isso, ainda que seja natural esse sentimento do instinto 
materno, principalmente com relação ao primeiro filho, não podemos 
“idolatrar” esse amor de forma exagerada.Existem outros Amores que 
nos podem dar esse suporte, os quais precisamos descobrir...
O medo de educar vem sempre de não conhecer QUEM É e COMO É 
uma PESSOA HUMANA, em toda a sua integralidade. Infelizmente, esse 
conhecimento se perdeu e as mães trazem filhos ao mundo sem passar 
por esse conhecimento profundo. Consequentemente, acabam educando 
apoiadas num mero sentimento superficial/egoísta e reproduzindo, muitas 
vezes, a mesma forma pela qual foram educadas, ou, o que é pior, levam 
para o lado oposto e tentam compensar no filho tudo aquilo que não tiveram 
quando eram da idade do filho(a). O verdadeiro amor, que o filho reconhece 
sempre desde que nasce, não é o amor materialista de satisfazê-lo com todos 
os recursos materiais que a sociedade prega como fonte de felicidade. Mas 
sim aquele outro amor que é fruto de alguém que está disposto a viver uma 
doação total, sem limites, sem buscar compensações afetivas, para que o 
filho alcance o perfeito desenvolvimento de todas as suas potencialidades 
intelectuais, volitivas, afetivas, espirituais e sociais. Quando existe esse amor, 
existe ASSERTIVIDADE, FIRMEZA, COERÊNCIA, PACIÊNCIA, GENEROSIDADE, 
enfim, a prática cotidiana do Amor, que nunca decepciona o filho e que o 
levará a reconhecê-lo e agradecê-lo!
capitulO
01
As dores e soluções 
dos pais para educar melhor 
seus filhos
Capitulo 1
7
3
4
Como não passar 
os medos para 
os nossos filhos?
O que diria para uma mãe que está com medo de morrer 
com o filho ainda bebê?
Quando tivermos uma boa 
educação afetiva na nossa vida 
pessoal. Quando vivenciarmos 
o verdadeiro Amor, que passa 
sempre pelo sofrimento, pela 
generosidade e desprendimento. 
Quando, pelo contrário, o afã de 
felicidade nosso está apoiado 
no prazer egoísta e material, o 
medo de perder coisas, pessoas, 
status, visibilidade, dinheiro, 
posições, transpiraremos o 
dia inteiro tensões, angústias, 
ansiedades, que são sempre 
uma mistura de medos futuros 
de sofrer sem sentido...
Qualquer pai e mãe, quando são normais e de boa vontade, fazem de 
tudo para que o seu filho se desenvolva e cresça corretamente sem 
doenças, deficiências, lacunas, complexos, meios de sobrevivência. O 
amor leva a querer sempre o MELHOR para ele, como é a vida em todo 
o seu desenvolvimento. Mas, se tiver fé, saberá que não estamos nesta 
vida de forma definitiva, e sim de passagem, rumo a uma outra muito 
melhor. Isso não é uma ideia meramente sentimental, mas revelada por 
Deus. Se, por uma infelicidade ou providência divina, Deus nos leva 
mais cedo, saberá proporcionar uma nova alternativa de paternidade 
que suprirá essa presença. Todos nós já testemunhamos crianças bem-
criadas por outros parentes, pais adotivos, instituições especializadas. A 
melhor forma de diminuir esse medo é abandonar seu futuro nas mãos 
de Deus, Senhor da Vida e da morte. E lembre-se: quando Deus nos leva 
prematuramente para a outra vida, tem planos sérios para nós lá na outra 
vida, incluindo sempre o cuidado dos mais próximos. Deus cuida muito 
melhor de seus filhos do que todas as mães e pais juntos.
As dores e soluções 
dos pais para educar melhor 
seus filhos
8
5O medo impede nossas crianças de serem mais autônomas, 
vivem trancadas em casa.
Infelizmente, essa é a realidade de grande 
parte das famílias do momento. A sensação de 
insegurança não aumentou por acaso, mas tem 
fundamentos objetivos na realidade. Por outro 
lado, este sentimento pode estar, em algumas 
circunstâncias, exagerado. No momento em 
que uma família acredita que a felicidade da 
criança está fundamentada no prazer material 
e/ou na ausência da dor passando a fazer de 
tudo para que essa dinâmica invada e domine 
o ambiente familiar, logicamente o medo de 
perder essa forma de ser feliz a deixará mais 
sensível ao medo de sofrer em si mesma e 
nos filhos, protegendo-os exageradamente, 
deixando-os em autênticas bolhas físicas e 
psíquicas. O segredo para diminuir esse medo 
é desmascarar essa mentira cultural reinante. 
Não é a ausência de sofrimento que nos deixará 
felizes! É justamente o contrário: é a capacidade 
de sofrer – a única forma de diminuir e curar o 
grau de egoísmo – por um ideal, por uma causa, 
por alguém que nos torna felizes. E por quê? 
Porque nos liberta do egoísmo e nos dá asas 
para voar para outros mundos muito mais altos, 
muito mais prazerosos e duradouros, que é o 
que o nosso coração anseia... A boa educação é 
aquela que nos ajuda a saborear as coisas que 
são do alto, que são do espírito, como é o Amor, 
a Amizade, o Altruísmo, o serviço aos demais, 
o sentir-se útil, viver com sentido. Concluindo: 
não é o sacrifício que nos faz tristes. É a falta de 
sentido pelo sofrimento que deixa as pessoas 
revoltadas com ele. O segredo, portanto, está 
em ensinar os filhos a sofrer desde cedo por 
uma causa grande. No início é o amor aos 
pais e irmãos, depois aos amigos, depois 
a uma causa na escola, depois a outra no 
bairro, igreja, comunidade, até chegar a Deus.
o medo
9
6
7
8Como ensinar os filhos a superar os medos? 
Até que ponto o medo pode 
ser considerado algo bom?
Como trazer a 
coragem aos filhos 
diante dos medos 
que apresentam?Ensinando desde cedo a decifrar a 
linguagem do medo. O medo tem 
uma função INFORMATIVA e outra 
ENERGÉTICA ou IMPULSIVA. Quando 
se senta junto aos filhos para discutir 
seus medos e lhes ajudamos a enfrentá-
los, sem medo das consequências que 
possam ocorrer, estamos poupando-os 
de outros medos futuros muito mais 
difíceis de serem vencidos. Adiar o 
enfrentamento dos medos é enganar o 
filho e privá-lo da descoberta do BEM, 
que é sempre um BEM ÁRDUO. Num 
primeiro momento sempre dá medo, 
mas depois se descobre que são eles 
que nos amadurecem, fortalecem 
e purificam. Nos dando esperanças 
futuras melhores e maiores.
Pode ser considerado algo bom 
quando ele nos faz refletir sobre qual 
é o mal que está para chegar e dessa 
maneira tentar evitá-lo, usando 
os meios que estiverem ao nosso 
alcance, ou quando não é possível, 
encontrar recursos psicológicos para 
aceitá-lo como um desafio no qual 
poderei fortalecer-me, amadurecer, 
purificar-me, ou descobrir outras 
esperanças mais espirituais.
Este tema foi tratado na LIVE #2 
do JEB (está no YouTube). Mas 
para dar uma resposta curta aqui, 
a base de ENFRENTAR O MEDO 
(definição de coragem) está em 
duas virtudes anteriores as quais 
ensinam a SUPORTAR O MEDO E A 
DOR (rijeza e paciência). Por isso, 
quando se diminuem os mimos, os 
caprichos na comida, a moleza de 
ficar deitado na cama o tempo todo, 
de aprender a esperar tal prazer ou 
compra, etc. Está se capacitando a 
criança para sofrer em geral, e num 
segundo momento, para descobrir 
o outro lado da moeda da virtude 
da fortaleza que é o enfrentamento 
das dificuldades e a aceitação das 
perdas em geral, caso aconteçam. 
Outro aspecto fundamental é o pai 
ensinar junto ao filho a superar os 
desafios que geram medo: fazer 
uma excursão de montanha, ir 
tomar um banho na cachoeira, sair 
na chuva com guarda-chuva, e, 
conforme a idade, ir soltando-o aos 
poucos para pequenos serviços 
domésticos, como ir à padaria 
comprar pão, ir no supermercado 
para comprar algum produto. É 
importante que a criança descubra 
o prazer MEDIATO, aquele que vem 
depois de um esforço, o qual é muito 
melhor do que o prazer IMEDIATO!! 
o medo
10
Manha e sentimentalismo 
também têm a ver com medo?
Qual é o papel dos pais 
e qual é o papel da escola 
na formação de uma pessoa?
Como os pais devem interagir 
com a escola na busca pela 
plena formação dos filhos? 
Podem ter sim, mas também podem 
ter relação com um temperamento 
mais afetivo, o qual necessita de mais 
atenção. Veja qual é o caso. Os pais são os protagonistas 
e os primeiros responsáveis. A 
escola é uma colaboradora desse 
trabalho formativo. A tentação da 
terceirização tem de ser vencida 
pelos pais se querem sonhar com 
voos mais altos. O ensino das 
matérias técnicas apenas deve 
fazer parte de um projetomais 
completo de formação.
Em primeiro lugar, deverão conversar, 
com certa regularidade, com os 
professores responsáveis por seus 
filhos, de maneira que juntos possam 
estudar os seus pontos fracos e 
fortes. Depois dessa análise, deverão 
construir um plano de ação o qual 
possa ser aplicado tanto em casa 
quanto no ambiente escolar, de 
maneira que dentro desses dois 
ambientes eles respirem a mesma 
linguagem e sonhem os mesmos 
objetivos. A pior coisa para uma 
criança é detectar conflitos nesses 
valores e ficar confusa. Depois, é 
importante que os pais se envolvam 
ativamente no acompanhamento 
escolar, principalmente nos primeiros 
anos de vida escolar. Dedicar um 
tempo diário a esse trabalho poderá 
exigir uma diminuição nos trabalhos 
profissionais, mas será o melhor 
investimento que se poderá fazer 
no principal negócio que se tem nas 
mãos: a realização dos próprios filhos.
Na educação infantil, se a família 
pode dar a devida e correta 
assistência nos primeiros 2 anos 
de vida, é mais conveniente que 
fique na escola meio período. 
Depois dessa idade, se o Programa 
pedagógico for sério e levado 
com profissionalismo, com mais 
tempo e calma, produzirá melhores 
resultados no desenvolvimento 
cognitivo e afetivo da criança devido 
à estimulação correta. Tendo em 
conta esses frutos, parece valer a 
pena investir nesse período rico em 
ensinamentos e o tempo restante 
do dia já será suficiente para dar a 
atenção devida em outros cuidados.
Na educação em tempo 
integral, o tempo com 
a família não seria pouco? 
11
15
por medo dos pais?
Qual a idade e qual conselho para iniciar a educação sexual 
dos filhos?
Mãe super protetora, 
filho crescendo numa 
bolha, como ajudá-la?
A firmeza na educação está mais 
relacionada ao conteúdo comunicado, 
do que propriamente à forma com que 
se manda. Quando os pais não têm 
conteúdo ou não sabem dar as razões 
verdadeiras e claras do mandato a 
inteligência da criança não desperta 
adequadamente para a verdade, 
fica confusa e a vontade (razão 
prática), consequentemente, não adere. 
Obedecerá somente externamente e 
na primeira ocasião em que sair da 
vigilância dos pais tenderá a fazer 
exatamente o contrário. O mais 
importante da educação dos filhos é 
formar na liberdade interior: despertar 
o apetite pelo bem, ou seja, que haja 
aos poucos uma conaturalidade 
afetiva para o bem.
Tem de se recordar a essa mãe que 
uma mãe super protetora, em geral, 
gera um infrafilho! Um filho sem 
capacidade de sofrer, torna-se uma 
flor de estufa: qualquer vento mais 
forte da vida a mata...torna-se uma 
pessoa fraca, com pouca capacidade 
para tolerar as frustrações naturais 
da vida e com pouca resiliência 
diante das contrariedades. Uma 
pessoa dessas, por ser incapaz de 
aprender, tornar-se-á uma criança 
candidata à evasão escolar, ao 
fracasso, e, consequentemente, 
se tornará violenta, indisciplinada 
buscando todas as formas possíveis 
para compensar essas lacunas 
afetivas deixadas no passado. Quase 
sempre são nocivas e perniciosas.
Depende muito da maturidade de cada criança e das circunstâncias familiares 
(poucos ou muitos filhos, boa escolaridade, temperamento dos filhos etc.). 
É normal a criança nos primeiros anos da infância perguntar como os bebês 
chegam ao mundo, realidade que ela presencia todos os dias. Nesse período, 
devem-se dar respostas simples e que não exijam mais explicações. Quando 
chega o início do Fundamental I (6 anos), com o nascimento do uso da razão, 
pode ser que a curiosidade aguce um pouco na criança nessas temáticas, mais 
ainda se foi influenciada por algum amigo ruim na rua ou escola (via celular). 
Então é o momento de dar uma explicação um pouco mais extensa, mas ainda 
sem grandes detalhes. Em geral não costumam ocorrer interesses mais sérios 
antes dos 9 anos (nas meninas pode ser mais cedo). Pode ser interessante que 
os pais tomem a iniciativa nesse período: o pai explique ao filho e a mãe à filha 
como Deus-Criador pensou na criação /multiplicação da espécie humana e que 
se esclareça a importância do aspecto unitivo do casal para manter e crescer o 
Amor. Vale a pena também antecipar-se para falar dos perigos da pornografia 
nas redes sociais e dar exemplo no próprio ambiente familiar: cortando uma 
cena de um filme/novela e das campanhas governamentais que prejudicam a 
compreensão deste tema.
Como ser firme, sem
causar um respeito “falso”,
12
Dependendo da maturidade da sua 
filha poderá dar uma resposta mais 
simples ou mais complexa. Na 1ª 
versão, poderá dizer que, como fruto 
do amor do pai e da mãe, Deus coloca 
uma semente no ventre da mãe. 
Depois a natureza faz crescer, tal 
como ela planta um feijão no algodão 
e os médicos, quando veem que já 
está maduro o fruto dessa semente, 
o retiram e o bebê vem ao mundo. 
Na 2ª versão, deve explicar com toda 
a clareza o processo de fecundação 
como acontece com os animais 
(é comum, nessas idades, descobrirem 
esses fenômenos, com cachorros, 
gatos, gado etc.). Mas, o importante 
nessa explicação é dar ênfase especial 
na questão do vínculo amoroso que 
tem que existir nesse processo, isso 
não ocorre com nenhum animal. Sem 
esse pré-requisito essencial, o ato que 
é lindo, divino-humano, se degrada e 
se torna feio, vergonhoso e nocivo. 
Use este site que tem um Power point 
excelente para ter essa conversa com 
a sua filha. https://www.amortotal.org/. 
Em geral, quando é bem explicado 
com toda a naturalidade e respeito, 
os filhos ficam orgulhosos do amor 
dos pais e os querem mais ainda. 
Lembre-se: quando se aprende em 
casa, a reação é sempre positiva. 
Quando se aprende com as amigas, 
a reação é quase sempre negativa. 
Portanto, corra e antecipe-se, se já 
estiver na hora.
O que o sr. diria para filha 
de 7 anos que pergunta 
como os bebês vão parar 
na barriga da mãe?
Como dar um comando com firmeza sem parecer arrogância?
Estudando antes os motivos reais desse comando, de maneira que você 
esteja convencido desse bem. Quando isso acontece, você saberá encontrar a 
melhor maneira de comunicar essa ordem com carinho e firmeza, sem parecer 
autoritário. A arrogância e autoritarismo são sempre fruto de pessoas que não 
estão convencidas realmente da necessidade desse comando para a felicidade 
do seu filho.
13
Uma criança não nasce 
obediente ou desobediente, 
mas sim aprende a sê-
lo em função do estímulo 
que recebe dos pais e de 
como esses pais depois 
reagem diante de seu 
comportamento. Por isso, 
se os pais não aprendem a 
mandar, os filhos não vão 
aprender a obedecer.
Além de realizar junto com 
ele uma rotina, de maneira 
que ele possa saber o que 
tem que fazer em cada dia, 
é importante que cada dia 
tenha alguma novidade, de 
maneira a deixá-lo mais feliz: 
um novo desenho, uma nova 
pizza, um jogo diferente. 
Além disso, procure sair com 
ele para desenvolver alguma 
atividade física, nem que 
seja correr na garagem do 
prédio, caso onde more não 
permita lugares seguros. Os 
meninos precisam gastar 
essa energia hormonal. Sem 
isso, a testosterona começa 
a inervá-lo!!
Tem criança que já nasce 
obediente mesmo os pais 
não sabendo mandar? 
Trabalhando em 
casa, meu filho está 
muito agitado. Como posso 
ajudá-lo nesse período? 
18
Não acredito em educações violentas. 
Em geral, quem sente necessidade 
desses recursos extremos sinaliza 
não ter a devida formação necessária 
para educar o(s) filho(s) corretamente 
e formar, principalmente no amor. A 
violência física ou simbólica é fruto 
de uma profunda ignorância do que é 
uma pessoa humana. Precisa investir 
no estudo.
Esse sentimento é normal. Ninguém 
gosta de contristar o filho. Por isso, 
temos de procurar falar a dureza da 
verdade com a suavidade da forma, 
que consiste em escolher sempre 
o melhor momento para corrigi-lo. 
Faça-o quando ele está alegre e bem-
humorado, tranquilo e sem ansiedade, 
crie um clima de confiança (depois de 
um sorvete, por exemplo), cuide de 
pedir as coisas com delicadeza e com 
carinho. Agindo dessaforma, o seu 
filho começará a gostar realmente de 
você, pois ele perceberá que, no fundo, 
o que você quer é o seu verdadeiro 
bem. O sentimento de justiça é um dos 
mais aguçados na criança.
Qual o momento que devo 
utilizar o corrião (cinta)? Funciona?
Tenho dificuldade de castigar 
o filho, medo de corrigir e ele 
deixar de gostar de mim.
20
21
14
Como posso castigar o filho na 
prática. Não sei os castigos para 
quando ele bate na irmã ou 
quando come um doce fora de 
hora escondido.
Castigar 
funciona? 
Um castigo deve estar sempre relacionado 
à desobediência, ser respeitoso, útil 
(deve ajudar a conscientizar-se do 
problema), proporcional ao delito e 
que atinjam no ponto fraco do seu filho. 
Todos nós temos as nossas preferências 
nas comidas, na diversão, no descanso, 
nas companhias. Explore alguma dessas, 
mas sempre com caridade. Exemplo 
para isso dependerá desses gostos do 
seu filho. Mas, o importante é que sejam 
cumpridos SEMPRE!
Se for na medida certa (proporcional 
ao delito), na hora certa, do jeito 
certo e dentro de um combinado 
prévio, não só funciona, como a 
criança agradece!! O sentimento 
de justiça na criança é enorme e 
quando isso é implantado na sua 
alma desde cedo, futuramente 
será uma pessoa honesta, ética 
e sincera. Desde cedo repita 
este princípio para ela muitas 
vezes: “Suas escolhas de hoje 
determinarão você no futuro, 
tanto para o bem, quanto para 
o mal”.
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Que tipo de castigos são válidos
1) Relacionado à desobediência (não obedeceu a não ligar a TV, deixar 
de ver algo que gosta na TV)
2) Respeitoso- Que não humilhe, mas seja construtivo e acompanhado 
de uma explicação.
3) Útil - Deve ajudar a conscientizar-se do problema.
4) Proporcional ao delito- Nunca exagerado, fruto de uma exaltação 
nervosa ou impaciência.
5) De acordo com a idade.
6) Previamente combinado.
Os castigos mais apropriados devem seguir os seguintes critérios:
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A negociação prévia, combinando 
regras e responsabilidades, parece ser 
a mais indicada e eficaz. A negociação 
pós-desobediência é sinal de que 
não existe autoridade, porque não se 
aprendeu a ser assertivo e a construir 
razões sólidas de comando. E parece 
que o filho já desenvolveu, devido a 
essa forma errada de educar, uma 
baixa capacidade à frustração e 
pouca capacidade de resiliência. 
A negociação é uma forma de adiar 
a correção da raiz do problema: uma 
afetividade totalmente desgovernada 
e uma vontade apoiada no egoísmo. 
Uma criança que já esteja assim 
pode vislumbrar futuros promissores. 
Acho melhor enfrentar o problema, 
o qual parece ser a fraqueza e falta 
de educação dos pais em educar 
corretamente os filhos.
É uma situação complicada. A pressão do ambiente hoje em dia está muito forte em 
todas essas mazelas sociais. Mas saiba que esta pressão também existe, em menor 
escala, nas outras escolas particulares, talvez não em drogas, mas em pornografia, 
relações sexuais prematuras, bebidas etc. A questão a recordar sempre é a seguinte: 
por que um jovem busca essas compensações desordenadas? Porque anda triste, 
porque se sente sem amor, porque não foi bem educado pela família, por diversos 
motivos. Existe uma expressão que resume bem esta problemática: “Mosca não 
entra em panela quente”. Quando um filho tem um bom clima familiar, no qual 
seu coração se esquenta todos os dias numa saudável convivência, seu coração 
estará cheio de amor, estará fervendo de segurança, felicidade, paz e ao sentir a 
tentação de fazer alguma coisa inconveniente, terá forças suficiente para sair desse 
ambiente nocivo, se preservando no bem. Quem foi que nunca se deparou com 
um ambiente adverso na infância e na juventude? Invista mais, portanto, no bom 
ambiente familiar!
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Muito difícil fazer as 
crianças obedecerem 
sem uma negociação.
Sem condições de pagar escola, filho em escola pública 
com fama de ter drogas no intervalo, desesperada. 
Acho melhor 
enfrentar 
o problema, 
o qual parece 
ser a fraqueza 
e falta de 
educação dos 
pais em educar 
corretamente 
os filhos.
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É preciso mostrar para essas famílias as consequências para uma criança 
do excesso de bens materiais. Ensinaremos que ser feliz é sentir prazer 
material, o que é um engano profundo. Crianças educadas no excesso 
depois tornam-se crianças muito fracas para tolerar as frustrações da 
vida e desenvolvem pouca capacidade de resiliência. São candidatos à 
delinquência futura. Depois de explicar estes motivos nobres, como mãe 
dos seus filhos, negocie com o seu marido os limites dessas festas e viagens. 
E posteriormente, continue exercendo a sua SANTA AUTORIDADE, que 
lhe compete. Parabéns pelo seu exemplo. Continue assim e seus filhos lhe 
agradecerão profundamente, hoje e no futuro.
Os avós têm de continuar sendo o 
carinho da família, a referência dos 
verdadeiros valores do passado, os 
quais nunca se perderam e devem 
dar exemplo aos netos da verdadeira 
religiosidade. Muitos netos se salvarão 
pela fidelidade dos avós a Deus!
Certíssima. Avós que são mau exemplo devem ser proibidos de frequentar a 
casa dos netos e se os filhos já tiverem mais de 6 anos deverão receber as 
explicações convenientes e plausíveis para que possam aceitar e compreender 
o fenômeno. 
Crio meus filhos com o básico, simplicidade mesmo, 
como agir quando a família paterna dá coisas caras? 
Até festa de aniversário eles querem dar, não quero 
com luxo, já cedi muito, como reagir?
Antigamente avós eram 
sinônimo de sabedoria, 
hoje estão tão “perdidos”, 
o que fazer para filhos não 
serem mal influenciados.
29Avós paternos são muito promíscuos, muitos vícios, família desestruturada, não quero filhos convivendo com eles, certa? 
17
Com muito carinho, mas sem invadir a autoridade dos pais. Dê-lhes muito 
bom exemplo e conte-lhes histórias de valores e virtudes. Todos nós não 
esquecemos nunca das histórias que nossas avós nos contavam.
A insegurança tem uma relação com 
presença de um perigo, o qual nos pode 
causar sofrimento. Quanto estamos 
subindo uma montanha por um caminho 
desconhecido, vem um sentimento de 
insegurança. Quando encontramos um 
guia na trilha, ganhamos o sentimento 
de segurança. Busque pessoas que lhe 
possam dar segurança na vida: um bom 
conselheiro, um bom amigo, um bom 
sacerdote e aprenda a fazer oração. A 
importância de ter pessoas ao nosso 
lado que nos garantam a sensação 
de estarmos seguros é sempre um 
primeiro passo.
Quando uma pessoa ,apesar de se 
sentir insegura diante de uma ameaça, 
vê que é capaz de superar essa ameaça, 
porque está bem assistida ou disposta 
a sofrer por uma causa nobre – amor 
aos filhos, amor a Deus, amor a uma 
causa social - começa a ganhar mais 
confiança “no próprio taco” e aos 
poucos se sentirá segura com o 
tempo. Quase sempre as inseguranças 
nos adultos estão relacionadas a um 
processo falho de maturidade.
A confiança matrimonial é sempre fruto 
da sinceridade e humildade mútuas. Se 
você ceder no seu orgulho, aprendendo 
a perdoá-lo nas suas “imaturidades”, 
não tem marido que não volte para os 
braços da sua amada! Eles precisam de 
amor verdadeiro. Isto não é fácil dar 
quando se é imatura!
Os pais, hoje em dia, sentem-se 
obrigados a preencher todo o 
tempo dos filhos como se eles não 
tivessem a capacidade de criar as 
próprias brincadeiras e brincar com 
os seus brinquedos. Naturalmente, 
quanto mais pequenos em idade, mais 
cobertura os pais devem oferecer, 
mas é bom desde cedo habituar 
os filhos a desenvolver a própria 
autonomia no aproveitamento do 
tempo livre. O mais saudável é, 
tanto nos fins de semana, quanto 
nas férias, ter combinado apenas 
alguns horários em comum – 
refeições, visitas a parentes, idas 
aos supermercados, assistir a 
determinados programas na TV ou 
internet juntos, passeios etc. – Mas, 
os demais tempos, deixar que eles 
se organizem sozinhos. Duas dicas 
infalíveis: organize com os seus 
filhos esses horários ou viagens, 
envolva-os pedindo sugestões e 
ideias, e depois deixe expostono 
corredor dos quartos ou na sala de 
estar esses combinados por escrito 
em cartazes. Se são pequenos, 
com desenhos. Se são maiores, 
com horários escritos. Essa ordem 
externa e anunciada os mantém 
mais calmos.
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Avós paternos são muito promíscuos, muitos vícios, família 
desestruturada, não quero filhos convivendo com eles, certa? 
Como ajudar na educação de sobrinhos e afilhados cujas 
visitas são semanais?
O que eu faço para não ser 
insegura, carente? E confiar 
no marido? 
Como manter uma rotina nos fins 
de semana e férias, fico perdida 
com os filhos dentro de casa? 
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Que não se poupe de servir em casa 
e nas tarefas do lar, mesmo que 
esteja muito cansado do trabalho, 
não saiba fazer grandes coisas ou 
se sinta vítima, por chegar tarde 
em casa. Que não se sinta nunca 
um hóspede da casa, mas um 
protagonista do ambiente familiar. 
Que sua alegria, iniciativa e espírito 
de sacrifício contagiem a todos os 
elementos da família. E que, quando 
seja necessário, dê exemplo de 
coragem e de enfrentamento diante 
dos problemas mais difíceis.
Saiba que é dever do filho 
aprender a preencher o seu 
tempo livre. Mas os pais podem 
dar ideias e sugerir iniciativas. 
Inicie com as suas obrigações 
normais de qualquer criança: 
fazer um horário para os seus 
deveres escolares (o número 
de horas dependerá do ano que 
está).Depois coloque metas 
de livros para ler, com certa 
premiação diante dessas metas, 
peça para ele ocupar-se de 
certas tarefas domésticas, nas 
quais você possa monitorar à 
distância, pense em atividades 
culturais que ele possa aprender 
na internet como línguas, 
instrumentos musicais, aulas 
sobre hobbies, etc., mas aprenda 
antes a controlar os sites que 
ele possa entrar e os que não. 
E, se for possível, é muito 
importante que ele aprenda a 
fazer amigos no playground do 
prédio, que traga amigos bons 
para estudar junto ou jogar 
jogos de tabuleiro. Por fim, tente 
despertar algum talento pessoal 
que possa desenvolver com 
algum professor particular, como 
desenhar, pintar, escrever. Enfim, 
é possível montar uma grade de 
atividades interessantes e que a 
sua volta ao lar seja aguardada 
com ansiedade, porque você de 
fato acompanha tudo no detalhe!
Infelizmente, muitos maridos, 
nos dias que correm, ainda 
apresentam bastante imaturidade 
e não percebem outras necessidades 
dos lares. Falta-lhes a percepção 
de um homem feito. O caminho 
é mostrar-lhes, com carinho e 
paciência, não com desaforo ou 
nervosismo, da necessidade de 
suas ajudas em tantas tarefas do lar. 
Envolva-o em responsabilidades 
importantes. Entusiasme-o com 
festas, compras, consertos, viagens, 
jogos em família e visitas de outras 
famílias ao seu lar. De alguma 
maneira, o “engane”, envolvendo-o 
em desafios que o valorizem, como 
se deve fazer com adolescentes...!
O que você julga ser 
indispensável para 
um homem de família? 
Marido passa o tempo 
todo de folga jogando 
videogame com o filho, 
já não suporto mais!
Filho fica muitas 
horas sozinho em 
casa, trabalho muito
e não sei como 
ocupar o tempo dele.
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A autoestima tem uma relação direta 
com segurança – provém de pais 
próximos, porém não superprotetores 
- e da boa socialização que o jovem é 
incentivado a praticar, tanto em casa 
quanto na escola. Mas este será um 
tema da minha Live amanhã. Assista 
e poderá entender melhor.
Como aumentar 
a autoestima 
dos filhos?
Penso que a melhor maneira de 
se relacionar com a Sogra é pedir 
dicas de ganhar seu marido pelo 
estômago.... Desse jeito, ela vai se 
sentir útil e vai diminuir tanto a inveja 
quanto o sentimento de perda. 
Depois, peça para ela fazer às vezes 
o prato preferido do filho. E não 
deixe de convidá-la para almoçar 
um dia, considerando que o mesmo 
será o seu dia de penitência mensal. 
Faz bem penitência deste tipo...
Dificuldade de 
me relacionar 
com a sogra, sem 
nenhuma afinidade, 
a velha é chata. 
(Mulher falando)
Claro! Quando acontecem essas 
situações, é sinal de que você 
está sem recursos intelectuais 
para governar esses momentos 
difíceis e, quando isso acontece, a 
emoção da impaciência, que nasce 
quando estamos sofrendo uma 
situação de dor e fraqueza, explode. 
Perder autoridade quer dizer ser 
“sequestrado pelas emoções” e ficar 
à deriva no mundo afetivo. A melhor 
maneira de crescer na autoridade 
é estudar mais para encontrar as 
melhores soluções correspondentes 
aos nossos problemas. Quando 
não se quer estudar, nasce então o 
autoritarismo, o qual consiste em 
mandar apoiado meramente 
num cargo/ofício publicamente 
reconhecido, mas não num 
conhecimento comprovado.
Uma vez ouvi que toda 
vez que eu explodo eu 
perco a autoridade...
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Meu sobrinho está 
praticamente abandonado
Pais se infantilizarem para 
brincar com os filhos ou deixar 
as brincadeiras para amigos da 
mesma idade?
Claro! Sendo seu sobrinho, de 
alguma maneira tem o “dever” de 
ajudá-lo. Mas antes de desenhar 
alguma estratégia mais concreta, 
deveria tentar – é bem possível 
que já o tenha feito – auxiliar 
antes os pais. Tentar descobrir 
quais são as verdadeiras causas 
desse abandono e iluminá-los 
com possíveis soluções acessíveis 
para combatê-las, de forma 
respeitosa e amiga. Caso não 
consiga avançar nessa primeira 
“frente de batalha”, avalie o 
quanto pode intervir na educação 
do seu sobrinho, sem ferir ou 
invadir a autoridade dos pais. 
Peça autorização para algumas 
iniciativas mais personalizadas 
e presenciais: convidar para 
almoçar junto, num sábado, no 
restaurante que ele gosta; ou para 
passar um fim de semana na sua 
casa ou num Hotel em promoção; 
ou ainda, para organizar uma 
festa surpresa com os seus 
amigos etc. Enfim, encontrar 
momentos de diálogo, de semear 
boas ideias na sua alma e de ouvi-
lo. Quantas pessoas sofrem tanto, 
nos dias que correm, porque não 
têm ninguém para desabafar. Por 
fim, caso não sejam possíveis 
essas estratégias presenciais, use 
as redes sociais para comunicar-
se com ele e mandar-lhe textos 
que lhe ajudem a refletir nos 
verdadeiros valores humanos.
Ser infantilizado é ser imaturo, 
irresponsável, incoerente, fraco, inseguro, 
por falta de boa formação intelectual 
e pouco exercício das virtudes da 
temperança e fortaleza (as virtudes que 
educam a afetividade da criança). Uma 
pessoa madura, que queira ser AMIGO 
DO FILHO, deverá conseguir equilibrar 
a necessária gravidade e seriedade da 
paternidade com o saber se rebaixar 
ao mundo do filho para ganhar a sua 
confiança. A criança precisa da empatia 
dos adultos e isso só se consegue quando 
os mais velhos aprendem a linguagem 
emocional deles. Ao desenvolver essa 
humildade de conviver, a sintonia cresce 
e você torna-se o exemplo no qual tanto 
eles precisam se espelhar. Portanto, não 
tenha medo de deitar-se no chão com o 
seu filho para jogar um jogo de tabuleiro. 
Isto só lhe dará autoridade depois para 
exigir-lhe o cumprimento das regras, 
porque ele o amará de verdade como 
amigo e filho. 
pelos pais. Devo fazer algo 
pela educação dele
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Quais os sinais que estou sendo 
uma mãe superprotetora?
Proteger os filhos faz parte do 
verdadeiro amor de mãe, que nasce 
da verdadeira preocupação em 
orientar o filho a não se prejudicar 
naqueles aspectos nos quais ele 
ainda não consegue discernir entre 
o certo e errado, entre o bem 
e o mal, portanto, a verdadeira 
proteção consiste em ir formando 
a consciência da criança. Hoje 
em dia, com um RELATIVISMO 
REINANTE, este instinto maternal 
tem de ser exercitado com mais 
cuidado ainda, uma vez que impera 
uma enorme confusão, gerando 
insegurança nos pais e nos filhos. 
A mãe se torna superprotetora no 
momento em que, ao invés querer 
formar a consciência do filho, 
ela quer continuar sendo a sua 
própria consciência. Ao invés de 
formar na reflexão, juízo e decisão 
do filho, quer continuar sendo ela 
que decida tudo, que supra todas 
as suas necessidades, que facilite 
todas as comodidades materiais, 
psicológicas e intelectuais do 
filho. A mãe, aoagir desta forma, 
não percebe que está adiando o 
desenvolvimento do filho e, de 
alguma forma, desconfiando das 
suas possibilidades de aprender, 
tornando o filho cada dia mais 
inseguro. Por isso, uma mãe 
superprotetora gera sempre um 
infrafilho. E perguntemo-nos: será 
esse o verdadeiro de amor de uma 
mãe ou será a satisfação de um 
egoísmo inconsciente e disfarçado?
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Não sei nada de serviço de casa e casarei em 8 meses. 
Morro de medo da rotina e responsabilidade da casa.
Qual principal cuidado uma mãe de menino deve ter para 
não tirar a masculinidade dele?
Fico muito feliz com a sua sinceridade. Já é um bom começo. Ninguém 
nasce sabendo das coisas. Qualquer trabalho ou função exige em algum 
momento a necessidade de aprendê-lo. Chegou o seu momento para ser 
tornar uma boa mãe e uma PROFISSIONAL DO LAR. O caminho para isso 
é aprender com seus familiares mais próximos ou com as amigas mais 
confidentes. Aprenda a cozinhar, a limpar a casa e a cuidar da roupa com 
profissionalismo. Hoje em dia, com a internet e as máquinas de todos os 
tipos, esta ciência ficou MUITO MAIS FÁCIL do que antigamente. Não acho, 
portanto, que o seu problema seja de aprendizado. Arriscaria afirmar: 
você precisa descobrir é a ciência do amor. A capacidade de dizer “não” 
para o seu egoísmo e dizer “sim” para o serviço aos demais descobrindo 
a alegria do amor. Quando se vive de amor, não existe rotina. Cada mesa 
bem colocada para o almoço, cada roupa bem passada, cada banheiro 
bem limpo sem ninguém lhe ver, cada flor colocada com carinho na sala 
de estar, cada prato para o jantar bem preparado com profissionalismo 
são os exercícios próprios do amor que realizam qualquer boa mãe. Se 
você aprender a praticá-los, perceberá na realidade que a felicidade está 
muito mais voltada para o seu interior do que a idolatria da aparência 
(muito voltada para os outros e para o que os outros estão pensando de 
você). Conheça este pensamento do livro “Sulco” - ponto 489: “Insisto: na 
simplicidade do teu trabalho habitual, nos detalhes monótonos de cada 
dia, tens que descobrir o segredo - para tantos, escondido - da grandeza 
e da novidade: o Amor”.
Fazendo de tudo para o pai estar sempre muito presente e auxiliar em todo 
o processo educacional, desde ensiná-lo a andar, comer, vestir-se, etc. Ele 
precisa sentir o cheiro de um braço peludo do pai e do vigor físico do seu 
abraço. A mãe às vezes não percebe que o pai tem dificuldade para essas 
tarefas e por isso tende a se esquivar e deixar com a mãe. É preciso ensiná-lo a 
fazer de tudo! Ao chegar aos 6 anos essa intervenção paterna precisa ser mais 
profunda e intensa, dedicando-lhe mais tempo, participando mais dos deveres 
escolares, provocando-lhe desafios de todo o tipo, desde os intelectuais 
(exercícios difíceis de matemática) aos físicos (subindo uma montanha de nível 
moderado) e principalmente conversando bastante com ele sobre os critérios 
e virtudes éticas que o tornarão um menino maduro. Deste modo, a amizade e 
confiança serão de tal ordem que o filho se projetará no bom exemplo do pai. E 
neste mesmo período do Fundamental I faça de tudo para que seu filho tenha 
tempo para ter muitos amigos bons com os quais gaste muito tempo já que a 
masculinidade se consolida com os iguais.
23
Entendo o seu sentimento e 
confesso que também sinto isso, 
muitas vezes e em várias situações 
educativas, mesmo como diretor 
de um colégio. Por outro lado, 
tente compreender o instinto 
maternal: ele é muito forte em 
algumas mães, principalmente 
nas de temperamento colérico 
e fleumático. O que fazer? Tente 
em primeiro lugar, quando os 
ânimos estão mais frios, fazer 
um plano educativo conjunto 
com a sua esposa e por escrito, 
definindo muito bem quais serão 
as metas para cada filho e qual 
será a função da mãe e do pai 
para realizá-las. Depois, estude 
um pouco mais de educação 
para se sentir seguro em sua ação 
educativa. A boa autoridade é 
fruto do conhecimento. Às vezes, 
as mães invadem nossa “seara” 
porque têm o sentimento de que 
nós homens não sabemos educar 
corretamente. Elas sim! Quando 
se sentir mais seguro, vai perceber 
que não terá medo de conquistar 
sua autoridade e agir com mais 
assertividade! Mas nunca brigue 
com a sua esposa diante dos 
filhos: isso nunca! Sempre no 
quarto, com os melhores modos 
possíveis!! Ânimo!!
Organizando, por um lado, formações 
periódicas com temas atraentes e práticos; 
palestrantes renomados e com boa 
comunicação e, por outro, convidando-
os a participar mais diretamente das 
atividades, de maneira que percebam, na 
prática, como é importante ensinar virtudes 
e valores nesses momentos. A tentação 
da terceirização existe, em parte, porque 
não sabem educar. Se lhes mostramos que 
essa tarefa é acessível e depende mais da 
capacidade de amar do que de grandes 
teorias educacionais, eles se sentirão 
mais motivados. Por fim, as tutorias 
programadas a cada trimestre, nas quais os 
pais se debruçam no estudo do(s) filho(s) 
juntamente com um monitor especialista, 
são motivações importantes, porque 
demonstram resultados evidentes.
Faça ele participar de sua oração por 
essa intenção indo numa Igreja uns 
minutinhos em dias não habituais, para 
rezar junto por isso. De alguma maneira, 
estará aproveitando essa circunstância 
para que ele cresça na fé em Deus e na 
compreensão de que nós somos apenas 
administradores e colaboradores de Deus. 
Se achar que ele já possui maturidade 
para assimilar a leitura do livro de Tobias 
(cap. VIII), não deixe de fazê-lo. É para 
mim uma das histórias mais emocionantes 
da Bíblia (oração de Sara e Tobias 
pedindo essa graça). E quando for mais 
velho, explique-lhe outros impedimentos, 
diríamos mais médico-biológicos, para 
que aprenda a aceitar também os limites 
da vida humana e a vontade de Deus.
Sou pai de 2 crianças, 
uma de 6 e outra de 
3 anos. Mãe sempre se 
impõe e me desautoriza. 
Situação muito incômoda. 
Como motivar os pais de um 
clube/ colégio a se formarem 
melhor na educação dos filhos?
Meu filho pede muito um 
irmão, mas até hoje não fomos 
contemplados com mais essa benção.
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Como aumentar minha fé? 
(Homem adulto perguntando) 
Sempre fui muito 
obediente a minha 
mãe, mas vejo que 
foi pautado em questões 
emocionais. Agora que casei 
e estou grávida ela continua 
querendo e eu não sei 
colocar os limites necessários.
Mãe fleumática e filho 
melancólico. Penso que não 
tenho a medida para motivá-lo... 
O pai Sanguíneo sempre vence!
Como lidar com os defeitos do marido que são destrutivos ao 
lar e ele não aceita que erra e nem correção.
Estudando mais a doutrina 
católica – cfr. A Fé Explicada (Ed. 
Quadrante) – e fazendo rápidas 
visitas diárias na Igreja mais 
perto do seu trabalho durante a 
hora do almoço ou perto da sua 
residência. Piedade de meninos e 
doutrina de teólogos é o caminho 
de uma fé vital!
Uma pessoa a qual se encontra nessa situação, em geral, está dizendo com as 
suas tristes atitudes mais ou menos o seguinte: “eu não estou feliz e quero que 
todos sofram comigo”. Tente descobrir por que ele não está feliz. Podem ser tantas 
causas. Mas enquanto não souber, ele se sentirá muito mal por dentro e o orgulho 
dele ficará cada vez mais inchado. Assista à minha LIVE desta 3ª feira que vou lhe 
dar algumas pistas para isso.
Aprenda a conversar mais e a 
negociar com maior maturidade 
e autonomia emocional. Só com 
a razão é possível vencer as 
emoções e o medo de contristar.
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Não se prenda tanto aos temperamentos. 
Eles devem ser apenas um dado a mais 
para AJUDAR A MELHORAR A EMPATIA 
E SINTONIA. O perigo da teoria dos 
temperamentos é justamente passar 
a justificar todos os problemas de 
relacionamento. O que motiva um 
filho é o verdadeiro e real amor de 
mãe. Pai e mãe têm de estar sempre 
em acordo, independentemente do 
temperamento e visões de mundo 
de cada um. O que educa é sempre 
uma fusão de duas vontades, na 
qual ambos aprenderam a ceder 
em situações conflitantes.Existem 
motivações extrínsecas para que 
qualquer filho melancólico “vá na 
lona”: chegar para o filho, abraçá-lo e 
beijá-lo mais vezes, ter detalhes que 
o surpreendam afetivamente, como 
deixar uma surpresa que ele gosta 
debaixo do travesseiro dele, gastar 
tempo com o filho brincando de jogos 
que você detesta etc. Ele precisa sentir 
que você sofre com ele e entende a 
sua linguagem afetiva. Sorte a sua ter 
um marido sanguíneo: ele vai ser mais 
criativo para bolar planos legais!!
25
9 anos casado e descubro que mulher traiu. Algum conselho?
Qual é o momento/idade ideal 
para se ter filhos? 
É certo estabelecer tarefas com 
recompensa?
Naturalmente, é uma situação hiper delicada. Difícil acertar uma resposta com tantos 
fatores envolvidos. Histórico familiar de cada um, conhecimento do temperamento, 
possíveis dificuldades de relacionamento, nível de formação humana (ética e 
religiosa) , grau de maturidade de ambos, taxa de sucesso profissional dos dois, 
conhecimento mútuo da “linguagem de amor” mais satisfatório a cada um , 
relacionamento conjugal fundamentado no verdadeiro amor (sem paliativos), 
cuidados físicos e psíquicos individuais para se manterem atraentes, etc. Como vê, 
não posso ser um “guru” para adivinhar com tantas hipóteses! Mas um conselho, 
sim, posso lhe dar: tente perdoar de coração, abrindo o jogo, olho no olho e 
atue com mais fortaleza para eliminar futuras tentações. Reconquiste-a com 
inúmeros pequenos detalhes diários de consideração e estima – sacrifício puro, 
desinteressado - como você fazia no tempo de namoro! Estarei torcendo por você!!
Acredito que os filhos devem ser 
sempre o fruto do verdadeiro amor 
conjugal, sempre aberto à vida. 
Portanto, creio que a pergunta 
deveria ser diferente. Qual seria a 
idade ideal para casar-se? Pois, depois 
do casamento, adiar esse projeto de 
felicidade me parece prejudicial para 
o amadurecimento/crescimento do 
amor verdadeiro e profundo do 
casal. Esse aspecto é essencial 
para se sentirem REALMENTE 
felizes no casamento. Acho 
que a idade ideal para se casar 
é o momento no qual os dois se 
sintam maduros, isto é, quando um 
dos cônjuges já consegue adiar 
aquilo que gosta e escolher o que 
não gosta pela felicidade do outro. 
Enquanto o relacionamento estiver 
fundamentado num egoísmo mútuo, 
a possibilidade do matrimonio não 
dar certo é enorme. Vide o índice de 
famílias separadas na classe média 
do Rio de Janeiro. Por que será que 
está beirando os 60%?
Muito raramente! Uma vez ou outra 
para ajudar na compra de um bem 
mais caro, inclusive quando o filho 
está juntando dinheiro para adquiri-
lo – bicicleta nova, skate importado, 
videogames de uma geração, livros 
importados etc. – essa alternativa 
pode ser interessante. Seria como 
uma forma “disfarçada” de colaborar, 
como por exemplo, pagar o que 
se gasta num posto para lavar um 
carro, ou para limpar a piscina etc. 
Mas nunca se deve atrelar a essa 
estratégia o esforço escolar – ele 
tem que aprender que essa é a sua 
obrigação e a motivação que o deve 
puxar deve ser sempre a motivação 
intrínseca (a alegria de aprender 
algo) ou transcendental (a alegria 
de fazer alguma coisa pelos outros 
no futuro, e portanto colocar seus 
talentos intelectuais ao serviço 
dos demais).
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52 53
26
4 anos, sanguíneo, após o nascimento do irmão, total /e 
disperso, não acata mais ordens.
Filha de 5 anos extremamente egocêntrica. 
Chora por tudo. Não cumpre os combinados. 
Sem paciência para conversar. Já parto para 
a chinelada. Onde falhei? Como mudar?
É muito comum esta reação de ciúme com a chegada de um novo irmão. Se 
reforça mais ainda se tiver um temperamento sanguíneo, pois tem a afetividade 
e imaginação soltas e descontroladas. O segredo é fazê-lo mais protagonista 
da casa, ajudando em alguma tarefa nos cuidados do irmão, de maneira que 
canalize essa carência para essa ação amorosa. Depois, lembrando-o de que 
ele agora deve dar bom exemplo. Ainda não entenderá muito nessa idade, mas 
daqui a pouco sim
Toda criança ao nascer é egoísta. Umas são mais do que outras, mas o grande 
trabalho de todo o educador é ir diminuindo essa força autodestruidora. A forma 
de ela se sentir atraída para a virtude da generosidade é ser educada no amor! 
Se ela vê os pais dando-se diariamente em pequenos serviços domésticos, se vê 
a mãe doar algum dinheiro a uma pessoa necessitada, se observa o pai entregar 
uma roupa que não usa mais para um asilo. Educando o(s) filho(s) a viver nos 
limites do prazer – poucos brinquedos, pouca diversão cara, poucas viagens 
dispendiosas etc. – se faz com que a alma da criança comece a descobrir o 
amor aos demais e assim se sentirá motivada a imitar os pais. Quase sempre 
uma criança egoísta reflete pais egoístas (sem querer ofender). Naturalmente, 
a idade dos 5 anos é uma idade difícil porque a criança começa a perceber o 
seu poder e os primeiros princípios da racionalidade o levam a descobrir novas 
fórmulas de manipulação. O que a mãe tem que fazer é mostrar-lhe como se 
comportar fazendo-o com clareza, carinho e principalmente firmeza. Depois, 
ganhá-lo com inúmeros detalhes que qualquer mãe madura sabe descobrir.
capitulO
02
Educação infantil (0- 5): 
das birras às brigas
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57
É preciso distinguir sempre a diferença entre espontaneidade e boa autonomia. 
A primeira, é educar a criança numa emotividade estragada pelo egoísmo, o 
qual vem de fábrica (nascença). Naturalmente, não se poderá esperar nada de 
bom desse motor avariado, por mais individual e único que seja. A segunda, é 
educar a criança a fazer escolhas apoiadas numa racionalidade sadia e ética. 
Quando se educa assim, não só a riqueza de sua personalidade aparece muito 
mais para ela e para os demais – porque está apoiada no amor ao demais – como 
desabrocham ainda outras dimensões de seu caráter de forma insuspeitadas, 
já que quebrando as barreiras do egoísmo, descobrem-se outras facetas da 
realidade muito mais atraentes, as quais nos tornam mais humanos e espirituais.
Quase sempre uma criança age assim para chamar a atenção e ser o foco das 
atenções. Portanto, examine antes se ela está sendo amada como dever ser 
amada pelos pais (pai e mãe). Lembre-se que, nessas idades, a ação assertiva 
de ajudá-la na prática a realizar os combinados é mais eficaz do que vários 
discursos, uma vez que com 3 anos não os entende bem ainda. Depois, 
coloque, sim, pequenas penalidades concretas, quando necessário, privando-a 
daquilo que ela realmente gosta, isso dará efeito. Mas nunca deixe sua filha te 
desrespeitar. Isso é sempre grave!
Educação infantil (0- 5): 
das birras às brigas
Qual o limite do individualismo na educação? 
Querer que a criança de tal forma, coma de tal 
forma, não seria podar esta individualidade?
1 ano e 3m, muito arteiro, destemido e corajoso. 
Não obedece. Não sei mais o que fazer.
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Não parece ser a forma mais 
conveniente educar no medo... 
Além de não funcionar muito, só 
enfraquecerá a própria mãe em sua 
autoridade quando tiver de enfrentar 
problemas mais sérios. Quem usa 
desses recursos demonstra uma 
certa fraqueza de alma e pouco 
conhecimento do verdadeiro e 
correto exercício da autoridade. Esta 
faceta importante da boa educação 
nasce de um estudo sério do que 
é o melhor para o crescimento 
intelectual, psicológico e social para o 
filho. Depois da interiorização desses 
valores educativos, o mais correto é 
a mãe lutar para ser coerente com 
tais princípios e assertiva para colocá-
los em prática, sem se impressionar 
com reações esperadas das crianças 
diante do enfrentamento como choro, 
raiva e espetáculo.
Nessas idades a rejeição pode 
estar ligada a tantos fatores que é 
impossível abordá-los neste pequeno 
espaço. Podem entrar fatores como 
temperamentos conflitantes entre 
pai e filho, superproteção da mãe, 
não ter irmãos para dividir a atenção, 
ausência do pai ou pouco feeling 
para perceber suas necessidades, 
dentre muitos outros. Não me 
preocuparia muito nessa idade.As 
crianças mudam muito rapidamente 
e conforme a vida os vai levando. 
Penso que a mãe talvez tenha de 
dar ao pai mais “moral”: falar bem 
dele para o filho, preparar a sua 
chegada do trabalho com alguma 
surpresa, alegrá-lo com algum 
trabalho realizado durante o dia. 
Enfim, mostrar que ele é O HERÓI 
da casa. Pergunte-se sempre: seu 
marido cumpre bem as três funções 
principais de um bom pai: a) Construir 
um caráter firme em seus filhos; b) 
Proteger a esposa e os filhos, não 
apenas no presente, mas também 
no futuro; c) Unidade de vida: 
sendo a mesma pessoa (coerência) 
externamente, quanto internamente 
(consciência de quem ele é e do seu 
papel na vida como pessoa).
Até que ponto pode utilizar 
aquele expediente de ameaça 
ao filho. Ex. Não saia de perto 
da mamãe porque o homem 
do saco vai te pegar.
Filho de 3 anos rejeitando 
o pai. Como conduzir/contornar 
esse comportamento? 
Qual explicação?
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60 Filho de 5 anos super egoísta, não gosta de 
emprestar brinquedos 
e quer ficar brincando sozinho, 
como ajudá-lo? 
Toda criança quando nasce é 
egoísta. Umas são mais do que 
outras, mas o grande trabalho de 
todo o educador é ir diminuindo 
essa força autodestruidora. A forma 
de ela se sentir atraída para a virtude 
da generosidade é ser educada no 
amor! Se ela vê os pais dando-se 
diariamente em pequenos serviços 
domésticos, se vê a mãe dando um 
dinheiro a uma pessoa necessitada, 
se observa o pai doando uma roupa 
que não usa mais para um asilo, se 
educa o filho a viver nos limites do 
prazer – poucos brinquedos, pouca 
diversão cara, poucas viagens 
dispendiosas, etc. – então a alma da 
criança começa a descobrir o amor 
aos demais e motivar-se a imitar 
os pais. Quase sempre uma criança 
egoísta reflete pais egoístas!!
Mostre-lhe livros de figuras, com 
aspectos simples da natureza e 
com muitas cores.
Claro! Uma criança nessa idade já 
consegue entender a importância 
de batizar os lugares para cada 
coisa, e por isso, devem existir as 
caixas dos brinquedos, dos sapatos, 
das roupas. Ver a mãe arrumando 
cotidianamente cada objeto no 
local correto já contagiará pelo bom 
exemplo. Outro aspecto para ela já 
ir descobrindo é a importância da 
rotina no seu dia, mesmo nos fins de 
semana. Quando não existe ordem 
no seu dia, a criança fica nervosa e 
mau humorada.
Nessas idades, a amizade ainda 
não existe, pois ainda não se 
têm capacidade de perceber as 
qualidades e dons dos demais 
(amizade nasce de uma admiração 
mútua de gostos e coisas) e, 
muito menos, de se sacrificarem. 
Por isso, os pais e professores 
precisam ensinar inicialmente os 
primeiros passos do “coleguismo”: 
emprestar o brinquedo, abraçar ao 
chegar e ir embora da escola ou da 
61 Como ensinar uma criança de 3 anos fazer 
amizade na escola? 
Socializar bem com todos?
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63
Bebê de 6 meses que 
tipo de leitura posso 
fazer para ele? 
Bebê de 7 meses, já 
posso desenvolver 
a virtude da ordem? 
festa, comemorar os aniversários 
juntamente com seus colegas no 
playground e no colégio, ensinar 
a olhar nos olhos, a cumprimentar 
as pessoas no elevador, a dizer as 
palavras mágicas do coleguismo: 
obrigado, por favor, desculpa, etc. 
Outro aspecto muito importante e 
que às vezes é esquecido: os pais 
devem dar exemplo de amizade 
com pessoas de seu âmbito social 
e profissional, convidando para ir à 
sua casa, viajar juntos etc.
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Acredito que a virtude da ordem é 
o mais importante: ordem material, 
ordem temporal, ordem afetiva 
(obediência, respeito, bons modos 
etc.), ordem mental e assertividade 
no cumprimento de todas essas 
regras e critérios, sem pena de 
contristar a criança.
Uma mãe tem que saber lidar com 
qualquer filho, independentemente 
do seu temperamento, defeitos 
e limitações. Lembre-se que nem 
sempre é fácil querê-lo desse 
jeito ou aceitá-lo. Querer a todas 
as pessoas não é uma questão 
sentimental, mas de amor profundo, 
que passa sempre pela capacidade 
de sacrifício, de racionalidade, de 
força de vontade e de religiosidade. 
Naturalmente, a idade dos 5 anos é 
uma idade difícil, porque a criança 
começa a perceber seu poder e os 
primeiros princípios da racionalidade 
o levam a descobrir novas fórmulas 
de manipulação. O que a mãe tem 
que fazer é conduzi-lo com clareza, 
carinho e principalmente firmeza. 
Depois, ganhá-lo com inúmeros 
detalhes, que qualquer mãe madura 
sabe descobrir.
Ensine com firmeza que isso não 
se faz, porque é faltar ao respeito e 
amor. Se depois continuar, coloque 
algumas penalidades como tirar-lhe, 
por um tempo pequeno, o brinquedo 
que ele mais gosta ou suspender 
a ida ao parque tão desejada. Ele 
precisa descobrir logo cedo que é 
uma falta grave agredir as pessoas 
que mais o amam e que respeito é 
fundamental. Mas antes de atitudes 
mais drásticas, tente averiguar 
sempre qual seria o motivo de 
fundo para essa agressividade. Se 
for em torno de 2 anos, poderá estar 
sofrendo da “adolescência do bebê” 
(terrible two), e nesses casos não é 
preciso dar tanta importância.
Esse tema foi tratado na Live #3 do 
JEB (está no canal do Youtube). Lá 
você vai entender todos os motivos 
para essas atitudes. Eu adiantaria o 
seguinte conselho: nessas situações, 
saia calmamente desses ambientes 
públicos, sem olhar para ele, como se 
não acontecesse nada, desprezando 
todo o escândalo e o coloque num 
lugar sem PLATEIA... costuma dar 
sempre certo!
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O que você julga ser mais 
importante ensinar a um 
menino de 3 anos? Algo que 
nessa fase seja fundamental.
Filho pequeno que bate no 
rosto dos pais, como resolver? 
Não sei como reagir as 
pirraças do filho em público, 
fico morrendo de vergonha, 
mas dou uns bons beliscões 
discretos.
Filho sanguíneo 
de 5 anos 
sem saber lidar.
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Os motivos podem ser vários e 
é difícil adivinhá-los à distância. 
Nestes casos, a orientação médica 
parece ser a mais adequada. Mas, 
aprenda a crescer nesse desafio: por 
trás desse enorme sacrifício noturno 
sempre se pode descobrir uma 
riqueza escondida, talvez dentro 
de si. Muitos conseguem. Ânimo e 
muito bom humor!
A segunda opção parece a mais 
acertada. Todos nós precisamos 
vencer nossos medos e ganhar 
confiança diante do desconhecido. 
Assim também as crianças. No 
entanto, é preciso lembrar que o 
carinho tem precisa vir sempre 
atrelado às pequenas exigências 
educativas. O choro nem sempre 
é um indicador de que estamos 
fazendo algo errado. Em muitos 
casos a criança está fugindo do 
sofrimento. É natural chorar, mas 
muitas vezes é necessário que ela 
perceba que esse é o caminho 
normal de qualquer ser humano 
para crescer e ser uma pessoa boa. 
O bom educador tem de educar-se 
sentimentalmente e não ser refém 
das birras das crianças.
Existem inúmeras formas de fazer 
isso, mas dependerá das condições 
familiares (se tem mais irmãos, primos, 
vizinhos), condições econômicas 
(possibilidades de colocar numa 
natação, num futebol etc.) e da 
disponibilidade de dedicação dos pais 
para essa tarefa (ambos não tenham 
que trabalhar). Mas, nestas idades, 
sou da opinião que ainda não é o 
momento mais prioritário para isso. 
Será sim no Fundamental I, quando a 
satisfação dessa necessidade é vital 
para o perfeito equilíbrio emocional 
da criança e para a consolidação da 
sua identidade sexual.
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Meu filho de 1a2m adoeceu, 
ficou internado e a partir de 
então acorda toda madrugada 
chorando muito, não deixa 
ninguém dormir.
Adaptação escolar. 
Deixar chorar? ou 
fazer devagar até a criança 
ganhar confiança?
Filha de 2,5 educada somente 
em casa. Como melhorar 
a socialização?
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4 anos, sanguíneo. 
Atraso cognitivo de 6 meses. 
O que acha da terapia 
comportamental?
Estando presentes o máximo 
de tempo possível! Uma criança 
precisa muito tanto do pai quanto 
da mãe. Quando falta algum, as 
lacunas deixadas serão causa de 
graves problemas educacionais, 
psicológicos, de socialização e 
ainda de auto realização.
Quase sempre uma criança age 
assim para chamar a atenção. 
Portanto,examine antes se ela 
está sendo amada como dever ser 
amada pelos pais. Lembre-se que 
nessas idades, a ação assertiva 
de ajudá-la, na prática, a realizar 
os combinados é mais eficaz do 
que vários discursos, uma vez 
que com 3 anos não os entende 
bem ainda. Depois, coloque sim, 
pequenas penalidades concretas, 
quando necessário, privando-a 
daquilo que ela realmente gosta, 
que dará efeito. Mas nunca deixe 
que sua filha a desrespeite. Isso é 
sempre grave!
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Como reduzir os danos 
de uma separação em 
uma criança de 2,5 anos?
Filha de 3 anos 
desobedecendo demais, 
bate e dá risada. 
Conversamos, corrigimos, 
tiramos algumas coisas 
dela e nada. O que fazer?
Acho de enorme eficácia. De 
fato, muito problemas cognitivos 
são oriundos de comportamentos 
errados ou mal direcionados, ainda 
mais quando estamos falando de 
ajudar um sanguíneo. Mas além 
desse auxílio, veja se não tem mais 
algum distúrbio neuronal. Depois 
de alguns anos de experiência, 
percebi que uma criança com 
atrasos cognitivos normalmente 
tem mais de um problema. Os pais 
têm que lutar com persistência 
para descobrir todas as raízes do 
problema, sem medo.
Birras?
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Parece um método interessante. 
Se aproxima do método do qual 
defendo, chamado Educação 
Personalizado. Quando o olhar do 
professor respeita a singularidade 
de cada aluno e tenta adequar seu 
conteúdo à diversidade de ritmos 
de aprendizagem parece estar 
de acordo com as necessidades 
afetivas de cada criança. Só não 
concordo com o sistema de 
avaliação do método. Parece-
me que é importante, tanto para 
os pais e professores quanto 
para os alunos uma avaliação 
objetiva, que de alguma maneira 
possa servir para corrigir tanto 
o professor quanto o aluno 
nesse ensino-aprendizagem. Eu 
sou um defensor da avaliação 
formativa: ela tem que servir para 
ir corrigindo o rumo durante a 
aprendizagem e não para punir a 
criança no final do processo.
Acho conveniente. A criança 
precisa ir colocando em ordem 
sua afetividade desgovernada 
e uma forma eficaz é aprender 
desde cedo as consequências de 
suas ações quando as mesmas 
não são corretas. Desta forma, sua 
afetividade inicia um processo de 
purificação a ser finalizado somente 
na maioridade. Mas procure adequar 
essas repreensões e castigos de 
forma proporcional ao delito e 
à sua idade. Um castigo nessas 
idades pode ser somente dizer que 
não olhará para ela 10 minutos ou 
que não poderá brincar no canto 5 
minutos. Antes de colocar algumas 
dessas medidas em prática 
examine se essa desobediência 
não é mais uma forma de querer 
chamar atenção e ser o centro 
das atenções.
É difícil dizer sem conhecer mais detalhes das circunstâncias familiares: 
caraterísticas temperamentais dos pais, disponibilidade de tempo de cada um 
para estar com o filho, o temperamento do seu filho, número de irmãos etc. Mas 
sugiro que assista a Live que dei sobre esse tema no meu canal do Youtube. 
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Tenho uma filha de 5 anos 
estudando seu terceiro 
ano no método de ensino 
waldorf. Conhece o 
método? Alguma sugestão? 
O que acha de repreensões, 
castigo e chamar atenção 
dos 2 aos 3 anos? 
Meu filho tem um ano e já faz birra. Isso é culpa 
minha e da mãe?
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Filho com déficit de atenção, 
como atrair a atenção? 
Muito disperso. E nas 
brincadeiras é precipitado.
Precisamos sempre 
explicar para uma 
criança de 3 anos 
o porquê do NÃO 
ou NÃO é NÃO? 
Como reverter a situação de uma 
criança de 2 anos viciada em tela? 
Qual o meio mais fácil?
Uma criança com déficit de atenção, 
salvo os casos realmente médicos, 
demonstra quase sempre, que está 
sendo hiper-estimulada, de forma 
exagerada, com muitas horas de 
TV, jogos eletrônicos, celulares e 
aparelhos similares .Outro aspecto, 
o qual deve se examinar com 
sinceridade, é se existe um grau 
elevado de mimo dos pais. Uma 
criança que não come do que não 
gosta, que é mimada em todos 
os seus caprichos e exigências, 
naturalmente torna-se uma criança 
fraca e sem capacidade de aprender. 
Estudar e estar concentrado é um 
hábito da força de vontade que 
exige ser alimentado pelas virtudes 
da temperança e fortaleza, são elas 
as educadoras da afetividade de 
uma criança.
Sempre devemos dar os 
motivos do não, para que 
aos poucos a racionalidade 
da criança vá despertando 
para a verdade. Quando a 
ordem fica desvinculada da 
sua racionalidade, aparecem, 
com o tempo, os famosos 
traumas freudianos, os quais 
são origem de uma vontade 
reprimida e de um desejo tolhido. 
Trocando essa diversão (bastante 
nociva nessas idades), por brincadeiras 
como lego, cubos de madeira 
e jogos próprios de meninos 
(carrinhos, bolas etc.) ou das meninas 
(bonecas, cozinhas etc.). Outra 
atividade importantíssima nessas 
idades é o contato com a natureza 
via manipulação da areia, do barro, 
das folhas, das pedras etc. Lembre-
se: você é a mãe. Tem que ser firme e 
assertiva para escolher os brinquedos 
convenientes para o seu filho. Não é 
ele que vai escolher.
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Poderia aconselhar uma mãe, 
criança tem 2 anos e 6 meses. 
Desobediente e resistente.
Filho 4 anos, sanguíneo, 
muito espoleta, já caiu 
e bateu a cabeça diversas 
vezes, não consigo 
controlá-lo. 
Redução de danos em uma 
separação com filho de 2,5 
anos? Ela não vê paternidade 
e maternidade como entidades 
que devem andar de mãos dadas.
Filho 4 anos, não está se 
adaptando com a escolinha, 
chora, não quer ficar. Estou 
pensando em pré-alfabetizar 
em casa.
Já ouviu falar na “adolescência 
do bebê”? O fenômeno é comum 
e tem até nome: “terrible two” (2 
anos, idade terrível). Ocorre quando 
a criança se dá conta de que é um 
indivíduo e luta para conquistar o 
seu espaço – gritando, batendo nos 
outros ou se jogando no chão. Cabe 
aos pais ter muita calma, paciência 
e ensinar que esse comportamento 
não leva a nada. Em outras palavras, 
estabelecer limites. 
Os sanguíneos são espoletas 
mesmo. São os que mais se 
machucam. Mas, podem ser 
controlados com regras claras, 
combinadas e fáceis de lembrar. 
As punições também devem 
fazer parte desses combinados 
e quando uma criança fica 
insatisfeita nos seus desejos 
de brincar, por exemplo, em 
geral repensa suas “loucuras” e 
começa a se acalmar e mudar os 
seus comportamentos. Tente ser 
mais assertiva e negociadora. 
Acho que vai dar certo!
Nessas idades ele não vê, mas sente 
essa necessidade. Os horários de 
dedicação e educação dos pais 
devem estar muito bem combinados 
e vividos para reduzir esses danos.
Não faria isso. É normal nessas idades 
em alguns meninos essa dificuldade 
de adaptação, principalmente depois 
das férias de verão. Diante das 
dificuldades, a solução raramente 
é ceder. O certo é enfrentar com 
estratégias novas e assertividade, 
sem se deixar impressionar com o 
choro. Depois, examine se a escola 
tem uma atividade bem consistente e 
organizada. Um ambiente no Pré-I 
sem rotina, conteúdo e carinho 
pode provocar nas crianças mais 
sensíveis uma certa instabilidade 
emocional. Caso não haja isso, 
procure outra escola que satisfaça 
mais essas necessidades.
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Como ir preparando a cabeça 
do filho de 3 anos para 
o nascimento do irmão? 
Para evitar ciúme no futuro.
Normal o filho de 3 
anos querer mais a 
mãe do que o pai? 
Para masculinidade futura 
precisa se espelhar mais no pai.
Filho de 5 anos que não quer 
ir à Missa. Diz que é chato.
Convidando-o a participar de todo 
o processo de preparação para a 
chegada de mais um membro da 
família. Que ele vá na loja comprar 
com você as coisas que estará 
necessitando quando ele chegar. Ir já 
guardando roupa velha, brinquedos, 
livros “para quando o seu irmão 
chegar” possa usar. Ir conversando 
com ele dentro da barriga da 
mãe. Ir falando pelo nome muitas 
vezes, criando uma normalidade e 
aprendendo a lutar contra o ciúme 
em geral: ele pode ter ciúme quando 
alguém tem algum detalhe com você 
(marido, parente, amigo), talvez por 
não receber tanta atenção. Então, 
nessas horas, é bom irreeducando a 
sua afetividade, já que nessas idades 
querem tudo para eles.
Normalíssimo! Esse sempre foi o 
meu caso!! A minha mãe era muito 
carinhosa, cheia de dedicação, 
totalmente entregue aos 6 filhos 
que teve, estava muito mais 
conosco durante o dia etc. O pai 
era sempre a figura da autoridade, 
da ordem e regras, da decisão final. 
Logicamente, nenhum dos irmãos 
pedia nada para ele... quando chegar 
na idade do Fundamental I, a mãe 
terá que ir saindo de cena – exige um 
esforço de desprendimento difícil - e 
dando espaço mais para o pai, seja 
tanto no acompanhamento escolar, 
quanto nos programas de fim de 
semana. Mas o segredo é sempre os 
dois estarem presentes na hora certa!!
De fato, é uma chatice para uma 
criança de 5 anos ir a uma cerimônia 
na qual não consegue entender nada. 
A fé, nesses primeiros anos da vida 
da criança, deve ser transmitida em 
casa por meio do exemplo de oração 
em família (Igreja Doméstica) e do 
dialeto que cada família deve criar: o 
modo de abençoar os alimentos, as 
flores que se colocam num quadro 
da Virgem aos sábados, na oração 
antes de dormir, de joelhos, ao anjo 
da guarda, entre outros inúmeros 
exemplos. Vá com ele na Igreja muito 
raramente, para ir visitar rapidamente 
Jesus no sacrário ou simplesmente 
para visitar um santuário mariano. A 
ansiedade dos pais para encaminhar, 
com boa intenção, os filhos para a 
Igreja deve ter o seu tempo certo. Se 
ele não quer isso nessa idade, não 
force, que é pior. Mas é uma questão 
complexa, pois dependem tantos 
fatores para saber o que é melhor 
para cada família e criança. Estude 
caso a caso.
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Criança que tem vergonha
Agradeço a Deus 
por compartilhar seus 
conhecimentos. Coloco 
em prática com os 2 
meus meninos
Bebê, de 2 a 4 anos. Chora 
por tudo. Acorda da soneca 
choramingando e fica chorosa 
por qualquer coisa. O que fazer? 
Posso até fazer as suas vontades, 
mas logo em seguida chora.
Qual idade que os filhos devem 
criar autonomia?
Existem três tipos de timidez 
(vergonha): a de temperamento, 
a ocasional e a oriunda da má 
educação (criança muito mimada e 
superprotegida sente insegurança 
e medo de se expor). Veja qual é 
o tipo de seu filho. Está parecendo 
que é mais a primeira. Se for o caso, 
não fique muito ansiosa. Deixe-o 
amadurecer um pouco mais, que 
tenha mais capacidade racional 
para administrar essas emoções 
negativas. Portanto, espere mais a 
idade de 8-10 anos para enfrentar o 
problema. Agora, deixe-o tranquilo. 
Ele encontrará a forma de trabalhar 
esse temperamento.
Querida amiga, eu acredito que 
você mesma deu a resposta para o 
seu problema: “Posso fazer as suas 
vontades, mas logo em seguida, 
chora” ... Será que não está a raiz 
do problema? Será que não está 
faltando mais firmeza e assertividade 
para sua filha não agir desse jeito?
A partir dos 1-3 anos já é possível 
começar a criar mecanismos de 
virtude. Nessa idade, começar a 
se habituar a arrumar sozinho os 
brinquedos depois que acabam de 
brincar, escovar os dentes depois 
das refeições, vestir-se sozinhos etc. 
A cada ano que passa, novas funções 
devem ser ensinadas, como assumir 
pequenos encargos familiares. 
Depois, ir assumindo os deveres 
escolares, a ordem no quarto. Enfim, 
é importante que os pais entendam 
que não deverão nunca fazer por 
eles aquilo que já têm condições de 
fazer. Caso contrário, atrasaremos 
essa boa autonomia e dizendo-lhes 
que são bobos, incapazes e bebês.
Junto-me à sua ação de 
graças a Deus e peço-lhe que 
reze para que Ele continue 
me dando todos os dias esse 
entusiasmo crescente. Temos 
de ajudar muitas famílias a 
serem felizes e esta tarefa 
exige uma ajuda especial do 
Alto. Conto consigo!
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91 92
Qual a melhor forma de 
ensinar a Fé a criança de 
4 anos? Indica algum livro? 
Falar para criança pequena 
fazer tal coisa porque me deixa 
feliz, não é ruim? Não seria 
melhor explicar para ele que 
arrumando seus brinquedos 
a casa fica mais organizada 
e bonita? E dar sempre o 
exemplo arrumando as nossas 
próprias coisas?
A fé, nesses primeiros anos de vida 
da criança, deve ser transmitida em 
casa por meio do exemplo de oração 
em família (Igreja Doméstica) e do 
dialeto que cada família deve criar: o 
modo de abençoar os alimentos, as 
flores que se colocam num quadro 
da Virgem Maria aos sábados, na 
oração antes de dormir, de joelhos, 
ao anjo da guarda, dentre outros 
inúmeros exemplos. Vá muito 
raramente com ele na Igreja (não 
force), para visitar rapidamente Jesus 
no sacrário ou simplesmente visitar 
um santuário mariano. Use livros 
ilustrados que contam a história da 
Bíblia. Eles adoram ouvir sempre as 
mesmas histórias contadas por nós. 
Serão pequenas sementes plantadas 
que no seu devido tempo, darão 
bons frutos. Mas tenha em casa 
(em todos os quartos) símbolos 
religiosos: um crucifixo, um anjinho, 
uma imagem de Nossa Senhora, um 
São José, um quadro de um santo 
de sua devoção. Veja também algum 
vídeo de desenho animado sobre a 
Bíblia. Hoje, no Youtube, tem bons 
materiais para isso.
As crianças pequenas ainda não 
conseguem ter essa percepção 
“abstrata” de “a casa fica mais 
organizada e bonita” ... Isso só 
se consegue – acredite – depois 
dos 10/11 anos!!! Dos 7 aos 10 
alguns conseguem descobrir alguns 
princípios mais pessoais – a minha 
gaveta arrumada é melhor para achar 
os MEUS lápis de cor, arrumar a roupa 
no lugar fica mais fácil EU achar – 
mas ainda é pouco este motivo para 
ser constante na virtude. A correta 
educação da virtude é aquela na qual 
a MOTIVAÇÃO DE FUNDO é sempre 
o outro, para que dessa maneira 
nunca haja desculpas egoístas de 
deixar para depois ou até ceder por 
ceder. O exemplo pessoal reforça a 
vivência por mimetismo, mas aos 
poucos têm que SENTIR a alegria 
do amor.
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Turma da Monica é muito ruim para as crianças?
Como lidar com 
filhos 2, 3 anos 
começando a mexer 
nas partes íntimas?
O que falar para criança 
de quase 3 anos sobre o motivo 
do isolamento??
Filho, 4 anos, personalidade 
forte, diz que só ama o pai 
e as vezes não quer falar 
com ninguém.
Infelizmente, essa turma outrora tão sadia, hoje é mais uma que se vendeu para 
o mercado... difundindo ideologia de gênero e coisas afins. Longe dessa turma, 
portanto!! Eu era fã desses quadrinhos na infância!!! Estou rezando para que 
voltem a alegrar nossas crianças novamente um dia!!
Sem grandes alarmes – é uma idade 
das primeiras descobertas da 
própria identidade sexual e das 
diferenciações com o sexo oposto – 
diga-lhes calmamente que não é bom 
ficar mexendo nessas partes do 
corpo – próprio e alheio – porque o 
médico lhe disse que pode fazer mal 
para a saúde (um motivo que eles 
costumam entender, por irem muito 
no pediatra). Em geral, param e não 
fazem mais. Obviamente, nessas 
idades, a ingenuidade é total.
Já assistiu a um filme antigo, 
chamado A vida é bela, de Roberto 
Benigni (1999)? É um filme que lhe 
aconselho a ver para se inspirar a 
viver este período de confinamento. 
Nesse filme, pai e filho são levados 
para um campo de concentração 
nazista. Afastado da mulher, ele se 
vê compelido a usar sua imaginação 
para fazer o menino acreditar que 
estão participando de uma grande 
brincadeira, com o intuito de protegê-
lo do terror e da violência que os 
cercam. Eu faria algo parecido.
Não leve muito a sério essas 
manifestações próprias de alguns 
temperamentos. Em geral, são 
crises de egoísmo ou de fraqueza 
diante das dificuldades na maioria 
das vezes. Outras vezes, são formas 
sutis de querer atrair a atenção para 
si e chantagear os sentimentos da 
mãe. Se for filho único, então, isso 
se intensifica. Lembre-se, temos de 
educar o filho no amor. A melhor 
maneira de forma a realizar isso, mais 
do que entrar na dele é fazer com que 
entre na sua. Atue com assertividade, 
combinando regras, colocando limites 
nas suas ações descontroladas e 
coloque pequenas punições diante 
dessas pequenas crises. Aos poucos 
ele vai descobrindo que não

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