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27/04/2015 1 Patologias Auditivas Orelha Interna e/ou Nervo Auditivo 2015 Profª Dra. Adriana Neves de Andrade Zumbido Sensação auditiva não proveniente do meio externo pode ser unilateral, bilateral ou com percepção na cabeça (Welch, Dawes, 2008; Aazh et al.,2009) O zumbido não é uma doença é um sintoma, existem várias causas: otológicas, psicológicas, neurológicas, odontológicas, metabólicas, cardiovasculares, medicamentosas, erros alimentares e alterações em estruturas paraauditivas Alterações genéticas com repercussões na OI Malformações da OI afetam aproximadamente 20% dos pacientes com perda auditiva congênita do tipo neurossensorial Alterações genéticas 50% dos casos Aplasia de Michel Falha no desenvolvimento da OI na 3ª semana de vida embrionária Ausência do desenvolvimento de todas as estruturas da OI e nervo auditivo − PANS de grau profundo (anacusia) Alterações de OM e/ou OE são raros Cavidade Comum Falha no desenvolvimento da OI na 4ª semana de vida embrionária Cavidade labiríntica simples − Ausência de vestíbulo, cóclea e canais semicirculares − PANS de grau profundo (anacusia) Displasia de Bing-Siebenmann Agenesia ou malformação do labirinto membranoso, com labirinto óssea normal Associada com retinite pigmentosa e retardo mental − PANS de grau profundo (anacusia) e exame radiológico normal Aplasia de Scheibe Degeneração do ducto coclear e do sáculo Podem ser observadas alterações no órgão de Corti, na membrana tectória e atrofia da estria vascular − Pode ser identificada em algumas síndromes (Waardenburg, Usher, Refsum e Klippel-Feil) − PANS de diferentes graus Aplasia de Mondini Falha no desenvolvimento da OI na 7ª semana de vida embrionária 1 2 3 4 5 6 7 8 27/04/2015 2 Ausência, hipoplasia ou presença de apenas uma espira rudimentar da cóclea − Geralmente bilateral e associada a dilatação do aqueduto vestibular − Limiares auditivos tonais normais (na infância) perda auditiva flutuante e progressiva anacusia Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) Aqueduto vestibular Canal ósseo no osso temporal que se estende da parede medial do vestíbulo da orelha interna até a superfície posterior da lâmina petrosa O ducto endolinfático atravessa o aqueduto vestibular e termina no saco endolinfático Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) Embriogênese Divertículo vestibular se alonga e se estreita aqueduto vestibular sadio Divertículo vestibular se estreita antes de se alongar (5ª semana de gestação) aqueduto vestibular alargado Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) Pode ocorrer como uma anomalia isolada ou em associação com outras malformações de orelha interna. Alargamento do canal semicircular horizontal (60% a 66% casos) Hipoplasias de cóclea (28% dos casos) Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) A fisiopatologia da PANS causada pelo alargamento do aqueduto vestibular ainda é pouco conhecida Ruptura da membrana labiríntica ou fístula perilinfática transmissão direta da flutuação de pressão cérebro espinhal à espira média através do ducto endolinfático e aqueduto vestibular alargado Refluxo de fluído hiperosmolar para a cóclea vindo do saco endolinfático Síndrome do Aqueduto Vestibular Alargado (SAVA) Crianças com SAVA podem ter audição normal a PANS moderadas a severas Audição residual + AASI desenvolvimento de fala e linguagem oral Perda progressiva implante coclear Perda Auditiva Infecciosa Infecção invasão dos tecidos corporais de um organismo hospedeiro por parte de organismos capazes de provocar doenças Doença infecciosa causa mais frequentes de perda auditiva adquirida e são responsáveis por mais de 25% das perdas auditivas de grau profundo na população geral Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose A toxoplasmose é uma parasitose amplamente disseminada na natureza, causada pelo protozoário Toxoplasma Gondii, que pode infectar pássaros e um grande número de mamíferos, incluindo o homem, em todas as idades 9 10 11 12 13 14 15 27/04/2015 3 Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Contágio Ingestão de carne crua ou malcozida, com cistos do protozoário Consumo de comida contaminada por oocistos (eliminados nas fezes de gatos) Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Após o contágio, o toxoplasma permanece no músculo do hospedeiro, na forma de cistos, ou, então, no caso específico dos gatos, é eliminado nas fezes na forma de oocistos Os gatos são os únicos hospedeiros definitivos do Toxoplasma, ou seja, somente nestes animais o protozoário tem seu ciclo de vida completo Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Sintomas Imunocompetentes (saudáveis) − Doença pode passar despercebida • 90% dos casos é assintomático • 10% apresentam: aumento de gânglios nas axilas, na virilha e no pescoço, febre, dores musculares, articulares, de cabeça e de garganta, infecção na retina, pontos avermelhados no corpo e aumento do fígado e do baço • Durante o pré-natal os anticorpos contra o toxoplasma são detectados em cerca de 50% a 80% das mulheres brasileiras indica contato prévio com esse agente − Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Sintomas Imunodeprimidos (AIDS e transplantados) − Pode atingir o cérebro neurotoxoplasmose • Dor de cabeça • Sonolência • Redução da força, • Diminuição progressiva da lucidez − Comprometimento dos pulmões − Alterações oftalmológicas − Alterações cardíacas Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Toxoplasmose congênita Sintomas − Corioretinite − Calcificações intracranianas − Hidrocefalia − PANS (14 a 26% dos bebês infectados) • Grau severo a profundo 16 17 18 19 20 27/04/2015 4 • Uni ou bilateral • Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Características audiológicas PANS uni ou bilateral de grau moderado a profundo − Pode ser progressiva Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos, EOA e PEATE − Variam de acordo com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão • Perda Auditiva Infecciosa – Toxoplasmose Tratamento e Prevenção Medicamentos − Impedir a multiplicação do protozoário Imunodeprimidos − Não ingerir carne crua ou malpassada − Usar luvas na hora de manipular qualquer tipo de carne antes do cozimento, além de lavar muito bem legumes e verduras que serão consumidos em saladas − Evitar o convívio com gatos e locais que possam conter fezes desses animais Perda Auditiva Viral Ocupa o 1º lugar em incidência de perda auditiva súbita (80% dos casos) (Calda, Caldas,1994) Vírus são capazes de lesar a orelha interna, desde a vida uterina até a idade adulta (Miniti et al., 1993) Perda Auditiva Viral Pode ser classificada em congênita ou adquirida: Congênita o vírus se dissemina através da placenta − Embriopatia: a infecção viral afeta o período embrionário (3ª a 8ª semana de gestação) − Patologia fetal: infecção após a 9ª semana de gestação) Adquirida surdez desenvolve-se após o nascimento Perda Auditiva Viral Mecanismos de instalação da perda auditiva Infecções de vias aéreas superiores comprometimento de orelha média perda auditiva condutiva Invasão virótica da orelha lesão coclear e/ou nervo auditivo Perda Auditiva Viral Invasão virótica via de contaminação Hematológica − Estria vascular 21 22 23 24 25 26 27/04/2015 5 Líquido cefalorraquidiano − Continuidade do aqueduto coclear Perda Auditiva Viral Invasão virótica alterações patológicas predominantes na cóclea Atrofia da estria vascular Deslocamento e distorção da membrana tectória Degeneração do sáculo Perda Auditiva Viral Pode ocorrer isoladamente ou com uma virose sistêmica Diagnóstico etiológico realizado com exames laboratoriais Perda Auditiva Viral Etiologia Rubéola Parotidite epidêmica Sarampo e varicela Mononucleose Herpes simples e herpes-zoster Adenovírus e enterovírus Influenza e parainfluenza HIV Citomegalovírus Perda Auditiva Viral Infecções congênitas como rubéola, sífilis, citomegalovírus, herpes*, toxoplasmose e AIDS, mesmo quando assintomáticas estão associadas à: Perda auditiva congênita no neonato Perda auditiva de aparecimento tardio Perda auditiva progressiva * essas situações podem ocorrer mesmo com a exposição peri ou pósnatal Perda Auditiva Viral - Rubéola Doença infecto contagiosa causada pelo Togavírus Contágio Pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas com vírus (saliva, tosse, secreção nasal) Contato direto com objetos do indivíduo contaminado Perda Auditiva Viral - Rubéola Incubação 15 dias Sintomas parecidos com os da gripe Formas subclínicas (a pessoa está com a doença sem manifestação de todos os sintomas) 27 28 29 30 31 32 27/04/2015 6 Perda Auditiva Viral - Rubéola Sintomas Exantemas (manchas vermelhas que aparecem 1º na face e atrás da orelha e depois de espalham pelo corpo) Dor de cabeça Dor ao engolir Dores no corpo (articulações e músculos) Coriza Aparecimento de gânglios (ínguas) Febre Perda Auditiva Viral – Rubéola Materna 71% de malformações fetais (infecção antes da 10ª semana de gestação) (Gregg,1991) 50% dos bebês com PANS (Miller, 1991) Podem ocorrer: Malformações encefálicas, Malformações cardiovasculares Alterações oftalmológicas Distúrbios urogenitais Distúrbios endocrinológicos (20 a 40% de diabettes mellitus com início após a adolescência) Perda Auditiva Viral – Síndrome da Rubéola Congênita Aborto espontâneo Malformação congênita de grandes órgãos e sistemas Oculares (microftalmia, retinopatia, glaucoma e catarata) Cardíaca (persistência do ducto arterial, defeitos do tabique interauricular e interventricular, estenose da artéria pulmonar) Perda auditiva Alterações neurológicas Esplenomegalia e Osteopatia radiolúcida Perda Auditiva Viral – Síndrome da Rubéola Congênita Características audiológicas PANS bilateral de grau moderado a profundo (> incidência de profundo) − Configuração audiométrica descendente − Simétrica ou assimétrica − Pode ser progressiva Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos − ausentes ou presentes (dependendo do grau da perda auditiva) Necessário acompanhamento auditivo até os 2 anos de idade Perda Auditiva Viral – Síndrome da Rubéola Congênita Características audiológicas EOAT − Ausentes EOAPD − Presentes ou ausentes (dependendo do grau da perda auditiva) PEATE neurológico 33 34 35 36 37 27/04/2015 7 − Normal ou alterado (a doença pode causar lesão no SNAC) Perda Auditiva Viral – Síndrome da Rubéola Congênita Tratamento Alívio dos sintomas Repouso Imunização (prevenção) − Crianças (15 meses a 12 anos de idade) − Campanhas (epidemias) − Mulheres em idade fértil (3 meses sem engravidar) Não entrar em contato com pessoas com a doença nem com objetos da pessoa infectada Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Infecção aguda, contagiosa, causada pelo Paramyxovirus, com predileção pelas glândulas parótidas, mas pode atingir qualquer tecido glandular e nervoso Contágio Pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas com vírus (saliva, tosse, secreção nasal) Contato direto com objetos do indivíduo contaminado Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Incubação 14 a 24 dias A maioria das pessoas não apresentam sintomas Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Sintomas Infecção das glândulas salivares Dor ao mastigar ou ao engolir Calafrios Dor de cabeça Falta de apetite Sensação de mal estar Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Complicações Alterações nos testículos − Inflamação e/ou esterilidade Alterações nos ovários − Inflamação e/ou esterilidade Inflamação viral no cérebro (encefalite ou meningite), 1 a 400/6000 casos, que pode provocar: − Cefaléia, rigidez no pescoço, sonolência, coma ou convulsões − Paralisia facial e PANS unilateral − Vertigem, ataxia e vômitos Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Fisiopatologia O vírus se dissemina pela estria vascular e células basais do utrículo e sáculo, depois para a perilinfa, produzindo fibrose intralabiríntica, com degeneração do órgão de 38 39 40 41 42 43 27/04/2015 8 Corti e comprometimento da região basal Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Características audiológicas PANS unilateral (raros casos bilateral) de grau profundo ou anacusia de início súbito − 20% dos casos há comprometimento do nervo coclear Logoaudiometria (só reconhece a fala do lado não lesado) Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos e PEATE − Paralisia facial unilateral − Compatíveis com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico − Perda Auditiva Viral – Parotidite (Caxumba) Tratamento Alívio dos sintomas Repouso Imunização (Prevenção) Não entrar em contato com o indivíduo infectado, nem com seus pertences Perda Auditiva Viral – Sarampo Doença causada por um paramixovírus do gênero Morbillivirus É altamente contagiosa e afeta principalmente crianças Perda Auditiva Viral – Sarampo Contágio Pelas vias respiratórias com a aspiração de gotículas com vírus (saliva, tosse, secreção nasal) Contato direto com objetos do indivíduo contaminado Incubação 8 a 12 dias Perda Auditiva Viral – Sarampo Sintomas Febre alta Coriza Olhos vermelhos Pequenas manchas brancas na parte interna da boca Erupção cutânea (começando no pescoço e na face e gradualmente se espalhando pelo corpo) Perda Auditiva Viral – Sarampo Características audiológicas PANS bilateral de grau severo a profundo súbita e simultânea a erupção das bolhas − Coclear ou retrococlear Configuração audiométrica descendente Logoaudiometria − Varia de acordo com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico 44 45 46 47 48 49 27/04/2015 9 Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos (presentes x ausentes) PEATE (normal x alterado) Perda Auditiva Viral – Sarampo Tratamento Alívio dos sintomas Repouso Imunização (Prevenção) Não entrar em contato com o indivíduo infectado, nem com seus pertences Perda Auditiva Viral – Herpesviridae Família de vírus cujos os genes estão contidos em uma molécula de DNA (DNA-vírus) Existem 8 diferentes vírus da família Herpes que podem causar doenças em humanos, as espécies mais disseminadas são: − HSV-1 (herpes labial) e HSV-2 (herpes genital) − Varicela-zoster (catapora) e herpes-zóster − Epstein-Bar (mononucleose) e o citomegalovírus − Vírus herpes humano 6, 7 e 8 − Perda Auditiva Viral – Herpesviridae O herpes é uma das infecções humanas mais comuns, pode provocar manifestações mais graves em Neonatos Indivíduos imunocomprometidos (HIV e transplantados) − Acomete o SNC − Pode deixar sequelas graves em 80% dos indivíduos − Perda Auditiva Viral – Varicela (catapora) Doença infecciosa causada pelo vírus Varicela-Zóster (família Herpes). Altamente contagiosa, mas geralmente benigna Uma vez adquirido o vírus a pessoa fica imune por toda a vida, mas o vírus permanece no organismo e pode se manifestar no futuro como herpes zóster Perda Auditiva Viral – Varicela (catapora) Contágio Contato direto com a saliva ou secreções respiratórias da pessoa infectada Contato com o líquido do interior das vesículas Incubação Em média 15 dias Perda Auditiva Viral – Varicela (catapora) Sintomas Febre Mal estar Inapetência Cefaléia 50 51 52 53 54 55 27/04/2015 10 Cansaço Manchas avermelhadas pequenas bolhas com líquido em seu interior crostas Coceira Perda Auditiva Viral – Varicela (catapora) Tratamento Alívio dos sintomas Repouso Imunização Não entrar em contato direto com o infectado ou com objetos de seu uso Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Doença infecciosa aguda, resultante da reativação do vírus latente da varicela-zoster em indivíduos parcialmente imunizados após infecção prévia A reativação provocamanifestação clínica diferente da infecção primária que, no entanto, é causada pelo mesmo vírus Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Contágio Contato com as secreções contidas nas vesículas, quando estas eclodem A transmissão ocorre quando a pessoa receptora está com baixa imunologia Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Sintomas Lesões somente no segmento de pele inervado pelo ramo nervoso acometido pelo vírus e em apenas um dos lados do corpo - "cobreando-se", ou seja, ziguezagueando, daí a origem do nome popular "cobreiro" para este mal Dor no local eclosão das bolhas, deixando a pele avermelhada, além de indisposição Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Características audiológicas PANS de grau variável e início súbito − Uni (mais comum) ou bilateral − Configuração audiométrica descendente Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos presentes ou ausentes − Dependendo do grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Características audiológicas PEATE 56 57 58 59 60 61 27/04/2015 11 − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico Depois que a infecção for sanada pode ocorrer restauração da audição (Herpes adquirida) − A recuperação depende do grau da perda auditiva quanto maior a perda auditiva menor a possibilidade de remissão total da audição Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Infecção congênita por herpes-zoster PANS Encefalites Acometimentos neurológicos − Déficit intelectual − Paralisia cerebral Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Síndrome de Ramsay-Hunt PANS súbita Vertigem Zumbido Paralisia facial periférica Lesões cutâneas no MAE Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Complicações Encefalites Meningoencefalites Neurite periférica múltipla − Surdez súbita − Vertigem rotatória e sintomas neurovegetativos − Tumefação do pavilhão auditivo − Otalgia e Zumbido − Plenitude auricular e queimação − Acometimento do meato acústico interno, nervo trigêmeo, vago e glossofaríngeo Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Complicações Agnosia auditiva ou surdez cortical − Devido a necrose focal no córtex, principalmente nas regiões temporais e orbitofrontais − As lesões acometem o córtex auditivo bilateralmente Perda Auditiva Viral – Herpes Zoster Tratamento Acompanhamento audiológico − Perda auditiva progressiva 62 63 64 65 66 27/04/2015 12 Repouso Não entrar em contato direto com o infectado ou com objetos de seu uso (nem com pessoas com catapora) Medicamentoso − Reduzir a dor − Impedir a progressão da doença e complicações Perda Auditiva Viral – Citomegalovírus (CMV) O CMV faz parte da família do herpes vírus (herpes vírus simples tipo 1 e 2, vírus de varicela zoster, vírus Epstein Bar e outros herpes vírus humanos) É um vírus comum, sendo que mais da metade dos adultos são afetados até os 40 anos de idade Perda Auditiva Viral – Citomegalovírus (CMV) Contágio Hematológico − Intraútero − Transfusões de sangue Contato com secreções − Leite materno − Lágrima − Saliva − Urina Perda Auditiva Viral – Citomegalovírus (CMV) Diagnóstico Laboratorial Sintomas − Em geral é assintomático − Aumento dos gânglios do pescoço − Mal estar − Dores nas articulações − Cansaço − Erupções na pele − Elevação do volume do baço e do fígado Perda Auditiva Viral – Citomegalovírus (CMV) Características audiológicas PANS uni ou bilateral de grau moderado a profundo − CMV responsável por cerca de 15 a 20% dos casos de perda auditiva congênita − Perda auditiva de início tardio (neonatal ou após alguns meses do nascimento) − Perda auditiva progressiva − ACOMPANHAMENTO AUDIOLÓGICO até os 2 anos de idade Perda Auditiva Viral – Citomegalovírus (CMV) Características audiológicas Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Curva timpanométrica do tipo A 67 68 69 70 71 27/04/2015 13 Reflexos acústicos e PEATE − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão − Perda Auditiva Viral – Citomegalovírus (CMV) Tratamento Medicamentoso (RN – CMV congênito) − Uso de ganciclovir ajuda a prevenir a perda auditiva causada pelo CMV − Ganciclovir tem toxicidade elevada hospitalização por 2 meses devido à gravidade dos efeitos colaterais Evitar contato com pessoas contaminadas e objetos Usar preservativo nas relações sexuais Repouso Alívio dos sintomas Perda Auditiva Viral – HIV Infecção causada pelo retrovírus da imunodeficiência adquirida (HIV) Contágio Sexual Intravenosa (compartilhamento de agulhas) Perinatal (momento do parto) Sanguíneo (transfusões de sangue) Perda Auditiva Viral – HIV Incubação e sintomas Infecção aguda (3 a 6 semanas) ataque inicial do HIV ao sistema imunológico − Sintomas: parecidos com os de uma gripe (febre e mal estar) Assintomático interação entre as células de defesa e as constantes mutações do vírus Perda Auditiva Viral – HIV Incubação e sintomas Sintomática inicial alta destruição dos linfócitos − Sintomas: febre, diarréia, suores norturnos e emagrecimento − AIDS (Síndrome da Imunodeficiência Adqurida) baixa imunidade e surgimento de doenças oportunistas − Sintomas: febre, diarréia, suores norturnos e emagrecimento Perda Auditiva Viral – HIV Alterações audiológicas 72 73 74 75 76 27/04/2015 14 Ototoxicidade − Uso de antiretrovirais − Drogas para combater as outras doenças − Maior impacto • Adultos > 45 anos • História pregressa de PAIR • Zumbido Alterações do SNC − Associação com outras doenças Perda Auditiva Viral – HIV Características audiológicas PANS bilateral de grau variável − Depende da etiologia da infecção oportunista − Coclear ou retrococlear Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos e PEATE − Variam de acordo com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Perda Auditiva Viral – HIV Tratamento Medicamentos (controlar a carga viral existente no indivíduo infectado, aumentar o número de células de defesa do organismo , tratar e prevenir infecções oportunistas) O uso de preservativo em qualquer relação sexual Utilizar seringas e agulhas descartáveis Gestantes cuidados pré, peri e pós natais Acompanhamento audiológico Perda Auditiva Infecciosa Bacteriana Bactérias são organismos unicelulares, procariontes que possuem tamanho microscópio. Possuem diversas funções e podem parasitar a espécie humana provocando doenças Boa parte das infecções humanas são provocadas por bactérias. Essas infecções ocorrem geralmente pela inalação ou ingestão de tais organismos Perda Auditiva – Meningite Meningite é um processo inflamatório das meninges que envolvem o cérebro e a medula espinhal Os tipos de meningites mais comuns são as virais e as bacterianas. As meningites virais são, em geral, brandas e apresentam sintomas e tratamento semelhantes aos da 77 78 79 80 27/04/2015 15 gripe comum Perda Auditiva – Meningite As meningites virais são mais frequentes em crianças > de 2 anos de idade e geralmente tem como sequelas as perdas auditivas neurossensoriais Os principais vírus responsáveis por tais perdas auditivas são: enterovírus, parotidite endêmica, coriomeningite linfocitária benigna, mononucleose, arboviroses, citomegalovírus, varicela-zoster, herpes simples e HIV Perda Auditiva Bacteriana – Meningite A meningite bacteriana pode ser causada pelas bactérias meningococos, pneumococos e Haemophylus. Das três a meningocócica é a mais facilmente transmissível pela via respiratória e a que apresenta evolução clínica mais rápida Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Contágio Contato com gotículas de secreções nasofaríngeas do indivíduo infectado Incubação 2 a 10 dias Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Sintomas Início súbito, com febre, cefaléia intensa, náuseas, vômitos, acompanhada em alguns casos por manifestações cutâneas e sinais de irritação meníngea. São características de Irritação Meníngea: − Rigidez de nuca; − Sinal de Kerning (flexão da perna sobre a coxa e desta sobre a bacia ao se elevar o tronco, quando em decúbito dorsal) − Sinal de Brudzinski (mesmo movimento de flexão, ao se antefletir a cabeça) Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Sintomas Podem aparecer também: convulsões, paralisias, tremores, transtornos pupilares, hipoacusia e ptose palpebral Delírio e coma podem surgir no início da doença e casos fulminantes com sinais de choque Crianças abaixo de 9 meses, raramente apresentam sinais de irritação meníngea, mas outros sinais permitem a suspeita: − febre, irritabilidade, recusa alimentar, vômitos, convulsões, abaulamento da fontanela Perda Auditiva Bacteriana – Meningite 81 82 83 84 85 86 27/04/2015 16 Complicações Necroses profundas com perdas de substância Perda auditiva parcial ou completa Miocardite, pericardite Alterações neurológicas: paralisias, paresias, abcesso cerebral, hidrocefalia, artrite Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Fisiopatologia da Perda auditiva A PANS pós meningite bacteriana esta associada à disseminação do processo inflamatório para o canal auditivo e aqueduto coclear A infecção que atinge o aqueduto coclear pode se propagar para o espaço subaracnóídeo da fossa média e saco endolinfático Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Fisiopatologia da Perda auditiva Uma labirintite serosa ou purulenta pode causar destruição completa ou parcial dos receptores sensoriais do VIII nervo As formas serosas podem causar perda auditiva temporária, mas a infecção local pode determinar a substituição do labirinto membranoso por tecido fibroso e neoformação óssea, determinando perda auditiva permanente Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Fisiopatologia da Perda auditiva Outros mecanismos possíveis incluem lesão direta da fibra nervosa, dano isquêmico secundário (êmbolo séptico, vasculite com trombose) e acometimento das vias auditivas centrais Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Fisiopatologia da Perda auditiva A meningite causada por Streptococus pneumoniae pode levar à ossificação da cóclea inviabiliza a inserção do IC Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Características audiológicas PANS uni ou bilateral de grau severo a profundo − Início súbito − Déficits sutis também podem ocorrer como sequela − Coclear ou retrococlear Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Perda Auditiva Bacteriana – 87 88 89 90 91 92 27/04/2015 17 Meningite Características audiológicas Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos e PEATE − Variam de acordo com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Perda Auditiva Bacteriana – Meningite Tratamento e Prevenção Isolamento Repouso Medicamentos − Controle dos sintomas − Evolução da doença Evitar contato com pessoas infectadas Imunização Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis A sífilis, ou lues, é uma doença sexualmente transmissível (DST) causada pela bactéria Treponema pallidum É uma infecção crônica com manifestações cutâneas temporárias, de distribuição universal pode ser adquirida ou congênita Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis A sífilis adquirida está dividida em estágios: primário, secundário, latente e terciário As duas primeiras fases apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e também quando há mais possibilidade de transmissão Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis Estágio latente sem sintomas, mas ainda potencialmente transmissível, com chances de recaídas para o estágio secundário, ou, então, entra em sua fase terciária Fase terciária órgãos-alvo, tomados pela bactéria, começam a se inflamar lenta e progressivamente, resultando num quadro severo que, no mínimo, deixa sequelas irreversíveis Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis Sífilis congênita mãe portadora de sífilis transmite a doença para o feto pode ocorrer aborto ou malformações Contágio Relações sexuais Durante a gestação (mãe para o feto) Transfusões sanguínea 93 94 95 96 97 27/04/2015 18 Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis Incubação 3 a 90 dias Sintomas (Sífilis Congênita) Pneumonia Feridas no corpo Cegueira Problemas ósseos Perda auditiva Comprometimento neurológico Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis Características audiológicas PANS bilateral de grau severo a profundo − Configuração audiométrica variável − Pode ser flutuante − Coclear ou retrococlear Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos e PEATE − Variam de acordo com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão − Perda Auditiva Bacteriana – Sífilis Tratamento Medicamentoso − Adquirida − Congênita O uso de preservativo em qualquer relação sexual Utilizar seringas e agulhas descartáveis Gestantes cuidados pré, peri e pós natais Acompanhamento audiológico Perda Auditiva Vascular Devido as alterações da parede do vaso ou fluxo sanguíneo ou alterações da composição sanguínea Perda Auditiva Vascular PANS insuficiência microcirculatória decorrente de uma oclusão vascular por embolia, hemorragia ou vasoespasmo e que estes, por sua vez, seriam decorrentes de 98 99 100 101 102 27/04/2015 19 uma síndrome de hiperviscosidade ou microangiopatia Perda Auditiva Vascular Hiperviscosidade sanguínea diminuição do fluxo sanguíneo capilar diminuição do transporte de oxigênio hipóxia tecidual perda auditiva − Perda Auditiva Vascular Hipertensão arterial Modificações iônicas dos potencias celulares Perda auditiva − Perda Auditiva Vascular Microangiopatias Aumento da pressão dentro dos vasos hemorragia nos capilares da OI perda auditiva − Perda Auditiva Vascular Etiologia (geral) Doenças hematológicas (leucemias, mieloma) Problemas cervicais Hipertensão ou hipotensão arterial Arteriosclerose Diabetes Problemas cardíacos Insuficiência renal Perda Auditiva Vascular Etiologia – Lesão trombose Diabetes Lipidemias Arteriosclerose Contraceptivos orais 103 104 105 106 107 27/04/2015 20 Perda Auditiva Vascular Etiologia – Lesão por Hemorragia Embolia gordurosa na orelha interna (decorrente de acidentes com esmagamento, cirurgias de mama e de fêmur) Hipertensão arterial Perda Auditiva Vascular Etiologia – Lesão vascular Fatores vasculares associados a: − Estresse − Instabilidade emocional − Desequilíbrios neurovegetativos Perda Auditiva Vascular Características audiológicas PANS − Súbita x Progressiva − Reversível x Irreversível − Configuração audiométrica horizontal / descendente / frequências isoladas − Recrutamento Perda Auditiva – Hemolítica - Eritroblastose Fetal O agente Rh é uma proteína sanguínea que pode estar presente (Rh+) ou não (Rh-) presente no sangue humano Eritroblastose fetal Doença hemolítica causada pela incompatibilidade do sistema Rh entre a mãe (Rh-) e o feto (Rh+) Durante a gestação há produção de anticorpos anti-Rh para tentar destruir o agente Rh do feto (considerado intruso) Perda Auditiva – Hemolítica - Eritroblastose Fetal Produzidos os anticorpos eles ficam na corrente sanguínea da mãe 1º filho menos afetado Demais filhos incompatibilidade Rh sem tratamento anticorpos da mãe destroem as hemácias do feto feto produz mais hemácias que chegam a corrente sanguínea imaturas (eritroblastos) Perda Auditiva – Hemolítica - Eritroblastose Fetal Sintomas (leve a grave) Anemia Icterícia Deficiência mental Paralisia cerebral Edema generalizado 108 109 110 111 112 113 27/04/2015 21 Fígado e baço aumentados PANS de grau moderadoa profundo Morte (durante a gestação ou após o parto) Perda Auditiva – Hemolítica - Eritroblastose Fetal Tratamento Pré natal − Pesquisa de anticorpos anti-Rh − Em caso positivo injeção intramuscular de um concentrado de anticorpos que combate os antígenos Rh após: • 72 horas do parto do 1º filho, • Aborto espontâneo ou induzido • Gravidez ectópica − Perda Auditiva – Hemolítica - Eritroblastose Fetal Tratamento Pós natal − Se o bebê nascer com a doença, a primeira medida terapêutica é substituir seu sangue por meio de transfusão de sangue negativo, que não será destruído pelos anticorpos anti-Rh da mãe que passaram ao filho através da placenta − Como vivem cerca de três meses, as hemácias transferidas serão substituídas aos poucos pelas do bebê cujo fator Rh é positivo. Quando isso ocorrer por completo, não haverá mais anticorpos anti-Rh da mãe na circulação do filho Perda Auditiva Metabólica Etiologia (geral) Doenças hematológicas (leucemias, mieloma) Problemas cervicais Hipertensão ou hipotensão arterial Arteriosclerose Diabetes Problemas cardíacos Insuficiência renal Perda Auditiva Metabólica As estruturas da orelha interna possuem intensa atividade metabólica e podem ter o seu funcionamento comprometido quando acometidas por distúrbios metabólicos sistêmicos Perda Auditiva Metabólica Etiologia Metabolismo eletrolítico − Doença de Ménière − Doença renal Metabolismo do oxigênio − Diabettes mellitus − Hipoglicemias Perda Auditiva Metabólica Etiologia 114 115 116 117 118 119 27/04/2015 22 Metabolismo dos lípides − Hiperproteinemia Metabolismo dos hormônios tireoidianos − Hipertiroidismo − Hipotireoidismo Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo eletrolítico Hidropsia Endolinfática Etiologia − Idiopática − Hipo ou hiperglicemia − Hiperinsulinemia ou insulinopenia − Hipoadrenalismo ou hipopituitarismo − Hipotireoidismo − Deficiências nutricionais − Alergia por inalantes ou alimentos − Doenças autoimunes − Doenças virais Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo eletrolítico Hidropsia Endolinfática Etiologia − Labirintites por otite média serosa − Traumatismo craniano, cervical ou acústico − Distúrbios cardiovasculares − Osteodistrofias da cápsula ótica − Estreitamento de meato acústico interno − Senilidade labiríntica − Distonias neurovegetativas − Distúrbios psicossomáticos. Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo eletrolítico Hidropsia Endolinfática Inúmeras causas Fisiopatologia desconhecida − Está relacionada com anormalidades na produção e absorção de fluídos e íons na OI − A doença de Ménière pode ser uma manifestação localizada de um metabolismo alterado dos carboidratos, que afeta os processos bioquímicos da OI Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo eletrolítico Hidropsia Endolinfática Patologias mais conhecidas − Síndrome de Lermoyez − Doença de Ménière Síndrome de Lermoyez Doença rara caracterizada pela aparição lenta e progressiva de zumbido + PANS unilateral Seguida de vertigem associada a náuseas e vômitos 120 121 122 123 124 27/04/2015 23 Após a crise vertiginosa há melhora da surdez e dos zumbidos, sendo que muitas vezes a audição pode retornar a seus níveis normais Síndrome de Lermoyez Etiologia Alergias Alterações vasculares Síndrome de Lermoyez Fisiopatologia vasoconstrição da artéria auditiva interna ou na artéria coclear e/ou na artéria vestibular hipoacusia e zumbidos Vertigem circulação foi reestabelecida Síndrome de Lermoyez Considerações A Síndrome de Lermoyez é totalmente distinta da Doença de Ménière Crise vertiginosa − Síndrome de Lermoyez melhora audição e desaparece o zumbido − Doença de Ménière piora da audição Prognóstico − Síndrome de Lermoyez bom prognóstico − Doença de Ménière mal prognóstico Doença de Ménière Doença caracterizada por: Crises de vertigem − Duração de 20 minutos ou mais (até dias) − Presença de sintomas neurovegetativos PANS − Unilateral (na maioria dos casos) − Flutuante − Pode ocorrer sensação de diplacusia e intolerância aos sons Zumbido de pitch grave ipsilateral à PANS Plenitude auricular Doença de Ménière Classificação da Doença de Ménière Comprovada − Confirmação histopatológica Definida − 2 ou + crises vertigininosas > 20 minutos − PANS comprovada por ATL, pelo menos 1 vez − Zumbido ou plenitude auricular Doença de Ménière Classificação da Doença de Ménière Provável 125 126 127 128 129 130 27/04/2015 24 − Um episódio de crise vertigininosa > 20 minutos − PANS comprovada por ATL, pelo menos 1 vez − Zumbido ou plenitude auricular − Possível − Um episódio de crise vertigininosa > 20 minutos − PANS flutuante ou estável, com desequilíbrio, mas sem episódios definidos − − Doença de Ménière Formas atípicas Vestibulares − Vertigem sem PANS e zumbido Cocleares − PANS flutuante + zumbido sem vertigem Síndrome de Lermoyez − Melhora da audição após a crise de vertigem Crises de Tumarkin − Vertigens súbitas que levam o doente à queda devido a alteração do reflexo vestibuloespinal pode ocorerr no estágio avançado da Doença de Ménière Doença de Ménière Etiologia multifatorial Anatômico − Redução de pneumatização do mastóide e hipoplasia do aqueduto vestibular Genético − 7,7% hereditário Imunológico − Deposição de imunocomplexos no saco endolinfático Viral? Doença de Ménière Etiologia multifatorial Vascular − Associado a enxaqueca Metabólico − Bomba de sódio na estria vascular − Endolinfa rica em potássio Psicológico − Obsessivo − Neurótico Doença de Ménière Fisiopatologia O que causa a hidropsia? − Obstrução do ducto ou saco endolinfático − Alteração na absorção da endolinfa − Lesão imunológica na orelha interna − 131 132 133 134 27/04/2015 25 Doença de Ménière Epidemiologia Predomínio em brancos Incidência 1/1000 indivíduos 20 a 50 anos de idade − Raro em crianças Uni ou bilateral − Unilateral (maior parte dos casos) − Bilateral (40% dos casos) Doença de Ménière Estágios da doença Estágio I − Vertigem − Assintomático nas remissões Estágio II − PANS ascendente (flutuante permanente) − Sem vertigem Estágio III − PANS − Vertigem − Desequílibrio Doença de Ménière Características audiológicas ATL (VA e VO) − PANS unilateral − Flutuante − Configuração audiométrica (muda com as crises) • Ascendente no estágio inicial • “U” invertido • Horizontal • Descendente Doença de Ménière Características audiológicas Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva − Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos, EOA e PEATE − Variam de acordo com o grau da perda auditiva Doença de Ménière Características audiológicas Exame vestibular Resultado esta relacionado ao momento de realização (crise ou entre as crises) − Presença de nistagmo espontâneo (crise) − Provas calóricas 135 136 137 138 139 27/04/2015 26 • Normal e simétrica (entre as crises) • Hiporreflexia no lado lesado (crise) • Doença de Ménière Características audiológicas Testes especiais (no caso de PANS) − ECochG − Teste Osmótico PEACL - ECochG Objetivo Registrar os eventos bioelétricos da cóclea e do nervo coclear que ocorrem antes dos 5 ms São registrados três fenômenos elétricos: Microfonismo coclear (MC) Potencial de Somação (PS) Potencial de Ação (PA) PEACL - ECochG Microfonismo coclear (MC) Consiste em uma atividade elétrica gerada na despolarização das células ciliadas externas e internas, é pré-sináptico, ocorre no exato instante em que o som chega à cóclea (não tem latência) e imita o estímulo acústico em sua morfologia e apresenta a mesma polaridade PEACL - ECochG Microfonismo coclear (MC) Fonte Geradora − Predominantemente CCE Resposta ao estímulo-polaridade − Inverte e acompanha a polaridade do estímulos Resposta ao estímulo-intensidade − Não há modificação na latência PEACL - ECochG Potencial de Somação (PS) Fonte Geradora − Predominantemente CCI Resposta ao estímulo-polaridade− Não inverte Resposta ao estímulo-intensidade − Acompanha o PA 140 141 142 143 144 27/04/2015 27 PEACL - ECochG Potencial de Ação (PA) Fonte Geradora − Disparos sincrônicos dos neurônios aferentes primários, predominantemente na porção basal da cóclea Resposta ao estímulo-polaridade − Não inverte Resposta ao estímulo-intensidade − 10 dB de diminuição da intensidade = 0,3 ms de aumento na latência PEACL - ECochG Valores de referência PA − latência ~1,50ms para clique de 80 dBNA − latência ~ 4,00ms para clique 10 dBNA PS − quando visível, não deve exceder 35% da amplitude do PA Teste Osmótico Avalia a melhora transitória da audição após a ingestão de substâncias hiperosmolares (glicerol, isosorbido e uréia) que desidratam a cóclea promovendo uma absorção do excesso de endolinfa Substância mais utilizada é o glicerol Teste Osmótico Só é realizada com o paciente em jejum e após a avaliação audiológica basal, se for detectada PANS O paciente ingere 100g de glicerol 95% (diurético osmótico) diluído na mesma quantidade de água ou suco A avaliação audiológica (ATL, IPRF ou ECochG) é então repetida 60, 120 e 150 minutos após a ingestão do glicerol Teste Osmótico Teste positivo Melhora na ATL − > 10 dB em 2 ou + frequências sonoras (250 Hz a 2000 Hz) Melhora na logoaudiometria − > 12% no IPRF Melhora na ECochG − Variação individual (sensibilidade 84%) 145 146 147 148 149 27/04/2015 28 Doença de Ménière Tratamento Orientação nutricional e mudanças de hábitos − Evitar jejum • Alimentar-se em intervalos regulares e curtos, aproximadamente a cada três horas − Evitar os açúcares de absorção rápida − Reduzir significativamente o uso de sal − Manter a ingestão hídrica • Ingerir líquidos (água, leite desnatado, sucos de frutas, sem açúcar) regularmente ao longo do dia e repor líquidos logo após sua perda por exercícios ou exposição ao calor Doença de Ménière Tratamento Orientação nutricional e mudanças de hábitos − Reduzir ou abolir • Café, chá e refrigerantes • Bebidas alcoólicas • Fumo − Evitar • Alimentos com glutamato monossódico • Uso de aspirina • Automedicação. Doença de Ménière Tratamento Medicamentoso − Alívio dos sintomas − Diminuição da pressão do líquido endolinfático − Internação vertigem incapacitante • Labirintectomia química administração transtimpânica de drogas ototóxicas (gentamicina e estreptomicina) • Audiometria seriada • Avaliação vestibular pré e pós tratamento • 70 a 90% de melhora da vertigem • 75% de preservação da audição • Reabilitação labiríntica após alta hospitalar Doença de Ménière Tratamento Cirúrgico − Descompressão do saco endolinfático − Labirintectomia • Destruição de todo o labirinto membranoso (via endoaural e translabiríntica) • Não há audição residual do lado que irá ser operado − Neurectomia vestibular • Secção dos nervos vestibulares com conservação do nervo coclear (via fossa média ou retrolabiríntica) • Audição residual do lado que irá ser operado Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo eletrolítico 150 151 152 153 154 27/04/2015 29 Doença Renal Fisiopatologia − Insuficiência renal Utilização de diuréticos e antibióticos ototóxicos e apresentam hipertensão arterial − Insuficiência renal pode aparecer como consequência de Diabetes mellitus ou de doença vascular arteriosclerótica − Sd de Alport nefrite crônica, hematúria, insuficiência renal progressiva e PANS − Acidose tubular renal PANS progressiva Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio O metabolismo do oxigênio depende do metabolismo da glicose e da insulina As estruturas da OI necessitam de oxigênio, glicose e disponibilidade de ATP para a manutenção do potencial endococlear A insulina atua nas transformações metabólicas da glicose, reações oxidativas e aumenta a eficiência da fosforilação oxidativa, responsável pela produção de ATP Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio Hipóxia órgão de Corti ducto coclear Causas mais comuns de hipóxia: Doenças vasculares arterioscleróticas Hiperlipoproteinemia Hipercoagulabilidade Inflamação Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio Patologias alterações endoteliais (edema, rompimento dos eritrócitos, aglutinação de plaquetas e vasoconstrição) diminuição do leito vascular diminuição do aporte de oxigênio Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio Diabettes Mellitus PANS bilateral − Progressiva com configuração audiométrica descendente − Acompanhada ou não de sintomas como zumbido, vertigem e tontura − Pode ser flutuante nas alterações graves da glicose/insulina Fisiopatologia − A etiopatogenia desses sintomas não estão bem esclarecidas Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio Diabettes Mellitus − Pode ocorrer uma microangiopatia promovendo hipóxia da perilinfa por um dos seguintes mecanismos: • Estreitamento dos pequenos vasos redução do fluxo sanguíneo diminuição de oxigênio na OI • Aumento das paredes capilares interferência no transporte de nutrientes através das paredes capilares • Alterações no metabolismo da glicose na OI causando hidropsia e distorções 155 156 157 158 159 27/04/2015 30 de membrana basilar • Neuropatia diabética degeneração secundária do VIII par crâniano Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio Hipoglicemias É um complexo sintomático associado com a velocidade e severidade da queda da glicose no sangue − Queda de glicose rápida: palpitação, tremor, ansiedade, náusea, vômito, perda da consciência e coma. Esses sintomas são devidos à liberação de epinefrina e são prontamente aliviados pela glicose − − Queda de glicose lenta: cefaléia, tontura, irritabilidade, confusão mental e letargia, que também podem evoluir para coma Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo do oxigênio Hipoglicemias Alteração vestibulococleares − PANS − Vertigens recidivantes de flutuação − Instabilidade − Vertigem postural − Sintomas da doença de Ménière Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo dos lípideos Hiperlipoproteinemia aumento na concentração plasmática de uma ou mais lipoproteínas Hiperlipidemia níveis anormalmente elevados de lípides séricos (colesterol e/ou triglicérides) Perda Auditiva Metabólica – Metabolismo dos lípideos Alterações na OI PANS − Etiopatogenia • Não está bem esclarecida • Pode-se atribuir a oclusão vascular e subsequente hipóxia da estrutura da OI Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos Várias doenças estão associadas às alterações Tireoidianas e Perda Auditiva Disfunção tireoidiana congênita − Não genética − Genética Disfunção tireoidiana adquirida − Não genética − Genética Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos Disfunção tireoidiana congênita não genética Cretinismo endêmico − Causado por uma severa deficiência de iodo que perdura por várias gerações − Acompanhado de retardo mental − Bócio 160 161 162 163 164 165 27/04/2015 31 − Perda auditiva mista Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos Disfunção tireoidiana congênita não genética Cretinismo endêmico − Perda auditiva mista • OM anomalias dos ossículos da cadeia ossicular, distorção das janelas oval e redonda, pobre pneumatização do osso temporal, espessamento da mucosa e hiperostose do promontório com ocasional fechamento da janela redonda • OI ectasia dos canais semicirculares, atrofia da estria vascular, degeneração do gânglio espiral e das células ciliares do órgão de Corti Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos Disfunção tireoidiana congênita genética Síndrome de Pendred − PANS congênita e progressiva − Bócio − Dificuldade de falar − Alteração de equilíbrio Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos Disfunção tireoidiana adquirida não genética Inclui cretinismo atireótico esporádico, hipotireoidismo juvenil e adulto − PANS de grau leve a moderado − Zumbido − Vertigem − Ataxia − Os sintomas podem ser reversíveis com a terapia de reposição com hormônio tireoidiano (incluindoa PANS) Metabolismo dos Hormônios Tireoidianos Disfunção tireoidiana adquirida genética Bócio esporádico (não endêmico) − PANS − Etiologia • Deficiência de iodo • Bocígenos naturais ou iatrogênicos • Disormogênicos (defeito no transporte de iodeto, defeito na organificação e na síntese do hormônio tireoideano) • A perda da audição é provavelmente devida à falta de hormônio tireoideano Perda Auditiva Metabólica Outras etiologias Disfunções hormonais ovarianas Anemia severa Insuficiência adrenocortical Obesidade Perda Auditiva Metabólica Características Audiológicas Gerais PANS − Uni ou bilateral − Grau variável − Simétrica ou assimétrica 166 167 168 169 170 171 27/04/2015 32 − Curva audiométrica em “U” invertido ou ascendente Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão Perda Auditiva Metabólica Características Audiológicas Gerais Curva timpanométrica do tipo A Reflexos acústicos, EOA e PEATE − Variam de acordo com o grau da perda auditiva e topodiagnóstico da lesão − Doença Autoimune Autoimunidade é uma resposta imune específica contra um antígeno ou uma série de antígenos próprios Doença autoimune ocorre quando a autoimunidade se perpetua ou se intensifica a ponto de causar danos nos tecidos celulares e sintomas Doença Autoimune Pode ocorrer por uma diminuição da tolerância aos componentes do próprio organismo ou por uma alteração no processo de diferenciação de antígenos externos (vírus e bactérias, por exemplo) Doença Autoimune Órgão específicas Anticorpos dirigidos aos antígenos de apenas um órgão do corpo (Ex. Tireoidite de Hashimoto) Não órgão específicas Anticorpos estão espalhadas pelo corpo (Ex. LES) Doença Autoimune Existem mais de 80 doenças autoimunes entre elas destacam-se Febre reumática Doenças do colágeno (lúpus, esclerodermia, dermatomiosite, polimiosite, artrite reumatóide, síndrome de Sjogren, doença mista do tecido conectivo) Síndrome do anticorpo antifosfolípide Púrpura trombocitopêntica (idiopática ou trombótica) Sarcoidose Doença Autoimune Vasculites (arterite temporal, arterite de Takaiassu, síndrome de Cogan, poliarterite nodosa, poliangite microscópica, granulomatose de Wegener, doença de Buerger e doença de Behçet) Policondrite recidivante Espondilite anquilosante Doença inflamatória intestinal (Chron e retocolite ulcerativa) Doença Autoimune Alopecia areata Vitiligo 172 173 174 175 176 177 178 27/04/2015 33 Diabetes mellitus (tipo I) Gastrite atrófica/anemia perniciosa Doença celíaca Cirrose biliar primária Colangite esclerosante Hepatite autoimune Síndrome de Goodpasture Doença Autoimune Tireoidites (Graves e Hashimoto) Nefropatia por IGA Doença de Guillain-Barré Esclerose múltipla Miastenia gravis Narcolepsia Doenças autoimunes do sistema nervoso Psoríasis Pênfigo Doença Autoimune Diagnóstico com exames laboratoriais Dosagem de imunoglobulinas (tgM, tgG R IgA) Velocidade de eritrossedimentação Nível de vitamina C no sangue Fatores reumatóides (aglutinação do látex, Waaler Rose) Doença Autoimune Diagnóstico com exames laboratoriais Fatores de auto-anticorpos (fatores antinucleares) Teste de complemento (CH-50, C-3, C1q, AP50 e C3d) Microbiologia (vírus EB, Citomegalovírus, vírus da hepatite B, toxoplasmose, sífilis, ricketsia) Perda Auditiva Autoimune A perda auditiva autoimune pode ocorrer isolada ou associada a doenças autoimunes e é decorrente da reação imunológica direcionada contra antígenos próprios da orelha interna As alterações histológicas demonstram vasculites que alteram o órgão de Corti e neurônios Pode ocorrer hidropsia endolinfática Perda Auditiva Autoimune Orelha interna e labirinto semelhantes em relação à imunidade Orelha interna responde mais rapidamente a um agente agressor: Antígeno coclear é prontamente estimulado quando ocorrem alterações na imunidade sistêmica 179 180 181 182 183 27/04/2015 34 Perda Auditiva Autoimune Etiologia - Dça Autoimune e DANS Poliartrite nodosa LES Artrite reumatóide Vasculite Granulamotose de Wegner Colite ulcerativa Perda Auditiva Autoimune Etiologia - Dça Autoimune e DANS Síndrome de Behçet Síndrome de Sjögren Síndrome de Cogan Policondrite recidivante Nefropatia IgA Perda Auditiva Autoimune Características do paciente 19 a 42 anos de idade Leve predominância do sexo feminino Indivíduos portadores de doenças sistêmicas grupo de risco Perda Auditiva Autoimune Características audiológicas PANS frequentemente bilateral − Surdez súbita − Assimétrica e progressiva Sintomas vestibulares: vertigem, instabilidade, ataxia Plenitude auricular e zumbido ocasionais Comumente parte de uma doença sistêmica imunoimediada Perda Auditiva Autoimune 184 185 186 187 188 27/04/2015 35 Diagnóstico História clínica e evolução Testes laboratoriais reforçam o diagnóstico testes antígenos não específicos Resposta terapêutica Perda Auditiva Súbita PANS de início súbito ou que se desenvolve num período de alguns dias ou algumas horas É a manifestação de alguma patologia Geralmente é unilateral Perda Auditiva Súbita Incidência 1 : 5000 Entre 40 e 60 anos de idade Distribuição semelhante entre os sexos Diagnóstico Emergência diagnóstico e tratamento precoces Importância da história clínica e diagnóstico etiológico Perda Auditiva Súbita Manifestações clínicas Hipoacusia Zumbido Vertigem Sensação de plenitude auricular Estalo Perda Auditiva Súbita Evolução Depende da etiologia − Remissão espontânea em 25% dos casos − Sequelas auditivas parciais − Perda auditiva permanente Perda Auditiva Súbita Etiologia Idiopática (75% dos casos) Doenças virais (parotidite, sarampo) Doenças bacterianas (meningite, encefalite e sífilis) 189 190 191 192 193 27/04/2015 36 Doenças metabólicas (Ménière) Traumas (trauma acústico, fístula perilinfática e fratura de crânio) Perda Auditiva Súbita Etiologia Exposição a ruído − Impacto simples manuseio de materiais, marteladas e disparos de arma de fogo − Ruído de impacto repetitivo prensas automáticas, guilhotinas ou ferramentas pneumáticas, os disparos de arma de fogo em rajadas consecutivas ou mesmos disparos repetidos Doenças do SNC (Schwanomma vestibular e esclerose múltipla) Drogas ototóxicas Paralisia Facial Periférica Etiologia Traumática − Traumatismo cranioencefálico com fratura do osso temporal − Fratura de mandíbula − Ferimento por arma de fogo ou branca − Cirurgias ao longo do trajeto do nervo facial − Traumas de parto (fórceps) Vasculares, metabólicas e hormonais − Crise hipertensiva − Diabetes mellitus − Hiper ou hipotiroidismo − Gestação Paralisia Facial Periférica Etiologia Infecciosas − Síndrome de Ramsay Hunt − Mononucleose − Tuberculose (forma otológica com otorréia crônica) − Sífilis − HIV − Herpes simples − Doença de Lyme (doença transmitida por carrapatos com quadro de artralgia, febre e eritema migratório) Paralisia Facial Periférica Etiologia Otológicas − Otite média crônica colesteatomatosa − Otite média aguda − Otite externa necrosante Neurológicas − Síndrome de Guillain-Barré (paralisia motora ascendente de membros e face) 194 195 196 197 27/04/2015 37 − Miastenia gravis − Esclerose múltipla − − − − Paralisia Facial Periférica Etiologia Neoplásicas − Carcinoma espinocelular − Tumores da orelha média − Tumores malignos de parótida − Leucemia aguda − Neurofibromatose − Tumores intracranianos Idiopática − Paralisia de Bell − − − − Paralisia Facial Periférica Incidência 2,025 casos a cada 100 habitantes (Bell) Pico de incidência entre 15 e 45 anos Sem diferença entre os gêneros Sem diferença entre os lados acometidos − − − − Paralisia Facial Periférica Prognóstico Tempo decorrido desde a instalação − Quanto > o tempo pior o prognóstico − Recuperação funcionaltorna-se deficitária e a perda da população de placas motoras terminais associada à denervação crônica reduzem a possibilidade de retorno significativo das funções neurais − − − Paralisia Facial Periférica Fases da paralisia Fase flácida (inicial) − Fonoterapia manter o metabolismo muscular ativo na hemiface paralisada, evitando atrofia Fase de sequelas 198 199 200 201 27/04/2015 38 − Ausência da recuperação completa da musculatura facial, normalmente acompanhada de contraturas e sincinesias − − − Paralisia Facial Periférica Características Audiológicas Limiares auditivos tonais normais Perda auditiva − Condutiva (otites crônicas colesteatomatosa, tumores glômicos e fraturas longitudinais de osso temporal) − Neurossensorial (Schwanoma vestibular, meningeoma, fraturas transversal de ossotemporal) Logoaudiometria − Compatível com a perda auditiva e topodiagnóstico Paralisia Facial Periférica Características Audiológicas MIA − Condutiva (curva timpanométrica do tipo B) − Limiares normais ou Neurossensorial (curva timpanométrica do tipo A) − REFLEXOS ACÚSTICOS* − Reflexos Acústicos Ausentes supraestapediana − Reflexos Acústicos Presentes infraestapediana − Paralisia Facial Periférica Reflexos Acústicos Topodiagnóstico da lesão Marcador de evolução do tratamento − Ausente aumentados normais − Indicador da degeneração eminente do nervo Trauma Acústico O trauma acústico é a perda auditiva de instalação súbita, decorrente de uma única exposição ao ruído muito intenso e de curta duração, geralmente de impacto Trauma Acústico Os ruídos de impacto podem ser Simples manuseio de materiais, marteladas e também disparos de arma de fogo Repetitivos prensas automáticas, guilhotinas ou ferramentas pneumáticas, os disparos de arma de fogo em rajadas consecutivas ou mesmos disparos repetidos Trauma Acústico Estímulo sonoro de alta intensidade lesões/alterações cocleares intensas como ruptura da membrana basilar, desorganização dos tecidos e células ciliadas, de maneira abrupta Pode ocorrer alterações nas células nervosas do gânglio espiral 202 203 204 205 206 207 27/04/2015 39 Trauma Acústico Fisiopatologia Energia acústica distende os tecidos da orelha interna, além dos seus limites de elasticidade, com rompimento e laceração desses tecidos ocorre instantaneamente a perda auditiva Trauma Acústico Fisiopatologia O órgão de Corti desligado da membrana basilar, deteriora e é substituído por um plano único de tecido epitelial escamoso, que restabelece a integridade do comportamento fluído da escala média Neste tipo de patologia as lesões são predominantemente mecânicas Trauma Acústico Fisiopatologia Quando o trauma acústico está associado a explosões, podem ocorrer simultaneamente lesões da orelha média, como perfuração timpânica e deslocamento dos ossículos, com interrupção da cadeia tímpano-ossicular Trauma Acústico Fisiopatologia Ruídos que excedam 140 dB, podem causar traumas mecânicos com ruptura de membrana timpânica, hemorragia e perda imediata e geralmente permanente da audição Trauma Acústico Aspectos clínicos História bem definida − Tem dia e horário Perda auditiva geralmente associada à zumbido Pode ocorrer hematoma ou perfuração de membrana timpânica Investigar fístula perilinfática Trauma Acústico Características audiológicas PANS uni ou bilateral − Início súbito − Grau variável − Gota acústica queda abrupta nas frequências de 3, 4 e 6kHz com recuperação em 8kHz − Fazer a acufenometria − Reversível x irreversível Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva Trauma Acústico Características audiológicas 208 209 210 211 212 213 214 27/04/2015 40 Curva timpanométrica do tipo A* − *Pode ocorrer ruptura da membrana timpânica Reflexos acústicos − Variam de acordo com o grau da perda Tratamento Prevenção Traumatismo Cranioencefálico Agressão traumática, com lesão anatômica, que pode apresentar comprometimento das funcionalidades tanto do crânio em si, quanto do couro cabeludo, das meninges ou do encéfalo Traumatismo Cranioencefálico O TCE é responsável por cerca de 40% dos óbitos no Brasil, onde as principais causas são: Acidentes de trânsito, Agressões físicas, Quedas, Ferimento por arma branca, Ferimento por arma de fogo. Traumatismo Cranioencefálico As sequelas decorrentes de um TCE podem ser diversas e dependem de diversos fatores, entre os quais: Natureza e gravidade do trauma Regiões cerebrais comprometidas Fatores externos ambientais Fatores relacionados com o sujeito − Idade, personalidade, estilo de aprendizagem e habilidades pré mórbidas Traumatismo Cranioencefálico Indivíduos após TCE podem apresentam prejuízos físicos, cognitivos, linguísticos, comportamentais e emocionais que repercutem em diferentes dimensões Educacional Profissional Familiar Social 215 216 217 218 27/04/2015 41 Traumatismo Cranioencefálico Diversidade de sequelas atendimento equipe multiprofissional Fonoaudiólogo Avaliação e Reabilitação Deglutição Comunicação − Fala − Linguagem − Audição Traumatismo Cranioencefálico Na audição pode ocorrer déficits no sistema auditivo periférico e/ou central dependendo do local acometido Traumatismo Cranioencefálico As fraturas de ossos temporais, geralmente são ocasionadas por TCE grave, e são classificadas de acordo com a relação entre a linha de fratura e o maior eixo da porção petrosa do osso temporal: Fraturas longitudinais Fraturas transversais Fraturas oblíquas (mistas ou complexas) Traumatismo Cranioencefálico Fraturas longitudinais ocorrem em traumas temporoparietais, acometendo a porção extralabiríntica Perda auditiva condutiva − Ruptura da membrana timpânica (otorragia) − Hemotímpano − Lesão ossicular (50% casos) Paralisia facial (25% casos) 219 220 221 222 27/04/2015 42 Traumatismo Cranioencefálico Fraturas longitudinais - Características audiológicas Perda auditiva condutiva − Grau variável e logoaudiometria compatível Curva timpanométrica − Tipo B − Tipo Ad após cicatrização da MT Traumatismo Cranioencefálico Fraturas tranversas ocorrem em traumas fronto-occipitais ou na junção craniocervical, acometendo a porção translabiríntica Perda auditiva neurossensorial − Transecção do nervo coclear − Fístula perifinfática (lesão labiríntica ou no estribo) Vertigens Paralisia facial (50% casos) Traumatismo Cranioencefálico Fraturas transversas - Caract audiológicas Perda auditiva neurossensorial − Geralmente perda profunda (anacusia) Vertigem − Intensa e incapacitante − Arreflexia labiríntica do lado acometido Curva timpanométrica − Tipo A − Tipo B hemorragia que extravasa na caixa do tímpano e MT integra Traumatismo Cranioencefálico Fraturas oblíquas incluem ambos os elementos longitudinais e transversais Perda auditiva neurossensorial − Lesão na cápsula ótica Perda auditiva condutiva − Lesão na cadeia ossicular − Traumatismo Cranioencefálico Injúrias à cadeia ossicular complicação frequente do trauma temporal Deslocamentos > fraturas ossiculares Traumatismo Cranioencefálico Deslocamentos Perda auditiva condutiva − Luxação da articulação incudoestapedial; − Luxação da articulação maleoloincudal − Deslocamento da bigorna; − Deslocamento do complexo maleoloincudal; − Deslocamento estapediovestibular 223 224 225 226 227 228 27/04/2015 43 Traumatismo Cranioencefálico Luxação da articulação incudoestapedial Anormalidade pós-traumática + comum − Suspensão da bigorna entre o martelo e o estribo, firmemente ancorados Traumatismo Cranioencefálico Luxação da articulação maleoloincudal Martelo permanece em sua posição ou se move levemente Bigorna não está ancorado a nenhuma estrutura muscular e seus ligamentos são fracos Traumatismo Cranioencefálico Deslocamento da bigorna Traumas graves deslocamento por inércia Traumaspenetrantes no MAE deslocamento para o recesso epitimpânico, cavidade timpânica, MAE ou destruição da bigorna Traumatismo Cranioencefálico Deslocamento estapediovestibular Traumas penetrantes no MAE deslocamento do estribo através da janela oval para o interior do vestíbulo Traumatismo Cranioencefálico Traumas ossiculares Perda auditiva condutiva − Fraturas do martelo, bigorna e estribo são incomuns. Perda auditiva neurossensorial − Fraturas tranversas (translabirínticas) que atravessam a janela oval − Fratura da platina (com ou sem deslocamento de fragmentos) fístula perilinfática com pneumolabirinto Traumatismo Cranioencefálico Alterações auditivas centrais significantes Mesmo na ausência de − Evidências radiológicas 229 230 231 232 233 234 27/04/2015 44 − Déficit evidente no sistema auditivo periférico Traumatismo Cranioencefálico Alterações vestibulares Tontura e desequilíbrio − Sequelas comuns lesão cerebelo Principais sintomas: dificuldade de concentração mental, além de perda de memória e fadiga Irritabilidade, perda da autoconfiança, medo de sair sozinho, ansiedade, depressão ou pânico Traumatismo Cranioencefálico Alterações vestibulares Lesões no SNC − Sistema visual − Sistema somatossensitivo Restrição de movimentos − Problemas musculoesqueléticos e neuromusculares afetam a estabilidade e dificultam a compensação − Traumatismo Cranioencefálico Avaliação audiológica ATL (VA e VO) MIA − Curva timpanométrica e reflexos acústicos (ipsi e contra) − Pesquisa fenômeno de Tulio e/ou Hennebert EOAT e EOAPD PEA − PEATE, PEAML, PEALL (P300) Traumatismo Cranioencefálico Avaliação audiológica Avaliação do PAC Avaliação vestibular Fístula Perilinfática Na fístula perilinfática ocorre um extravasamento da perilinfa para o ouvido médio através da ruptura da membrana da janela oval ou da janela redonda Esta ruptura pode ocorrer por um mecanismo de "explosão" ou de "implosão" 235 236 237 238 239 27/04/2015 45 Fístula Perilinfática Mecanismo de explosão O espaço perilinfático pode se comunicar com o espaço liquórico através do ducto coclear Aumento súbito da pressão liquórica aumento da pressão para o espaço perilinfático ruptura das membranas da janela oval e/ou redonda Causas: pressão liquórica e esforço físico intenso Fístula Perilinfática Mecanismo de implosão A orelha média se comunica com as cavidades nasais através da tuba auditiva Aumento súbito da pressão na orelha média ruptura das membranas Causas: variações de pressão na orelha média (espirros, manobra de Valsalva, mudanças de altitude), barotrauma (mergulho ou avião) e traumatismo craniano Fístula Perilinfática História clínica Perda súbita acompanhada de um estalo na orelha Plenitude auricular Zumbido Vertigem rotatória Náusea Desequilíbrio Relacionada a eventos pontuais (traumas, esforço físico, otites, infecções virais) Fístula Perilinfática Características audiológicas PANS unilateral (90% casos) − Grau variado − Súbita e progressiva − Configuração inconstante Logoaudiometria − Compatível com o grau da perda auditiva MIA − Curva timpanométrica do tipo A − Reflexos acústicos ausentes ou presentes − Fístula Perilinfática Características audiológicas Fenômeno de Túlio − Presença de nistagmo e/ou vertigem com a apresentação de estímulo intenso Fenômeno de Hennebert − Presença de nistagmo e/ou vertigem com a variação rápida da pressão dentro do MAE 240 241 242 243 244 27/04/2015 46 Ambos sinais são patognomônicos de FPL. No entanto, sua ausência não exclui esta possibilidade Fístula Perilinfática Evolução e Tratamento Internação do paciente − Repouso − Cabeça e tórax sempre elevados diminuição da pressão intracraniana Timpanotomia exploratória − Selamento da fístula − Acompanhamento audiológica − Importância do diagnóstico diferencial Ototoxicidade Ototóxicos são drogas ou produtos químicos nocivos ao labirinto Ototoxicidade são reações tóxicas nos sistemas auditivo e/ou vestibular Ototoxicidade / Ototoxicoses Causada por drogas ototóxicas que causam problemas funcionais e degeneração celular dos tecidos da orelha interna, em especial, órgãos sensoriais e neurônios da cóclea e aparelho vestibular Ototoxicidade Incidência variável Gentamicina 6% a 16% Tobramicina 6,1% Amicacina 13,9% Netilmicina 2,5% Kanamicina até 80% Ototoxicidade Variáveis que interferem Suscetibilidade do indivíduo Dosagem da droga Duração do tratamento Frequência do tratamento Ototoxicidade 245 246 247 248 249 250 27/04/2015 47 Fatores a serem considerados Nível sérico − Quanto de droga está circulando na corrente sanguínea relacionado à dosagem Sinergismo − Combinação de drogas utilizadas potencialização da ototoxicidade Função renal − Quanto pior a função renal > possibilidade de retenção da droga Ototoxicidade Sintomas Zumbido Perda auditiva Vertigem Ototoxicidade Antibióticos Aminoglicosídeos Usados nos tratamentos das infecções bacterianas Agentes de esterilização Toxicidade intrauterina Cocleotóxicos − Kanamicina − Amicacina − Neomicina − Dihidroestreptomicina Ototoxicidade Antibióticos Aminoglicosídeos Vestibulotóxicos − Estreptomicina − Tobramicina − Netilmicina Cocleotóxicos e Vestibulotóxicos − Gentamicina Ototoxicidade 251 252 253 254 27/04/2015 48 Efeitos Antibióticos Aminoglicosídeos Uma única dose é capaz de causar PANS − Perda permanente das CCE ou CCI − Espira basal ápice − Dosagem, combinação de drogas, função renal e idade − Início pode ser tardio Zumbido Vertigem Náusea − Ototoxicidade Drogas ototóxicas e PANS reversível Diuréticos, vancomicina, viomicina, furosemide, ácido etacrínico, mostarda nitrogenada, quinino, salicilatos (AAS), e derivados, que causam quadros com PANS bilateral e geralmente reversíveis − recuperação parcial: dentro de 24 - 48 horas após a ingestão − recuperação total: dentro de 7 – 10 dias Ototoxicidade Efeitos das Drogas ototóxicas Diuréticos − Efeitos ototóxicos em altas doses − DA pode ser súbita ou progressiva − Afetam mais a cóclea − Efeitos no labirinto são transitórios − Utilizados em doenças cardíacas, distúrbios renais Ototoxicidade Efeitos das Drogas ototóxicas Analgésicos e anti-inflamatórios − Altas doses podem ser ototóxicas − DA plana − Zumbido (1º sintoma) − Reversível Ototoxicidade Agentes quimioterápicos Cisplatina (platinol) altamente ototóxica e rara vestibulotoxicidade 255 256 257 258 27/04/2015 49 Carboplatina (paraplatina) análogo da cisplatina menos ototóxica Irradiação craniana sozinha leve efeito sobre a audição, mas pode exacerbar a ototoxicidade da cisplatina Ototoxicidade Efeitos das Drogas ototóxicas Antineoplásicos − Ototoxicidade relacionada com a dosagem − DA pode ser assimétrica − DA permanente − Zumbido − Tratamento químico de tumores Ototoxicidade Efeitos das Drogas ototóxicas Cisplatina − A toxicidade da cisplatina tem sido verificada tanto em nível renal, como do sistema nervoso central ou periférico, toxicidade gastrointestinal e da medula óssea e, assim como outras classes de medicamentos causa lesões cocleares no nível do órgão de Corti Ototoxicidade Efeitos das Drogas ototóxicas Cisplatina − Lesa várias estruturas da cóclea, desde as células ciliadas, células de suporte, estria vascular e nervo auditivo − O mecanismo de ação da cisplatina é a produção de radicais livres, interferindo sobre o sistema antioxidante da célula, acarretando a morte celular − Grau de lesão depende da dose administrada e de sua via Ototoxicidade Efeitos das Drogas ototóxicas Cisplatina − PANS bilateral simétrica irreversível 259 260 261 262 27/04/2015 50 − Espira basal ápice − Zumbido associado − Ototoxicidade Monitoramento da função auditiva Único método confiável para detecção da otoxicidadeantes dos sintomas de perda auditiva Impossibilidade de predizer a lesão pela dose da droga por ciclo, dose cumulativa e duração do tratamento Ototoxicidade Monitoramento da função auditiva Avaliação − pré-tratamento − antes de cada ciclo controle Após o tratamento − Três, Seis meses e um ano após o término do tratamento Ototoxicidade Monitoramento da função auditiva População alvo − Quimioterapia − Diálise renal − Tratamento com ototóxicos − Presença de zumbido com audição normal (faixa convencional) − Tratamento com drogas ototóxicas por 7 dias ou mais − Pacientes de risco x Pacientes com alto risco 263 264 265 27/04/2015 51 Ototoxicidade Monitoramento da função auditiva Mudança significativa − Piora de 20 dB ou mais em qualquer frequência − Piora de 10 dB ou mais em quaisquer duas frequências − Ausência de resposta em frequências consecutivas Ototoxicidade Características Audiológicas PANS descendente − Início súbito − Audiometria de altas frequências (9 a 18kHz) grande sensibilidade a partir do 1º ciclo (10kHz 1ª frequência a ser acometida) − Coclear ou retrocolear Logoaudiometria − Compatível com a perda auditiva e topodiagnóstico Ototoxicidade Características Audiológicas MIA − Curva timpanométrica do tipo A − Reflexos acústicos presentes ou ausentes dependendo do grau da perda auditiva EOA − Presente ou ausente dependendo do grau da perda auditiva Ototoxicidade Fatores de risco que devem ser evitados durante o uso de ototóxicos Exposição a ruídos intensos Associação de drogas Gravidez Ototoxicidade Uso com cautela em Perdas auditivas prévias Problemas hepáticos ou renais Crianças Recém-nascidos Idosos Ototoxicidade Tratamento Medidas preventivas − Monitoramento audiológico − Administrar a droga ototóxica em doses e vias adequadas − Escolher a droga menos tóxica − Administrar a dose mais baixa por um período mais curto, se possível 266 267 268 269 270 271 27/04/2015 52 − Uso de drogas otoprotetoras Adaptação de AASI Reabilitação labiríntica Presbiacusia É o decréscimo fisiológico da audição que acompanha o processo de envelhecimento do organismo Todo o sistema auditivo é afetado pelo processo de envelhecimento Orelha externa − Diminuição da elasticidade e aumento do tamanho do pavilhão − Escamação por ressecamento do epitélio do MAE − Aumento da flacidez do MAE − Acúmulo excessivo de cerumen Presbiacusia Orelha média − Espessamento da membrana timpânica − Flacidez de ligamentos e tendões Orelha interna − Aumento da rigidez da membrana basilar − Degeneração da porção basal da cóclea − Comprometimento das vias auditivas até o córtex Presbiacusia A idade de aparecimento é variável, mas em geral ocorre a partir dos 40 anos Homens são mais afetados do que as mulheres Fatores agravantes Histórico familiar Saúde geral Estilo de vida − Fumo − Instituições de longa permanência 272 273 274 27/04/2015 53 Presbiacusia Presbiacusia Sensorial (Schuknet,1974) Tipo mais comum de presbiacusia Atrofia no Órgão de Corti e no nervo auditivo com perda de CCE e células de sustentação Características audiológicas Queda abrupta a partir de 2000Hz IPRF compatível Recrutamento Progressão lenta Presbiacusia Presbiacusia Neural (Schuknet,1974) Perda de neurônios cocleares e das vias auditivas (órgão de Corti íntegro) Características audiológicas Curva audiométrica plana IPRF incompatível Tone Decay Test positivo Progressão rápida Presbiacusia Presbiacusia Metabólica (Schuknet,1974) Atrofia da estria vascular Características audiológicas Curva audiométrica plana IPRF bom (limiares até 50 dB) Progressão lenta Bom desempenho com próteses auditivas Presbiacusia 275 276 277 278 27/04/2015 54 Presbiacusia Mecânica (Schuknet,1974) Alteração na mobilidade mecânica devido enrijecimento da membrana basilar e nas características de ressonância do ducto coclear Características audiológicas Curva audiométrica descendente IPRF bom (limiares até 50 dB) Progressão lenta Bom desempenho com próteses auditivas Presbiacusia Características Audiológicas (gerais): PANS − Bilateral e simétrica − Progressiva − Curva audiométrica descendente − Aumento da idade = horizontalização da curva Logoaudiometria − Depende da localização da alteração − Depende do grau de alteração − Pior desempenho no ruído Presbiacusia Características Audiológicas (gerais): Medidas de imitância acústica − Curvas timpanométricas tipo A − Reflexos acústicos presentes ou ausentes PEA − Valores de normalidade para a faixa etária − Dificuldades na realização do procedimento Presbiacusia Avaliação audiológica Mudança de procedimentos na testagem − Instruções curtas e precisas − Repetição das instruções − Demonstração − Estímulos mais espaçados 279 280 281 27/04/2015 55 − Condicionamento e recondicionamento − − Cuidados com o colabamento do MAE − Presbiacusia Diagnóstico diferencial Ototoxicose PAINPSE Alterações genéticas Doença de Ménière Tratamento Reabilitação auditiva − Adaptação de próteses auditivas − Treinamento auditivo − Reinserção social PAINPSE PAIR Perda auditiva induzida por ruído PAIRO Perda auditiva induzida por ruído ocupacional PAINPSE Perda auditiva induzida por nível de pressão sonora elevada PAINPSE Perda auditiva provocada pela exposição prolongada a níveis de pressão sonora elevada Resultante de exposições acumuladas, geralmente diárias, a sons intensos PAINPSE Locais com sons intensos 282 283 284 285 27/04/2015 56 Indústria Tráfego Construção civil e obras públicas Fontes urbanas e domésticas Esporte e lazer PAINPSE Efeitos dos sons intensos Degeneração das células ciliadas do órgão de Corti Desencadeamento de lesões e de apoptose celular em decorrência da oxidação provocada pelo excesso de estimulação sonora ou pela exposição a determinados agentes químicos (agentes ototóxicos) PAINPSE Efeitos dos sons intensos Mudança Temporária do Limiar (TTS) − Elevação dos limiares auditivos que se recupera gradualmente após a exposição Mudança Permanente do Limiar (PTS) − Elevação dos limiares auditivos permanente e irreversível. Trabalhadores expostos a ruído PAINPSE Fatores de risco Exposição acima de 85 dB (A) por oito hotas diárias − Exposições contínuas são piores do que as intermitentes − Curtas exposições a ruído intenso também pode desencadear perda auditiva PAINPSE Sintomas auditivos Hipoacusia Plenitude Zumbido − Principal sintoma (29,2% dos casos) − Prevalência de 49,8% Diminuição de inteligibilidade de fala, com prejuízo da comunicação oral − De acordo com o grau da perda auditiva Vertigem PAINPSE Sintomas não auditivos Nervosismo Irritabilidade Cefaléia Insônia Alterações circulatórias Alterações visuais 286 287 288 289 290 27/04/2015 57 Alterações gastrointestinais Fadiga Dificuldades nas relações familiares Isolamento social Distorção da autoimagem PAINPSE Susceptibilidade Sexo Idade Uso de ototóxicos Combinação do ruído com outros fatores − Calor − Agentes químicos − PAINPSE Fisiopatologia Lesão independe do espectro do som agressor − 4000Hz região mais suscetível ao trauma − Amplificação das frequências altas pelo MAE − PAINPSE Aspectos etiológicos Intensidade Frequência de exposição Duração da exposição Natureza − Contínuo − Intermitente − De impacto PAINPSE Avaliação audiológica Norma regulamentadora 7 − Utilização de cabina acústica − Utilização de equipamento calibrado − Repouso acústico de 14 horas − Profissional qualificado para a realização do exame (médico ou fonoaudiólogo) − PAINPSE Exames − Meatoscopia* − ATL (VA e VO)* − Logoaudiometria − Medidas de imitância acústica − Acufenometria − Emissões otoacústicas PAINPSE 291 292 293 294 295 296 27/04/2015 58 Avaliação audiológica Exame
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