Prévia do material em texto
74 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Unidade IV 7 CONTRATOS COMERCIAIS INTERNACIONAIS Vamos analisar os tipos de contratos realizados no comércio internacional. De acordo com Ratti (2006), no comércio internacional determinadas fórmulas contratuais relativas às condições de transferência de mercadorias têm grande aplicação. Por outro lado, segundo Racy (2006), ocorre que o comércio internacional é desenvolvido por meio de inúmeros contratos celebrados entre os agentes econômicos, em sua maioria, contratos internacionais. Para o autor, os contratos internacionais distinguem-se dos contratos internos por estarem tutelados por normas internacionais, isto é, por aferição de fontes internacionais. Há a vinculação a um ou mais sistemas jurídicos estrangeiros, além de outros componentes que acabam por constituir um elemento de estraneidade. Conforme diz Racy (2006), a Convenção de Viena sobre compra e venda internacional, de 1980, dispõe, em seu artigo primeiro, parágrafo segundo, que “entende-se que um contrato é internacional quando as partes no mesmo tiverem sua residência habitual ou estabelecimento sediado em diferentes Estados- partes”. Há, ainda, nos contratos internacionais, a possibilidade de as partes escolherem a lei aplicável. Saiba mais Leia a íntegra do Decreto no 8.327, de 16 de outubro de 2014: BRASIL. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 8.327, de 16 de outubro de 2014, que promulga a Convenção das Nações Unidas sobre contratos de compra e venda internacional de mercadorias – Uncitrat. Brasília, 2014. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato2011-2014/2014/decreto/d8327.htm>. Acesso em: 25 jul. 2018. 7.1 Conceitos Contrato pode ser conceituado como o acordo de vontades que tem por finalidade dispor acerca da aquisição, resguardo, modificação ou extinção de direitos. O contrato mercantil é aquele que tem por objetivo regular um desses aspectos, mas sempre vinculado à prática de algum ato de comércio. 75 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS No contrato interno ou doméstico, a relação jurídica é submetida a uma única ordem judicial. No contrato internacional, uma das partes encontra-se submetida a outra ordem jurídica, que pode dispor de normas de diferentes naturezas para o mesmo tema. Os contratos podem ser celebrados de forma solene, ou seja, por escrito, ou de modo mais informal, verbalmente por exemplo. 7.2 Tipos de contratos internacionais De acordo com Segre et al. (2006), o primeiro problema que se coloca é a identificação do contrato como um contrato internacional. Para o direito comercial, é um contrato internacional aquele que pode sofrer a aplicação de normas de dois ou mais Estados. Dessa forma, os contratos celebrados entre empresas constituídas em diferentes Estados serão considerados internacionais. No Brasil, o contrato internacional é regido pela lei do país em que ele foi constituído. Vejamos o que diz o art. 9º da Lei de Introdução ao Código Civil: Art. 9o Para qualificar e reger as obrigações, aplicar-se-á a lei do país em que se constituírem. § 1o Destinando-se a obrigação a ser executada no Brasil e dependendo de forma essencial, será esta observada, admitidas as peculiaridades da lei estrangeira quanto aos requisitos extrínsecos do ato. § 2o A obrigação resultante do contrato reputa-se constituída no lugar em que residir o proponente (BRASIL, 1942). Nesse sentido, um contrato celebrado na Itália, para o ordenamento jurídico brasileiro, é regido pelas leis italianas, o que faz o juiz brasileiro aplicar a lei estrangeira em um processo aqui no país. Conforme Segre et al. (2006), o desenvolvimento do comércio internacional tem como pressuposto a segurança jurídica, portanto, os contratos internacionais são instrumentos do comércio internacional. Assim sendo, dizem Segre et al. (2006) que a questão fundamental que se impõe aos contratos internacionais é a lei que lhes é aplicável. As partes, visando a fugir aos conflitos de leis, estabelecem práticas que objetivam possibilitar segurança jurídica aos contratos internacionais. Segre et al. (2006) colocam que, para propiciar uma visão prática, passam-se a exemplificar os tipos de contratos a que estão sujeitos importadores e exportadores ao atuarem no âmbito internacional. 76 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV De acordo com Racy (2006), entre os contratos internacionais típicos, temos: • comfort letters; • cartas de intenção; • crédito documentário; • forfaiting; • factoring; • uso de marcas e patentes; • transferência de tecnologia; • know-how; • turn-key; • engineering; • assistência técnica; • loan agreement; • investimento estrangeiro; • franchising; • countertrade; • leasing; • joint venture; • catering; • agência internacional. Nas relações comerciais, o contrato de compra e venda é o protótipo contratual no direito das obrigações brasileiro, o mesmo acontece no meio internacional. Sua importância deriva do fato de que a ele estão ligados diversos outros contratos que o viabilizam. 77 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Podemos entender por compra e venda o contrato pelo qual uma parte (vendedor) obriga-se a transferir para outra (comprador) um determinado bem, mediante o recebimento de um pagamento (preço). Segre et al. (2006) colocam que no processo operativo de uma exportação intervêm, basicamente, dois sujeitos, entre os quais se celebra o contrato de compra e venda internacional de mercadorias: o exportador ou vendedor e o importador ou comprador, localizados em países diferentes. Como na compra e venda internacional as partes encontram-se localizadas em países distintos, isso faz com que as vendas internacionais de mercadorias sejam combinadas quase sempre a distância, o que acarreta um conjunto de consequências. Segundo Segre et al. (2006), a distância entre o exportador e o importador determina que o contrato de compra e venda internacional de mercadorias seja um contrato do tipo consensual. Além dos contratos citados, temos na área de comércio exterior os tipos de contrato descritos a seguir: Câmbio Tipos de contrato Seguro Transporte Figura 23 O contrato de câmbio é o instrumento pelo qual se efetua a troca de divisas estrangeiras por nacionais e vice-versa. Nele consta, entre outras informações, qual moeda estrangeira está sendo comprada ou vendida, a taxa contratada, o valor correspondente à moeda nacional, os nomes do comprador e do vendedor e suas respectivas assinaturas. Segundo Racy (2006), atualmente os países podem adotar qualquer tipo de política cambial, observando-se múltiplos regimes cambiais, tanto quanto à moeda usada como referência quanto em termos de critérios de ajuste. As moedas mais importantes – dólar, euro, iene e libra – ficam livres para flutuar entre si. A formalização das operações de câmbio se desdobra em duas fases: registro e edição do contrato de câmbio na primeira, e efetivação do contrato na segunda. Existem contratos específicos para operações relativas à exportação, importação, remessas, ingressos etc., e a negociação do câmbio entre o banco e o exportador pode ser feita diretamente ou por intermédio de um 78 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sini - d at a Unidade IV corretor de câmbio, que funciona como interveniente. Cabe a esse corretor fazer os registros dos contratos, buscar a instituição com a melhor taxa cambial e assessorar o exportador até a fase final do contrato. Os elementos dos contratos de câmbio, com exceção dos considerados imutáveis, podem ser alterados, desde que haja consenso entre as partes. São permitidas as alterações na natureza da operação, no pagador/recebedor no exterior, nos contratos não vinculados a operações comerciais, no prazo para a liquidação, na forma de entrega e nas cláusulas de negociação. O comprador deve adquirir certa quantidade de moeda estrangeira para cumprir a sua obrigação de pagar o preço. O contrato de câmbio firmado entre o comprador e a instituição financeira é o instrumento que irá viabilizar a obtenção desse dinheiro. Saiba mais No Brasil, o Banco Central atua como órgão de fiscalização do sistema cambial. Acesse o site a seguir e conheça as regras cambiais adotadas: <www.bcb.gov.br>. Já o contrato de transporte é, em geral, regulado por meio de contratos especiais, de transporte marítimo, ferroviário lacustre, aéreo ou rodoviário, com cláusulas típicas em função do meio de transporte utilizado. Em relação ao contrato de transporte, Segre et al. (2006) colocam que as mercadorias objeto de exportação devem ser expedidas pelo exportador ao importador por meio de um transportador encarregado de levá-las até o destino acertado. Dessa forma, um segundo contrato, o de transporte, fica registrado em um documento que o instrumenta, que poderá ser o conhecimento de embarque marítimo (bill of lading), o conhecimento de embarque aéreo (airway bill), o conhecimento de transporte internacional por rodovia (CRT) ou o intermodal de transporte ferroviário (TIF). O preço pago pelo transporte denomina-se frete e consta, por sua vez, de uma fatura ou comprovante de pagamento de frete. O contrato de seguro é fundamental para as partes envolvidas no contrato de compra e venda internacional. A seguradora, mediante o pagamento de um prêmio acordado, compromete-se a pagar uma indenização em caso de sinistro que afete a carga transportada. Nesse sentido, Segre et al. (2006) dizem que o contrato de seguro, por sua vez, é muito importante, haja vista que durante a viagem a mercadoria está exposta a diversos riscos, por isso, normalmente, é assegurada, intervindo na operação um quarto sujeito, a seguradora, do que resulta a celebração de um novo contrato, o de seguro, que se expressa em um novo documento, a apólice de seguro. O preço pago à seguradora denomina-se prêmio e consta, por sua vez, de um documento denominado certificado de seguro. 79 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Vejamos a notícia a seguir sobre acidentes com cargueiros. Acidentes ocorridos com cargueiros chamam a atenção de seguradoras Os acidentes com navios de cargas ocorridos no início de 2017 despertam a atenção para a importância do seguro. Foram seis graves acidentes com perdas para todos os envolvidos na cadeia de transporte, incluindo armadores, operadores, transportadores e, principalmente, embarcadores donos das cargas. As principais causas dos acidentes foram em decorrência de naufrágio, encalhe, colisão e incêndio. Os acidentes normalmente ocorrem por problemas climáticos, erros de navegação e estrutura portuária. Os prejuízos resultantes de todos os acidentes citados a seguir ainda estão sendo apurados pelas seguradoras e resseguradores internacionais, mas já se sabe que os números serão vultosos para a indústria de seguro. Em 11 de janeiro, o navio norte-coreano Chong Gen, com capacidade para 6.558 toneladas, afundou no Mar da China Oriental. O navio transportava arroz e partiu de um porto ocidental na Coreia do Norte para o leste do mesmo país. Os 26 tripulantes foram salvos pela guarda costeira japonesa depois de receber um sinal de socorro perto das margens da província de Nagasaki. Em 12 de fevereiro, o APL Áustria, um navio de 293,20 m de comprimento, com capacidade para 72 mil toneladas e 6.350 TEU pegou fogo enquanto navegava no Oceano Índico, a cerca de 70 quilômetros a oeste de Port Elisabeth na África do Sul. Centenas de contêineres foram destruídos pelo fogo e outros danificados pela fumaça e pela água usada no combate ao incêndio. Em 24 de fevereiro, o navio Isla Bartolomé, de 3.800 DWT, com capacidade para 3.079 toneladas, operado pela Equador Transportes Navieros Ecuatorianos (Transnave), encalhou em um banco de areia e teve o casco perfurado, o que causou a entrada de muita água e levou o navio a afundar parcialmente. O armador contratou uma companhia de salvamento para descarregar e transportar os 160 contêineres do navio acidentado, porém muitos foram danificados. Em 9 de março, o navio de carga norte-coreano Kum San, de 132 m de comprimento e 8.576 DWT, totalmente carregado com arroz, afundou em menos de duas horas após colidir, na costa leste da China, com um petroleiro chinês, que não foi danificado no acidente. Em 31 de março, o gigante navio sul-coreano Stellar Daily, um cargueiro de 312 m de comprimento que transportava 260 mil toneladas de minério de ferro, afundou no Atlântico Sul. O navio havia partido do Brasil com destino à China e, segundo dois tripulantes resgatados, afundou em alta velocidade. Em 4 de abril, o porta-contêineres MSC Daniela, um dos maiores navios de cargas do mundo, com capacidade para 14 mil contêineres, estava a caminho de Cingapura quando 80 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV pegou fogo no Oceano Índico, a 33 milhas marítimas do porto de Colombo, no Sri Lanka. O navio transportava cargas diversas, inclusive perigosas, e o combate ao incêndio durou mais de dez dias. As seguradoras internacionais oferecem aos armadores o seguro com cobertura para o casco do navio, motor e maquinário. Para os proprietários das cargas (embarcadores), é ofertado o seguro de transporte internacional, que cobre as perdas e danos de causa externa às mercadorias, como acidente, avaria particular, molhadura, incêndio, explosão, extravio e roubo, avaria grossa, operações de carga e descarga, entre outros riscos. A responsabilidade civil assumida pelo armador perante terceiros é garantida pelo clube P&I (Protection and Indemnity), que funciona como seguradora, mas não é seguradora, é um sistema de mutualismo formado pelos armadores e donos de navios. O P&I garante os riscos de responsabilidade civil de natureza acidental de danos materiais causados pelo navio: por colisão a outra embarcação; danos provocados ao cais, docas, equipamentos ou instalações portuárias por choque; danos às cargas transportadas; lesão corporal de membros da tripulação e passageiros enquanto na embarcação; poluição ambiental; e riscos de guerra. Quando um navio coberto pelo P&I naufraga, os prejuízos são rateados entre todos os membros do clube. O transportador marítimo, mesmo tendo responsabilidade, dificilmente assume de imediato o pagamento por perdas ou danos relacionados às cargas que transporta. O embarcador deve sempre ter o seu próprio seguro, assim, em caso de sinistro, dirige reclamação à sua seguradora, que, após a indenização, fica sub-rogada ao direito de buscar o ressarcimento junto ao responsável pelos prejuízos. Fonte: Rocha (2017). No processo de negociação, esse é um dos aspectos que as partes devem considerar. A negligência na formalização dos contratos de seguro poderá acarretar grandes prejuízos quanto ao cumprimento dos prazos pactuados nos contratos mercantis. Temos, ainda, outros tipos de contrato, que vamos descrevera seguir, conforme Segre et al. (2006). O contrato de representação ou agente internacional estabelece que uma pessoa física ou jurídica representará o exportador em determinado mercado estrangeiro, tornando-se representante legal de seus produtos e interesses. O agente receberá uma comissão previamente acordada pelas vendas e serviços realizados. O contrato de agência representa uma das formas de colocação de produtos e serviços de que o comerciante pode se valer no comércio internacional. O fabricante ou prestador de serviços poderá: • Exportar diretamente para o país-alvo, estabelecendo uma relação direta com os clientes e os importadores locais. 81 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS • Nomear um agente (pessoa física ou jurídica) para identificar clientes em potencial e angariar propostas. • Montar uma estrutura de distribuição no citado território, abrindo uma filial ou subsidiária. • Contratar uma empresa local para que esta atue como distribuidora. Por outro lado, existe a representação comercial autônoma, figura jurídica legalmente criada, em 1965, como alternativa para os comerciantes ao uso indiscriminado de vendedores avulsos (pessoas físicas) sem que eles gozassem das garantias do vínculo trabalhista. No comércio internacional, agência é contrato corriqueiro, no entanto devem ser observados os seguintes fatores: • A legislação do país-alvo, no qual a agência se desenvolverá, deve ser analisada por meio de consultoria local, de modo a definir claramente os direitos e obrigações das partes. • O representado deve ser cauteloso ao definir sua estratégia de distribuição de produtos ou serviços, pois o agente escolhido deverá contribuir positivamente para firmar a imagem do produto ou serviço divulgado no país-alvo. • A pessoa física ou jurídica contratada como agente deverá ser idônea. • O esquema de aprovação de propostas e formalização dos contratos de venda de produtos ou serviços deverá ser claramente definido. As cláusulas que devem ser observadas nos contratos de agência são: • Identificação precisa e detalhada dos produtos e do território de atuação do agente. • Definição da existência (ou não) de obrigação do agente de atuar com exclusividade em relação àquele tipo de produto ou em relação ao tipo de negócio da empresa representada. • Definição da existência (ou não) de obrigação do representado de utilizar o agente apenas no território designado. • Caracterização, como decorrência natural da cláusula de exclusividade, do agente que recebe remuneração por quaisquer produtos/serviços vendidos no território, por seu intermédio ou não. • Caracterização da possibilidade de virem a ser agregados outros produtos ou territórios ao contrato. • Forma de propaganda dos produtos, de divulgação do material de propaganda do representado para o agente e de angariamento de propostas. • Submissão de propostas para aprovação do representado e condições para a aprovação ou para a razoável negativa de aprovação. 82 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV • Formalidades para assinatura dos contratos angariados. • Definição das obrigações das partes, inclusive de diligência do agente. • Definição da remuneração e da sua forma de cálculo sobre o preço efetivamente recebido pelos produtos/serviços vendidos. • Dever do agente de manter confidencialidade quanto aos segredos comerciais e informações relativas ao representado e seus produtos/serviços. • Condições para a rescisão antecipada do contrato e respectiva indenização etc. As principais fontes de controvérsias que envolvem o contrato de agência e que devem ser consideradas pelas partes são: • Conflitos decorrentes da inidoneidade do agente ou de sua atuação indevida, sabotando a colocação dos produtos do representado em favor de concorrentes. • Questões relacionadas à cobrança pelos agentes de comissões relativas a contratos não angariados pelos agentes, mas firmados no território previsto no contrato. • Cobrança de reembolso de despesas incorridas pelo agente em prol dos contratos de agência que o representado não reconhece dever. • Rescisão antecipada (e indevida) de contrato pelo representado, sem considerar o pagamento da indenização prevista. Para evitar controvérsias, as partes devem observar os seguintes objetivos definidos: Fase pré-contratual Durante a execução do contrato Depois quando instaurada a discussão Figura 24 83 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Os contratos deverão ser harmonicamente inter-relacionados, para que se evitem quaisquer discrepâncias nas instruções e condições contidas nos diferentes instrumentos contratuais. O contrato de factoring, segundo Segre et al. (2007), é um tipo de contrato no qual um comerciante negocia, no todo ou em parte, seus créditos de vendas mediante o pagamento de um preço. Outro tipo de contrato que podemos citar é o de franchising, ou de franquia, que consiste na concessão de marcas e tecnologia, que são reconhecidas e aceitas por seu preço, qualidade e praticidade. Várias empresas brasileiras adotam esse tipo de contrato, inclusive para penetração em mercados internacionais. Um tipo de contrato que é adotado pela Petrobrás, por exemplo, é o contrato de know-how, que significa saber fazer alguma coisa. Esse contrato se dá mediante o pagamento de royalties. Uma pessoa física ou jurídica cede a outrem os direitos de uso da propriedade intelectual sobre fórmulas, técnicas ou processos exclusivos. No caso da Petrobrás, ela exporta o conhecimento de prospecção em águas profundas. Vamos destacar também o contrato denominado joint venture, que significa empreendimento em conjunto. Conforme destacam Segre et al. (2006), esse contrato vincula a participação de duas ou mais partes em determinado empreendimento. Temos o contrato de exportação de serviços, que tem por finalidade as vendas de serviços ao exterior. De acordo com Segre et al. (2006), ele engloba os serviços de assessoria, engenharia, arquitetura e consultoria. Saiba mais Conheça o Siscoserv, um sistema informatizado desenvolvido para o aprimoramento das ações de estímulo, formulação, acompanhamento e aferição das políticas públicas relacionadas a serviços e intangíveis, bem como para a orientação de estratégias empresariais de comércio exterior de serviços e intangíveis. Esse sistema guarda conformidade com as diretrizes do Acordo Geral sobre Comércio de Serviços (GATS) da Organização Mundial do Comércio (OMC), aprovado pelo Decreto Legislativo nº 30, de 15 de dezembro de 1994, e promulgado pelo Decreto no 1.355, de 30 de dezembro de 1994. BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O Siscoserv. Brasília: MDIC, [s.d.]i. Disponível em: <http://www. mdic.gov.br/comercio-servicos/a-secretaria-de-comercio-e-servicos- scs-15>. Acesso em: 26 jul. 2018. 84 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV 7.3 Incoterms Outro tipo de contrato utilizado no comércio exterior são os denominados Incoterms, definidos como cláusulas contratuais inseridas nos contratos de compra e venda de mercadorias, que determinam a condição de entrega do bem e o momento em que se dará a transferência da responsabilidade jurídica entre comprador e vendedor, denominado ponto crítico. Os Incoterms são cláusulas de um contrato de compra e venda e com este não se confundem. Os termoscuidam apenas da relação jurídica entre comprador e vendedor, nos termos pactuados, não interferem, portanto, nos contratos de transporte das mercadorias, realizados por terceiros. Nos Incoterms estão descritas as condições, que são próprias a cada um, das modalidades de vendas usualmente adotadas, e a regra respectiva detalha minuciosamente as obrigações e direitos do vendedor e do comprador. Os Incoterms não alcançam a negociação de bens intangíveis ou serviços, e o mais importante é que estabelecem o nível de responsabilidade e as obrigações que devem ser assumidas por compradores e vendedores em relação às mercadorias negociadas. De igual modo, são também condição necessária e suficiente para a reclamação, em juízo oficial ou arbitral, de eventuais direitos decorrentes do inadimplemento do contrato de compra e venda, no que tange às condições de entrega. A versão de 2010 dos Incoterms contempla 11 termos e esclarece que os padrões podem ser utilizados tanto nos contratos de compra e venda nacionais como internacionais. 7.4 A jurisprudência internacional Segre et al. (2006) colocam que, como o comércio internacional não tem fronteiras, tende a ser regulado por regras de fontes não nacionais, denominadas lex mercatoria, que consagram o primado dos usos no comércio internacional e se materializam também por meio de contratos e cláusulas-tipo, jurisprudência arbitral, regulamentações profissionais elaboradas por suas associações representativas e princípios gerais às legislações de países. Nesse sentido, destaca-se a importância da lex mercatoria, que é um conjunto de regras, princípios e costumes oriundos da prática comercial, sem vinculação a qualquer direito nacional. Como exemplo, Segre et al. (2006) colocam que, quando exportador e importador elegem um incoterm que irá reger a negociação, eles já estão definindo um contrato comercial, inclusive quanto ao preço total da transação, pois cada um dos 11 termos regula as responsabilidades das partes. 85 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Lembrete Incoterm é o Termo Internacional de Comércio que define as responsabilidades dos vendedores e compradores no comércio internacional. Ainda, de acordo com Segre et al. (2006), a lex mercatoria é a evidência da possibilidade de se criarem sistemas normativos sem o concurso do Estado, ou seja, a lex mercatoria não emana do poder público. É necessário que os Estados reconheçam a arbitragem, um dos pilares da lex mercatoria, como instrumento para a solução de litígio no comércio internacional, a fim de impor sua efetividade. Saiba mais Leia o artigo “Principais aspectos da lex mercatoria”, de Alan Gregory Retkva: RETKVA, A. G. Principais aspectos da lex mercatoria. 2016. Disponível em: <https://jus.com.br/artigos/51882/principais-aspectos-da-lex-mercatoria>. Acesso em: 26 jul. 2018. O comprador perde o direito de rejeitar a mercadoria por desconformidade com o contrato se não notificar o vendedor especificando o item de desconformidade em prazo razoável dentro do qual descobriu – dois anos, fixado pelo Decreto no 8.327, de 16 de outubro de 2014, art. 39 (1) e (2), o qual promulga a Convenção das Nações Unidas sobre Contratos de Compra e Venda Internacional de Mercadorias (Uncitral), firmada pela República Federativa do Brasil, em Viena, em 11 de abril de 1980. Art. 39 (1) O comprador perderá o direito de alegar a desconformidade se não a comunicar ao vendedor, precisando sua natureza, em prazo razoável a partir do momento em que a constatar, ou em que deveria tê-la constatado. (2) Em qualquer caso, o comprador perderá o direito de alegar a desconformidade se não a comunicar ao vendedor no prazo máximo de dois anos a partir da data em que as mercadorias efetivamente passarem à sua posse, salvo se tal prazo for incompatível com a duração da garantia contratual (BRASIL, 2014). 86 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV 7.5 Cláusula exoneratória de responsabilidade (hardship) Podem ocorrer situações não previstas, as quais devem ser observadas pelas partes nas cláusulas contratuais. As situações previstas são: Força maior Hardship Figura 25 Entendem-se por força maior as situações caracterizadas como um evento imprevisível e irresistível, que impede o cumprimento do contrato (terremoto, furacão, guerra civil etc.). Já a cláusula hardship trata-se de evento externo às partes, que torna mais oneroso para uma delas o cumprimento de suas obrigações no contrato (embargo decretado pela ONU ao país fornecedor de matéria-prima a ser utilizada na fabricação do produto e que demandará a aquisição desse insumo em outro local e por preço mais elevado, por exemplo). Nesse sentido, deve ser prevista na redação dos contratos a inserção das cláusulas de força maior para a suspensão do contrato enquanto vigorar tal situação, bem como a cláusula hardship prevendo de antemão a possibilidade de adaptação do contrato. 7.6 Arbitragem De acordo com Segre et al. (2006), a arbitragem é uma forma alternativa de solução de controvérsia que envolve direitos patrimoniais disponíveis, que são aqueles que, além de poder ser avaliados pecuniariamente, podem ser objeto de transação, renúncia ou cessão. No Brasil, a arbitragem é regulada pela Lei nº 9.307/96, que buscou inscrever o país dentro de um contexto internacional que vem prestigiando a arbitragem como instituto jurídico. De acordo com Marcio Gregorio, a Lei Modelo de Arbitragem Uncitral descreve o procedimento e o que deve ser realizado para ter a arbitragem definida por essa lei. Define o art. 1º (3): Uma arbitragem é internacional se: a) As partes em uma convenção de arbitragem tiverem, no momento da sua conclusão, as suas sedes comerciais em diferentes Estados; ou 87 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS b) Um dos locais a seguir referidos estiver situado fora do Estado no qual as partes têm a sua sede; (i) O local da arbitragem, se determinado na, ou de acordo com, convenção de arbitragem; (ii) Qualquer local onde deva ser cumprida uma parte substancial das obrigações resultantes da relação comercial ou o local com o qual o objeto da disputa tenha vínculos mais estreitos; ou c) As partes tiverem convencionado expressamente que o objeto da convenção de arbitragem envolve mais de um país (GREGORIO, [s.d.]). Gregório diz que a Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional (Uncitral) elaborou modificações em 2006 na Lei Modelo de Arbitragem Internacional, a qual propõe aos países adotarem-na com o intuito de harmonizar e tornar unas as normas jurídicas internacionais, trazendo menos burocracia e diminuindo a diversidade de legislações de maneira a não ofender a soberania das nações em decisões de cortes internacionais. A Uncitral garante grande flexibilização para as partes, que podem determinar livremente o número de árbitros, sendo definidos três na ausência de especificação. A flexibilização é tamanha que o funcionamento é determinado ad hoc, ou seja, as partes estabelecem o regulamento no momento em que é instituída a arbitragem. Existem duas maneiras: a estrita, em que as partes estabelecem o próprio regulamento, e a ampla, em que as partes se submetem a um regulamento prefixado. A Lei Modelo de Arbitragem Uncitral prevê ainda: • A própria cláusula arbitral, antevendo no contrato que qualquer controvérsia será submetida à arbitragem. • O compromisso, que é o acordo firmado pelas partes em litígio, depois deiniciada a execução do contrato, e pelo qual elas submetem a controvérsia à solução arbitral. A Lei nº 9.307/96 exigia que as decisões arbitrais proferidas no estrangeiro para serem executadas no Brasil submetessem-se previamente à homologação do Supremo Tribunal Federal (STF). A Emenda Constitucional nº 45 transferiu para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) a competência para a homologação dos laudos arbitrais estrangeiros. 88 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Veja o exemplo a seguir: Homologação de sentença estrangeira: deslocamento da competência do STF para STJ (EC 45/04). Recurso extraordinário. Homologação de sentença estrangeira. Conceito de ordem pública. Ausência de matéria constitucional. 1. A Emenda Constitucional nº 45/2004 transferiu, do Supremo Tribunal Federal para o Superior Tribunal de Justiça, a competência para homologar sentenças estrangeiras. Considerando que um dos principais objetivos da Reforma do Judiciário foi promover a celeridade processual, seria um contrassenso imaginar que ela teria transformado esta Corte em uma nova instância nesta matéria, tornando ainda mais longo e complexo o processo. 2. Por isso, embora possível em tese, a interposição de recurso extraordinário contra esses acórdãos do STJ deve ser examinada com rigor e cautela. Somente se pode admitir o recurso quando demonstrada, clara e fundamentadamente, a existência de afronta à Constituição Federal. A ausência de questão constitucional impede o conhecimento do recurso. 3. Recurso não conhecido (RE 598770, Relator Min. Roberto Barroso, Tribunal Pleno, julgamento em 12/2/2014, DJe de 12/6/2014) (BRASIL, 2014). Carta rogatória. Agravo regimental. Julgamento plenário suspenso devido a pedido de vista. Advento da Emenda Constitucional 45, de 8/12/2004, que transferiu ao Superior Tribunal de Justiça a competência para a concessão de exequatur às cartas rogatórias. Aplicabilidade imediata das regras constitucionais de competência. 1. A continuidade do julgamento, por esta Corte, da presente carta rogatória encontra óbice no disposto no art. 1º da Emenda Constitucional 45, de 8/12/2004, que transferiu do Supremo Tribunal Federal para o Superior Tribunal de Justiça a competência para o processamento e o julgamento dos pedidos de homologação de sentenças estrangeiras e de concessão de exequatur às cartas rogatórias. 2. É pacífico o entendimento no sentido de que as normas constitucionais que alteram competência de Tribunais possuem eficácia imediata, devendo ser aplicado, de pronto, o dispositivo que promova esta alteração. Precedentes: HC 78.261- QO, Relator Min. Moreira Alves, DJ 9/4/1999, 1ª Turma e HC 78.416- QO, Relator Min. Maurício Corrêa, DJ 18/5/2001, 2ª Turma. 3. Questão de ordem resolvida para tornar insubsistentes os votos já proferidos, declarar a incompetência superveniente deste Supremo Tribunal Federal e determinar a remessa dos autos ao egrégio Superior Tribunal de Justiça (CR 9897 AgR, Relatora Min. Ellen Gracie, Tribunal Pleno, julgamento em 30/8/2007, DJe de 14/3/2008) (BRASIL, 2014a). 89 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Observação Exequatur: de origem latina, a expressão ao pé da letra significa execute-se, cumpra-se. Bastante presente no Direito Internacional Brasileiro, é um documento autorizador de um Estado para executar as funções de um cônsul. A lei também prevê que não poderá ser invocado motivo para negar a homologação o fato de que a parte tenha sido citada por correio para efeito arbitral. Poderão ser retificados aspectos formais que tornaram não homologável originalmente a decisão. O sistema adotado pela lei brasileira resguarda a parte aqui domiciliada contra possíveis ilegalidades. Como vimos, a arbitragem é uma técnica privada de solução de conflitos, em que, abdicando do recurso ao Judiciário, as partes submetem a um terceiro a solução da demanda. Segundo Segre et al. (2006), a arbitragem é um mecanismo amplamente difundido em diversos países do mundo, principalmente na solução de conflitos surgidos no comércio internacional. Isso é importante porque as partes envolvidas podem resolver suas controvérsias fora da Justiça estatal, com maior rapidez, segurança e eficácia. De acordo com Segre et al. (2006), a jurisdição estatal é evitada, nos contratos internacionais, pelas seguintes razões: • Desconhecimento das normas processuais do Estado estrangeiro. • Tradicional lentidão do Judiciário na maioria dos países. • Busca de soluções neutras no momento da contratação, com a desnacionalização dos contratos. No quadro a seguir, vamos verificar as principais vantagens da arbitragem em relação ao processo judicial. Quadro 20 Celeridade e informalidade O procedimento arbitral tem maior eficácia em razão da rapidez, reduzindo a ansiedade gerada pela morosidade do Judiciário. Segurança Os procedimentos obedecem aos mesmos princípios de neutralidade e imparcialidade do processo judicial. Flexibilidade As audiências podem ser marcadas em locais e horários determinados pelas partes. Especialidade A decisão estará amparada em uma melhor qualidade, já que se pode nomear um especialista na matéria objeto do litígio como árbitro, reduzindo custos com perícias. 90 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Desnacionalização dos contratos internacionais As partes contratantes não são obrigadas a se submeter à legislação nacional de uma ou de outra, podendo escolher a de um país neutro. Relação custo-benefício Em virtude da rapidez na resolução do conflito, os custos indiretos decorrentes da demora são minimizados. Manutenção do relacionamento comercial Por ser a arbitragem uma opção feita pelas próprias partes, de comum acordo, cria-se uma atmosfera favorável à mútua cooperação. Menor resistência ao cumprimento da decisão Haverá maior adesão à sentença arbitral, já que esta é proferida por um árbitro eleito por ambas as partes. Imediata exequibilidade Por ser considerada como título executivo judicial, a sentença arbitral tem natureza jurídica idêntica à da decisão judicial. É desnecessária a homologação judicial da decisão arbitral, transformando o pronunciamento arbitral em verdadeira sentença. Adaptado de: Segre et al. (2006, p. 252-253). Em relação a quem pode ser árbitro, Segre et al. (2006) destacam que qualquer pessoa pode atuar, desde que tenha a confiança das partes interessadas. Os árbitros são pessoas de mercado ou técnicos com vivência no tipo de problema em questão. A seguir, vamos verificar os tipos de arbitragem: Arbitragem ad hoc Arbitragem privada Arbitragem institucional Figura 26 Arbitragem ad hoc é quando as partes não se vinculam pelo contrato à regra de nenhuma instituição arbitral. Já a arbitragem institucional é quando a cláusula do contrato se refere à submissão do conflito à arbitragem de acordo com as regras de alguma entidade arbitral. A arbitragem privada é aquela em que as partes resolvem submeter suas lides, resultantes de determinadas relações jurídicas de direito privado, a um tribunal arbitral. As vantagens da arbitragem são: Confidencialidade Neutralidade Conhecimento técnico específico dos julgadores Figura 27 91 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Primeiro temos a questão da confidencialidade do processo, assegurada para as partes envolvidas. Depois, a questão da neutralidade,pois a solução do conflito envolverá um terceiro, o árbitro, que é indicado pelas partes envolvidas. E, por último, o conhecimento técnico específico dos julgadores, que se reverte na competência dos árbitros indicados para julgar o processo. No âmbito do Mercosul, de acordo com o Protocolo de Brasília para a Solução de Controvérsias, Decreto nº 922, de 10 de setembro de 1993, estão previstas nos arts. 9º ao 12 as considerações sobre designação dos árbitros. Veja a seguir: Art. 9° 1 - O procedimento arbitral tramitará ante um Tribunal ad hoc composto de três árbitros pertencentes à lista a que se faz referência no artigo 10. 2 - Os árbitros serão designados da seguinte maneira: i) Cada Estado-parte na controvérsia designará um árbitro. O terceiro árbitro, que não poderá ser nacional dos Estados-partes na controvérsia, será designado de comum acordo por elas e presidirá o tribunal arbitral. Os árbitros deverão ser nomeados no prazo de quinze dias a partir da data na qual a Secretaria Administrativa haja comunicado aos demais Estados-partes na controvérsia a intenção de um deles de recorrer à arbitragem. ii) Cada Estado-parte na controvérsia nomeará ademais um árbitro suplente, que reúne os mesmos requisitos, para substituir o árbitro titular em caso de incapacidade, escusa ou impedimento deste para formar o tribunal arbitral, seja no momento de sua integração ou durante o curso do procedimento. Art. 10 Cada Estado-parte designará dez árbitros, que comporão uma lista que ficará registrada na Secretaria Administrativa. A lista, assim como suas sucessivas modificações, será posta em conhecimento dos Estados-partes. Art. 11 Se um dos Estados-partes na controvérsia não houver nomeado seu árbitro no prazo indicado no art. 9°, este será selecionado pela Secretaria Administrativa entre os árbitros desse Estado, segundo a ordem estabelecida na respectiva lista. 92 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Art. 12 1 - Se não houver acordo entre os Estados-partes na controvérsia para eleger o terceiro árbitro dentro do prazo estabelecido no art. 9°, a Secretaria Administrativa, a pedido de qualquer deles, procederá à sua designação por sorteio de uma lista de dezesseis árbitros organizados pelo Grupo Mercado Comum. 2 - A referida lista, que também ficará registrada na Secretaria Administrativa, estará integrada em partes iguais por nacionais dos Estados-partes e por nacionais de terceiros países latino-americanos (BRASIL, [s.d.]j). Observação Ad hoc é uma expressão latina cuja tradução literal é “para isto” ou “para esta finalidade”. É empregada sobretudo em contexto jurídico, também no sentido de “para um fim específico”. Exemplo: um advogado ad hoc (nomeado apenas para um determinado ato jurídico). As empresas que desejam atuar no comércio exterior e, portanto, que farão negócios no âmbito internacional, deverão observar algumas recomendações, que destacamos a seguir: • Registro formal e cauteloso das comunicações com os clientes e parceiros comerciais. • Guarda da documentação relacionada às operações comerciais. • Inserção de cláusula de solução de controvérsias bem redigidas e adaptadas às circunstâncias concretas do contrato em questão. • Manutenção em aberto de um canal de comunicação com a outra parte. Essas recomendações são necessárias para que, no caso de controvérsias, as tratativas estejam documentadas, o que facilitará a solução de conflitos. No entanto, quando a solução de conflitos não for sanada entre as partes de forma pacífica, e sendo necessário recorrer ao judiciário, há também algumas situações nas quais o recurso à autoridade judiciária torna-se necessário, quais sejam: • Quando uma das partes recusa-se a integrar o processo arbitral, obrigando a outra parte a recorrer ao Judiciário. • Quando o árbitro age de maneira imprópria ou desonesta e a parte atingida se vê obrigada a solicitar ao juiz que o destitua. 93 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS • Quando a atuação do árbitro, em algum incidente processual, no âmbito do processo arbitral, viola direito da parte. • Quando o laudo arbitral é proferido irregularmente, violando a lei aplicável. • Quando a parte perdedora se recusa a cumprir o que foi determinado no laudo arbitral. Nesse sentido, é importante o conhecimento da legislação aplicável em cada caso concreto e o apoio de especialistas na área para que ocorra uma negociação que favoreça as partes envolvidas. Em interessante artigo, Larissa Gomes Oliveira coloca que a arbitragem é meio alternativo à solução de conflitos sobre direitos patrimoniais e disponíveis. “No Brasil, com a implementação da Lei nº 9.307/1996, a arbitragem passa a ser uma alternativa independente da jurisdição estatal, tendo em vista que o Estado tem se tornado um meio cada vez mais ineficiente e demorado para garantir a resolução de conflitos” (OLIVEIRA, [s.d.]). De acordo com a articulista, a arbitragem tem como principal característica romper com o formalismo processual promovendo a solução do litígio por meio da livre escolha de árbitros especializados no tema em discussão e a liberdade na escolha do direito material e processual a serem aplicados no conflito. Por diversas razões é, portanto, um instrumento mais célere e sigiloso de harmonização de interesses entre as partes (OLIVEIRA, [s.d.]). Como vimos anteriormente, o aspecto da confidencialidade está inserido nesse contexto, pois traz segurança jurídica às partes envolvidas. Conforme destaca a articulista, a Lei de Arbitragem significa verdadeiro avanço para a consolidação da arbitragem como método alternativo de solução de controvérsia para desafogar o Poder Judiciário e como meio de alcançar a harmonização de conflito de forma célere, especializada e sigilosa. A convenção arbitral é meio adequado para instauração do juízo arbitral. Na convenção, as partes escolhem livremente que tipo de conflito será levado à arbitragem e em que moldes se dará o procedimento arbitral. Importante, no entanto, que todos os requisitos para validade dessa vontade estejam presentes para gerar os efeitos positivo e negativo da convenção (OLIVEIRA, [s.d.]). 94 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Saiba mais Leia o artigo completo de Larissa Gomes Oliveira sobre a Lei de Arbitragem. OLIVEIRA, L. G. Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/1996). A importância da convenção arbitral e seus efeitos. [s.d.]. Disponível em: <https:// laholiveira.jusbrasil.com.br/artigos/187524378/lei-de-arbitragem-lei- n-9307-1996-a-importancia-da-convencao-arbitral-e-seus-efeitos>. Acesso em: 30 jul. 2018. Como falamos anteriormente, o Protocolo de Brasília para a Solução de Controvérsias, por meio do Decreto nº 922, de 10 de setembro de 1993, trata no seu art. 7º sobre o procedimento arbitral. Art. 7º 1 – Quando não se puder solucionar a controvérsia mediante a aplicação dos procedimentos referidos nos Capítulos II e III, qualquer dos Estados-partes na controvérsia poderá comunicar à Secretaria Administrativa sua intenção de recorrer ao procedimento arbitral que se estabelece no presente Protocolo. 2 – A Secretaria Administrativa notificará de imediato a comunicação ao outro ou outros Estados envolvidos na controvérsia, e ao Grupo Mercado Comum, e terá a seu cargo os trâmites para o desenvolvimento dos procedimentos (BRASIL, [s.d.]j). Vimos que a arbitragem é uma ferramenta de apoio para a solução de conflitos nas negociações internacionaisquando a controvérsia não puder ser resolvida nas negociações diretas entre as partes. Vamos tratar sobre as estratégias de câmbio, as formas de pagamento e financiamentos à exportação como forma de mitigação dos riscos nas negociações internacionais. Antes, vamos discorrer sobre como funciona o Sistema Financeiro Internacional e seus principais organismos, que atuam como apoio aos países que necessitam de crédito para realização de projetos que visem ao bem-estar da sociedade. Conhecer esses mecanismos faz parte dos negócios internacionais, pois muitas empresas que atuam no segmento de comércio exterior precisam de recursos e fontes de financiamento para gerir os seus negócios e consequentemente atuar de forma competitiva no cenário global. 95 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS 7.7 A aplicação das estratégias de câmbio, créditos documentários e financiamentos à exportação como mitigação de riscos 7.7.1 Sistema financeiro internacional De acordo com Mariano e Carmo (2007), o sistema financeiro internacional foi instituído a partir das experiências negativas acumuladas desde o final da Primeira Guerra Mundial somadas à Grande Depressão nos anos 1930. Essa situação crítica exigiu dos países cooperação mútua, com o objetivo de enfrentar os problemas financeiros e comerciais que todas as nações atravessavam. A Conferência de Bretton Woods atingiu os objetivos desejados, ensejando a criação das duas instituições propostas pelo Plano White: o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) — ou Banco Mundial —, tendo como objetivo garantir a estabilidade monetária internacional, facilitar o comércio entre as nações e promover o desenvolvimento econômico mundial. Segundo Mariano e Carmo (2007), inicialmente, tais organismos foram vinculados ao Sistema das Nações Unidas, o que faz com que sejam instituições representativas dos interesses de todas as nações filiadas à Organização das Nações Unidas (ONU), ou seja, instituições supranacionais, isentas e democráticas, não ligadas aos interesses particulares dessa ou daquela nação. Ambas as instituições iniciaram suas operações em 1947. Muitos países recorreram e continuam a utilizar os recursos destinados por esses organismos para realização de programas de governo. O Brasil está inserido nesse contexto. 7.7.2 Fundo Monetário Internacional (FMI) Criado em 1944, na Conferência Internacional de Bretton Woods, o FMI é uma agência especializada da ONU, com sede em Washington, que integra o sistema financeiro internacional, ao lado do Bird e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). O FMI foi criado com a finalidade de promover a cooperação monetária entre os países, coordenar as paridades monetárias (evitar desvalorizações desleais) e levantar fundos entre os diversos países-membros para auxiliar os que encontrassem dificuldades nos pagamentos internacionais. Segundo Ratti (2006), o FMI procura atingir esses objetivos, fornecendo aos países filiados os necessários recursos em divisas, bem como colocando à sua disposição técnicos que os aconselhem e ajudem a resolver seus problemas financeiros e monetários. Por meio de consultas periódicas, exerce uma supervisão da política cambial desses países. Como exemplo, podemos citar o caso da Argentina, conforme notícia a seguir: 96 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Argentina recorre ao FMI para equilibrar contas O governo da Argentina voltará a recorrer ao Fundo Monetário Internacional (FMI), em busca de apoio externo, para equilibrar a situação financeira do país, depois da disparada do dólar na semana passada. O anúncio foi feito pelo presidente argentino, Mauricio Macri, há mais de dois anos no cargo. A Argentina tinha deixado de pedir empréstimos ao FMI há mais de dez anos, desde que pagou a dívida com a instituição financeira e renegociou com a maior parte dos credores. Macri fez o anúncio no momento em que os argentinos ainda buscam compreender as últimas medidas econômicas adotadas para frear a disparada do dólar. As ações não foram suficientes para dissipar a preocupação com a capacidade do governo de conter a inflação e evitar outra desvalorização do peso. A moeda norte-americana chegou a 23,40 pesos nesta terça-feira (8/5/2018). Fonte: Yanakiew (2018). O Brasil recorreu ao FMI em diversos governos e quitou a sua dívida, conforme a notícia a seguir. Brasil quita dívida com FMI e economiza US$ 900 mi O Brasil antecipará para o final deste mês pagamento ao Fundo Monetário Internacional (FMI) de cerca de 15,5 bilhões de dólares, quitando sua dívida com o organismo. Momento histórico O presidente do BC, Henrique Meirelles, afirmou que o pré-pagamento ao FMI representa um “momento histórico para o país. O pagamento reflete a melhora significativa dos fundamentos econômicos no período recente, como consequência das decisões de política econômica tomadas pelo governo”, disse por meio de sua assessoria. Para o estrategista do Barclays Capital, em Nova Iorque, Michael Hood, a decisão representa uma saída da turbulência financeira dos anos de 1990 e de 2002. “Eu não acho que isso mudará as ações do Banco Central no mercado de câmbio, porque as ações parecem ter menos a ver com as reservas e mais com a valorização do câmbio”, completou. O BC comprou dólares no mercado à vista quase diariamente entre dezembro do ano passado e março deste ano e retomou a ação no início de outubro. 97 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Em julho, o governo já havia antecipado o pagamento de 5,1 bilhões de dólares em parcelas de linha de crédito que venceriam em setembro e dezembro deste ano e em março de 2006. Fonte: Versiani e Stelzer (2005). As linhas de crédito do FMI são: • Acordos stand-by (ou crédito contingente): com duração entre 12 e 24 meses, são destinados a corrigir desequilíbrios no setor externo dos países. Sua liberação depende da submissão do tomador à política econômica do Fundo e também da Carta de Intenção 5. O desembolso é feito em parcelas e está condicionado ao desempenho econômico com metas predefinidas pelo Fundo, pois o empréstimo – o stand-by – é precedido de visitas de uma missão do FMI ao país tomador e seguido de visitas regulares de fiscalização de representantes do Fundo. • Extended fund facilities: são créditos de três anos, originalmente programados como fonte de crédito de longo prazo para lidar com os desequilíbrios externos. • Structural adjustment facility: essa linha de crédito se destina a países de baixa renda com problemas recorrentes de balanço de pagamentos. • Compensatory and contingency financing facility: linha de crédito para os países exportadores de produtos primários e com dificuldades de ajustes no balanço de pagamentos. • Enhanced structural adjustment facility: crédito de apoio à facilidade de ajustamento no balanço de pagamentos. • Buffer stock financing facility: linha de crédito instituída em 1969 para financiar a amortização de capital. • Oil facility: linha de crédito criada em meio ao segundo choque do petróleo, que permite ao FMI receber empréstimos dos exportadores de petróleo e emprestá-los aos países deficitários. 7.7.3 Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (Bird) O Bird, também conhecido como Banco Mundial ou Banco Internacional, foi criado com o FMI na Conferência de Bretton Woods. Seu objetivo é favorecer a reconstrução dos países devastados pela Segunda GuerraMundial e promover o desenvolvimento das regiões mais pobres. Segundo Ratti (2006), o Bird é um organismo fornecedor de créditos a médio e longo prazos, agindo como captador de capitais internacionais para investimentos produtivos em países subdesenvolvidos. No caso de não conseguir esses recursos, ele poderá emprestar parte de seu próprio capital. 98 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV De acordo com Mariano e Carmo (2007), entre as várias funções do Bird, podemos elencar: • Contribuir nas obras de reconstrução e desenvolvimento em território dos países associados, facilitando a inversão de capitais em fins produtivos. • Auxiliar a reconstrução e desenvolvimento dos territórios dos membros, inclusive na restauração das economias destruídas ou desarticuladas pela guerra, a conversão dos recursos produtivos às funções do tempo de paz e o apoio ao desenvolvimento dos meios e recursos produtivos dos países menos desenvolvidos. • Promover investimentos de capitais particulares e estrangeiros, mediante garantia ou participação de empréstimos e de outras inversões feitas por capitais particulares e, quando não houver capitais particulares disponíveis, sob condições razoáveis, suplementar as inversões particulares, fornecendo, sob condições convenientes, capitais para finalidades produtivas, os quais serão provenientes dos próprios fundos, de fundos levantados por ele e de outros recursos. • Promover a expansão equilibrada do comércio internacional, no longo prazo, e a manutenção do equilíbrio dos balanços de pagamentos, estimulando os investimentos internacionais para o desenvolvimento dos recursos produtivos dos membros, auxiliando, assim, a elevação da produtividade, do padrão de vida e das condições de trabalho nos respectivos territórios. • Coordenar os empréstimos feitos ou garantidos pelo Bird com os empréstimos internacionais obtidos por intermédio de outras instituições, de forma a atender em primeiro lugar os projetos, grandes ou pequenos, que sejam mais úteis e urgentes. • Conduzir suas operações tendo em vista os efeitos que as inversões internacionais possam causar sobre a situação econômica dos países associados e, no período de pós-guerra, contribuir para que a transição da economia de guerra à economia de paz se leve a efeito sem contratempos. Para entender o mecanismo de empréstimo do Bird, veja a notícia publicada pela imprensa, em abril de 2014, sobre o assunto. Banco Mundial dobrará empréstimos a países emergentes — entre eles o Brasil Estratégia é ajudar a combater a pobreza no mundo, que está concentrada em países de renda média, segundo dados da instituição. O presidente do Banco Mundial (Bird), Jim Yong Kim, declarou, nesta terça-feira, que a instituição quer dobrar os recursos de empréstimos a países emergentes. A estratégia faz parte de seu plano de reestruturação para enfrentar os novos desafios do desenvolvimento global, como aumentar sua agilidade e flexibilização. 99 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Segundo o banco, dois terços da população que vive abaixo da linha da pobreza extrema (cerca de 1,2 bilhão), sobrevivendo com menos de 1,25 dólar por dia, está não nos países mais pobres, mas naqueles considerados de renda média, como a Índia, China, Brasil e México. Para o primeiro, a linha de crédito passaria para 20 bilhões de dólares ao ano. Os demais teriam um acréscimo de 2,5 bilhões de dólares ao ano, atingindo 19 bilhões de dólares. Fonte: Banco Mundial... (2014). Outro organismo internacional que disponibiliza recursos para os governos, em especial, os países da América Latina, inclusive o Brasil, é o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Vamos verificar quais são os objetivos e atribuições dessa instituição. 7.7.4 Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) Segundo Ratti (2006), os países da América Latina sentiam a necessidade da criação de um organismo capaz de contribuir para o seu desenvolvimento estrutural, auxiliar o fortalecimento dos seus sistemas monetários, bem como propiciar meios eficientes aos esforços de reabilitação de suas economias. Mariano e Carmo (2007) colocam que o BID foi criado, em 8 de abril de 1959, com a finalidade de financiar o desenvolvimento dos países subdesenvolvidos da América Latina e Caribe. Seu capital inicial foi de US$ 1 bilhão e sua administração e funcionamento correspondem, em parte, à administração e funcionamento do Bird. de capital Recursos BID Fundos fiduciários Fundo para operações Especiais Figura 28 – Classificações dos recursos BID Os recursos de capital são a parcela de capital subscrita por todos os países-membros. O fundo para operações especiais são recursos fornecidos por todos os países-membros para serem aplicados em financiamentos sob condições especiais. Os fundos fiduciários são os pertencentes a países-membros e não membros e administrados pelo BID mediante acordos. Veja a notícia de janeiro de 2017 relacionada ao empréstimo do BID para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). 100 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Finep vai receber US$ 1,5 bilhão de empréstimo do BID para financiar pesquisas A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) vai receber US$ 1,5 bilhão do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), via empréstimo, para financiar pesquisas nos próximos cinco anos. O anúncio foi feito pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações. Segundo o ministério, esta é a primeira vez que a Finep capta recursos no exterior. Do total, US$ 310 milhões serão executados neste ano. Entre os projetos que devem receber os recursos do BID estão o Plano de Desenvolvimento e Inovação da Indústria Química (Padiq) e o Plano de Desenvolvimento, Sustentabilidade e Inovação do Setor de Mineração e Transformação Mineral (Inova Mineral). Um programa voltado ao setor de biocombustíveis avançados, em fase de estruturação pela Finep, também terá acesso a esses recursos. O BID ainda será coinvestidor em empresas inovadoras em estágio inicial e vai auxiliar, com recursos não reembolsáveis e apoio técnico especializado, o fortalecimento institucional da Finep e o desenvolvimento e aplicação de metodologias e processos para o monitoramento de resultados. Em nota, o presidente da Finep, Marcos Cintra, diz que o governo pretende “potencializar todos os instrumentos disponíveis para alavancar seu crescimento econômico, além de um claro sinal de confiança internacional”. O empréstimo, segundo ele, “sinaliza novos rumos no relacionamento financeiro do país com o exterior”. Fonte: Finep Vai Receber... (2017). Vimos alguns dos organismos internacionais que atuam no fomento com os governos, o que possibilita desenvolver estratégias para inovação e criatividade de novos produtos e serviços, gerando novos negócios no âmbito nacional e internacional. Agora, vamos abordar os mecanismos de financiamento no mercado internacional, ou seja, algumas operações utilizadas pelas empresas que atuam no comércio internacional. 7.8 Financiamento no mercado internacional Dentro das operações e mecanismos existentes para financiar a exportação, podemos destacar o pré-pagamento, o export note e a securitização das exportações. O pré-pagamento consiste na aplicação de recursos em moeda estrangeira na liquidação de contratos de câmbio de exportação, anteriormente ao embarque das mercadorias. No pré-pagamento, as instituições financeiras no exterior não esperam receber divisas remetidas no Brasil,correndo apenas o risco comercial de haver ou não o embarque da mercadoria. No caso de uma crise cambial, 101 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS as autoridades brasileiras poderiam proibir a remessa de divisas para pagar dívidas, mas dificilmente proibiriam o embarque de mercadorias já vendidas e pagas. Já o export note é um título representativo dos direitos de créditos de exportação difundido em contrato mercantil, entre o exportador brasileiro e o importador estrangeiro, no qual o exportador cede ao banco os direitos sobre a exportação em troca da antecipação dos recursos. Por outro lado, a securitização das exportações consiste na emissão de um título no mercado internacional com lastro em vendas futuras ao exterior. É operacionalizado para que os exportadores obtenham financiamento no exterior a custos mais baixos. Temos ainda outras modalidades de financiamento, a saber: Supplier’s credit Buyer’s credit Forfaiting Figura 29 Na modalidade supplier’s credit, o financiamento é concedido ao exportador por um banco mediante desconto das cambiais representativas de vendas a prazo, podendo o financiador exercer o direito de regresso contra o exportador/financiador. Assim, o exportador vende a prazo, e as divisas também vão ingressar, futuramente, nos respectivos vencimentos. Já na modalidade buyer’s credit, o financiamento é concedido diretamente ao importador estrangeiro, com atuação de um banco no exterior que financia a operação ao importador. Neste caso, apenas o comprador e seus avalistas, quando houver, permanecem responsáveis pelo pagamento das cambiais de exportação, não havendo qualquer vinculação do exportador com as cambiais. O forfaiting é uma concessão de crédito por meio da qual, com a intermediação de um banco, um exportador pode vender suas mercadorias a prazo e receber à vista. O mercado forfaiting funciona como uma espécie de desconto de notas promissórias, sendo uma forma de captação contra venda de uma cambial (saque). O forfaiting ainda é pouco conhecido pelos bancos, mas em breve deve tornar-se uma fonte popular de recursos, já que, ao fecharem financiamentos para o comércio exterior via forfaiting, os bancos brasileiros transferem o risco da operação para uma instituição especializada no ramo (forfaiter). Até a abertura da economia brasileira, iniciada em 1990, os financiamentos para a aquisição de bens e serviços no exterior eram uma opção obrigatoriamente imposta pela norma política de comércio exterior. 102 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV A desestabilização econômica e a inflação instável, mesmo que a curto prazo, não deixavam os executivos das empresas tranquilos quanto à obtenção do lucro no final da operação. Além disso, ferramentas de proteção, como o hedge cambial, ainda não eram praticadas pelo mercado doméstico e não estavam regulamentadas pelo Banco Central. Observação Hedge cambial é uma operação de proteção para investimentos de risco, que neutraliza a posição comprada ou vendida para que seu preço não varie. A empresa pode fazer uso de um contrato de hedge e fixar o câmbio da moeda em um determinado valor. Assim não há flutuações cambiais, uma vez que o valor já foi preestabelecido. Atualmente, além dos amplos mecanismos que o mercado oferece em termos de proteção, o sucesso no controle da inflação e a estabilidade proporcionada pela política cambial deixaram claro que a opção por um financiamento à importação pode trazer vantagens financeiras ao importador. Assim, qualquer alternativa de financiamento aos níveis atuais das taxas praticadas no mercado doméstico representa um custo significativamente superior. Diante de tal diferencial entre as taxas de juros, o importador obterá relevante benefício financeiro ao optar pelo pagamento da importação a prazo. É fundamental que a empresa adote uma política de hedge para se preservar de possíveis depreciações da taxa de câmbio diante da moeda do financiamento, com o objetivo de defender seus lucros. Essa modalidade de financiamento tem como objetivo principal atender às empresas que pretendem importar bens de consumo, serviços e bens de capital, estes destinados à modernização e atualização dos processos industriais para fazer frente à concorrência internacional. A crescente participação e integração das empresas no mercado internacional vem aumentando o volume de operações comerciais e financeiras com o exterior, exigindo a presença das operações de garantia. Entre as principais, temos: Supplier’s credit Supplier’s credit Buyer’s credit Forfaiting Figura 30 103 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS A garantia aval bancário consiste na concessão de aval, ou seja, os bancos podem assegurar ao credor o pagamento da dívida caso o comprador se torne inadimplente. O aval só pode ser dado em um título de crédito, nunca em outro instrumento. Já a fiança é um contrato pelo qual o banco (fiador) garante o cumprimento da obrigação de seu cliente em relação a um credor. A garantia denominada bid bond é uma espécie de aval concedido em documento para que determinada empresa possa participar de concorrência. Garante o pagamento de multa caso a concorrente, se vencedora, recuse-se ou não apresente os documentos, garantias e condições para formar o contrato nos termos de sua oferta. Teoricamente o valor dessa multa seria suficiente para ressarcir a empresa ofertante dos custos de uma nova consulta ao mercado. Por outro lado, a performance bond é um contrato no qual o banco garante o pagamento de multa (5% a 10% do valor do contrato) pelo fornecedor/fabricante caso haja descumprimento de termos e condições estabelecidos no contrato, tais como: prazo de entrega, qualidade, desempenho físico do produto etc. Caso o exportador não cumpra com o contrato, o banco é encarregado de pagar o valor da garantia. Entre as formas mais adotadas pelas empresas para obter fundos para investimentos, merecem destaque: Commercial papers Bônus/eurobônusde empresas Figura 31 Os commercial papers são títulos de crédito de natureza cambial emitidos por grandes empresas, sem garantia real, colocados no mercado monetário com o objetivo de captar recursos financeiros sem que tais empresas tenham de recorrer a bancos. Entre as principais vantagens do commercial paper estão sua flexibilidade, com livre determinação de prazos, taxa de juros maior do que a dos certificados de depósitos e diversificação dos papéis, com grande número de empresas emissoras. Por outro lado, como desvantagens, temos a inexistência de liquidez a curto prazo, alto risco e negociações em mercado secundário. Por permitirem uma estruturação mais rápida e com custo menor, muitas companhias que precisam do dinheiro com urgência usam as notas como uma ponte para a emissão futura de debêntures ou ações. 104 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Observação Debênture é um valor mobiliário emitido pelas sociedades por ações, é representativo de dívida e assegura aos seus detentores o direito de crédito contra a companhia emissora. Em relação aos bônus/eurobônus de empresas, são títulos lançados no exterior por empresas nacionais, com o objetivo de captar recursos em valores elevados. Recebem o prefixo euro- quando a emissão ocorre fora do país da moeda na qual o título estiver sendo emitido. Por exemplo, os eurobônus e euronotes caracterizama emissão dos referidos títulos, denominados em dólar, mas fora dos Estados Unidos. Podem ser lançados títulos com taxas de juros fixas (fixed rate notes) ou flutuantes (floating rate notes), sendo o Banco Central o órgão responsável por determinar os prazos mínimos de capitação no mercado internacional, seja por meio da emissão de títulos, seja por meio das operações de empréstimo entre empresas. O termo bônus (bond, em inglês) é usado tradicionalmente, no exterior, para títulos com mais de dez anos de prazo. Para títulos com tempo inferior a esse, utiliza-se o termo notes. A captação de recursos é controlada pelo Banco Central, que, de acordo com seus interesses de política monetária e cambial, estabelece alíquotas de Imposto sobre Operações de Crédito (IOF) para acelerar ou desacelerar a entrada de recursos externos a cada momento econômico. Neste item, vimos os meios de financiamentos disponibilizados para as empresas que querem atuar no comércio exterior. Adiante, vamos apresentar dados de alguns parceiros comerciais do Brasil, destacando o montante das exportações e importações e o saldo da balança comercial. Vamos observar que há um grande potencial para negócios internacionais do Brasil com os seus parceiros e vice-versa, sendo necessário que os empresários e governos mantenham estratégias para inserção dos seus produtos e serviços nesses mercados de forma a contribuir com o aumento da competitividade dos produtos brasileiros no exterior. Nesse sentido, vale lembrar que um plano de marketing internacional se faz necessário para atingir os objetivos de penetração em novos mercados. Outra questão relevante é a gestão do negócio internacional. Segundo Racy (2006), o entendimento das atividades da empresa pode influenciar sua posição competitiva e requer a descrição das atividades da empresa em três dimensões, a saber: • O grupo de consumidores atendidos ou servidos. • As funções atendidas desses consumidores, isto é, suas necessidades. • A tecnologia usada para atender às funções desse grupo de consumidores: como a empresa faz para atender às necessidades de seu público-alvo. 105 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Além disso, deve observar as diferenças do produto, se há necessidade de adaptação ao mercado que pretende penetrar. O mercado doméstico tem uma especificidade diferente daquela do mercado internacional, portanto, conhecer o mercado-alvo é de suma importância para o negócio. Outra variável que deve ser considerada é a diferença de preço. O insucesso de muitas empresas deve-se ao fato de não planejarem adequadamente a sua política de preços. A formação de custos para colocar um produto ou um serviço no mercado internacional e no mercado doméstico é bem diferente, por isso, conhecer todos os insumos incidentes em uma operação de exportação ou importação faz parte da gestão do negócio. Devemos lembrar também a questão logística, ou seja, as diferenças na distribuição dos produtos. Definir a estratégia de colocação dos produtos no mercado implica conhecer a rede de distribuição que será adotada para tal finalidade. 7.9 Modalidades de pagamento As formas de pagamento reguladas e permitidas pelo Banco Central são: Remessa antecipada ou pagamento antecipado Remessa sem saqueCobrança Crédito documentário Modalidades de pagamento Figura 32 Na remessa antecipada ou pagamento antecipado, o importador remete ao exportador previamente o valor da transação. Somente depois de ter recebido o dinheiro, o exportador providencia o embarque da mercadoria e envia ao importador a respectiva documentação. Portanto, primeiro paga-se a mercadoria para depois recebê-la. Teoricamente, o pagamento antecipado é aquele feito ao exterior antes do embarque da mercadoria com destino ao país importador. No entanto, no Brasil, essa regra possui uma condição: somente vale para as importações realizadas a título definitivo. De acordo com a Circular Bacen nº 3.689/2013, o pagamento à vista é aquele realizado após o embarque do bem, mas antes do desembaraço alfandegário. E, portanto, pagamento a prazo é o realizado após o desembaraço (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2013). 106 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Essa modalidade de pagamento coloca o importador na dependência do exportador, implicando, assim, riscos para o comprador (importador). Isso porque o exportador poderia receber o pagamento e não enviar a mercadoria. De acordo com Segre et al. (2006), a modalidade de cobrança é regida pela Publicação no 522 da Câmara de Comércio Internacional (CCI), na qual o exportador, após o embarque da mercadoria, entrega a documentação a um banco (banco remetente) para que seja encaminhada a outro banco no país do importador (banco cobrador), que se encarregará de obter o pagamento ou aceite e posterior pagamento do importador. Já na remessa sem saque, o exportador envia diretamente ao importador (sem usar a via bancária) a fatura e o conhecimento de embarque; não emite um saque, o que significa que não há prazo para pagamento. Recebidos os documentos, o importador promove o desembaraço da mercadoria na alfândega e, posteriormente, providencia a remessa da quantia respectiva para o exterior. Nesse caso, o exportador deve confiar na idoneidade do importador, porque fica sem garantia, razão pela qual essa modalidade é mais comum nas operações realizadas entre matrizes e filiais. A modalidade de pagamento mais vantajosa para as partes, ou seja, importador e exportador, é o credito documentário, também conhecida como carta de crédito. É a forma de pagamento mais utilizada no comércio internacional e também a mais segura, para o importador e para o exportador. Segundo Segre et al. (2006), a Câmara de Comércio Internacional de Bruxelas divulgou as normas a serem seguidas quanto à abertura, à utilização e à liquidação do crédito no documento denominado regras e usos uniformes sobre créditos documentários. O que diferencia essa forma de pagamento das demais é que, nessa modalidade, quem efetua o pagamento direto pela transação não é o importador e sim um banco nomeado pelo documento. Resumindo: primeiro o importador abre o crédito em um banco de sua praça (banco instituidor ou emitente); já na praça do exportador, um banco denominado negociador efetua o pagamento ao exportador após a análise dos seus documentos. A vantagem para o importador é que o banco negociador examina os documentos entregues pelo exportador e verifica se está de acordo com as condições da carta de crédito, as quais trazem itens como valor do crédito, beneficiário e endereço, documentação exigida, discriminação da mercadoria, quantidades etc. Após o exame das condições, verificada a regularidade, o banco efetuará o pagamento ao exportador. Observamos que esse exame é de caráter documental, não sendo realizada a vistoria física da mercadoria. Resta, portanto, para o importador, algum risco quanto à condição da mercadoria. Para o exportador, há a garantia do pagamento após apresentação e análise dos documentos, pois o importador já depositou o dinheiro na ocasião da abertura da carta de crédito e o banco fornece a garantia do pagamento. 107 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS 8 PARCEIROS COMERCIAIS DO BRASIL O aumento da competição internacional pelos mercados impôs novos padrões de desempenho produtivo, tecnológico e mercadológico às empresas que pretendem alcançar um nível de competitividade global. Um exame sucinto daevolução do comércio internacional nos últimos 20 anos pode ser útil para compreendermos melhor esse ponto, e é nesse sentido que as empresas devem se preparar e pensar grande, pensar no futuro, pois o fato já é real. A política de expansão e diversificação das exportações brasileiras deve passar por três principais caminhos na próxima década: • O primeiro é manter o crescimento do comércio com novos parceiros no Oriente Médio e no continente africano. • O segundo é que existem ainda setores relevantes aos quais o Brasil não tem acesso entre seus principais parceiros comerciais. • A terceira questão são as barreiras e taxas anti-dumping aplicadas em mercados nos quais nosso país já atua, mas que impedem retornos mais vantajosos e expansão de clientes. US$ 1 milhão US$ 1 milhãoUS$ 18,23 bilhões US$ 9,64 bilhõesUS$ 36,46 bilhões US$ 19,29 bilhões A) B) Figura 33 – A) Exportações (2017); B) Importações (2017) Vamos analisar os dados dos parceiros relacionados a seguir. 8.1 China A partir dos anos 2000, a economia chinesa avançou a largos passos, produzindo resultados significativos na balança comercial com o nosso país. Em 2009, assumiu a principal posição como parceiro comercial do Brasil, deixando os Estados Unidos, por anos seguidos nosso principal parceiro, em segundo lugar, assim como a Argentina, apesar do Mercosul. 108 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV No ano de 2017, apresentou os seguintes dados para exportação no valor FOB, correspondendo a US$ 47,49 bilhões, o que equivale a uma participação de 21,8%. Figura 34 – Mapa da China – Exportações 2017 Em relação às importações, os dados para o ano de 2017 correspondem a US$ 27,32 bilhões, valor FOB, com participação correspondente a 18,1%. Figura 35 – Mapa da China – Importações 2017 Lembrete O valor FOB corresponde ao preço da mercadoria. Como podemos observar, a China é um forte parceiro comercial do Brasil, e as relações comerciais entre os dois países possibilitam a realização de vários negócios no âmbito internacional. O saldo da balança comercial com a China em 2017 foi superavitário em US$ 20.166,97, conforme demonstrado a seguir. O superávit apresentado significa que as exportações no referido ano foram maiores que as importações. 109 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Exportações US$ Milhões Importações US$ Milhões Saldo US$ Milhões ↑ 35,17% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 16,94% Var. 2017/2016 Superavit 2017 47.488,45 21,8% 18,1%1º 1º 27.321,48 20.166,97 Figura 36 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: China Lembrete A balança comercial corresponde às exportações e importações. 8.2 Estados Unidos da América – EUA Em 2008 com a crise financeira, a balança comercial norte-americana sofreu duro impacto pela crise que assolou a economia mundial, mas que teve seu início em 2003. Figura 37 – Mapa dos EUA – Exportações 2017 No ano de 2017, os dados da balança comercial entre o Brasil e EUA foram: • as exportações com destino aos EUA, no ano de 2017, somaram US$ 23,74 bilhões, o que corresponde a uma participação na ordem de 12,3%. • as importações atingiram um patamar no ano de 2017 de US$ 24,85 bilhões, com uma participação na ordem de 16,5%. 110 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Figura 38 – Mapa dos EUA – Importações 2017 O saldo da balança comercial com os Estados Unidos da América, em 2017, foi superavitário, em US$ 2.026,04, conforme demonstrado a seguir. Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 16,05% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 4,39% Var. 2017/2016 Superavit 2017 26.872,63 12,3% 16,5%2º 2º 24.846,59 2.026,04 Figura 39 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Estados Unidos 8.3 Argentina A Argentina é um dos membros fundadores do Mercosul e tem no Brasil seu principal cliente e fornecedor, e a corrente de comércio entre os parceiros é composta, majoritariamente, de produtos industrializados. A Argentina manteve a posição de segundo maior parceiro comercial do Brasil desde 2008, quando foi desbancada pela China. Os setores privados dos vizinhos estabeleceram uma extensa rede de negócios, e a união dos dois é, em grande medida, responsável pelo êxito alcançado pelo Mercosul. Vejamos a seguir o montante das exportações e importações e o respectivo saldo da balança comercial entre os dois parceiros. Em 2017, o montante das exportações, valor FOB, para a Argentina correspondeu a US$ 17,62 bilhões, o que equivale a uma participação de 8,09%. 111 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Figura 40 – Mapa da Argentina – Exportações 2017 Já as importações, em 2017, corresponderam a um montante de US$ 9,44 bilhões, o que equivale a uma participação de 6,26%. Figura 41 – Mapa da Argentina – Importações 2017 Em relação ao saldo da balança comercial, temos um valor de US$ 8.183,62 de superávit, conforme demonstrado a seguir. 112 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 31,31% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 3,86% Var. 2017/2016 Superavit 2017 17.618,81 8,09% 6,26%3º 3º 9.435,19 8.183,62 Figura 42 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Argentina 8.4 Alemanha A relação comercial entre o Brasil e a Alemanha manteve um ritmo constante e moderado de evolução na última década. Em 1999, o país já era o terceiro maior parceiro comercial do Brasil, posição que perdeu em 2004 para a China. A pauta de produtos comercializados não sofreu grandes alterações no período, assim como a balança comercial, que se manteve favorável ao país europeu durante toda a década. O principal segmento na pauta comercial entre os países é o de veículos, que em 2009 atingiu US$ 2 bilhões em comércio bilateral. O montante de exportações para a Alemanha, no ano de 2017, foi na ordem de US$ 4,91 bilhões, com uma participação de 2,26%. Figura 43 – Mapa da Alemanha – Exportações 2017 113 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS As importações em 2017 foram de US$ 9,23 bilhões, com uma participação de 6,12%. Figura 44 – Mapa da Alemanha – Importações 2017 O saldo da balança comercial teve um déficit na ordem de US$ 4.316,13, o que significa que importamos mais da Alemanha do que exportamos. Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 1,03% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 1,06% Var. 2017/2016 Déficit 2017 4.911,02 2,26% 6,12%7º 4º 9.227,15 -4.316,13 Figura 45 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Alemanha8.5 Coreia do Sul O Brasil manteve uma relação deficitária com a Coreia do Sul na última década, exportando principalmente commodities agrícolas e minerais, e importando produtos industrializados. A situação mudou de patamar a partir de 2006, quando as compras brasileiras de veículos e bens de capital aceleraram, e o saldo negativo ultrapassou a marca de US$ 1 bilhão. Já em 2017, as exportações para a Coreia do Sul somaram um montante de US$ 3,08 bilhões, com uma participação de 1,41%. 114 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Figura 46 – Mapa da Coreia do Sul – Exportações 2017 As importações da Coreia do Sul somaram um montante de US$ 5,24 bilhões, o que corresponde a uma participação de 3,48%. Figura 47 – Mapa da Coreia do Sul – Importações 2017 Dessa forma, o saldo da balança comercial entre os dois países foi deficitário na ordem de US$ 2.161,95, conforme demonstrado a seguir. 115 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 6,8% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 1,06% Var. 2017/2016 Déficit 2017 3.077,01 1,41% 3,48%13º 5º 5.239,96 -2.162,95 Figura 48 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Coreia do Sul 8.6 Japão O Japão se manteve entre os seis maiores parceiros comerciais do Brasil na última década, com uma corrente de comércio baseada principalmente na venda de veículos e bens de capital, e em compras de commodities minerais e agrícolas do Brasil. Em 2017, as exportações para o Japão somaram US$ 5,26 milhões, o que corresponde a uma participação de 2,42%. Figura 49 – Mapa do Japão – Importações 2017 As importações, no ano de 2017, atingiram o montante de US$ 3.762,63, com participação de 2,5%. 116 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Figura 50 – Mapa do Japão – Importações 2017 O saldo da balança comercial foi superavitário em US$ 1.500,66. Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 14,31% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 5,5% Var. 2017/2016 Superavit 2017 5.263,29 2,42% 2,5%5º 8º 3.762,63 1.500,66 Figura 51 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Japão Dando continuidade à análise dos parceiros comerciais do Brasil, vamos verificar a balança comercial da França, Itália e Índia. 8.7 França Segundo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), em seu relatório sobre a relação comercial Brasil-França, ao longo dos últimos dez anos, o comércio bilateral de bens entre esses países cresceu 21,7%. Portanto, o valor do intercâmbio evoluiu de US$ 5,507 bilhões em 2006 para US$ 6,703 bilhões em 2015. No triênio 2013-2015, o comércio entre os dois países sofreu queda de 32,5%, provocada tanto pela diminuição das importações quanto das exportações. 117 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Em 2015, em sintonia com a perda de dinamismo que caracterizou as trocas comerciais brasileiras, o intercâmbio com a França mostrou recuo de 22,2% em comparação com 2014. Nessas condições, a França foi o 12º parceiro comercial do Brasil em 2015. No âmbito da União Europeia, ocupou a quarta posição. Entre janeiro e setembro de 2016, o comércio com a França continuou revelando evolução negativa, com decréscimo de 9,1% em relação a igual período de 2015. Nos últimos dez anos, as exportações brasileiras para a França decresceram 15,9%, passando de US$ 2,669 bilhões em 2006 para US$ 2,245 bilhões em 2015. Com essa cifra, a França foi o 22º mercado de destino para os produtos brasileiros, com participação de 1,17% sobre o total. Ainda com relação a 2015, as vendas decresceram 23,1% em comparação a 2014. Esse recuo pode ser explicado, principalmente, pela diminuição nos embarques de minérios de ferro e farelo de soja. Entre janeiro e setembro de 2016, as exportações somaram US$ 1,812 bilhão e apresentaram crescimento de 0,4%. De acordo com o MRE, as importações brasileiras originárias da França aumentaram 57,1% nos últimos dez anos, evoluindo de US$ 2,838 bilhões, em 2006, para US$ 4,457 bilhões em 2015. No ano passado, as compras, todavia, registraram um decréscimo de 21,8% em relação a 2014. Mesmo diante desse decréscimo, a França foi o nono supridor externo do Brasil, com participação de 2,60% no total da importação brasileira. No âmbito da União Europeia, ocupou a terceira posição. Na tabela a seguir, podemos observar a evolução do intercâmbio comercial Brasil-França no período de 2006 a 2016. Saiba mais Para obter informações sobre o comércio exterior bilateral de bens entre o Brasil e a França, acesse o Sumário executivo das relações comerciais com o Brasil: BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Sumário executivo das relações comerciais com o Brasil: Brasil x França. Brasília, out. 2016. Disponível em: <https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/ IndicadoresEconomicos/web/pdf/SUMFrancaOUT2016.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018. Já no ano de 2017, as exportações para a França atingiram o montante de US$ 2.224,35, e as importações ficaram na ordem de US$ 3.723,09, o que corresponde a um saldo deficitário na balança comercial de US$ 1.498,74, conforme demonstrado a seguir. 118 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ -3,62% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 1,21% Var. 2017/2016 Déficit 2017 2.224,35 1,02% 2,47%29º 9º 3.723,09 -1.498,74 Figura 52 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: França 8.8 Itália A relação tradicional e a grande lista de afinidades entre os dois países sugerem que Brasil e Itália são grandes parceiros comerciais. O Brasil manteve uma relação vantajosa com a Itália nos últimos anos. Em 2005, o Brasil iniciou um processo de diversificação da sua pauta de produtos exportados. O mais relevante produto industrializado a crescer, até 2004, foram as aeronaves, com um valor de US$ 148 milhões, chegando em 2008 ao total de US$ 285 milhões. Também se destacaram calçados e produtos químicos. Já no ano de 2017, as exportações apresentaram um montante de US$ 3.561,00, com uma participação de 1,64%. No que se refere às importações, o volume foi de US$ 3.958,37, com uma participação de 2,63%. Nesse sentido, considerando as exportações menos as importações, o saldo da balança comercial ficou deficitária na ordem de US$ 397,37 milhões. Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 7,21% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 6,91% Var. 2017/2016 Déficit 2017 3.561 1,64% 2,63%11º 7º 3.958,37 -397,37 Figura 53 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Itália 119 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr amaç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS 8.9 Índia A Índia faz parte dos Brics, com Brasil, Rússia, China e África do Sul, sendo, ao lado da China e da Rússia, o principal país em desenvolvimento a despontar na década e um importante parceiro comercial para o Brasil. B R I C S Brasil Rússia Índia China África do Sul Figura 54 Saiba mais Veja o histórico dos Brics acessando o site do Itamaraty. BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. BRICS: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Brasília: Itamaraty, [s.d.]k. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter- regionais/3672-brics>. Acesso em: 30 maio 2018. Em 2017, as exportações para a Índia atingiram o montante de US$ 4.657,33, o que corresponde a 2,14% de participação. As importações, por sua vez, atingiram o montante de US$ 2.945,67, com participação de 1,96%. O saldo da balança comercial atingiu o valor de US$ 1.711,66, conforme demonstrado a seguir. Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 47,32% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 6,91% Var. 2017/2016 Superavit 2017 4.657,33 2,14% 1,95%8º 11º 2.945,67 1.711,66 Figura 55 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Índia 120 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV 8.10 Rússia A Rússia é o principal consumidor de carnes brasileiras e está entre os três maiores clientes nas exportações de açúcar, produtos que sustentaram a evolução do comércio entre os parceiros. O avanço nas vendas brasileiras se deu principalmente a partir de 2005, com a maior abertura do mercado russo. No período, o Brasil sofreu com restrições sanitárias tanto em relação à carne bovina quanto à suína. Como citamos anteriormente, a Rússia faz parte dos Brics, sendo um parceiro comercial do Brasil. No ano de 2017, as exportações para a Rússia chegaram a um valor de US$ 2.736,53, com uma participação de 1,26%. No caso das importações, o montante foi de US$ 2.644,88, o que deixou um saldo superavitário na balança comercial na ordem de US$ 91,66 milhões, conforme demonstrado a seguir: Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 18,99% Var. 2017/2016 Part. nas exportações 2017 Part. nas importações 2017 Ranking de exportações 2017 Ranking de importações 2017 ↑ 30,86% Var. 2017/2016 Superavit 2017 2.736,53 1,26% 1,75%15º 13º 2.945,67 91,65 Figura 56 – Exportações, importações e balança comercial. Parceiro: Rússia Exemplo de aplicação Temos outros parceiros, como Venezuela, Arábia Saudita, Tailândia e Colômbia. Faça uma pesquisa sobre o volume exportado para os países citados, bem como o montante importado. Verifique qual o saldo da balança comercial, se superavitário ou deficitário. Veja, também, quais são os principais produtos da pauta de exportação e importação desses parceiros comerciais. A seguir, apresentaremos alguns dados gerais do Brasil em relação ao montante das exportações e importações, em 2017, e o respectivo saldo da balança comercial. No ano de 2017, as exportações brasileiras atingiram o montante, valor FOB, de US$ 217.739,20, e as importações, o montante de US$ 150.749,50. 121 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS Considerando que a balança comercial é o volume de exportações menos as importações, o saldo da balança comercial em 2017 foi superavitário em US$ 66.989,72, o que representa um desempenho positivo em relação ao ano de 2016. Exportações US$ milhões Importações US$ milhões Saldo US$ milhões ↑ 17,5% Var. 2017/2016 ↑ 9,6% Var. 2017/2016 Superavit 2017 217.739,2 150.749,5 66.989,72 Figura 57 – Brasil: informações gerais. Exportações, importações e balança comercial Observe a seguir os dez países os dez países dos quais o Brasil mais importou, estando a China em primeiro lugar e os EUA em segundo. Interessante observar que temos os blocos econômicos representados pelos quatro primeiros países, sendo Asean, Nafta, Mercosul e União Europeia. US$ 0 US$ 2 US$ 4 US$ 6 US$ 8 US$ 10 US$ 12 US$ 14 US$ 16 US$ 18 US$ 20 US$ 22 US$ 24 US$ 26 US$ 28 Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões Bilhões *Variações em relação ao ano anterior. China Estados Unidos Argentina Alemanha Coréia do Sul México Japão Itália França Chile Figura 58 – Top 10 origens das importações Exemplo de aplicação O Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC) divulga semanalmente e mensalmente os dados da balança comercial brasileira. Também é possível consultar dados da balança comercial referentes a municípios, unidades da federação, empresas, trading companies, cooperativas, entre outros. Veja no site do MDIC todas as informações e estatísticas de comércio exterior. BRASIL. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Balança comercial. Brasília: MDIC, [s.d.]l. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/balanca-comercial>. Acesso em: 25 maio 2018. 122 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Faça uma pesquisa sobre os dados referentes à região em que você mora e identifique: Qual a evolução das exportações e importações? Qual o saldo da balança comercial? Houve superávit ou déficit? Qual o potencial de negócios na sua região? Quantas empresas atuam na sua região? Saiba mais Para ampliar seus conhecimentos sobre a economia mundial, leia a Declaração dos líderes do G20: moldando um mundo interconectado. BRASIL. Ministério das Relações Exteriores. Declaração dos líderes do G20: moldando um mundo interconectado. Brasília: Itamaraty, 8 jul. 2017b. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a- imprensa/16800-declaracao-dos-lideres-do-g20-moldando-um-mundo- interconectado>. Acesso em: 18 maio 2018. 8.11 Ética nos negócios internacionais Outra questão a ser considerada nos negócios internacionais é a ética. Para uma reflexão sobre o tema, leia o artigo “A ética e os negócios internacionais” e faça uma análise sobre as práticas adotadas nas negociações brasileiras. A ética e os negócios internacionais Primeiro, nós precisamos ter um conceito claro do que é ética e a diferença entre ética e aspectos culturais relacionados com as ações e processos de desenvolvimento de negócios. O dicionário Houaiss define ética como parte da filosofia responsável pela investigação dos princípios que motivam, distorcem, disciplinam ou orientam o comportamento humano, refletindo especialmente a respeito da essência das normas, valores, prescrições e exortações presentes em qualquer realidade social. E, também, define como sendo um conjunto de regras e preceitos de ordem valorativa e moral de um indivíduo, de um grupo social ou de uma sociedade. O dicionário Colins define ética como o certo e o errado baseado em princípios morais e regras. A ética, de um tipo particular, é uma ideia ou princípio moral que 123 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS influencia o comportamento, atitudes e filosofia de um grupo de pessoas.O dicionário Webster define ética como uma disciplina que trata do que é bom e ruim, do dever moral e da obrigação, ou também dos princípios de conduta que governam um indivíduo e um grupo. O Larrousse, um dicionário francês, define ética como uma parte da filosofia que foca nos fundamentos da moral, ou como um conjunto de princípios morais, base de conduta de qualquer um. O que induz mais ruído em negociações internacionais são os aspectos culturais, que são mal-entendidos e confundidos com diferenças éticas. Os aspectos culturais que precisam ser realçados são: o protocolo, a religião, o uso das cores e o significado delas em cada cultura, a linguagem corporal, os costumes de alimentação e os presentes. Há, também, uma outra perspectiva sobre diferenças culturais, que é a de Geert Hofstede, com a análise das dimensões culturais. Elas são: índice de distância do poder, individualismo, masculinidade, índice de aversão à incerteza e a orientação para o longo prazo. Um possível uso do método está exatamente em Negócios Internacionais. A lista com a análise de vários países está disponível no web site do autor. Negócios são negócios, e ética é ética. A área cinzenta que muitas pessoas tentam desenvolver, para ser utilizada como desculpa para fracassos ou para permitir, ou endossar, situações éticas inaceitáveis, não deve existir. Uma frase de Peter Drucker quando um repórter lhe perguntou o que ele ensinaria em uma conferência sobre ética, espelha claramente o espírito do comportamento ético. Ele respondeu que seria a conferência mais curta do mundo, ele só diria: se você não pode se olhar no espelho por algo que você está prestes a fazer, não o faça. Ética é sobre moral e sobre não provocar danos a ninguém, ao negócio, ao ambiente, ao colega, ao sócio, ao vizinho, ao amigo, e assim por diante. Uma ideia comum, que eu já li várias vezes, é que o suborno é esperado, aceito e habitual em alguns países. Suborno está errado em qualquer lugar do mundo. É difícil para mim acreditar que há algumas pessoas, pessoas sérias, que endossam essa prática e dizem que é natural e aceito em alguns lugares. Para existir suborno, nós precisamos, pelo menos, ter dois atores, um que doa e um que recebe. O que acontece é a existência de um longo e velho processo em que os que têm um poder maior, econômico, político ou de influência, oferecem vantagens, presentes e suborno para ter os interesses assistidos de forma mais rápida e preferencial. E esse processo, em algumas regiões do mundo, tornou-se habitual. É mais fácil comprar o indivíduo que explicar o que eu quero. 124 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Em 1999, lendo um jornal local, ou revista, constatei um absurdo, difícil acreditar, mas é real, e eu tenho até hoje aquele artigo, em algum lugar. Um diplomata de um país desenvolvido disse, em um país emergente, e está escrito, algo como: quem tem dinheiro faz as ordens. Eu penso que não é preciso fazer comentários sobre como o suborno foi ampliado em algumas regiões. Outro ponto que li é que cada país faz ou interpreta os padrões éticos de negócios. Eu acredito, também, que isso não é verdade. O que cada país tem é um nível de contaminação de corrupção. Uma observação: corrupção não é só uma característica de países pobres. Nós a achamos, também, em países ricos, e frequentemente. Assim, ética é uma coisa, regras empresariais e aspectos culturais são outra coisa. Aspectos culturais e como lidar com suas particularidades dependem do estudo e do interesse de cada um que quer desenvolver negócios internacionais, e é necessário que o faça antes de fazer suposições e delegar a responsabilidade para diferenças éticas. Matar, roubar e prejudicar os outros não é um comportamento aceitável, nem moral, em qualquer lugar do mundo. Regras empresariais são feitas pelos homens e seguidas de modo moral ou imoral, conforme a consciência e a educação de cada um. Fonte: Ferreira (2009). Exemplo de aplicação Após a leitura do artigo, faça uma análise sobre as práticas adotadas nas negociações brasileiras. Resumo Nesta unidade, destacaram-se os contratos internacionais, o seu conceito e os tipos de contratos utilizados na área de comércio internacional. Foram citados os contratos de transporte, seguro, câmbio, como os contratos de agência, entre outros. Destacamos ainda o conceito de arbitragem e a sua utilização na solução de conflitos oriundos das negociações internacionais. Foram abordados o funcionamento do sistema financeiro internacional e os principais organismos internacionais, como o Fundo Monetário Internacional (FMI), o Banco Mundial e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), citando o objetivo e as principais atribuições de cada um. Vimos, também, a importância dos parceiros comerciais e relacionamos vários desses parceiros que negociam com o Brasil, destacando o montante 125 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a NEGÓCIOS INTERNACIONAIS das exportações e importações (valor FOB) e o saldo da balança comercial resultante das transações comerciais entre os países citados. Destacamos a relação comercial entre Brasil, China, Estados Unidos da América, Argentina, França, Itália e outros. Finalizamos esta unidade com uma reflexão sobre a ética nos negócios internacionais. Exercícios Questão 1. (Enade 2015) Em entrevista, William Ury, fundador e diretor do curso de negociação da Harvard Bussiness School, afirma que, para se obter êxito em uma negociação, é preciso ouvir o outro lado e entender quais são os seus interesses, pois negociar é um exercício de ajudar a resolver o problema alheio. Segundo o autor, a globalização facilitou a comunicação, mas trouxe novas dificuldades pelo desafio de se negociar em culturas diferentes e em ambientes de rápidas mudanças. Nas culturas asiáticas, por exemplo, a negociação é muito mais que um simples acordo comercial, é um relacionamento que vai sendo construído por etapas. Disponível em: <http://exame.abril. com.br>. Acesso em: 30 de jul. 2015 (adaptada). A partir do texto apresentado, avalie as asserções e a seguir a relação proposta entre elas. I – É comum que, em determinadas culturas, os processos de negociação sejam executados pelos cargos mais altos na hierarquia da organização. PORQUE II – Costuma-se dar pouca importância aos contratos jurídicos, pois, para os negociadores, é mais importante fortalecer a relação pessoal com a outra parte do que assinar um contrato. A respeito dessas afirmativas, assinale a opção correta. A) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As afirmativas I e II são proposições falsas. Resposta correta: alternativa B. 126 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade IV Análise das afirmativas I – Afirmativa correta. Justificativa: como os negócios internacionais envolvem diversas nuances que vão além dos contratos formais, a participação da alta cúpula das empresas se faz presente. II – Afirmativa correta. Justificativa: em determinadas culturas, a palavra vale mais do que um simples papel assinado, em que uma de suas cláusulas pode simplesmente não ser cumprida. Dessa forma, o estreitamento de relações favorece as negociações internacionais independentementede contratos formais. Apesar de as duas afirmativas estarem corretas, não há relação de causa-efeito entre elas. Questão 2. (Enade 2015) A escolha da modalidade de pagamento é feita em comum acordo entre o exportador e o importador, e vai depender, basicamente, do grau de confiança comercial existente entre as partes, das exigências do país importador e das disponibilidades das linhas de financiamento. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br>. Acesso em: ago. 2015 (Adaptada). Acerca da modalidade de pagamento denominada carta de crédito, avalie as afirmativas a seguir e a relação proposta entre elas. I – A carta de crédito é a modalidade de pagamento mais difundida no comércio internacional. PORQUE II – Tanto para o exportador como para o importador, a carta de crédito é a modalidade de pagamento que oferece maiores garantias. A respeito dessas afirmativas, assinale a opção correta. A) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. B) As afirmativas I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. C) A afirmativa I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa. D) A afirmativa I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira. E) As afirmativas I e II são proposições falsas. Resolução desta questão na plataforma. 127 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a FIGURAS E ILUSTRAÇÕES Figura 2 PRODUCTION-2612056__340.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2017/08/08/17/44/ production-2612056__340.jpg>. Acesso em: 6 jun. 2018. Figura 3 GLOBALISATION-3390877__340.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2018/05/11/15/49/ globalisation-3390877__340.jpg>. Acesso em: 6 jun. 2018. Figura 5 RACY, J. C. Introdução à gestão de negócios internacionais. São Paulo: Thomson, 2006. p. 178. Figura 13 NOTECON1-P.ASP. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/htms/notecon1-p.asp>. Acesso em: 15 ago. 2018. Figura 14 NI1-T02P.GIF?V=20180622. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/gifs/ni1-t02p.gif?v=20180622>. Acesso em: 3 jul. 2018. Figura 15 NI1-T03P.GIF?V=20180622. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/gifs/ni1-t03p.gif?v=20180622>. Acesso em: 3 jul. 2018. Figura 16 NOTECON1-P.ASP. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/htms/notecon1-p.asp>. Acesso em: 15 ago. 2018. Figura 17 COFFEE-345648__340.JPG. Disponível em: <https://cdn.pixabay.com/photo/2014/05/16/16/35/ coffee-345648__340.jpg>. Acesso em: 24 jul. 2018. 128 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Figura 19 838-PLANO-NACIONAL-DA-CULTURA-EXPORTADORA-PNCE%E2%80%8B. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/pnce/838-plano-nacional-da-cultura-exportadora- pnce%E2%80%8B>. Acesso em: 20 jul. 2018. Adaptada. Figura 33 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 15 ago. 2018. Figura 34 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 15 ago. 2018. Figura 35 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 15 ago. 2018. Figura 36 FRAME-PAIS. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-pais>. Acesso em: 31 jul. 2018. Figura 37 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 38 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 39 FRAME-PAIS?PAIS=USA. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas- de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=usa>. Acesso em: 16 ago. 2018. 129 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Figura 40 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 41 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 42 FRAME-PAIS?PAIS=ARG. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=arg>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 43 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 44 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 45 FRAME-PAIS?PAIS=DEU. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=deu>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 46 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 47 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 48 FRAME-PAIS?PAIS=KOR. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=kor>. Acesso em: 1° ago. 2018. 130 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Figura 49 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 50 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio- exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 16 ago. 2018. Figura 51 FRAME-PAIS?PAIS=JPN. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas- de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=jpn>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 52 FRAME-PAIS?PAIS=FRA. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas- de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=fra>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 53 FRAME-PAIS?PAIS=ITA. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas- de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=ita>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 54 3672-BRICS. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter- regionais/3672-brics>. Acesso em: 31 maio 2018. Adaptada. Figura 55 FRAME-PAIS?PAIS=IND. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas- de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=ind>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 56 FRAME-PAIS?PAIS=RUS. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas- de-comercio-exterior/comex-vis/frame-pais?pais=rus>. Acesso em: 1° ago. 2018. Figura 57 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de- comercio-exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 1° ago. 2018. 131 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Figura 58 FRAME-BRASIL. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-exterior/estatisticas-de-comercio-exterior/comex-vis/frame-brasil>. Acesso em: 1° ago. 2018. REFERÊNCIAS Textuais ABDALA, V. Renda familiar per capita no Brasil em 2017 foi de R$ 1.268, segundo IBGE. Agência Brasil. Rio de Janeiro, fev. 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/ economia/noticia/2018-02/renda-familiar-capita-no-brasil-em-2017-era-de-r-1268-segundo- ibge>. Acesso em: 20 jun. 2018. BACHA et al. Estado da economia mundial: desafios e respostas. Seminário em homenagem a Pedro S. Malan. São Paulo: LTC, 2015. BANCO CENTRAL DO BRASIL. Circular 3.689, de 16 dez. 2013. Brasília, 2013. Disponível em: <https://www.bcb.gov.br/Rex/legce/port/Circular3689.asp>. Acesso em: 31 jul. 2018. ___. Relatório de investimento direto no país. Brasília, 2018. Disponível em: <http://www.bcb.gov. br/Rex/CensoCE/port/RelatorioIDP2016.pdf>. Acesso em: 4 jul. 2018. ___. Série histórica do balanço de pagamentos: 6ª edição do Manual de Balanço de Pagamentos e Posição de Investimento Internacional (BPM6). Brasília, 2018. Disponível em: <https://www.bcb. gov.br/htms/infecon/Seriehist_bpm6.asp>. Acesso em: 15 ago. 2018. BANCO Mundial dobrará empréstimos a países emergentes – entre eles o Brasil. VEJA, São Paulo, 1° abr. 2014. Disponível em: <https://veja.abril.com.br/economia/banco-mundial-dobrara- emprestimos-a-paises-emergentes-entre-eles-o-brasil/>. Acesso em: 30 jul. 2018. BILLI, M. Blocos comerciais dominam exportação da América Latina. Folha de S.Paulo, São Paulo, 17 jun. 2004. Disponível em: < https://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u85650. shtml>. Acesso em: 25 jul. 2018. BRASIL. Câmara dos Deputados. Decreto nº 922, de 10 de setembro de 1993 – publicação original. Brasília, [s.d.]j. Disponível em: <http://www2.camara.leg.br/legin/fed/decret/1993/decreto-922- 10-setembro-1993-336716-publicacaooriginal-1-pe.html>. Acesso em: 30 jul. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Ácido adípico. Brasília: MDIC, 2018b. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/defesa-comercial/147- medidas-em-vigor/1068-acido-adipico>. Acesso em: 3 jul. 2018. 132 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Apoio ao exportador. Brasília: MDIC, [s.d.]d. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/defesa-comercial/852- apoio-exp>. Acesso em: 27 jun. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. As medidas de salvaguarda. Brasília: MDIC, [s.d.]e. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/defesa-comercial/205-o- que-e-defesa-comercial/1781-salvaguarda-as-medidas-de-salvaguarda>. Acesso em: 28 jun. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Balança comercial. Brasília: MDIC, [s.d.]l. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/balanca-comercial>. Acesso em: 25 maio 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Informações sobre o PNCE. Brasília: MDIC, [s.d.]g. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/pnce/838- plano-nacional-da-cultura-exportadora-pnce>. Acesso em: 20 jul. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Negociações internacionais em matéria de defesa comercial. Brasília: MDIC, [s.d.]c. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index. php/comercio-exterior/defesa-comercial/205-o-que-e-defesa-comercial/1766-negociacoes- internacionais-em-materia-de-defesa-comercial>. Acesso em: 26 jun. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Novo projeto de facilitação de comércio com o Brasil. Brasília: MDIC, 2018d. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/ noticias/3139-novo-projeto-de-facilitacao-de-comercio-com-o-brasil>. Acesso em: 25 jul. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. OMC – Organização Mundial do Comércio. Brasília: MDIC, [s.d.]b. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/ negociacoes-internacionais/805-omc-organizacao-mundial-do-comercio>. Acesso em: 26 jun. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O que é defesa comercial. Brasília: MDIC, [s.d.]a. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/defesa- comercial/145-o-que-e-defesa-comercial>. Acesso em: 26 jun. 2016. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. O Siscoserv. Brasília: MDIC, [s.d.]i. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/comercio-servicos/a-secretaria-de-comercio-e-servicos- scs-15>. Acesso em: 26 jul. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Relatório Decom: defesa comercial: anti-dumping – medidas compensatórias – salvaguardas. Brasília: MDIC, 2018a. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/images/REPOSITORIO/secex/decom/Relatórios_DECOM/Relatório_2017_ final.pdf>. Acesso em: 28 jun. 2018. ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Relatórios e publicações de defesa comercial. Brasília: MDIC, [s.d.]f. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio- exterior/defesa-comercial/853-relatorios-de-defesa-comercial>. Acesso em: 3 jul. 2018. 133 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a ___. Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços. Tarifa externa comum – TEC (NCM). Brasília: MDIC, [s.d.]h. Disponível em: <http://www.mdic.gov.br/index.php/comercio-exterior/ estatisticas-de-comercio-exterior-9>. Acesso em: 24 jul. 2018. ___. Ministério das Relações Exteriores. BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Brasília: Itamaraty, [s.d.]k. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/ mecanismos-inter-regionais/3672-brics>. Acesso em: 30 maio 2018. ___. Ministério das Relações Exteriores. Declaração dos líderes do G20 – moldando um mundo interconectado. Brasília: Itamaraty, 8 jul. 2017b. Disponível em: <http://www.itamaraty.gov.br/pt- BR/notas-a-imprensa/16800-declaracao-dos-lideres-do-g20-moldando-um-mundo-interconectado>. Acesso em: 18 maio 2018. ___. Ministério das Relações Exteriores. Lançamento das negociações de um acordo de comércio entre o Mercosul e a República da Coreia. Brasília: Itamaraty, 2018c. Disponível em: <http://www. itamaraty.gov.br/pt-BR/notas-a-imprensa/18932-lancamento-das-negociacoes-de-um-acordo-de- comercio-entre-o-mercosul-e-a-republica-da-coreia>. Acesso em: 24 jul. 2018. ___. Ministério das Relações Exteriores. Sumário executivo das relações comerciais com o Brasil. Brasil x França. Brasília, out. 2016. Disponível em: <https://investexportbrasil.dpr.gov.br/arquivos/ IndicadoresEconomicos/web/pdf/SUMFrancaOUT2016.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018. ___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 4.657, de 4 de setembro de 1942. Brasília, 1942. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/del4657.htm>. Acesso em: 25 jul. 2018. ___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 7.030, de 14 de dezembro de 2009. Promulga a Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, concluída em 23 de maio de 1969, com reserva aos Artigos 25 e 66. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007- 2010/2009/decreto/d7030.htm>. Acesso em: 11 maio 2018. ___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 8.058, de 26 de julho de 2013. Regulamenta os procedimentos administrativos relativos à investigação e à aplicação de medidas anti-dumping; e altera o Anexo II ao Decreto nº 7.096, de 4 de fevereiro de 2010, que aprova a Estrutura Regimental e o Quadro Demonstrativo dos Cargos em Comissão e das Funções Gratificadas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Brasília, 2013. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2013/decreto/d8058.htm>.Acesso em: 2 jul. 2018. ___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 8.327, de 16 de outubro de 2014. Promulga a Convenção das Nações Unidas sobre contratos de compra e venda internacional de mercadorias – Uncitrat. Brasília, 2014. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011- 2014/2014/decreto/d8327.htm>. Acesso em: 25 jul. 2018. 134 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a ___. Presidência da República. Casa Civil. Decreto nº 56.435, de 8 de julho de 1966. Promulga a Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ ccivil_03/decreto/antigos/d56435.htm>. Acesso em: 11 maio 2018. ___. Presidência da República. Planalto. Abertura comercial do Brasil é caminho para desenvolvimento econômico e social. Brasília, 2017a. Disponível em: <http://www2.planalto. gov.br/acompanhe-planalto/noticias/2017/10/abertura-comercial-do-brasil-e-caminho-para- desenvolvimento-economico-e-social>. Acesso em: 24 jul. 2018. ___. Supremo Tribunal Federal. Jurisprudência. Súmula 420. Brasília, 2014a. Disponível em: <http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumarioSumulas.asp?sumula=4286>. Acesso em: 27 jul. 2018. CARBAUGH, R. J. Economia internacional. São Paulo: Thompson Learning, 2004. CAVUSGIL, S. T. Negócios internacionais: estratégia, gestão e novas realidades. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2010. COMITÊ BRASILEIRO DE ARBITRAGEM – CBar. Legislação internacional. Lei modelo da Uncitral sobre arbitragem comercial internacional – 1985 – Com as alterações adotadas em 2006. Disponível em: <http://cbar.org.br/site/wp-content/uploads/2012/05/Lei_Modelo_Uncitral_ traduzida_e_revisada_versao_final.pdf>. Acesso em: 29 maio 2018. CORSEUIL, C. H.; KUME, H. (Coords.). A abertura comercial brasileira nos anos 1990: impactos sobre emprego e salário. Rio de Janeiro: Ipea, Brasília: MTE, 2003. COSTA, A. J. D. Economia internacional: teoria e prática. Curitiba: InterSaberes, 2012. DIAS, R. Relações internacionais: introdução ao estudo da sociedade internacional global. São Paulo: Atlas, 2010. DIAS, R.; RODRIGUES, W. (Org.) et al. Comércio exterior: teoria e gestão. São Paulo: Atlas, 2004. FARO, R. Competitividade no comércio internacional. São Paulo: Atlas, 2010. FERREIRA, M. L. T. A ética e os negócios internacionais. 30 mar. 2009. Disponível em: <http://www. administradores.com.br/artigos/negocios/a-etica-e-os-negocios-internacionais/29055/>. Acesso em: 1° ago. 2018. FIGUEIRA, A. R.; MELLO, R. C. Negócios internacionais: perspectivas brasileiras. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015. FINEP VAI RECEBER US$ 1,5 bilhão de empréstimo do BID para financiar pesquisas. Agência Brasil, Brasília, 10 jan. 2017. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/pesquisa-e-inovacao/ 135 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a noticia/2017-01/finep-pede-emprestimo-de-15-bilhao-no-exterior-para-financiar>. Acesso em: 31 maio 2018. GANEM, A. Adam Smith e a explicação do mercado como ordem social: uma abordagem histórico-filosófica. R. Econ. contemp., Rio de Janeiro, p. 9-36, jul./dez. 2000. Disponível em: <https://scholar.google.com/scholar_url?url=http://www.ie.ufrj.br/images/pesquisa/publicacoes/ rec/REC%25204/REC_4.2_01_Adam_smith_e_a_explicacao_do_mercado_como_ordem_social. pdf&hl=pt-BR&sa=T&oi=gsb-gga&ct=res&cd=0&ei=qBT_Wo6JIsO7mAHhqL6wCA&scisig=AAGBfm3- 7kspXDBRTPGFxu9Xp78exGT9tg>. Acesso em: 18 jun. 2018. GREGORIO, M. Estrutura da Câmara de Comércio Internacional de Paris, A American Arbitration Association e Lei Modelo da Uncitral. [s.d.]. Disponível em: <https://marciogregoriojr.jusbrasil. com.br/artigos/393065453/estrutura-da-camara-de-comercio-internacional-de-paris-a-american- arbitration-association-e-lei-modelo-da-uncitral?ref=topic_feed>. Acesso em: 29 maio 2018. GREMAUD, A. P.; VASCONCELLOS, M. A. S.; TONETO JR., R. Economia brasileira contemporânea. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007. GUEDES, A. L. Negócios internacionais. São Paulo: Thomson Learning, 2007. HARTUNG, D. S. Negócios internacionais. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2002. IAMIN, G. P. Negociação: conceitos fundamentais e negócios internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2016. INSTITUTO DE ESTUDOS PARA O DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL (IEDI). Desindustrialização prematura: um mal para o desenvolvimento. 2017. Disponível em: <http://www.iedi.org.br/ artigos/top/analise/analise_iedi_20160929_ind_desenv.html>. Acesso em: 20 jun. 2018. LACERDA, A. C. Abertura comercial e indústria. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 26 out. 2013. Caderno de Economia & Negócios. Disponível em: <https://economia.estadao.com.br/noticias/ geral,abertura-comercial-e-industria-imp-,1089857>. Acesso em: 26 maio 2018. LOPES, V. J. Comércio exterior brasileiro. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2001. LUDOVICO, N. Como preparar uma empresa para o comércio exterior. São Paulo: Saraiva, 2009. ___. Mercados e negócios internacionais. São Paulo: Saraiva, 2007. LUZ, R. Comércio internacional e legislação aduaneira. Série Provas & Concursos. 6. ed. São Paulo: Método, 2015. MAGNOLI, D.; SERAPIÃO JR., C. Comércio exterior e negociações internacionais. São Paulo: Saraiva, 2006. 136 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a MAIA, J. M. Economia internacional e comércio exterior. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2001. MAÑAS, A. V. Administrar negócios internacionais: fatores contextuais e impactos sobre as organizações. Revista de Administração da Fatea, Lorena, v. 2, n. 2, p. 61-77, jan./dez. 2009. MARIANO, J.; CARMO, E. Economia internacional. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2007. MENDONÇA, A. C. D. Câmbio e negócios internacionais. São Paulo: Nobel, 2009. NYEGRAY, J. A. L. Legislação aduaneira, comércio exterior e negócios internacionais. Curitiba: InterSaberes, 2016. OLIVEIRA, L. G. Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/1996). A importância da convenção arbitral e seus efeitos. [s.d.]. Disponível em: <https://laholiveira.jusbrasil.com.br/artigos/187524378/lei-de- arbitragem-lei-n-9307-1996-a-importancia-da-convencao-arbitral-e-seus-efeitos>. Acesso em: 30 jul. 2018. RACY, J. C. Introdução à gestão de negócios internacionais. São Paulo: Thomson Learning, 2006. RATTI, B. Câmbio e negócios internacionais. São Paulo: Aduaneiras, 2006. RETKVA, A. G. Principais aspectos da lex mercatória. 2016. Disponível em: <https://jus.com.br/ artigos/51882/principais-aspectos-da-lex-mercatoria>. Acesso em: 26 jul. 2018. ROCHA, A. M. Acidentes ocorridos com cargueiros chamam a atenção de seguradoras. Redação Portal Marítimo, 17 abr. 2017. Disponível em: <http://www.portalmaritimo.com/2017/04/17/acidentes- ocorridos-com-cargueiros-chamam-a-atencao-de-seguradoras/>. Acesso em: 25 jul. 2018. SEGRE, G. et al. Manual prático de comércio exterior. São Paulo: Atlas, 2006. SILVA, A. L. R.; RIEDIGER, B. F. Política externa brasileira: uma introdução. Curitiba: InterSaberes, 2016. SOUZA, J. M. M. Fundamentos do comércio internacional. São Paulo: Saraiva, 2009. TRIPOLI, A. C. K. Comércio internacional: teoria e prática. Curitiba: InterSaberes, 2016. VASCONCELLOS, M. A. S.; GARCIA, M. E. Fundamentos de economia. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2011. VERSIANI, I.; STELZER, V. Brasil quita dívida com FMI e economiza US$ 900 mi. UOL, dez. 2005. Disponível em: <https://noticias.uol.com.br/ultnot/2005/12/13/ult27u52820.jhtm>. Acesso em: 31 maio 2018. WESTMANN, G. et al. Novos olhares sobre a política externa brasileira. São Paulo: Contexto, 2017. 137 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M ansin i - d at a YANAKIEW, M. Argentina recorre ao FMI para equilibrar contas. Agência Brasil. Buenos Aires, 8 maio 2018. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2018-05/ argentina-recorre-ao-fmi-para-equilibrar-contas>. Acesso em: 30 maio 2018. Sites <https://barreirascomerciais.dpr.gov.br/>. <http://www.investexportbrasil.gov.br/>. <http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/>. <www.bcb.gov.br>. <www.mdic.gov.br>. Exercícios Unidade I – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Ciências Econômicas. Questão 31. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/ Provas/PROVA_DE_CIENCIAS_ECONOMICAS.pdf>. Acesso em: 30 maio 2011. Unidade I – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Administração. Questão 22. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/Provas/PROVA_ DE_ADMINISTRACAO.pdf >. Acesso em: 30 maio 2011. Unidade II – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2009: Administração. Questão 22. Disponível em: <http://public.inep.gov.br/enade2009/ADMINISTRACAO.pdf>. Acesso em: 30 maio 2011. Unidade II – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2006: Ciências Econômicas. Questão 29. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/download/enade/2006/ Provas/PROVA_DE_CIENCIAS_ECONOMICAS.pdf>. Acesso em: 30 maio 2011. Unidade III – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2012: Relações Internacionais. Questão 11. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/ enade/provas/2012/09_RELACOES_INTERNACIONAIS.pdf >. Acesso em: 30 maio 2011. 138 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Unidade III – Questão 2: CONCURSOS PÚBLICOS CONSULTORIA E ADMINISTRAÇÃO – Cetro. Secretaria de Saúde de Rondônia – Sesau/RO, 2014. Unidade IV – Questão 1: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2015: Comércio Exterior. Questão 13. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/ provas/2015/14_cst_comercio_exterior.pdf >. Acesso em: 30 maio 2011. Unidade IV – Questão 2: INSTITUTO NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANISIO TEIXEIRA (INEP). Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (ENADE) 2015: Comércio Exterior. Questão 17. Disponível em: <http://download.inep.gov.br/educacao_superior/enade/ provas/2015/14_cst_comercio_exterior.pdf>. Acesso em: 30 maio 2011. 139 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a 140 Re vi sã o: N om e do re vi so r - D ia gr am aç ão : L uc as M an sin i - d at a Informações: www.sepi.unip.br ou 0800 010 9000