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sifilis congenita

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SUMÁRIO
1. Introdução ..................................................................... 3
2. Agente etiológico ....................................................... 3
3. Clínica ............................................................................. 4
4. Sífilis Congênita .......................................................... 6
5. Sífilis Congênita Precoce ........................................ 8
6. Sífilis Congênita Tardia ............................................ 8
7. Diagnóstico ................................................................11
8. Tratamento .................................................................13
Referências Bibliográficas ........................................16
3SÍFILIS CONGÊNITA
1. INTRODUÇÃO
A sífilis congênita é doença infecciosa 
de transmissão vertical (materno-fe-
tal) causada pela bactéria Treponema 
pallidum. A infecção congênita pode 
acometer praticamente todos os órgãos 
e sistemas, o que pode resultar em má 
formação, morte fetal ou neonatal. Em-
bora tenha tratamento eficaz e de baixo 
custo, vem-se mantendo como proble-
ma de saúde pública até os dias atuais.
2. AGENTE ETIOLÓGICO
A sífilis é causada por uma bactéria 
chamada Treponema pallidum, gê-
nero Treponema, da família Trepo-
nemactaceae e foi descoberta em 3 
de março de 1905. O T. pallidum tem 
formato espiralado (espiroquetas) de 
10 a 20 voltas, com cerca de 5-20mm 
de comprimento e 0,1 a 0,2 mm. Não 
possui membrana celular. Apresenta 
flagelos que se iniciam na extremida-
de distal da bactéria e encontram-se 
junto à camada externa ao longo do 
eixo longitudinal. Move-se para trás e 
para frente rodando em torno de seu 
maior comprimento.
Figura 1. Treponema pallidum: desenho esquemático./ 
FONTE: Trabulsi, 2004.
Não é cultivável e é um patógeno ex-
clusivo do ser humano. É facilmente 
destruído pelo calor, água e sabão, 
não resistindo muito tempo fora do 
seu ambiente (26 horas). Divide-se 
transversalmente a cada 3 horas. É 
de difícil visualização à luz direta no 
microscópio. Cora-se fracamente daí 
o nome pálido, pallidum em latim.
Tem capacidade de biossíntese limi-
tada, por isso prefere locais com bai-
xo teor de oxigênio e apresenta pou-
cos componentes proteicos em sua 
parede externa.
A doença pode ser transmitida por 
via sexual, sendo que o contato com 
as lesões contagiantes pelos órgãos 
genitais é responsável por 95% dos 
casos de sífilis, (sífilis adquirida) e 
verticalmente pela placenta da mãe 
para o feto (sífilis congênita). A bac-
téria penetra a mucosa íntegra ou a 
pele lesionada e se dissemina pelo 
organismo.
O contato hematogênico por trans-
plante de sangue infectado e por via 
indireta, com objetos contaminados, 
são outras formas de transmissão que 
ocorrem mais raramente e tem pouco 
valor epidemiológico. O treponema é 
muito sensível à penicilina.
SE LIGA! A principal forma de transmis-
são da sífilis é por via sexual.
4SÍFILIS CONGÊNITA
3. CLÍNICA
A evolução natural da doença mostra a 
alternação entre períodos de atividade, 
com diferentes estágios, sintomatologias 
e características clínicas e imunológicas 
distintas (sífilis primária secundária e terci-
ária) e períodos de latência (sífilis latente).
A sífilis primária é caracterizada por uma 
lesão específica – cancro duro ou pro-
tossifiloma - que surge no local da pe-
netração do T. pallidum entre 10 e 90 
dias,mas em geral até três semanas 
após o contágio. O cancro costuma ser 
único, indolor e sem manifestações infla-
matórias em volta da lesão, com bordas 
endurecidas e fundo liso, inicialmente de 
coloração rósea que evolui para aver-
melhada. Essa lesão é rica em bactérias.
Essa lesão pode passar despercebida 
por ser pequena, em média 1 cm de 
diâmetro, principalmente nas mulhe-
res, por ficar escondida entre os pelos 
pubianos ou dentro da vagina. Após 
uma ou duas semanas pode haver 
uma reação ganglionar regional múl-
tipla e bilateral, de nódulos duros e 
indolores. Essa ferida desaparece so-
zinha, independente de tratamento 
após 3 a 6 semanas, levando a falsa 
impressão de cura espontânea. 
Figura 2. Sífilis primária – cancro duro.. 
FONTE: Avelleira;Bottino, 2006.
MAPA MENTAL - AGENTE ETIOLÓGICO
Tem formato espiralado Transmissão
É facilmente 
destruído pelo calor, 
água e sabão.
Não é cultivável e é um 
patógeno exclusivo do 
ser humano.
Gênero Treponema, 
da família 
Treponemactacea
• Penetra a mucosa ou pele e se 
dissemina pelo organismo
• A via sexual é responsável por 
95% dos casos
• A via vertical leva a sífilis congênita
• Espiroquetas
• 10 a 20 voltas
• Cerca de 5-20mm
• Apresenta flagelos
• Roda em torno do maior eixo
5SÍFILIS CONGÊNITA
Após o período de latência, os sinais 
e sintomas aparecem entre seis se-
manas e seis meses da cicatrização 
da ferida inicial, sendo em média de 
seis a oito semanas, marcando o re-
torno da atividade da doença. O aco-
metimento afetará a pele e órgãos 
internos, podendo ocorrer manchas 
por todo corpo, que geralmente não 
coçam, incluindo palmas das mãos e 
plantas dos pés. 
As lesões sifílides ocorrem por sur-
tos e de forma simétrica, podem se 
apresentar como maculas de cor eri-
tematosa, sendo ricas em bactéria e 
altamente contagiosas. O acometi-
mento das regiões palmares e plan-
tares é bem característico da forma 
secundária. Febre, dor de cabeça, 
inapetência, mal-estar e linfonodos 
aumentados espalhados pelo corpo 
podem ocorrer.
SE LIGA! Nos estágios primário e se-
cundário da infecção, a possibilidade de 
transmissão é maior.
A fase secundária evolui no primeiro 
e segundo ano da doença com no-
vos surtos que regridem espontane-
amente intercalados por períodos de 
latência cada vez maiores. Por fim, 
os surtos desaparecem, e um grande 
período de latência se estabelece. 
Figura 3. Sífilis secundária – lesões palmare.. 
FONTE: Avelleira; Bottino, 2006.
Os pacientes na fase de sífilis terci-
ária desenvolvem lesões localizadas 
envolvendo pele e mucosas, compro-
metimento do sistema nervoso cen-
tral, cardiovasculares e ósseos, po-
dendo levar até a morte. Pode surgir 
de 2 a 40 anos após o início da infec-
ção. Na pele, as lesões são nódulos, 
tubérculos e placas nódulo-ulceradas, 
as lesões são solitárias ou em peque-
no número, assimétricas, endurecidas 
com bordas bem marcadas, forman-
do segmentos de círculos. Em geral a 
característica das lesões terciárias é a 
formação de granulomas destrutivos 
(gomas) e ausência quase total de 
treponemas.
6SÍFILIS CONGÊNITA
Figura 4: Sífilis terciária – lesão circular. 
 FONTE: Avelleira; Bottino, 2006.
4. SÍFILIS CONGÊNITA
A sífilis congênita é o resultado da dis-
seminação hematogênica do Trepo-
nema pallidum, da gestante infecta-
da não-tratada ou inadequadamente 
tratada para seu bebê, por via trans-
placentária. Das doenças que podem 
ser transmitidas durante a gestação e 
parto, a sífilis e a que apresenta maio-
res taxas de transmissão. Por isso é 
importante fazer os teste para detec-
tar e tratar corretamente a mulher e 
seu parceiro(s) sexual(is) durante o 
pré-natal.
O tratamento da gestante deve ser 
feito sempre com penicilina, mes-
mo em casos de hipersensibilidade, 
quando se processa a dessensibiliza-
ção, pois outra droga não trata o feto.
A taxa de mortalidade fetal e perina-
tal por sífilis congênita continua ele-
vada (40 a 50%) e a pesquisa da sí-
filis faz parte do screening pré-natal 
obrigatório para todas as gestantes 
que frequentam os serviços públicos 
de saúde, não se justificando a ocor-
rência de infecção congênita. 
Os sinais e sintomas podem se mani-
festar logo após o nascimento, duran-
te ou depois dos dois anos de vida da 
criança. Em neonatos infectados, as 
manifestações da sífilis são classifi-
cadas como congênita precoce (nas-
cimento até os 2 anos) e congênita 
tardia (após os 2 anos de idade). Os 
sobreviventes podem ser assintomá-
ticos em mais de 50% dos casos, e os 
primeiros sintomas geralmente apa-
recem nos primeiros 3 meses de vida. 
Por isso, é muito importantea triagem 
sorológica da mãe no pré-natal.
HORA DA REVISÃO!
Segundo orientação do Ministério da 
Saúde, gestantes devem coletar VDRL 
na primeira consulta de pré-natal, no 3º 
trimestre de gestação e no momento do 
parto.
7SÍFILIS CONGÊNITA
MAPA MENTAL - CLÍNICA
Cancro duro 
Lesão rica em bactérias
Geralmente até três semanas
• Costuma ser único, 
• Indolor 
• Bordas endurecidas 
• Fundo liso
• 1 cm de diametro
Desaparece sozinha
Independente de tratamento
Reaparece em média de 
seis a oito semanas
Afetará a pele e órgãos internos
Acometimento das regiões 
palmares e plantares
Lesões ricas em bactéria
Geralmente não coçam
Pode surgir de 2 a 40 anos 
após o início da infecção
Comprometimento sistêmico
Lesões
Formação de granulomas 
destrutivos (gomas)
• SNC
• Cardiovascular
• Ossos
• Nódulos, tubérculos e placas 
nódulo-ulceradas, 
• Em pequeno número
• Assimétricas
• Endurecidas com bordas bem 
marcadas
• Segmentos de círculos.
Primária
CLÍNICA
Terciária Secundária
ausência quase total de treponemas
8SÍFILIS CONGÊNITA
5. SÍFILIS CONGÊNITA 
PRECOCE
A síndrome clínica da sífilis congênita 
precoce surge até o segundo ano de 
vida, mas é mais evidente até a quin-
ta semana e deve ser diagnosticada 
por meio de uma avaliação epidemio-
lógica criteriosa da situação materna 
e de avaliações clínica, laboratorial 
e de estudos de imagem na criança. 
Porém, o diagnóstico na criança não 
é tão simples, uma vez que mais da 
metade de todas as crianças é assin-
tomática ao nascimento e, naquelas 
que apresentam sinais e sintomas, a 
expressão clínica podem ser discre-
tos e inespecíficos.
A forma disseminada da infecção (sí-
filis congênita major) manifesta-se no 
momento do nascimento e é de ele-
vada mortalidade (até 25%), mesmo 
quando tratada de forma adequa-
da. O sinal mais sugestivo é o com-
prometimento da pele das mucosas, 
exantema maculopapular e bolhoso, 
com presença mais intensa na palma 
da mão e na planta dos pés (pênfigo 
palmoplantar).
Figura 4: Essa foto mostra erupção vesicular na palma 
da mão, planta dos pés e face de um recém-nascido 
com sífilis congênita. FONTE: Rossoni, 2011.
As principais características dessa 
síndrome são, excluindo outras cau-
sas, prematuridade, baixo peso ao 
nascer, hepatomegalia com ou sem 
esplenomegalia, lesões cutâneas 
(exemplo, pênfigo palmo-plantar), pe-
riostite ou osteíte ou osteocondrite,-
metafisite (sinal de Weimberg),pseu-
doparalisia dos membros, sofrimento 
respiratório, rinite sero-sanguinolen-
ta, icterícia, anemia, trombocitopenia, 
meningoencefalite e lifadenopatia 
generalizada.
SE LIGA! As lesões de pele e de mu-
cosas, quando presentes, diferenciam a 
sífilis das outras infecções congênitas e 
correspondem à fase secundária da sífi-
lis do adulto.
 
NA PRÁTICA!
O quadro clínico clássico da sífilis con-
gênita precoce se manifesta nos 2 pri-
meiros anos de vida e é expresso por 
exantema maculopapular e bolhoso, 
mais intenso na palma das mãos e na 
planta dos pés (pênfigo palmoplantar) e 
rinite sero-sanguinolenta.
6. SÍFILIS CONGÊNITA 
TARDIA
A sífilis congênita tardia aparece após 
segundo ano de vida do infectado e 
corresponde a fase terciária da sífilis do 
adulto, além disso, deve-se estar aten-
to na investigação para a possibilidade 
de a criança ter sido exposta ao T. palli-
dum por meio de exposição sexual. 
9SÍFILIS CONGÊNITA
Consistem em lesões típicas e apare-
cem em consequência da substituição 
dos órgãos por tecidos de granula-
ção sifilítica. São eles: fronte olímpi-
ca, cicatrizes nasolabiais das rágades 
na face, nariz em sela, maxila curta, 
molares em amora (Mozer), sinal de 
Higoumenakis (alargamento da claví-
cula), dentes de Hutchinson, tíbia em 
sabre, palato em ogiva, goma do véu 
do paladar, dificuldade no aprendiza-
do, hidrocefalia e retardo mental. 
Figura 5: Incisivos de Huchinson e tíbia em lâmina de 
sabre. FONTE: Rossoni, 2011.
Outro tipo de lesão característica des-
se período é de natureza imunoalérgi-
ca (geralmente invalidante), mas que 
pode ser evitada se o tratamento da 
infecção sifilítica na criança acontecer 
até o terceiro mês de vida extra-uteri-
na. São elas: surdez por lesão do VIII 
par craniano, artropatia de Clutton 
(artrite de joelhos) e queratite inters-
ticial que pode evoluir para ceguei-
ra. O tempo de evolução da infecção 
congênita é extremamente variável e 
resultará em deformidades em que o 
tecido ósseo e cutaneomucoso pode 
ser destruído e substituído por tecido 
de granulação sifilítica, que geralmen-
te é interrompido com o tratamento.
10SÍFILIS CONGÊNITA
MAPA MENTAL - CLASSIFICAÇÃO SÍFILIS CONGÊNITA
Surge até o 2º ano de vida Surge após 2º ano de vida 
Tíbia em sabre, palato em 
ogiva, goma do véu do 
paladar, dificuldade no 
aprendizado, hidrocefalia e 
retardo mental. 
Principais 
características
Sífilis 
Congênita 
Tardia
Sífilis 
Congênita 
Precoce
50% das crianças 
é assintomática 
ao nascer 
Expressão clínica 
pode ser discreta e 
inespecífica
Hepatomegalia
Rinite sero-
sanguinolenta
Metafisite
Pênfigo 
palmo-plantar
Principais 
características 
Substituição dos 
órgãos por tecidos de 
granulação sifilítica
Tíbia em sabre
Palato em ogiva
Hidrocefalia
Fronte olímpica
Retardo mental
Nariz em sela
Sinal de Higoumenakis
Dentes de Hutchinson
11SÍFILIS CONGÊNITA
7. DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é baseado em critérios 
clínicos, laboratoriais e epidemiológi-
cos.
Diagnóstico laboratorial da infecção 
sifilítica pode ser feito por meio de 
exames diretos para aidentificação 
do Treponema pallidum ou indiretos, 
para a avaliação da presença de an-
ticorpos sanguíneos contra o agente 
infeccioso.
Métodos diretos constituem métodos 
definitivos de diagnóstico da sífilis, 
são eles: microscopia em campo es-
curo – sensibilidade entre 74 4 97% 
e pode apresentar falsos-negativos 
por coleta inadequada, teste de in-
fectividade em coelho (padrão-ouro), 
imunofluorescência direta (DFA-TP) 
– sensibilidade 100% em lesões re-
centes, PCR(reação em cadeia da po-
limerase) – sensibilidade de 78% e 
útil no diagnostico por meio de exame 
do LCR.
Exames indiretos nas provas na pre-
sença de lesões cutaneomucosas 
constituem o diagnostico presuntivo 
de sífilis, são eles: reações não-trepo-
nêmicas ou de triagem – detecta IgG 
e IgM de células do hospedeiro, mas 
o mais utilizado é VDRL quantitativo 
que tem sensibilidade variável, de-
pendendo da fase da doença. 
O VDRL é o único teste adequa-
do para o LCR e títulos sanguíneos 
iguais ou maiores que 1/32 são alta-
mente sugestivos de sífilis. Permite 
acompanhar a evolução e a resposta 
do paciente ao tratamento. Nos casos 
suspeitos de transmissão congênita, 
são comparados os títulos da mãe e 
do RN, confirmando-a quando os tí-
tulos do RN forem maiores em, no mí-
nimo, 4 diluições. 
Na sífilis congênita, o VDRL deve ser 
utilizado para realizar triagem dos 
recém-nascidos possivelmente in-
fectados, filhos de mães com teste 
não-treponêmico reagente na gravi-
dez ou parto, para que sejam investi-
gados com exames complementares. 
Permite o seguimento do recém-nas-
cido com suspeita de infecção e caso 
os títulos diminuam até a negativa-
ção, conclui-se que são anticorpos 
passivos maternos e não houve sífilis 
congênita. 
Se permanecerem reagentes até o 
3º mês de vida, a criança deverá ser 
tratada, pois após esse período as se-
quelas começam a se instalar; com-
parar os títulos com o da mãe (se o tí-
tulo for maior do que o da mãe é uma 
forte evidência de infecção congênita 
por sífilis). Além disso, serve para se-
guimento de recém-nascido tratado. 
Os títulos deverão diminuir até a ne-
gativação, que pode ocorrer até o fim 
do segundo ano nos infectados. Nos 
recém-nascidos não-reagentes, mas 
com suspeita epidemiológica, deve-
-se repetir os testes sorológicos após 
o 3º mês pela possibilidade de positi-
vação tardia.
12SÍFILIS CONGÊNITA
SE LIGA! O VDRL deve ser utilizado na 
triagem dos recém-nascidos, com mães 
infectadas, para que sejaminvestigados 
com exames complementares.
Outro tipo de método indireto são as 
reações treponêmicas: são mais es-
pecíficas e utilizam como antígeno 
o T. pallidum da cepa Nichols e são 
utilizados para confirmar a infecção 
rastreada pelo VDRL. O mais usado 
é o FTA-Abs (fluorescenttrepone-
malanti-bodyabsorption), no qual os 
anticorpos não-específicos do soro 
do doente são absorvidos por antíge-
nos de treponemas não-patogênicos. 
Não se quantifica e não se utiliza para 
a evolução, porque, frequentemente, 
persistem positivos por toda a vida, 
mesmo no paciente tratado e curado, 
exceto na sífilis congênita, caso em 
que geralmente desaparecem.
Outra técnica é o teste de hemaglu-
tinação (TPHA), noqual os falso-po-
sitivos não passam de 0,1%. Teste 
de western blot: identifica bandas de 
positividade antigênica em 15,5; 17; 
44,5/47 kDa. A identificação da pre-
sença anticorpos sanguíneos da clas-
se IgM na sífilis congênita tem sensi-
bilidade de 83% e especificidade de 
90%. Teste rápido por imunocroma-
tografia: 15 min; tem sensibilidade de 
93,6% e especificidade de 92,5%43.
Exames complementares podem e 
devem ser solicitados para auxiliar 
no diagnóstico. Exame do LCR indi-
cado nos casos de sífilis associados a 
anormalidades neurológicas. Exame 
de fundo de olho (fundoscopia): é va-
lioso nos suspeitos de sífilis congênita 
quando identifica a coriorretinite (em 
sal com pimenta). Ultra-sonografia 
de crânio transfontanela: nos suspei-
tos de sífilis congênita, pode mostrar 
alterações como hidrocefalia. Radio-
grafia de ossos longos: nos suspeitos 
de sífilis congênita, identifica o com-
prometimento ósseo difuso. Hemo-
grama: geralmente, revela anemia e 
plaquetopenia.
Nas situações em que a avaliação 
complementar da criança não for 
possível, em função da grande im-
portância epidemiológica desta con-
dição, esta criança deve, necessaria-
mente, ser tratada e acompanhada 
clinicamente, baseado na história 
clínico-epidemiológica da mãe e no 
diagnóstico clínico presuntivo quando 
a criança apresentar sinais e/ou sinto-
mas. 
A decisão para tratamento do RN 
deve levar em consideração vários 
fatores:
• Maternos → diagnóstico de sífilis 
na gestação; tratamento adequado 
ou não da mãe e do(s) parceiro(s) 
sexual(is) durante a gestação; sífilis 
diagnosticada até 30 dias antes do 
parto, mesmo se adequadamen-
te tratada; tratamen-to com outra 
droga que não seja penicilina;
13SÍFILIS CONGÊNITA
• RN com → evidências (clínicas, 
laboratoriais e/ou radiológicas) de 
sífilis; títulos maiores (4 vezes) que 
os da mãe; aumento, estabilização 
ou falta de descida dos títulos do 
VDRL no acompanhamento; acha-
do do treponema no exame da pla-
centa ou do cordão umbilical (em 
campo escuro ou usando anticor-
pos anti-treponêmicos fluorescen-
tes); meningite (VDRL positivo no 
LCR); persistência da reatividade 
do teste treponêmico após os 18 
meses de vida.
NA PRÁTICA:
RN termo, adequado para idade gesta-
cional, filho de genitora com diagnóstico 
de sífilis inadequadamente tratada du-
rante a gestação, assintomático ao nas-
cimento, encaminhado para alojamento 
conjunto. Qual conduta deve ser tomada 
com relação a possível infecção por sí-
filis?
Realizar raio-X de ossos longos, punção 
liquórica, hemograma e VDRL. 
8. TRATAMENTO
O antibiótico de escolha é a penicili-
na para os vários estágios e formas 
de contaminação da sífilis. Além de 
tratar o paciente, é necessário tratar 
também os contatos sexuais. No caso 
de prevenção, a dose mínima de pe-
nicilina benzatínica é de 2.400.000 
UI. O tratamento da sífilis adquirida 
deve ser específico a cada momento.
O tratamento da sífilis congênita é 
realizado com penicilina por 10 a 14 
dias. A penicilina cristalina deve ser 
usada quando houver comprometi-
mento neurológico (meningoencefalí-
tico), na dose de 100.000 U/kg/dia di-
vididos a cada 12 horas nos primeiros 
7 dias de vida e a cada 8 horas após 
essa idade. A penicilina procaína na 
dose de 50.000 U/kg/dose durante 
10 a 14 dias ou a penicilina benza-
tínica em dose única de 50.000 U/kg 
também podem ser uma opção te-
rapêutica para os casos em que não 
houve comprometimento do sistema 
nervoso central (SNC).
 
14SÍFILIS CONGÊNITA
MAPA MENTAL - TRATAMENTO
Vários estágios e formas 
de contaminação da sífilis
Tratamento
Penicilina
Controle por 
meio do VDLR
Prevenção
Necessário tratar 
também os 
contatos sexuais
Prevenção, a dose mínima de penicilina 
benzatínica é de 2.400.000 UI
Sífilis adquirida 
específico a cada momento
Dessensibiliação
Sífilis congênita 
10 a 14 dias
Penicilina cristalina
A penicilina procaína
Penicilina benzatínica
Comprometimento 
neurológico
Dose de 100.000 U/kg/dia 
divididos a cada 12 horas nos 
primeiros 7 dias de vida e a 
cada 8 horas após essa idade
Dose de 50.000 U/kg/dose
Dose única de 50.000 U/kg
15SÍFILIS CONGÊNITA
MAPA MENTAL – GERAL
• Surge após 2º ano de vida 
• Corresponde a fase terciária da 
sífilis do adulto
• Substituição dos órgãos por 
tecidos de granulação sifilítica
• Surge até o 2º ano de vida
• Corresponde a fase secundária 
da sífilis do adulto
• Pênfigo palmoplantar
• Rinite sero-sanguinolenta
Treponema pallidum
Transmissão
Outras Situações 
Clínica da 
sífilis materna
Aborto por sífilis
Óbito fetal
Feto morto, após 22 semanas 
de gestação ou com peso 
igual ou maior a 500 gramas
Perda gestacional, ocorrida 
antes de 22 semanas de 
gestação, ou com peso 
menor a 500 gramas
Sexual / adquirida
Vertical / congênita
Primária
Secundária
Terciária
Latente
Promoção em saúde
Prevenção da Sífilis 
Congênita
Quadro clínico
Diagnóstico
Tratamento
Agente etiológico
Prática de sexo seguro
Controle de cura 
trimestral, por meio do 
VDRL
Sífilis Congênita Precoce Sífilis Congênita Tardia
Exames direto
Reações treponêmicas 
Exames indireto
Reações não-treponêmicas 
Penicilina 10 a 14 dias
Procaína e Benzatínica
Cristalina
Sem comprometimento 
do SNC
Quando houver 
comprometimento 
neurológico
SÍFILIS 
CONGÊNITA
16SÍFILIS CONGÊNITA
REFERÊNCIAS 
BIBLIOGRÁFICAS 
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ed. Brasília (DF): Ministério da Saúde; 1999
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TRABULSI, L.R.; ALTERTHUM, F. Microbiologia, 4.ed. São Paulo: Atheneu, 2004.
17SÍFILIS CONGÊNITA

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