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ARQUEOLOvia - Pré-história brasileira

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de serras e morros, está situada a uma altitude média de 700m acima do nível do mar, sendo que a
cidade está assentada numa altitude de 450m.
 
Além de ser conhecida por suas riquezas minerais, pedras preciosas e o diamante, também se mostra um local
de grandes preciosidades arqueológicas, estranhas formações líticas e outros registros de natureza
desconhecida.
 
Apesar de já ter visitado essa região em tempo passado, quando pesquisei Coronel Ponce e Chapada dos
Guimarães, não poderia imaginar que por aquelas bandas haveria de encontrar tantos registros de grande
relevância como os que pudemos ali observar.
 
Em nossas andanças pela região de São Paulo da Raizinha, quando descobrimos mais dois outros abrigos
enquanto procurávamos o que havia sido descoberto por Sávio Egger [leia reportagem aqui], fomos uma vez
mais tomados de grande alegria e espanto ao nos depararmos com novos caracteres semelhantes a uma escrita
primitiva.
 
Em todos estes três abrigos que visitamos podem ser vistas insculturas que levantam severos questionamentos
em relação ao que poderiam estar representando, como também em relação à metodologia aplicada no seu
feitio.
 
Algumas inscrições foram traçadas de forma retilínea e precisa, sendo necessário para isto utilizar-se de um
instrumento adequado e de elevado teor tecnológico, uma vez que se trata de inscrições na rocha viva e com
traços muito bem elaborados. 
 
Outros caracteres pareciam que ter sido “impressos” de forma modelada, como se a pedra, agora rígida, fosse
mole em época das incisões. Outros signos possuem traçados e cortes tão retilíneos que se assemelham a
trabalhos feitos por máquinas elétricas de corte e que nas junções deixam escapar pequenas falhas além do
limite imposto pela figura.
 
Ademais, muitas outras regiões do Centro Oeste ocultam relíquias arqueológicas de elevado teor e valor
histórico, além de mostrarem inexplicáveis traçados na rocha dura. Podemos citar como exemplo as
enigmáticas insculturas da serra JK, próxima a Brasília; as figuras indecifráveis de Mara Rosa, em Goiás; a
Pedra Preta de Paranaita, no Mato Grosso; os petróglifos do Pantanal em Mato Grosso do Sul, no Alto Sucuriú e
no Maciço Urucum, para citar somente alguns destes muitos locais que guardam significativos vestígios de
povos do passado distante. 
 
REGIÃO SUDESTE
 
O Sudeste do Brasil também é uma região riquíssima em registros rupestres e alguns destes apresentam
caracteres muito expressivos.
 
A cidade de Montalvânia é um destes lugares demasiado estranhos que vem demonstrar-nos a existência de
uma antiga história do Brasil. Está localizada no norte de Minas Gerais, a cerca de 900 km de Belo Horizonte e
a apenas 18 km do estado da Bahia. Em pleno sertão mineiro, ela veio situar-se às margens do rio Cochá, no
vale do Carinhanha, bacia do São Francisco, tendo como uma de suas maiores atividades a agropecuária.
 
Inscrições rupestres em Montalvânia e em reprodução desse autor. (MG).
 
Em suas proximidades podem ser vistos diversos maciços rochosos, nos quais se localizam algumas grutas e
cavernas com estranhas e variadas inscrições rupestres, que fazem desconcertar os conceitos do mais aguçado
pesquisador. Observando-as de perto nossa mente se perde em conjecturas e obriga-nos, diante de seu
http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/4/fonseca_brasil_central.htm
http://www.viafanzine.jor.br/arqueologia.htm
29/04/2020 ARQUEOLOvia - Pré-história brasileira
www.viafanzine.jor.br/site_vf/arqueo/brasil_pre.htm 7/9
misterioso e milenar acervo mnemônico a externar uma pergunta que anseia avidamente por uma resposta,
que suspeitamos, não possa ser respondida, pelo menos, por enquanto: o que afinal teria acontecido em
Montalvania?
 
São Thomé é uma região mística, mas que também guarda uma expressiva quantidade de registros rupestres.
Assenta-se no alto de uma imensa pedreira de itacolomito e quartizito, a cerca de 1.300 metros de altitude, já
nas magníficas regiões da Serra da Mantiqueira.
 
Sua história remonta ao século XVIII, quando foi encontrada uma imagem na gruta das inscrições, no centro da
cidade e o “padre eremita” Francisco Torres julgou tratar-se da estátua de São Tomé.
 
Esta é, sem dúvida, uma região de grande beleza, e se encontra permeada de lendas e acontecimentos pouco
comuns, além de possuir muitos encantos naturais, como por exemplo, maciços montanhosos, grutas e
cavernas, cachoeiras diversas e inscrições rupestres de natureza desconhecida e indecifrável.
 
Inscrições em São Tomé das Letras (MG) e em reprodução desse autor.
 
O vale do Peruaçu é tido como a maior reserva espeleológica de Minas Gerais e suas inscrições rupestres,
segundo os estudiosos, podem ter mais de 12 mil anos. Ali também podem ser vistos grandes cânions com
paredões verticalizados e formações curiosas na pedra.
 
Existem também os baixos-relevos com estilos variados e muitas pinturas caracterizadas por formas
geométricas, de animais e de plantas. Felizmente, há a preocupação de preservar a beleza e a arte rupestre
local, a grandeza dos paredões pétreos e a vegetação exuberante, criando-se para isto uma reserva ecológica
em toda esta área com supervisão direta do IBAMA.
 
A equipe do arqueólogo André Prous encontrou muitos objetos na região, incluindo restos de alimentos e
cerâmica, que oferecem elementos para o estudo do homem primitivo que teria vivido naquele ponto do Brasil
remoto. Segundo o pesquisador, esta é uma das mais magníficas concentrações de pinturas das Américas e,
apesar do difícil acesso, muitas pessoas chegam até lá, sendo que alguns destes visitantes as têm danificado
criminosamente, tirando lascas e escrevendo sobre elas ou pinchando-as.
 
O município do Rio de Janeiro, além se ser um dos mais belos estados do Brasil, com suas lindíssimas praias,
topografia envolta de mistérios inalienáveis e uma natureza pródiga e variegada, chama a atenção do
pesquisador para as suas inúmeras evidências de que é também possuidor de uma história antiga, anterior
mesmo ao período de sua descoberta e colonização.
 
Na cidade do Rio, o mais estranho destes lugares continua sendo a Pedra da Gávea, muito conhecida por sua
posição estratégica e situada numa das localidades mais visitadas por turistas de todo o mundo, apesar de que
a maioria não seja informada sobre os estranhos registros gravados naquela formidável estrutura.
 
Apesar de muitos observadores e pesquisadores da história do Brasil emitir a idéia de que a Pedra da Gávea
seja uma esfinge construída por uma antiga civilização, os acadêmicos e a opinião oficial continuam a sustentar
que tudo o que ali se encontra estampado é fruto de operação natural.
 
Seus traços característicos teriam sido produzidos pela erosão milenar, por obra do sol, do vento e da água.
Outra coisa que chama a atenção é que podem ser vistos grandes cortes na pedra que foram equiparados a
letras.
 
Quem as estudou e traduziu foi o pesquisador militar, arqueólogo, Bernardo Azevedo da Silva Ramos. O autor
referido foi também diretor do Museu de Manaus e em seu livro “Inscrições e Tradições da América Pré-
Histórica, especialmente do Brasil”, escrito na década de 1920 e publicado em 1932 e 1939 em dois volumes
raríssimos, que descreve mais de duas mil inscrições brasileiras, também tratou das inscrições da Pedra da
Gávea, onde afirmou serem de origem fenícia.
 
Segundo ele, os fenícios teriam desembarcado no Brasil por volta do ano de 850 a.C. e deixaram gravada tal
chegada no cume desta pedra. Em sua análise sobre os caracteres ali encontrados, concluiu que se tratavam
mesmo de inscrições fenícias, cujo significado seria: “Tiro, Fenícia, Badezir, primogênito de Jethbaal”.
 
Muitas outras regiões do sudeste brasileiro também mostram significativos registros de origem desconhecida e
alguns deles poderiam talvez remontar-se a tempos relacionados a povos primitivos, em alguns casos, e a
outros povos, com um tipo de cultura mais sofisticada, em casos mais específicos.
 
Não trataremos deles neste momento, mas apenas estamos mencionando-os de passagem, uma vez que
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