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ARQUEOLOvia - Pré-história brasileira

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29/04/2020 ARQUEOLOvia - Pré-história brasileira
www.viafanzine.jor.br/site_vf/arqueo/brasil_pre.htm 1/9
 
'A linguagem das pedras nos corações dos homens' - Com a qualidade jornalística Via
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 Pré-história brasileira
 
 
Povos pré-históricos:
A antiguidade dos registros rupestres do Brasil
Neste trabalho queremos abordar este assunto e mostrar que uns são
diametralmente opostos aos outros e suscitam inúmeros questionamentos
 
J.A. Fonseca*
De Itaúna-MG
Para ARQUEOLOVIA
12/07/2012 
 
Inscrições encontradas do Estado de Santa Catarina.
 
INTRODUÇÃO
 
O que chamamos regularmente de pré-história brasileira é o estudo dos resquícios que têm sido encontrados,
oriundos de populações indígenas que aqui viveram e outras, de povos denominados caçadores-coletores, que
se espalharam por todo o território sul-americano. Em nossas viagens pelo Brasil e, já tendo percorrido todas
as suas regiões, temo-nos deparado, entretanto, com certos registros que não se coadunam muito com o que
os estudiosos em arqueologia e história classificam como “arte” rupestre ou trabalhos oriundos de povos
primitivos sem nenhum discernimento.
 
É certo que muitos dos registros encontrados no Brasil podem levar-nos a esta interpretação e os seus
rudimentos mostram que foram, de fato, produzidos por homens de cultura muito reduzida, pois, em geral, não
passam de traços, pontos, figuras zoomorfas e antropomorfas e outras marcas de caracteres simples, que
poderiam estar representando acontecimentos comuns da vida destes indivíduos. 
 
Porém, não podemos, nem que o queiramos, colocar numa mesma caixa de avaliação e, indiscriminadamente,
todos os registros que podem ser vistos espalhados sobre o vasto território brasileiro e nem atribuí-los às
populações indígenas que aqui foram encontradas.
 
Sabe-se que a sua maioria não tem nenhuma ligação com aqueles outros povos e, nem mesmo estas
populações mais recentes têm lembranças de que tenham produzido, dentro de suas respectivas culturas, tais
registros rupestres que se encontram espalhados por toda a parte. Então, surge uma grande questão a ser
respondida: quem os teria produzido, especialmente, os mais sofisticados, que demandariam certo grau de
conhecimento e raciocínio lógico para a sua elaboração?
 
Neste trabalho queremos abordar este assunto e mostrar que uns são diametralmente opostos aos outros e
suscitam inúmeros questionamentos, não somente quanto ao seu conteúdo, sempre misterioso e,
especialmente, em relação à forma como e o porquê de terem sido produzidos pelas antigas populações.
 
REGIÃO NORTE
 
Atualmente, não muitos pesquisadores são conscientes do grau de importância que deve ser atribuído às
culturas dos povos amazônicos e ao excepcional acervo arqueológico que esses deixaram, tanto em relação aos
registros gravados nas famosas itacoatiaras (pedras pintadas), quanto nas culturas ceramistas, especialmente,
as marajoaras e tapajônicas, que impressionam por sua sofisticada e variada técnica artística e pelos motivos
nelas incrustados.
 
É fato que muitos resíduos dessas culturas estarão em franca e inexorável deterioração, em face de se
localizarem em regiões de elevada densidade pluviométrica, florestas densas e rios caudalosos. Porém, os
restos das peças em cerâmica que já foram encontrados e a elevada complexidade e simbologia de seus signos,
não deixam dúvidas de que ali teria existido uma ou mais culturas que precisariam ser mais exaustivamente
pesquisadas. Isto, sem falar dos muitos outros mistérios arqueológicos que a floresta ainda vem ocultando.
 
 
Vaso e tanga em cerâmica da cultura Marajó. Ao lado, vaso de cariátides da cultura
Tapajós.
São trabalhos primorosos e que expõem rica simbologia.
 
http://www.viafanzine.jor.br/arqueolovia.htm
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Incontestavelmente, o estudo aberto e sem preconceitos das culturas pré-históricas do Brasil poderia muito
fortalecer e desmistificar a verdadeira história desses povos. Destarte, de forma a identificar nestas peças e
inscrições - e em outras descobertas - o que está ligado à sua arte e à aplicabilidade de seus utensílios
domésticos, daqueles outros que se caracterizam por sua conotação cerimonial ou religiosa e, até mesmo, em
relação aos conhecimentos cosmogônicos, sociológicos e lendários que esses povos possuíam.
 
Em verdade, a Amazônia continua sendo um vasto “celeiro” de mistérios em relação às populações humanas
que ali viveram em passado mais remoto, qual a pesquisa nesta região tem ainda muito a revelar daquilo que a
floresta vem ocultando.
 
“Arte Rupestre na Amazônia – Pará”, obra de Edithe Pereira, arqueóloga paraense do Museu Emílio Goeldi, vem
demonstrar com riqueza de detalhes como é vasta e diversificada a incidência de inscrições rupestres naquele
estado e como tem muito ainda a ser pesquisado em toda a Amazônia.
 
Segundo esta autora, o que se chama de arte rupestre é uma “denominação genérica dada aos desenhos
elaborados na superfície das rochas pelas técnicas da pintura ou gravação”. Afirma ainda que tais
demonstrações de “arte” se acham presentes em todos os continentes e podem alcançar mais de trinta mil
anos.
 
 
Inscrições rupestres no Pará. Observa-se a sua sofisticada estrutura e harmonia de
conjunto.
 
Sabemos também que existem muitas inscrições semelhantes a verdadeiras escritas no estado do Amazonas,
algumas, em locais de difícil acesso. O insigne pesquisador brasileiro Bernardo Azevedo da Silva Ramos em sua
obra “Inscrições e Tradições da América Pré-Histórica”, fez incursões em diversas regiões e destacou muitas
delas. Na cidade de Itacoatiara, às margens do rio Amazonas foram encontradas muitas destas inscrições,
semelhantes a uma escrita. Também em outra localidade denominada Sangay, às margens do rio Urubu,
encontram muitas destas inscrições.
 
Se percorrermos toda a região norte, a mais extensa do Brasil, nós vamos encontrar muitos mistérios
arqueológicos ainda por serem explicados e muitos outros por serem desvendados, que estão, ora encobertos
pela selva amazônica, ora pela censura oficial. Neste sentido, podemos destacar os já descobertos geoglifos do
Acre, grandes formações geométricas gravadas no solo e cada vez mais descobertas em tempos recentes, com
o desmatamento e o avanço das fazendas sobre a floresta.
 
Os lados destas imensas figuras são formados por grandes valas que chegam até três metros de profundidade,
sendo algumas retilíneas e outras curvilíneas, formando grandes figuras, ora retângulos, ora quadrados ou
círculos, além de outras formas. Estavam sob a mata densa e devem, portanto, remontar a um tempo bem
antigo.
 
A Pedra Pintada no estado de Roraima é outro mistério. Trata-se de um grande monumento lítico que se eleva
às margens do Rio Parimé, a cerca de 145 km de Boa Vista, subindo pela BR 174 em direção à Venezuela, se
situa na ReservaIndígena de São Marcos.
 
Assemelha-se a um ovo pétreo gigantesco e, segundo pesquisadores, tem cerca de 60 m de comprimento por
40 m de altura e 40 m de largura. Essa rocha teria sido abrigo de povos primitivos desaparecidos há milênios
em passado muito remoto. Diante da grandeza da Pedra Pintada e de seus registros milenares, encontramos a
razão de seu nome, pois ao nos aproximarmos dela nos deparamos com um paredão de granito altaneiro,
repleto de pinturas, algumas alcançando até mesmo cerca de 15 m de altura.
 
O grande monólito da Pedra Pintada e suas inscrições.
Ao lado insculturas encontradas no local chamado de Martírios do Araguaia.
 
Para alguns pesquisadores, a rocha teria surgido na Era Mesozóica, nos períodos do Cretáceo e Jurássico, há
cerca de 67 e 137 milhões de anos. Outros emitem a teoria de que a região já teria sido um grande lago
chamado de Lago de Manoa e que cobria parcialmente a Pedra Pintada, justificando assim, a altura em que são
encontradas certas pinturas gravadas em seus paredões retilíneos. Esta teoria leva-nos à antiga lenda da cidade
de ouro, desaparecida em meio à floresta amazônica e exaustivamente procurada pelos descobridores
espanhóis e aventureiros audaciosos, o misterioso El Dorado.
 
Também não poderíamos deixar de citar a enigmática cultura chamada Cunani, no Amapá, por encontrar-se às
margens do rio com este nome e outros sítios já pesquisados. O estranho é que foi encontrado também neste
estado uma grande estrutura megalítica, próximo ao rio Rego Grande, constituída de grandes blocos de pedra,
ajustados de forma circular e bastante peculiar. Muitos deste blocos estão alinhados com o nascer do sol no
solstício, em 21 de dezembro e a trajetória do astro segue a inclinação de um destes grandes blocos pétreos de
aspecto mais pontiagudo.
 
Também as inscrições do Rio Araguaia, em Martírios, são misteriosas e sua simbologia continua indecifrável.
Após sua descoberta passaram a ser conhecidas como Martírios do Araguaia, nome dado pelos bandeirantes
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que as encontraram e por pensarem tratar-se de representações da coroa e dos instrumentos da crucificação de
Jesus.
 
Desde o século XVII são conhecidos estes estranhos sinais que foram encontrados às margens do Rio Araguaia,
na ilha do Bananal, do lado do estado de Tocantins. Os bandeirantes foram os primeiros homens, ditos
civilizados, que por ali estiveram naquela época e encontraram aquelas estranhas marcas talhadas na pedra.
Elas, no entanto, continuam até hoje envoltas em mistério, ocultando seu sentido verdadeiro, pois desde que
foram descobertas não se conseguiu desvendar o seu significado e quem as teria feito. Grande parte dos
pesquisadores as vê como petrogravuras deixadas por povos que aqui viveram há milênios, não se podendo,
entretanto, determinar com presteza quando teriam sido insculpidas e quem teriam sido os seus autores.
 
REGIÃO NORDESTE
 
O nordeste brasileiro possui também grande concentração de registros rupestres e muitos deles de apreciável
sofisticação. O surpreendente pesquisador brasileiro José de Azevedo Dantas que teria iniciado suas pesquisas
arqueológicas no Rio Grande do Norte e na Paraíba em 1924, na localidade denominada Xiquexique, onde
residia, fez inúmeros registros de relevantes descobertas nos sítios arqueológicos, hoje conhecidos como
Xiquexique I, Xiquexique II, Abrigo do Morcego e Furna do Pau d’Arco.
 
Inscrições copiadas por José Dantas (reprodução feita pelo autor deste artigo).
 
Apesar de não ter frequentado nenhuma escola oficial, José de Azevedo Dantas desenvolveu estudos na áreas
da geografia, história, genealogia, meteorologia e arqueologia, além de atuar também como músico, desenhista
e editor de jornais manuscritos de pequena circulação em Carnaúba dos Dantas. Conforme foi dito acima, suas
pesquisas arqueológicas se iniciaram em 1924, quando ele se muniu de lápis e papel e saiu pelo sertão do
Seridó registrando inscrições rupestres, anotando detalhes dos locais pesquisados e fazendo croquis das regiões
visitadas.
 
Outra região rica em inscrições é a do Xingó, situada nos platôs dos estados de Sergipe e Alagoas. Nesse local
foram localizados 15 sítios rupestres com cerca de 1400 gravuras e pinturas ao longo dos “canyons” rochosos
dos afluentes do rio São Francisco na divisa destes dois estados.
 
A arqueóloga Suely Silva realizou levantamentos fotográficos, topográficos, filmagens e cópias dos registros
encontrados na região, com a descrição detalhada dos mesmos no intuito de “salvá-los” da destruição
ocasionada pelo tempo e por outros fatores difíceis de serem controlados pelos pesquisadores, como o
vandalismo, por exemplo.
 
Inscrições semelhantes a uma escrita encontradas no local chamado
de Vale dos Mestres III, em Canindé de São Francisco, Sergipe.
 
Segundo análises, os grafismos podem ser classificados em diversas categorias, podendo se notar aqueles não
figurativos compondo sua maioria. Essa maior parte foi distribuída em círculos, cúpulas, semicírculos,
bastonetes, linhas, grades, ziguezagues, figuras losangulares, setas e figuras geométricas. Além ainda de
outros objetos como pirogas, luas, sóis e representações multiformes de caráter desconhecido.
 
Os figurativos são representados por mãos, figuras antropomorfas, zoomorfas e tridáctilos, que foram
relacionadas a pegadas de aves, por causa de sua forma sempre ternária de representação.
 
Outra região que não pode passar despercebida é a de Sete Cidades, no norte do Piauí. Trata-se de um
conglomerado de pedras multiformes que se localiza em pleno sertão piauiense, entre as cidades de Piripiri e
Piracuruca, a aproximadamente 200 km de Teresina.
 
É um conjunto megalítico formado de pedras gigantescas em formas variadas, são montanhas, morros e
elevações que se assemelham a castelos e casas em ruínas, além de outras representações semelhantes a
esculturas com intrigantes formações, já desgastadas pelo tempo.
 
Com cerca de 20 km² de área total, suas diversas elevações rochosas de formatos inimagináveis sugerem
muitas hipóteses, dentre elas, que venham tratar-se de dólmens, menires e esculturas de épocas remotas,
produzidas por uma cultura milenar, além de haver milhares de inscrições em diversas localidades.
 
Inscrições na rocha e no detalhe, um monumento lítico em Sete Cidades, Piauí.
 
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Ao penetrar por entre estas gigantescas muralhas e blocos pétreos de formas expressivas, temos a impressão
de estar andando por ruas e praças de uma possante fortaleza destruída por forças muito poderosas, deixando
à mostra alguns aspectos de seu antigo poderio.
 
Diante disto alguns pesquisadores ousaram emitir opiniões como, por exemplo, de que esta região teria sido
palco de uma antiga civilização num passado muito distante, sendo aquelas formações rochosas nada mais que
ruínas de um grande império.
 
Para os geólogos, o conjunto pétreo chamado de Sete Cidades seria apenas o resultado de um processo
geológico natural, iniciado há cerca de 190 milhões de anos. Suas formações rochosas de arenitos laminados e
maciços teriam sido caprichosamente modeladas durante milênios pela ação da chuva e dos ventos fortes
naquela região.
 
Além disso, teriam ocorrido também fraturas nas rochas, produzidas por chuvas torrenciais e ventos carregados
de areia, surgindo, em decorrência, canais gigantescos e distanciamentos entre as rochas, assemelhando-se a
ruas e praças de uma cidade destruída e abandonada.
 
Como já dissemos, todo o nordeste brasileiro é muito rico em manifestações rupestres, mas seu mais
misterioso monumento nessa categoria é, sem dúvida, a pedra lavrada do Ingá. Particularmente, também a
considero um dos mais estranhos registros arqueológicos que encontrei em minhas viagens pelo interior do
Brasil.
 
Segundo se sabe, esta continua sendo a “pedra no sapato” dos estudiosos pela complexidade de suasfiguras
insculpidas na rocha e pelo seu sofisticado simbolismo. A rocha única possui cerca de 23 m de comprimento e
na sua parte mais alta mede 3,5 m, exibindo uma face lavrada com cerca de 40 metros quadrados de
misteriosos caracteres.
 
É provável que este monumento tenha seu lugar reservado entre os mais intrigantes enigmas arqueológicos já
descobertos em nosso planeta. É sabido que se trata do maior, mais complexo e mais misterioso conjunto
rupestre que reporta a um passado desconhecido e carrega consigo uma grande quantidade de caracteres e
signos ainda por serem decifrados.
 
Localiza-se no estado da Paraíba, na Serra da Borborema, município de Ingá, às margens do rio de mesmo
nome, antigo Bacamarte, a 85 km de João Pessoa e a 35 km de Campina Grande. Na época da chuva este
grande monólito fica parcialmente encoberto pela água e no tempo seco pode ser visto em sua totalidade, além
de que o leito do rio fica completamente seco, com apenas algumas poças d’água espalhadas em quase toda a
sua extensão.
 
Se observarmos com cuidado seus registros milenares, nós veremos que a sua sofisticação o distancia
incontestavelmente daqueles simples rabiscos rústicos feitos na pedra, mãos carimbadas ou figuras zoomorfas,
encontrados em muitas regiões país. Este apresenta uma técnica desconhecida para cortar a rocha, além de
 suas figuras complexas e bem elaboradas, formando um conjunto inusitado e belo de formas bem
concatenadas.
 
Reprodução desse autor das misteriosas e inexplicáveis insculturas da Pedra do Ingá, na
Paraíba.
No detalhe uma foto das gravações da imensa rocha lisa.
 
Não é natureza de este trabalho penetrar mais profundamente em cada um destes casos, pois já o fizemos em
outros artigos específicos. O que se pretende é mostrar a riqueza de símbolos e signos que podem ser
encontrados em terras brasileiras, se os quisermos observar com acuidade.
 
Neste sentido, poderíamos anexar também inúmeros outros locais desta região que podem concorrer
perfeitamente com estes registros fortes gravados em pedra que nos conduzem a fortalecer o nosso
pensamento de que já existiu uma língua, hoje perdida, no passado mais remoto do Brasil. 
 
REGIÃO CENTRO-OESTE
 
Esta é também uma das regiões mais misteriosas do Brasil. Pode-se dizer que em todos os três estados que a
compõe podem ser encontrados significativos registros rupestres e monumentos líticos que não deixam de nos
alertar sobre suas enigmáticas origens.
 
No estado do Mato Grosso fizemos diversas incursões e nos deparamos com coisas estranhas em muitos
lugares. Visitamos a região de Barra do Garças, Vale dos Sonhos e diversas localidades próximas, além de
Coronel Ponce, Chapada dos Guimarães e Poxoréo, onde fizemos pesquisas.
 
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Vale dos Sonhos (MT) e inscrições da casa de pedra (MT), em reprodução desse autor.
 
Próximo a Serra do Roncador encontramos muitos vestígios que nos permitem afirmar que povos ancestrais
tiveram intensa atividade no planalto central brasileiro. E o mais notável é que em meio a estes vestígios,
costumam ser encontrados caracteres avançados e signos que não correspondem ao estágio evolucional que os
seus prováveis autores devessem possuir, de acordo com as perspectivas avalizadas pelos pesquisadores e
historiadores.
 
Muitos desses lugares que visitamos, como a gruta dos pezinhos, a casa de pedra, o sítio Paz e Vitória e outras
regiões em cidades matogrossenses dão mostras de que em um tempo passado algo de relevante aconteceu
ali, em circunstâncias hoje desconhecidas e dificilmente aceitas. Tendo em vista as condições em que foram
encontrados os povos que habitavam e ainda habitam a região, sob o enfoque do seu desenvolvimento.
 
A Chapada dos Guimarães é também um local diferente e, sem dúvida, mais uma destas localidades que se
destacam por sua excepcional atratividade e beleza natural, mostrando prados quilométricos que são vistos do
alto dos montes, como um quadro inimaginável pintado por mãos invisíveis e de rara expressividade.
 
Na chapada, é comum aos visitantes manterem-se silenciosos por longo tempo diante de paisagens tão
exuberantes, como as cachoeiras de águas cristalinas e a expectativa de se depararem com animais selvagens,
livres e saudáveis.
 
Magníficas formações rochosas em Chapada dos Guimarães e inscrições em Coronel
Ponce em reprodução desse autor.
 
As formas esculpidas nas montanhas e nas pedras colossais encontradas em todos os lugares da Chapada dos
Guimarães, com suas inexplicáveis expressões focalizando o vazio, fazem-nos viajar no tempo e questionar que
tipo de força teria produzido tudo aquilo e, até mesmo, duvidar de nossas próprias conclusões.
 
Seriam formas naturais, esculpidas ao acaso em rochas pelos agentes do tempo? Teriam sido a água, o vento e
o calor ou a simples erosão natural da rocha os responsáveis por tão intrincado espetáculo pétreo de formas
variadas e imponentes? Alguns desses locais se fazem à semelhança de um museu a céu aberto, desafiando a
inteligência do homem ou ocultando-lhe verdades insofismáveis
 
Coronel Ponce é uma localidade próxima à Chapada dos Guimarães e que possui inscrições semelhantes às
demais encontradas na região. Vimos uma única vez referências sobre as inscrições rupestres de Coronel Ponce
em inícios da década de 1990 no livro do arqueólogo André Prous, “Arqueologia Brasileira” [Editora
Universidade de Brasília, em 1992]. Depois disso, não obtivemos mais nenhuma citação sobre este esplêndido
painel de insculturas no interior do estado do Mato Grosso.
 
Segundo o ilustre pesquisador mencionado, estas inscrições se classificam na “tradição geométrica” e formam
conjuntos heterogêneos de grande extensão, pois podem ser encontrados desde o planalto catarinense, na
região Sul, até a região nordeste, passando pelos estados do Paraná, São Paulo, Goiás e Mato Grosso, onde,
neste último, estes são muito mais ricos. Segundo André Prous “o tema dominante passa a ser o ‘tridáctilo’,
triângulos (com incisão ou ponto de tipo ‘vulvar’) morfologicamente aparentados aos ‘tridáctilos’ como mostra a
publicação do sítio Coronel Ponce por M. Beltrão. As outras figuras incluem ainda cupuliformes e por vezes
curvilíneas”.
 
No seu aspecto inusitado, nossas pesquisas se depararam com situações estranhas em Paraúna, no interior do
estado de Goiás, numa região de planalto, onde podem ser encontradas grandes montanhas rochosas que lhe
conferem uma característica bastante peculiar.
 
Região de pecuária e de grande potencial turístico também possui grandes “monumentos pétreos” que parecem
reportar a um tempo bem remoto do Brasil. Acreditamos que se tratasse de reminiscências de uma época muito
anterior aos silvícolas que aqui habitavam por volta de 1500, quando da chegada dos portugueses, mas que
poderiam ter sido obra de um povo ignorado pelos historiadores.
 
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Monumentos pétreos na Serra das Galés e muro de pedra em Paraúna (GO).
 
O fato é que as estruturas estão lá, vivas e desafiadoras, pedindo uma explicação sensata. A cidade de Paraúna
é muito aconchegante e bem cuidada. Já na chegada, podemos ver rochas elevando-se do solo, formando
pequenos montes escarpados. Pela saída oeste em estrada de terra, há muitas outras montanhas e formações
rochosas que podem ser observadas, guardando estruturas excepcionalmente peculiares.
 
Cada uma destas localidades possui aspectos distintos entre si, com exuberantes características e, acreditamos
que certas formações não podem ser explicadas tão simplesmente como se tratando de meras obras da
natureza.
 
Inscrições semelhantes a uma escrita em Poxoréo (MT), no detalhe uma reprodução
desse autor.
 
Poxoréo é outro local que guarda muitos mistérios. É uma cidade tradicional do interior do Brasil com cerca de
18 mil habitantes e localiza-se a 240 km de Cuiabá, numa depressão que ganhou o nome de Rio Paraguai.
 
Cercadade serras e morros, está situada a uma altitude média de 700m acima do nível do mar, sendo que a
cidade está assentada numa altitude de 450m.
 
Além de ser conhecida por suas riquezas minerais, pedras preciosas e o diamante, também se mostra um local
de grandes preciosidades arqueológicas, estranhas formações líticas e outros registros de natureza
desconhecida.
 
Apesar de já ter visitado essa região em tempo passado, quando pesquisei Coronel Ponce e Chapada dos
Guimarães, não poderia imaginar que por aquelas bandas haveria de encontrar tantos registros de grande
relevância como os que pudemos ali observar.
 
Em nossas andanças pela região de São Paulo da Raizinha, quando descobrimos mais dois outros abrigos
enquanto procurávamos o que havia sido descoberto por Sávio Egger [leia reportagem aqui], fomos uma vez
mais tomados de grande alegria e espanto ao nos depararmos com novos caracteres semelhantes a uma escrita
primitiva.
 
Em todos estes três abrigos que visitamos podem ser vistas insculturas que levantam severos questionamentos
em relação ao que poderiam estar representando, como também em relação à metodologia aplicada no seu
feitio.
 
Algumas inscrições foram traçadas de forma retilínea e precisa, sendo necessário para isto utilizar-se de um
instrumento adequado e de elevado teor tecnológico, uma vez que se trata de inscrições na rocha viva e com
traços muito bem elaborados. 
 
Outros caracteres pareciam que ter sido “impressos” de forma modelada, como se a pedra, agora rígida, fosse
mole em época das incisões. Outros signos possuem traçados e cortes tão retilíneos que se assemelham a
trabalhos feitos por máquinas elétricas de corte e que nas junções deixam escapar pequenas falhas além do
limite imposto pela figura.
 
Ademais, muitas outras regiões do Centro Oeste ocultam relíquias arqueológicas de elevado teor e valor
histórico, além de mostrarem inexplicáveis traçados na rocha dura. Podemos citar como exemplo as
enigmáticas insculturas da serra JK, próxima a Brasília; as figuras indecifráveis de Mara Rosa, em Goiás; a
Pedra Preta de Paranaita, no Mato Grosso; os petróglifos do Pantanal em Mato Grosso do Sul, no Alto Sucuriú e
no Maciço Urucum, para citar somente alguns destes muitos locais que guardam significativos vestígios de
povos do passado distante. 
 
REGIÃO SUDESTE
 
O Sudeste do Brasil também é uma região riquíssima em registros rupestres e alguns destes apresentam
caracteres muito expressivos.
 
A cidade de Montalvânia é um destes lugares demasiado estranhos que vem demonstrar-nos a existência de
uma antiga história do Brasil. Está localizada no norte de Minas Gerais, a cerca de 900 km de Belo Horizonte e
a apenas 18 km do estado da Bahia. Em pleno sertão mineiro, ela veio situar-se às margens do rio Cochá, no
vale do Carinhanha, bacia do São Francisco, tendo como uma de suas maiores atividades a agropecuária.
 
Inscrições rupestres em Montalvânia e em reprodução desse autor. (MG).
 
Em suas proximidades podem ser vistos diversos maciços rochosos, nos quais se localizam algumas grutas e
cavernas com estranhas e variadas inscrições rupestres, que fazem desconcertar os conceitos do mais aguçado
pesquisador. Observando-as de perto nossa mente se perde em conjecturas e obriga-nos, diante de seu
http://www.viafanzine.jor.br/site_vf/pag/4/fonseca_brasil_central.htm
http://www.viafanzine.jor.br/arqueologia.htm
29/04/2020 ARQUEOLOvia - Pré-história brasileira
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misterioso e milenar acervo mnemônico a externar uma pergunta que anseia avidamente por uma resposta,
que suspeitamos, não possa ser respondida, pelo menos, por enquanto: o que afinal teria acontecido em
Montalvania?
 
São Thomé é uma região mística, mas que também guarda uma expressiva quantidade de registros rupestres.
Assenta-se no alto de uma imensa pedreira de itacolomito e quartizito, a cerca de 1.300 metros de altitude, já
nas magníficas regiões da Serra da Mantiqueira.
 
Sua história remonta ao século XVIII, quando foi encontrada uma imagem na gruta das inscrições, no centro da
cidade e o “padre eremita” Francisco Torres julgou tratar-se da estátua de São Tomé.
 
Esta é, sem dúvida, uma região de grande beleza, e se encontra permeada de lendas e acontecimentos pouco
comuns, além de possuir muitos encantos naturais, como por exemplo, maciços montanhosos, grutas e
cavernas, cachoeiras diversas e inscrições rupestres de natureza desconhecida e indecifrável.
 
Inscrições em São Tomé das Letras (MG) e em reprodução desse autor.
 
O vale do Peruaçu é tido como a maior reserva espeleológica de Minas Gerais e suas inscrições rupestres,
segundo os estudiosos, podem ter mais de 12 mil anos. Ali também podem ser vistos grandes cânions com
paredões verticalizados e formações curiosas na pedra.
 
Existem também os baixos-relevos com estilos variados e muitas pinturas caracterizadas por formas
geométricas, de animais e de plantas. Felizmente, há a preocupação de preservar a beleza e a arte rupestre
local, a grandeza dos paredões pétreos e a vegetação exuberante, criando-se para isto uma reserva ecológica
em toda esta área com supervisão direta do IBAMA.
 
A equipe do arqueólogo André Prous encontrou muitos objetos na região, incluindo restos de alimentos e
cerâmica, que oferecem elementos para o estudo do homem primitivo que teria vivido naquele ponto do Brasil
remoto. Segundo o pesquisador, esta é uma das mais magníficas concentrações de pinturas das Américas e,
apesar do difícil acesso, muitas pessoas chegam até lá, sendo que alguns destes visitantes as têm danificado
criminosamente, tirando lascas e escrevendo sobre elas ou pinchando-as.
 
O município do Rio de Janeiro, além se ser um dos mais belos estados do Brasil, com suas lindíssimas praias,
topografia envolta de mistérios inalienáveis e uma natureza pródiga e variegada, chama a atenção do
pesquisador para as suas inúmeras evidências de que é também possuidor de uma história antiga, anterior
mesmo ao período de sua descoberta e colonização.
 
Na cidade do Rio, o mais estranho destes lugares continua sendo a Pedra da Gávea, muito conhecida por sua
posição estratégica e situada numa das localidades mais visitadas por turistas de todo o mundo, apesar de que
a maioria não seja informada sobre os estranhos registros gravados naquela formidável estrutura.
 
Apesar de muitos observadores e pesquisadores da história do Brasil emitir a idéia de que a Pedra da Gávea
seja uma esfinge construída por uma antiga civilização, os acadêmicos e a opinião oficial continuam a sustentar
que tudo o que ali se encontra estampado é fruto de operação natural.
 
Seus traços característicos teriam sido produzidos pela erosão milenar, por obra do sol, do vento e da água.
Outra coisa que chama a atenção é que podem ser vistos grandes cortes na pedra que foram equiparados a
letras.
 
Quem as estudou e traduziu foi o pesquisador militar, arqueólogo, Bernardo Azevedo da Silva Ramos. O autor
referido foi também diretor do Museu de Manaus e em seu livro “Inscrições e Tradições da América Pré-
Histórica, especialmente do Brasil”, escrito na década de 1920 e publicado em 1932 e 1939 em dois volumes
raríssimos, que descreve mais de duas mil inscrições brasileiras, também tratou das inscrições da Pedra da
Gávea, onde afirmou serem de origem fenícia.
 
Segundo ele, os fenícios teriam desembarcado no Brasil por volta do ano de 850 a.C. e deixaram gravada tal
chegada no cume desta pedra. Em sua análise sobre os caracteres ali encontrados, concluiu que se tratavam
mesmo de inscrições fenícias, cujo significado seria: “Tiro, Fenícia, Badezir, primogênito de Jethbaal”.
 
Muitas outras regiões do sudeste brasileiro também mostram significativos registros de origem desconhecida e
alguns deles poderiam talvez remontar-se a tempos relacionados a povos primitivos, em alguns casos, e a
outros povos, com um tipo de cultura mais sofisticada, em casos mais específicos.
 
Não trataremos deles neste momento, mas apenas estamos mencionando-os de passagem, uma vez quetambém estão relacionados ao passado do Brasil e à sua história desconhecida. 
 
REGIÃO SUL
 
Pode-se dizer que em todas as regiões do Brasil encontram-se indícios de que povos primitivos viveram nestas
terras milenares do Cruzeiro do Sul. A região sul tem também as suas peculiaridades neste aspecto e apresenta
algumas variações relevantes.
 
Vila Velha, no estado do Paraná, é um destes locais que nos extasiam por sua inominável grandeza. Este é o
nome que foi dado ao conjunto de monumentos megalíticos localizado no município de Ponta Grossa, no estado
do Paraná e encanta pelas suas exuberantes e monumentais formações rochosas.
 
Seu nome sagrado desde os tempos do domínio tupi-guarani em solo brasileiro era Abaretama, a cidade dos
homens, protegida pelo deus Tupan. Hoje ela é constituída por formações de arenito que se assemelha a ruínas
que atraem a atenção de muitos turistas que a visitam.
 
Nesta condição, a lenda tupi não deixou de dar-lhe a denominação adequada, que passou a ser “Itacueretaba”,
a cidade extinta de pedra, após sua destruição pela ira divina.
 
29/04/2020 ARQUEOLOvia - Pré-história brasileira
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Monumentos pétreos de Vila Velha (PR) e as misteriosas inscrições em Santa Catarina
em reprodução desse autor.
 
Localiza-se no município de Ponta Grossa, a 30 km desta cidade e a 120 km de Curitiba, à margem direita do
Rio Tibagi, em imensa planície verdejante. Seu conjunto “arquitetônico” avistado da estrada mais se parece a
um gigantesco castelo em ruínas, com seus paredões se elevando sobre um pequeno monte.
 
Este conglomerado constitui-se, de fato, de um conjunto colossal e fascinante. Quando observamos suas
muralhas imponentes mais de perto, vem à nossa mente uma inquirição teimosa, dando crédito de que a lenda
que envolve aquela bela região possa ter um fundo de verdade.
 
Santa Catarina é outro estado brasileiro que possui vastas e variadas evidências de que, em passado remoto,
povos sofisticados teriam vivido em suas terras. Inscrições rupestres permeiam seus sítios arqueológicos e
muitos deles levantam questionamentos extravagantes em face de suas características pouco comuns e fatores
de dificuldade que envolvem muitas das formas perenizadas pelos seus autores.
 
Com mais este testemunho, nossa visão sobre o homem primitivo do Brasil vem sofrendo profundas
modificações, não nos permitindo que os classifiquemos mais sob o rótulo frio de silvícolas destituídos de
qualquer tipo de inteligência.
 
As inscrições rupestres em todo o litoral catarinense não se igualam às que foram encontradas em outras
regiões do país por suas características peculiares, mas pensam os pesquisadores que estas foram gravadas por
intermédio de instrumentos rudimentares de pedra, sem utilização de pigmentação.
 
São tão intrigantes que chegam a levantar suspeitas de que possam ter sido mesmo elaboradas por homens
primitivos, sem nenhuma capacidade de discernimento ou criatividade.
 
Ademais, antigos vestígios percorrem uma faixa de cerca de 100 km em toda a costa catarinense, sem deixar
de mencionar os demais registros arqueológicos encontrados no interior do estado. Os estudiosos não
conseguiram ainda estimar a data aproximada destas inscrições, mas afirmam que teriam sido feitas pelos
primeiros habitantes daquela região há cerca de três mil ou cinco mil anos.
 
Para os arqueólogos, estas manifestações líticas se tratam do que chamaram de arte ou escrita indígena, mas
tais registros possuem características muito particulares e diferenciadas de muitas outras, em toda a vasta
extensão do território brasileiro.
 
Em geral, tais registros são classificados como motivos abstratos geométricos, permeados com representações
antropomorfas e zoomorfas. Afirmam que estas insculturas teriam sido produzidas por intermédio de
ferramentas de pedra, tornando-se difícil identificar, entretanto, quem as poderia ter feito.
 
Algumas destas mostram uma superfície picoteada, enquanto outras são totalmente raspadas até atingir as
conformações desejadas. Em alguns casos foram utilizadas ambas as técnicas. Em média as insculturas
alcançam cerca de 3 mm de profundidade, mas podem chegar até a 8 mm.
 
No interior existem outros tipos de grafismos em pedra bruta que também mostram evidências de sinais
característicos de uma escrita.
 
Existem muitos outros registros rupestres nesta região, como em todas as demais, que estamos deixando de
mencionar, incluindo-se aí, o Estado do Rio Grande do Sul, onde certas manifestações também chegaram a
equiparar-se a uma escrita primitiva.
 
Estas fazem parte de um trabalho mais amplo que o autor vem desenvolvendo e que envolve todas as regiões
do Brasil e tudo aquilo que tem sido descoberto e pesquisado, e que chega ao seu conhecimento.
 
CONCLUSÃO
 
O enfoque que foi dado a este estudo sobre a pré-história brasileira é mais no sentido de destacar a diferença
marcante que existe entre os rabiscos rupestres comuns, traçados sem critério muito apurado e os traçados
sofisticados e conjuntos harmônicos registrados em muitos lugares, muitos deles vistos, in loco, pelo autor.
 
Sem fazer críticas aos muitos e valiosos estudos que já foram feitos em cima desta magnífica arte rupestre
brasileira, não pode este autor, entretanto, concordar que muitos destes registros de tratem de rabiscos sem
nenhuma pretensão, ou que teriam sido traçados aleatoriamente ou ainda, com intenção apenas de registrar
acontecimentos comuns da vida cotidiana destes homens primitivos.
 
Conforme podemos ver nas inúmeras ilustrações aqui apresentadas, estes tais “rabiscos” requerem um melhor
discernimento sobre o seu conteúdo, sem tocar no assunto inquietante que trata da sua feitura e da
metodologia utilizada para a sua produção, conforme muitos deles se apresentam.
 
Deixamos, pois, na conclusão deste trabalho os nossos questionamentos que se multiplicam a cada descoberta,
quanto aos reais significados de tais vestígios, considerando-se que, em geral, estes apresentam um
desenvolvimento lógico e harmonioso, dotado de estrutura organizada. Sugerem que foram produzidos com o
intuito de registrar conhecimento ou manifestar uma mensagem, de forma perene, para os tempos futuros.
 
Esta situação inquieta este autor, pois uma grande quantidade destes registros líticos dá claras mostras de que
pretenderam transmitir idéias, mas a antiguidade que separa aquele tempo do de hoje tem inibido, de forma
contundente, a sua compreensão. 
 
* J.A. Fonseca é economista, aposentado, espiritualista, conferencista, pesquisador e
escritor, e tem-se aprofundado no estudo da arqueologia brasileira e realizado
incursões em diversas regiões do Brasil com o intuito de melhor compreender seus
mistérios milenares. É articulista do diário digital Via Fanzine (www.viafanzine.jor.br) e
membro do Conselho Editorial do portal UFOVIA. Seu portal oficial é
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