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Fundação Centro de Ciências e Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO 
Centro de Ciências Humanas e Sociais – CCH 
 
Licenciatura em História - EAD 
UNIRIO/CEDERJ 
 
AP3 – TERCEIRA AVALIAÇÃO PRESENCIAL – 2018.2 
 
 
 
 
Nome: Leonardo Oliveira da Silva 
Matrícula: 15216090086 
Pólo: Resende 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TAPA 1 
Tema escolhido: 
Os usos da internet no ensino de História. 
Levantamento de artigos: 
1º artigo 
PESSI, Bruno Stelmach. O uso de Internet no aprendizado de História: possibilidades e 
dificuldades. Revista do Lhiste, Porto Alegre, num.3, vol.2, jul/dez. 933 – 947.2015. 
Disponível em: < https://seer.ufrgs.br/revistadolhiste/article/view/63527/36955> 
2º artigo 
MOURAD, Leonice Aparecida de Fátima Alves Pereira & DAMBROS, Gabriela. 
Materiais didáticos interativos para o ensino de História. Identificação, limites e 
potencialidades. Revista do Lhiste, Porto Alegre, num.3, vol.2, jul/dez. 306 – 321.2015. 
Disponível em: < https://seer.ufrgs.br/revistadolhiste/article/view/59773/36914> 
3º artigo 
OLIVEIRA. Esdras Carlos de Lima. Implicações do uso de mídias e de novas 
tecnologias no ensino de história. Revista do Lhiste, Porto Alegre, num. 1, vol 1, 
jul/dez. P 58-74.2014. Disponível em: 
<https://seer.ufrgs.br/revistadolhiste/article/view/48317/33210> 
4º artigo 
SILVA, Joelci Mora & URT, Sônia da Cunha. Professores de História e a internet nas 
escolas: concepções e caminhos. Revista História Hoje, v. 4, nº 8, p. 265-287 – 2015. 
Disponível em: < https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/190/149> 
5º artigo 
Faça aqui o seu login: os historiadores, os computadores e as redes sociais online. 
CARVAHO, Bruno Leal Pastor de. Revista História Hoje, v. 3, nº 5, p. 165-188 – 2014. 
Disponível em: < https://rhhj.anpuh.org/RHHJ/article/view/126/100> 
 
Resenha do 1º artigo: 
O artigo “O uso de Internet no aprendizado de História: possibilidades e dificuldades” 
traz a experiência do autor Pessi na Escola Municipal José Carlos Ferreira em Guaíba 
(RS), onde chamou-lhe a atenção o fato de haver uma sala de informática, bem 
equipada, com computadores e Internet para os alunos utilizarem. O artigo pretende 
discutir o uso da Internet nas aulas de História a partir das experiências observadas pelo 
autor na prática docente nos sextos e sétimos anos do ensino fundamental nas aulas de 
História. O trabalho discute questões importantes acerca da Internet e sua relação com a 
educação, entendendo a disseminação da rede mundial de computadores no Brasil e no 
mundo e como ela vem provocando grandes mudanças na forma de comunicação e 
relação humana. A partir daí o autor aborda o potencial da Internet para o ensino e 
aprendizado de História, evidenciando as possibilidades e dificuldades encontradas na 
experiência docente, pensando questões como aprendizagem significativa, educação 
para a autonomia e aprendizado ao longo da vida. 
Segundo consta, 94 milhões de brasileiros (TELECO, 2014) e 32 milhões de domicílios 
estão conectados à Internet (G1, 2015). Um fator que vem impulsionando o crescimento 
de usuários de Internet nos últimos anos é o uso dos smartphones, tablets, televisores e 
aparelhos de video-game. A ampla maioria dos usuários de Internet no Brasil acessa a 
rede pelo menos uma vez por dia, 80%. Esse valor é de 76% entre os jovens com 10 a 
15 anos e 84% no grupo entre 16 e 24 anos de idade. Em pesquisa realizada Cetic.br, ao 
considerar as atividades realizadas pela Internet, a ampla maioria corresponde a 
atividades de comunicação, como envio de mensagens instantâneas (atividade realizada 
por 83% dos entrevistados), participação em redes sociais (76%) e envio e recebimento 
de e-mails. O entretenimento também aparece como uma das atividades mais realizadas 
na Internet: assistir filmes (58% dos entrevistados), ouvir música (57%), ler jornais, 
revistas ou notícias (53%) e jogar jogos on-line (37%) foram atividades relatadas com 
bastante frequência. Em relação às atividades relacionadas a educação e trabalho, 47% 
dos entrevistados responderam utilizar a Internet para realizar atividades escolares, 33% 
estudam na Internet por conta própria e 30% realizam atividades de trabalho. 
A partir de todos esses dados percebe-se a ampla disseminação da Internet entre a 
população brasileira, que tem um acesso por diversos dispositivos e formas de conexões 
diferentes. Se olharmos para a Internet e seus usos, a educação e aprendizado não é uma 
das atividades primordiais dos usuários. Antes das atividades relacionadas à educação, 
são mais comuns as atividades relacionadas à comunicação e entretenimento. Esses 
dados constroem um cenário importante ao considerarmos o uso da Internet nas aulas de 
História. Nem sempre as informações consumidas na internet levam a um processo de 
produção de conhecimento. 
O autor chama a atenção para o sucateamento da estrutura escolar. Conta que apesar dos 
programas federais, como o Programa Nacional de Informática na Escola (Proinfo), o 
Programa Um Computador por Aluno (Prouca), e o destaque da informatização dos 
espaços escolares e conexão desses espaços com a rede mundial de computadores nos 
Planos Nacional, Estaduais e Municipais de Educação, alguns alertas devem cuidados 
devem ser tomados. De nada adianta projetores, lousas digitais e computadores se não 
houver garantia que todos os alunos e alunas tenham um computador conectado à 
Internet na escola, se não há previsto a manutenção desses equipamentos, contratação de 
monitores e, principalmente, capacitação dos professores para lidar com essa tecnologia. 
Pessi relata que nas ocasiões em que levou os alunos ao Laboratório de Informática 
percebeu a falta de conhecimentos básicos de informática e Internet. Conta que em um 
primeiro momento causou-lhe estranhamento o fato de jovens de 12 a 15 anos, que 
possuem celulares conectados à Internet, que se relacionam em redes sociais, que 
cresceram com a tecnologia ao seu redor não possuírem conhecimentos básicos como o 
de trabalhar em editores de texto, fazer uma pesquisa em sites especializados para tal 
finalidade, terem dificuldade em envio e recebimento de emails, etc. Observou que o 
domínio dos recursos digitais é muito limitado às atividades praticadas pelos alunos, 
basicamente, acessar redes sociais, utilizar aplicativos de troca de mensagens 
instantâneas, assistir vídeos e jogar jogos. O computador, o celular e a Internet não são 
vistos pelos alunos e pelas alunas como ferramentas com potencial educativo, apenas 
para comunicação e entretenimento. 
Pessi chama a atenção para o hábito de copiar e colar as informações encontradas 
quando instigados a fazer uma pesquisa. As informações passam de um site da Internet 
para um editor de texto, ou para a impressora ou são manuscritos para uma folha de 
papel sem haver a menor interação entre o estudante e o conteúdo. Não há uma leitura 
atenta da informação e na maioria das vezes a pesquisa limita-se a apenas uma única 
fonte sem que haja a verificação da informação coletada. Assim, apesar de todo o 
potencial que a Internet tem a oferecer, ela ainda é muito utilizada pelos estudantes 
como uma ferramenta tradicional de educação, tal qual um livro didático ou uma 
enciclopédia no passado. 
A fim de estimular que seus alunos e alunas utilizem a Internet de modo que gere 
reflexão e conhecimento, Pessi elaborou uma atividade que buscou desafiar os alunos a 
dar uma resposta diferente. Ao trabalhar Idade Média e feudalismo com as turmas de 7º 
ano do Ensino Fundamental o autor percebeu uma grande dificuldade de compreensão 
das camadas sociais e seu papel na sociedade feudal. Para tornar mais próxima a 
realidade das pessoas na sociedade feudal para os estudantes foi proposto que cada um 
criasse um personagem fictíciomas que pudesse ter vivido na Idade Média, no contexto 
estudado em sala de aula. A Internet surgiu, então, como uma fonte de pesquisa para os 
estudantes buscarem informações sobre a forma com que as pessoas viviam na 
sociedade feudal. 
Abaixo, segue o plano de aulas para a elaboração do personagem medieval: 
1 – Estudo e debate sobre a Idade Média, o feudalismo e o poder da Igreja Católica a 
partir de textos produzidos pelo professor, textos do livro didático e relatos sobre filmes 
vistos sobre os alunos. Essa etapa foi realizada em seis períodos. 
2 – Apresentação da proposta aos estudantes e pesquisa no Laboratório de Informática. 
No laboratório os alunos foram divididos em trios para pesquisar em cada computador 
enquanto o professor auxiliava nas pesquisas. A proposta era encaminhar a pesquisa a 
partir de sites préselecionados pelo professor e a busca em outros sites com informações 
para o trabalho. Essa etapa teve a duração de dois períodos. 
3 – Correção dos questionários sobre os personagens. Em dois períodos os alunos 
conversaram sobre os seus personagens, apresentando-os ao professor. Erros de 
contexto foram corrigidos, fazendo com que os alunos entendam anacronismos e outros 
erros. 
4 – Produção de texto descritivo. Nas aulas de Literatura os alunos transformaram as 
informações coletadas na forma de um questionário em um texto descrevendo o 
personagem em primeira pessoa. 
5 – Apresentação dos personagens a partir da leitura do texto descritivo. 
A atividade exigiu um intenso planejamento do professor. A etapa da pesquisa foi 
decisiva para o sucesso da atividade. Pessi conta que apesar de ser muito desgastante 
auxiliar cerca de 25 alunos cheios de dúvidas, curiosidades e incertezas ao mesmo 
tempo no Laboratório de Informática, foi possível perceber que eles estavam realmente 
interessados em desenvolver aquela atividade. Houve dificuldade entre os estudantes de 
encontrar as informações necessárias para criar o seu personagem, por isso eles tiveram 
de buscá-las em vários sites. Os alunos com mais facilidade e conhecimento ajudaram 
os outros que apresentavam mais dificuldade. Com as leituras feitas em sala de aula e as 
informações encontradas na Internet, alguns alunos permitiram que a sua criatividade 
aflorasse dentro da proposta do trabalho, encontrando segurança para descrever um 
personagem não parecia tão estranho para eles. Por fim, os estudantes conseguiram se 
colocar no papel do personagem e imaginar como seria a vida deles no período 
estudado. 
O autor conclui que ao olhar para nossos alunos percebe-se que o imenso potencial que 
a Internet possui em relação ao aprendizado não se traduz em um processo de 
autonomia dos estudantes, que poderiam utilizar as informações na produção de um 
conhecimento amplo e significativo, ao longo de sua vida. A Internet pode trazer uma 
imensa transformação na escola e nas formas de produção de conhecimento, fazendo 
com que o aluno esteja motivado a aprender de uma forma mais dinâmica, interessante e 
com o uso das tecnologias da sociedade digital que eles estão inseridos. Entretanto, 
alerta para que haja o cuidado de guiar os alunos, fazendo com que eles mergulhem no 
conhecimento, tecendo relações entre os conteúdos estudados. 
A atividade desenvolvida do professor Pessi com seus alunos e alunas demonstrou que 
com investimento em infraestrutura e educação, é possível ultrapassar as barreiras do 
“copiar e colar”, estimulando assim que a Internet seja uma ferramenta didática de 
apoio ao processo ensino aprendizado. Por meio dela, é possível alunos e alunas são 
estimulados a buscarem por si só a produção de conhecimento e com o professor aplica-
la ao mundo sócio histórico. Negligenciar o uso da Internet em sala de aula é um 
equívoco que deve ser evitado, pois através dela democratiza-se o acesso ao ensino. 
ETAPA 2 
Os usos da internet no ensino de História. 
Um dos grandes desafios que a educação enfrenta na contemporaneidade, diante do fato 
de que as mídias de massa desempenham papel crucial na formação dos indivíduos, e a 
alfabetização digital torna-se indispensável, é a aceitação das tecnologias por parte da 
escola e especialmente, pelos professores. Tecnologias da Informação e Comunicação 
estão cada vez mais integrando o mundo em redes globais e oferecem novas 
possibilidades à educação, como o compartilhamento de informações, a interatividade e 
a interdisciplinaridade. 
Segundo pesquisa divulgada pela eMarketer, o Brasil tinha em 2014, 78,1 milhões de 
usuários que acessam pelo menos uma rede social ao menos uma vez por mês, o número 
subiu para 86,5 milhões em 2015 (crescimento de 10,7%) e na metade de 2016 contava 
com 93,2 milhões (aumento de 7,8%). Este número coloca o Brasil no posto de maior 
usuário de redes sociais da América Latina.
1
 Os dados de 2015 mostram que 55% da 
população brasileira é usuária da Internet e que metade dos lares estão conectados à rede 
mundial de computadores. Isso significa dizer que mais de 94 milhões de brasileiros 
(TELECO, 2014)
2
 e 32 milhões de domicílios estão conectados à Internet (G1, 2015)
3
. 
No que tange ao ensino médio, seguimento que recebe jovens a partir dos 14 anos, o uso 
da internet através de smartphone é cada vez maior. Há entre os jovens a capacidade de 
 
1
 <https://canaltech.com.br/redes-sociais/brasil-e-o-pais-que-mais-usa-redes-sociais-na-america-latina-
70313/.> Acesso em dezembro de 2018. 
2
Internet no Brasil – Estatísticas. Disponível em: http://www.teleco.com.br/Internet.asp . Acesso em 
dezembro de 2018. 
3
Pela 1ª vez, acesso à Internet chega a 50% das casas no Brasil, diz pesquisa. Disponível em: 
http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2015/09/pela-1-vezacesso-Internet-chega-50-das-casas-no-brasil-
dizpesquisa.html . Acesso em dezembro de 2018. 
se conectar e aprender, sendo a Internet uma ferramenta de empoderamento da 
juventude, já que permite que os jovens tomem controle de suas próprias relações 
sociais e do desenvolvimento de seu conhecimento, gerindo um currículo de seu 
interesse, a partir da prática autônoma ao longo de sua vida. O desafio que está posto é: 
Como fazer com que a internet seja aliada do ensino de qualidade e não uma barreira 
para o mesmo? 
Cool; Illera (2010) assinalam que a incorporação das TICs nas salas de aula abre 
caminho para a inovação pedagógica e didática e para a busca da melhoria do processo 
de ensino e aprendizagem, multiplicando as possibilidades e os contextos de 
aprendizagens muito além das “paredes da escola.” O ato de educar, com a contribuição 
da Internet, proporciona a quebra de barreiras, remove o isolamento da sala de aula, 
permitindo que os alunos determinem o ritmo de sua aprendizagem. Duarte (2013) diz 
que “o professor - tendo uma visão pedagógica inovadora, aberta, que pressupõe a 
participação dos alunos – pode utilizar algumas ferramentas simples da Internet para 
melhorar a interação presencial-virtual entre todos”. 
Entretanto, sabe-se que predomina nas escolas brasileiras, em especial aquelas 
localizadas nas metrópoles, um sistema educacional fechado, ou seja, aquele que 
transmite conhecimento e jamais o transforma em contato com os alunos. A transmissão 
de conteúdos pode se tornar mais eficiente, mais eficaz, mas não há alteridade na sua 
essência. Num sistema fechado, a aula é o momento do professor e não do aluno e o 
foco está naquilo que está sendo explicado e copiado. 
A História aprendida a partir de um sistema fechado perde em muito o espaço possível 
para a compreensão da própria disciplina e do modo como ela é feita. Para além disso, 
perdesse a oportunidade de se visualizar o currículo escolar como algo que está em 
permanente processo de negociação e renegociação entre professor e aluno. Perde-se a 
oportunidade de uma aula em que os alunos se mostrem mais participativos porque a 
noçãode erro não é tão severa e então é possível pensar em voz alta sobre o passado 
sem ser punido porque a História encontra-se no registro dos fatos e daquilo que 
indubitavelmente aconteceu. (SANTOS, 2010) 
A pesquisadora sueca Kristen Snyder ao analisar a relação entre o mundo digital e a 
educação propõe o conceito de cultura digital como forma de entendermos a sociedade 
da era global (SNYDER, 2007). Enquanto os jovens estão cada vez mais conectados, a 
autora percebe que há um conflito de gerações entre a escola e o mundo digital. 
Enquanto o mundo online abre a oportunidade para os jovens criarem uma identidade 
própria e explorar a vida com outros jovens, permitindo que eles usem a imaginação 
para desenvolver as questões de seu próprio interesse de forma coletiva, a escola é um 
espaço atrasado e entediante para esses jovens, já que não motiva e não atrai. 
O acesso à informação não significa que está de fato havendo aprendizado. Assim, 
torna-se fundamental que professores de história de aproximem e se apropriem da 
tecnologia e do uso da internet como ferramenta didática no processo ensino 
aprendizado, estimulando não apenas os educandos a refletirem acerca dos usos da 
mesma, mas também transformá-la em um meio e não um fim para o conhecimento. 
Para tanto é necessário que se desenvolva atividades que possibilitem aos discentes 
compreenderem os fenômenos que se manifestam no cotidiano, em diferentes 
temporalidades, de tal sorte a transformar o mundo e deste modo, passem a se ver como 
sujeitos capazes de (re)produzir novos espaços. 
A partir da inclusão das Tecnologias da Informação no ambiente escolar, discentes e 
docentes podem se “libertar” de uma prática restritiva na qual um é o detentor do saber 
e o outro apenas espectador. Podem compor uma relação de protagonismo, onde 
educando e educador trocam conhecimentos e experiências, expandindo os horizontes, 
avançando no campo das ideias e, consequentemente, construindo novos conhecimentos 
que contem com a participação ativa dos discentes, com autonomia e a motivação que 
são dimensões sinalizadoras de um aprendizado diferenciado. (MOURAD & 
DAMBOS, 2015) 
Cabe lembrar que para tal empreitada é necessário que haja investimento em 
infraestrutura, capacitação de docentes e discentes. É curioso perceber que ainda que os 
jovens estejam em contato diário com a internet, o consumo da mesma está limitado à 
troca de mensagens instantâneas e redes sociais, de modo que é necessário ensiná-los a 
realizar pesquisas, verificar fontes e até mesmo a ler e interpretar o conteúdo 
pesquisado. Assim, unir ensino e pesquisa significa caminhar para que a educação seja 
integrada, envolvendo estudantes e professores numa criação do conhecimento 
comumente partilhado. A pesquisa deve ser usada para colocar o sujeito dos fatos, para 
que a realidade seja apreendida e não somente reproduzida. 
A Internet permite acesso a acervos bibliográficos, visitar cidades históricas através de 
mapas interativos, assistir entrevistas e documentários com especialistas, realizar fóruns 
de debate, aulas que possibilitam a educação à distância e semipresencial, dentre outras. 
Nessa perspectiva o professor atua como mediador entre o aluno e o conteúdo digital, 
ajudando o aluno a interpretar e criticar esse conteúdo, a fazer com que o aluno produza 
conhecimento a partir das informações encontradas, na sua própria linguagem e 
utilizando as ferramentas que ele conhece e gosta de utilizar. 
A pequena análise aqui produzida não esquece que a qualidade da banda larga no Brasil 
é de baixa qualidade e que ainda há inúmeras localidades em que não há acesso a 
internet de alta velocidade, tão pouco, que faltam recursos no ensino público das redes 
federais, estaduais e municipais. Todavia, é tarefa da escola formar estudantes 
pensadores, críticos, que não se limitem às redes sociais, ao Wikipédia ou ainda à 
manchetes de jornais sensacionalistas. A cultura do consumo estimula que os jovens 
consumam informação e a compartilhem sem que haja ética ou reflexão do conteúdo. 
De modo que ainda que nossas salas de aula não estejam 100% equipadas com 
computadores, é papel do educador instruir os jovens ao bom uso da tecnologia da 
informação e comunicação. 
Bibliografia: 
COOL, César; ILLERA, José Luis Rodríguez. Alfabetização, novas alfabetizações e 
alfabetização digital. In: COOL, César; MONEREO, Carles (Org.). Psicologia da 
educação virtual: aprender e ensinar com as tecnologias da informação e comunicação. 
Tradução: Naila Freitas. Porto Alegre: Artmed, 2010. p.289 – 310 
DUARTE, Ana Sofia de Carvalho. A utilização das TIC no ensino e aprendizagem da 
História. 2013, 88 fl. Dissertação(Mestrado em Educação) – Instituto de Educação – 
Universidade de Lisboa. Lisboa/Portugal, 2013. 
MOURAD, Leonice Aparecida de Fátima Alves Pereira & DAMBROS, Gabriela. 
Materiais didáticos interativos para o ensino de História. Identificação, limites e 
potencialidades. Revista do Lhiste, Porto Alegre, num.3, vol.2, jul/dez. 306 – 321.2015. 
Disponível em: < https://seer.ufrgs.br/revistadolhiste/article/view/59773/36914> 
PESSI, Bruno Stelmach. O uso de Internet no aprendizado de História: possibilidades e 
dificuldades. Revista do Lhiste, Porto Alegre, num.3, vol.2, jul/dez. 933 – 947.2015. 
Disponível em: < https://seer.ufrgs.br/revistadolhiste/article/view/63527/36955> 
SANTOS, Fernanda Cássia . O ensino através da pesquisa em aulas de História no 
Ensino Médio. História e Diversidade , v. 1, p. 59-77, 2011.

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