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Tendências em Ciências Farmacêuticas Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Dra. Liriana Belizario Cantagalli Prof.ª Dra. Silmara Baroni Revisão Textual: Jaquelina Kutsunugi Aspectos Legais da Profissão • Legislação Profissional; • Código de Ética; • Boas práticas farmacêuticas; • Legislação aplicada a Farmácias, Drogarias, Farmácia Hospitalar e Clínica; • Assistência farmacêutica prestada no Sistema Único de Saúde (SUS). • Abordar os aspectos legais da profi ssão farmacêutica e a legislação vigente relaciona- da à atividade profi ssional e ao funcionamento e manutenção dos estabelecimentos. • Entender a importância das boas práticas farmacêuticas. • Conhecer o papel do profi ssional com relação às novas tendências para a assistência farmacêutica e atendimento no Sistema Único de Saúde. OBJETIVO DE APRENDIZADO Aspectos Legais da Profi ssão Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. Unidade Aspectos Legais da Profissão Introdução Prezado(a) aluno(a), na Unidade 2 conhecemos o papel do farmacêutico no exer- cício da sua profissão, bem como as áreas de atuação e atribuições do profissional. Nesta unidade, vamos abordar os aspectos legais da profissão por meio da legisla- ção vigente, do Código de Ética e dos órgãos e entidades envolvidos nesse processo. [...] A área de atuação profissional do farmacêutico abordada, é regu- lamentada por dois decretos federais: o Decreto 20.377/31 (BRASIL, 1931) e o Decreto 85.878/81, tendo sido o primeiro derrogado pela Lei nº 5.991/73 (BRASIL, 1973). Com o Decreto 85.878 foi possível deli- mitar as atribuições e o campo de atuação do farmacêutico [...]. (ADAMI, 2010, on-line). Nesta unidade também vamos abordar as Boas Práticas Farmacêuticas neces- sárias para garantir a qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias. Nesse sentido, temos a Agência Na- cional de Vigilância Sanitária, responsável por garantir que os medicamentos sejam utilizados de forma racional, diminuindo a automedicação, e que a população tenha acesso a informações por profissionais (ANVISA, 2010). Outro ponto importante é entender que o exercício da profissão farmacêutica não implica apenas na qualificação técnica do profissional, mas no compromisso moral, individual e coletivo de seus profissionais com os indivíduos e a sociedade. Sendo imposto a esses, deveres e responsabilidades indelegáveis, cuja contraven- ção resultará em sanções disciplinares por parte do conselho de farmácia, median- te as suas comissões de ética, independente nas penalidades estabelecidas pelas leis do país (GOMES; REIS, 2000). Legislação Profissional Algumas profissões são regulamentadas pelo Estado, por meio dos conselhos Profissionais, os quais determinam os pré-requisitos necessários para o exercício da profissão. É então concedida uma licença a esses profissionais, a qual pode ser suspensa ou cassada mediante processo formal (GOMES; REI, 2000). A regulamentação da profissão farmacêutica no Brasil ocorreu com o Decreto nº 20.377 de 08/10/1931. A partir de então, a profissão farmacêutica passou a ser exercida exclusivamente por farmacêutico diplomado por instituição de ensino oficial ou a este equiparado (BRASIL, 1931). A partir de 11/11/1960, com a Lei nº 3.820, foram criados o Conselho Fede- ral e os Conselhos Regionais de Farmácia, “destinados a zelar pela fiel observância 8 9 dos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem atividades profis- sionais farmacêuticas no País”. (BRASIL, 1960) Esses Conselhos Regionais de Farmácia possuem as seguintes atribuições (CFF, 2008, on-line): • [...] Defender o âmbito profissional e esclarecer dúvidas relativas à competência do profissional farmacêutico; • Garantir, em suas respectivas áreas de jurisdição, que a atividade far- macêutica seja exercida por profissionais legalmente habilitados; • Habilitar o farmacêutico, por meio de inscrição, para o exercício legal da profissão; • Manter registro sobre o local de atuação do farmacêutico junto ao mercado de trabalho [...]. Sendo também papel desses conselhos, a Fiscalização do exercício da profissão, o registro e a habilitação dos farmacêuticos para o exercício profissional (CRF, 2008). A Lei nº 3.820 ainda estabelece sobre a constituição dos Conselhos Federais e Regionais de farmácia, suas atribuições, mandato de seus membros, requisitos para inscrição de profissionais, pagamentos de taxas e anuidades, bem como sobre as penalidades a que estão sujeitos os infratores (GOMES; REIS, 2000). Para o exercício da profissão, bem como para se inscrever no conselho de far- mácia, são necessárias as seguintes exigências (BRASIL, 2002): • Ser diplomado ou graduado no curso de bacharelado em Farmácia, Farmácia-Bioquímica ou Farmácia Industrial. • Estar com seu diploma devidamente registrado na competente uni- dade de ensino superior, reconhecido oficialmente no Brasil ou, se estrangeiro, revalidado conforme legislação vigente. No Infográfico, a seguir, caro(a) aluno(a), você pode acompanhar algumas das principais regulações do setor farmacêutico no Brasil em ordem cronológica. 9 UNIDADE Aspectos Legais da Profi ssão Figura 1 - Regulamentações do setor farmacêutico Fonte: CFF (2015, on-line). A partir do infográfico é possível visualizar as principais Leis relacionadas ao ramo farmacêutico ao longo dos anos. E, dessa forma, conhecer a legislação vi- gente e sua importância para o desenvolvimento da profissão de farmacêutico até os dias atuais. Código de Ética É de fundamental importância que as profissões adotem um código de conduta para assegurar à sociedade que cada profissional atue com conhecimento técnico de sua profissão e dentro de uma prática dos preceitos éticos. Nesse sentido, o código de ética é uma coletânea de normas que orientam e disciplinam a conduta do farmacêutico em qualquer um dos inúmeros campos em que ele pode exercer sua atividade profissional (CRF-SP, 2005). O Conselho Federal de Farmácia aprovou a Resolução nº 596, de 21/02/2014 que dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético, e estabelece as infrações e regras de aplicaçãodas sanções disciplinares aos farma- cêuticos. O qual contém as normas que devem ser observadas pelos farmacêuticos e os demais inscritos nos Conselhos Regionais de Farmácia no exercício do âmbito profissional (BRASIL, 2014). Ao longo dos anos, o código de ética da profissão farmacêutica tem recebido algumas modificações no seu texto, apesar disso, a sua essência não foi alterada, 10 11 sendo fundamentada na consideração de que “a farmácia tem como principal fi- nalidade atendimento à população de maneira a promover e recuperar a saúde, individual e coletiva”. (GOMES; REIS, 2000, p. 184) A International Pharmaceutical Federation (FIP), em seu Code of Ethics for Phar- macy elaborou princípios de ética farmacêutica que se complementam com obriga- ções, sendo elas (MERRILLS, 2011): • [...] A principal responsabilidade do farmacêutico é o bem do paciente; • O farmacêutico oferece a mesma dedicação para todos; • O farmacêutico respeita o direito individual de escolher o tratamento; • O farmacêutico deve respeitar e salvaguardar o direito individual de confidencialidade; • O farmacêutico coopera com os colegas e com outros profissionais e respeita seus valores e suas atitudes; • O farmacêutico atua com honestidade e integridade em suas relações profissionais; • O farmacêutico serve as necessidades do indivíduo, da comunidade e da sociedade; • O farmacêutico mantém e desenvolve os conhecimentos e as técnicas profissionais. [...]. (MERRILLS, 2011, p. 2) É importante entender que o exercício da profissão farmacêutica não depende apenas da qualificação técnica dos indivíduos, mas sobretudo, de sua formação mo- ral e da ética, que é fundamental para possibilitar o entendimento entre as pessoas e uma convivência pacífica (GOMES; REIS, 2000). 11 Unidade Aspectos Legais da Profissão Ética - é a teoria ou ciência do comportamento moral dos homens em sociedade. É a ciência da moral, isto é, uma esfera do comportamento humano. Ética profissional - é o conjunto de princípios que regem a conduta funcional de uma deter- minada profissão. Sindicato dos Farmacêuticos (Sinfar): o Sindicato é o órgão que negocia as convenções co- letivas de trabalho dos farmacêuticos junto aos empregadores, homologa as rescisões de contrato de trabalho e auxilia na recolocação profissional. Associações de Farmacêuticos: são entidades que agregam os profissionais, promovendo ações de desenvolvimento e capacitação, além de sugerir ações regionais em prol da cate- goria. Fonte: Conselho Regional de Farmácia do Estado de São Paulo Para saber mais, acesse o link disponível em: <www.afarp.org.br/download. php?file=iupload/arq-20100619210538.pdf>. Acesso em: 18 fev. 2019. Ex pl or Boas Práticas Farmacêuticas A RDC (Resolução da Diretoria Colegiada) n° 44/2009 estabelece os critérios e condições mínimas para o cumprimento das Boas Práticas Farmacêuticas, assim como para o controle sanitário dos processos de andamento, da dispensação, e do comércio. E ainda determina parâmetros para a prestação de serviços farmacêuti- cos nos estabelecimentos (ANVISA, 2009). Boas práticas farmacêuticas são consideradas pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), como sendo o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários (AN- VISA, 2009). A ANVISA é a agência reguladora do setor farmacêutico no Brasil. Ela pode ser considerada uma autarquia com regime especial, que apresenta autonomia admi- nistrativa e financeira, que provém da arrecadação de taxas de fiscalização da Vigi- lância Sanitária (VISA), de multas resultantes de ações fiscalizadoras, entre outras fontes. Sendo a gestão administrativa desta autarquia fundamentada em contratos de gestão e continuação dos responsáveis durante o tempo do mandato (KORNIS et al., 2011). 12 13 O papel regulador da ANVISA é de fundamental importância para o setor, visto que graves problemas existentes atualmente, responsáveis por sérias ameaças à saúde pública, podem ser combatidos por meio da publicação de novas legislações. A ANVISA estabelece que os produtos só podem ser obtidos perante regulariza- ção, de acordo com a legislação em vigor. Sendo a regularidade desses produtos, conseguidas a partir de registro, notificação ou cadastro, conforme a exigência determinada na legislação sanitária específica (FENAFAR, 2013). Saiba mais sobre a Lei nº 13.021/14, que determina que a Farmácia é um Estabelecimento de Saúde, assistindo ao vídeo: <https://www.youtube.com/watch?v=9mQ_dDR0V_w>. Acesso em: 19 fev. 2019. Ex pl or Legislação Aplicada a Farmácias, Drogarias, Farmácia Hospitalar e Clínica A Lei nº 5.591 é considerada o fundamento de toda regulamentação sanitária atual, estando incluídos nessa Lei os seguintes conceitos (BRASIL, 1973): • [...] Droga – é considerada uma substância ou matéria-prima com a finalidade medicamentosa ou sanitária; • Medicamento - produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborado, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico; • Insumo Farmacêutico - droga ou matéria-prima aditiva ou complemen- tar de qualquer natureza, utilizada em medicamentos e seus recipientes; • Correlato - a substância, produto, aparelho ou acessório não enqua- drado nos conceitos anteriores, no qual a utilização ou aplicação es- teja relacionado à defesa e proteção da saúde individual ou coletiva, à higiene pessoal ou de ambientes, ou a fins diagnósticos e analíticos, os cosméticos e perfumes, e, ainda, os produtos dietéticos, óticos, de acústica médica, odontológicos e veterinários; • Um dos programas de saúde que busca atender às diretrizes das po- líticas públicas de medicamentos do país é o Programa Farmácia Po- pular do Brasil (PFPB). Sendo criado com o objetivo de enfrentar agravos de alto impacto na Saúde Pública de maneira a reduzir os gastos com medicamentos no orçamento familiar. O Programa pre- coniza a ampliação de ações voltadas à universalização do acesso da população aos medicamentos, por meio do atendimento igualitário de pessoas usuárias ou não de serviços públicos de saúde [...]. (BRA- SIL, 2004, on-line) 13 Unidade Aspectos Legais da Profissão O Programa Farmácia Popular foi criado pelo Governo Federal, mediante a Lei nº 10.858 de 13 de abril de 2004, que foi regulamentada pelo Decreto nº 5.090 de maio de 2004, com o intuito de ampliar o acesso aos medicamentos para as do- enças mais comuns entre a população. Sendo o principal objetivo deste Programa a promoção da assistência farmacêutica aos cidadãos (BRASIL, 2001). Esse Programa tem sido uma das ações com maior prioridade na agenda de saúde do governo federal (MACHADO et al., 2011). E é ainda considerada uma alternativa relevante de acesso a medicamentos e um dos principais vértices da Política de Assistência Farmacêutica vigente no país (SANTOS et al., 2011). As farmácias de qualquer natureza requerem, obrigatoriamente, para o seu fun- cionamento, autorização e o licenciamento da autoridade competente, e ainda as seguintes condições (BRASIL, 1973): • o farmacêutico deve estar presente durante todo o horário de funcionamento; • estar situado em local conveniente, sob o aspecto sanitário; • possuir equipamentos necessários à conservação adequada de imunobiológicos. Dispor de equipamentos e acessórios que satisfaçam os requisitos técnicos esta- belecidos pela vigilância sanitária. Segundo a legislação nº 5.591, a farmácia hospitalar se enquadra nas mesmas condições das farmácias localizadas dentro de uma empresa ou das farmácias com finalidade lucrativa, ou ainda de qualquer natureza, respeitadas as particularidades advindas da assistência prestada nos hospitais (GOMES; REIS, 2000). A Farmácia Clínica que teve início no âmbito hospitalar, nos EstadosUnidos, sendo essa prática desenvolvida em hospitais, ambulatórios, unidades de atenção primária à saúde, farmácias comunitárias, instituições de longa permanência e do- micílios de pacientes, entre outros (BRASIL, 2013). Sendo voltada à prática do uso racional de medicamentos, na qual os farmacêu- ticos prestam cuidado ao paciente, a farmácia clínica tem como princípios: otimi- zar a farmacoterapia, promover saúde e bem-estar, e prevenir doenças (CRF-PR, 2018). Outro ponto importante da legislação é o ato da prescrição farmacêutica, que também pode ser praticada pelo profissional regulamentado e registrado no Conselho Regional de Farmácia de sua jurisdição. Sendo a Resolução nº 586 de 29/08/2013, responsável por sua definição: [...] ato pelo qual o farmacêutico seleciona e documenta terapias farmaco- lógicas e não farmacológicas, e outras intervenções relativas ao cuidado à saúde do paciente, com base nas necessidades de saúde do paciente, nas melhores evidências científicas, em princípios éticos e em conformidade com as políticas de saúde vigentes. (BRASIL, 2013, on-line) 14 15 Deve-se ter em mente que todos os estabelecimentos citados devem cumprir com a legislação vigente para que não ocorram irregularidades que possam causar contratempos aos profissionais que neles atuam. Sendo também dever desses pro- fissionais cumprir as normas existentes para o bom exercício da profissão. Saiba mais sobre o Controle Sanitário do Comércio de Drogas, Medicamentos, Insumos Far- macêuticos e Correlatos clicando no link a seguir: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/ LEIS/L5991.htm>. Acesso em: 19 fev. 2019. Ex pl or Assistência Farmacêutica Prestada no Sistema Único de Saúde (SUS) Instituído na Constituição Federal de 1988, o SUS tem como diretrizes a univer- salização do acesso com equidade e a integralidade das ações e serviços de saúde. “Nesse contexto, em 1990 com a Lei nº 8.080 que regulamenta o SUS, foram incluídas as ações de assistência terapêutica integral, inclusive a farmacêutica”. (BRASIL, 1990, on-line). E em 1998 foi aprovada a Política Nacional de Medi- camentos (PNM), com o propósito de garantir a segurança, eficácia e qualidade dos medicamentos, a promoção do uso racional e o acesso da população àqueles considerados essenciais (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001). Segundo a Lei nº 13.021 de 08 de agosto de 2014, o poder público tem como responsabilidade garantir a assistência farmacêutica à população, de acordo com as concepções e diretrizes do “Sistema Único de Saúde, de universalidade, equidade e integralidade”. (BRASIL, 2014, on-line). Sendo, nesse sentido, a assistência farma- cêutica no SUS, consolidada em 2004 com a aprovação da Política Nacional de As- sistência Farmacêutica com a Resolução nº 338 de 06/05/2004 (BRASIL, 2004). [...] A Assistência Farmacêutica é um conjunto de ações voltadas à promo- ção, proteção e recuperação da saúde, tanto individual como coletiva, ten- do o medicamento como insumo essencial e visando ao acesso e ao seu uso racional. Por consequência, os serviços farmacêuticos oferecidos pelo SUS proporcionam o acesso qualificado aos medicamentos essenciais que são disponibilizados pela rede pública a seus usuários [...]. (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009, on-line) No ano de 1998, foi publicada a Política Nacional de Medicamentos (PNM), por meio da Portaria GM/MS nº 3916, tendo como principais finalidades (BRASIL, 2002): [...] Garantir a necessária segurança, a eficácia e a qualidade dos medica- mentos; 15 Unidade Aspectos Legais da Profissão A promoção do uso racional dos medicamentos; O acesso da população àqueles medicamentos considerados essenciais [...]. (BRASIL, 2002, on-line) Navegue pelo site do Ministério da Saúde clicando no link, a seguir, para obter mais infor- mações sobre o Sistema Único de Saúde (SUS), sua estrutura, princípios e funcionamento. Acesse o link: <http://portalms.saude.gov.br/sistema-unico-de-saude>. Acesso em: 19 fev. 2019. Ex pl or Prezado(a) aluno(a), nessa unidade foram abordados os aspectos legais da profis- são farmacêutica, de acordo com a legislação vigente e o Código de Ética. Sendo também discutida a importância das boas práticas para o controle sanitário no funcionamento, na dispensação, na comercialização de produtos e na prestação de serviços farmacêuticos. E, ainda, a legislação aplicada aos estabelecimentos, con- ceitos e o papel da ANVISA nesse processo e, por fim, a Assistência farmacêutica prestada no SUS baseado nas leis atuais. Como levantado na unidade, uma das atribuições mais relevantes do farmacêu- tico e com maiores perspectivas para o futuro é com relação à Assistência Farma- cêutica e no que diz respeito às atividades relacionadas ao medicamento. Tendo o profissional um papel fundamental para a conservação, controle de qualidade, segurança, eficácia terapêutica dos medicamentos, acompanhamento e avaliação, com a finalidade principal de assegurar o uso racional de medicamentos. Por fim, é importante salientar que as disposições do Código de Ética farmacêu- tica se aplicam a todos os profissionais no exercício de suas atividades, tanto no serviço público da união, dos Estados, do Distrito Federal (GOMES; REIS, 2000). 16 17 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites FARMACÊUTICO + SAÚDE: Assistência Farmacêutica no SUS – por Conselho Federal de Farmácia Neste vídeo, o Conselho Federal de Farmácia aborda alguns pontos importantes da Assistência farmacêutica. Ele explica, de maneira ilustrativa, como ocorre essas ações e a importância delas. https://bit.ly/2TcNSzw Leitura Manual de Legislação – por Conselho Regional de Farmácia do Estado do Paraná Neste manual é possível visualizar toda a legislação que está relacionada com a atuação do farmacêutico. https://bit.ly/2BUGwXw Código de Ética da Profissão Farmacêutica – por Conselho Federal de Farmácia Neste material elaborado pelo Conselho Federal de Farmácia, você encontra o Código de Ética da Profissão Farmacêutica, bem como sua aplicação e deveres do profissional. https://bit.ly/2LOk8l8 Incorporação de Tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS) – por Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (INTERFARMA) Neste artigo, o autor aborda aspectos importantes da tecnologia no Sistema Único de Saúde (SUS). De forma bastante atual, é possível entender o papel do farmacêutico nesse processo. https://bit.ly/2GNwPy2 17 Unidade Aspectos Legais da Profissão Referências ADAMI, A. M. Portal Educação. Curso de legislação farmacêutica. 2010. Disponí- vel em: <www.portalfarmacia.com.br>. Acesso em: 30 jan. 2019. ANVISA - Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução da Diretoria Co- legiada - RDC n. 44, de 17 de agosto de 2009. Dispõe sobre Boas Práticas Far- macêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da co- mercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Diário Oficial da União 2009. Disponível em: <https://www20.anvisa.gov.br/segurancadopaciente/index.php/legislacao/ item/rdc-44-2009>. Acesso em: 19 fev. 2019. ______. Resolução da Diretoria Colegiada - RDC n. 44, de 26 de outubro de 2010. Diário Oficial da União 2010. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/ saudelegis/anvisa/2010/res0044_26_10_2010.html>. Acesso em: 19 fev. 2019. BRASIL. Conselho Federal de Farmácia. Resolução n. 585, de 29 de agosto de 2013. Regulamenta as atribuições clínicas do farmacêutico e dá outras providên- cias. Diário Oficial da União. Disponível em: <www.cff.org.br/userfiles/file/reso- lucoes/585.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2019. ______. Resolução n. 596, de 21 fevereiro de 2014. Dispõe sobre o Código de Ética Farmacêutica, o Código de Processo Ético e estabelece as infrações e as re- gras de aplicação das sanções disciplinares. Diário Oficial da República Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.cff.org.br/userfiles/file/resolucoes/596.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2019. ______. Conselho Nacional de Educação Câmara de Educação Superior. Resolução CNE/CES n. 2, de 19 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacio- nais do Curso de Graduação em Farmácia. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CES022002.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2019. ______. Conselho Nacional de Saúde. Resolução n. 338, de 06 de maio de 2004. Aprova a Política Nacional de Assistência Farmacêutica. Diário Oficial da União. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/cns/2004/ res0338_06_05_2004.html>. Acesso em: 19 fev. 2019. ______. Decreto n. 3.820, de 11 de novembro de 1960. Cria o Conselho Federal e os Conselhos Regionais de Farmácia, e dá outras Providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil de 21 de novembro de 1960. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L3820.htm>. Acesso em: 19 fev. 2019. ______. Decreto n. 20.377, de 08 de setembro de 1931. Aprova a regulamen- tação do exercício da profissão farmacêutica no Brasil. Diário Oficial da Repúbli- ca Federativa do Brasil. Disponível em: <http://www.abcfarma.org.br/juridico/ decretos-federais/decreto-n20.377-1931.pdf>. Acesso em: 19 fev. 2019. 18 19 ______. Lei n. 5.991, de 17 de dezembro de 1973. Dispõe sobre o controle sani- tário do comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos. 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