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Resenha do texto: ciência: conceitos-chave em filosofia - steven french

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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
BIOTECNOLOGIA – TURMA QUARTA E SEXTA (TARDE)
FILOSOFIA DA CIÊNCIA E METODOLOGIA CIENTÍFICA
DOCENTE: JOHNKAT L. S. TERREMATTE
DISCENTE: ALINE CRISTINA J. DE FREITAS
TEXTO: CIÊNCIA: CONCEITOS-CHAVE EM FILOSOFIA
- Steven French -
CIÊNCIA: CONCEITOS-CHAVE EM FILOSOFIA
- Steven French -
	Enquanto seres sociais e culturais estamos, a todo instante, sendo regidos e reproduzindo leis, comportamentos e compreensões sobre nossa vida individual e social e também sobre as coisas que produzimos, de forma que não nos damos conta de que todos esses aspectos foram essencialmente construídos pelas relações sociais, ou seja, enquanto seres sociais produzimos a nossa própria vida coletiva. Um aspecto fundamental da coletividade é a criação de regras gerais que devem ser seguidas por todos. Dentro desse leque de produções, o conhecimento também está inserido. Podemos confirmar isso a partir de uma análise histórica de como o conhecimento era produzido na antiguidade. Desde a experiência empírica, a criação dos mitos, as explicações metafísicas (principalmente revelações de divindades) até o surgimento da filosofia, tendo a razão como base metodológica, fizeram parte da didática de produção do conhecimento humano. Hoje a forma mais aceita para explicação dos fenômenos (humano, naturais, biológicos e culturais) é a ciência.
	Assim como para a maioria das coisas, fomos induzidos a criar um perfil “genérico” da ciência, ou seja, quando pensamos na ciência, logo nos remetemos à imagem genérica de uma pessoa em um laboratório, vestida em um jaleco branco, fazendo experimentos, resolvendo questões inimagináveis ou fazendo novas descobertas extraordinárias. Esse é o resultado dos processos culturais internalizados em nossa forma de pensar.
	Durante muitos séculos a ciência passou a fazer parte, de forma direta, das transformações do mundo e também a dar respostas que antes eram feitas por crenças ou ideologias. Dessa forma, a ciência passou a ser fundamental para o desenvolvimento humano. As tecnologias, as engenharias, o desenvolvimento de técnicas genéticas, as teorias que nos indicam nossa posição no espaço, a cura de doenças, entre outras coisas, são pequenos exemplos de como fomos beneficiados pela ciência. Apesar disso, a grande maioria das pessoas não sabem o que é ciência, como ela funciona e/ou como produz as coisas que conhecemos e utilizamos.
	Segundo o autor, uma das formas de descobrir como a ciência funciona, seria acompanhá-la, ou seja, visitar o ambiente de pesquisa, prestar atenção em como os cientistas procedem suas pesquisas e como obtêm os resultados. Contudo, uma dificuldade que se apresenta é, segundo ele, o fato de que muitos cientistas pensam diferente sobre as mesmas coisas. Apesar de ser construída de fatos, as respostas e teorias dadas pela ciência não podem ser consideradas verdades absolutas, mas sim, verdades possíveis, para não recairmos no pragmatismo da antiguidade. A ciência deve estar sempre livre para novas interpretações. E é nessa perspectiva que outros autores e cientistas dão diferentes características para a ciência. Um exemplo é o que Ivan Pavlov fala sobre a ciência. Para ele os cientistas não devem se tornar “arquivistas de fatos” e devem tentar “penetrar nos segredos de suas ocorrências”. Outro exemplo é o de W. L. Bragg, que realizava pesquisas com raio X, afirmava que “a coisa importante na ciência não é tanto obter novos fatos, mas descobrir novas maneiras de pensar a respeitos deles”. Dessa forma, a objetividade da ciência deve dar espaço à perspectivas mais abrangentes sobre determinada pesquisa. Os processos metodológicos da pesquisa devem produzir resultados confiáveis e não verdades incontestáveis.
	Esse contexto exige a abordagem sobre a construção dos processos metodológicos da ciência, ou em outras palavras, como ela deve funcionar. Essa questão ainda gera controvérsias à medida que muitos entendem e defendem a “padronização” da prática científica para evitar o possível progresso das chamadas “pseudociências”. Por outro lado há quem defenda o não controle das ciência, baseando-se no próprio processo de construção histórica da ciência, a qual se adequava aos moldes da filosofia, ou seja, a filosofia quem dizia como a ciência deveria ser praticada e o que era relevante ou não na produção do conhecimento. Teorias de Albert Einstein, por exemplo, foram, durante muito tempo, desconsideradas por não se encaixar no modelo filosófico de produção científica. Tais dilemas podem ser observados até os dias de hoje
	Outra questão importante sobre como a ciência funciona é a questão da neutralidade do cientista. Esse dilema está presente no estudo da ciência há muito tempo. Até recentemente, no século XX, a questão da neutralidade científica era muito priorizada. Contudo, hoje sabemos que ciência não funciona dessa forma e que ser absolutamente neutro na pesquisa não é tão simples (para não dizer impossível). Nem mesmo a antropologia, que presava tanto a neutralidade, consegue pesquisar um fenômeno ou um objeto estando totalmente ausente das suas convicções sociais, políticas e culturais. Então como não deixar os resultados serem manipulados pelas ideologias dos cientistas? Apesar de não ser simples, é possível evitar resultados manipulados quando possibilitamos novas perspectivas para avaliar tal objeto, ou seja, não podemos limitar a investigação ao que acreditamos ou esperamos.
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