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Everton_venancio_alves_Defesa

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EVERTON VENÂNCIO ALVES 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE PLACAS DE GESSO ACARTONADO EM 
FECHAMENTOS E DIVISÓRIAS VERTICAIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2019 
 
EVERTON VENÂNCIO ALVES 
 
 
 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE PLACAS DE GESSO ACARTONADO EM 
FECHAMENTOS E DIVISÓRIAS VERTICAIS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Anhanguera, como requisito parcial para a 
obtenção do título de graduado em Engenharia 
Civil. 
Orientador: Marcelo Tavares de Lima 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Campinas 
2019 
EVERTON VENÂNCIO ALVES 
 
 
 
UTILIZAÇÃO DE PLACAS DE GESSO ACARTONADO EM 
FECHAMENTOS E DIVISÓRIAS VERTICAIS 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado 
à Anhanguera, como requisito parcial para a 
obtenção do título de graduado em Engenharia 
Civil. 
Orientador: Marcelo Tavares de Lima 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Prof(a). Titulação Nome do Professor(a) 
 
 
Campinas, 19 de Novembro de 2019
 
Dedico este trabalho a toda minha família 
e amigos que me incentivarão a continuar 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 Agradeço á deus por me dar saúde e força para continuar. 
Agradeço aos familiares e amigos, sempre estiveram ao meu lado incentivando. 
 
 
 
 
ALVES, Everton Venâncio. Utilização de placas de gesso acartonado em 
fechamentos e divisórias verticais. 2019. 31f. Trabalho de Conclusão de Curso 
(Graduação em Engenharia Civil) – Anhanguera, Campinas, 2019. 
 
RESUMO 
 
A construção civil, vive em uma constante busca por melhorias em seus processos e 
metodologias, resultando em edificações com cada vez mais qualidade, aliada com 
rapidez e economia na execução, e nesse segmento, surge o drywall. Sua criação 
se deu devido a um incêndio que ocorreu nos Estados Unidos, predominando entre 
as construção americanas e europeias. Entretanto, no Brasil, ainda é pouco 
utilizado, já que seu verdadeiro potencial ainda não está disseminado. Buscando 
incentivar sua aplicação no país, essa pesquisa analisou suas vantagens e também 
desvantagens, contando para isso, com a aplicação de uma revisão bibliográfica, de 
informações qualitativas sobre o assunto. As conclusões indicaram que essa 
tecnologia possui uma gama de vantagens, que se sobressaem as desvantagens 
encontradas. Destacam-se a redução dos custos na construção de fechamentos 
verticais, peso próprio da estrutura, já que é mais leve que a alvenaria comum e a 
agilidade de execução, aumentando com isso, a produtividade. 
 
Palavras-chave: Drywall; Tecnologias; Vantagens; Desvantagens. 
ALVES, Everton Venancio. Use of plasterboard in closures and vertical 
partitions. 2019. 31f. Course Conclusion Paper (Undergraduate in Civil Engineering) 
- Anhanguera, Campinas, 2019. 
 
ABSTRACT 
 
The civil construction, lives in a constant search for improvements in its processes 
and methodologies, resulting in buildings with more and more quality, combined with 
speed and economy in execution, and in this segment, comes the drywall. Its 
creation was due to a fire that occurred in the United States, predominating between 
American and European construction. However, in Brazil, it is still little used, as its 
true potential is not yet disseminated. Seeking to encourage its application in the 
country, this research analyzed its advantages as well as disadvantages, relying for 
this, with the application of a literature review, qualitative information on the subject. 
The findings indicated that this technology has a range of advantages, which 
outweigh the disadvantages encountered. We highlight the reduction of costs in the 
construction of vertical closures, the structure's own weight, since it is lighter than 
ordinary masonry and agility of execution, thus increasing productivity. 
 
Keywords: Drywall; Technologies; Benefits; Disadvantages. 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1 – Incêndio em Chicago .............................................................................. 12 
Figura 2 – Hierarquia do gesso ............................................................................... 18 
Figura 3 - Aparafusamento ...................................................................................... 21 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 11 
2. ANÁLISE HISTÓRICA ...................................................................................... 12 
3. PROCESSO CONSTRUTIVO COM GESSO ACARTONADO .......................... 16 
3.1. CONDIÇÕES INICIAIS................................................................................ 19 
3.1. GUIAS ........................................................................................................... 19 
3.2. MONTANTES ............................................................................................. 20 
3.4. REFORÇO PARA FIXAÇÃO DE CARGAS E FECHAMENTO DA PRIMEIRA 
FACE .................................................................................................................... 20 
3.5. TRATAMENTO DE ARESTAS E DE JUNTAS ............................................... 21 
3.6. INSTALAÇÕES PREDIAIS ............................................................................ 21 
3.7. FECHAMENTO DA SEGUNDA FACE ........................................................... 22 
3.8. REVESTIMENTO .......................................................................................... 22 
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS DE UTILIZAÇÃO ...................................... 24 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS .............................................................................. 28 
REFERENCIAS ....................................................................................................... 29 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
Criada em 1898, pelo americano Augustine Sackett, em decorrência de 
dois grandes incêndios que ocorreram nos Estados Unidos, o drywall ou gesso 
acartonado, consiste em uma placa de gesso com papel cartão, comumente utilizada 
devido a sua praticidade e versatilidade, existindo de diferentes medidas e tipos, que 
variam conforme o ambiente e a função de sua aplicação. A utilização dessas placas 
em estruturas de drywall melhora a limpeza, organização e a qualidade dos 
canteiros de obra, além de reduzir as perdas e agilizar o processo construtivo. 
No Brasil, sua utilização é considerada recente, porém tem ocorrido uma 
rápida disseminação, sendo utilizadas nas mais variadas obras, desde casas e 
hotéis, até empresas e restaurantes. As placas possuem inúmeras vantagens, 
mas também podem ser identificadas vantagens. Um estudo completo acerca 
desse tema poderá ser encontrado nessa pesquisa. 
O gesso acartonado ainda é mais leve que a alvenaria, reduzindo custos com 
fundações e obtendo-se estruturas mais esbeltas. Com os fatores acima citados, 
esse trabalho é justificado pela importância de sanar dúvidas e desmistificar 
preconceitos quanto a utilização e a eficiência para quem busca uma melhor 
compreensão sobre o drywall. 
A pergunta problema, proposta para ser respondida após o desenvolvimento 
dessa pesquisa, nas considerações finais, consiste em: “Quais são as vantagens e 
desvantagens na utilização do gesso acartonado em fechamentos e divisórias 
verticais na construção civil?” 
O objetivo geral foi verificar as vantagens e desvantagens na utilização do 
gesso acartonado para fechamentos e divisórias verticais na construção civil, os 
específicos de apresentar o contexto histórico sobre as placas de gesso acartonado; 
analisar o processo construtivo utilizando as placas de gesso acartonado; verificar 
suas vantagens e desvantagens. 
A pesquisa realizada nesse estudo é do tipo bibliográfica, qualitativa e 
quantitativa, sendo realizadas pesquisas sobre o assunto em todos osmateriais 
encontrados que a analisarem, podendo ser outros artigos acadêmicos e TCCs, 
livros, revistas e sites, com material abordado data a partir de 2009, já que essa é 
uma prática considerada recente no Brasil. As palavras-chave que norteiam essa 
busca são: drywall; vantagens; desvantagens. 
12 
 
2. ANÁLISE HISTÓRICA 
 
O sistema drywall apresenta-se como uma tecnologia, destinada a substituir 
as vedações convencionais internas, que são compostas pelos tetos, as paredes e 
os revestimentos das edificações, sendo, basicamente, chapas de gesso 
acartonado, fixadas por parafusos nas estruturas de perfis de aço galvanizado 
(CICHINELLI, 2018). 
Apesar de ser utilizada em larga escala, e a muitos anos, nos Estados Unidos 
e na Europa, é consideravelmente nova no Brasil. Porém, apesar de nova, tem 
conquistado um espaço cada vez maior, especialmente com a instalação de grandes 
fábricas no país (CICHINELLI, 2018). 
Segundo o Viva Decora (2018), o surgimento do drywall ocorreu devido a dois 
incêndios de grandes proporções, que aconteceram um no ano 1871 em Chicago, e 
outro em 1890 em Nova York. O primeiro, devastador, deixou ao menos 300 
mortos, e mais de 100 mil pessoas desabrigadas, tornando cinza tudo o que o 
fogo encontrou pela frente, conforme ilustra a Figura 1, com uma imagem 
publicada em jornal da época. 
 
Figura 1 – Incêndio em Chicago 
. 
Fonte: Viva decora, 2018 
 
13 
 
Por serem utilizados em construções materiais como a madeira, que é muito 
inflamável, essas ficavam vulneráveis ao fogo, causando a devastação de enormes 
regiões dessas duas cidades. Com isso, passou a ser percebida uma grande 
necessidade de serem encontrados materiais construtivos alternativos, que 
resistissem não só as intempéries, mas também ao fogo, aliado com a necessidade 
momentânea de reconstruir a cidade o mais rápido possível (FERSAN, 2018). 
Segundo relatos, o Drywall teria sido desenvolvido no Reino Unido, mais 
especificamente na cidade de Rochester, no ano de 1888, mas sua patente foi em 
1898, com o nome de Sackett, por um americano com o nome de Augustine Sackett, 
visando revolucionar as técnicas da construção civil (FERSAN, 2018). 
Essa, tinha sua formação por quatro camadas de gesso umedecido, 
envolvidos por quatro folhas de lã, papel e camurça, sem nenhum tipo de 
acabamento. Tal produto era vendido, a princípio, como telhas a prova de fogo, mas 
com o decorrer do tempo, foi sendo disseminado, até passar a ser chamado de 
“chapa drywall” (VIVA DECORA, 2018). 
De acordo com os estudos de Cichinelli (2008), que partem de uma análise 
mais remota, por volta do ano de 1667, o Rei da França, Luís XIV, também 
conhecido como rei sol, tornou obrigatória a utilização do gesso nas construções do 
país, em decorrência de um incêndio que havia destruído a cidade de Londres, em 
1666. 
A partir do momento em que ocorreu a promulgação de tal decreto, as 
estruturas residências, que até então eram constituídas por madeira, muito comum à 
época, passaram a ser executadas com um revestimento de gesso, visando protege-
las contra o fogo (CICHINELLI, 2008). 
A partir do século XX, a comercialização desse produto começou a ganhar 
maiores proporções, e as empresas passaram a produzir tais placas com a borda 
envolta por papel acartonado, substituindo a utilização da camurça, o gesso úmido 
foi sendo trocado pelo seco, já passando a ser chamado de parede seca 
(ACARTONA GESSO, 2015). 
Assim, o Acartona Gesso (2015) afirma que a sua produção passou a ser 
realizada com um núcleo de gesso natural, que recebia o revestimento de cartão 
duplex. O conceito principal era bem simples, assim com a maior parte das grandes 
invenções, o que tornou essas placas uma solução inteligente e prática. 
14 
 
Segundo Fersan (2018), a primeira fábrica dessas placas, que são 
encontrados registros, foi Nova Jersey, produzindo para um consumo cada vez mais 
crescente, não só para os Estados Unidos, mas também para o Canadá. 
Posteriormente, a primeira fábrica europeia foi construída em Wallasey, no ano de 
1917. 
A nova chapa tinha boa resistência mecânica, pois reunia resistência à tração 
(proporcionada pelo cartão) e resistência à compressão (proporcionada pelo gesso). 
Com isso, era uma solução vantajosa para substituir a madeira e outros materiais 
até então largamente utilizados na construção civil norte-americana (FERSAN, 
2018). 
Dentro dessas evoluções, os incêndios, bem como as consequências que 
acarretava, foram tomando outro rumo, influenciando, inclusive, em um 
desenvolvimento urbano mais seguro, especialmente para os Estados Unidos, após 
a tragédia pela qual havia passado. Ao mesmo passo, estavam sendo empregadas 
estruturas como tijolos, estruturas metálicas e o drywall para vedação interna 
(FERSAN, 2018). 
Os anos foram passando e as chapas drywall sofreram grandes mudanças, 
as quais visavam torná-las cada vez melhores. Por sua facilidade de montagem, 
com maior rapidez e resistência ao fogo, ocorreu uma larga utilização durante a 
Primeira Guerra Mundial, disseminando-se assim, por grande parte dos países 
europeus (VIVA DECORA, 2018). 
Em pouco tempo, elas foram conquistando cada vez mais espaço na 
construção civil, passando a ser aplicada em grandes obras e projetos, com 
menores custos. Na sequência, os principais países que passaram a adota-la, foram 
Japão e Estados Unidos, propagando-se, posteriormente, em toda a América Latina, 
Ásia, Europa e África (ACARTONA GESSO, 2015). 
A maneira como é conhecida e utilizada no século XXI resulta de anos de 
história, a qual se iniciou há séculos conseguiu estar presente como uma promissora 
solução arquitetônica. Sua chegada ao Brasil ocorreu na década de 1970, tendo o 
médico Roberto de Campos Guimarães como pioneiro, fundando a primeira fábrica 
para esse fim, a Gypsum do Nordeste, em Petrolina, Pernambuco. 
A princípio, o emprego dessas placas era em paredes internas, e devido aos 
seus resultados positivos, passou a ganhar outras aplicações. Porém, 
quantitativamente, os resultados não foram suficientes, e a fábrica passou por um 
15 
 
longo período de dificuldades financeiras, solucionado em 1995, devido a sua 
compra por um grupo francês (FERSAN, 2018). 
No início do século XXI, eram encontradas três fabricas voltadas a produção 
não só das chapas, mas também dos demais componentes utilizados no drywall, 
chegando unidades a cidade de Mogi das Cruzes, em São Paulo, e em Queimados, 
no Rio de Janeiro. Alguns anos depois, também foi inaugurada uma fábrica em 
Juazeiro do Norte do Ceará, e assim, esse produto foi ganhando cada vez mais 
espaço na indústria nacional (FERSAN, 2018). 
Além disso, existem milhares de metros quadrados de placas de drywall 
sendo utilizadas em supermercados, hospitais, lojas de departamento, shoppings, 
edifícios públicos, hotéis e pousadas, conjuntos habitacionais e edifícios 
residenciais, nas mais variadas maneiras. 
Logo que começou a ser utilizado no Brasil, houve a necessidade de sua 
implementação em comércios de materiais para construção, o que por sua vez 
requeria normas especificas, de modo que fossem estabelecidos e mantidos critérios 
de segurança. 
Portanto, foi criado o Comitê Brasileiro de Drywall, e porteriormente a ABNT 
NBR 15758-1/2009 – Sistemas Construtivos em Chapas de Gesso para Drywall – 
Projeto e procedimentos executivos para montagem (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA 
DE NORMAS TÉCNICAS, 2009). 
Segundo Cichinelli (2008),o desenvolvimento dessa tecnologia é muito grande 
no Brasil, entretanto, se comparado o consumo do país, que é de cerca de 1 m² por 
habitante, a cada ano, com países como França, Japão e Reino Unido, consumindo, 
em média, 4 a 5 m² por habitante a cada ano, verifica-se que o drywall ainda é 
pouco utilizado. 
Segundo o Acartona Gesso (2015), a chapa como é conhecida 
contemporaneamente, resulta de séculos de história, com uma tecnologia do 
passado, que setornou parte da vida cotidiana de grande da população, e ainda é 
uma aposta futura, como solução arquitetônica na construção civil, e em todo tipo de 
obra. 
16 
 
3. PROCESSO CONSTRUTIVO COM GESSO ACARTONADO 
 
Fechamentos e divisórias verticais feitas de drywall são constituídas por um 
conjunto entre estrutura de aço galvanizado que prendem placas de gesso 
acartonado, sendo uma técnica construtiva utilizada a mais de cem anos pelos 
Estados Unidos, e cerca de 70 anos pelos países europeus (BONFÁ ET AL., 2013). 
No Brasil é um pouco mais recente, porém tem ganhado espaço rapidamente, 
com uso em larga escalas em diferentes locais. A técnica de prender as placas de 
gesso com parafusos na estrutura de aço galvanizado, proporciona a execução de 
idéias cada vez mais pretenciosas (BONFÁ ET AL., 2013). 
As chapas de gesso têm uma pré-fabricação industrial, que se dá pelo 
processo em que é feita uma laminação continua de uma mistura de aditivo, agua e 
gesso, os quais são colocados entre duas lâminas de cartão. Sua utilização ocorre 
mais comumente na parte interna das construções (BONFÁ ET AL., 2013). 
No mercado, podem ser encontrados diversos tipos de drywall, onde cada um 
possui sua aplicação específica, e podem ser diferenciados pelas suas cores. A 
placa de cor verde tem aditivos fungicidas e silicone, que ao serem misturados com 
o gesso, possibilitam a sua aplicação em áreas molhadas como lavanderia, 
banheiros e cozinha, ou seja, essa é a placa RU – Resistente a Umidade (BONFÁ 
ET AL., 2013). 
Já a placa rosa é do tipo RF – Resistente ao Fogo, pois em sua composição é 
acrescentada a fibra de vidro na fórmula, o que permite que seja utilizado em 
bancadas como as que recebem cooktop e no entorno de lareiras. O terceiro e 
último tipo é a placa branca ou standard – ST, sendo o tipo mais comum, 
comumente empregada em paredes e forros, de ambientes secos (PLACK DRY 
WALL, 2017). 
Em seu processo construtivo, primeiramente é preciso o posicionamento das 
estruturas metálicas, geralmente espaçadas em 60 cm entre sí e, sem seguida, as 
placas de gesso escolhidas devem ser parafusadas nos perfis metálicos. Por ser um 
material um pouco frágil, serve para que sejam feitas manutenções em ambientes 
interiores (ESO, 2014). 
Seu processo de aplicação é sucinto e rápido, e para poder receber 
acabamento, é preciso que se chegue ao ponto considerado ideal da massa, que 
17 
 
seria mais densa do que mole, e em seguida, deve ser aplicada em toda a chapa, 
buscando sempre seu preenchimento uniforme e completo (ESO, 2014). 
Conforme a Eso (2014), sobre a resistência desse material, é de até 10kg de 
carga pontual aplicada, um valor considerado baixo para muitos, porém já são 
utilizadas maneiras de aumentar a resistência, aplicando os pesos de maneira 
distribuída, em pontos distintos, reduzindo a pressão aplicada em cada ponto, 
reduzindo assim a pressão. 
Em casos onde são necessárias cargas maiores ainda, pode-se acrescentar 
atrás dos perfis metálicos, chapas de madeira que se conectam a parede, fazendo 
com que qualquer pressão que seja colocada na placa de gesso passe para a 
madeira e para as estruturas metálicas. Com isso, a carga é elevada para suportar 
até 40 kg pontuais. Para a construção de paredes e divisórias, segundo a ESO 
(2014) os materiais necessários são: 
 Equipamentos de Proteção Individual; 
 Esquadro; 
 Trena; 
 Régua; 
 Laser multidirecional; 
 Giz de cera; 
 Lápis; 
 Plaina; 
 Nível; 
 Espátula; 
 Prumo; 
 Serrote; 
 Máscara; 
 Luvas; 
 Capacete; 
 Oulos; 
 Estilete; 
 Furadeira; 
 Desempenadeira. 
 
18 
 
Segundo Junior (2008), conforme realiza-se a montagem da estrutura em 
drywall, existe uma ordem a ser seguida, na execução dos chamados subprocessos, 
ou seja, só inicia-se uma etapa, se a anterior tiver sido concluida e analisada, 
tornando mais fácil, o reparo de defeitos, antes que causem danos e prejudiquem as 
etapas posteriores. Essa hierarquia pode ser verificada na Figura 2. 
 
Figura 2 – Hierarquia do gesso 
 
Fonte: Silva, 2003 
 
19 
 
Com isso, é perceptível que existe uma dependência entre as ações 
executadas, sendo que antes de iniciar uma etapa subsequente, é preciso verificar a 
anterior. Todas as etapas, em suas respectivas ordens, serão apresentadas em 
subcapítulos na sequência. 
 
3.1. CONDIÇÕES INICIAIS 
 
A implementação do drywall, tem início com o projeto, que precisa estar 
conforme o sistema, estabelecendo os parâmetros mais importantes, como os tipos 
de placa e as espessuras finais, além das medidas para montantes, sempre 
compatibilizando os projetos elétricos, hidráulicos, ar condicionado, luminotecnico, 
acabamento, som, dentre outros, para que sejam verificadas as limitações, prevendo 
as instalações, o que irá ser embutido e as juntas de movimentação (GUIA PLACO, 
2014). 
Segundo Junior (2008), é preciso muita cautela, pois as placas de gesso não 
podem entrar em contato com água durante o processo executivo, seja essa oriunda 
de umidade ou de chuva. É preciso então, proteger as aberturas de portas e janelas, 
bem como as demais atividades que utilizam a água, que preciso estar concluidoz 
antes da instalação do drywall. Em relação ao contrapiso, sua conclusão vai além do 
fato de usar água, pois precisa haver nivelamento, e as saídas de instalações, 
precisam estar devidamente posicionadas. 
Knauf (2014) afirma que logo no canteiro de obras, é preciso cuidado ao 
receber os componentes dessa tecnologia, analisando se estão integros antes de 
realizar a descarga, os paletes que transportam as cargas, precisam possuir 
cantoneira de proteção, e seu empilhamento não pode ser superior a tres paletes, 
em um apoio de largura minimo, de 10cm, com 40 cm de espaçamento. 
 
3.1. GUIAS 
 
Segundo Holanda (2003), guias são perfis metálicos, instalados em 
posicionamento horizontal e fixados no teto, sendo a chamada guia superior, e no 
piso, guia inferior, antes da fixação da guia, indica-se aplicar fita isolante no teto e no 
chão, no local onde haverá contato, controlando a dissipação de som e auxiliando 
para que não ocorra a deformação das paredes quanto a flexão. 
20 
 
A função dessas guias, é dar direcionamento a divisória de gesso, tendo por 
base, pontos de fixação de cargas pesadas e vãos definidos em projeto, sua fixação 
é por meiode parafuso e pino de aço ou bucha, com distancia entre 60 cm e, no 
minimo, tres ponos de fixação, sendo uma tarefa que requer precisão, pois 
determina o posicionamento das divisórias (TANIGUITI, 1999). 
 
3.2. MONTANTES 
 
Segundo Junior (2008), os perfis de aço galvanizado, chamados de guias, são 
fixados na posição vertical, também estruturando a divisória e devendo receber uma 
camada de fita isolante. Precisam ter dimensão de 10mm a menos que o pé direito, 
e como as guias, são fixados com parafuso e pino de aço ou bucha, nas 
extremidades das paredes, e as demais, são parafusadas no interior das guias, 
sendo espaçadas entre 40 e 60 cm. Em casos de montantes duplos, une-se as 
peças com parafusos, observando a distância de 40 cm entre os parafusos. 
 
3.4. REFORÇO PARA FIXAÇÃO DE CARGAS E FECHAMENTO DA PRIMEIRA 
FACE 
 
Segundo Silva (2003), as paredes de gesso acartonado tem uma grande 
resistencia mecanica, sendo que em cada ponto de aplicação, podem aguentar até 
30 kg em todos os pontos de aplicação, assim, em caso de cargas que ultrapassem 
esse limite, deve-se fixar reforços metálicos ou em madeira, devendo esses serem 
previstos em projeto, para que sejam instalados entre a face da divisória e os perfis 
metálicos. 
Antes que as placas de gesso sejam fixadas, é necessário analisar se o projeto 
está indicando aberturas para instalações, e em caso afirmativo, deve ser realizado 
o recorte. A fixação pode ser em diversas camadas, com plaqueamento simples, 
duplo ou triplo. O comprimento das chapas precisa ser 1 cm menorque o pé direito, 
com folga na parte inferiorm para que não ocorra absorção da umidade do chão 
(KISS, 2000). 
Em relação as juntas, Filho (1997) afirma que precisam ficam rebaixo com 
rebaixo ou topo com topo, sem deixar existirem saliencias no acabamento entre as 
chapas, no caso de chapas duplas, devem desenvontar com as chapas do lado 
21 
 
oposto, e no caso de chapas de segunda camada, precisam ser defadas em relação 
a primeira. Seu aparafusamento deve ser conforme Figura 3 abaixo. 
 
Figura 3 - Aparafusamento 
 
Fonte: Diniz, 2015 
 
3.5. TRATAMENTO DE ARESTAS E DE JUNTAS 
 
Conforme as afirmações de Silva (2003), o tratamento das juntas diz respeito 
a aplicação de massa especial, na região de junta e na cabeça de parafusos. Inicia-
se aplicando uma boa camada de massa no rebaixo entre placas, utilizando-se de 
uma espátula, ficando com cerca de 10 cm de comprimento. Depois, aplica-se uma 
fita de papel sobre a massa, e o excesso das laterais é retirado. Comprime-se a fita, 
e recobre-a com massa, bem como a cabeça dos parafusos. Após secagem, recobre 
a junta com acabamento. 
 
3.6. INSTALAÇÕES PREDIAIS 
 
As tubulações precisam ser realizadas através de eletrodutos flexíveis, rígidos 
ou metálicos, sendo isoladas pelos perfis metálicos, evitando corrosão. No caso de 
as tubulações possuírem diâmetros grande, deve-se utilizar paredes com dupla 
estrutura, e se precisar passar instalações de gás, elétricas, combate a incêndio oi 
22 
 
reforços para a fixação de armários, bancadas e lavatórios, precisam ser 
acrescentados antes que a segunda divisória seja fechada (CAMPOS, 2006). 
Segundo Taniguiti (1999), entre o painel e os pontos de saída, as aberturas 
precisam receber vedação com selante elastomérico, e no caso de terem arestas 
cortante, é preciso protege-las com peças plásticas, evitando que os eletrodutos e a 
fiação sofram danos. 
Fixam-se os pontos de saída diretamente nas placas, fazendo uso de peças 
destinadas a esses sistemas, ou em caso de ser na estrutura do painel, deve-se dar 
preferência ao sentido vertical, para que não ocorram recortes no montante, e por 
consequência, redução ou perda completa da sua resistência prevista (TANIGUITI, 
1999). 
 
3.7. FECHAMENTO DA SEGUNDA FACE 
 
De acordo com Junior (2006), esse fechamento só deve ser realizado, depois 
de todas as instalações, os reforços e as aplicações do isolante termo acústico, 
estiverem sido finalizados. Esses mesmos requisitos devem ser considerados para o 
fechamento da primeira face, sendo que nesse caso, é preciso atentar-se para dois 
fatores: 
1) Realizar a limpeza das chapas; 
2) Ter cuidado para não perfurar a instalação. 
 
3.8. REVESTIMENTO 
 
O último passo a ser executado, é a aplicação dos revestimentos, sendo que 
a Abragesso (2015) afirma que existe uma enorme precisão nas medidas do drywall, 
conferindo-lhe uma qualidade de acabamento inigualável, lisa com perfeição, e 
possibilitando que qualquer tipo de acabamento seja aplicado, podendo ser alguns 
exemplos: 
 Texturas; 
 Pinturas; 
 Pastilhas; 
 Granito; 
23 
 
 Mármore; 
 Azulejo; 
 Lambris de madeira; 
 Papeis de parede. 
 
De acordo com Kiss (2000), quando realiza-se o tratamento dos cantos e das 
juntas, já torna-se possível aplicar o revestimento nessas paredes, no caso de 
azulejos, esses precisam ser fixados com argamassas colantes especiais, que 
possuem um maior teor de resina e, consequentemente, fornecem maior 
flexibilidade e aderência. No caso das pinturas, não se pode dissolver as tintas sobre 
fundo selador. 
24 
 
4. VANTAGENS E DESVANTAGENS DE UTILIZAÇÃO 
 
Como nos demais métodos construtivos, o drywall apresenta muitas 
vantagens e também desvantagens, começando pelas vantagens, o seu peso é 
inferior ao da alvenaria, o que dispensa ou diminuiu a utilização de pilares e vigas, 
deixando menor também a carga final que a estrutura vai exercer na edificação 
(MAPA DA OBRA, 2018). 
Para Maldonado (2011), o sistema Drywall apresenta uma gama de aspectos 
que trazem muitos impactos positivos, sendo de maneira geral, o desempenho 
acústico, ganho de produtividade, redução de peso, flexibilidade de layouts, muitas 
possibilidades estéticas e a diminuição dos espaços ocupados pelas paredes. Além 
disso, é considerada como uma construção racionalizada, compreendendo 
atividades a serem executadas uma única vez. 
Essas atividades, requerem menos espera e trabalho que quando utilizam-se 
alvenarias, atendendo mais facilmente as normas, agregando-se esses fatores com 
viabilidade financeira e benefícios físicos, que agregam retornos no custo global de 
uma obra (JUNIOR, 2008). 
Seguindo essa ideia, Silva (2003) afirma que a execução com essa técnica é 
muito rápida, e essa agilidade tem início já em decorrência dos materiais utilizados, 
que são pré-fabricados, adquiridos conforme a normatização. O transporte em obra 
é mais simplificado que no caso de alvenaria, pois além de ágil, reduzindo transporte 
horizontal e vertical e, com isso, a mão de obra, é mais limpo. 
O processo de montagem é rápido, e não são geradas grandes quantidades 
de poeira e entulho, já que podem ser posicionados exatamente nas medidas do 
local. Sua finalização também é mais fácil, já que podem ser aplicados diversos tipos 
de acabamento, como: texturas, pinturas, pastilhas, azulejo, granito, mármore, 
lambris de madeira, papel de parede, entre outros (PEREIRA, 2019). 
Como os materiais chegam separados, em paletes ou feixes, torna-se mais 
fácil seu manejo e estocagem, já favorecendo para que não ocorram grandes 
desperdícios, junto a isso, durante a montagem desse sistema ocorre o mesmo, não 
sendo gerados desperdícios ou entulhos, pois requer aplicação dos materiais 
utilizados nas alvenarias (VIEIRA, 2006). 
Dependendo como foi projetada a estrutura interna, o drywall pode ser um 
excelente isolante térmico e acústico, com ótima resistência ao fogo e não propaga 
25 
 
as chamas, já que seu peso tem 20% de composição por água. Há alguns modelos 
de placa que trabalham com maior desempenho quanto a “resistência ao fogo” 
(VIEIRA, 2006). 
Para Grotra (2009), esse sistema se sobressai pelo fato de sua camada 
interna ser somente ar, transmitindo menor som, ou seja, tem uma grande 
capacidade de isolamento, que pode se tornar ainda melhor, se forem 
acrescentados material absorvente ou mais placas, fazendo com que mais energia 
seja perdida. Em relação a material absorvente, o mais usual é a lã de vidro, que é 
ainda, considerado como um dos melhores. 
Segundo Catai, Penteado e Dalbello (2006), o desempenho desse material é 
muito satisfatório, pois atende as especificações mais exigentes, sendo um exemplo, 
a utilização para separação de salas de cinemas de shopping, que em sua grande 
maioria, são executadas em drywall, e a imensa quantidade de pontos elétricos e 
juntas, pode prejudicar o desempenho esperado pela parede. 
Ainda conforme Catai, Penteado e Dalbello (2006), assim, quando as obras 
requerem grande capacidade de isolamento acústico, essa técnica é mais vantajosa, 
pois seu controle tecnológico é elevado, atendendo as necessidades sem que a 
espessura da parede seja aumentada. 
Como esse sistema pode ser formado pela combinação de componentes 
isolantes, essas podem ser protegidas pelas Chapas Resistentes ao Fogo, que são 
conhecidas como chapas rosas, compostas com retardantes de chama, além do fato 
de que o gesso já é muito indicado em áreas especiais, como locais enclausurados 
e saídas de emergência (CAMPOS, 2006). 
Devido ao fato de paredes feitas de alvenaria serem mais finas que as de 
alvenaria, existe um ganho de espaço, que podem chegar até 5%, são cerca de 9 
cm, contra 14 cm no caso de alvenarias, e por serem leves e resistentes, também 
são versáteis, permitindo que sejam feitas perfurações para apoiar armários, TVs, 
estantes, suportes, entre outros (MAPA DA OBRA, 2018).Quanto ao peso dessas estruturas, Silva (2003) conta que no caso de uma 
parede convencional, em alvenaria, o peso costuma ser de 180 kg/m², enquanto no 
sistema de drywall, esse valor cai para 25 kg/m², e com isso, pode-se reduzir em 
aproximadamente 20% o peso total da carga de uma estrutura, o que, por sua vez, 
influencia nos custos finais da edificação, que nesse caso, podem variar entre 20 e 
30%. 
26 
 
Ceotto (2005) aborda a agilidade de execução, que nesse caso, requer 
menos tempo de trabalho se comparado com a alvenaria, elevando não somene a 
produtividade, mas também a qualidade relacionada as condições de trabalho, não 
sendo movimentadas grandes cargas nem masueado produtos químicos, tornando 
quase nulas as chances de acidentes de trabalho. Considera-se ainda, que a equipe 
é reduzida, economizando com alojamento, higiene, equipamentos de segurança, 
dentre outros serviços de apoio. 
Quanto a sua versatilidade, o Guia Placo (2014) afirma estender-se até as 
opções para revestimentos, tanto em relação a variedade dos que podem ser 
aplicados, quanto a execução. Também torna-se mais fácil a mudança das 
instalações e de layouts. 
Ceotto (2005) afirma que em relação as instalações prediais, as paredes 
executadas por meio do gesso acartonado são mais fáceis de serem alocadas, e 
devido ao fato de serem ocas, também são mais simples de alojar os sistemas 
prediais, possibilitando ainda, que sejam feitas alterações futuramente, sem que seja 
necessário realizar cortes nas placas, já que sempre existirá espaço livre entre as 
mesmas, para que sejam passos os eletrodutos e as tubulações. 
Benevengo (1999), tem seu principal enfoque, nas instalações elétricas, pois 
devido ao seu crescimento e ganho de espaço no mercado, já podem ser 
encontrados interruptores e tomadas específicos para fixação nessas placas, com 
formato mais adequado, e contendo presilhas que permitem serem presos nas 
chapas sem que haja necessidade de furos. 
Sobre desempenho estrutural, Campos (2006) define como a capacidade que 
o sistema possui, que permitem resistir aos esforços a que são solicitados, sendo 
que os projetos estruturais precisam ter a análise para considerar todas as ações 
provenientes de carregamentos permanentes, ou seja, peso próprio, solicitações 
horizontais, que são as ações do vento, e sobrecargas devido ao uso. 
Filho comenta um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisas Tecnológicas 
de São Paulo, onde verificou-se que todas vedações verticais em drywall, atribuibas 
conforme a ABNT NBR 15758, suprem o que determina a Norma de Desempenho, 
em relação a resistência estrutural e estabilidade, fissuração e deslocamento; 
solicitações de cargas oriundas de peças suspensas; ações decorrentes dos 
impactos nas portas; e impacto de corpo duto e mole (CAMPOS, 2006). 
Em um panorama geral acerca das vantagens, a chapa de gesso acartonado 
27 
 
proporciona um custo final significativamente menor que de alvenarias, em obras 
residenciais, industriais e comercial, pois também é reduzido o volume da mão-de-
obra, do tempo de trabalho e o desperdício de materiais. Conforme testes de 
institutos como o IPT, é imune a ataques por insetos e fungos, não propaga o fogo e 
é um ótimo isolante acústico e térmico (PEREIRA, 2019). 
Outra característica marcante é a sua estabilidade, pois essa não dilata e nem 
contrai, sendo ainda flexível e com alta resistência mecânica. As placas de drywall 
são mais leves que os demais materiais utilizados em paredes e divisórias e facilitam 
o acabamento, não precisando serem realizados o chapisco, reboco e a massa fina, 
agilizando e facilitando a montagem (PEREIRA, 2019). 
Quanto aos custos com essas placas, é um ponto muito importante de ser 
levado em conta em relação a vantagens e desvantagens. As placas de drywall do 
tipo standart possuem um custo médio de R$ 15,00 por metro quadrado. Já aquelas 
com maior resistência ao fogo, apresentam um custo médio de R$ 20,00 por metro 
quadrado (MAPA DA OBRA, 2018). 
De acordo com o Mapa da Obra (2018), por fim, deve-se salientar entre as 
vantagens, o fato de que as paredes de drywall facilitam e permitem as instalações 
elétricas e hidráulicas, por meio do sistema de aparafusamento em perfis de aço 
galvanizado e de fixação em tetos. 
Porém, além de tantas vantagens, o gesso acartonado também apresenta 
desvantagens, dentre as quais, pode-se ressaltar sua menor resistência a impactos 
grandes, por exemplo, se uma parede ou divisória receber o impacto de um peso 
maio que 40 kg, podem ocorrer danos e até o rompimento da estrutura (PEREIRA, 
2019). 
Mesmo a placa da cor verde, que é produzida para resistir a umidade, não é 
recomendado a utilização de placas de drywall para resistir as intempéries do tempo, 
o que limita seu uso para ambientes internos. A sua instalação e manutenção, 
mesmo que a princípio pareçam algo simples, requerem mão de obra adequada e 
especializada, pois devido ao fato de ser recente no país, exige um alto 
conhecimento (PEREIRA, 2019). 
Podem ocorrer também, fissuras ou trincas após sua instalação, decorrentes 
de erros de execução ou de utilização posterior inadequada, as quais exigem 
reparos com massa para juntas. Se os danos forem reultado de ação da umidade, 
faz-se necessária a troca das placas afetadas (MAPA DA OBRA, 2018). 
28 
 
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
As mudanças fazem parte do cotidiano de toda a sociedade, porém, existem 
processos que demandam um maior tempo para adaptação, o que pode estar 
ocorrendo com a utilização do sistema drywall, que como é explanado nessa 
pesquisa, surgiu da necessidade de melhorar os fechamentos verticais no setor da 
construção civil, a partir de um incêndio que ocorreu a décadas, em Chicago, nos 
Estados Unidos. 
Assim, essa tecnologia trouxe consigo um novo conceito, que apesar de 
possuir algumas desvantagens, sobressai-se significativamente por suas vantagens, 
sendo a primeira a ser observada, é o fato de que não propaga as chamas em casos 
de incêndios, além de ser mais leve, de rápida execução, aumentando a 
produtividade, ter um bom desempenho acústico, possibilitar uma gama de layouts e 
reduzir o espaço que as paredes ocupam. 
Em relação ao seu custo, em uma análise básica realizada no presente 
estudo, é de cerca de R$ 15,00 por metro quadrado, enquanto a alvenaria custa 
cerca de R$ 20,00 por metro quadrado. Além do custo na execução, também tende 
a reduzir o custo com fundação, já que o peso próprio da estrutura também acada 
diminuindo. Em relação a sua desvantagem, pode-se salientar a menor resistência 
em comparação com a alvenaria convencional. 
 
 
29 
 
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