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1 Dignidade humana

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DIGNIDADE HUMANA, ESPECIFICIDADES E FUNDAMENTOS DOS 
DIREITOS HUMANOS
1
 
 
 
 DIGNIDADE: 
Dignidade: raiz da palavra: dignus, que possui honra ou importância. 
SÃO TOMÁS DE AQUINO: qualidade inerente a todos os seres humanos, o que 
nos separa dos demais seres e objetos. 
Substância de maneira individual e racional. 
Centro da criação (imagem e semelhança). 
IMMANUEL KANT: preço (substituível) e dignidade (insubstituível). 
Cada indivíduo é um fim em si mesmo. 
Qualidade intrínseca e distintiva da cada ser humano. 
 
TIPOS DE DIGNIDADE? 
 Dignidade de mérito 
Título, nome, nascimento, cargo? 
Dignidade é temporal e instável? 
 Dignidade de estatura moral 
Depende do mérito de acordo com o convívio social e os contratos 
estabelecidos? 
 Dignidade de identidade 
Devo me reconhecer como ser humano para ser digno? Incapazes? Mortos? 
 Dignidade Menschenwurde (humana universal) 
Proteção contra todo o tratamento cruel, degradante e discriminação odiosa. 
(não importa nacionalidade, sexo, opção política, credo etc.). 
Conteúdo ético. 
Princípio da dignidade da pessoa humana. 
Positivado no ordenamento jurídico brasileiro (CF, art. 1º, III). 
PRINCÍPIO CONFORMADOR DE TODO O SISTEMA BRASILEIRO. 
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de 
Direito e tem como fundamentos:I - a soberania; II - a cidadania; III - a dignidade da 
pessoa humana; 
 
 
NA CONSTITUIÇÃO DE 1988: 
Art. 170: ordem econômica assegurar a todos uma existência digna 
Art. 226, § 7º planejamento familiar 
 
1
 Anotações do professor Ricardo Burrattino Félix. Anotações que serviram de referências na aula 
expositiva. Este material não é apostila, tampouco texto acadêmico. Enviadas aos alunos em razão da 
solicitação dos mesmos. Não substitui consulta à doutrina e jurisprudência. 
Art. 227 criança, adolescente ao jovem 
Art. 230 amparo aos idosos 
 
 
Reconhecimento da PESSOA HUMANA COMO CENTRO E FIM DO DIREITO. 
VALOR BÁSICO de um Estado democrático 
O Direito das pessoas não serem tratadas de forma indigna é comum a todas as 
comunidades, mas a interpretação da indignidade difere de acordo com o local e a 
época. (Ronald Dworkin, Domínio da vida) 
 
VALORES: 
Dignidade é uma qualidade intrínseca (inerente) da pessoa humana. Não pode ser 
alienada, renunciada. Independe de circunstâncias concretas. 
Preexiste ao direito. 
Direito é mero protetor e promotor. 
Art. 1º DUDH: Todos os homens nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São 
dotados de razão e consciência e devem agir em relação uns aos outros com espírito de 
fraternidade. 
 
LIBERDADE: Autonomia e autodeterminação 
Limite e tarefa dos poderes estatais e da comunidade internacional (preservação e 
promoção). 
Dimensão defensiva e prestacional 
Todo aquele que perder sua capacidade de autodeterminação ainda deve ser tratado 
com dignidade 
A Dignidade da pessoa humana é o fim maior do Estado e da sociedade. 
Direito de reconhecimento, respeito, proteção, promoção, desenvolvimento da 
dignidade. Exigência digna. 
Não poderá ser por ela própria um direito fundamental. 
Observância dos direitos: à vida; à honra; ao nome; às condições mínimas para uma 
existência com liberdade, autonomia, igualdade e solidariedade. 
 
 
FUNDAMENTOS DOS DIREITOS HUMANOS 
 FUNDAMENTO JUSNATURALISTA: 
Corrente de pensamento jurídico. 
Conjunto de normas vinculantes anterior e superior ao sistema de normas 
fixadas pelo Estado (direito posto). 
Origens: religioso e racional 
 POSITIVISMO NACIONALISTA 
Consolidação do Estado constitucional. 
Normas positivadas e hierarquizadas. 
Pressuposto de validade está na edição conforme regras estabelecidas na 
Constituição. 
Validade formal e previsão no ordenamento jurídico posto. 
Necessidade de prescrição de normas internas para serem exigíveis em face do 
Estado. 
 
JUSNATURALISTAS X POSITIVISTAS 
 Jusnaturalistas: superioridade das normas não escritas e inerentes a todo ser 
humano. 
 Positivistas: norma posta e previsão no ordenamento jurídico. 
 
TEORIAS DE INTERPRETAÇÃO 
 utilitaristas: Jeremy Bentham e John Stuat Mill: cidadãos cumprem lei e 
compromissos com foco em futuras vantagens. Avaliação dos atos em razão de 
suas consequências. 
 socialistas, comunistas: luta de classes. Opressores (detentores dos meios de 
produção) X Oprimidos (os que não têm o os meios de produção). 
 Reconstrução no Sec. XX. Afirmação da Era dos Direitos (Norberto Bobbio). 
 
ESPECIFICIDADES DOS DIREITOS HUMANOS 
 CENTRALIDADE: jusfundamentalização. 
Plano interno (positivação dos direitos fundamentais). 
Plano internacional (reconstrução com a universalização após atrocidades das duas 
guerras mundiais). 
 UNIVERSALIDADE: todos os seres humanos, não importando qualidades 
adicionais. Processo de internacionalização dos DDHH. DUDH. 
 INERÊNCIA: pertencimentos desses direitos a todos os membros da espécie 
humana. 
 TRANSNACIONALIDADE: Edição da DUDH. Depende do reconhecimento 
por parte dos Estados 
 INDIVISIBILIDADE: reconhecimentos a todos. Direito apresenta unidade 
incindível em si; não é possível proteger apenas alguns direitos. Todas as 
dimensões. 
 INTERDEPENDÊNCIA E UNIDADE: todos os direitos contribuem para a 
realização da dignidade humana 
 NÃO EXAUSTIVIDADE: necessidade de expansão do rol dos DDHH e 
fundamentabilidade. 
Plano internacional e nacional. Art.5º, §2º. Os direitos e garantias expressos 
nesta Constituição não excluem outros decorrentes do regime e dos princípios por ela 
adotados, ou dos tratados internacionais em que a República Federativa do Brasil seja 
parte. 
 IMPRESCRITIBILIDADE: não se perdem pela passagem do tempo 
 INALIENABILIDADE: não se vendem. Impossibilidade de atribuição 
pecuniária 
 INDISPONIBILIDADE: não renúncia. Não abrir mão da condição humana. 
 PROIBIÇÃO DE RETROCESSO 
Efeito cliquet: Vedação da eliminação da concretização já alcançada de 
proteção. Admite-se apenas o aprimoramento da proteção. 
Entrenchnet: preservação do mínimo necessário já concretizado. Impede a 
supressão normativa ou diminuição de proteção. 
 PROTEÇÃO CONTRA EFEITOS RETROATIVOS: Ofensa ao ato jurídico 
perfeito, à coisa julgada e ao direito adquirido

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