Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
PONTO DE EQUÍLIBRIO Acadêmicos: Bruno Ramos da Silva Caldas Elaine Lima Ramada Josevaldo Barbosa de Jesus Júnior Vagner Souza Rodrigues Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI Curso (Administração) – Prática do Módulo III 23/04/2018 RESUMO O presente artigo tem como principal objetivo mencionar o conceito de Ponto de Equilíbrio, neste trabalho foi utilizado à prática simulada e foi obtido o resultado de qual a função do Ponto de Equilíbrio, que se trata de um exercício simples e de fácil entendimento. O Ponto de Equilíbrio nasce da conjunção dos custos totais com as receitas totais onde o total das receitas é igual ao total das despesas. Até esse ponto, a empresa esta tendo mais Custos e Despesas do que Receitas, encontrando-se, por isso, na faixa de Prejuizo. Embora tanto o planejamento e de tomada de decisões. Seu ponto de equilibro será obtido quando a soma das Margens de Contribuição totalizar o montante suficiente para cobrir todos os Custos e Despesas. Palavras-chave: Controle, Lucro e Prejuízo INTRODUÇÃO A análise mais básica da técnica “custo lucro volume” calcula o ponto de equilíbrio mensal. O ponto de equilíbrio representa a quantidade de produtos produzidos e vendidos ou o nível de atividade da organização para o qual os gastos (custos + despesas) se igualam às suas receitas. Em outras palavras, o ponto de equilíbrio serve para calcular o volume de negócios que a organização deve realizar para atingir o equilíbrio, ou seja, não ter lucro nem prejuízo. O volume de negócios no ponto de equilíbrio pode ser calculado tanto em unidades de produtos como em unidades financeiras. Quando as empresas trabalham com mais de um tipo de produto, o que é mais provável que aconteça, o ponto de equilíbrio, quando calculado em unidades de produtos, considera um valor médio de custo e preço de venda para cada unidade. Os principais objetivos são: 1. Esclarecer as principais funções do Ponto de Equilíbrio; 2. Identificar os tipos de Pontos de Equilíbrio: Contábil, Financeiro e Econômico; 3. Demonstrar o patamar em que a empresa se enquadra apresentando lucros ou prejuízos; DESENVOLVIMENTO O Ponto de Equilíbrio (também denominado Ponto de Ruptura — Break-even Point) nasce da conjugação dos Custos e Despesas Totais com as Receitas Totais. Conforme Martins (2010, p.185) “Numa economia de mercado, têm uma representação macroeconômica também não linear; isto é, para o mercado como um todo — de computadores, por exemplo —, tende a haver uma inclinação para menos, já que cada unidade adicional tenderia a ser capaz de produzir menor receita.” Para uma empresa em particular, é quase certo que isso não ocorra, por ter ela um preço relativamente estável para seu produto, fazendo com que sua receita total seja tal preço vezes o número de unidades vendidas; com isso, sua representação seria de fato linear: Fonte: MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.185 As alterações de preços provocariam o mesmo impacto que sobre os Custos Variáveis, isto é, inclinando para mais ou para menos a curva. Simplificando nossas visualizações e admitindo como absolutamente lineares as representações tanto das Receitas quanto dos Custos e Despesas, teremos a seguinte reprodução gráfica do Ponto de Equilíbrio Fonte: MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. P.186 Até esse ponto, a empresa está tendo mais Custos e Despesas do que Receitas, encontrando-se, por isso, na faixa do Prejuízo; acima, entra na faixa do Lucro. Esse ponto é definido tanto em unidades (volume) quanto em reais. Suponhamos uma empresa com os seguintes dados: · Preço de Venda = $500/un. · Custos + Despesas Variáveis = $350/un. · Custos + Despesas Fixos = $600.000/mês A empresa obterá seu ponto de Equilíbrio quando suas Receitas Totais equalizarem seus Custos e Despesas Totais: Fonte: MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. p.186 Ou seja, Para sua transformação em reais de Receitas Totais, basta fazer: 4.000 un./mês x $500/un./$2.000.000/mês, que é o Ponto de Equilíbrio em reais. Realmente, quando houver esse volume de vendas, teremos como Custos e Despesas Totais: com resultado então igual a zero. A partir da unidade de número 4.001, cada Margem de Contribuição unitária que até aí contribuía para a cobertura dos Custos e Despesas Fixas passa a contribuir para a formação do lucro. Logo, 4.100 unidades produzidas e vendidas darão um lucro equivalente à soma das Margens de Contribuição das 100 unidades que ultrapassaram o Ponto de Equilíbrio: 100 un. X $150/un. = $15.000 Comprovemos: Receitas Totais: 4.100 un. x $500/un. $2.050.000 (—) Custos e Despesas Totais: Variáveis: 4.100 un. x $350/un. $1.435.000 Este cálculo só é válido, no Custeio por Absorção, quando a produção for igual à venda, em termos de unidades, e não houver estoques finais; caso contrário, haverá sempre o problema dos Custos Fixos mantidos em estoque que provocarão distorções, ora para mais, ora para menos. No Custeio Variável, o Resultado será sempre igual ao calculado em função dessas relações entre o Custo e o Volume. (Para comprovação, veja o exemplo no Capítulo 17, comparando o Quadro 17.2 com o 17.3, e calculando o ponto de equilíbrio para aqueles valores.) No Custeio por Absorção, o Resultado será o calculado pelo Ponto de Equilíbrio (ou Custeio Variável) menos os custos fixos do estoque anterior mais os do estoque final. “Não há dúvida de que o custeamento por absorção é o método geralmente aceito d contabilidade para os custos fixos de fabricação para as finalidades de avaliação de estoque e para a determinação do lucro que aparecerá nas demonstrações financeiras legais e para a determinação do lucro real” (LEONE, 2000, p.454). Ponto de Equilíbrio Contábil, Financeiro e Econômico O cálculo do ponto de equilíbrio é um dos métodos mais importantes para um bom controle financeiro de qualquer negócio. Com ele é possível entender a quantidade de vendas que precisam ser realizadas para que o as receitas igualem os custos e despesas, resultando em lucro zero. Contudo, existem três variações do cálculo de ponto de equilíbrio que pode ser importante conhecer. Veja abaixo: · Ponto de Equilíbrio Contábil · Ponto de Equilíbrio Financeiro · Ponto de Equilíbrio Econômico Para fazer o cálculo desses três métodos, você pode levar em consideração sues dados contábeis ou gerenciais, de acordo com a sua realidade e disponibilidade de informações. Antes de entrarmos nas diferenças de cada um, vale à pena lembrar o conceito de margem de contribuição, essencial para o cálculo dessas três variações do break even point, que é o preço de venda unitário menos os custos diretos para a produção de um produto ou prestação de um serviço. Ponto de Equilíbrio Contábil Esse é o método mais utilizado e mostra para você a quantidade de vendas necessárias para que o seu lucro seja zero. · Lucro = Zero · Fórmula: PEC = Gastos Fixos / Margem de Contribuição · Vantagem: Levam em consideração seus demonstrativos contábeis para te mostrar exatamente o quanto você precisa vender para ficar com lucro zero. Ou seja, qualquer quantidade abaixo desse valor deverá ser inaceitável para o seu negócio, pois irá resultar em prejuízo. Ponto de Equilíbrio Financeiro ou de Caixa Também é conhecido como ponto de equilíbrio de caixa por alguns autores e não leva em consideração a depreciação e a amortização, fatores que diminuem o lucro contabilmente, mas que gerencialmente não representam saída de caixa do seu negócio. · Lucro = Zero – Depreciação · Fórmula: PEF = (Gastos Fixos – Gastos não Desembolsáveis) / Margem de Contribuição · Vantagem: O cálculo não leva em consideração gastos que não vão sair do seu caixa, te mostrando exatamente quanto você precisa vender para ficar com o lucro zerado. O único problema dessa abordagem é que ela não te prepara para momentos de troca de máquinas ou equipamentos que precisarão ser trocados no futuro. Ponto de EquilíbrioEconômico Nesse caso, a empresa determina um lucro mínimo desejado para se embutir no cálculo, representando uma remuneração ao capital investido nela. Na prática, esse cálculo sempre deveria ser utilizado em conjunto com o ponto de equilíbrio contábil, já que existem sempre dois parâmetros de análise financeira, quanto vender para não ter prejuízo e quanto vender para lucrar o desejado. · Lucro = Zero + Remuneração do Capital Próprio · Fórmula: PEE = (Gastos Fixos + Lucro Desejado) / Margem de Contribuição · Vantagem: O cálculo já leva em consideração o quanto você quer de lucro, te ajudando a entender a quantidade de produtos ou serviços que precisam ser vendidos para você ter retorno. Exemplo de Cálculo do Ponto de Equilíbrio Contábil, Financeiro e Econômico Imagine os seguintes dados da sua empresa: · Preço de Venda = R$400 · Custos Diretos = R$200 · Gastos Fixos = R$20.000 · Depreciação = R$2.000 · Custo de Oportunidade = R$5.000 Os cálculos do ponto de equilíbrio contábil, ponto de equilíbrio econômico e ponto de equilíbrio financeiro. Antes de entrar em cada uma das fórmulas, vale a pena já fazer o cálculo da margem de contribuição que será utilizada: · MC = Preço de Venda – Custos Diretos = R$400 – R$200 = R$200 Vamos ver cada uma das contas: · Ponto de Equilíbrio Contábil: PEC = R$20.000 / R$200 = 100 unidades · Ponto de Equilíbrio Financeiro: PEF = (R$20.000 – R$2000) / R$200 = 90 unidades · Ponto de Equilíbrio Econômico: PEE = (R$20.000 + 5000) / R$200 = 125 unidades Aplicações gerenciais do ponto de equilíbrio Esses cálculos podem ser feitos utilizando seus demonstrativos contábeis ou gerenciais. Eu particularmente prefiro uma abordagem gerencial, com o uso de uma planilha de cálculo de ponto de equilíbrio que utilize os números mais importantes do seu negócio e te dê uma resposta clara de qual deve ser a quantidade de vendas realizadas, a determinado preço, para empatar receitas e gastos. CONSIDERAÇÕES FINAIS A analise do ponto de equilíbrio e a alavancagem operacional é de suma importância para as organizações, tendo em vista seus reflexos diretos no auxilio da formação do resultado final da empresa. Apesar da existência de limitações, a analise do ponto do ponto de equilíbrio e determinação da Alavancagem Operacional, estas ocupam um papel importante como ferramentas gerenciais, podendo e devendo ser ajustadas sempre que o modelo projetado sofrer alterações internas ou externas no que tange a estrutura das Receitas x Gastos (variáveis e Fixos). Mediante a analise o gestor poderá tomar decisões que produzirão o aumento da rentabilidade e a redução do risco operacional e conforme exemplificado neste artigo, a melhor decisão será adotar uma menor margem de contribuição para o produto ocasionada um aumento da margem de segurança, com respectiva redução do risco adotando-se um menor índice de alavancagem. O gestor deve estar consciência que o mercado em geral adota a característica elástica, e uma margem elevada de alavancagem acarretará também em um maior risco para a empresa. Vale enfocar que a partir de dados seguros de mercado, e dependendo do tipo de produto que estiver sendo lançado, a empresa poderá sair de uma política conservadora, para uma mais agressiva, e neste caso a mesma aumentará o índice de alavancagem operacional, ressaltamos, entretanto que para esta decisão o gestor deverá estar munido de uma gama de informações para tomar esta decisão que provocará um maior risco para a Empresa. Com relação aos dados apresentados, os mesmos não representam a totalidade de produtos da empresa, o que não inviabiliza o estudo uma vez que houve rigor na seleção dos produtos. O Intuito foi demonstrar a eficiência da aplicação do estudo de custo volume lucro a partir de dados reais, propondo para futuras pesquisas a analise compreendendo a totalidade de produtos. Apesar de não ter sido aplicado na pesquisa, ao considerar uma amostra maior o pesquisador poderá utilizar a técnica estatística de regressão, principalmente quando os dados forem estimados. REFERÊNCIAS: BERTI, Anélio. Contabilidade e Análise de Custos: Teoria e Prática. 2. ed. Curitiba: Juruá, 2009. LEONE, George S. Guerra. Custos: Planejamento, Implantação e Controle. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. MARTINS, Eliseu. Contabilidade de Custos. 10. ed. São Paulo: Atlas, 2010. MARION, Jose Carlos. Contabilidade Básica. São Paulo: Atlas, 1998. 7 HORNGREN, Charles T. Introdução a Contabilidade Gerencial. Rio de Janeiro: Pretence-Hall do Brasil Ltda.
Compartilhar