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RESUMO – Drogadição · 4% de prevalência em UK · 31% de homens e 21% das mulheres já excederam o limite semanal de baixo risco para uso de álcool · Esse limite é: 21 doses para homens, 14 para mulheres · Uso perigoso danos físicos e mentais · Físicos (cirrose por álcool, flebite por heroína) · Mentais (psicose etc.) · Dependência ter pelo menos 3 dos seguintes: · Perda de controle · Compulsão ou craving · Tolerância · Abstinência, usa para evitar sintomas · Nega prazeres alternativos · Risco de dependência fatores genéticos (50-60%) + personalidade + sociais · Carga genética define as complicações do abuso de álcool · Relacionado a formação e função de enzimas do CYP450 (relação com metabolização do álcool) · Álcool também estimula muito o sistema de recompensa · Uso excessivo da Recompensa causa exaustão reduz captação pré-sináptica reduz DA na fenda sináptica reduz ativação dos receptores pós-sinápticos Fase tardia: atrofia dessa área · Não há paciente típico para abuso (tem que fazer anamnese) · Há o teste FAST para problemas com uso de álcool (8 drinks para homens e 6 para mulheres é o limite) · Alcoólatras tem aumento de gama-GT e TGP, mais do que TGO · Álcool afeta muito o julgamento (mais do que maconha) ACOMETIMENTO PELO ÁLCOOL SINTOMAS AGUDOS · Intoxicação sintomas dependem da concentração de álcool no sangue Paciente mantém conversa com muito álcool no sangue indício de dependência grave Emergência com RNC cheirando a álcool excluir causas neurológicas · Síndrome de retirada associada a dependência Resulta de mudanças compensatórias após uso prolongado do álcool: 1. Down regulation em receptores GABA-A 2. Up regulation em receptores NMDA Tratamento: BZD (Trata convulsão e delirium tremens) e Clorodiazepóxido · DELIRIUM TREMENS ocorre em 5% dos pacientes hospitalizados - Costuma ocorrer 3 dias após parar de beber - Sintomas: Perturbação da consciência, alterações cognitivas, muitos sintomas autonômicos (suor, náuseas, palpitação, tremor - Antes do DT, paciente fica agitado, com ilusões, distratabilidade - Tratamento: BZD associados a Haloperidol (causa muito efeito extrapiramidal; uso em último caso) · CONVULSÕES Ocorrem sobretudo após retirada do álcool - Podem ocorrer por beber muito ou por parar de beber - 6-48 h após último uso do álcool - Geralmente autolimitante, mas pode gerar epilepsia - Sintomas de retirada aumentam progressivamente, com maior risco de convulsões de retirada - Pacientes com hepatopatias déficit na produção de ptns. déficit na coagulação hemorragias intracranianas pode causar epilepsia · SÍNDROME DE WERNICKE-KORSAKOFF Baixos níveis de tiamina (vit. B1) - Álcool reduz absorção de tiamina, ou alcoólatras tem dieta pobre nela - Tiamina é cofator para enzimas que metabolizam glicose - Por isso tem que dar tiamina antes de dar glicose - Se der glicose primeiro lesão osmótica - Síndrome de Korsakoff síndrome amnésica com prejuízo a memória recente - Devido interrupção de circuito diencéfalo-hipocampal, envolvendo núcleo talâmico e corpos mamilares - 25% não evolui para Korsakoff, 25% tem recuperação branda, 25% tem recup. significativa, 25% total - Pode ter Korsakoff sem Wernicke - Gastrite atrófica (imunológica) reduz absorção de B1 · PELAGRA Ocorre por deficiência de B3 (niacina) - Manifestações dermatológicas, gastrointestinais e mentais - Pode ter problemas de memória, alucinação, demência, delirium e delírios · BLACKOUT Amnésia após consumo exagerado de álcool - Não há sonolência, hipotenacidade nem perda de consciência - Fala e comportamentos parecem inalterados - Parecido com amnésia transitória global (perda por 24h; memória anterógrada) - Ocorre por inibição do NMDA pelo etanol - Pode ocorrer em quem bebe socialmente ou cronicamente · MIELINÓLISE PONTINA CENTRAL E EXTRAPONTINA - Causada devido tentativa de corrigir hiponatremia resultante da bebida, através de solução salina hipertônica - Isso causa rápidas mudanças osmóticas toxicidade por Complemento nos oligodendrócitos - Ocorrem sobretudo na Ponte, mas também extrapontino (gânglios basais e tálamo) - Sintomas pontinos: disartria, disfagia e tetraparesia espástica - Sintomas extrapontinos: mutismo, parkinsonismo, distonia e catatonia · ENCEFALOPATIA HEPÁTICA - Comum em paciente que já tem cirrose - Lentidão psicomotora; déficits de atenção e percepção visual - Formas recorrentes e crônicas (déficit cognitivodemência) - Distúrbios do movimento (asterixe, rigidez extrapiramidal e coreoatetose) · SÍNDROME SEROTONINÉRGICA - Antidepressivo + IMAO (Rasagilina e Selegilina) = muita serotonina - Pode ser causado pelo uso do ecstasy - Sintomas: estado mental alterado (confusão, hipomania) - Agitação, mioclonia, hiperreflexia - Diaforese, tremor e diarreia - Incoordenação, febre (sem infecção) - Aumento da CPK (creatinina plasmática), menos que na síndrome neuroléptica maligna SINTOMAS CRÔNICOS · Fadiga inexplicável · Ansiedade-depressão, distúrbios do sono · Sintomas desaparecem com a abstinência · Insônia persistente aumenta risco de recaída (Não dá BZD para tratar insônia, muita dependência) · Abordagem farmacológica higiene do sono (Zolpidem, trazodona etc.) · NEUROPATIA - Paralisia do sábado à noite – pessoas comprimem nervo radial ao dormir - Manifestações clínicas · Neuropatia sensorial e motora periférica bilateral e simétrica (sobretudo MMII) · Assintomáticos ou ter dor, dormência, hiperestesia, queimação nos pés, fraqueza muscular, reflexos tendíneos reprimidos - Etiopatogenia: · Deficiência de tiamina – sintomas motores (n. radial) · Toxicidade direta do álcool – quadro sensorial - Recuperação: Abstinência e suplementação de tiamina · ATAXIA - Afeta 1/3 dos dependentes crônicos - Resulta de desnutrição + efeito tóxicos do álcool nas vias cerebelares - Manifestações: - Instabilidade em marcha e postura - Descoordenação do teste calcanhar-joelho (pouco envolvimento dos braços) · COMPROMETIMENTO COGNITIVO - Espécie de demência - Intoxicações, abstinência, def. de vitaminas, eventos cerebrovasculares, doença hepática alcoolica levam a esse comprometimento - Se o paciente para de beber a demência para de progredir (pode até melhorar) - Varredura cerebral de alcoólatras tem: · Aumento ventricular e sulcal · Perda de substância branca e córtex pré-frontal; déficits do tipo frontal e de função executiva ORIENTAÇÕES GERAIS · Qualquer redução no uso já ajuda · Manutenção da abstinência é um desafio · Alcoólicos anônimos ajuda · Intervenções farmacológicas (Acamprosato, naltrexona e baclofeno)
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