Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
1 04.04.2019 2º BIMESTRE: AULA 8 MEDIDAS E AVALIAÇÃO Professor: Kauê Carvalho de Almeida Lima 8h25 – 11h15 ALINHAMENTO POSTURAL VISTA ÂNTERO-POSTERIOR: PERFIL Ver o aumento das curvaturas para avaliação: 1) Alinhamento ideal; 2) Linha sai do lóbulo da orelha (muda a curvatura); 3) Abdome ① mais protuso em relação ao primeiro: protuberância anterior associada a fraqueza muscular abdominal e aumento da lordose lombar. Exemplo: teste de Thomas: se ao realizar a outra perna levanta há encurtamento da musculatura iliopsoas. Exemplo de alteração: o encurtamento do trapézio e supra-espinhal eleva a região do ombro. 4) Na segunda imagem há também hiperlordose cervical ② e hipercifose torácica ③ ① ② ③ ④ ⑤ 2 5) Na terceira imagem a retificação da torácica ④ e lombar ⑤. Verificar as cristas ilíacas: retroversão é retificação e anteversão é hiperlordose. OMBROS (ESCÁPULA) Imagem 1: escápulas elevadas Imagem 2: elevação da esquerda (ângulo inferior e acrômio) É subjetivo: na visualização não consegue mensurar a parte por parte nos quadrados do simetrógrafo. 3 Imagem 1: escápula aduzida Imagem 3: escápula abduzida Imagem cervical: 1) Lordose natural (consegue estender só na C1 e C2) 2) Protração/ anteriorização da cabeça 3) Retração total com retificação (também perde a cifose torácica) 4 1) Good Posture : ok 2) Forwar Head : cabeça anteriorizada (mudanças do componente dinâmico): mexe com músculos flexores e estabilizadores da cabeça. Tudo tem que ser mensurado. Ver perguntas ao longo do teste, foram extraídas do livro Magee. 5 Imagem: colocar uma linha de fio de plumo com peso: mostra um desalinhamento: 1) Diferenças: ombro e ângulo de carregamento 2) Coluna com tendência a curvatura (como escoliose), ângulo de tales 3) Diferença na mão direita 4) Joelho com alteração: traçar linha nos ísquios, há diferença na linha entre a crista ilíaca e ísquios (se for o caso pedir Raio-X) ajuda a complementar 5) Adução da escápula direita 6) Escoliose: ângulo da linha dos braços/ tronco laterais 7) Avaliar a linha média para afirmar a escoliose: torácica/ lombar 6 ESCOLIOSE Escoliose – é a curvatura lateral da coluna vertebral associada a rotação das vértebras com desvios bem tolerados e assintomáticos. > São assintomáticas, sem dor, parestesia (sensorial). Limitação do movimento: 90% dos casos depois de muito tempo (anos) começa a incomodar. Nos dobras (imagem) já aparecem os sintomas associados e mudanças importantes. DEFINIÇÃO >> Deformação morfológica tridimensional da coluna vertebral >> As vértebras: – Inclinam-se (plano frontal) – Giram no plano axial / P.E. em direção à concavidade (plano transversal) – Póstero flexão / diminuição da cifose (plano sagital) 7 > Essas medidas não são sempre da mesma forma. Na maioria dos casos giram em razão das concavidades e o aumento lateral (gibosidades) se dá pelo aumento dos arcos costais (Teste de Adams) Imagem: escoliose em toda coluna: cervical, lombar com diferença no ângulo de Charpy Na imagem ① é escoliose em “C” (convexidade torácica à direita); na imagem ② é escoliose em “S” TESTE DE ADAMS ① ② 8 Imagem 2: gibosidade à direita. No simetrógrafo ver as gibosidades, se ela aparece, os arcos costais descem. Pode errar também, mas há outros sinais como ângulo de Tales e alterações nos acrômios. O objetivo do exercício é corrigir: alongamento, liberação do tecido rígido. Pode ser que não corrija, ou tenha sucesso com a técnica. Tem que mudar o comportamento. ATITUDES ESCOLIÓTICAS *** Para ver atitude escoliótica e o sinal da gibosidade > Não é escoliose instalada, mas fraqueza muscular e a posição da pessoa (hábito) > Relacionado a musculatura encurtada. Uma vez que o problema se instala tem que ter trabalho específico 9 TRIÂNGULO DE TALES Imagem 1: com diferença do ângulo ou triângulo de Tales 1ª imagem: diferença no ângulo de Tales e acrômio = curvatura em “S”. Diferença no quadril (quadril nem sempre está desalinhado) Escoliose sem Raio-X ou ressonância, trabalho sem precisão Imagem: menina com gibosidade pequena à direita e braço direito Arcos costais giram no Raio-X 2ª imagem: gibosidade importante 10 Imagem: ângulo elevado CLASSIFICAÇÃO >> São classificadas conforme sua convexidade >> VÉRTEBRAS LIMITE: mais inclinadas >> VÉRTEBRA APICAL: meio da curva/ maior rotação / mais desviada do eixo vertical Imagem: com goniômetro é possível aferir o ângulo Onde traçar a linha 11 1) À esquerda a referência é a 1º vértebra desalinhada da linha média 2) À direita os limites superior e inferior formam um ângulo para medir com o goniômetro ao centro. A linha perpendicular na linha média da vértebra. > A melhor mensuração nos casos com múltiplas deformidades (espaços laterais) é aferir pela linha média da 1ª alteração. > Tipo: elevação dos arcos mais na região lombar ÂNGULO DE COBB (ESCOLIOSE) > Nos cruzamentos apura o ângulo da gibosidade: em “C” tem 1 região; em “S” tem 2 regiões. Certeza só com radiografia. 12 1) Abaixo da última vértebra que teve mais movimento (na base que há diferença) 2) Acima, sai no ápice que há diferença Tem que dar o mesmo valor Imagem: 4 comparativos em “C” e em “S” Por que é importante? 1) Forma de mensurar com fidedignidade o tamanho do problema 2) Medir novamente para conferir se o tratamento está evoluindo Na imagem maior a escápula está diferente, provavelmente em “S” pelo ombro e ângulo de tales, mas para confirmar só com Raio-X. 11.04.2019 AULA 9 CURVATURA NORMAL Sempre levar em conta o que é fisiológico. Referência de curvaturas normais: lordose cervical, lordose lombar e cifose torácica. > Linha vertical: traçar a partir do lóbulo da orelha... 13 Imagem: nem sempre a curvatura está dentro do normal para uma posição. Exemplo: glúteos na cadeira leva a uma retificação da lombar. Sentar sobre o sacro pode levar a compressão dos nervos que passam pelos forames. >> A posição sentada é um fator agravante nos pacientes com dor lombar, a melhor postura ao sentar ainda é assunto de muita discussão (a dor lombar pode surgir ao sentar) Imagem sentado: ideal é ficar 100% da torácica apoiada, embora descarregue o peso no antebraço 14 >> Estudo divulgado na Manual therapy jornal, investigou a percepção de 295 Fisioterapeutas de 4 países europeus sobre qual a melhor postura sentada nas amostras de opções >> A postura 9 (54,9%) e a postura 5 (30,5%), foram as mais aceitas. >> A postura 9 envolve uma coluna relativamente neutra, com a manutenção da lordose lombar e relaxamento da coluna torácica, enquanto a postura 5 envolve extensão em ambas as regiões, lombar e torácica, e um certo grau de inclinação do tronco para frente Na postura 9: relaxamento da postura torácica, precisa de um fortalecimento da cadeia anterior (abdome) ela conseguiria fazer relaxar mais naturalmente (encaixe) Na postura 5: há um gasto, um pouco mais, energético. A não ser que a cadeia anterior esteja fortalecida. 15 Imagem: pés, o problema não é postural, mas a cadeia muscular não está fazendo trabalho que deveria *** É importante o histórico da anamnese > É possível fazer comparativos com fotografia e filmagens do paciente. Há variações, por isso não deve generalizar/ fazer silogismos, são características pessoais POSTURA ADEQUADA 1 2 3 Imagens (3): 1ª é mais confortável 2ª há mais gasto de energia 3ª errada, o problema é sempre sentar errado Exemplo: em pé, encurtamento do músculo piriforme (adutor) por excesso de rotação, gera compressão do nervo isquiático;em pé 100% da extensão da coluna 16 e joelho: é melhor fazer leve flexão do joelho para encaixar melhor o quadril. São esses processos que envolvem as alterações. Imagem: gestante, mas se aplica ao homem com gordura abdominal – apresentam hipocifose cervical (retificada); hiperlordose lombar. Imagem: alinhamento da postura. Se a linha da vértebra cervical passa para frente da linha média imaginária, há uma hiperlordose cervical; muito na frente das vértebras, hipo-retificação. A gestante aumenta a base de apoio devido a uma mudança do centro de massa, estratégia de equilíbrio. POSTURA ADEQUADA Imagem 1: postura adequada principalmente da torácica e cervical. A cadeira muito baixa aumenta a pressão no acetábulo, a cadeira alta sem colocar os pés no chão falta força dos flexores de quadril (ilíaco, iliopsoas maior e menor), puxam a vértebra lombar para frente. > Relato de problemas funcionais e normatização da ergonomia do trabalho. AVALIAÇÃO POSTURAL MÉTODO SUBJETIVO DE AVALIAÇÃO (QUALITATIVO) >> Vestimenta adequada >> Observação minuciosa no paciente 17 MATERIAIS: >> Ficha de avaliação postural >> Simetrógrafo Imagem: simetrógrafo portátil, corda com peso para não movimentar FICHA DE AVALIAÇÃO POSTURAL Nome: ________________________________________ Data de nascimento: _____/_____/_____ Idade: _____ Profissão: ______________________________ Avaliação Postural Vista Anterior 18 Vistas: anterior, látero-lateral, posterior Acidentes anatômicos, referências (simetrógrafo): 1) Lóbulo da orelha; 2) Olhos (pode ter alterações no olho e não estar relacionado com altura da cabeça); 3) Articulação esterno: clavicular bilateral, alterações a partir dos acrômios. Exemplo: fratura da clavícula, desenvolvimento de contratura na musculatura peitoral e posterior da clavícula; 4) Altura dos mamilos: linha imaginária entre as duas (pode ter feito cirurgia, neoplasia); 5) Quadril: dá para ver crista ilíaca (mais lateral, tem que colocar marcadores). Pode ter assimetria de membros (membro menor que outro); fratura do colo do fêmur. Tem que medir as espinhas ilíacas (EIAS). Teste de aparência; 6) Trocanter maior: colocar marcadores; 7) Patela: voltada para cima ou para baixo; 8) Côndilos do fêmur; 9) Maléolos medial/ lateral. Observação: buscar protocolos diferentes e entregar dia 02.05.2019 19 PONTOS A OBSERVAR VISTA ANTERIOR A. Posicionamento da cabeça – lóbulo das orelhas (alinhamento) B. EIAS – Espinha Ilíaca Ântero Superior (alinhamento) C. Alinhamento da Pelve D. Alinhamento dos joelhos VISTA POSTERIOR E. Alinhamento da coluna vertebral (EIPS – espinha ilíaca póstero superior) F. Alinhamento dos acrômios G. Alinhamento dos joelhos ADICIONE A INVESTIGAÇÃO – ANTERIOR VISTA ANTERIOR >> A cabeça encontra-se bem posicionada sobre os ombros 20 >> A postura da mandíbula está normal (dá para ver se é só da mandíbula ou da cabeça) >> O ponto médio do nariz alinhado com o manúbio do esterno (até a linha média da sínfise púbica) >> Linha da porção superior do trapézio – se está alinhada dos dois lados >> Clavículas e articulações acromioclaviculares encontram-se niveladas e iguais >> Como se encontram as palmas das mãos na posição ortostática >> Os pontos altos da crista ilíaca encontram-se alinhados >> Como estão os joelhos, maléolos mediais e laterais >> Como estão os arcos nos pés bilateralmente (pés supinados/ pronados) ADICIONE A INVESTIGAÇÃO – LATERAL VISTA LATERAL >> Lóbulo da orelha alinhado com o acrômio >> Curvatura dos segmentos da coluna vertebral >> Alinhamento dos ombros Anterior: escápulas se protraem Posterior: escápulas se retraem >> Tonicidade dos músculos torácicos, abdominais e dorsais >> Ângulo pélvico em trono dos 30º – EIPS um pouco mais alta que a EIAS >> Joelhos – flexionados ou hiperextendidos ADICIONE A INVESTIGAÇÃO – POSTERIOR VISTA POSTERIOR 21 >> Cabeça na linha média e ombros nivelados (Rotação da cabeça, a orelha ajuda, se mais aparente significa está ligeiramente rodada) >> As espinhas e ângulos inferiores das escápulas encontram-se niveladas (escápula na região que faz a curva, o ângulo inferior está alinhado com ângulo do outro lado) >> A coluna vertebral é reta ou apresenta curvas laterais Soltar um fio de prumo a partir da 7ª vértebra cervical e verificar se a linha passa pela fenda glútea – referência posterior >> Costelas protraem ou são simétrica em ambos os lados >> Ângulos da cintura nivelados >> Membros superiores encontram-se distantes do corpo >> EIPS estão alinhadas (se fizer um arco apalpando a EIAS, a 1ª protuberância é a EIPS, verificar e marcar, fazer uma linha com EIAS) >> Pregas glúteas alinhadas (a prega glútea mais elevada ou rebaixada consegue identificar em conjunto com a EIPS. O que estiver mais elevada e a tendência da musculatura rodar lateralmente) >> Joelhos alinhados (fossa poplítea) >> Ambos tendões do calcâneo descem retos e se os calcâneos estão retos, angulados para dentro (retropé varo) ou para fora (retropé valgo) > Pés – maléolos: 1) Prono – valgo – inversão 2) Supino – varo - eversão VISTA POSTERIOR. OBSERVAÇÕES: > Não consegue ver curvaturas, mas desvio lateral (teste de Adans) > Fio de plumo: 7 vértebras cervicais até a fenda glútea para ver se está posicionado > Como saber se o simetrógrafo está torto? Pelo nivelador (sabe se está reto) > Alterações de posicionamento pelas costelas 22 > Ângulo da cintura: parâmetro crista ilíaca e trocânters > Analisar a escoliose: marcar as dobrinhas para ajudar a confirmar (convexidades) > Membros superiores: ângulo de Tales – é no braço ou na coluna VISTA LATERAL > Para observar os padrões de normalidade. Verificar histórico familiar, genética. Exemplo: criança com excesso de valgismo – diferença na curvatura dos pés (até 5 anos é aceitável). É importante atividade física para estímulos > Valgo/ Varo de joelho: não necessariamente influi no desenvolvimento do tornozelo, há uma tendência, no geral acompanha pelo encurtamento (biomecânica) OUTROS ASPECTOS >> Linha de Feiss >> Ângulo de Fick (8 a 15º) >> Ângulo Lombar >> Ângulo Lombo sacro >> Ângulo cervical >> Ângulo de Cobb >> Ângulo de Thales >> Ângulo sacral >> Podoscópio/ plataforma de força >> Escanograma/ escanografia LINHA DE FEISS >> Marca-se o ápice do maléolo medial e a face plantar da primeira articulação metatarsofalângica com o paciente não sustentando o peso >> Marca-se a tuberosidade do navicular >> Os pontos são verificados em pé para certificar-se se á sinal de pé plano SÃO 3 PONTOS: 1) Tarso-navicular 2) Articulação metatarsofalângica 3) Ápice do maléolo medial 23 > Marcar sentado e depois em pé. Verificar o arco do pé. Se descer muito tem desabamento do arco plantar (pode ser leve ou grave). ÂNGULO DE FICK Os pododáctilos desviam lateralmente de 8 à 15 graus (se passar muito gera alterações em rotação) 24 ÂNGULO LOMBAR > Precisa de radiografia. Entre 50º e 60º, se mudar muito gera aumento do ângulo. Hiperlordose AUMENTO E RETIFICAÇÃO DE CURVATURAS FISIOLÓGICAS > Hiperlordose lombar : anteversão pélvica. Ilíopsoas e reto femoral : retroversão pélvica. Parte anterior >> Ângulo lombar >> Entre 50 e 60 graus MÚSCULOS QUE FIXAM A HIPERLORDOSE LOMBAR: >> Quadrado lombar (feixe ilio costal), paravertebrais lombares, iliopsoas e músculos que fixam a anteversão pélvica Músculos que fixam a retificação lombar: >> Quadrado lombar (feixes ilio e costo lombar), abdominais, e músculos que fixam a retroversão pélvica 25 ÂNGULO CERVICAL > Não há muita precisão, mas muitas alterações sim, exemplo: 20º hipolordose e 53º hiperlordose.Certeza só Raio-X ÂNGULO LOMBO-SACRO > Entre 130º e 140º: também por ressonância, Raio-X, tomografia. 180º fora, muito acima, retificação. Abaixo de 130º: hiperlordose. >> Ângulo cervical (entre 35º e 45º) >> Ângulo lombo-sacro (140 graus) 26 ÂNGULO SACRAL > Vértebras fundidas. Sozinha não muda ÂNGULO DE COBB (ESCOLIOSE) > O ângulo fica na concavidade >> Ângulo sacral (até 32º) 27 PODOSCÓPIO > Quantidade de massa determina o arco plantar. A diminuição do arco cavado tem menos contato com solo ESCANOGRAMA > Diferença entre as articulações: joelho (fêmur), pode ser diferença no fêmur ou no quadril. Observar se se repete, aí não é problema no osso, mas na posição do quadril 28 SUBJETIVO > Pode tentar trabalhar com escala >> Uso do tato e da visão – Aparato : Simetrógrafo – Observar perfis > Anterior > Laterais (D/E) O simetrógrafo auxilia na identificação da alteração, porém, não quantifica... O Posturograma busca quantificações mais precisas 29 > Posturograma: é mais preciso, mesmo assim pode ter erro. HIPERLORDOSE HIPERCIFOSE Aumento da curvatura Aumento da curvatura Normal da lordose normal da cifose 30 TIPO DE CURVA CURVA PRINCIPAL: é o segmento da coluna sobre a qual se estende a deformidade rotatória fixa. É a maior e a mais grave das curvas presentes > Pode ou não apresentar diferença nos membros inferiores (alteração de comprimento). Pode ser sequela da poliomielite que gerou alteração importante na região torácica. CURVA COMPENSATÓRIA: mostra leve rotação vertebral, principalmente na região lombar, pode adquirir alterações estruturais ESTRUTURADA: >> alterações estruturais, deformidades rotatórias dos corpos vertebrais para o lado convexo da curva, comprometendo os discos intervertebrais, diminuindo a flexibilidade durante os movimentos NÃO ESTRUTURADA OU FUNCIONAL: >> quando a curvatura não está associada a uma deformidade do corpo da vértebra ou dos discos intervertebrais. Podem ocasionar encurtamentos de um dos membros inferiores, irritação de raízes nervosas e inflamações > Componente dinâmico = músculo (ou contraturado ou com baixa flexibilidade) 31 ESTRUTURADA >> CONGÊNITAS (atuação é para evitar que avance ou agrave) VÉRTEBRA CUNEIFORME, HEMIVÉRTEBRA... Congênita, imagem: para corrigir só com cirurgia > Cuneiforme “cuia”: nasce um triângulo. Na imagem 2 pode ser genético ou adquirida, gera alterações posturais por alterações na vértebra *** A maioria das escolioses estão relacionadas a alterações funcionais musculares e não nas vértebras. > Pensar em “vigas e colunas”. Imagem congênita: pode não ser, pode ser osteopenia ou osteoporose precoce; pode ser uma vértebra cuneiforme, escoliose. Postura à frente (em exame descobre um achatamento anterior da vértebra que uma postura em flexão da coluna). NÃO ESTRUTURADA 32 ETIOLOGIA > Relacionada com vícios de postura/ adequação ergonômica (etiologia). Exemplo: mulheres carregam bolsa de um lado só (gera contração unilateral). Evitar uso sempre do mesmo lado. Prevenção: musculação visa fortalecer, equilibrar os dois lados. >> ADAPTATIVAS (são adaptações por conta da musculatura) >> ANTÁLGICAS ou FALSAS ESCOLIOSES >> NEUROMUSCULARES POSTURA JOELHO TORNOZELO PÉ GENO RECURVATO > A hiperextensão do joelho até 10º é normal, acima é geno. Vista látero-lateral >> Hiperextensão do joelho acima de 10º >> Desvio postural >> Instabilidade ligamentar >> Sequelas de traumas >> Alteração da porção anterior da epífise proximal da tíbia 33 > Teste valgo/ varo: linha sobre o tendão do calcanhar ou lateral a ele. 34 Imagem: pré e pós-operatório de joelho em valgo ALINHADO GENO FLEXO GENO RECURVATO Imagem : geno flexo vai para frente : geno recurvato vai para trás 35 DESENVOLVIMENTO ANGULAR DO JOELHO CRIANÇA: 0 : varo 3 anos/ 4 anos : valgo – pode ir até fase final de adolescente Observação: tamanho valgo – o problema ocorre quando mantém 10º ou 12º Imagem: postura não é indicada – pode lacear os ligamentos (postura em “w”) GRADUAÇÃO: - RN até 1 ano: varo - Marcha: retificação - 2 a 3 anos: aumento valgo - 4 anos: valgismo normal do adulto 5 a 8º homem 7 a 10º mulher 1) Normal/ neutro dá 0º na linha do calcâneo 2) Dá ângulo, aumento do arco/ supinado 3) Pé chato/ pronado 36 ARCO LONGITUDINAL DO PÉ PÉ CAVO PÉ PLANO >> Frouxidão cápsulo ligamentar hipermobilidade articular valgismo exagerado do calcâneo – Pé plano valgo >> Elevação aumento PÉ CAVO >> Redução desaparecimento PÉ PLANO >> Desequilíbrio entre atividade muscular e integridade ósteo- ligamentar (alteração ósteo-ligamentar identificada com Raio-X). Fáscia plantar – Pé cavo varo 37 TORNOZELO VALGO (prono) e VARO (supino) 25.04.2019 AULA 10 AVALIAÇÃO DAS CAPACIDADES FÍSICAS E FLEXIBILIDADE > Ambos estão relacionados, capacidade e habilidade e depende da inervação e modulação para ativação motora para gerar a capacidade: parte do Sistema Nervoso Central – cortical até medular. > Habilidade depende de prática para gerar controle a uma determinada finalidade, por exemplo, aceitar o alvo em um arremesso. A princípio parte da capacidade. Habilidade é precisa e apurada. CAPACIDADE E PRECISÃO HABILIDADE E PRECISÃO (APURÁCIA) 38 >> Capacidades físicas >> Flexibilidade TÓPICOS ABORDADOS >> CAPACIDADES FÍSICAS > Aptidão muscular > Endurance muscular >> FLEXIBILIDADE > Agilidade FORÇA MUSCULAR É força muscular máxima que pode ser gerada por um músculo ou grupo muscular específico. (Manual do ACSM, 2005) > Força: é possível aferir perimetricamente (massa muscular); valor máximo de capacidade de força (amplitude) EXAME CARDÍACO Pulso com atraso, não é esperado em indivíduos mais jovens É o pulso de recrutamento da unidade motora 39 TESTE: GRÁFICO DE DISPERSÃO 20% 12 40% 10 60% 12 80% 10 100% 10 54 Teste: valor encontrado mais próximo de 1: significa que o crescimento é linear. Conclusões: Homem e Mulher não acharam muita diferença, isto é, eles são relativamente iguais. O que demonstra em termos de capacidade de sistema? O tempo não muda, só a quantidade de força. Daí para que fazer o teste máximo em paciente pós-operatório? Pode fazer submáximo, porque independe da quantidade de força! Conclusão; embora o homem tenha quantidade de fibras maior e consequentemente mais força, não altera em nada a modulação ou recrutamento das unidades motoras. Exemplo: neuropatia pode alterar a capacidade de recrutar as unidades motoras? Sim, teria com um resultado uma curva dispersa no gráfico de dispersão, mais distante de 1 (1, 2...) |20 | |40 | |60 | |80 | |100 100– 80– 60– 40– 20– 40 TESTE: GRÁFICO DE DISPERSÃO É o trabalho de doutorado em 2009, Universidade, EUA. A conclusão é que não é necessário trabalho com nível máximo, no submáximo consegue aferir a capacidade de recrutamento das unidades motoras. Teste de força muscular: o resultado é a forma máxima? O sistema de modo geral procura preservar o sistema, pois o músculo pode chegar a níveis extremos a ponto de fraturar a estrutura. Esse é o teste máximo verdadeiro. O teste com dinamômetro (preensão palmar), por exemplo, teste feito no DETRAN, em que a força não é importante, mas a capacidade de recrutar as unidades motoras do motorista. TIPOS DE CONTRAÇÃO MUSCULAR >> Isométrica (estática) >> Isotônica (dinâmica) >> Concêntrica e excêntrica Momento de força: em ambos, concêntrica e excêntrica: > Origem e inserção de afastando : forçaexcêntrica > Origem e inserção se aproximando : força concêntrica CONTRAÇÃO ISOMÉTRICA >> Músculo esquelético pode exercer força sem uma grande quantidade de encurtamento muscular >> As contrações isométricas são comuns nos músculos posturais do corpo, mantendo uma posição corporal estática durante períodos em pé ou sentado GERA PROBLEMA DE CAPACIDADE 41 CONTRAÇÃO ISOTÔNICA >> A tensão muscular aumenta e os ângulos articulares são alterados quando as partes do corpo se movem >> Existem dois tipos de contração isotônica: > Concêntrica > Excêntrica 1. CONTRAÇÃO CONCÊNTRICA >> O músculo ativado se encurta durante a contração 42 2. CONTRAÇÃO EXCÊNTRICA >> Embora a força seja produzida, o músculo se alonga enquanto contrai ENDURANCE MUSCULAR É a capacidade de um grupo muscular executar contrações repetidas durante um período de tempo suficiente para acarretar fadiga muscular ou manter um percentual específico da contração voluntária máxima por um período de tempo prolongado. (Manual do ACSM, 2005) > Está tentando chegar na capacidade máxima em período suficiente para chegar na fadiga. Nesse sistema o gráfico de dispersão começou a dispersar mais. Há potencial de ação, mas diminui a quantidade de fibras que influi na capacidade e velocidade de recrutamento INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO DA FORÇA MUSCULAR >> Teste de preensão manual >> Teste de 1 repetição máxima (1 RM) >> Testes Isocinéticos > Teste convencional é feito com supino. A força máxima que consegue fazer. Porém, não é 100%, mas é um teste válido. > Há uma tendência de o membro dominante fazer mais força que o lado não dominante. É possível aferir entre 2 hemicorpos e o mesmo hemicorpo. > Melhor de 3 tentativas: pega a melhor posição e não a média, pois pode haver falhas na aferição 43 ASPECTOS QUANTO AOS TESTES >> Familiarização dos participantes com os equipamentos e procedimentos do teste >> Segurança do equipamento à ser utilizado >> Encorajar o participante a expirar durante contrações concêntricas e inspirar durante contrações excêntricas >> Proporcionar período de repouso suficiente entre as avaliações a fim de evitar a fadiga muscular excessiva > Teste realizado por educador físico. É preciso familiarizar o participante com o aparelho; orientar a respiração para controlar a fadiga; dar o estímulo correto (comando vergal), por exemplo, atleta: é necessário repouso para interromper o ciclo da fadiga. TESTE DE PREENSÃO MANUAL >> Utilizar o maior valor obtido dentre 3 tentativas TESTE DE 1 RM >> Quantidade máxima de peso levantada uma única vez >> Sugerido – exercício supino (pressão de banco) >> Iniciar com aquecimento de 5-10 min com 40-60% do máximo percebido >> Após 1 min repouso, 3-5 repetições com 60-80% do máximo >> A finalidade consiste em identificar 1-RM em 3-5 esforços máximos 44 >> O processo continua até ocorrer a falha de uma tentativa, onde a maior quantidade de peso levantada é o 1-RM > Teste no exercício de supino: é o mais fácil para chegar ao valor, mas não trabalha os membros inferiores. É esperado o mesmo resultado em ambos, pois o sistema é o mesmo (membros superiores e membros inferiores). Teste com vários grupos musculares eles alcançaram a mesma capacidade de contração, o que demonstra que o teste é confiável. > 1 RM (uma repetição máxima): se não consegue fazer ou completar o teste na segunda, significa que chegou no máximo. ISOCINÉTICOS >> Contração muscular de velocidade constante contra uma resistência de acomodação >> Velocidade do movimento é controlada e a quantidade de resistência é proporcional à quantidade de força produzida ao longo de toda a ADM >> Desvantagem: custo do equipamento 45 > A diferença de força é que as linhas são paralelas, em baixo a de “base” e a de cima gera “ritmo”. Os padrões rápido e lento são diferentes, mas a capacidade é a mesma O isocinético é parecido com supino, consegue aferir o percentual em relação a 1RM para trabalho. FLEXIBILIDADE Capacidade de movimentar um segmento corporal sem ênfase na velocidade, levando uma articulação à máxima amplitude de movimento (ADM) (Farinatti & Monteiro, 2000) Amplitude articular associada a elasticidade muscular (Kapandji, 2004) 46 É uma capacidade motora determinada pela genética e meio ambiente (exercício de alongamento e estilo de vida). É a máxima medida possível de movimento de um grupo musculo articular sem provocar lesões. (Abdallah 2002) É a amplitude máxima fisiológica passiva de um dado movimento articular. (Barros Neto & Ghorayeb , 1999; Araújo, 2000) É uma capacidade treinável, porém há limitações genéticas (variações com maior ou menor fibra encurtada). Associada à elasticidade muscular. Importante e indispensável componente da atividade física que proporciona diversos benefícios aos indivíduos: – Prevenção de lesões 47 – Melhora da performance – Melhor recuperação pós lesão – Melhor equilíbrio postural (Barros Neto & Ghorayeb , 1999; Araújo, 2000) Componentes: substâncias do músculo que conferem maior elasticidade: elastina e colágeno; circunstâncias que diminui a elastina como lesões musculares mal recuperadas/ reparadas e pode desenvolver uma lesão crônica. Os ligamentos influenciam, compõe a estrutura (estabilidade e limitação ao excesso de movimento). Pode ser aprimorada, mas o avanço depende da doença: espondilite anquilosante (na vista lateral da coluna) acomete homens entre 20 a 40 anos, e varia de indivíduo para indivíduo. Exemplo: ginastas de alto nível iniciam desde cedo (6 e 7 anos), pois com amadurecimento do sistema se torna mais difícil. Depende dos hábitos, da movimentação e outros fatores. Previne lesão? Depende, hoje antes da atividade física é preciso despertar o sistema e durante a atividade gera uma acomodação. No início há preparação para sistema se programar para repetições que o movimento exige. O aquecimento ocorre no plano sensório-motor, entra o fuso muscular. Exemplo: estiramento grau 3, o alongamento agrava a lesão, pode trabalhar no entorno e fazer força nos músculos que protegem a área da lesão. Melhora o equilíbrio muscular. 48 FATORES QUE PODEM LIMITAR A FLEXIBILIDADE >> Congruências ósseas >> Rigidez da cápsula articular >> Ligamentos >> Tendões >> Músculos >> Pele >> Gordura corporal Exemplo: olecrano: é a congruência do olecrano com a capsula articular (pode tratar); ligamento (há pessoas com mais rigidez); tendões (é mais trabalhável do que a congruência da área); pele (e ouras estruturas como a fáscia); gordura corporal: leva a limitação do movimento (exemplo: gordura na coxa, limita o movimento do joelho). COMPONENTES DA FLEXIBILIDADE Mobilidade: relacionado ao grau de liberdade de movimento da articulação > Quantidade (ADM) de movimento (flexibilidade da articulação); > Grau de componentes externos, como da articulação (ligamento, tendão). Exemplos: quadril e ombros (estruturas com mais graus de movimento); > Exemplo de comparativo entre próteses: nacional e importada. Esta justifica o custo maior pela vantagem do grau de rotação maior. Elasticidade: com referência ao estiramento elástico dos componentes musculares > Os componentes relacionados ao músculo e não da cápsula. Plasticidade: grau de deformação temporária que estruturas musculares e articulações devem sofrer, para possibilitar o movimento > Adaptações como um todo, exemplo da neuroplasticidade da pesquisa do macaco que teve o III dedo amputado. 49 > Exemplo do alongamento posterior: após 10 segundos sofre alterações na parte sensorial que comanda a plasticidade muscular. O receptor não contrai tanto o músculo e relaxa um pouco mais, a partir de 8 segundos há adaptações das fibras musculares ereceptores sensoriais. No primeiro estímulo de estiramento detecta que é prejudicial, após é que ocorre a acomodação. > Exemplo da acomodação que ocorre na piscina de água fria: no início os músculos começam a tremer para aquecer. Maleabilidade: modificações dos ligamentos, da pele, fruto das acomodações necessárias no segmento considerado > No exemplo do alongamento: com o tempo gera acomodação, maleabilidade do tecido. É diferente de trabalhar a fáscia. > A maleabilidade tem mais relação com mobilidade. A elasticidade e plasticidade se relacionam entre si. POR QUE AVALIAR? >> Prescrição de exercício adequados, evitando e prevenindo lesões musculo- articulares >> Comparação pré e pós teste para adequar o treinamento > Por que? O sistema previne e evita lesões musculo-tendíneas, musculo- articulares. CUIDADOS >> Realizar sempre no mesmo horário do dia >> Não realizar exercício antes do teste >> Explicar de forma clara o procedimento > Cuidados: há horários que tem mais flexibilidade. É o horário do corpo do indivíduo. Não aquecer antes do teste: está pensando em flexibilidade. TIPOS DE AVALIAÇÃO >> Lineares – distância em centímetros Exemplo: Sentar e Alcançar > Relacionado com a distância (cm, m). Teste do banco de Wells 50 >> Angulares – Resultados em graus Exemplo: Goniometria, Flexômetro >> Adimensionais – Resultados em pontos Exemplo: Flexiteste > Avalia graus de flexibilidade TESTE DE SENTAR E ALCANÇAR – BANCO DE WELLS (Wells & Dillon, 1952) > Entre 0 a 26cm: quanto mais longe mais flexibilidade. TABELAS DE REFERÊNCIAS Feminino Masculino 0 cm 26 cm 51 GONIOMETRIA – RESULTADOS ANGULARES 52 FLEXÃO DO OMBRO GONIOMETRIA >> Sentado ou em pé com os braços ao longo do corpo >> Braço fixo: ao longo da linha axilar média do tronco >> Braço móvel: sobre a superfície lateral do úmero >> Eixo: próximo ao acrômio >> Ângulo: 0 0°a 180º >> Comando Verbal: leve seu braço para frente 53 54 GONIÔMETRO PENDULAR – FLEXÍMETRO 55 > É mais preciso. É parecido com adipômetro, é preciso calibrar. Exemplo: Verificação da Rotação Externa de Ombro FLEXITESTE (adimensional) >> Avalia Mobilidade Passiva de 20 Movimentos Articulares (8 MMII 3 Tronco, 9 MMSS) – ideal é fazer no chão >> 0 – 4 Pontos >> Flexíndice 0 – 80 Pontos (na escala verifica a pontuação numérica em 5 níveis) A articulação vai ao extremo (Araújo, 1999) >> O especialista em medicina esportiva Cláudio Gil Araújo e o professor de educação física Roberto Pável um método simples e inédito de avaliação da flexibilidade, o Flexiteste 56 >> O flexiteste consiste em medir a mobilidade máxima de 20 movimentos, inclui as articulações do tornozelo, joelho, quadril, tronco, punho, cotovelo e ombro, sem aquecimento prévio >> Cada movimento é medido em uma escala de 0 a 4, no total de 5 níveis de flexibilidade >> O teste é aplicado pelo especialista que força o movimento nas articulações até o ponto máximo de amplitude, que é detectado devido à aumento da resistência mecânica ou relato de desconforto do avaliado >> O grau de flexibilidade é definido quando a amplitude alcançada é comparada com padrões de flexibilidade, que vão de 0 (flexibilidade praticamente inexistente) 1 (baixa) 2 (média) 3 (grande) e 4 (muito grande) >> O flexiteste permite que os graus alcançados em cada um de seus 20 movimentos sejam somados para a obtenção do flexíndice que vai de zero a oitenta, sendo que os graus zero ou oitenta, segundo o especialista, nunca foram obtidos na prática >> “A tendência central da flexibilidade é o valor 2 (entre 2 e 3). Os valores 1 e 3 são menos frequentes e os 0 e 4 são bastante raros", comenta Cláudio Gil >> Foram avaliadas 3 mil pessoas entre 5 e 85 anos, atletas e sedentários, que permitiram uma série de constatações sobre os padrões de flexibilidade da população brasileira >> A média de flexibilidade é semelhante entre meninas e meninos até os 6 ou 7 anos, mas a partir dessa idade as mulheres começam a se tornar sistematicamente mais flexíveis que os homens >> A flexibilidade da criança se reduz drasticamente até a adolescência, dos 16 até os 40 anos, a redução da flexibilidade se dá de modo mais lento >> A partir dos 40 porém, a queda da flexibilidade volta a se acelerar e recebe influência de outros fatores como padrão de atividade física e nível de saúde >> O treinamento físico da flexibilidade, porém, melhora a mobilidade em qualquer faixa etária >> A hipermobilidade (mais de 70 pontos no flexíndice é mais comum na infância e nas mulheres 57 >> Essa alta flexibilidade é exigida por algumas modalidades esportivas, como a ginástica olímpica ou o balé, mas, em outras modalidades, como o judô e o futebol, são alcançados desempenhos desportivos excepcionais com valores relativamente baixos em flexibilidade >> Flexiteste proposto por Pável e Araújo nos anos 70 é uma forma de avaliar a flexibilidade de uma pessoa por meio do flexiteste adaptado, proposto por Monteiro e Farinatti (apud Fernandes, 1998) >> Os seguintes procedimentos devem ser adotados para a realização deste teste: >> 1 º passo: providencie o material necessário para a realização do teste. Neste caso, um colchonete será necessário O ideal é fazer no chão. Não precisa de muitos equipamentos; sem aquecimento. Capacidade de nível de flexibilidade “crua”; somente números inteiros. 58 >> 2 º passo: sem aquecimento, execute o protocolo para avaliar a flexibilidade articular de forma passiva máxima, através de 08 movimentos, no lado D do corpo, nas articulações do quadril, tronco e ombro, onde o avaliador deve movimentar o segmento avaliado até o seu limite, comparando o grau de amplitude de movimento ao gabarito de avaliação, dando o conceito >> 2 º passo: Cada movimento é retratado em graduações que variam de 0 a 4 perfazendo um total de cinco valores possíveis de classificação >> Somente números inteiros podem ser atribuídos aos resultados, de forma que as amplitudes de movimentos intermediários entre duas gradações são sempre consideradas pelo valor inferior >> Recomenda-se que os movimentos sejam feitos lentamente até o ponto de aparecimento de dor ou grande restrição mecânica do movimento >> A seguir, temos uma breve descrição dos movimentos articulares do flexiteste adaptado: 1. FLEXÃO DO QUADRIL >> Avaliado: em decúbito dorsal, com os braços colocados naturalmente acima da cabeça, perna E estendida e D flexionada, tentando colocar a coxa sobre o tórax. >> Avaliador: em pé, usando sua mão D para manter o joelho E do avaliado estendido e com a mão E colocada no terço proximal anterior da perna D, Executando a flexão do quadril D do avaliado >> Observação: o avaliador se aproveita do peso do seu corpo para conseguir a amplitude máxima do mov., usando as duas mãos sobre a perna D do avaliado e o seu joelho D para manter a perna E do avaliado estendida. 59 Para alcançar as amplitudes dos valores 3 e 4 é preciso executar uma peq. abdução do quadril do avaliado. É importante evitar a rotação do quadril, que pode ser detectado pela perda de contato entre a nádega e o solo TESTE DE THOMAS: CONTRATURA EM FLEXÃO Avalia contratura em flexão do quadril Paciente flexiona um quadril e joelho em direção ao tórax e mantêm Teste +: membro estendido Eleva-se da mesa (estende). Paciente relata dor de distensão. > Flexão do quadril e da perna. No teste de Thomas não está pensando no ilíaco, iliopsoas, mas no nível de flexibilidade. Na imagem é considerado grau 4, é exceção. Ver se a perna estendida sobe ou não. 2. EXTENSÃO DO QUADRIL >> Avaliado: em decúbito ventral com os braços estendidos naturalmente à frente do corpo e com o joelho fletido>> Avaliador: posicionado lateralmente ao avaliado, agachado ou ajoelhado executando a extensão do quadril D do mesmo, colocando sua mão E por baixo do joelho D, e a mão D de modo a empurrar a crista ilíaca D do avaliado contra o solo >> Observação: a parte mais difícil deste mov. é manter a espinha ântero superior da crista ilíaca em contato com o solo. Não se considera a posição do pé. É útil pedir ao avaliado que inicie o mov., o que diminui a necessidade de emprego de força por parte do avaliado 60 TESTE DE ELY PARA M. RETO FEMORAL > Teste afere o nível de flexibilidade do grupo: estabilizar o quadril (sem levantar) Objetivo Detectar contratura do músculo reto femoral Teste Paciente em decúbito ventral, flexiona-se passivamente o joelho do membro à ser examinado Resultado positivo Elevação da pelve na tentativa de reduzir a tração aplicada sobre o músculo reto femoral 61 3. ABDUÇÃO DO QUADRIL >> Avaliado: em DL E, mantendo os braços estendidos acima da cabeça, a perna esq. deve estar estendida em um ângulo reto entre a coxa e a perna, mantendo ainda o pé em uma posição natural >> Avaliador: ajoelhado, tendo o corpo do avaliado entre suas pernas, executando o movimento de abdução do quadril dir., sua mão dir. é colocada na parte distal da perna e a esq. indiferentemente no terço distal da coxa ou no terço proximal da perna dir. do avaliado >> Observação: para alcançar os valores 3 e 4 é preciso que o avaliador recline um pouco o seu tronco, de modo a não limitar a amplitude. É importante não permitir a rotação do quadril. O ângulo reto entre o tronco e a coxa dir. corresponde ao valor 3 TESTE DE OBER Testar encurtamento do trato iliotibial Paciente em decúbito lateral, terapeuta abduz e estende passivamente o quadril (com o joelho flexionado ou estendido) e solta Teste +: – Membro inferior permanece abduzido mesmo estando os músculos relaxados – Contratura do Tensor da fáscia lata > Teste de Ober: tensor da fáscia lata. Aplicação é apurar a musculatura anterior 62 4. FLEXÃO DO TRONCO >> Avaliado: em DD com os quadris encostados a uma parede e as pernas completamente estendidas, assumindo um ângulo reto com o tronco. As mãos devem estar entrelaçadas na altura da nuca >> Avaliador: ajoelhado por trás do avaliado, com suas mãos nas suas costas, executando a flexão do tronco >> Observação: o avaliado inicia o movimento, para diminuir o emprego de força pelo avaliador. O avaliador colocar suas mãos espalmadas na escapula e na axila, encostar bem as nádegas na parede, assim como evitar a flexão dos joelhos. Quando apenas deslocar se do solo a coluna cervical temos o valor 1; para a lombar 3 e com a superposição completa entre tórax e coxas, 4. no caso em que o avaliado sequer assuma a posição inicial, atribuímos o valor 0 > Duas modalidades : indivíduo com a perna na parede : indivíduo sentado (similar ao banco de Wells) > Teste da flexibilidade dos isquiotibiais 63 5. FLEXÃO LATERAL DO TRONCO >> Avaliado: em DV com ambas as pernas estendidas e as mãos entrelaçadas na nuca >> Avaliador: a mesma do movimento anterior, exceto que para facilitar a flexão é desejável que sua mão D seja colocada no braço D do avaliado Observação: tal como nos outros movimentos do tronco o avaliado deverá iniciar o movimento, orientar se pela linha da coluna quando executar o movimento de indivíduos com as costas descobertas. O movimento deverá ser realizado sem que o avaliado faça uma extensão da coluna, manter o tórax rente ao solo > Pode fazer elevação e fazer movimento; fazer no chão. Há outras formas, como em “balasana” para verificar o encurtamento. 6. EXTENSÃO + ADUÇÃO POSTERIOR DO OMBRO >> Avaliado: em DV com as pernas estendidas e os braços abduzidos e estendidos, com as palmas das mãos voltadas para o solo >> Avaliador: a mesma do movimento anterior, segurando com suas mãos as palmas das mãos do avaliado e executando o movimento >> Observação: quando existe um ângulo reto entre os braços e o corpo do avaliado, temos o valor 2. Quando há superposição dos punhos valor 3 e de cotovelos valor 4 64 > Teste da bursa do ombro: a conclusão se consegue fazer é que a bursa está preservada. Não é indicada para lesão na região anterior. 7. ADUÇÃO POSTERIOR À PARTIR DA ABDUÇÃO DE 180º NO OMBRO >> Avaliado em pé, com o tórax colocado contra uma parede e o braço D em adução posterior a partir da abdução de 180 no ombro >> Avaliador: em pé, atrás do avaliado, apoiando o tórax deste contra a parede com sua mão e executando o movimento com a D >> Observação: quando o braço D do avaliado está paralelo ao eixo longitudinal do seu corpo temos o valor 1, e quando o cotovelo D se encontra sobre a linha mediana do corpo, o valor 2 > Qualquer bloqueio da articulação do ombro impede de realizar esse movimento. Foi desenvolvido por um avaliador físico para testar a flexibilidade e amplitude para trabalho. 65 8. EXTENSÃO POSTERIOR DO OMBRO >> Avaliado: a mesma do movimento extensão+adução posterior do ombro, mas os braços não são abduzidos >> Avaliador: a mesma do movimento extensão+adução posterior do ombro, podendo segurar as mãos ou o terço distal dos antebraços do avaliado >> Observação: o avaliador deve assumir a posição equivalente ao zero, com os braços do avaliado sem qualquer abdução, realizar este movimento de modo lento, reduzindo assim o risco de luxação 3º PASSO: DE ACORDO COM A TABELA ABAIXO, AVALIE O NÍVEL DE FLEXIBILIDADE MUSCULOESQUELÉTICA DO INDIVÍDUO * Ver como eles são realizados e testes de força, dúvidas sobre avaliação postural 66 1 2 67 02.05.2019 AULA 11 TÓPICOS ABORDADOS > Exemplos : 1 precisão não é boa, mas é acurado : 2 a acurácia é 0, só precisão : 3 é preciso e acurado > No 1: para chegar ao 3 é preciso ser mais habilidoso. Talvez mesmo com treino não chegue a ter habilidade (falta algum elemento perceptivo) > No 2: por alguma razão não consegue identificar o alvo (falta percepção do que precisa realizar). É o famoso teimoso, pois é desordenado > Capacidade: recrutar as unidades motoras > Capacidade física: é preciso avaliar/ associar as 2 forças > Lembrar do teste com linhas: a capacidade é acertar o alvo, a precisão/ acurácia é chegar até a linha, ou não ultrapassá-la muito. 3 4 68 Observação: o tempo no sistema íntegro (capacidade preservada) não costuma variar para alcançar o tipo e está relacionada á capacidade de recrutar as unidades motoras. É apurável e não varia entre indivíduos íntegros, pode alterar no idoso, por exemplo. Conclusão: é possível trabalhar em níveis submáximos. > Teste de contração muscular > Flexibilidade Vértebras coladas/ fundidas: ausência de flexibilidade que gera dor e não está bem definida as causas. A capacidade de flexibilidade desaparece e outras aparecem. Isso afeta a precisão/ acurácia. Imagem: garota com provável frouxidão ligamentar, porém com ligamentos íntegros, tem suscetibilidade à luxações. Imagem: garota acima do nível fisiológico, porém em um sistema íntegro. Nessa capacidade é nível 3. 69 COMPONENTES DE FLEXIBILIDADE > Maleabilidade: o sistema, a princípio, limita para evitar lesão dentro do limite da capacidade. Se houver alteração sensorial e motora é preciso investigar qual não está íntegro. TIPOS: > Banco de Wells: objetivo é alcançar um limite. O homem é menor na tabela, o componente de maleabilidade nas mulheres é maior. O nível de precisão é melhor do que o teste de flexão de troco. > Flexiteste: fazer teste de Thomas para ver se há contratura. > Verificar os 4 componentes. AVALIAÇÃO DAS APTIDÕES FÍSICAS>> Aeróbio >> Anaeróbio >> VO 2 Máx TÓPICOS: CAPACIDADES FÍSICAS >> RESISTÊNCIA AERÓBIA Capacidade de resistir a um longo período de tempo na execução de uma atividade (baixa intensidade – grande volume) > Resistência aeróbia: uso de O2 para realizar movimento por longo período. Exemplo da maratona >> RESISTÊNCIA ANAERÓBIA (LÁTICA E ALÁTICA) Capacidade de realizar esforço de alta intensidade e curta de duração > Na alática não utiliza O2 >> VO2Máx Quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo aeróbio por determinada unidade de tempo > Relação do volume máximo de O2 que pode captar, quem tem volume máximo maior tende a captar mais O2. VIAS METABÓLICAS – ATP >> Três vias metabólicas geradoras de ATP são importantes para a fibra muscular: 70 1) Sistema ATP-creatina-fosfato (ATP-CP ou anaeróbia alática) – não usa O2 2) Via Glicolítica – Glicólise (anaeróbia lática) – não usa O2 até certo ponto 3) Cadeia de Fosforilação Oxidativa (aeróbia) – totalmente aeróbica, usa o piruvato ao não se converter em lactato Gráfico: a linha verde cruza no início com as demais. Na origem do tempo da linha vermelha é muito rápido e também se esgota rápido (20 a 30 segundos), não dá tempo de chegar a usar aeróbico, então usa as substâncias que estão livres na corrente sanguínea e músculos. Para trajeto longo é necessário produzir energia. 1) SISTEMA ATP-CP (ANAERÓBIA ALÁTICA) > Perde 1 fosfato e 1 creatina, e gera 1 ATP a cada ciclo: O átomo de fósforo, liberado pela hidrólise da molécula de fosfato de creatina, se liga a uma molécula de ADP para a ressíntese da molécula de ATP 71 2) VIA GLICOLÍTICA (ANAERÓBIA LÁTICA) > Produz 4 ATPs e saldo de 2 ATPs: Após gastar 2 moléculas de ATP, produzir 2 moléculas de piruvato e 4 moléculas de ATP, terá como saldo a produção de 2 moléculas de ATP 3) FOSFORILAÇÃO OXIDATIVA (AERÓBIA) > Com uso de íons H+ não deixa o sangue ficar ácido. O nível de H+ em excesso gera dor. Ante a queda do nível de lactato estava associado à queda de desempenho (silogismo). Na verdade, é utilizado no processo de geração de energia. O que degenera é a prática de atividade pelo indivíduo que não está adaptado. Não gera ATP por si só, mas gera GTP, NADH e FADH2, transporte de elétrons gerando ao final, 38 moléculas de ATP, eficiência 19 vezes maior que a glicólise. Principal diferença: utilização do O2 72 DESEMPENHO ANAERÓBIO > As vias trabalham juntas, mas nessa há um pico de produção de ATP-CP: É fruto da ressíntese de ATP a partir da transformação de glicose sem a utilização do oxigênio > O suprimento de ATP é feito a longo prazo: “É a habilidade do organismo humano em suprir aerobicamente o trabalho muscular associado à capacidade dos tecidos em utilizar o oxigênio na sustentação do esforço físico” (GUEDES, GUEDES, 2002) CAPACIDADES FÍSICAS E VIAS ENERGÉTICAS > Substitui o ácido lático por lactato: > Lembrar que o coração também é músculo e sofre os efeitos. 73 VOLUME MÁXIMO DE OXIGÊNIO (VO2 MÁX) Denadai (1995) observa que a capacidade do ser humano para realizar exercícios intensos de média duração depende principalmente do metabolismo aeróbio sendo um dos métodos mais utilizados para avaliar a capacidade aeróbia, o VO2Máx O VO2Máx é a quantidade máxima de energia que pode ser produzida pelo metabolismo aeróbio por determinada unidade de tempo (DENADAI, 2000) e representa a mais alta captação de oxigênio alcançada por um indivíduo respirando ar atmosférico ao nível do mar (ASTRAND & RODHAL, 1980) > Método mais utilizado para avaliar. Relaciona a quantidade máximo que produz pelo metabolismo aeróbio e a capacidade de captação pelo pulmão: VO2MÁX É a quantidade máxima de oxigênio que seu organismo consegue retirar (absorver) da atmosfera, transportar até a musculatura e utilizar na produção de energia durante a realização de um exercício físico que gradualmente atinge a exaustão. Pode ser medido em termos absolutos (l.min) ou termos relativos (ml.kg-1.min-1) % Relativa Nº Absoluta Imagem: limite é chegar a exaustão com volumes maiores chega mais rapidamente; volumes menores demora mais para chegar na exaustão. TERMOS ABSOLUTOS: (l. min) – litros por minuto Capacidade aeróbica bruta, ou seja, a quantidade total de O2 que o indivíduo consegue utilizar na realização de uma atividade Através desta unidade de medida não podemos comparar indivíduos quando utilizamos a corrida, pois estamos carregando o nosso peso, e isso deve ser levado em consideração 74 Pessoas mais pesadas apresentam uma maior necessidade de O2 para transportar o seu corpo para uma mesma distância que um indivíduo mais leve > Absoluto: pessoa que desloca massa maior tende a usar volume de O2 maior. Cada indivíduo tem um volume. > Quantidade total de O2 que consegue utilizar na atividade (se faltar não consegue realizar por muito tempo) pode se modificar para mais ou para menos. Exemplo: quantidade medida em uma corrida. > Trabalha com padrões: biotipos (gênero, peso corporal) TERMOS RELATIVOS: (ml.kg-1.min-1) – mililitro por kg de peso corporal por minuto É possível estabelecer uma relação entre o VO2max em l.min e ml.kg1.min-1 sendo apenas necessário saber o peso corporal do avaliado. Esta unidade de medida traduz a real performance do indivíduo. 75 EXEMPLOS: RELATIVO PARA ABSOLUTO Peso: 80 kg VO2max: 35 ml.kg-1.min-1 (relativo) Qual seria o VO2max em l. min (absoluto)? Resolução: Peso kg x VO2max ml.kg-1.min-1 1000 80 x 35 = 2,8 l.min 1000 Exemplo: começa pelo peso e divide por 1000 ml. EXEMPLOS: ABSOLUTO PARA RELATIVO Peso: 55 kg VO2max: 3,5 l.min Qual seria o VO2max em ml.kg-1.min-1? Resolução: 1000 x VO2max l.min Peso kg 1000 x 3,5 = 63,6 ml.kg-1.min-1 55 Exemplo: em um teste de esteira obtém-se o valor absoluto para comparar tem que passar para relativo. No caso acima, o 3,5 L/min é o “balde” que utiliza na atividade. Começa por 1000ml e divide pelo peso. VO2MÁX BASEADO NA FREQUÊNCIA CARDÍACA > É similar ao IMC é pobre em comparação a uma espirometria. Obter os dados da Frequência Cardíaca em Repouso e Frequência Cardíaca Máxima. A forma mais rápida e simples de mensurar o VO2Máx é mensurando as frequências cardíacas (FC) de REPOUSO e MÁXIMA Calculando a FC de Repouso: ✓Mensure os batimentos cardíacos na artéria radial (antebraço) ou na artéria carótida no pescoço (abaixo do maxilar) ✓ Marque 60 seg. no relógio e conte o número de batimentos para determinar a frequência cardíaca de repouso por minuto (bpm) 76 VO2MÁX BASEADO NA FREQUÊNCIA CARDÍACA MÁXIMA FCMáx = 220 – idade EXEMPLO: Indivíduo com 25 anos de idade FCMáx = 220 – 25 FCMáx = 195 bpm VO2MÁX BASEADO NAS FREQUÊNCIAS CARDÍACAS > Usar a fórmula: mL/Kg/min = é relativo, a multiplicação por 15 é dado da equação. A fórmula pode aparecer ainda ml.Kg.min-1 = também é relativo. Fórmula mais simples para determinar o VO2Máx: VO2Máx (mL/kg/min) = 15 x (FCMáx / FCRepouso) Exemplo: Indivíduo com 25 anos, FCMáx 195 bpm e FCRepouso de 80 bpm VO2Máx = 15 x (195/80) VO2Máx = 15 x 2,4375 VO2Máx = 36,562 mL/kg/min TESTE DE COOPER O teste de campo mais popular para adultos é o teste de Cooper (corrida de 12 min. ou percorrer 2,4 km). Testes de campo tem como fundamento a relação linear que existe entre consumo de oxigênio (VO2Máx) e a velocidade da corrida A duração de 12 min representa um princípio que tenta maximizar a chance de a pessoa estar correndo a uma velocidade exigindo 90-95% (VO2Máx) e minimiza a contribuição energética das fontes anaeróbicas O objetivo é determinar a velocidade média que pode ser mantida ao longo ou da distância PERCORRER A MAIOR DISTÂNCIA POSSÍVEL DURANTE 12 MIN. CAMINHANDO OU CORRENDO 77 > Teste Cooper paracorrida: percorrer 12 minutos ou 2,4km. Se conseguir atingir essa meta é sinal que trabalhou entre 90% a 95% do VO2 máximo. Serve para verificar quantos metros consegue correr a 70% do VO2 máximo. TESTE DE 12 MINUTOS Pode-se obter a intensidade em função da equação a qual determinou o nível de condicionamento. Existem modelos para corrida, natação e ciclismo (Cooper) Exemplo: Jovem 25 anos, 80kg percorreu a distância de 2500m em 12 min., numa pista de 400m. VO2 max = (D – 504,1)/44,9 Correr e caminhar = (2500 – 504,1) / 44,9 = 44,45 ml/kg/min. Natação VO2máx = (D – 504)/45 Ciclismo VO2máx = (D x 0,9)2 x 0,19833 x 7 - 1,5 (D em Km/h) Observação: variações do dado da equação na fórmula é importante saber para outros testes: nos livros pode encontrar 44,8; 45 (mais para natação); 44,9 (é o mais usual). São autores diferentes. VO2Máx maior ou igual que 44 ml/kg/min-1 para homens e 33 ml/kg/min- 1 para mulheres são recomendados como indicadores de boa saúde > Nesse exemplo quem percorreu 2,5km está dentro dos parâmetros. Ver na tabela a evolução e considerar a idade. 78 Em conjunto com a idade do indivíduo também pode ser utilizado em outros estudos científicos que favorecem a indicação de riscos no desenvolvimento de doenças. A Universidade da Califórnia elaborou uma tabela que, através da idade e do VO2Máx pode aferir a possibilidade de um indivíduo em idade laboral ativa, desenvolver obesidade Exemplo: indivíduo de 20 anos, com VO2Máx de 52,47 ml/kg/min PORCENTAGEM DO VO2MÁX Exemplo: Um atleta percorre 4000 metros em 12 minutos. VO2máx = (4000-504,1) / 44,9 = 77,85 ml.kg.min-1 Para o cálculo do consumo de oxigênio percentual em relação ao consumo máximo de O2, se eu quiser saber quanto é 80% do VO2máx eu multiplico o VO2máx X 0,8 (77,85 X 0,8 = 62,28%). Se for 60%, VO2máx X 0,6... VO2 % = VO2 máx em X% 100 De posse do consumo de oxigênio percentual, inverte-se a fórmula de Cooper para se achar a distância a ser percorrida em 12 min. nesse percentual escolhido do consumo máximo de oxigênio: TESTE DE 12 MIN. d = VO2 % X 44,9 + 504,1 onde d = distância em metros Encontrada a distância a ser percorrida em 12 min. procuramos a distância a ser percorrida em 1 min. Que passará a ser uma constante de Intensidade de Trabalho (IT) p/ o cálculo do tempo necessário para se percorrer qualquer distância nesse percentual do consumo máximo de oxigênio: d / 12 = IT 79 Ex.: Uma atleta percorre 3200 metros no teste de 12 min. Qual será seu consumo máximo de oxigênio? Qual será a intensidade de trabalho para 80% de seu VO2max? Qual será o tempo necessário para percorrer 10 km nessa intensidade de trabalho? Para encontrarmos o consumo de oxigênio utilizamos a fórmula de Cooper: (3200-504,1) / 44,9 = 60,04 --> VO2máx = 60,04 ml.kg.min-1 Agora inverte-se a fórmula de Cooper para obter-se a distância a ser percorrida em 12 minutos em um consumo de oxigênio de 80% do consumo máximo --> 80%VO2 = 60,04 X 0,8 --> 80%VO2 = 48,03 --> d = 48,03 X 44,9 + 504,1 = 2.660,6 mts em 12 min Para encontrarmos a Intensidade de Trabalho (IT) basta dividirmos a distância encontrada por 12 min: IT= 2.660,6 / 12 IT=221,72 m.min-1 > No exemplo: 4000 metros de corrida. Como trabalhar o paciente voltando de lesão no parâmetro de 80% do volume máximo de VO2. > Inverter a fórmula para chegar na distância precisa em 12 minutos (inverter = colocar + 504,1 no lugar de – 504,1. No exemplo chega a 2.660,6 metros para correr em 12 minutos (= esse é de 80% para corrida, os 100% = 3.200 metros). Conhecendo-se a Intensidade de Trabalho e sabendo-se que ela reflete a distância percorrida em 1 minuto, ao dividirmos qualquer distância pela IT, teremos o tempo necessário para percorrê-la nessa intensidade: 10.000 / 221,72 = 45 min 80 09.05.2019 AULA 12 REVISÃO > VO2 Máximo: Quantidade de volume de ar que consegue armazenar nos pulmões (capacidade máxima) com objetivo de realiza determinada atividade. 81 > A importância da avaliação para o momento da reabilitação é que serve para definir a intensidade da atividade. TERMOS ABSOLUTOS > Unidade Litros/ minuto TERMOS RELATIVOS > Unidade mililitros/ peso corporal/ minuto Observação: se tiver um volume igual, mas massa diferente, há diferença no gasto energético > Trabalhar em termos relativos, como 60% da capacidade corporal AFERIR > Frequência Cardíaca de Repouso : artéria radial : artéria carótida Exemplo: > Idade : 21 anos : 220 – 21 = 199 bpm Aplicar a fórmula mais simples: ml/ kg/ min: > VO2 máximo = 15 X (FC máxima X FC repouso) > VO2 máximo = 15 X (199/ 21) > VO2 máximo = 2,4875 = 37,3125 Esse resultado é uma estimativa sem fazer o teste de cooper. Exemplo: paciente cardíaco pós-operatório não pode fazer teste de cooper, o indicado é fazer o cálculo para estimar. > Teste de cooper é feito para descobrir o VO2 máximo. Padrão = 2,4km em 12 minutos é o parâmetro para chegar entre 90% a 95% do VO2 máximo. Refazer os testes para averiguar a evolução. Exemplo: atleta 77,85 ml/ kg/ min = tem capacidade maior, significa que o volume de perfusão nos tecidos é maior. E assim demonstra que o indivíduo tem capacidade mediana para atividade cardiorrespiratória. No teste de Frequência Cardíaca, segundo a tabela, o atleta estaria próximo do excelente, 52, 47: 82 Nesse caso, poderia chamar de excelente o resultado de 52,47 ml/ kg/ min, por causa da idade = 20 anos. Teste de 12 minutos: VO2 máximo = (D – 504,1) 44,9 Não muda. É diferente da Frequência Cardíaca REVISÃO: 2 formas de obter o VO2 máximo: 1) Frequência Cardíaca: VO2 máximo: 15 (FC máxima X Frequência repouso) > Repouso > Idade > Fórmula 2) Teste Cooper (12 minutos): 2,4km (2.400m) > D – 504,1/ 44,9 O teste de cooper é mais sensível, mas são grandezas diferentes. Trabalhar com 80% do VO2 máximo: quer dizer, tirar 20% do VO2 máxima dele. Na fórmula substituir por 0,8 = 77,85 X 0,8 = 62,28% = 80% É o valor subtraído 20%, pois 100% = 77,85 ml/ kg/ min. TESTE DE 12 MINUTOS A 3.200M (ESTÁ ACIMA DE 2,4KM DO TESTE DE COOPER) 1º) Encontrar o consumo de oxigênio pela fórmula de Cooper, dado que o VO2 máximo = 60,04 ml/ kg/ min: Fórmula : (D – 504,1)/ 44,9 : (3200 – 504,1)/ 44,9 : 2.695,8/ 44,9 => 60,04 ml.kg.min 83 2º) Encontrar a distância a ser percorrida em 12 minutos, a 80% do consumo máximo: inverter a fórmula de Cooper: Fórmula : D = VO2% X 44,9 + 504,1 (fórmula invertida) : D = (80% VO2%) X 44,9 + 504,1 (para 80%) : D = 48,03 X 44,9 + 504,1 : D = 2.660,647 metros em 12 minutos > 2.660,6 metros em 12 minutos => esse resultado garante que essa distância ele irá trabalhar em 80% da VO2 máxima. QUAL INTENSIDADE? iT = intensidade de trabalho, basta dividir a distância por 12 minutos para chegar na distância percorrida em 1 minuto: 2.660,6/ 12minutos = 221,72m.min QUAL TEMPO PARA ATINGIR A META ESTIPULADA: dividir a meta pela intensidade de trabalho (que equivale a distância de 1 minuto): Exemplo: fixar 10.000 (meta) Fórmula: 10.000/ 221,72 = 45 minutos CONVERSÃO : Relativo Absoluto : Absoluto Relativo ABSOLUTA RELATIVA: adicionar 1000 X “?” l.min peso (kg) CÁLCULO: > Peso = 55kg > VO2 máximo = 3,5 litros/minuto X 1000 > 1000 X 3,5 l/m => 63,6 ml.kg.min 55 RELATIVA ABSOLUTO: dividir por peso (kg) X “?” ml.kg.min 1000 CÁLCULO: > Peso = 55kg > VO2 máximo = 37,33 ml.kg.min > 55 X 37,33 => 2,05 l.min Quantos litros cabem no pulmão* 1000 Os testes Cooper e Frequência Cardíaca são relativos*** 1) Absoluto = litros/ minuto (valores mais baixos: 2, 3...) 2) Relativo = mililitros/ kilo/ minuto (valores mais altos: 20, 30...) 84 CÁLCULOS: o mais comum é a conversão do absoluto para relativo: >Peso = 50kg > VO2 máximo = 3,2 l/ min > 1000 X 3,2 => 64 ml.kg.min 50 > Para converter relativo para absoluto é só inverter peso e 1000 CALCULE VO2 máximo (Frequência Cardíaca) VO2 máximo (ml. Kg. min) = 15 X FCm / FCr => 15 X (199/21) => 37,3125 CÁLCULO DO SLIDE: TESTE DE 12 minutos: 1º) Identificar os valores: JKM, 64 anos, pós 2 dias de cirurgia cardíaca, calcule VO2 máximo: (FC máxima: 220 – 64 = 156): precisa FC repouso (60 bpm) + idade (64): 15 X (156/ 60) => 15 X 2,6 => 39 VO2 máximo O paciente não vai correr, portanto, 39 na fórmula equivale ao valor relativo: 39 ml.kg.min: D – 504,1/ 44,9 = 39 D – 11,2271 = 39 D = 39 + 11,2271 => 50,2271 metros 2º) Apurar a fração de 60% => 39 X 0,6 => 23,4 ml.kg.min Esse valor aplicar na fórmula para encontrar a distância: 23,4 X 44,9 + 504,1 = D 1.050,66 + 504,1 = D D = 1.554,76 metros Para chegar na intensidade de trabalho, dividir por 12 minutos: = 129,56 metros. minuto Para chegar ao tempo gasto ao percorrer 1 km, basta dividir 1.000 metros pela iT = 1000 => 7,71 = 8 minutos 129,56 Para chegar ao trabalho no tempo de 10 minutos, basta multiplicar 10 pela iT: 10 X 129,56 => 1.295,6 metros Para chegar aos 12 minutos: 12 X 129,56 => 1.554,72 85 16.05.2019 AULA 13 REVISÃO IDENTIFICAÇÃO DOS LIMITES FISIOLÓGICOS LACTATO > É um subproduto da via glicolítica. A expressão ácido láctico caiu em desuso, hoje está associada a queda de desempenho. VIAS METABÓLICAS: > Glicose: produto final produz 2 ATP: O produto 2 piruvato de cada ciclo pode ir para: 1) Mitocôndria (respiração celular e geração de energia); 2) Converte em lactato (energia sem O2); 3) Etanol (biologia) 2 piruvato quando há O2 no corpo converte em AcetilCoA Na atividade física aumenta a demanda por O2 (aumento da Frequência Respiratória), quando chega no platô a capacidade de disponibilidade de O2 diminui, nesse ponto o piruvato entra para se transformar em AcetilCoA. ① ② 86 ① Via Glicolítica Anaeróbia < alática AcetilCoA < lática Lactato ② Fosfoliração oxidativa (O2): O2 está baixo, a produção não está respondendo a demanda, passa a usar o lactato Observação: O O2 em quantidade alta no corpo, o piruvato se transforma em AcetilCoA PONTO DE DEFLEXÃO > Aumento da Frequência Respiratória inicia o aumento do lactato (ele era suspeito, mas não o culpado pela queda de rendimento). Ao invés de prejudicar ele auxilia o desempenho antes de chegar o limite de queda. O atleta tem uma produção mais equilibrada e o limite de desempenho é mais elevado, o organismo é adaptado (aditivado). Portanto, o lactato é um subproduto importante para manutenção do desempenho. GRÁFICO LACTATO TESTE LACTATO Imagem: lactímetro. Para aferir a produção do indivíduo. Velocidade para teste inicial, e ao longo da atividade faz novas coletas. PIRUVATO
Compartilhar