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Lavagem cerebral e hipnose nos cultos protestantes

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Taise Araújo

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Lavagem Cerebral e Hipnose nos 
 
Cultos Protestantes 
 
 
 
 
 
 
 
 
2ª Edição 2013 
 
 
Jaime Francisco de Moura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 2 
 
 
 
 
 
Capa / André de Araújo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Moura, Jaime Francisco de, 1960 
 
Lavagem cerebral e hipnose nos cultos protestantes / Jaime 
Francisco de Moura – 2ª edição 
 
 
 
Contato / Autor: jaime.francisco@bol.com.br 
Tel: (61) 3391-5024 / 9933-6192 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
mailto:jaime.francisco@bol.com.br
 3 
Dedicatória 
 
 
Aos que se tornaram objetos de manipulação nas 
garras de falsos pastores, e das falsas doutrinas que se 
espalham como ervas daninhas no meio do Cristianismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
Índice 
 
 
05 - Apresentação 
 
10 - Introdução 
 
13 - O que é lavagem cerebral 
 
15 - O que é hipnose 
 
15 - O que é Transe Coletivo 
 
16 - Quando começou a lavagem cerebral e hipnose nas 
Igrejas protestantes 
 
17 - Como os protestantes fazem a lavagem cerebral 
 
27 - Outras técnicas comuns no uso da lavagem cerebral 
 
58 - As mesmas técnicas usadas em seitas 
 
35 - A música, a lavagem cerebral e a hipnose nos cultos 
 
68 - Dick Sutphen, hipnólogo e mestre em Psicologia. 
 
79 - Escritores que contribuem para a lavagem cerebral 
 
83 - Pessoas que sofreram lavagem cerebral 
 
97 - Desprogramando a lavagem cerebral 
 
102 - Macumba Evangélica 
 
116 - Teologia da prosperidade, hipnose e lavagem cerebral 
 
124 - A decadência do protestantismo atual 
 
129 - Vídeos no youtube sobre a lavagem cerebral e hipnose 
realizadas por pastores protestantes 
 
132 - Conclusão 
 
134 - Biografia 
 
137 - Bibliografia 
 5 
 
Apresentação 
 
Hoje em dia, há pessoas que deixam de lado a 
razão, o raciocínio, e preferem confiar em seus fracos 
sentidos e emoções. Muitas pessoas, assim passaram a 
expressar e crer de modo totalmente emocional, sem dar 
ouvidos à razão que Deus nos deu para que possamos 
crer. “Creio para entender e entendo para crer”, dizia 
Santo Agostinho. 
Muitas pessoas procuram na Religião não a 
Salvação, a Verdade, a Vida Eterna, mas apenas 
sensações agradáveis, emoções que as façam sentir-se 
bem consigo mesmas. Esta busca da emoção, do sensível 
(aquilo que percebemos por nossos sentidos) é algo que 
pode trazer problemas enormes para uma pessoa bem 
intencionada. 
A fé edificada sobre a emoção não é fé 
verdadeira, mas mera busca de recompensa rápida, 
pouco profunda e ineficiente. Isso resume-se em uma 
sensação que forçosamente um dia irá passar. Estas 
pessoas tomam uma experiência emocional por uma 
revelação, e um estado emocional pela graça de Deus. 
Mais cedo ou mais tarde, coisas desagradáveis 
virão a ocorrer, e estas pessoas não estarão preparadas 
para elas. Na vida cotidiana, nos pequenos problemas 
encontrados ao longo do caminho, elas vão ver 
obstáculos enormes, e no fim daquela exultação 
emocional verão o fim de sua “Fé” edificada não sobre 
Cristo, mas sobre suas emoções passageiras. 
 6 
Mas o que é mesmo a Fé? Fé é crer, é acreditar 
no que não se vê, em um ato da vontade e do intelecto, 
não sentir. A Fé não é algo que possa ser sentido, e 
muitos dos maiores santos nunca, jamais, tiveram 
qualquer tipo de consolo ou sensação agradável enquanto 
caminhavam pela Terra. 
 É na Fé, apesar da ausência total de sensações 
agradáveis, que está a Cruz, que é nosso caminho. Cristo 
não veio para nos dar uma vaga “sensação de bem-
estar”. Cristo veio nos dar a graça de carregarmos com 
ele nossas cruzes, para um dia, após a morte, estarmos 
junto a Ele no Céu. Lá, sim, não mais haverá situações 
desagradáveis. 
O ensino da Igreja é a doutrina que Cristo 
ensinou, doutrina essa que não é “sentida” mas estudada 
e aprendida pela Razão. Não será pelo nosso estado 
emocional que poderemos aprender a doutrina, mas sim 
pela Bíblia, Tradição, Magistério da Igreja e o estudo do 
Catecismo. 
Procurar estados emocionais não é de modo 
algum equivalente a buscar a Graça de Deus e abandonar 
a Razão. A busca de emoções faz com que muitos 
deixem de obedecer ao que nos ordena o Magistério da 
Igreja. 
Esta explicação do Professor Carlos Ramalhete 
sobre FÉ, RAZÃO e EMOÇÃO me fez buscar respostas 
sobre o crescimento do Protestantismo na atualidade. Fui 
pesquisar em dezenas e dezenas de igrejas, qual destas 
três palavras influenciava realmente os cultos 
protestantes. Foram necessários 18 anos de pesquisas 
para entender o motivo principal que leva centenas e 
centenas de pessoas a freqüentar estas igrejas em pouco 
tempo, talvez, poucas semanas ou dias. Algumas das 
 7 
quais eu conheço foram persuadidas e convertidas no 
espaço de alguns minutos. 
Passei a ler e estudar suas doutrinas observando 
bem os métodos utilizados em cada culto e também as 
técnicas que eram utilizadas na formação de pastores. 
Tinha até aqueles Pastores que faziam um curso por 
correspondência com a finalidade de abrir sua própria 
igreja em 40 dias, recebendo diploma e carteirinha em 
casa. Este curso relâmpago era oferecido por uma das 
maiores igrejas evangélicas do Brasil. 
 
Além do mais, participei de vários congressos, de 
vários encontros e outros eventos no meio protestante. 
No decorrer destes 18 anos de pesquisas, participei 
também de várias palestras na área da parapsicologia que 
foram ministradas ao público Católico, por Monsenhor 
Arlindo, e Padre Juarez Farias. 
 
Para conseguir mais informações, comecei a ler 
também livros e artigos sobre Psicanálise e Psicologia, 
pois o crescimento protestante merecia um estudo à luz 
da ciência sobre os fenômenos ocorridos nestes cultos. 
 
Enfim, cheguei à conclusão, que toda esta euforia 
e entusiasmo, que ocorre nestas igrejas, nada mais são do 
que técnicas de lavagem cerebral utilizada num pequeno 
espaço de tempo. Outros fenômenos que eu observava 
constantemente eram a hipnose e o transe coletivo. 
Participando de um determinado culto eu contei 58 
pessoas que caíram ao chão, sendo que muitas delas 
desmaiaram, “Confira como exemplo, as fotos 01 e 02 que estão 
em anexo no final do livro”. 
 
 
Diferenças entre Fenômeno Físico, Fenômeno 
Paranormal e Fenômeno Sobrenatural 
 
 8 
O termo fenômeno físico se aplica a qualquer 
modificação na natureza, que se encontra em permanente 
transformação, sob a ação de agentes físicos e químicos. 
 
Quando esta modificação ocorre sem provocar 
alteração nas características das substâncias iniciais, ou 
seja, sem que haja o aparecimento de novas substâncias 
o fenômeno é considerado físico. 
 
Em nível molecular, uma mudança física não 
provoca a formação de nova substância. Ao contrário, as 
moléculas que estão presentes antes e depois da mudança 
são as mesmas, mas a disposição de umas moléculas em 
relação às outras (como as que estão mais afastadas num 
gás ou mais agrupadas num sólido) é diferente. 
 
Assim, Fenômeno físico é toda transformação da 
matéria que ocorre sem a formação de novas substâncias. 
O fenômeno físico é aquele produzido pela natureza, 
como os relâmpagos, vulcões, terremotos, trovões e etc. 
 
São ainda fenômenos físicos: a queda de um 
corpo, a reflexão da luz em um espelho, a dilatação dos 
corpos, a evaporação do álcool, a fusão do gelo, etc. 
 
Os fenômenos físicos estão em contínua 
transformação. O calor se transforma em luz, a pressão 
se transforma em movimento, o movimento se 
transforma em força mecânica, a força mecânica pode 
ser transformada em trabalho, o trabalho em criação de 
milhares de coisas, que, por sua vez, terão milhares de 
aplicações. Nós podemos produzir fenômenos físicos em 
laboratórios. Podemos, por exemplo, usar Carbono para 
fazer diamantes. Mas ainda não podemos produzir 
energia vital com a qual uma célula viva origina uma 
outra célula viva. 
 
 9 
O fenômeno paranormalé produzido pela 
mente humana, como a precognição, a telapatia, a 
hipnose, a Pirogênese, a Tiptologia e outros. A 
paranormalidade é uma faculdade parapsicológica 
própria do ser humano. Já nascemos com tal potencial. 
 
Por natureza, somos paranormais, porque estão 
latentes, ocultos em nosso inconsciente todas estas 
potencialidades. Porém a manifestação da 
paranormalidade ocorre em ciscunstâncias especiais, 
extraordinárias com pessoas em estados especiais. Todos 
nós de vez em quando, livremente, podemos aflorar um 
pouco desta paranormalidade e ter sensação do já visto, 
ou um sonho que se torna realidade, pensar em alguém e 
ela chegar, intuir algo que está acontecendo à longa 
distância etc. Pessoas que manifestam esta faculdade em 
alto grau, fora do seu controle são consideradas 
sensitivas. 
 
As pessoas que manifestam estas faculdades 
devem procurar orientação parapsicológica, porque a 
fomentação destas faculdades cria, em torno da pessoa, 
um ambiente insuportável (devido à fenomenologia), 
deixa-a abalada por transtornos psicofísicos diversos 
(debilidade nervosa, dupla personalidade, perda de 
autodeterminação consciente, crises nervosas violentas 
etc). 
 
Não se pode desenvolver tal sensibilidade, 
fomentar é deixar o inconsciente tomar conta cada vez 
mais da personalidade. O perigo em desenvolvê-la é que, 
junto com os fenômenos parapsicológicos, pode aflorar 
uma variada gama de traumas latentes; se já manifestado, 
pode reforçar-se e agravar-se mais ainda deixando a 
pessoa em estado de desequilíbrio. Os sensitivos sofrem 
devido àquilo que percebem e nada conseguem fazer 
para evitá-los. 
 
 10 
No estado atual dos estudos parapsicológicos 
ninguém consegue dominar a paranormalidade; talvez no 
futuro, teremos um maior proveito destas faculdades 
inconscientes. No momento atual, só as controlamos. 
 
O fenômeno sobrenatural é o que vem de Deus, 
como os Milagres, a Incorrupção dos corpos e os 
fenômenos que a ciência não explica. O sobrenatural é 
um fenômeno Metafísico. Metafísico quer dizer: além da 
física, além da matéria, além da ciência. Não tem ação da 
natureza e nem do homem. 
 
O fenômeno sobrenatural é um fato superior aos 
fenômenos parapsicológicos. Acontece exclusivamente 
em ambiente religioso – Divino, trazendo mensagem de 
Deus que se revela numa profunda manifestação de 
amor. 
 
O fenômeno sobrenatural (ex: o milagre) é uma 
força não deste mundo agindo nele, é um fato Divino, 
não suspensão das leis do universo, mas a certeza de que 
o mistério Divino (revelação) não se contradiz com o 
mistério humano (fatos). 
 
Destacam-se entre os milagres históricos: A 
aparição milagrosa de Guadalupe, o milagre Eucarístico 
de Lanciano, o Santo Sudário, as curas no Santuário de 
Lourdes, a incorrupção de Santa Bernadete, a 
revivificação de Lázaro e muitos outros relatos. 
 
Outro fenômeno Sobrenatural é a Incorrupção 
Milagrosa, que é a preservação do corpo humano da 
deteriorização que comumente afeta todo o organismo 
poucos dias após a morte. Os órgãos internos, as víceras 
e os tecidos carnosos permanecem intactos. São, úmidos 
e elásticos como no caso de São Vicente de Paula, que 
morreu em 1660 e 50 anos depois tudo estava como fora 
 11 
enterrado. Cientistas, cirurgiões e médicos declaram que 
humanamente a preservação dos corpos é inexplicável. 
 
A incorrupção é um milagre exclusivo da Igreja 
Católica onde corpos inteiros, membros e sangue 
permanecem intactos. A incorrupção milagrosa não pode 
ser confundida com as incorrupções naturais, por 
exemplo, as múmias do Egito, corpos secos em 
cemitérios, etc. Santa Bernadete que morreu em 1879, 
permanece milagrosamente intacta como se estivesse 
dormindo. 
 
Um outro fenômeno sobrenatural é a 
Revivificação Milagrosa, que é o milagre que acontece 
no período da morte clínica, antes da morte real. Temos 
oito casos Bíblicos, três no Antigo Testamento, cinco no 
Novo Testamento, sendo três por Cristo: Lázaro a filha 
de Jairo e o filho da viúva de Naim. Durante toda 
história, tais milagres só aconteceram em ambiente 
religioso Divino, exclusivamente analisado e 
comprovado na Igreja Católica. A Igreja Católica só 
admite, após rigorosa comprovação científica, que se 
trata de um milagre, se de fato, a pessoa estivesse 
clinicamente morta e voltasse a viver sem nenhum 
recurso médico. 
 
Na Antiguidade os fenômenos Físicos eram 
confundidos com os Sobrenaturais. O homem Pré-
Histórico, assim como alguns nômades e indígenas de 
décadas atrás, atribuíam os relâmpagos, os trovões, e as 
erupções vulcânicas como a ira dos Deuses ou dos 
Espíritos. Hoje, a ciência deixa bem claro que os 
fenômenos Físicos não são Sobrenaturais. 
 
Na atualidade está havendo uma coisa bem 
parecida. Os fenômenos Paranormais, onde se 
enquadram a lavagem cerebral e a hipnose, que são 
produzidos pela mente, estão sendo confundidos com os 
 12 
Sobrenaturais (ação de Deus). Este grande erro está 
sendo interpretado e repassado ao mundo inteiro pelo 
Esoterismo, Nova Era e também pelo protestantismo 
atual. Milhões e milhões de pastores protestantes no 
mundo inteiro estão confundindo fenômenos 
Paranormais com a ação do Espírito Santo, e em muitos 
casos com obras de Anjos maus e o demônio. 
 
Concluindo: “No passado, o fenômeno Físico era 
confundido com o Sobrenatural, hoje o Paranormal é 
confundido com o Sobrenatural”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 13 
 
Introdução 
 
 
Ao falar de lavagem cerebral, hipnose e transe 
coletivo em cultos protestantes, não tenho o propósito de 
julgar ou condenar uma ou outra denominação em 
particular, sendo que estes fenômenos acontecem em 
muitas denominações por toda parte do mundo. Quero 
apenas deixar aqui um grito de alerta aos que não 
conseguem ter senso crítico, raciocínio lógico etc. Ou 
seja: Aqueles que estão no controle e nas mãos dos 
manipuladores de mentes. 
Conforme também, estudos de outros autores, 
muitas pessoas estão sendo levadas cativas por falsos 
ensinamentos de uma forma enganosa, exagerada, 
herética e blasfema. 
Segundo o Professor Isaltino Gomes Coelho 
Filho, em uma Conferência na Faculdade Teológica 
Batista de Campinas, as igrejas estão adotando métodos 
de lavagem cerebral, assumindo técnicas do movimento 
Nova Era bem como técnicas de despersonalização e 
manipulação, tudo em nome da eficácia. 
Hank Hanegraaff, um renovado escritor Cristão 
Norte Americano, segue também na mesma linha, onde 
diz: “Está acontecendo uma grande apostasia dentro de 
milhares e milhares de denominações protestantes em 
todo mundo”. No seu livro, “Falso Avivamento”, ele 
mostra como os falsos profetas de nossos dias estão 
usando técnicas de lavagem cerebral e hipnose, bem 
conhecidas dentro da psicologia para enganar milhões de 
pessoas e, ao mesmo tempo, acumular fortunas para si 
própio. 
 14 
O livro traz uma trajetória histórica de 
manipulação psicológica usada pelos líderes nestas 
igrejas. Diz que em todas as épocas se encontram 
pessoas utilizando tais artimanhas para enganar povos de 
várias nações. Hanegraaff menciona trapaças 
freqüentemente usadas por este falso avivamento. 
Segundo as estatísticas, nestes últimos 20 anos 
tem se multiplicado assustadoramente o número de 
pastores que abandonaram as Escrituras Sagradas e o 
aconselhamento Bíblico em detrimento ao estudo da 
psicologia e da psicanálise. O número de pastores 
interessados em psicologia aumentou consideravelmente. 
A Imprensa tem mostrado este assunto muitas vezes. A 
revista Veja, por exemplo, traz um artigo intitulado “A 
Bíblia no Divã”, mostrando que é cada vez maior o 
número de pastores que têm procurado os cursos de 
formação rápida de psicanálise tentando conciliar Freud 
com Jesus Cristo. 
Daí nota-se que os “pastores” não são escolhidos 
pelo seu conhecimentoteológico ou vocação, mas pelo 
seu malicioso malabarismo persuasivo da oratória e das 
técnicas usadas em psicologia. 
Existem também aqueles pastores que não 
percebem ou que não sabem que estão usando técnicas 
de lavagem cerebral quando falam alucinados, com 
veemência e fazendo gestos bruscos, mas existem 
também os que sabem e estão bem conscientes quando as 
usam. 
E quando não são utilizadas técnicas Psicológicas 
de maneira radical, os pastores usam sempre o 
bombardeio de Amor (Love Bombing) – técnica usada 
para causar dependência a um grupo. O ambiente é 
carregado de manifestações excessivas de “amor”, 
“amizade”, “carinho”, “cumplicidade”, “consolo”, 
 15 
estímulo ao ego via elogios, etc. Tudo isso faz a pessoa 
se sentir confortada naquele ambiente gerando 
dependência. 
Apesar de existir estes falsos métodos para 
evangelizar pessoas no protestantismo atual, quero 
deixar bem claro que existem igrejas sérias, e que muitas 
delas têm um bom relacionamento com o Catolicismo, e 
até comunga com vários dogmas da Igreja Católica. Foi 
fácil notar que as técnicas de lavagem cerebral e hipnose, 
não são usadas em Igrejas Protestantes Históricas, mas 
em denominações pentecostais e neopentecostais. 
 
Antes de se adentrar no estudo e nos seus 
detalhes, quero mostrar ao leitor, como estes temas 
apareceram e se desenvolveram dentro da História. 
 
O termo lavagem cerebral foi utilizado pela 
primeira vez no idioma português na década de 1950, 
mas o termo surgiu nas primeiras décadas da República 
Popular da China, contra os “inimigos do povo” e 
invasores estrangeiros. 
Conseqüentemente, este termo entrou em uso nos 
Estados Unidos para explicar por que, ao contrário das 
guerras anteriores, uma porcentagem relativamente 
elevada de soldados Norte Americanos haviam ido para 
o lado inimigo depois de ficar prisioneiros de guerra na 
Coréia. 
Análises posteriores determinaram que algumas 
metodologias empregadas sobre eles, durante a sua 
prisão, incluíam privação do sono e outros métodos de 
tortura psicológica destinada a minar autonomia dos 
indivíduos. 
Após a Guerra da Coréia, o termo lavagem 
cerebral veio a aplicar-se a outros métodos de persuasão 
 16 
coercitiva e até mesmo para o uso eficaz das 
propagandas ordinárias e doutrinação. 
Já, a história da hipnose, iniciou-se antes de 
qualquer relato escrito. Estudiosos nesta área seguem a 
teoria de que, em cerimônias religiosas dos povos 
primitivos já aconteciam tais fenômenos. 
 
Mas os primeiros registros de práticas hipnóticas, 
remontam a 2400 a.C., na Índia e na Caldéia. Podemos 
identificá-las, também, na Pérsia, Babilônia, Assíria, 
Suméria, Egito, Grécia, Roma, nos antigos Hebreus, nos 
Deltas. Nesses povos, magia, religião e medicina se 
confundiam. 
 
O termo hipnos - gnose derivado do grego 
(hypnos = sono), foi cunhado (1784-1860) pelo médico 
James Braid, que escreveu o livro Neurohipnologia, e 
tem a ver com o estudo dos fenômenos do sono. O nome 
escolhido advém de Hypnos - deus grego do sono - e foi 
escolhido devido a semelhança do estado de transe com 
o estado de sonolência. Vemos assim, que desde seu 
surgimento, a hipnose sempre esteve vinculada à busca 
da cura e é neste sentido que a ciência médica atual 
pesquisa não só a extensão que se pode obter, com o seu 
emprego, e também as respostas de como e porque o 
cérebro processa o estado hipnótico. 
 
Na história moderna, a hipnose inicia-se não com 
um médico ou psicólogo, mas com um membro do clero, 
um padre Católico que viveu em Klosters, o Padre 
Gassner. Ele obteve o consentimento da Igreja para 
realizar suas pesquisas e estudos. 
No caso dos transes religiosos, Existem textos 
escritos, com mais de 4.500 a.C. nos relatando como os 
sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o transe “um estado 
diferenciado da consciência usual” para realizar 
 17 
diagnóstico objetivando curas. Os Antigos egípcios a 
2000 a.C., já utilizavam empiricamente encantamentos, 
amuletos, imposição de mãos, sem se darem conta da 
imaginação e sugestão envolvidas nesses procedimentos. 
Na Grécia antiga, são registrados também relatos 
de transe quando sacerdotisas diziam receber espíritos 
em rituais inspirados por música e vinho. Mas essas 
manifestações só começaram a ser desvendadas pela 
ciência no fim do século XIX, com o surgimento dos 
primeiros estudos em psicologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
O que é lavagem cerebral 
 
Lavagem cerebral é uma técnica psicológica 
elaborada para induzir indivíduos a se comportar, pensar 
ou sentir emoções de maneira contrária aos próprios 
desejos. Com a lavagem cerebral o indivíduo passa a ser 
um mero paciente, entregue totalmente à mercê de um 
hábil “lavador” de cérebro, sem possibilidade de resistir 
a ele. 
A lavagem cerebral faz mudanças repentinas de 
idéias e comportamentos. Como é uma forma invasiva de 
influência, ela requer o completo isolamento e 
dependência do indivíduo e essa é a razão pela qual a 
lavagem cerebral ocorre em lugares e em cultos isolados. 
O agente (pessoa que vai executar a lavagem cerebral) 
deve ter completo controle sobre o alvo. 
A diferença da lavagem cerebral e a conversão, 
por exemplo, está em que, na conversão, o convertido é o 
agente. Outros (progenitores, mestres, pregadores, ou 
ativistas de qualquer natureza) podem exercer sobre ele 
influência, podem falar à sua razão e impressionar a sua 
sensibilidade com o intuito de lhe solicitar a vontade 
para um sentido ou outro, mais profundamente ou 
menos. Mas o juiz que dá ganho de causa livremente a 
esta ou aquela escola, a este ou aquele sistema, é sempre 
e necessariamente a própria pessoa, com a sua 
inteligência e a sua vontade. 
A lavagem cerebral, também dita Estupro da 
Mente ou Reeducação Ideológica professa em três etapas 
diferentes: 
1) Colapso forçado ou descondicionamento: 
Trata-se de romper os laços do indivíduo com seu 
 19 
passado ou de apagar tudo o que possa prender ao seu 
berço e as suas origens. 
2) Submissão e identificação: Depois do colapso, 
estimula-se a simpatia da vítima com o pastor, o 
missionário, o doutrinador etc. Este aparece como o seu 
grande benfeitor e libertador, que o emancipa de um 
passado tenebroso e lhe oferece a oportunidade de levar 
uma vida nova e autêntica. A vítima passa a adotar o 
modo de pensar e agir do mesmo; torna-se um aparelho 
pronto para funcionar segundo os desejos do seu 
manipulador. 
3) Recondicionamento: Explorando a situação, o 
reeducador reconstrói a mente da vítima segundo a 
ideologia que ele professa. O homem assim reeducado ou 
robotizado se torna incapaz de distinguir seu modo de 
pensar original das concepções que lhe são imposta. 
Podemos dizer ainda que a programação do 
indivíduo incutida por muitos grupos consiste em enviar 
sugestões à mente dos seus adeptos de maneira constante, 
até aniquilar a capacidade de pensar dessas pessoas; 
apaga em suas vítimas a faculdade de discernir, tornam-
lhes impossível as livres opções. As técnicas desses 
grupos religiosos são semelhantes às da juventude de 
Hitler e às dos Chineses dados à reeducação. 
Não podemos esquecer que a lavagem cerebral 
explora certos instintos espontâneos do psiquismo 
humano, canalizando-os na direção do objetivo visado. 
A) O instinto de conservação. A fim de conservar 
a sua própria existência, a vítima pode ceder a táticas 
totalmente estranhas à sua educação de berço. 
B) O instinto gregário. O senso social do ser 
humano é um valor, já que ninguém se realiza senão na 
 20 
sociedade. Todavia esse senso pode ser distorcido na 
direção da gregariedade, ou seja, de seguir o grupo 
incondicionalmente ou de agrupar-sede maneira cega 
para não parecer diferente. 
C) Instinto de predomínio. Há no ser humano uma 
tendência inata a dominar e comandar em posições de 
prestígio. Ora, essa tendência também é explorada pelos 
agentes da lavagem cerebral, que sabem desenvolvê-la 
como uma forma de condicionamento. 
D) Conflitos emocionais. O processo de 
“reeducação” também excita os brios do “reeducando”, 
convencendo-o de que cometeu culpas graves... Esta 
convicção leva a vítima a aviltar-se, castigar-se e aceitar a 
condenação; aqueles que condenam, vêm a ser os seus 
“verdadeiros amigos e mestres”. 
Além de explorar instintos naturais da pessoa 
humana, os agentes da lavagem cerebral recorrem a 
táticas que amedrontam, e a seu modo, condicionam a 
vítima. 
A partir deste momento os manipuladores não 
gostam que seus adeptos leiam livros ou façam outros 
estudos que não exponham o pensamento esposado pelo 
próprio grupo. É por isso que percebemos em várias 
denominações protestantes, e nas seitas, uma preferência, 
e às vezes uma exigência, que os seus membros não 
tenham contato com familiares e com membros de outras 
denominações cristãs. Porque, ao terem esse contato, 
seus membros vão abrir-se ao diálogo, e o diálogo é o 
grande adversário que funciona como um laxativo, 
aliviando a mente que sofreu lavagem cerebral. 
O pesquisador Italiano Michele C. Del RE 
realizou longos e aprofundados estudos. Em seu livro, 
põe em evidência as suas peculiaridades. Uma nota 
 21 
freqüente desse percurso é o uso de táticas de coação (sob 
rótulos piedosos) para fazer adeptos. A sociedade de hoje 
talvez não tenha noção exata de quanto esse 
procedimento está em voga. O livro apresenta numerosos 
casos de lavagem cerebral exercidos nas novas igrejas ou 
nos novos movimentos religiosos. 
Infelizmente, à luz do Direito e da Constituição, a 
lavagem cerebral ainda não é crime, a não ser que se 
consiga provar a obtenção de vantagens financeiras 
através do charlatanismo; não há interesse e existe até um 
certo receio de se tentar isso porque a Constituição 
Federal, em seu artigo 5º, inc. VI, ao garantir a liberdade 
de crenças e o livre exercício de cultos religiosos, protege 
não só essas igrejas, como o tipo de malefício que elas 
causam, quando formam um exército de fanáticos 
religiosos que sofrem lavagens cerebrais semanais 
para permanecerem em fidelidade com o evangelismo em 
suas respectivas igrejas, na falsa ilusão de que estão no 
lugar e caminhos certos. 
Mas como proteger do cativeiro religioso essas 
pessoas ingênuas, em sua maioria, de baixíssimo grau de 
instrução, fácil de serem convencidas, sofridas, crédulas, 
esperançosas e ávidas por salvação? Vão deixá-las até 
quando na mão destes hábeis Pastores, que prometem 
"salvação", "curas" "milagres" e ainda as exploram com 
cobrança de dízimos, tirando o pouco que têm? Pagar por 
falsas esperanças? 
Alguém tem de pensar nisso e reescrever a lei! 
 
 
 
 
 22 
 
O que é hipnose 
 
 
Hipnose é um estado diferenciado de consciência, 
alterado em comparação com os estados ordinários 
de vigília e de sono, com elevada receptividade à 
sugestão por parte da pessoa que nele ingressa, por si 
mesma ou com intervenção de outra pessoa. 
 
É considerado também como o conjunto de 
fenômenos específicos e naturais da mente, que podem 
produzir diferentes impactos. Além desta definição sobre 
a hipnose, os estudiosos falam também da auto-hipnose 
que é uma técnica levada a efeito pelo próprio indivíduo 
(sem necessidade de um hipnotizador). 
No transe hipnótico, é importante lembrar que, 
cada transe é único, ou melhor, acontece a cada vez de 
maneira diferente, e pode se estender por um tempo 
maior. Muitos destes fenômenos acontecem naturalmente 
ou são induzidos por outra pessoa. 
O que ocorre na maioria dos cultos protestantes é 
um fenômeno de transe hipnótico coletivo provocado 
pelo clima emocional, pela música, pela dança e 
especialmente pelo ritmo. No Candomblé, e em várias 
entidades esotéricas ou centros Espíritas, não é diferente. 
No pentecostalismo e neo-pentecostalismo, podemos 
observar pessoas que se sentem possuídas pelo demônio 
quando outras se dizem tomado pelo Espírito Santo. 
Como explicar que a mesma causa produza efeitos tão 
diferentes? 
Podemos dizer também que hipnose é um estado 
em que os níveis inferiores da consciência (inconsciente 
e subconsciente) passam a comandar a pessoa. O que 
 23 
está lá no fundo, provocado, aflora nas diversas 
manifestações. Atribuir isso ao demônio, a Deus ou ao 
Espírito Santo não é correto. 
Os profissionais sérios e éticos capazes de 
trabalhar com hipnose, só a utilizam em último caso, 
quando não há outro recurso, por causa do risco que isso 
envolve. E são profissionais competentes, lidando com 
uma pessoa apenas, portanto em condições ideais de 
manter o controle e evitar qualquer seqüela. 
Como poderia um pastor ou outro líder religioso, 
permitir que pessoas que por qualquer motivo dependam 
deles, possam ser submetidas a uma sessão de hipnose 
coletiva, sem controle, sem ser profissionais 
competentes, num clima de exaltação totalmente 
irresponsável? 
Se, entretanto, não temos o direito de afirmar que 
se trata de hipnose coletiva, não podemos negar que é 
uma explosão do emocional, a impedir qualquer 
raciocínio razoável, racional e lógico. Então não é 
possível ver nisso uma manifestação de Deus ou uma 
manifestação do demônio. 
 
 
 
 
 
 
 
 24 
 
O que é Transe Coletivo 
 
Transe coletivo é um estado de alteração 
temporária da consciência que envolve perda de senso de 
identidade ou troca de outra entidade psicológica, 
sugestionabilidade e/ou comportamentos estereotipados 
com diminuição acentuada de grau de resposta aos 
estímulos. Esta condição pode ser um papel aprendido 
em muitos grupos religiosos. 
Ainda podemos dizer que é o afloramento do 
inconsciente que significa uma passagem de um estado 
de consciência a outro totalmente inconsciente. Quando 
o indivíduo entra em transe sua mente entra no “piloto 
automático” e suas reações são mais instintivas do que 
racionais. 
Na atualidade pessoas com alta dose de 
emotividade ou em estado de alteração psíquica, caindo 
em transe ficam fora de si. No espiritismo, o estado de 
transe é uma condição necessária para possibilitar a 
comunicação com os espíritos. Esta mesma experiência 
dá-se no candomblé, macumba e umbanda. Os 
pentecostais vêem o transe, dentro do ambiente religioso, 
como uma prova da graça de Deus. Fora deste 
seguimento os mesmos fenômenos são atribuídos a um 
espírito maligno (demônios) 
A parapsicologia deixa claro que tal estado 
psíquico não deve, nem pode ser atribuído a Deus, nem 
ao diabo e, sim, ao inconsciente, que com toda a sua 
força domina o consciente nos momentos de crise. 
 25 
Quem se propõe às “práticas exorcizantes” está 
sujeito a sofrer contágios psíquicos violentos. O contágio 
psíquico é decorrente de um envolvimento psíquico-
emocional com algo não compreendido, mistificado. Há 
situações, em que diversas pessoas conscientes ou 
inconscientes, colaboram na produção de fenômenos. Há 
casos em que uma pessoa caindo em transe contagia as 
demais. 
O afloramento do inconsciente (estado de transe) 
não pode ser confundido com os surtos psicóticos, 
ataques histéricos ou crises convulsivas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 26 
 
Início das técnicas de lavagem cerebral e 
hipnose nas Igrejas protestantes 
 
 
Em 1741 o Pastor Jonathan Eduard descobre por 
acidente, algumas técnicas de hipnose e transe coletivo 
durante uma cruzada religiosa nos Estados Unidos. Ele 
percebeu que induzindo culpa e tensão, os "pecadores" 
presentes sucumbiam e submetiam-se completamente 
aos seus comandos. Eduard estava criando condições que 
expunham o cérebro totalmente, deixando-o assim 
sujeito à reprogramação.Seu problema foi que essa nova 
programação era negativa. Num discurso, uma vez ele 
disse "Você é um pecador! Está destinado ao inferno!". 
O resultado foi que, um indivíduo cometeu e outro 
tentou suicídio. Os vizinhos dos convertidos suicidas 
confessaram que isso os afetou tão profundamente que 
apesar de já terem encontrado a "salvação eterna", 
também sentiam uma tentação obsessiva de dar um fim 
às suas próprias vidas. 
Charles Finey foi outro Pastor protestante que 
usou as mesmas técnicas quatro anos depois, em 
conversões religiosas massificadas. Eduard, no caso, 
simplesmente tropeçou nesta técnica que realmente 
funcionava. Outros copiaram, e ela continuou sendo 
copiada até hoje no protestantismo atual. 
Por volta de 1847 aparece um outro norte-
americano utilizando-se da hipnose. Seu nome era 
Phineas Parkhurst Quimby (1802-1866), que nasceu em 
New Lebanon, no estado de New Hampshire. 
 
Quimby era um relojoeiro e, a partir de 1847, 
dedicou-se à cura de doenças por intermédio da mente. 
 27 
Este curandeiro e hipnotizador negava a existência da 
matéria, do sofrimento, do pecado, da enfermidade etc. 
O fundador do Novo Pensamento, tornou-se conhecido 
como o guru da Ciência da Mente. Suas ideias 
influenciaram a Mary Baker Eddy que, em 1879, fundou 
a Igreja da Ciência Cristã. Daí em diante, os promotores 
dos ideais de Quimby procuram se passar por Cristãos 
evangélicos. 
 
Quimby dedicou-se ao estudo da “cura 
espiritual”, estudo este iniciado com a prática da 
hipnose, que havia há pouco sido introduzida nos 
Estados Unidos. Depois de identificar, pela hipnose, de 
que uma mente poderia influenciar outra, Quimby 
começa a elaborar o que afirmava ser a “cura das 
doenças pela mente”. Para Quimby, a “doença era um 
estado desarranjado da mente” e, portanto, com a 
realização do “arranjo mental”, ter-se-ia a cura. 
Percebemos, aqui, portanto, que a ideia de Quimby era 
de que a saúde era vinculada ao estado espiritual da 
pessoa. 
 
Nesta mesma época surgem mais dois pastores 
protestantes: Essek Willian Kenyon (1867) e Norma 
Vincent Peale (1898) também Americanos. Norma 
Vicent lança em 1952, a obra “O Poder do Pensamento 
Positivo”. 
 
Doutor Kenyon, como era conhecido, foi 
Metodista, Batista e depois um pregador pentecostal 
itinerante. Escreveu dezoito pequenos livros, nos quais 
enaltece a força do espírito e da mente sobre a matéria. 
Ele afirmava que as doenças se originam na esfera da 
mente humana e que a cura é resultado da ação da mente 
sobre o corpo. Ele foi influenciado pela Ciência da 
Mente, Ciência Cristã e pela Metafísica do Novo 
Pensamento. Aproveitando-se dos conceitos de Mary B. 
Eddy, ele empenhou-se em pregar a salvação e a cura em 
 28 
Jesus Cristo. Dava ênfase aos textos bíblicos que falam 
de saúde e prosperidade, além de aplicar a técnica do 
poder do pensamento positivo. 
 
Dr. Kenyon foi o responsável de transportar para 
o meio evangélico, a filosofia da prosperidade em 
teologia da prosperidade. Esta se tornou o fundamento 
do ministério do pastor Kenneth Hagin. Ele é conhecido 
como o Pai do Movimento da Fé. Tornou o maior 
pregador e publicador da teologia da prosperidade, e 
junto com Dr. Kenyon é o mentor das igrejas 
neopentecostais. 
 
A partir destes precursores, surgiram os 
estudiosos da filosofia do pensamento positivo, poder da 
mente e da prosperidade, que começaram a escrever 
literaturas de auto-ajuda. Ralph Emerson é considerado o 
precursor dessa literatura publicando o livro 
Autoconfiança. Outro Americano mestre em auto-ajuda 
foi Carnegie que publicou um clássico do mesmo ramo 
“Como Fazer Amigos e Influenciar Pessoas”, publicado 
em 1936. 
 
Neste mesmo período, começa a chegar também 
aos Estados Unidos, a doutrina dos gurus do Oriente, e o 
Ocidente recebe muito bem a doutrina do karma, da 
meditação, yoga e do pensamento positivo. 
 
O hinduísmo, budismo, xintoísmo e 
confucionismo adentraram nos Estados Unidos 
aglomerando muitos adeptos. No final da década de 50 e 
início da década de 60, os gurus do oriente, perceberam 
rapidamente que estava se abrindo no Ocidente um 
amplo mercado para suas doutrinas. Começava a nascer 
então, o movimento Nova Era. 
 
Os ensinos da filosofia da prosperidade ocidental, 
as literaturas de auto-ajuda e o movimento da Nova Era, 
 29 
penetraram nas igrejas cristãs americanas detonando a 
dogmática bíblica e deixando um oceano de heresias. 
 
Dentro desse contexto está incluso a falsa 
doutrina psicológica nas igrejas Americanas que se 
espalhou para o mundo, e que está se adentrando na 
América Latina e no Brasil. 
 
Como o leitor já pode notar é nos Estados Unidos 
que começa uma avalanche de seitas e igrejas 
protestantes espalhando-se como erva – daninha no meio 
da Cristandade. Com esta nova metodologia de 
evangelizar o crente, é que começa então a aparecer na 
década de 50, milhares de seitas e igrejas protestantes 
usando técnicas de lavagem cerebral, hipnose e o transe 
coletivo. 
 
Diz o pastor Mac Marron, diretor executivo do 
ministério The Berean Call: “Na história da igreja atual 
não houve nada que mais induzisse os crentes a 
abandonarem sua fé, do que a pseudociência do 
aconselhamento psicológico”. 
 
Mac Marron, denuncia que muitas igrejas e livros 
são fundamentados em tais ensinos. Diz ele: “Um 
exemplo típico seria o da igreja americana de Willow 
Creek, do Pastor Bill Habels. Habels não apenas ensina 
princípios psicológicos, mas também utilizam esses 
princípios como parâmetros de interpretação na sua 
exegese das Escrituras”. O livro de Rick Varren, 
recordista de vendas, publicado em português com o 
titulo “Uma vida com Propósitos” promove a aceitação 
da psicologia na igreja ao incluir expressões 
psicologizadas. 
 
 
 
 30 
 
Como os pastores protestantes fazem a 
lavagem cerebral 
 
Para uma melhor compreensão da lavagem 
cerebral utilizada pelos pastores é necessário entender a 
técnica-base utilizada pelos mesmos. Eles usam um 
método chamado DECODIFICAÇÃO. Tentarei explicar 
aqui com algumas palavras. 
A DECODIFICAÇÃO é a desprogramação ou 
remoção de elementos da memória, de condicionamentos 
e de decisões, sempre realizados pela pessoa e 
registrados no nível inconsciente. O que é decodificado 
não mais é percebido pelo indivíduo no nível 
inconsciente. A memória antiga então desaparece, dando 
lugar a uma nova mentalidade. É bom deixar bem claro 
que o consciente e o inconsciente reagem de modo 
diferente à mesma coisa. O primeiro é racional; o 
segundo é carregado de emoção. É no inconsciente que 
os pastores trabalham mais. 
A maioria das pessoas têm um trauma latente no 
inconsciente. Quando acontece o transe coletivo 
realizado pelos pastores em seus cultos, este trauma 
(conflito interno), aflora, provocando na pessoa uma 
fenomenologia incontrolável como: mudanças de voz 
(ecolalia) fisionomia do rosto (prosopopéia), força 
superior (sansionismo), revelação de coisas ocultas 
(HIP), levitação, gritos, parece ser outra pessoa. Por mais 
estranho que pareça a crise, ela revela uma pessoa com 
um estado psíquico necessitando de tratamento sério, 
médico, psiquiátrico. Em geral, por trás do transe, há 
uma pessoa que teme assumir um conflito interno 
“trauma”. 
 31 
Para que o leitor entenda melhor, vamos fazer a 
comparação da lavagem cerebral, utilizada por estes 
pastores, com uma lata cheia de água. 
Nossa consciência em seus três níveis 
(consciente, subconsciente e inconsciente) se parece 
com uma lata cheia de água. Mais à superfície está o 
consciente, no fundo o inconsciente e no meio o 
subconsciente. O que cai dentro da lata, freqüentemente, 
vai para o fundo. O que está mais ao fundo da lata é o 
que tem maior influência sobre nossas decisões. 
Normalmente há estabilidade e cada nível se mantém no 
seu lugar. 
O clima religioso e emocional, a vozalta do 
pastor, a gritaria dos fiéis, o barulho constante que ocorre 
nos cultos, a música e seu ritmo provocam então algo 
como se desse um chute na lata e, então, os três níveis se 
misturam. Sobe o que está no fundo da lata e, daí, as 
diferentes reações, porque cada um tem um fundo de lata 
diferente. O momento de águas revoltas é o mais 
oportuno para se incutirem idéias e pensamentos, que 
depois descerão para o fundo da lata. O que, nesse 
momento, foi incutido na mente das pessoas vai para os 
níveis mais profundos da consciência e, por isso, fica 
extremamente difícil de modificar, pois se torna verdade 
irrefutável. Só pode mudar mesmo após muito tempo ou 
utilizando também de outra hipnose. 
Daí o fanatismo irracional, as idéias arraigadas 
que resistem a qualquer raciocínio e também a limitação 
que não admite outra hipótese nem é capaz de conviver 
com outro tipo de atividade ou preocupação pastoral. 
Não é pela razão e sim por um hipnotismo, ou emoção, 
que são incutidas idéias que nada têm de racionais e, 
portanto, não se ligam com outras. Além do mais, é 
“extremamente agradável” passar por estes momentos 
de vôos espirituais ou de “viagens” fora do nível normal 
 32 
da consciência, para fora dessa realidade “perversa e 
violenta”. Na verdade, estas pessoas gostam mesmo é de 
“flutuar”! Ficar como se estivessem anestesiadas 
perante a vida real. 
De uma hora para outra a família está errada, os 
amigos não eram amigos. Todos são “profanos”, 
“escravos do pecado”, etc. A pessoa é bombardeada 
pela nova visão e torna-se radical renegando tudo que 
vivera. Algumas mudanças chegam ao nível da pessoa se 
afastar dos próprios parentes e amigos, alguns chegam a 
abandonar a família. 
Depois deste “chute na lata” o estado mental é 
alterado e a faculdade crítica de pensar é suspensa. Nesse 
estado, a pessoa perde a noção de tempo, de dores, de 
problemas, e até de si próprio. Freqüentemente sente 
êxtase, intenso prazer, paz, alegria e poder. Esta 
condição é atingida por métodos que entorpecem o 
processo mental normal. O indivíduo fica como se 
estivesse “num mundo de fantasias”. O bom juízo, a 
análise crítica e as desconfianças são trocados pelo 
relaxe mental e a suspensão do raciocínio. Este relaxe 
acontece normalmente quando a pessoa sai do estado 
BETA e passa para o estado ALFA. BETA e ALFA são 
fenômenos conhecidos em Psicologia, Parapsicologia, e 
usados em todas as culturas de todas as épocas. 
É muito comum ouvir a gritaria dos fiéis que 
participam destas celebrações contagiando quem está lá 
carregando conflitos psicológicos. As pessoas procuram 
esses cultos para aplacar seu drama interior. Pastores e 
seus auxiliares aprendem a induzir o transe. “Confira como 
exemplo, as fotos 03, 04 e 05 que estão no final do livro”. Quando 
a pessoa está tonta, ela fica mais aberta para manifestar 
as supostas visões de Anjos, demônios etc. Os pastores 
ou os auxiliares costumam pôr a mão na cabeça dos fiéis 
e fazê-lo rodar. Outro recurso que funciona muito bem é 
 33 
tocar músicas altas no teclado, com acordes bem 
tenebrosos, porque o “demônio” não gosta de silêncio, 
segundo as explicações dos pastores e obreiros. 
Quem está no meio de um agrupamento tomado 
pela euforia tende a se deixar contaminar pela emoção. 
Há um mecanismo do sistema límbico do cérebro, o mais 
básico da área nervosa, que induz a pessoa a se 
comportar segundo as atitudes da multidão que a cerca. 
A maioria dos pastores usa voz “Cadenciada”, 
que é um padrão, um estilo de fala ritmada usada por 
hipnotizadores, para induzir transe. Na prática um pastor 
falando em voz “Cadenciada” parece estar seguindo o 
ritmo de um metrônomo, como se enfatizasse cada 
palavra num estilo monótono e padronizado. Conforme o 
estilo do culto, as pessoas são sugestionadas pela voz 
autoritária do pastor que consegue atingir uma espécie de 
estado hipnótico. A repetição das orações em voz alta, de 
olhos fechados, conhecida pela medicina como 
respiração holotrópica, produz um fenômeno de super 
oxigenação no cérebro. O resultado é um rebaixamento 
dos níveis de consciência. 
Existem vários métodos para uma pessoa entrar 
num estado mental alterado (EMA). As consequências 
dessas práticas ao longo do tempo não são positivas. Às 
vezes a pessoa passa de êxtase para terror sem motivo 
real. Ela pode sentir calor ou frio ou ter convulsões ou 
sentir correntes de eletricidade passar por seu corpo. 
Freqüentemente sente depressão quando está num estado 
mental normal, pois sente a ausência do efeito, pois o 
indivíduo passa ser como os dependentes químicos. A 
prática dessas coisas pode conduzir a uma paranóia, 
ansiedade, raiva, medo, confusão ou desorientação. Eu 
conheço pessoas, que hoje são desequilibradas e 
desestruturadas emocionalmente. Muitas delas tiveram 
que passar por tratamentos Psicológicos e algumas 
 34 
destas pessoas foram internadas para recuperação após 
fazer retiros promovidos pelas suas denominações 
religiosas. 
Além destas técnicas psicológicas, usadas pelos 
pastores, existem fraudes na maioria destes cultos. Um 
grande número de pastores exibem o diabo subjugado 
como se fosse um animal na jaula. Primeiro: Os 
pastores entrevistam o demônio para identificar seu 
"nome", invariavelmente uma entidade dos cultos afro-
brasileiros. “Confira como exemplo, as fotos 06 e 07 que estão 
nas últimas páginas ”. Segundo: Pergunta como ele se 
apossou daquela pessoa. Terceiro: Procura descobrir os 
males e sofrimentos que ele está provocando na vida 
(familiar, financeira...) da vítima. No quarto e 
derradeiro passo, o ritual perde o caráter de talk show 
com o demônio. Depois de humilhá-lo, o pastor ou o 
manipulador expulsa-o em nome e para a glória de 
Cristo. O que acontece na verdade, é que estes 
manipuladores fazem que as “pessoas em transe andem 
de joelhos ao redor da igreja, ou batem a cabeça nos 
nossos pés, ou ainda que imitem cachorros, galinhas, 
porcos e outros animais”. Quando o suposto demônio 
reluta em sair, o pastor pede a ajuda da platéia, que bate 
firme os pés no chão, ergue as mãos em direção ao 
possesso e brada “sai, sai, queima, queima”. 
Qualquer pessoa de bom senso notará que, se a 
intenção fosse curar a pessoa, não precisaria mantê-la 
tanto tempo diante da platéia, sendo ridicularizada. Esta 
cura poderia acontecer entre o pastor e a pessoa, ou seja, 
entre os dois, mas parece que isto não interessa. É 
necessário haver um show, um espetáculo para 
impressionar. Curiosamente, é que muitas igrejas 
protestantes buscam inspiração nas religiões afro-
brasileiras para apimentar seus cultos. 
 35 
Ora, jogar a culpa por tudo que há de errado no 
demônio é uma solução confortável para quem busca 
alívio nos cultos. As conseqüências podem ser perigosas. 
A pessoa sai da igreja acreditando que não tem 
responsabilidade moral pelos erros que comete. Por isso, 
é comum ouvir de pessoas, que foi sempre o demônio 
que “causou isso ou aquilo”, e nunca tem consciência de 
que são os responsáveis por tais acontecimentos. 
Durante pouco tempo, o crente passa a ter uma 
personalidade frágil e influenciável. Então é fácil de 
concluir que ele está pronto para ser manipulado por 
qualquer pastor, doutrinador ou um líder que se 
apresente como solução. Ao frequentar estas igrejas, o 
indivíduo escapa dos vícios e dos problemas para ser 
escravo desses pregadores. 
Eric Hoffer, um grande estudioso nesta área, diz 
que estas pessoas que se deixam ser levadas facilmente 
por um manipulador são literalmente seguidores cegos, 
pessoas que querem livrar-se de suas capacidades, de 
seus potenciais. Elas procuram por respostas, 
significados e iluminação em coisas externas a si 
mesmas. 
Hoffer diz em seu livro: "Essas pessoas não 
pretendem conseguir fortalecimento ou auto-afirmação, 
mas apenas fugir de si mesmas dando o controle de suasvidas a outros. São seguidoras não porque procuram 
auto-superação, mas, na verdade, porque anseiam a 
auto-renúncia!". Hoffer também diz que os Crentes 
Cegos "são eternamente, incompletos e inseguros". 
Nunca subestime o perigo que essas pessoas 
representam. Elas podem ser facilmente transformadas 
em fanáticas que defenderão a ferro e fogo suas "causas 
sagradas ou seus mestres". Isso se dá porque essas 
 36 
"supostas causas sagradas" na verdade substituem a fé 
que perderam em si mesmas. 
A grande maioria dos "crentes cegos" aqueles 
que se tornam fanáticos ou fundamentalistas podem ser 
divididos em três classes: Primeira: as pessoas 
inseguras; Segunda: as mentalmente desequilibradas; 
Terceira: as "solitárias", sem esperanças e amigos. 
Continua Hoffer: “Aprendi tudo isso por 
experiência própria. Ao longo dos anos em que passei 
ensinando técnicas e conduzindo treinamentos, 
defrontei-me com essas pessoas constantemente. Tudo 
que podia fazer era tentar mostrar que a única coisa a 
ser procurada é o autoconhecimento. Devem encontrar 
suas respostas apenas em si mesmas através do Criador 
e não através de criaturas como os manipuladores”. 
Outros itens observados nestes cultos. 
1) Sobre a possessão – A maioria dos pastores 
empregam técnicas e truques para induzir o fiel a entrar 
em transe nas sessões de exorcismo. 
2) Sobre a Trilha sonora - O tecladista executa 
melodias leves nos momentos de alusão a bênçãos 
divinas. Mas, quando o pastor menciona as ações do 
demônio e de espíritos malignos, ouve-se uma sucessão 
de acordes pesados, que lembram filmes de terror. 
3) Sobre a Iluminação - Em muitos cultos realizados à 
noite, quase todos os pastores, que vi pregar, apagam as 
luzes principais da igreja. Envoltos na penumbra, os fiéis 
ficam mais sugestionáveis. Os pastores também pedem 
às pessoas que fechem os olhos 
4) Sobre o Roteiro - Para evocar os demônios, os 
pastores fazem orações repetitivas. A mente humana 
 37 
tende a aceitar como verdadeiras as frases proferidas 
sucessivamente, em tom de autoridade e num ambiente 
emocional. 
5) Sobre a Coreografia - Os obreiros apertam e 
balançam a cabeça ou o corpo do fiel em movimentos 
circulares. A tontura e a falta de apoio no chão são 
fatores que induzem o transe 
6) Sobre a Sonoplastia - Em algumas igrejas, junto com 
a música, são reproduzidas gravações de gritos e sons de 
assombração. Esses ruídos estimulam o inconsciente das 
pessoas em transe a considerar real aquela manifestação, 
objetos mágicos que embalam as sessões de descarrego. 
Contudo, há maneiras mais sutis de manipular as 
pessoas. As atitudes podem ser formadas e mantidas 
através de vários processos: 
Estes líderes e pregadores alienam as pessoas por 
pressão moral e condicionamento psicológico que não 
respeita a liberdade de decisão, uma pressão 
particularmente nociva quando se trata de jovens durante 
o frágil período de estruturação. 
Suas pregações se baseiam muito no medo do 
futuro, envolvimento afetivo, proposta de sessões 
isoladas, o mundo vai "acabar" em breve, e outros. A 
pessoa não tem sequer tempo para pensar, e é isto que se 
pretende. 
7) Peer Pressure. (a pressão dos colegas para fazer uma 
pessoa conformar-se a eles) Imagine cinquenta pessoas 
colocadas dentro de uma sala escura, todos olhando para 
a mesma parede. Dois projetores mandam cada um, um 
raio de luz contra a parede. Quarenta pessoas (que estão 
dentro do jogo) começam a dizer que vêem os dois raios 
se afastando um do outro, apesar de não estar 
 38 
acontecendo nada disso. Com grande frequência os 
outros dez também verão os raios afastando-se um do 
outro. Este é um efeito bem conhecido dentro da 
psicologia. O ser humano é influenciado fortemente 
pelos outros ao seu redor. Somos crédulos demais 
quando nos encontramos em circunstâncias favoráveis a 
nos convencer. 
Esta técnica é usada em muitos cultos. As 
reuniões começam com testemunhos de pessoas que, ao 
princípio não aceitavam de jeito nenhum esses 
ensinamentos. Eles contam logo como foram 
convencidas por acontecimentos inegáveis e 
maravilhosos. Contam histórias tão exageradas e com 
tanta convicção que começam a amolecer a resistência 
dos ouvintes desconfiados. O movimento está tão 
saturado com pensamentos sobre os milagres, as 
revelações e os sonhos que se torna fácil acreditar e até 
começar a ver e fazer aquelas mesmas coisas. 
Logo vêm os ensinamentos "doutrinários". O 
pregador usa passagens da Bíblia, fora de contexto e com 
uma interpretação peculiar para "mostrar" a verdade de 
seus erros. É comum citar a conversão de Saulo no 
caminho a Damasco como exemplo dos desmaios 
produzidos (e até fingidos) dentro do avivamento 
falsificado. Outro é a queda dos soldados romanos 
quando prenderam Jesus no Monte das Oliveiras. 
Devemos notar que os desmaios hoje em dia quase 
acontecem dentro de um ambiente cuidadosamente 
preparado com o uso de estados mentais alterados e com 
o "peer pressure" de dezenas ou centenas de pessoas 
participando. 
Outros fenômenos psicológicos usados nestes 
cultos são as expectativas elevadas. Geralmente antes de 
uma "cruzada" ou um acontecimento maravilhoso, as 
pessoas estão condicionadas a esperar "coisas novas e 
 39 
estranhas". O campo é cuidadosamente cultivado para 
logo semear e colher experiências extraordinárias. É 
comum ver muita propaganda escrita ou feita com alto-
falantes ou transmitida pela rádio e até pela televisão. 
As pessoas que convidam a tais reuniões já são 
convencidas e vão preparando o convidado para ver e 
sentir coisas místicas e diferentes. De qualquer forma, a 
expectativa é elevada a altos níveis. Uma predisposição 
ao miraculoso é criada psicologicamente. 
Geralmente os manipuladores fazem a multidão 
esperar longo tempo antes de fazer a sua entrada. Isso dá 
tempo para o ambiente saturar-se de expectativas. 
Quando o manipulador começa, ele avisa que coisas 
estranhas acontecerão e que não devem se assustar. O 
manipulador é experiente na manipulação psicológica e 
quando chega a hora de produzir os efeitos, dezenas e até 
centenas de pessoas estão preparadas a ver e ouvir e até 
fazer o que foram ditos de antemão que veriam e 
ouviriam e fariam. 
8) O Poder Sutil da Sugestão. O poder da sugestão é 
muito forte, especialmente quando combinado com 
estados mentais alterados ou "peer pressures". Nesse 
caso a pessoa entra no que se chama a 
hipersugestão. Primeiramente devemos mencionar que 
algumas pessoas são mais dadas a este fenômeno do que 
outras. Estima-se que, nos Estados Unidos, uma em 
cada doze pessoas tem a capacidade de criar 
mentalmente uma experiência fictícia e depois crer 
firmemente que foi realidade. Em localidades mais 
propensas á superstição e ao misticismo, essa proporção 
aumenta. 
Pessoas propensas á hipersugestão 
frequentemente adoecem da "sindrome de cinco graus". 
São pessoas inteligentes, intuitivas, orientadas ao visual 
e com imaginações bem ativas. Primeiro são pessoas 
 40 
confiantes em outras. Segundo, eles têm um notável 
desejo de ser agradável aos outros. Terceiro, eles tem 
desenvolvido a capacidade de aceitar experiências 
contraditórias. Quarto gostam de experimentar coisas 
novas e esquisitas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 41 
 
Outras técnicas comuns no uso da 
Lavagem cerebral 
 
 
O processo de doutrinação de vários pastores e 
líderes protestantes é, em grande parte, dirigido por 
técnicas de persuasão que já estão diretamente ligadas à 
forma de conquistar as pessoas alcançadas por sua 
mensagem e, principalmente, manter sob controle os 
seus adeptos, de tal forma que, mesmo 
inconscientemente, tais técnicas já fazem parte da 
identidade dessas organizações. 
Os fundadores destas igrejas levam para suas 
denominações toda a ideologia persuasivados credos dos 
quais se desligaram, formando um ciclo vicioso de 
persuasão e fanatismo. São fanáticos que geram mais 
fanáticos, que por sua vez produzem mais e mais 
fanáticos. 
Entre as técnicas existentes, as mais comuns são: 
1. Uso de Estereótipos (generalizações) 
2. Substituição de Nomes 
3. Seleção e Indução 
4. Distorções e Falsidade 
5. Repetição 
6. Escolha de Um Inimigo 
7. A Doutrina do Medo 
Cada um destes tópicos está explicado abaixo: 
 
1. Uso de Estereótipos 
 42 
A mais poderosa arma psicológica usada pelos 
manipuladores para incrementar o preconceito é criar 
estereótipos tanto para si mesma, e seus adeptos, quanto 
para seus rivais. Muitos líderes de várias denominações 
protestantes costumam apresentar as outras organizações 
religiosas cristãs sob a pior luz possível, de acordo com 
sua própria interpretação particular da Bíblia, além de 
uma seletiva interpretação de fatos históricos. 
Esmeram-se em criar estereótipos desfavoráveis 
com o objetivo de degradar o cristianismo praticado por 
outras religiões, selecionando aspectos negativos de 
determinados grupos cristãos durante a história, tal como 
o conflito entre católicos e protestantes na Irlanda e as 
Cruzadas. E generalizam suas conclusões aplicando ao 
todo das religiões cristãs – no presente e no passado – as 
características negativas específicas de grupos locais ou 
de determinada época. Devido ao estereótipo das demais 
religiões cristãs, cultivado com imagens negativas 
selecionadas. 
Não há surpresa em verificar que os líderes 
destas igrejas protestantes minimizam e desprezam 
qualquer boa ação da parte de cristãos individuais de 
outros grupos religiosos. Para eles, as demais 
denominações cristãs são todas igualmente más e fazem 
parte de "Babilônia, a grande", o império mundial da 
religião falsa, nome extraído do livro bíblico 
do (Apocalipse 18,2). Somente eles possuem a verdade 
"verdadeira" e devem divulgá-la aos falsos cristãos das 
outras denominações religiosas, para encontrar entre eles 
as ovelhas perdidas. 
Ainda conforme os estereótipos criados por eles 
na mente de seus adeptos, o ensinamento e as 
publicações destes grupos são os verdadeiros alimentos 
espirituais providos por Deus. Todas as demais fontes de 
informação resumem-se a filosofias e pensamentos de 
 43 
homens, devendo ser tratadas como tal. Estes 
estereótipos inseridos nas mentes dos seus seguidores 
são baseados exclusivamente em informações 
tendenciosas, preparadas de maneira a justificar a 
ascendência do grupo sobre eles e assim conduzi-los a 
compartilhar das mesmas conclusões propostas pelos 
seus líderes. Dando a impressão de que existem "provas" 
apontando que o grupo e, por conseguinte, que seus 
membros são os únicos "portadores da verdade". 
2. Substituição de Nomes 
A substituição de nomes é uma prática comum do 
doutrinador. Ao criar a mensagem, o doutrinador 
substituirá algumas palavras por outras, que produzirão 
uma impressão diversa do sentido original, com objetivo 
de realçar ou diminuir emoções e assim conquistar a 
aceitação da mensagem pelo público-alvo. 
Exemplificando, para os defensores da legalização do 
aborto, o bebê que a mulher grávida carrega na barriga 
torna-se um "feto", pois é evidente que a morte de 
alguma coisa chamada feto choca muito menos que a de 
um bebê. Da mesma forma, para seus defensores, o 
capitalismo feroz transforma-se num singelo "livre 
empreendimento". 
Essas igrejas fazem exatamente o mesmo em suas 
abordagens de forma a conseguir a aceitação de seus 
ensinamentos por parte daqueles que são alcançados por 
sua mensagem. Desta maneira, as demais religiões são 
reunidas em designações depreciativas que as designe: 
Os católicos são tratados por "papistas ou idólatras"; os 
adeptos do candomblé ou espíritas, por "feiticeiros". A 
depender da linha protestante, os estereótipos podem ser 
ainda mais abrangentes: "os pentecostais", os "neo-
pentecostais", os "renovados", os "conservadores" e etc. 
 44 
A forma pejorativa visa, naturalmente, diminuir 
ou eliminar qualquer base de respeitabilidade de tais 
denominações religiosas. Qualquer um que não seja 
membro da denominação é chamado simplesmente de 
"mundano" e aqueles que abandonam a denominação 
recebem o rótulo negativo de "apóstata". Similarmente, 
porém com sentido positivo, os integrantes destas igrejas 
são chamados constantemente de "cristãos", "ungidos", 
"povo de Deus", "escolhidos", "rebanho", "crentes", 
"escravo fiel e discreto", identificando-os com passagens 
bíblicas. Estes termos, que são definidos como 
linguagem descritiva provocam reações emocionais 
instantâneas, com julgamentos positivos ou negativos, 
cada vez que as palavras ou frases são verbalizadas ou 
lidas. 
3. Seleção e Indução 
Na técnica de "Seleção", o doutrinador seleciona 
cuidadosamente a informação para que os pontos 
destacados estimulem os leitores ou ouvintes para as 
conclusões que, esperam-se, eles atinjam. Informações 
são cuidadosamente omitidas quando são inúteis para 
influenciar a conclusão final, pois do "fiel" é esperado 
um julgamento baseado única e exclusivamente nas 
indicações e dados fornecidos. Freqüentemente, o "fiel" 
não tem conhecimento da existência de outras 
informações que possam contradizer a conclusão que 
dele se espera. A seleção cuidadosa das evidências limita 
a possibilidade do leitor questionar as afirmações e 
conclusões do pastor doutrinador, isto é deliberadamente 
planejado para evitar ou desestimular raciocínios 
pessoais e avaliações independentes. 
Similar a esta é a técnica de "indução". Indução é 
uma forma de argumentação onde toda a evidência 
(verdadeira ou falsa) é simbolicamente empilhada, em 
ordem, de modo que sejam lidas ou ditas uma a uma, em 
 45 
seqüência, fazendo com que no final a única conclusão, 
possível, seja aquela que o doutrinador quer ver aceita. É 
freqüente nesta técnica a comparação das idéias do 
doutrinador com as idéias dos opositores, porém é feita 
de tal maneira que o ponto de vista do primeiro parece 
ser sempre a idéia correta. 
Não raro ao sermos abordados por membros 
destas igrejas, habitualmente fazem perguntas fechadas, 
por sinal, perguntam muito e respondem muito pouco, e 
tentam conduzir as conclusões do interlocutor aos seus 
objetivos. Por exemplo: 
- Você crê na Bíblia, crê que ela seja a palavra de Deus? 
- pergunta o adepto de uma igreja. 
- Sim, claro que creio – responde o Católico 
desinformado. 
- Bem, se você crê na Bíblia, crê que ela seja a palavra 
de Deus, logo, você crê que tudo o que esteja fora dela 
não vem de Deus. 
- Sim, parece lógico. – responde o Católico 
desinformado. 
- Então a veneração aos santos, a existência de um 
purgatório, os pronunciamentos de seus padres e bispos 
são antibíblicos e, por conseguinte, contrários a Deus. – 
vaticina o adepto da igreja. 
- É... Parece que é isso mesmo. – responde o Católico 
que jamais leu o catecismo, desconhece os pilares da sua 
própria doutrina, nada sabe da Bíblia e foi fisgado por 
uma argumentação "indutiva" das mais fajutas. 
As literaturas e pregações destas igrejas são 
altamente seletivas no material apresentado aos seus 
adeptos. Muitas informações a respeito da Igreja 
Católica, mesmo de caráter histórico como o período da 
inquisição e as cruzadas, ou a respeito de erros e crimes 
cometidos por prelados católicos, ou fiéis católicos, são 
descritas de forma a conduzir os adeptos a concluir que a 
 46 
Igreja é má, e, por conseguinte, "do mal" provém o seu 
ensinamento, que pelo comportamento de seus 
sacerdotes e leigos se pode inferir a dignidade do 
Catolicismo. Não especificações, mas generalizações, 
não há contexto, mas pretexto em tudo o que se 
transmita. 
Uma pessoa desinformada, bombardeada por esta 
saraivada de informações e evidências apresentadas por 
estas denominações, provavelmenteconcordará com o 
ponto de vista das mesmas. Contudo, assim como em 
toda informação prestada por esses grupos, existe sempre 
um outro lado que está ausente, que não foi apresentado 
ou foi apresentado fora do contexto, deslocado do 
objetivo original, mutilado e editado. O destinatário da 
mensagem desse grupo é induzido a concluir que a 
opinião dela (do grupo) é a única solução viável. De uma 
coisa é preciso estar bem ciente: Estas igrejas e seus 
doutrinadores usarão somente informações - mesmo 
sendo questionado no contexto original - que apontem na 
direção de suas conclusões e ignorará ou desconsiderará 
qualquer outra informação que possa levar alguém a uma 
conclusão diferente. 
4. Distorções e Falsidades 
A falsidade é um método comumente usado por 
estas igrejas. Fabricando, torcendo, esticando ou 
omitindo evidências utilizadas na doutrinação obtendo 
resultados eficazes. Vejamos por exemplo, este artigo 
recém escrito pelo Pastor Ralph Woodrow acerca do seu 
livro “Babilônia a Religião dos Mistérios”. 
Durante vários anos, o meu livro "Babilônia, a 
Religião dos Mistérios" foi muito popular, gozando de 
enorme circulação e sendo traduzido para diversas 
línguas. Até hoje não cessam de chegar pedidos de 
compra e questionamentos acerca desse livro. Apesar da 
 47 
sua popularidade, deixei de editá-lo há alguns anos e, 
agora, ofereço em seu lugar o livro "Conexão 
Babilônia?". 
Algumas cartas que recebi têm sido bastante 
calorosas, louvando a minha honestidade e integridade, 
manifestando apreço pelos esclarecimentos fornecidos 
pelo livro substituto "Conexão Babilônia?". Outras 
cartas, porém, de espírito medíocre, dizem que sou 
"idiota", "distorcedor da verdade", um "grande 
covarde", um "traidor de Cristo". Alguém chegou 
mesmo a dizer: "Espero que você morra logo. Eu quero 
que você morra!". 
Essas cartas demonstram como algumas pessoas 
podem se tornar tão fanáticas em relação a um conjunto 
de erros desaguando, assim, em erros ainda maiores: 
julgam com ódio e desonestidade. 
Meu livro original continha algumas informações 
valiosas, mas também continha certos ensinamentos que 
tinham se tornado popular em um livro editado vários 
anos antes, "As Duas Babilônias", de Alexander Hislop. 
Este livro alega que a religião da antiga Babilônia, sob a 
liderança do Nimrod e sua esposa, recebeu mais tarde 
disfarces de sonoridade cristã, transformando-se na 
Igreja Católica Romana. Com efeito, existiriam duas 
"Babilônias": uma antiga e outra moderna. Prova disso 
era apresentada citando inúmeras semelhanças com o 
paganismo. O problema com este método é o seguinte: 
em muitos casos não há qualquer conexão. 
Vamos supor que em 10 de maio um homem foi 
assassinado em Seattle e existissem diversas razões para 
se acreditar que uma determinada pessoa o cometera, 
pois possuía motivo para isso. Ela era fisicamente forte, 
possuía uma faca, e tinha antecedente criminal. Ela era 
conhecida por seu temperamento violento e ter ameaçado 
a vítima no passado. Todas estas coisas apontam esta 
 48 
pessoa como a assassina, com exceção de uma coisa: em 
10 de maio ela não se encontrava em Seattle, mas na 
Flórida! 
O mesmo se dá com essas alegações que falam 
das origens pagãs. O que pode parecer uma conexão, 
após uma investigação mais aprofundada, se verifica que 
não existe qualquer ligação! 
Pelo uso deste método poder-se-ia fazer com que 
praticamente qualquer coisa tivesse origem pagã, até 
mesmo os "arcos dourados" da rede de lanchonetes 
McDonald's! Com efeito, a Enciclopédia Americana 
(verbete “Arco” ) afirma que o emprego dos arcos já era 
conhecido na Babilônia em 2.020 a.C. Ora, sabendo-se 
que a Babilônia foi chamada de "a cidade dourada" (cf. 
Isaías 14,4), poder-se-ia ter alguma dúvida quanto a 
origem dos arcos dourados da McDonald's? Eram 
bobagens como estas os tipos de provas que eram 
apresentadas sobre as origens pagãs do Catolicismo. 
É, aliás, com este método, que os ateus há muito 
procuram desacreditar a Bíblia e o Cristianismo por 
inteiro, não apenas a Igreja Católica Romana. 
Por este método, seria possível a qualquer um 
condenar as denominações protestantes e evangélicas - 
como a Assembléia de Deus, Batista, Igreja de Cristo, 
Luterana, Metodista, Nazareno, etc - em coisas básicas 
como a oração; o hábito de se ajoelhar para orar deveria 
ser rejeitado porque os pagãos se ajoelhavam para orar 
aos seus deuses. O batismo em águas também teria que 
ser rejeitado porque inúmeros ritos pagãos envolviam 
água; etc. 
Por este método, a própria Bíblia poderia ser 
rejeitada como pagã. Isto porque todas as seguintes 
práticas ou crenças mencionadas na Bíblia eram também 
conhecidas entre os pagãos: elevação das mãos durante a 
 49 
adoração, hábito de tirar os sapatos quando se pisasse em 
solo sagrado, existência de montanha sagrada, existência 
de local sagrado em um templo, oferecimento de 
sacrifícios perfeitos, arca sagrada, existência de uma 
cidade de refúgio, fazer brotar água de uma rocha, 
possuir leis escritas sobre pedras, aparição de fogo sobre 
a cabeça de uma pessoa, existência de cavalos de fogo, 
oferecimento dos primeiros frutos, dízimos, etc. 
Por este método, o próprio SENHOR poderia ser 
pagão. A mulher chamada Mistério Babilônia tinha uma 
taça na sua mão; o Senhor tem uma taça em sua mão 
(Salmo 75,8). Os reis pagãos sentavam em tronos e 
usavam coroas; o Senhor se senta em um trono e usa 
coroa (Apocalipse 1,4; 14,14). Pagãos adoravam o sol; o 
Senhor é o "Sol da Justiça" (Malaquias 4,2). Os deuses 
pagãos foram assimilados a estrelas; o Senhor é chamado 
de "a estrela brilhante da manhã" (Apocalipse 22,16). 
Os deuses pagãos tinham templos dedicados a eles; o 
Senhor também tem um Templo (Apocalipse 7,15). Os 
deuses pagãos foram retratados com asas; o Senhor é 
retratado com asas (Salmo 91,4). 
Eis aqui um exemplo de algumas afirmações 
INFUNDADAS que são feitas acerca da religião da 
antiga Babilônia: 
 Os babilônios se confessavam e confessavam os 
pecados aos sacerdotes, os quais vestiam roupas 
clericais da cor preta. 
 O rei deles, Nimrod, nasceu em 25 de dezembro; 
faziam decorações em árvores de natal e 
comungavam hóstias em sua honra, como deus-
Sol. 
 Os adoradores do sol acorriam semanalmente aos 
seus templos - no domingo - para cultuar o deus-
Sol. 
 50 
 A esposa de Nimrod, Semíramis, tinha o título de 
Rainha Virgem do Céu e era mãe de Tammuz. 
 Tammuz foi morto por um javali quando tinha 40 
anos. Logo, os 40 dias da Quaresma vieram para 
homenagear a sua morte. 
 Os babilônios lamentavam por ele em uma 
"Quinta-Feira Santa" e adoravam a cruz (a letra 
inicial de Tammuz). 
É impressionante como ensinamentos infundados 
como esses circulam e se tornam críveis. Qualquer 
pessoa pode ir a qualquer biblioteca e consultar qualquer 
livro sobre a história antiga da Babilônia: nenhuma 
destas coisas poderá ser encontrada. Essas afirmações 
não possuem fundamento histórico; ao contrário, são 
baseadas em um monte de peças de quebra-cabeças 
sobre mitologia juntada arbitrariamente. 
 
Alexander Hislop, por exemplo, ensinou que 
figuras mitológicas como Adonis, Apolo, Baco, Cupido, 
Dagon, Hércules, Jano, Marte, Mitra, Moloque, Órion, 
Osíris, Plutão, Saturno, Vulcano, Zoroastro e muitos 
outros eram, todos eles, Nimrod! Ele inventou a sua 
própria "história" de Nimrod! E ele fez a mesma coisa 
com a esposa Nimrod. Assim, de acordo com a sua 
teoria, Nimrod era um negro de grande estatura, feio e 
deformado. Sua esposa, Semíramis - também conhecida 
como Páscoa -, afirma, era uma das mais belas mulheres 
brancas, com cabelos loiros e olhos azuis, uma decaída, 
inventora do canto soprano, a originante do celibato 
sacerdotal, a primeira para quem foi oferecida a missa 
incruenta! Isto não é história fática; classifica-se melhor 
na categoria dos tablóides sensacionalistas.O mesmo se dá com o que diz respeito aos 
objetos, como - por exemplo - que as hóstias eram 
símbolos do deus-sol. Porém, deixa de referir que isto se 
aproxima também do próprio maná dado por Deus 
 51 
(Êxodo 16,14) Algumas pessoas estão prontas para 
condenar todos os pilares e monumentos históricos como 
pagãos, mas deixam de considerar que o próprio Senhor 
apareceu como um pilar de fogo e que em frente do seu 
Templo existiam dois grandes pilares (Êxodo 13,21-22; 
2 Crônicas 3,17). 
 
Porque a Babilônia tinha uma torre (Gênese 
11,4), alguns supõem que este é motivo pelo qual 
existem igrejas com torres ou campanários: estariam 
copiando a Babilônia! Um repórter de um jornal de 
Columbus, Ohio, escreveu-me a esse respeito. Nessa 
cidade e em muitos outros lugares esta afirmação tem 
sido feita. Permita-me dizer claramente: nenhuma igreja 
jamais incluiu um campanário ou torre em seu edifício 
de culto para copiar a torre de Babel! Por que 
desacreditar milhares de cristãos nascidos de novo, 
promovendo idéias que não têm qualquer conexão? Se 
uma torre em si é pagã, Deus seria pagão, pois David o 
descreveu como "minha grande torre" (2 Samuel 22,3; 
cf. Provérbios 18,10). 
 
Nenhum Cristão que coloca um adesivo com o 
símbolo de um peixe no pára-choque traseiro do seu 
carro jamais o faz para homenagear o deus-peixe Dagon. 
Nenhuma congregação coloca uma cruz em uma igreja 
com a finalidade de homenagear Tammuz. Nenhum 
cristão jamais participou da vigília da Páscoa para 
cultuar Baal. Nenhum cristão jamais adorou uma árvore 
de Natal como um ídolo. Alegar que "todas essas coisas 
tiveram início na Babilônia" não é apenas um argumento 
divisionista e infrutífero, mas também falso. 
 
Isto foi o que procurei fazer no meu livro 
"Conexão Babilônia?" Que substituiu o meu livro 
anterior "Babilônia: a Religião dos Mistérios". 
 
 52 
Veja um outro relato do ex - pastor Protestante 
Steve Wood sobre distorções e falsidades, com o 
objetivo de converter Católicos ao Protestantismo: 
“Fui protestante por 20 anos antes da minha 
conversão ao catolicismo. Como líder de grupo de 
jovens, evangelista em prisões e universidades, e como 
pastor, levei muitas pessoas do catolicismo para o 
protestantismo, inclusive meus pais e outros parentes. 
Isto foi muito fácil. Eu utilizava a seguinte fórmula em 
três etapas para conseguir meu objetivo”. 
Primeiro passo: convidar os Católicos às igrejas 
protestantes para ter uma "experiência de conversão". 
As igrejas protestantes organizam movimentos jovens 
bastante dinâmicos, como shows, louvores nas casas e 
pequenos grupos de estudos bíblicos. Além disso, 
empreendem congressos, seminários e "cruzadas" 
evangelísticas. Durante um convite "inocente" de um 
amigo protestante, o católico começa a participar destes 
eventos enquanto ainda freqüenta as missas aos 
domingos em sua própria igreja. 
Segundo passo: dar uma versão protestante à 
sua conversão. Uma conversão verdadeira é uma das 
maiores experiências da vida, possivelmente 
comparáveis ao nascimento e ao casamento. A conversão 
desperta uma insaciável "fome" de Deus. Os líderes 
protestantes treinam obreiros para darem continuidade a 
esta experiência espiritual. 
Antes de um congresso, eu dava um curso de seis 
meses para obreiros. Eu os mostrava como dar a 
interpretação protestante da experiência de conversão 
com versículos bíblicos selecionados. A passagem 
escolhida era (Jo 3,3) “Jesus replicou-lhe: Em verdade, 
em verdade te digo: quem não nascer de novo não 
poderá ver o Reino de Deus”. 
 53 
Rapidamente líamos (Jo 3,3) e víamos que é 
necessário nascer de novo para obter a vida eterna. Então 
falava de conversões em termos de novo nascimento. 
Líamos (Jo 3,5) que afirma a necessidade de nascer "da 
água e do espírito". Eu nunca mencionava que por 20 
séculos a igreja católica, reproduzindo o consenso 
unânime dos padres, entendeu estas passagens como 
referência ao sacramento do batismo! E com certeza eu 
não citava (Tito 3,5) como referência paralela à (Jo 3,5). 
“Em toda minha vida de protestante, observei 
que todos os católicos convertidos ao protestantismo 
desenvolveram uma firme rejeição à fé católica”. 
Em 20 anos de ministério protestante, nunca 
conheci um católico que soubesse que (Jo 3,3-8) falasse 
do sacramento do batismo. Por isso era muito fácil 
convencê-los que a Igreja que assim interpretava estaria 
enganada. 
Provérbios diz "Quem advoga sua causa, por 
primeiro, parece ter razão; sobrevém a parte adversa, 
que examina a fundo." (Provérbios 18,17). Os católicos 
que não conhecem sua fé Católica jamais terão a 
oportunidade de ouvir "o resto da história". Meu uso 
seletivo das escrituras fazia a fé protestante ser 
convincente. Na maioria das vezes este método causava 
a repulsa dos católicos à fé católica. 
Terceiro passo: acusar os católicos de não 
ensinar a salvação pela graça. Para convencer os 
católicos de que eles tinham que sair de suas igrejas, eu 
usava (Ef 2,8-9) “Porque é gratuitamente que fostes 
salvos mediante a fé. Isto não provém de vossos méritos, 
mas é puro dom de Deus. Não provém das obras, para 
que ninguém se glorie”. 
 54 
Primeiro eu dizia: "A Bíblia afirma que a 
salvação se dá pela graça e não pelas obras, certo?". A 
resposta deles era sempre sim. Então eu dizia: "A Igreja 
Católica diz que a salvação se dá pelas obras, certo?" 
Nunca conheci um Católico que, durante todo 
meu ministério pastoral, me contradissesse e afirmasse 
que a Igreja Católica ensina a salvação pela graça e não 
somente pelas obras!). Então, finalmente, eu falava: "Por 
isso, a Igreja Católica está levando as pessoas para o 
inferno quando nega a salvação pela graça. Convido-te 
a vir a uma igreja que ensine o verdadeiro caminho para 
a salvação". Era fácil. 
Pelo fato de usar a mesma técnica do "touch and 
go", nunca citava o versículo 10 de Efésios que diz 
"Somos obra sua, criados em Jesus Cristo para as boas 
ações, que Deus de antemão preparou para que nós as 
praticássemos." Façam um teste, ouçam com atenção os 
televangelistas. Nove entre dez vezes darão ênfase a (Ef 
2,8-9) e esquecerão o versículo 10. 
Nós não somos escravos que tentam em vão 
ganhar nossa salvação por "obras da lei" (Ef 2,8-9). Por 
sermos filhos de Deus, somos inspirados e movidos pelo 
Espírito Santo a fazer todo tipo de "boas obras" em 
cooperação como o Senhor para alcançar o Reino 
Celestial (Ef 2,10). O Catolicismo ensina e mostra a 
mensagem completa de (Ef 2,8-10), sem abreviar a 
verdade. 
Por 20 séculos a verdade ensinada na Igreja foi a 
salvação pela graça. O primeiro Papa Simão Pedro, 
disse: "Nós cremos que pela graça do Senhor Jesus 
seremos salvos, exatamente como eles" (At 15,11). O 
Catecismo da Igreja Católica, dedicado pelo Papa João 
Paulo II à Igreja, diz: "Nossa justificação vem da graça 
de Deus. A graça é favor, o socorro gratuito que Deus 
 55 
nos dá para responder a seu convite: tomar-nos filhos de 
Deus, filhos adotivos participantes da natureza divina, 
da Vida Eterna." (1996). 
Quando trabalhava convertendo Católicos ao 
protestantismo não havia me tocado que Lutero havia 
acrescentado a palavra somente na sua tradução para o 
alemão de Romanos 3,28 para dar base à sua nova 
doutrina (tal palavra não é encontrada em nenhuma 
versão protestante atual de (Rm 3,28). Não percebi que o 
único momento em que a Bíblia cita a frase "somente 
pela fé" é em (Tiago 2, 24), onde a idéia de Lutero é 
explicitamente refutada: "Vedes como o homem é 
justificado pelas obras e não somente pela fé?". Este 
versículo é prejudicial ao protestantismo, mas eu preferia 
ignorá-lo, ou me contorcia para fazer com que 
significasse algo que não significava a verdade. 
Os Católicos devem participar de eventos 
protestantes? 
Não faço objeções a participarem de eventos 
protestantes contanto que: 
* Tenham firmeza quantoà fé católica; 
* Tenham conhecimento de sua fé a ponto de interagirem 
com não-Católicos, usando a Bíblia e os pais da Igreja; 
* Tenham a consciência de que a mais profunda presença 
de Cristo não se encontra em gritos e gestos frívolos ou 
em fortes emoções, mas em momentos de silêncio como 
na adoração Eucarística (1 Rs 19,11-12). 
Infelizmente os Católicos nascidos depois da 
Segunda Guerra Mundial para cá não estão se 
encaixando nesses requisitos. Para estes, participar de 
eventos protestantes é abrir as portas para deixarem a 
Igreja Católica. 
 56 
Neste momento existem milhares de católicos 
que estão prontos para deixar a Igreja que Cristo 
edificou. Recentemente tomei conhecimento de um 
grupo de católicos que não mais usará o Catecismo da 
Igreja em seus estudos bíblicos, pois acreditam que tudo 
está na Bíblia. Eu lhes direi onde este grupo irá acabar: 
numa igreja protestante. 
Como alguém cuja família fez uma jornada 
completa de volta ao Catolicismo, gostaria de fazer um 
apelo aos líderes dos diversos grupos católicos: “não 
deixem católicos despreparados penetrarem em eventos 
protestantes, quaisquer que sejam. Eles terão uma 
rápida e falsa experiência religiosa, que trará grande 
risco de fazê-los perder a fé. Sei muito bem do que estou 
falando. Será muito mais seguro expô-los a elementos 
protestantes somente quando já tiverem sido 
exaustivamente expostos ao catolicismo”. 
Outras distorções e falsidades 
Em outros casos, são aplicadas também outras 
metodologias falsas, onde Histórias de atrocidades têm 
sido usadas nas Cruzadas, na inquisição e em todos os 
períodos negros da história da Igreja, isso sem considerar 
que os fatos reais ocorridos nesses períodos falam por si. 
Para os protestantes é necessário dramatizar situações, 
ressaltar ou inventar fatos tendo em vista a despertar a 
ira e o desprezo de seus adeptos pela Igreja Católica e 
seus fiéis, e isso tem sido feito com grande eficácia. 
Exemplo: 
Há 500 anos o Papa mandou ´matar´ Galileu só 
porque ele disse que a terra é redonda. Há 2.700 anos 
atrás a Bíblia já dizia que a terra é redonda (Isaías 
40,22). Do livro "Será Mesmo Cristão o Catolicismo 
Romano?" - Hough P. Jeter. 
 57 
Estas frases contêm várias imprecisões, próprias 
de quem falam sem saber ao certo o que diz. Galileu 
faleceu em 1642, portanto há pouco mais de 350 anos - e 
não há 500 anos; faleceu de morte natural, não foi 
assassinado a mando de nenhum papa. Foi perseguido 
pela inquisição? Sim foi, mas por defender o 
heliocentrismo - o sol como centro do universo - e não 
que a terra era redonda. E Isaías (Is 40,55) profetizou 
durante o exílio (587´538 a.C), ou seja, há 2.500 anos 
aproximadamente; ao falar do ´ciclo da terra´, não se 
pode dizer que tinha em vista a esfericidade da terra, já 
que ciclo refere-se a conjunto de tudo o que havia no 
mundo conhecido, e não necessariamente a forma 
arredondada do globo. 
Ou seja, quem vier a ler esse texto tomará uma 
mentira por uma verdade, pior, o autor cita fontes em seu 
livro, entre elas, documentos da própria Igreja Católica 
que não cita em nenhuma de suas linhas qualquer 
referência à mentira descrita. Ou seja, não há a intenção 
de informar, mas confundir. 
Em suma, não há limite ético ou moral nesse 
recurso, deseja-se apenas que o membro de uma 
determinada igreja acredite na mentira que lhe é passada, 
afinal, não dispondo de informações que contradigam os 
argumentos do grupo, fatalmente o adepto não discutirá 
as fontes e nem a procedência da informação, 
principalmente quando vêem citadas tantas fontes 
aparentemente fidedignas como enciclopédias e 
documentos da própria Igreja Católica. Ademais, 
qualquer mínima contestação coloca o adepto e não a 
igreja sob suspeição, o adepto passará a ser visto como 
uma "ovelha negra" no meio do rebanho, e passará a ser 
coagido e vigiado de todas as formas. O objetivo final 
não é passar uma informação, mas desenvolver no 
adepto uma atitude hostil frente à Igreja Católica e seus 
 58 
fiéis, se o caminho para isso é lícito ou não, pelo 
exemplo acima é bastante fácil chegar a uma conclusão. 
É interessante lembrar que todos os documentos 
da Igreja Católica estão disponíveis ao grande público, é 
possível consultá-los na Internet ou adquiri-los em 
qualquer livraria católica ou leiga. A Igreja não proíbe 
seus fiéis de ler textos históricos a respeito da própria 
Igreja. Pouca gente sabe que, o que foi conservado 
acerca das cruzadas ou da inquisição, o foi pela própria 
Igreja, muitos de nossos mosteiros ainda conservam 
esses documentos e os coloca á disposição de quem se 
interesse em lê-los. Ou seja, nem mesmo a própria Igreja 
teme seu passado, pelo contrário, o coloca à vista de 
todos, para que os erros do passado não voltem a ser 
cometidos. E para que ninguém afirme o que jamais 
aconteceu, mas mesmo isso não é suficiente aos seus 
opositores. 
5. Repetição 
O Pastor ou o Obreiro usa muito a repetição, para 
gravar a mensagem nas mentes dos ouvintes. Joseph 
Goebbles, ministro da propaganda de Adolf Hitler, 
sustentava: "Se uma mentira for repetida várias vezes, 
sempre com convicção, tornar-se-á uma verdade". 
Portanto, se uma palavra ou frase for usada repetidas 
vezes, depois de algum tempo será aceita, tendo 
significado verdadeiro ou não. 
As igrejas protestantes usam muito esta técnica e 
repetem exaustivamente muitas palavras, e tais palavras 
ganham a conotação mental de um estigma. Ao referir-se 
a Católicos dizem exaustivamente palavras como 
"idólatras", "papistas" ou ainda "romanistas". A mais 
recentemente utilizada com amplitude é "mariólatras" 
ou "adoradores de Maria". A utilização repetitiva desses 
termos automaticamente remonta às substituições de 
 59 
nomes que tratamos neste artigo, provocam a imediata 
associação de tais termos a negatividades, a coisas que 
devem ser combatidas, coisas que devem ser evitadas ou 
subjugadas. 
Por outro lado, utilizam a mesma técnica quando 
deseja atribuir a si próprios uma conotação diferente 
quando se referem ao universo de religiões. 
 Habitualmente chamam a si próprios de 
"cristãos" numa referência exclusivista, ou ainda 
atribuem à palavra "irmão" apenas àqueles que 
compartilham de seu credo, colocando inclusive laços 
consangüíneos apartados dessa definição. 
Atribuem a todos os demais seres humanos da 
terra a definição "do mundo", como se estivesse à parte 
do necessário bom convívio humano. Enfim, repetem, 
repetem e repetem, até que essas palavras repetidas 
ganhem uma conotação automática. Os adeptos não são 
apenas doutrinados com a repetição de palavras, mas 
com o uso repetido das mesmas associadas ao estigma 
aplicado a elas, ora positivo, ora negativo. 
6. Escolha de um Inimigo 
O Doutrinador, Pastor, Obreiro, manipulador e 
etc... Terá sempre um inimigo. A mensagem "não é 
somente PARA algo, mas também CONTRA algo, um 
inimigo real ou imaginário que tenta frustrar a suposta 
vontade de sua audiência". Dois efeitos são observados: 
1. A agressividade é direcionada para outros e 
não para as causas defendidas pelo doutrinador; 
2. Ajuda consolidar a lealdade dos que estão 
dentro do grupo. O doutrinador descreve com imagens 
estereotipadas e diabólicas o inimigo identificado. 
 60 
Quanto mais forte o inimigo, mais forte será a unificação 
do grupo à causa, uma unificação que é baseada no medo 
e no ódio. 
As igrejas protestantes, em geral, sempre foram 
bem sucedidas em criar imagens temíveis de inimigos 
maléficos para incutir medo e suspeita nos seus adeptos. 
Instilou também a imagem de que Deus protege aqueles 
que mantêm a obediência dentro da organização e os que 
estão fora dela poderão ser destruídos por Deus. 
Toda e qualquer crítica dirigida à igreja, ou 
mesmo ao que ela acredita, será maximizado como uma 
perseguição declarada, e como crêem serem os únicos 
detentoresda verdade, essa imaginária perseguição afeta 
diretamente o estabelecimento do Reino de Deus, e todos 
os seus adeptos têm por obrigação assumir a defesa desse 
"reino" personificado no grupo. Ou seja, a denominação 
será sempre uma vítima e todos os demais são inimigos 
em potencial quando se contrapõem a ela. 
Da mesma forma, eleger um inimigo facilita 
bastante as coisas. É com base nesse inimigo que a 
doutrinação encontrará seu ápice. Não são poucas as 
denominações religiosas que fazem da Igreja Católica o 
centro de sua existência. "Se há algo a combater, vamos 
combater aquela a quem todas as outras combatem", 
pensa o Pastor, doutrinador, manipulador e etc. Esse é o 
único pensamento no qual há consenso entre as diversas 
igrejas e também das seitas existentes. Se há algo a 
comparar negativamente, compara-se com a Igreja 
Católica. Se houve uma reforma nas instalações do 
templo, o Pastor dirá: "Vejam como ficou belo o nosso 
templo... e sem precisar de qualquer imagem". Se 
houvesse a mínima possibilidade da Igreja Católica 
sucumbir, certamente o futuro destas igrejas seria muito 
curto, ou seja: Se a Igreja Católica morresse agora neste 
 61 
mesmo instante, o que é impossível, nesta mesma hora, 
estaria morto o protestantismo. 
7. A Doutrina do Medo 
Por fim, temos o mais terrível estágio da 
doutrinação: o medo que a igreja infunde no indivíduo, e 
que tem graves desdobramentos e, não raro, conduz a 
graves danos psicológicos e morais. 
O adepto é conduzido a ter medo do próprio 
grupo, não de forma direta, mas através de vários 
conceitos que lhe são impostos. Milhares de igrejas 
protestantes, a todo o tempo, se ocupam em manter sob 
seu controle os membros já conquistados. Para isso, 
utilizam todos os recursos de persuasão antes citados, 
mas aplica-os de forma perspicaz entre seus adeptos. 
Não raro, vários membros são conduzidos a ver 
naqueles que não professam a sua crença um oponente. 
Pouco importando se esse oponente imaginário seja 
alguém de seu convívio mais próximo ou um parente que 
não comungue da mesma crença. Famílias são destruídas 
por conta dessa linha doutrinária, casamentos são 
desfeitos, filhos são abandonados, relações estáveis de 
amizade são rompidas. 
A denominação incute no adepto a noção de que 
ele faz parte da "luz", é um "filho da luz" pelo fato de 
integrar a mesma, e todos os demais são "trevas", e a luz 
não se deve misturar com as trevas. Incute, ainda, outro 
temor que impede o livre pensar do adepto: o de que ele, 
o adepto, caso se desligue da organização passará a fazer 
parte do reino de trevas. Muitas vezes o adepto sente-se 
motivado a abandonar o grupo, mas permanece fiel por 
medo de ver-se segregado pelos amigos e parentes. 
 62 
Outro aspecto da doutrina do medo se reflete nos 
graves danos psicológicos provocados naqueles que se 
desligam desta ou daquela igreja. Perdem o convívio dos 
amigos e da família, perdem suas casas, sua identidade 
social, muitas vezes perdem seus empregos ou 
oportunidades de trabalho, além de não mais 
conseguirem se ajustar socialmente a qualquer outra 
igreja ou grupo. 
Não raro, sentimentos de culpa passam a permear 
a vida do ex-membro, ele passa a sentir-se culpado pela 
ruptura familiar, tem sobre si a impressão de falência 
existencial. Tudo isso somado ao pior dos frutos, o 
ceticismo. A religião e a fé se tornaram fonte de 
sofrimento, ou seja, a igreja que não escraviza, 
indiferentiza. Cria um ser humano onde a fé, antes 
fecunda, se verteu em indiferentismo e ceticismo. Isso é 
facilmente explicável: O Deus de uma seita, por 
exemplo, é ela mesma. 
No Brasil, porém, podemos observar que as 
igrejas protestantes que utilizam destas técnicas, tornam-
se cada vez mais agressivas em relação à Igreja Católica. 
Existe até um plano de estratégicas dito 
“AMANHECER” para tornar a América Latina um 
continente protestante dentro de poucos anos. 
 
Com efeito registra-se: 
 
1) Uma forte campanha para desarraigar os 
Católicos das suas origens religiosas, levando-os a 
romper os vínculos com sua comunidade. Esta etapa 
compreende violentas campanhas de difamação do 
Catolicismo, campanhas de teor superficial, com base em 
mentiras, calúnias e notícias imprecisas, como foi falado 
antes. Os arautos do protestantismo repetem supostos 
chavões sem saber justificar o que dizem. Chavões 
interessam porque são agressivos, não porque sejam 
 63 
verídicos. Assim o Católico que não tem conhecimento 
da sua fé, aprende a perder o amor à Santa Igreja 
Católica, a única que Cristo Fundou. 
 
2) Ao mesmo tempo os pastores se apresentam 
como autênticos mestres, os únicos que conhecem a 
Bíblia e a podem explicar. As explicações que oferecem, 
são frequentemente primárias, subjetivas, muito distantes 
do sentido do texto Sagrado, que foi originariamente 
escrito em Hebraico, Aramaico ou Grego. Assim 
pretendem ganhar a simpatia e a amizade dos Católicos. 
Tocam fibras sentimentais e afetivas muito mais do que a 
inteligência, a lógica e a veracidade. 
 
São muito bem treinados e preparados na arte da 
oratória. Em suas pregações, gostam muito de 
impressionar pessoas que não tem nenhum conhecimento 
sobre Bíblia, a palavra de Deus etc. 
 
3) Aos poucos a intenção é ir modelando uma 
reeducação enganosa, muito mais afetiva do que 
intelectual baseada em preceitos não fundamentados. 
Certas palavras assumem enorme capacidade de 
impressionar e marcar negativamente, como a veneração 
que maldosamente é dita ADORAÇÃO. São utilizadas 
também outras palavras como MARIOLATRIA, 
PAPOLATRIA etc. 
 
Todos nós já escutamos nos meios de 
comunicações chamadas como: “dia do descarrego”; 
“meia-noite da libertação”; “noite da quebra de 
feitiços”, “dia do óleo santo de Israel”; “corrente dos 
empresários”; “culto da sexta-feira 13”; “sexta-feira 
forte, desencapetamento total” etc. 
 
Não raro, em programas de rádio ou TV dessas 
igrejas, os “pastores” que apresentam tais programas, 
quando perguntados por ouvintes sobre as razões de seus 
 64 
infortúnios, respondem sem pensar: “Foi um feitiço, um 
trabalho, uma maldição que jogaram em você! 
Compareça a nossa igreja...”. Já se estabelece nesse 
curto contato uma relação de sugestionador e 
sugestionado, entre o pretenso "pastor" e sua vítima 
em potencial. 
 
Termos como “descarrego” sempre estiveram 
tradicionalmente relacionados ao fetichismo e à magia, 
temas que sempre foram objeto de repúdio por parte do 
cristianismo. Qual seria então a justificativa para a venda 
de falsos objetos sagrados e da utilização de elementos 
da superstição popular por parte de seitas evangélicas em 
pleno século XXI? As respostas são várias, mas orbitam 
em torno de uma única motivação: Dinheiro. 
 
Essa verdadeira escravização de mentes é em 
parte responsável pelo esplêndido crescimento dessas 
igrejas. O “pastor”, por sua vez, ocupa uma posição 
bastante similar a de um curandeiro, detentor de uma 
"magia boa”, antídoto que protege o fiel de toda uma 
miríade de riscos espirituais aos qual o mesmo está 
exposto fora da igreja. E a igreja ocupa grande parte de 
sua pregação em solidificar esses conceitos em seus fiéis. 
São pastores falando de feitiços, magias, bruxarias e 
demônios. 
 
Por mais absurdo que pareça, a observação 
comprova essa relação de sujeição dos fiéis motivada 
pelo medo e ignorância, da mesma forma que atesta o 
comportamento vicioso dos pretensos pastores, o que os 
coloca no mesmo calibre dos curandeiros e feiticeiros 
que dizem combater. 
 
Em geral, com os fiéis incentivados a relacionar 
sua fé cristã a fetichismos e crendices, não ocorre uma 
verdadeira conversão. Muito embora o slogan 
“encontrei Jesus” seja o mais repetido pelos adeptos de 
 65 
tais igrejas, Jesus, nesse contexto, é tão somente um 
elemento a mais nesse processo de aprisionamento, e não 
o motor de uma grandemudança de vida. A mensagem 
cristã que lhes chega é bastante distante da real. E o 
"Jesus'' que lhes é oferecido é tão somente aquele dos 
milagres e dos exorcismos, deixam de fora o real Jesus, 
que também exige uma verdadeira revolução moral na 
vida do fiel. 
 
Ao conduzir o fiel a acreditar que a prática da 
igreja referente a “proteção” contra maldições é 
suficiente garantia de sua paz e integridade, o fiel é na 
verdade conduzido a colocar Deus como mero 
coadjuvante do poder daquela denominação. Ou seja, 
Deus, apenas, não seria suficiente à sua necessidade de 
proteção. Para o fiel, Deus, sem esta denominação, "não 
surte efeito". 
 
A multiplicação destas igrejas protestantes, em 
nossos dias se explica, em grande parte, por duas causas: 
 
1) O indivíduo subjetivista e relativista da 
mentalidade moderna a partir de Martinho Lutero (século 
XVI). 
 
2) A insegurança do homem contemporâneo que 
sente angústia diante da crise da sociedade e se dá por 
feliz, quando alguém, em nome de um poder supremo, o 
acolhe e lhe propõe certezas e garantias (ainda que 
fantasiosamente fundamentadas). 
O que temos notado, com estudos da Psicologia, 
Parapsicologia e outros estudos científicos, é que, os 
líderes destas igrejas e grupos religiosos levam os 
adeptos ao fanatismo, a intolerância e a escravidão 
através da hipnose e lavagem cerebral. Chegam a um 
ponto de viverem isolados e incompatibilizados com a 
família, amigos e com todo o contexto social. 
 66 
O processo de manipulação é dirigido pelos 
“supostos iluminados” que proporcionam técnicas e 
métodos quase irresistíveis, até mesmo para as pessoas 
mais fortes. Conseguem fazer com que as pessoas 
acreditem que só a Bíblia deles é verdadeira, que eles é 
que são os sucessores dos apóstolos de Cristo, que só 
devem ler publicações impressas por eles, porque todas 
as outras são materiais apóstatas, que só eles vão para o 
"Céu", etc. 
Depois dos encontros de captação, das 
conferências, festas ou cursos, vêm os contatos pessoais, 
os inquéritos, por meio dos quais se investigam as 
condições em que vive o possível adepto, as suas 
esperanças, as suas frustrações, os seus interesses, os 
seus problemas, e a tudo isso o grupo religioso dará uma 
resposta, seja para retificar o mau funcionamento do 
casal, para solucionar problemas sexuais, problemas de 
tóxico - dependência, de alcoolismo, de tabagismo, de 
esgotamento, do lazer, da solidão e desespero pela morte 
de um ente querido. 
As igrejas protestantes criam um clima que 
provoca a ligação do candidato com toda comunidade da 
mesma; para isso pratica-se o "bombardeamento de 
amor": é rodeado de carinho, por um acolhimento 
entusiasta, envolvendo-o num clima de amizade; 
organizam-se encontros, uma festa etc. O candidato 
vive uma autêntica lua-de-mel. Ao mesmo tempo, vai-
se cercando o candidato fascinado pela personalidade do 
líder e da comunidade. 
 
 
 
 
 67 
 
As mesmas técnicas usadas em seitas. 
 
 
Para que o leitor se aprofunde mais, seria melhor 
explicar o que é uma seita, a fim de mostrar outros 
detalhes que se passa também dentro do protestantismo 
atual. 
 
 Seita é uma dissidência ou um grupo fechado 
que julga estar o mundo corrupto, e pretende ter a 
verdade como patrimônio seu e solução para todos os 
problemas da humanidade. É uma fé e uma prática 
centralizada em doutrina falsa, que exige devoção para 
um ponto de vista, ou para um líder religioso. É um 
grupo de indivíduos reunidos em torno de uma 
interpretação errônea da Bíblia, feita por uma ou mais 
pessoas. Na verdade é uma heresia organizada. 
 
As seitas usam inúmeras técnicas para fazer com 
que os membros permaneçam, comprometam-se e 
participem até de atividades que podem ser prejudiciais. 
A soma destas técnicas é chamada de controle mental, 
ou lavagem cerebral e também persuasão, que envolve 
o rompimento do sentido do 'eu' de uma pessoa. 
Estas técnicas são usadas para conseguir que as 
pessoas façam algo que normalmente não fariam. A 
maioria dos psicólogos acredita que as técnicas de 
lavagem cerebral, similares às usadas em interrogatórios, 
mudam os processos de pensamento de uma pessoa. Na 
doutrina e na escolha de pessoas para participar de seitas, 
estas técnicas incluem os itens abaixo relacionados. 
Decepção - as seitas usam truques para conseguir 
membros e para fazer com que se comprometam com 
uma causa ou estilo de vida do qual não têm total 
 68 
conhecimento. As seitas enganam os novos membros a 
respeito das verdadeiras expectativas e atividades do 
grupo. Escondem qualquer sinal de práticas ilegais, 
imorais ou super controladoras até que o novato esteja 
totalmente envolvido com o grupo. O líder pode usar a 
consciência alterada dos membros, induzida por 
atividades como meditação, cantos ou para aumentar a 
vulnerabilidade às influências. 
 
Isolamento - Eles tiram os membros do convívio 
social (até mesmo entre eles) para conseguir 
introspecção intensa, confusão, perda de perspectiva e 
um senso de realidade distorcida. Os membros da seita 
passam a ser seus únicos contatos sociais e seu único 
mecanismo de reação. 
 
Podem impedir que novos membros conversem 
com outros novos membros. Talvez eles só possam 
conversar durante um curto período com membros que já 
estejam comprometidos com a seita há bastante tempo. 
 
Não podem ter contato não supervisionado com o 
mundo externo. Desta forma, não há chances de uma 
"tomada de consciência" ou confirmação das 
preocupações de um novo membro com relação ao 
grupo. 
 
As seitas normalmente infundem a crença de 
que os que não são membros do grupo são perigosos. 
 
Dependência induzida - as seitas exigem 
devoção, lealdade e submissão absoluta e inquestionável. 
O sentido do 'eu' de um membro de uma seita é 
sistematicamente destruído. No fim das contas, 
sentimentos de inutilidade e maldade são associados à 
independência e pensamento crítico, já os sentimentos de 
cordialidade e amor passam a ser associados à submissão 
inquestionável à seita. 
 69 
 
O líder normalmente controla cada minuto da 
vida de um membro. Não há tempo livre para pensar ou 
analisar. 
 
É dito aos membros o que comer, vestir, como 
alimentar seus filhos, quando dormir. E eles 
são impedidos de tomar decisões. 
 
Quaisquer talentos especiais que ele possa ter são 
imediatamente desvalorizados e criticados a fim de 
confundir seu sentido de valor próprio. 
 
Quaisquer dúvidas, certezas ou laços com o 
mundo externo são punidos pelo grupo através de 
críticas, culpa e alienação. Perguntas e dúvidas são 
sistematicamente "viradas de ponta cabeça" para que ele 
se sinta errado, inútil e "maldoso" por perguntar. O 
membro se sente amado novamente ao renunciar a essas 
dúvidas e ao se submeter à vontade do líder. 
 
Pode ser privado de alimentação adequada e/ou 
sono para que sua mente fique confusa. 
 
O líder pode alternar momentos de elogios e 
carinho com desprezo e punição para mantê-lo 
desequilibrado, confuso e, dessa forma, causar 
insegurança. De vez em quando, pode oferecer presentes 
e privilégios especiais para que ele continue submisso. 
 
Pode ser pressionado a confessar seus pecados 
em público, depois é cruelmente ridicularizado pelo 
grupo por ter sido cruel e sem valor. Se sente amado 
novamente quando toma conhecimento de que sua 
devoção à seita é a única coisa que pode lhe trazer 
salvação. 
 
 70 
Medo - uma vez que a total dependência é 
estabelecida, ele deve continuar apoiando o líder ou sua 
vida pode desmoronar. 
 
O líder pode punir a dúvida e a insubordinação 
com trauma físico e emocional. 
 
Uma vez que os laços com o mundo externo são 
desfeitos, ele sente que o grupo é sua única família e que 
não tem outro lugar para ir. 
 
A satisfação às suas necessidades depende da boa 
vontade do líder. Ele deve "se comportar"ou não recebe 
comida, água, interação social ou proteção do mundo 
externo. 
 
Passa a acreditar que apenas os membros do 
grupo estão salvos, portanto, se ele sair vai enfrentar a 
maldição eterna. 
 
Não existe seita sem um líder poderoso e 
carismático. Um líder carismático possui a estranha 
habilidade de fazer as pessoas o seguirem sem 
questionamentos. Os membros da seita são devotos do 
líder, não de suas idéias. Ele tem total controle sobre 
seus seguidores, ninguém questiona suas decisões e ele 
não tem responsabilidade por nenhuma pessoa do grupo. 
A maioria das seitas religiosas exige devoção 
absoluta a uma única pessoa que é considerada o Deus, 
ou conectada diretamente a Ele (o Messias), a um profeta 
ou a algum outro de posição sagrada. Este é um 
componente importantíssimo para manter a devoção 
absoluta: para os membros de uma seita, apenas essa 
pessoa pode levá-los à salvação. Sem ela, eles passarão a 
eternidade no inferno. 
 71 
Como uma pessoa consegue uma posição como 
esta? Uma cena comum é um pregador ou membro de 
igreja que tenha sido expulso de lá por pregar idéias 
extremas ou não convencionais ou por mostrar sinais de 
desonestidade ou instabilidade. Quando ele vai embora, 
seus seguidores vão juntos, ou ele se junta a uma seita já 
existente e acaba fazendo de tudo para ter controle. 
Recrutamento dos membros. 
 
No entanto, estudos mostram que pessoas que se 
juntam a seitas possuem uma incidência apenas um 
pouco maior de problemas psiquiátricos do que a 
população em geral. 
Os membros das seitas são de todos os estilos de 
vida, faixas etárias e tipos de personalidade. No entanto, 
uma característica comum entre quase todos é o estresse 
elevado. Pesquisas indicam que a maioria das pessoas 
que acabam entrando para uma seita foram pegos 
durante um período de grande estresse. Pode ser o 
estresse associado com a adolescência, sair de casa pela 
primeira vez, uma separação ruim, perda de emprego ou 
morte de uma pessoa amada. Pessoas nestas condições 
podem estar mais suscetíveis quando uma pessoa ou um 
grupo diz ter as respostas para todos os seus problemas. 
Michael Langone, Ph.D, um psicólogo especializado em 
seitas, também define alguns traços psicológicos que 
podem fazer de uma pessoa um alvo fácil, entre eles: 
Dependência - um forte desejo de fazer parte de 
algo, resultado de uma baixa confiança em si mesmo; 
falta de autoconfiança - uma dificuldade para dizer não 
ou questionar autoridade; ingenuidade - uma tendência 
em acreditar no que dizem sem ao menos pensar no 
assunto; baixa tolerância a incertezas - uma necessidade 
de ter as respostas para todas as perguntas 
imediatamente, tudo preto no branco; desilusão com a 
 72 
situação atual - um sentimento de marginalidade dentro 
da própria cultura e um desejo de ver essa cultura mudar, 
idealismo ingênuo - uma crença cega de que todos são 
bondosos; desejo por um sentido espiritual - uma 
necessidade de acreditar que a vida tem um objetivo 
maior. 
Os recrutadores, pessoas designadas para 
conseguir recrutas, passeiam por lugares onde é provável 
que encontrem pessoas passando por um período de 
muito estresse ou que possuam os traços de 
personalidade descritos acima, ou seja, passeiam por 
toda parte. Alguns lugares bem produtivos podem ser 
campus de universidade, encontros religiosos, grupos de 
apoio e de auto-ajuda, seminários relacionados à 
espiritualidade, mudança social e agências de emprego. 
Em um artigo de 1990, na revista San Francisco 
um ex-membro de uma seita, que não quis se identificar 
comentou sobre como é fácil ser pego por eles: "as 
pessoas não percebem como são suscetíveis. Os sorrisos 
estampados naqueles rostos levam pessoas ingênuas e 
receptivas a acreditarem no que dizem". Ela foi 
abordada no campus da Universidade da Califórnia, em 
San Diego, quando tinha 19 anos. Seus pais fizeram de 
tudo para "desprogramá-lo", oito anos depois. 
Os principais métodos para a escolha dos 
membros giram em torno da decepção e da 
manipulação. Prováveis membros não ficam sabendo da 
verdadeira natureza ou intenções do grupo. Em vez 
disso, os recrutadores retratam o grupo como sendo algo 
para o público em geral, sem pressão e benigno. Podem 
dizer, durante um encontro na igreja, que o grupo se 
reúne uma vez por semana para discutir idéias a fim de 
levantar fundos para um novo abrigo de sem-tetos. 
 73 
São capazes de convidar um aluno de colegial 
para conversar sobre como o serviço público pode 
melhorar o sistema de inscrição para as universidades. 
Identificam as necessidades ou desejos 
específicos de seus alvos e jogam com eles. Aprendem a 
detectar os medos e vulnerabilidades das pessoas e 
retratam a seita conforme estes dados. Por exemplo, se 
uma jovem acabou de passar por um rompimento com o 
namorado e está se sentindo deprimida e sozinha, um 
membro da seita pode dizer a ela que seu grupo ajuda 
pessoas a superar problemas interpessoais e a reconstruir 
a confiança para dar a volta por cima. 
Se um homem acabou de perder sua esposa em 
um acidente de carro e não consegue suportar o fato de 
não ter dito adeus, um recrutador pode dizer que seu 
grupo ajuda pessoas a alcançar a paz depois de uma 
morte repentina. 
Parece estranho que alguém aceite estes tipos de 
convites, mas existe alguns fatores que fazem a situação 
parecer mais agradável. Primeiro, o recrutador pode ser 
alguém que a "vítima" conheça. Pode estar no dormitório 
daquela garota da faculdade ou no grupo de apoio a 
sobreviventes daquele homem. Quando alguém está 
triste, solitário ou desesperado, pode confiar facilmente 
em alguém que diz saber o caminho de volta para a 
felicidade. Além disso, seitas normalmente isolam os 
novatos para que não tenham uma "tomada de 
consciência". Podem realizar reuniões ou serviços em 
horários que normalmente seriam para passar com a 
família e com os amigos, podem fazer "retiros" que 
insiram o novato em uma mensagem de grupo por vários 
dias seguidos e podem pedir que eles não discutam sobre 
o grupo com outros até que saibam mais a respeito, para 
que não iludam as pessoas ou contem apenas uma parte 
da história. 
 74 
Este tipo de isolamento estreita drasticamente a 
estrutura de reação de uma pessoa por um período de 
tempo, até o ponto em que as únicas pessoas com quem 
eles realmente se comunicam sejam os membros do 
grupo para o qual estão sendo convidados. Por esta 
razão, suas dúvidas a respeito do grupo nunca são 
reforçadas e acabam se transformando em insegurança. 
Ao olhar para seus sorrisos, para as pessoas amáveis 
que encontraram paz e felicidade os seguindo, até parece 
que este é o caminho certo. 
Uma vez que a pessoa participa de uma reunião, 
serviço ou palestra é convidada para muitas outras. É 
recebida com muita alegria na família da seita e 
convidada a se comprometer com o grupo. Já, a partir do 
primeiro dia, o processo é de manipulação. Para os que 
ficam, o processo de aceitação culmina na submissão de 
sua própria personalidade para a "vontade do grupo". 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 75 
 
A música, a lavagem cerebral e a hipnose 
nos cultos. 
 
 
Não sei se o leitor já se deparou com a seguinte 
pergunta! Porque que as denominações protestantes têm 
uma enorme preocupação com a música em seus cultos? 
Não se pode duvidar do poder que ela tem sobre a mente 
humana. A música é capaz de alterar o estado mental do 
ouvinte, assim como dominá-lo. A música é um método 
eficaz na produção do estado de transe, mesmo quando 
não produzido intencionalmente. 
 
Teóricos que se especializaram nos efeitos 
fisiológicos da música se impressionam a que ponto o 
ser humano pode ser afetado pela musica: Ela influi na 
digestão, nas secreções internas, na circulação, na 
nutrição e na respiração, como também até as redes 
nervosas do cérebro são sensíveisaos princípios 
harmônicos. A música provoca certas mudanças 
biológicas, podendo ocasionar uma alteração no pulso, 
na respiração e na pressão externa do sangue; retarda a 
fadiga muscular e aumenta o metabolismo, amplia a 
sensibilidade e facilita o acesso a outras formas de 
estímulo e percepção. 
 
Rítimos musicais acelerados elevam o ritmo das 
pulsações do coração e, portanto, a excitação emocional. 
Dessa forma, o ritmo se torna importante nas diferentes 
formas de reações mentais. Ritmos diferentes produzem 
reações diferentes. O ritmo pode conduzir a histeria, 
criar ou provocar um efeito hipnótico. Se for do tipo 
repetitivo, obsessivo, causará psicologicamente uma 
depressão; e se iniciar de forma lenta, passando a um 
movimento cada vez mais rápido, poderá provocar 
obscurecimento da consciência, especialmente se a 
 76 
melodia que o acompanha for contínua, sem fim, 
suprimindo a sensação de tempo. 
 
As variações cadenciadas, que se aceleram cada 
vez mais e mais, elevam a pessoa a manifestar o 
“Divino”. Quando esse se torna repetitivo, através de 
instrumentos de percussão, o ouvinte pode sentir fadiga, 
passando por um “amortecimento consequente da 
consciência, levando “a um verdadeiro estado de 
hipnose”. No entanto em várias circunstâncias, a música 
é o elemento-chave em várias igrejas para produzir um 
estado de transe nos fiéis. 
 
O Fundador da Igreja Metodista, John Wesley, 
juntamente com seu irmão Charles, utilizava-se da 
música como uma ferramenta poderosa para alcançar os 
objetivos desejados, os hinos eram dirigidos às emoções 
religiosas e não à inteligência. Wesley descobriu esta 
técnica extremamente eficaz de conversão, técnica 
empregada não apenas em outras denominações 
protestantes, mas também na moderna guerra política. 
Na atualidade, a música tem se tornado uma parte 
importante do culto, especialmente quando existem 
equipamentos e recursos para intensificar os efeitos da 
música. 
 
Aldous Huxley, comentando sobre a facilidade 
de recursos para induzir estados de sugestionabilidade 
nas massas, diz: “Reuni uma multidão de homens e 
mulheres, tratai-os com música de banca amplificada, 
luzes brilhantes e a oratória de um demagogo, e 
podereis reduzi-los a um estado sub-humano quase sem 
mente”. 
 
A música é um dos métodos mais utilizados 
para alcançar o êxtase. Esse fenômeno pode ser 
facilmente observado praticamente em todas as igrejas 
pentecostais. 
 77 
 
Conclusão 
 
Existem formas de implantar ideias e 
comportamentos na mente das pessoas sem que estas 
conscientemente optem por tais condutas, mas qualquer 
decisão filosófica, política ou religiosa, deve ser tomada 
de forma consciente e não imposta de forma abusiva, 
como acontece dentro de quase todas as denominações 
protestantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 78 
 
Dr. Dick Sutphen, hipnólogo e mestre em 
psicologia 
 
 
Para que o leitor possa entender melhor todo este 
sistema nas igrejas protestantes, veja só o que diz este 
psicólogo ao participar do Congresso Mundial de 
Hipnotizadores Profissionais em Las Vegas, nos Estados 
Unidos. 
“Tudo que direi aqui vai apenas expor a 
superfície do problema. Não sei como o uso abusivo 
dessas técnicas pode ser contido.” 
Ao falar sobre lavagem cerebral, estou falando de 
minha profissão. Eu conheço as técnicas como a palma 
de minha mão, e sei quão eficiente podem ser. Produzo 
fitas de hipnose e programação subliminar e, em alguns 
de meus seminários, uso táticas de conversões para 
ajudar os participantes a tornarem-se independentes e 
auto-suficientes. Mas todas as vezes que as uso, 
antecipadamente aviso a todos para que possam escolher 
entre participar ou não. Todos sabem, ao participarem, 
qual será o resultado visado. 
Antes de começar, quero expor os fatos 
fundamentalmente básicos sobre o assunto. Ninguém, 
em toda a história da humanidade, ao sofrer lavagem 
cerebral, veio a aperceber-se disso. Na maioria dos 
casos, após sofrerem-na, vão apenas defender 
apaixonadamente seus manipuladores, dizendo que esses 
lhe "mostraram a luz" ou "mudaram suas vidas 
miraculosamente". 
 
 79 
Para compreender melhor os métodos de lavagem 
cerebral, temos que falar das Três Fases Cerebrais. 
Pavlov, cientista Russo, as explica muito bem. 
Três estados distintos e progressivos de inibição 
foram identificados por Pavlov. O primeiro: é a fase 
equivalente, em que o cérebro dá idêntica resposta a 
estímulos fortes ou fracos. O segundo: é a fase 
paradoxal, nela o cérebro responde mais intensamente 
aos estímulos fortes que aos fracos. O terceiro: é a fase 
ultraparadoxal, onde padrões de respostas e 
comportamentos condicionados invertem-se de positivo 
para negativo ou vice-versa. 
Progressivamente, através de cada fase, o grau de 
conversão torna-se maior. Os meios para alcançá-la são 
muitos e extremamente variados, mas o primeiro passo a 
ser dado tanto para a lavagem cerebral religiosa, é 
enfocar e trabalhar nas emoções do indivíduo ou grupo, 
até que isso produza níveis anormais de raiva, medo, 
excitação ou tensão. 
Como conseqüência, essa condição impede o 
discernimento claro e aumenta a sugestionabilidade. 
Quanto mais esse estado for mantido ou intensificado, 
mais crescem seus efeitos. Uma vez atingida a catarse, 
ou "primeira fase mental", a manipulação torna-se mais 
fácil, e assim as programações mentais preexistentes 
podem ser substituídas por novos padrões de 
comportamento e pensamento. 
Além disso, outras formas usadas para modificar 
as funções cerebrais são dietas radicais ou com excesso 
de açucares, desconforto físico, técnicas de respiração, 
iluminação especial, efeitos sonoros, etc. 
Curas durante o culto 
 
 80 
É muito comum ver pessoas que vão à frente do 
púlpito para receber a cura. Pode ser que o pregador 
toque suas cabeças e grite “Cure-se?” Na verdade, isso 
descarrega a energia psíquica, e em muitos casos, causa 
Catarse, que é a liberação de emoções reprimidas. Os 
indivíduos podem chorar cair no chão ou até ter 
convulsões. Se a catarse realmente for atingida, há uma 
boa chance de se curarem. Nesse estado – que é uma das 
três fases cerebrais mencionadas anteriormente – as 
programações cerebrais são "desativadas" 
temporariamente, e assim surge o ensejo para que novas 
sugestões sejam incutidas. 
Para alguns a cura é permanente, para a maioria 
vai durar de 4 a 7 dias. Essa duração "coincidentemente" 
é quase a mesma de uma sugestão hipnótica dada a um 
sonâmbulo. E mesmo que a cura não seja permanente, se 
voltarem toda semana, o poder da sugestão pode vir a 
solucionar o problema, mas tristemente também pode 
acabar mascarando algo sério que em longo prazo pode 
ser extremamente prejudicial. 
As técnicas e a organização das cerimônias vão 
variar de igreja para igreja. Muitos falam em outras 
línguas para induzir a catarse em alguns indivíduos, 
enquanto o espetáculo cria imensa tensão no resto de 
seus observadores. As técnicas hipnóticas usadas pela 
maioria dessas igrejas são muito sofisticadas. 
Profissionais do ramo estão se certificando de que elas se 
tornem cada vez mais eficientes. 
Um homem em Los Angeles está projetando, 
construindo e reformando muitas igrejas pelo país. Ele 
instrui os pastores sobre essas técnicas e ensina-os a 
utilizá-las. Segundo suas estatísticas, o número de 
congregações e o fluxo monetário dobrarão se suas 
instruções forem seguidas. Entretanto, ele admite: 80% 
de seus esforços incidem sobre iluminação e acústica. 
 81 
Acústica e iluminação apropriadas são de 
importância vital na indução de estados alterados de 
consciência. Eu tenho as usado por anos em meus 
seminários, mas, entretanto, todos os participantes estão 
cientes disso. 
As cinco técnicas de conversão 
 
Organizadores de cultos e treinamentos de 
potencial humano estãosempre procurando por novos 
adeptos, e para que tenham sucesso na conversão, é 
preciso induzir uma fase cerebral. Freqüentemente isso 
tem de ser feito em um curto período de tempo, um fim 
de semana, ou mesmo um dia. 
O encontro geralmente acontece em um local 
onde os participantes ficam isolados do mundo exterior. 
Uma casa, um estabelecimento na zona rural ou mesmo 
um hotel. Nesses cursos, será feito um longo discurso 
sobre a importância de "honrar os contratos e 
promessas" na vida. Alegam que se não cumprirem o 
que dizem suas vidas nunca darão certo. A 
responsabilidade, a princípio, é uma qualidade, mas os 
manipuladores estão subvertendo algo com valor 
positivo para seus próprios fins egoístas. 
Os participantes, então, juram a si mesmos e aos 
seus "instrutores" manter seus acordos. Quem não quiser 
aceitar o acordo será coagido a fazê-lo ou então terá de 
deixar o grupo. A próxima etapa é concordar em fazer o 
curso na sua totalidade; isso assegura uma alta 
porcentagem de conversões. Também terão de concordar 
sobre a abstenção dos vícios e por vezes até de comer, ou 
então os intervalos dados para alimentação serão tão 
curtos que na verdade acabam por aumentar ainda mais a 
tensão. O verdadeiro motivo de toda essa insistência em 
"manter os acordos" é alterar a fisiologia normal do 
corpo, gerando ansiedade e, com alguma "sorte", uma 
 82 
disfunção nervosa que, por sua vez, aumenta o potencial 
de conversão. 
Antes que o encontro se encerre, serão 
relembrados seus "acordos", e assim irão ter de procurar 
por novos adeptos como prometido. Por ter sido tão 
enfatizada a importância de se "manter a palavra", os 
recém-convertidos tentarão forçar todos os seus 
conhecidos a fazer o curso. Dizem para apenas assistirem 
uma sessão introdutória grátis. Claramente podemos 
perceber que se tornaram fanáticos. De fato, no 
âmbito dos treinamentos e cursos de desenvolvimento de 
potencial humano, o maior e mais bem-sucedido ramo 
são "venda através do fanatismo". 
Primeira Técnica! Sessões de Manutenção. 
Após o curso principal. Podem ser encontros semanais 
ou novos cursos lecionados periodicamente. Tentarão 
convencê-lo a participar dessa "manutenção" para 
manter controle sobre seus "aprendizes". Eles também 
sabem que para haver sucesso em manipulações de longo 
prazo é imprescindível que existam sessões de 
"manutenção" posteriores à conversão. 
Segunda Técnica! Atividades em excesso. Elas 
causam fadiga física ou mental. Muitas atividades 
deixam os participantes tão ocupados por longos 
períodos, que não têm como refletirem ou pensarem 
sobre o que estão fazendo ou ouvindo. 
Terceira Técnica! Insegurança. Eu poderia 
passar horas descrevendo várias técnicas usadas para 
gerar insegurança. A maioria dos participantes tem 
grande receio de que seus "treinadores" o coloquem no 
centro das atenções frente ao grupo. Uma das práticas 
mais comuns é levar os participantes a relatarem seus 
segredos íntimos. 
 83 
Em um desses cursos, colocava-se um 
participante num palco de frente a todos os outros, 
enquanto era verbalmente atacado pelos seus instrutores. 
Uma pesquisa feita alguns anos atrás mostrou que a fobia 
mais comum entre as pessoas é falar em público. 
Levando isso em conta, pode-se imaginar a 
insegurança e o pavor gerados. Boa parte sucumbe, mas 
a maioria enfrenta essas situações de estresse 
simplesmente "fugindo" mentalmente. Eles literalmente 
entram em alfa, o que os torna automaticamente muito 
mais sugestionáveis do que normalmente seriam. 
Essa situação representa mais um passo no 
caminho da conversão. 
Quarta Técnica! O uso de Jargões. Outro traço 
típico é o uso de jargões ou neologismos, que apenas 
tenham significado aos participantes do curso. 
Linguagem capciosa, depravada ou confusa é também 
usada propositalmente para causar constrangimento. 
Quinta Técnica! Seriedade em excesso. Mais 
um sintoma do uso das técnicas de conversão é evitar o 
humor, ao menos até serem convertidos. Após isso, o 
divertimento e humor são altamente visados por serem 
símbolos da nova "felicidade" que os participantes 
supostamente teriam encontrado. 
Ao longo dos anos, conduzi seminários para 
ensinar pessoas a se tornarem hipnotizadoras, instrutoras 
e conselheiras. Muitas delas, após assistirem meus 
cursos e utilizarem as técnicas ensinadas, me 
procuravam e faziam a seguinte pergunta: "Estou aqui 
porque realmente suas técnicas funcionam, mas não 
entendo por que". 
 84 
Os fuzileiros navais dos Estados Unidos falam 
sobre "desmoronar" os homens antes de "reconstruí-
los". Bem, na verdade, é exatamente o que fazem os 
pastores protestantes. Do mesmo modo que os fuzileiros 
"desmoronam" as pessoas e depois voltam a "reconstruí-
las" como "conformadas e felizes, os pastores as 
reconstrói como novos cristãos". Todas as cinco técnicas 
de conversão são utilizadas em acampamentos e cultos 
protestantes. 
Um exemplo de tudo isso, é quando, uma pessoa 
ao começar a participar de determinados cultos ou 
acampamentos protestantes, já começa a combater 
radicalmente a Igreja Católica em poucos dias. Na 
verdade, acontece, aí, a lavagem cerebral. 
Processo de decognição 
Uma vez que a conversão inicial é realizada, nos 
cultos, no treinamento militar, ou em grupos similares, 
não pode haver dúvidas entre seus membros. Estes 
devem responder aos comandos, e fazer o que estes lhes 
disserem. De outra forma, eles seriam perigosos ao 
controle da organização. Isto é normalmente conseguido 
pelo processo de decognição em três passos. 
O primeiro passo é o de REDUÇÃO DA 
VIGILÂNCIA: os controladores provocam um colapso 
no sistema nervoso, tornando difícil distinguir entre 
fantasia e realidade. Isto pode ser conseguido de várias 
maneiras. DIETA POBRE é uma; muito cuidado com 
Brownies e com Koolaid. O açúcar ‘desliga’ o sistema 
nervoso. Mais sutil é a "DIETA ESPIRITUAL", usada 
por muitos cultos. Eles comem somente vegetais e 
frutas; sem o apoio dos grãos, nozes, sementes, 
laticínios, peixe ou carne, um indivíduo torna-se 
mentalmente "aéreo". Sono inadequado é outro modo 
fundamental de reduzir a vigilância, especialmente 
 85 
quando combinada com longas horas de intensa 
atividade física. Também, ser bombardeado com 
experiências únicas e intensas consegue o mesmo 
resultado. 
O segundo passo é a CONFUSÃO 
PROGRAMADA: você é mentalmente assaltado 
enquanto sua vigilância está sendo reduzida conforme o 
passo um. Isto se consegue com um dilúvio de novas 
informações, leituras, discussões em grupo, encontros ou 
tratamento individual, os quais usualmente equivalem ao 
bombardeio do indivíduo com questões, pelo 
controlador. Durante esta fase de decognição, realidade e 
ilusão freqüentemente se misturam, e uma lógica 
pervertida é comumente aceita. 
O terceiro passo é PARADA DO 
PENSAMENTO: técnicas são usadas para causar um 
"vazio" na mente. Estas são técnicas para alterar o estado 
de consciência, que inicialmente induzem calma ao dar à 
mente alguma coisa simples para tratar, com uma atenta 
concentração. O uso continuado traz um sentimento de 
exultação e eventualmente alucinação. O resultado é a 
redução do pensamento, e eventualmente, se usado por 
muito tempo, à cessação de todo pensamento e a retirada 
de todo o conteúdo da mente, exceto o que os 
controladores desejem. O controle é, então, completo. É 
importante estar atento que quando membros ou 
participantes são instruídos para usar técnicas de parar o 
pensamento, eles são informados de que serão 
beneficiados: eles se tornarão "melhores soldados", ou 
"encontrarão a luz". 
Há três técnicas primárias usadas para parar o 
pensamento. A primeira é a MARCHA: a batida do 
tump, tump, tump literalmente gera auto-hipnose, e 
grande susceptibilidade à sugestão. 
 86 
A segunda técnica para parar o pensamento é a 
MEDITAÇÃO. Se você passarde uma hora à uma hora 
e meia por dia em meditação, depois de poucas semanas 
há uma grande probabilidade de que você não retornará à 
consciência plena normal beta. Você permanecerá em 
um estado fixo alfa tanto mais quanto você continue a 
meditar. Não estou dizendo que isto é ruim - se você 
mesmo o faz. Pode então ser benéfico. Mas é um fato 
que você está levando a sua mente a um estado de vazio. 
Eu tenho testado quem medita, com máquinas EEG, e o 
resultado é conclusivo: quanto mais você medita, mais 
vazia se torna a sua mente, principalmente se usada em 
excesso ou em combinação com decognição; todos os 
pensamentos cessam. Alguns grupos espiritualistas vêem 
isto como nirvana - o que é besteira. Isto é simplesmente 
um resultado fisiológico previsível. E se o céu na terra 
significa não-pensamento e não-envolvimento, eu 
realmente pergunto por que nós estamos aqui. 
A terceira técnica de parar o pensamento é pelo 
CÂNTICO, e freqüentemente por cânticos em 
meditação. "Falar em línguas" poderia também ser 
incluído nesta categoria. 
Todas as três técnicas produzem um estado 
alterado de consciência. Isto pode ser muito bom se 
VOCÊ está controlando o processo, porque você também 
controla o que vai usar. Eu pessoalmente uso ao menos 
uma sessão de auto-hipnose cada dia, e eu sei quão 
benéfico isto é para mim. Mas você precisa saber, se usar 
estas técnicas a ponto de permanecer continuamente em 
estado alfa, embora você permaneça em um estado 
levemente embriagado, você estará também mais 
sugestionável. 
 
 
 87 
 
Escritores que contribuem para a Lavagem 
cerebral 
 
 
Uma recente pesquisa feita por estudiosos na área 
da religião mostra que no Globo Terrestre, existem mais 
de 40.000 denominações protestantes diferentes umas 
das outras. E o interessante, é que as mais novas, são 
bem mais criativas do que as antigas, diante das 
dificuldades do dia a dia. Promovem novas campanhas, 
correntes, cruzadas e marchas, para conquistar mais fiéis. 
Prometem solucionar todo tipo de problemas e os falsos 
líderes aparecem como um messias prometido. 
 
Nos momentos de crise, é comum aparecer, livros 
de auto-ajuda, convite para sessões de descarrego, cursos 
de prosperidade, retiros espirituais de energia positiva, 
encontros de sucesso para empresários, programas de 
TV, rádio e internet. 
 
Na verdade, todo sacrifício, a fé a as doações dos 
fiéis, vai enriquecer os donos dessas empresas religiosas. 
Hajam visto seus carrões, mansões, palácios, aviões, 
empresas particulares e conta bancária que não acaba 
nunca mais. 
A revista Forbes publicou uma lista dos cinco 
pastores mais ricos da África, o continente mais pobre do 
mundo. Todos são Nigerianos e defendem com unhas e 
dentes, a Teologia da Prosperidade. 
Em primeiro lugar, aparecem o bispo David 
Oyedepo, do Ministério Vida e Fé, e o pastor Joshua 
Temitope, da Igreja Sinagoga das Nações, ambos com 
um patrimônio líquido estimado em U$$ 150 milhões 
(cerca de 250 milhões de reais). Depois surge Chris 
Oyakhilome, dirigente de Love World Ministries, com 
 88 
fortuna situada entre 30 milhões e 50 milhões de dólares. 
Já Matthew Ashimolowo, da Kingsway International 
Christian Church, e Chris Okotie, da Igreja Casa de 
Deus, têm, cada um, bens estimados em U$$ 10 milhões. 
Na visão da indústria religiosa, os pastores 
exploram principalmente os pobres, e essa é a forma 
mais cruel de terrorismo, um escândalo catastrófico. 
Lembramos do profeta Isaías: “Feras selvagens, 
vinde comer, feras todas da selva: pois os guardiões 
estão cegos e não percebem nada, são cães mudos 
incapazes de latir, vigias caídos, amigos do sono; são 
cães com fome insaciável, são pastores incapazes de 
compreender; cada qual vai por seu caminho e para seu 
interesse, sem exceção. Eia! Vou por vinho, 
embriaguem-nos de bebida; e amanhã o mesmo que 
hoje, há provisão abundante” (Is 56,9-12). 
 
A revista divulgou também uma lista de 
escritores mais bem pagos do mundo. “São escritores 
com suas obras de auto-ajuda, pensamento positivo, 
teologia da prosperidade etc. Ouve-se o mesmo tipo de 
ensinamento em um número cada vez maior de púlpitos 
evangélicos”. Citemos aqui outros Pastores que 
escreveram nesta mesma linha: 
 
NORMAN VINCENT, pastor protestante por 52 
anos em Nova York, escreveu um livro que se tornou 
muito famoso. “O Poder do Pensamento Positivo”. O 
autor desta obra é considerado o introdutor da psicologia 
moderna nas igrejas. 
 
RICK WARREN Pastor da Igreja Saddleback, 
em Lake Forest, Califórnia, passou a ganhar dezenas de 
milhões de dólares com seus livros, “Uma Igreja com 
Propósitos” e “Uma Vida com Propósitos”, livros que 
acabam despertando, como um subproduto inconsciente, 
 89 
tudo aquilo que há de pior nos pastores: a vaidade, a 
cobiça, o amor ao prestígio, ao dinheiro e ao poder. 
 
ESSEK WILLIAM KENYON (1867-1948) 
estudou no Emerson College, conhecido por ser um 
centro do chamado movimento “transcendental” ou 
“metafísico”, que deu origem a várias seitas. Foi um 
pioneiro do evangelismo pelo rádio, com sua “Igreja do 
Ar”. As transcrições gravadas de seus programas 
serviram de base para muitos de seus escritos. Cunhou 
muitas expressões populares do movimento da fé, como 
“O que eu confesso, eu possuo”. 
 
KENNETH HAGIN após “três visitas ao inferno 
e ao céu”, converteu-se a Cristo. Os ensinos e os escritos 
de Hagin influenciaram um grande número de 
pregadores norte-americanos, a começar por Kenneth 
Copeland, seu herdeiro presuntivo. Outros seguidores 
seus foram Benny Hinn, Frederick Price, John Avanzini, 
Robert Tilton, Marilyn Hickey, Charles Capps, Hobart 
Freeman, Jerry Savelle e Paul (David) Yonggi Cho, entre 
outros. Hagin nos informa que se você confessar doença, 
ficará doente, se confessar saúde, terá saúde; tudo o que 
você diz, você recebe. A palavra falada libera poder. 
 
BENNY HINN, um dos maiores televangelistas e 
escritores cristãos do mundo. Escreveu o best-seller 
“Bom-dia, Espirito Santo”, além de outras obras como 
“Bem Vindo, Espirito Santo” “Senhor, eu preciso de um 
milagre” e “Tocou-me; a tua vontade Senhor, não a 
minha”. Seu programa de televisão de trinta minutos - 
Este é o seu dia - está entre os programas cristãos mais 
assistidos mundialmente, exibido em várias redes de 
televisão cristãs, incluindo a Trinity Broadcasting 
Network, Daystar Television Network, Revelation TV, 
The Christian Channel, Vision TV, INSP Networks, e o 
The God Channel. 
 90 
Hinn conduz regularmente as "Cruzadas de 
Milagres" eventos de onde são realizadas curas por fé e 
que são realizados em estádios esportivos em grandes 
cidades por todo o mundo. 
ROBERT SCHULLER, pastor de uma grande 
igreja na Califórnia conhecida como Catedral de Cristal. 
O livro que representa a essência de sua pregação tem o 
título “O Pensamento da Possibilidade”. 
JOEL OSTEEN, pastor protestante em Houston, 
é atualmente um dos nomes que está em evidência nos 
Estados Unidos. Lidera a Igreja Lakewood, em Houston, 
Texas, considerada a maior igreja evangélica dos 
Estados Unidos, com cerca de 45 mil membros. Ele é um 
dos pastores mais ricos do país, o que já lhe rendeu 
inúmeras críticas por ostentar tanta riqueza e defender 
a teologia da prosperidade como regra para o cristão. 
Ele abriu mão de seu salário anual de 200.000 
dólares que recebia da igreja há muitos anos atrás. Toda 
sua riqueza atual vem da venda de seus livros e vídeos. 
Juntamente com sua mulher, Victoria Osteen, vive em 
mansão avaliada em US$ 10,5 milhões e medindo mais 
de 5.000 metros quadrados. 
Dentre suas obras, estão os livros “Só Depende 
de Você e O que Há de Melhor em Você”. O livro é um 
ecletismo filosófico do hinduísmo, xintoísmo, budismo, 
e da Nova Era. Na verdade, é um ecletismo gnóstico, 
clonado e conectado com o pensamento atual. 
 
Joel Osteen junto com sua mulher, suamãe e 
diversos músicos da igreja, viajam por todo o mundo, 
oferecendo um evento que eles chamam de “Uma Noite 
de Esperança”. Enquanto a maioria das igrejas luta para 
conseguir e manter seus membros, as pessoas estão 
dispostas a comprar ingressos a 15 dólares para 
http://noticias.gospelprime.com.br/o-que-e-teologia-da-prosperidade-e-quais-seus-representantes-no-brasil/
 91 
comparecer à “Uma Noite da Esperança” e os auditórios 
normalmente ficam lotados. 
 
 
DAVID (PAUL) YONGGI CHO, pastor sul-
coreano da igreja que é considerada a maior igreja 
evangélica do mundo. Em seu livro A Quarta Dimensão, 
ele sugere que as pessoas “engravidem de seus desejos 
para torná-los realidade”. Influenciado pelo ocultismo, 
desenvolveu aquilo chama de “Lei da Incubação”. Aqui 
está como ela funciona: “Primeiro, defina um objetivo 
bem claro, depois desenhe uma figura mental, vívida e 
gráfica, para visualizar o sucesso. Em seguida, incube-a 
para a realidade e, finalmente, fale e traga-a à 
existência por meio do poder criativo da palavra 
proferida.” 
KENNETH COPELAND, tem um conhecido 
ministério que leva o seu nome. Ele define a fórmula da 
fé da seguinte forma: “Tudo o que é necessário é: 1) ver 
ou visualizar tudo o que você precisa, seja físico ou 
financeiro; 2) firmar sua reivindicação nas Escrituras; e 
3) falar para que ela passe a existir.” 
Kenneth Copeland teve suas finanças 
investigadas, juntamente com outros pastores, entre 2007 
e 2011 por uma comissão no Senado americano liderada 
pelo republicano Charles Grassley, do Iowa. 
Segundo um levantamento da imprensa, em 2008, 
a sede de seu ministério é uma fazenda perto de Fort 
Worth, no Texas. Ela possui além de uma igreja, uma 
pista de pouso particular, um jatinho avaliado em 17 
milhões de dólares e uma mansão de seis milhões. 
Estima-se que sua fortuna gire em torno de 70 milhões 
de dólares. 
CREFLO DOLLAR, é o pastor fundador da 
World Changers Church International, uma das maiores 
 92 
igrejas dos Estado Unidos, com 30 mil membros. O 
ministério tem igrejas afiliadas em várias cidades 
grandes, além da sede em Atlanta. Também apresenta o 
programa “Changing Your World” Mudando o seu 
mundo pela TV a cabo e dirige a gravadora Arrow 
Records. O jornal New York Times publicou uma 
matéria mostrando que ele dirige um Rolls-Royce do 
ano, possui seu próprio jatinho, além de uma mansão de 
um milhão de dólares em Atlanta e um apartamento de 
US$ 2.5 milhões em Nova York. Em certa ocasião o ex-
pugilista Evander Holyfield doou para Cleflo 7 milhões 
de dólares durante uma campanha. 
JOYCE MEYER é a mulher mais bem sucedida 
da lista. Estima-se que a arrecadação de seu ministério 
chegue a US$ 95 milhões por ano. Ela tem um jatinho 
CL-600 Challenger, que lhe custou US$ 10 milhões e 
vive em uma casa de US$ 2 milhões. Anos atrás teve 
suas contas investigadas por suspeita de lavagem de 
dinheiro. Uma lista de bens foi divulgada totalizando 
cerca de 5,7 milhões de dólares apenas na sede do seu 
ministério. 
 
Estes pastores têm influenciado igrejas 
protestantes em todo mundo, com seus livros, vídeos e 
projetos. Além de contribuir para a lavagem cerebral 
podem ser comparados com os “Mercadores do 
Templo” onde arrecadam muito dinheiro para sí 
próprios. 
 
Além destes pastores, podemos citar ainda: Jesse 
Duplantis, Brian, Houston, T. D. Jakes, Eddie Long, 
Peter Popoff, Pat Robertson, Joseph Prince, Brian 
Tamaki, Robert Tilton, Mike Velarde, Edir Macedo... 
 
Alguns casos, como o de Pat Robertson são 
emblemáticos. Ele é acusado de manter uma mina de 
diamantes na Libéria, África. A maioria dos bens que 
http://tv.gospelprime.com.br/
 93 
possui não estão em seu nome, mas no dos filhos. Isso 
dificulta um levantamento mais preciso. 
 
Estes pastores, profetas, apóstolos e pregadores, 
surgem como “salvadores da pátria” em meio à crise 
para iludir as pessoas com falsas esperanças e soluções 
baratas que na verdade fica muito cara para seus 
seguidores. 
 
É então nos Estados Unidos que aparece a 
maioria destes escritores, e é a nação onde maior número 
de seitas nasce e prolifera para o resto do mundo. 
Também é a nação que recebe seitas dos quatro cantos 
do universo. 
 
Devido ao dólar, a liberdade, a tecnologia e a 
manipulação religiosa americana tornam-se mais fácil 
criar, receber e expandir as seitas e outros movimentos 
religiosos. O interesse não é só religioso e sim: 
econômico, político, licencioso, satanista e a 
desagregação da unidade cultural e artística. 
 
Dos Estados Unidos procedem as mais diferentes 
igrejas e seitas: fechadas, apocalípticas, fanáticas; 
libertinas; capitalistas, exóticas e moderadas. Podemos 
assim dizer que o Estados Unidos é o maior exportador 
de seitas e igrejas protestantes. 
 
Teologia da prosperidade, auto-ajuda, G-12, 
pensamento positivo e psicologias escritas para serem 
intronizadas nos cultos protestantes, tudo isso, são “Vãs 
e enganosas filosofias”. Como diz São Paulo em 
(Colossenses 2,8). 
 
 
 
 94 
 
Depoimentos de pessoas que sofreram 
lavagem cerebral 
 
“Eles te manipulam e fazem lavagem cerebral, 
sentindo-se que são os eleitos de Deus”. 
 
Este relato é de um ex-membro que participava 
de uma denominação protestante que tentava viver no 
estilo dos primeiros Cristãos. Anos depois ele cansou de 
ser “manipulado”. Lá não há liberdade, os líderes 
controlam tudo e a todos, diz. Hoje não quer falar muito 
do assunto, está cansado. Abandonou a casa com sua 
família, mas sua mulher e sua filha voltaram para lá. Ele 
está resignado, agora que vive só, e não as vê quase 
nunca. 
 
A Bíblia é o único livro que os adeptos podem 
ler, eles obedecem rigidamente à doutrina de um fanático 
que se auto proclama Apóstolo, que diz receber ordens 
diretas de Jesus. Os membros abandonaram seus 
trabalhos e seus bens para viver em comunidade, 
afastados da influência “satânica” da sociedade. 
 
Quando os bebês choram, eles os amordaçam e 
seguram pelos braços para reduzir sua personalidade 
desde muito pequenos. Batem neles a partir dos 06 
meses, eu vi isso. Os meninos do grupo trabalham com 
seus pais no campo, as meninas costuram e ajudam a 
fazer comida em casa. Também não vão à escola, seus 
pais preferem educá-los em casa. 
 
As conversas no grupo entre os adeptos, quando 
contam suas experiências cotidianas, é “uma terapia 
muito selvagem”. Tendem a lhe dar todo um sentido 
 95 
muito culpabilizante. Por isso, o conflito entre casais que 
estão lá dentro surge quando a mulher quer ficar e o 
homem sair, como ocorre frequentemente. Esse foi o 
caso de outro ex-membro apesar de ter contado sua 
vivência em fóruns na Internet. É a história de uma luta 
para tirar o filho de lá. Entrou para a denominação com 
sua parceira, um bebê e dois filhos dela, frutos de 
relações anteriores. Poucos meses depois de entrar, ele, 
que pede para ser chamado de Naky, quis sair. Ela se 
opôs. 
 
Toda a estrutura da comunidade e seu 
funcionamento correspondem a uma seita coercitiva, 
explica. Nas crianças, essa forma de vida cria mais 
problemas. Têm unicamente um critério aprendido lá 
dentro. O controle da informação é total. O líder conhece 
as experiências de todos, seus medos, suas culpas. Não 
se tende a respeitar a individualidade da pessoa, afirma o 
ex-membro. É realmente uma lavagem cerebral. E 
termina: “Foi um pesadelo que finalmente acabou, 
agora quero começar do zero, uma vida nova”. 
 
 
 
Lavagem cerebral em Igreja é tratada em comissão de 
direitos humanos da Assembléia Legislativa de 
Minas Gerais. 
Ex-membros da Igreja Ministério Verbo Vivo, 
sediada em São Joaquim e Bicas (Região Metropolitana 
de Belo Horizonte), e ex-alunos da escola mantida pela 
instituição fizeram, uma série de denúncias contra seus 
dirigentes durante uma reunião da Comissão de Direitos 
Humanos da Assembléia Legislativade Minas Gerais. 
A Igreja é liderada, em Minas, pelo casal John 
David Martin (cidadão americano) e Marialva Pinheiro 
Martin e segue a doutrina de uma pastora americana, 
 96 
Jane Whaley, líder da Word of Faith Fellowship. A 
igreja tem também uma filial na cidade de São Paulo. 
Entre as denúncias estão a de agressões físicas e 
psicológicas aos alunos, cárcere privado e lavagem 
cerebral. 
Diversos ex-alunos da escola se revezaram ao 
microfone para relatar episódios de maus-tratos 
recebidos por dirigentes da instituição. Eles acusaram 
nominalmente a diretora de bater com a chamada “vara 
da correção” nos estudantes, como punição a alguma 
conduta contrária aos desígnios da igreja. 
Entre os “pecados” listados pelos jovens estão: 
andar com as mãos nos bolsos; assistir TV; ouvir rádio; 
frequentar cinema, academia ou clube; beber guaraná 
(porque a cor se assemelha à da cerveja); participar de 
festas, mesmo familiares. Além das agressões físicas, os 
alunos, segundo eles próprios, chegaram a ser castigados 
com detenção nos salões da igreja e submetidos a 
ameaças de serem enviados para o inferno. “Perdi minha 
infância e minha adolescência”, relatou uma ex-aluna 
que, por conta das agressões sofridas, ainda hoje sofre de 
incontinência urinária. 
Outra denúncia feita pelos alunos foi em relação 
aos métodos educacionais da escola. Segundo eles, são 
proibidos temas como educação sexual, genética e 
literatura, pois “os escritores são inspirados no 
demônio”. Além disso, trechos de livros didáticos são 
cobertos com tinta preta, pois tratam de assuntos não 
tolerados pela igreja. 
O ex-pastor e ex-professor da Igreja se 
emocionou ao lembrar as verdadeiras lavagens cerebrais 
que sofreram os alunos e seus dois filhos, com quem 
inclusive não tem contato desde janeiro. Eles foram 
 97 
enviados para os Estados Unidos, onde fica a matriz da 
Igreja Ministério Verbo Vivo, e não voltaram mais. Na 
última conversa telefônica que teve com um deles, o 
ouviu dizer que não queria mais ser procurado pelo pai, 
relatou. 
Para o delegado Geraldo de Amaral Toledo Neto, 
nenhuma providência será tomada pela polícia no que 
diz respeito a crenças religiosas. Interessam-nos as 
questões ligadas à entrada e saída de estrangeiros (a 
igreja é dirigida pelo norte-americano John David 
Martin, possível envio de dinheiro para o exterior e 
tortura física e psicológica. Ele informou que vai analisar 
os depoimentos colhidos na reunião e garantiu que tudo 
será investigado). 
Fonte: Assembléia Legislativa de Minas Gerais 
 
 
Igreja substitui argumentos Bíblicos por hipnose 
“Desta vez, ninguém me contou. Eu estava lá no 
templo, quando um pastor disse que gostaria de fazer um 
sermão diferente naquela noite, um sermão de 
surpresas, conforme ele próprio havia anunciado na 
manhã de sábado”. 
“Aliás, nunca estudei profundamente sobre as 
técnicas da hipnose, mas já vi e li o suficiente para 
concluir que, desde o sábado pela manhã, vínhamos 
sendo condicionados a acatar ordens do pregador sem 
questioná-las”. 
Gesto combinado 
 98 
Isso aconteceu de modo tão simples e 
aparentemente inocente quanto ao que se vê nos shows 
de hipnose de palco, que programas de tevê, às vezes, 
mostram. O hipnotizador associa uma ordem a um gesto 
e, a partir dali, todos os que forem suscetíveis ao seu 
comando farão sempre o que estiver combinado. 
No caso do pastor, o gesto/ordem combinado foi 
apontar o microfone para a congregação para que ela 
dissesse "Amém!" Toda vez que isso acontecesse. 
Note que a audição crítica da mensagem que 
geraria a concordância intelectual ou espiritual com que 
fosse dita por ele deixou de ter qualquer importância. 
Dali para frente, ainda que não houvessem avaliado e 
concordado quase todos diriam "Amém!" A qualquer 
afirmação que ele fizesse, desde que lhes apontasse o 
microfone. 
O "Amém!" Coletivo, repetido por diversas vezes, 
inclusive em momentos inadequados, como após a frase 
"e Deus, como vingança, matou a todos os primogênitos 
do Egito", era a evidência de que quase toda a 
congregação ali presente estava sob seu controle. Não é à 
toa que este pastor se refere a seu público como "a 
MINHA igreja". 
Mais controle 
No domingo à noite, pouco antes do sermão 
hipnótico, houve novo exercício de controle mental 
através de gestos. A submissão ao seu comando já havia 
se enraizado a ponto de nem ser necessário que ele 
apontasse o microfone para a congregação. Apenas o 
indicador era o suficiente. E todos diziam "Amém!" 
Efusivamente. 
 99 
Trabalhou então, mais uma vez, a emoção dos 
presentes. Seu apelo/comando foi direcionado a grupos 
em situação psicológica extrema. 
"Quem estiver muito triste, por problemas 
pessoais, financeiros e de saúde, mas só quem estiver 
muito triste, porque as coisas não vão bem em casa, a 
família está endividada, enfrenta problemas de saúde... 
Venha aqui para frente... Quem estiver muito alegre, por 
alguma razão especial, um segredo de família, uma 
vitória particular, uma bênção especial... Venha aqui 
para frente, para perto de mim... Para orar e dar seu 
testemunho..." 
Em seguida, olhou para cima como um visionário 
e, como se tivesse intimidade com os seres celestes, 
disse: "Veja, Gabriel, vejam, anjos aqui presentes, 
quantas pessoas vieram..." 
Setenta por cento dos presentes devem ter se 
levantado. Mas o pastor nem orou por eles, nem permitiu 
que eles e os demais orassem... Apenas ordenava: "Conte 
a Deus os seus problemas... Peça-lhe sua ajuda... Ore 
por aqueles que ainda não conhecem a Jesus... Pense 
naqueles que estão doentes..." Sem permitir que 
qualquer um, de fato, se concentrasse e pudesse orar com 
tranqüilidade a Deus. 
Não fui à frente, mas do lugar em que estava 
tentei orar e acabei desistindo. Apenas pedi perdão a 
Deus por não conseguir orar naquela situação. O pastor 
não parava de falar! Mas a voz não incomodava tanto 
porque o tom adotado era suave e adocicado, bem 
apropriado para induzir ao sono antes da sessão 
hipnótica, com a ajuda da música. 
"Viagens" 
 100 
Começou o sermão, fazendo referência ao filme 
"De Volta para o Futuro", cujos personagens podiam 
supostamente viajar no tempo, retornando ao passado 
para corrigir em sua própria vida e na vida de 
antepassados problemas que lhes prejudicariam no 
futuro. 
Fez então uma aplicação espiritual, dizendo que 
realmente somos afetados por situações e traumas 
vividos por nossos avós e pais e mesmo por problemas 
que nós próprios vivemos na infância, mas que nem 
todos têm 120 reais para pagar uma consulta com 
psicólogos ou tempo e disposição para vir a todos os 
cultos da igreja e tentar corrigir isso com a ajuda de 
Deus. Faltou pouco para defender mais explicitamente 
uma terapia de regressão à vida uterina, ou mesmo 
"vidas passadas". 
Para dar alguma sustentação bíblica ao que diria 
dali para frente, recorreu a (2 Coríntios 12, 2-4) 
"Conheço um homem em Cristo que, há catorze anos, foi 
arrebatado até ao terceiro céu (se no corpo ou fora do 
corpo, não sei, Deus o sabe) e sei que o tal homem (se 
no corpo ou fora do corpo, não sei, Deus o sabe) foi 
arrebatado ao paraíso e ouviu palavras inefáveis, as 
quais não é lícito ao homem referir." 
Citou também o caso de Enoque: "Enoque viveu 
sessenta e cinco anos e gerou a Matusalém. Andou 
Enoque com Deus; e, depois que gerou a Matusalém, 
viveu trezentos anos; e teve filhos e filhas. Todos os dias 
de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos. 
Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o 
tomou para si." 
Foi sobre essas duas passagens que fundamentou 
a possibilidade de a congregação “viajar” com ele até o 
lugar da habitação de Deus. "Se Paulo pôde, por que 
 101 
você também não pode? Se Enoque está lá, por que não 
irmos também até lá? Moisés já foi também. Foi à base 
de sua argumentação”. 
Trindade ao vivoA grande decepção com este pastor aconteceu no 
momento em que ele pediu para que a maior parte das 
luzes do templo fosse apagada, para que ficássemos 
numa penumbra, fechássemos os olhos e o 
acompanhássemos numa viagem mental. 
Sua ousadia na utilização de métodos de controle 
da mente para a apresentação de uma suposta mensagem 
bíblica deixou-me indignado. Não me lembro de cada 
palavra exatamente, mas foi mais ou menos assim: 
"Feche os olhos, agora... Feche e não abra... 
Obedeça àquilo que vou lhe dizer... Não questione... Eu 
sou o seu médico, agora... Ninguém questiona o que o 
médico diz, porque ele só quer o melhor pra você... 
Feche os olhos para que possa guiar você... Não abra... 
Não estrague a brincadeira... Nós vamos fazer de 
conta... Vamos imaginar que este templo se transformou 
numa nave, numa máquina voadora... Estamos dentro 
dela... Eu sou o comandante e vou lhe dizer tudo que 
está acontecendo... Estamos levantando vôo... 
Vuuuuuuuch... Estamos deixando a Terra... 
Vuuuuuuuuch... À direita e à esquerda, vemos estrelas e 
planetas multicoloridos, luas, cometas, sóis... Já 
deixamos a Via Làctea... Ei, ali está a constelação do 
Órion, um buraco negro... Vamos passar por ele e... Que 
coisa incrível! Que lugar brilhante! É tudo tão ma-ra-vi-
lho-so..." 
Bem, nesse ritmo, este pastor conduziu sua igreja 
até o Paraíso e à sala do trono de Deus... A pedido do 
pastor da igreja, obviamente, fez questão de descrever a 
 102 
cada uma das pessoas da trindade, a quem ele alegava 
estar vendo: Jesus, o Príncipe, de cabelos longos e barba, 
com uma coroa de ouro sobre a cabeça; o Pai, a quem 
ninguém jamais viu porque não poderia suportar Sua 
presença gloriosa, e o Espírito Santo, um homem alto 
forte, também de barba espessa e com uma capa 
vermelha! 
Curiosamente, o Espírito Santo deste pastor tinha 
nas mãos umas fichas, com as anotações dos pecados de 
cada um dos participantes da viagem, as quais 
apresentavam ao Pai e a Jesus Cristo. E os três 
lamentavam a situação dos "invasores" da sala do trono 
de Deus! Nesse momento, eu, minha esposa e minha 
irmã, deixamos o templo e fomos para casa, participar de 
um ou outro culto, no qual pedimos misericórdia a Deus, 
por sua igreja, seus líderes e seus membros. 
 
Comentários de um ex-obreiro sobre hipnose nos cultos 
 
 
Ao sair da igreja passei a estudar mais sobre 
hipnose. Já li vários livros, assisti palestras e 
documentários. Realmente, não há como negar: “As 
Igrejas evangélicas trabalham com hipnose”. Quando eu 
relaciono minha experiência de ex-membro com os 
estudos de hipnose, vejo que os dois são idênticos. Tudo 
que acontece numa sessão de hipnose acontece nas 
igrejas da mesma maneira. Quando leio um livro, parece 
que estou lendo um manual destas Igrejas. 
 
O passo a passo, de como o processo funciona. 
 
1. O teste de suscetibilidade 
 
 103 
O primeiro passo de uma sessão de hipnose é o 
teste de suscetibilidade. Serve para verificar quem na 
platéia é mais suscetível (tem condições de entrar em 
transe). Se o hipnotizador não fizer o teste antes, ele 
corre o risco de uma pessoa insuscetível vir à frente, ele 
não conseguirá hipnotizá-la e será envergonhado. 
 
Quando um hipnotizador faz um teste, ele pede 
que cada um imagine que está com uma melancia numa 
mão e um balão em outra. Aqueles que são suscetíveis a 
hipnose sentirão uma mão ficar mais pesada e a outra 
ficar mais leve. Essas pessoas serão chamadas a frente 
para a demonstração. Aqueles que não sentiram nada nas 
mãos são descartados, pois não podem ser hipnotizados. 
 
Existem mais de 100 testes de suscetibilidade. 
Mas, um deles serve perfeitamente para a igreja. O 
hipnotizador pede que todos fechem os olhos e fiquem 
em pé com as mãos para cima. Quando ele começa a 
dizer algumas palavras de indução, as pessoas 
suscetíveis balançam de um lado para outro. 
 
Essa posição com as mãos para cima lembra o 
“louvor” das igrejas. O pastor em cima do altar pode ver 
quem balança. 
 
Aliás, você que é ex-obreiro, quantas vezes o 
pastor te disse para prestar atenção nas pessoas que 
balançam? 
 
2. A técnica para segurar o possesso 
 
O obreiro segura na cabeça da pessoa e começa a 
girar em círculos. Esse girar a cabeça é técnica de 
hipnose. Depois o obreiro entrelaça os dedos e passa 
pelo pescoço da pessoa, essa técnica foi criada na Rússia. 
 
 104 
"Outro elemento físico de indução que nasceu na 
escola russa é o Judô Japonês. Logo aos primeiros 
sinais positivos da indução verbal, a cabeça do 
hipnotizado é abraçada pelo hipnotizador, mantendo 
entrelaçados os dedos da mão esquerda com os da 
direita, por trás da cabeça,comprimindo-lhe fortemente. 
Nestas condições observa-se que o hipnotizado não só 
aprofundará no transe como não resiste ao hipnotizador, 
embora demonstre, em vão, querer livrar-se". 
 
3. Os sintomas da possessão e da hipnose 
 
Os sintomas que os hipnotizados apresentam são 
exatamente os mesmos dos possessos destas igrejas: 
- Travar a musculatura 
- Mãos e pés rígidos, parecendo garras 
- Olhos virados 
- Veia da jugular dilatada 
- Analgesia, não sente dor 
- Perda de noção de tempo, não sabe quanto tempo se 
passou. 
 
Você já ouviu um possesso destas igrejas dizer 
que, quando “manifestou” estava consciente, vendo e 
ouvindo tudo, mas não conseguia controlar o corpo. 
Como se outra pessoa controla-se o seu corpo? Isso 
também acontece na hipnose, dependendo do nível do 
transe, chama-se perda da psicomotricidade. 
 
Você já percebeu que a veia no pescoço dos 
possessos se dilata mesmo? 
 
4. A entrevista 
 
Na entrevista, o pastor não faz perguntas, faz 
induções: 
 
Qual é seu nome demônio? 
 105 
 
O que você está fazendo na vida dela demônio? 
 
Isso não são perguntas, são induções. 
 
Em estado normal, a pessoa responde com o 
razão, quando está em transe, responde com a 
imaginação. 
 
Se perguntarem a ela: Pirata, onde você escondeu 
o tesouro? Ela responderá que enterrou numa ilha 
deserta, essa é a resposta que a imaginação considera 
correta. 
 
Isso é comum nas sessões de regressão. O 
hipnotizado imagina ser outra pessoa, com outro nome. 
 
5. As induções 
 
Você já deve ter visto o pastor “torturar” o 
demônio. 
 
Demônio, um anjo de Deus com uma espada de 
fogo vai atravessar você agora. 
 
Demônio, nessa rosa tem fogo. 
 
E, para fazer o povo participar da Fogueira Santa, 
é sempre bom dizer que tem fogo no envelope. O pastor 
encosta o envelope na cabeça do demônio e, ele grita. 
Em estado de transe, a pessoa é induzida a acreditar em 
coisas que não existem. 
 
Nos shows feitos por hipnotizadores, eles dão 
uma cebola para a pessoa hipnotizada, dizendo que é 
uma maçã. A pessoa come a cebola e realmente sente 
gosto de maçã. 
 
 106 
6. Sugestão pós-hipnótica 
 
É uma ordem programada que o hipnotizador 
coloca na pessoa. 
Quando você ouvir a palavra “estrela” vai bater 
palmas três vezes. 
E a pessoa bate palmas toda vez que a pessoa 
ouve a palavra. 
No show do hipnólogo Fábio Puentes, ele faz 
uma menina levantar da cadeira toda vez que ele estala 
os dedos. Isso de levantar da cadeira e bater palmas é 
usado em shows. Na hipnose clínica, a sugestão pós-
hipnótica é utilizada para que a pessoa retorne ao transe 
rapidamente. Isso evita que a sessão seja demorada. 
 
Veja o que o pastor faz. Ele interrompe a 
possessão temporariamente. Diz: “demônio, agora você 
vai se esconder e eu vou falar com a pessoa”. A pessoa 
volta ao estado normal e o pastor faz algumas perguntas. 
Depois diz: “volta demônio”. 
 
Esse ato do demônio “voltar” é apenas uma 
sugestão pós-hipnótica para que a pessoa retorne ao 
transe. 
 
7. Ordem de saída 
 
Esse é o mais simples. Quando o hipnotizador 
quer tirar a pessoa do transe, ele dá uma ordem para que 
a pessoa desperte. 
 
1, 2, 3, você vai acordar agora.O pastor faz quase a mesma coisa. Ele diz: 
“demônio, em nome de Jesus, saí”. 
 
Esse "sai" que o pastor dá, é simplesmente uma 
ordem de saída do transe. 
 
 107 
8. O relaxamento 
 
O transe tem um poder de relaxamento muito 
grande, porque ele descarrega as mágoas e as frustrações 
acumuladas no subconsciente. 
 
Isso é muito utilizado nas terapias com hipnose. 
Sempre no fim da libertação o pastor pergunta: 
Como você está se sentindo? 
 
A pessoa diz que se sente leve, como se um peso 
tivesse saído das costas. 
 
Ela só não sabe que foi por causa do transe 
 
9. O sofisma 
 
O que torna isso tão perigoso, é que se trata de 
um SOFISMA. 
 
Sofisma é uma mentira baseada numa verdade. A 
pessoa pega um fato verdadeiro e cria uma mentira em 
cima do fato. Por exemplo: água e óleo não se misturam 
isso é um fato verdadeiro. O problema é o pastor mostrar 
uma jarra com água e óleo, e dizer que a água é do diabo 
e o óleo é de Deus. 
 
Ele está usando um fato verdadeiro para contar 
uma mentira. 
 
A pessoa em transe é capaz de fazer coisas 
incríveis. O hipnotizador endurece o braço de uma 
menina e depois pede ao homem mais forte da platéia 
que tente dobrá-lo. O homem não consegue. O problema 
é alguém dizer que o braço ficou rígido pelo poder de 
Deus ou do diabo. 
 
Alguns comentários: 
 108 
 
Jesus era chamado para livrar pessoas possessas, 
mas nunca mandou nenhum demônio se manifestar, nem 
ficava de conversa fazendo perguntas. 
 
Perguntas 
 
Eu já tive possessão demoníaca , mas agora vocês 
estão falando que foi hipnose, até eu estou em dúvidas 
agora! Estava passando por problemas de saúde tomando 
remédios e não estava resolvendo nada, então pedi 
oração! O que aconteceu foi que eu comecei a jogar o 
corpo com força, me ajoelhava, colocava as mãos para 
trás e sentia uma raiva muito grande. Me perguntavam 
coisas e eu respondia, ouvia tudo, ficava semi 
consciente, mas não conseguia abrir os olhos e voltar ao 
estado normal!!!! Depois da oração eu voltava ao 
normal. Isto aconteceu várias vezes! 
 
Respostas 
 
Você perdeu a psicomotricidade, porque seu 
subconsciente tomou o lugar do consciente. 
 
Igreja utiliza hipnose para efetuar curas com a 
Unção de Manassés. 
 
Apostando no tamanho da fé, alguns 
pastores vêm utilizando a hipnose como um poderoso 
“instrumento do Espírito Santo” para realizar curas 
imediatas. É o caso de uma igreja (da qual preferimos 
não citar o nome) em Belo Horizonte, onde os pastores 
hipnotizam os fiéis e promovem curas em até um minuto 
e meio. 
 
 109 
A Igreja é presidida por um Pastor que na 
verdade, exerce um trabalho parecido à um hipnólogo ou 
à um terapeuta. A denominação criou a técnica da Unção 
de Manassés, ou seja, Unção do esquecimento, pois a 
palavra “manassés” em hebraico que quer dizer, 
esquecimento. A citação Bíblica está em (Gênesis 41, 
51). 
 
Manassés foi um dos filhos de José, que originou 
a tribo de Manassés. O nome Manassés significa “Deus 
me fez esquecer”. O fato é que José após ter passado por 
tantas provas, viu Deus cumprir todas as promessas que 
lhe havia feito através de sonhos, por isso José declara 
que “Deus fez [ele] esquecer” toda a dor e sofrimento 
que ele havia passado longe de sua família. 
 
Usando técnicas de sugestionamento e 
condicionamento, o pastor desta igreja, consegue por 
exemplo, fazer um viciado esquecer o uso de drogas ou 
apenas, cria na mente dos fiéis um tremendo nojo por 
bebidas e cigarros. O pastor assume o controle da pessoa 
podendo fazê-lo esquecer o próprio nome ou comer uma 
cebola pensando que é uma maçã. 
 
Qualquer pessoa bem intencionada e de bom 
senso, perceberá que os “esquecimentos” realizados 
nesta Igreja são técnicas de hipnoterapia e momentâneas. 
Com o passar do tempo estas pessoas voltam ao vício 
novamente. De uma coisa se pode ter certeza, o que 
acontece por lá não é poder do Espírito Santo !!! 
 
 
 
Pastores Protestantes do Cazaquistão usam a 
hipnose em fiéis 
 
 110 
Dois pastores, no Cazaquistão, foram multados 
por usar hipnose em algumas pessoas. O pastor Vissa 
Kim e o pastor Yerzhan Ushanov. 
 
O Pastor Ushanov, da igreja Protestante Nova 
Vida que fica na cidade de Taraz, recebeu agravantes em 
suas acusações, feitas pelo Comitê Nacional de 
Segurança (KNB). A acusação era que as orações 
realizadas causavam graves danos à saúde de várias 
pessoas por quem ele orava. 
 
A polícia secreta do KNB invadiu o culto de um 
domingo e realizou buscas na casa do pastor. O Pr. 
Ushanov foi multado cerca de 200 vezes o salário 
mínimo mensal mais 200 horas de serviço comunitário. 
Durante a busca na casa do pastor, a polícia confiscou 
um grande acervo de material cristão, incluindo também 
um livro intitulado “Hipnose Moderna” em russo. A 
polícia secreta também confiscou cartões de 85 membros 
da igreja, contendo dados pessoais, como nomes, a 
história de sua igreja, atendimento, números de telefone 
e endereços. Segundo a polícia, participantes da Igreja 
diziam que muitos passavam mal depois da “hipnose” 
realizada na igreja. 
 
Esta não é a primeira vez que as autoridades do 
sul do Cazaquistão trazem acusações contra pastores que 
usam hipnose. Em alguns casos, as autoridades chegaram 
a impor que alguns pastores obtivessem uma licença 
especial do Ministério da Saúde para realizarem seus 
cultos. 
 
O pastor Kim Vissa da Igreja Protestante Graça, Luz 
do Amor recebeu uma multa no valor de 100 salários 
mínimos. Após ter recorrido na justiça, recebeu um 
comunicado de que a apelação fora negada e, no mesmo 
ano, ele teve que pagar a multa. 
 
 111 
Fonte: Forum 18 News 
 
Fiel relata sobre lavagem cerebral em 
Igreja Evangélica 
Olá pessoal, fui da ICM durante 15 longos anos, 
onde sofri muito. Nesta igreja passei por muitas 
humilhações e vi muita gente ser afrontada, por motivos 
banais. Os que tinham melhor situação podiam fazer 
tudo, já os menos favorecidos eram deixados de lado. 
Criei meu filho num sistema de medo e horror 
imposto por essa “religião”. Volto a dizer a você jovem 
e, mais ainda a você que já passou dos 30, tempo não 
volta! E não pensem que Deus vai recompensá-los pelo 
tempo perdido nesse lugar, errar é humano e pagamos as 
consequências de nossos atos aqui mesmo. 
 
 Vocês podem pensar que tenho ódio da ICM, 
acertaram, mas tenho mais ódio de mim por ter deixado 
manipularem minha vida por tanto tempo, mas, já peguei 
meu cérebro de volta e minha vida tem sido maravilhosa 
desde que saí dessa prisão denominada ICM. 
 
Provem, soltem as algemas, saiam da bolha e 
vejam que o ar aqui fora é muito mais puro. Não deixem 
seus filhos esperando um pai que nunca chega, não 
deixem suas esposas na solidão, e vocês esposas 
redescubram como é bom ser mulher, amar e ser amada, 
a união da família é a coisa mais linda que existe. Dêem 
um basta nisso, chega de ditadura! 
As pessoas que defendem a ICM deveriam levar 
mais a sério e verificar o que esta igreja está fazendo 
com suas mentes. Pesquisem sobre lavagem cerebral e 
verão o que fazem lá, é muito sério mesmo. Nos Estados 
 112 
Unidos, por exemplo, existem profissionais contratados 
para ajudar quem não consegue se desligar das doutrinas 
dessas seitas mesmo depois de sair delas. 
Esses profissionais ficam de 15 a 30 dias com a 
pessoa tentando trazer de volta para a realidade e tirar 
toda a falsa doutrina que foi ensinada. Algumas pessoas 
ainda ficam com resquícios doutrinários que só o tempo 
cura, foi que aconteceu com alguns de nós quando 
saímos da ICM. A pessoa submetida a essa 
desprogramação da mente fica feliz de ser liberta e ao 
mesmo tempo, arrependida por ficar tantos anos servindo 
aos falsos ensinos. 
Não foi para isso que Jesus nos chamou, para 
sermos formatados por essas doutrinas doentias, ele nos 
chamou para sermos nova criatura. Volto a dizer, isso émuito sério e perigoso, porque muitos quando se dão 
conta que estão sendo manipulados, não querem mais 
nem ouvir falar de Jesus. 
Espero que tudo que foi relatado sirva para ajudar 
aqueles que ainda não tomaram sua decisão. 
Liberdade em todos os sentidos. Um abraço! 
 
Relato de um ex-membro evangélico ao sofrer 
lavagem cerebral 
 
Agora vocês vão conhecer a minha história 
dentro da igreja. Colocarei os textos com calma e espero 
que tenham paciência para lê-los porque irei contar 
detalhes. 
 
Como fui capturado! 
 
 113 
A primeira coisa que me chamou a atenção foi a 
"liberdade". Todos aqueles jovens de cabelo comprido, 
brinco, usando camisas de bandas de rock, falando gírias, 
sentando no chão, ouvindo uma banda de rock-gospel 
tocar. 
 
Depois eu fiquei comovido com a forma que me 
trataram. As pessoas vinham falar comigo, me tratavam 
muito bem, eram acolhedores. Se interessavam pelos 
meus assuntos e sempre comparavam a minha 
denominação com as outras igrejas "ultrapassadas" que 
proibiam rock, diversão e etc. 
 
Não foi difícil ser atraído pra lá e depois de 
algumas semanas já havia me filiado à esta 
denominação. Quando entrei, levei comigo mais 10 
pessoas e estas 10 pessoas levaram também mais gente. 
É assim que funcionam os cultos evangelísticos, quando 
você converte ou trás um membro de outra igreja, você 
na realidade não está trazendo só uma pessoa, porque 
com ela vêm os amigos e parentes que por sua vez trarão 
seus amigos e outros parentes. Lá tem o culto da família 
que é só pra te incentivar a trazer a sua família pra igreja. 
 
Durante algum tempo eles mantêm a ilusão de 
que não te proíbe de nada, você pode continuar fumando, 
bebendo, fazendo o que você quiser sem ouvir críticas. É 
o tempo necessário para te fazer uma lavagem cerebral. 
Deste modo eles conseguem te convencer de parar de 
fazer estas coisas sem que você perceba e fique 
impactado. Quando sua mente estiver no ponto você será 
um verdadeiro alienado e eles acabam te convencendo de 
que estão fazendo com que você seja mais livre. Eu não 
faço psicologia, mas eles utilizam algo como psicologia 
reversa. 
 
Fazendo uma lavagem cerebral, a igreja começa a 
te envolver em tarefas e em cargos para que você fique 
 114 
mais ligado a ela. O primeiro passo da lavagem cerebral 
é te isolar das "más" influências, por isso você acaba 
aprendendo que as pessoas que não estão na igreja estão 
perdidas, são ímpios e precisam que você as converta. 
Aos poucos fui ficando tão atarefado na igreja que deixei 
de jogar futebol e praticar outras coisas. 
 
O segundo passo da lavagem cerebral é te ensinar 
que se você fizer as coisas como eles pedem você será 
recompensado, caso contrário irá sofrer. Eles criaram 
algo chamado "habilitação espiritual" que consiste 
basicamente nisto. Para você alcançar certas bênçãos 
você precisa de habilitação espiritual. Por exemplo: Se 
você dá o dízimo e é um gideão da conquista, você tem 
habilitação espiritual para conquistar bens financeiros. 
 
O terceiro passo é a submissão. Eles te ensinam 
que você deve ser submisso aos líderes. Se você não for 
submisso você está "fora da visão" é um rebelde. Há 
reuniões só pra te ensinar a ser submisso. E em contra 
partida você pode escolher 12 pessoas para serem 
submissos a você, é o R12. Funciona assim! Eu era um 
discípulo do R12 do pastor e eu também escolhi 12 e por 
sua vez cada um escolhia mais 12 e etc... Assim você 
aprendia a ser submisso e como era bom ter pessoas 
submissas a você. Cada palavra de um líder era encarada 
como uma ordem. Desta forma você passa a ser um 
soldadinho. Outro detalhe é que de pastor pra cima você 
recebe salários e também uma porcentagem do que 
arrecada no mês se você cumprir a meta de dinheiro 
estabelecida. 
 
As táticas de arrecadação! 
 
Nesta igreja, tudo é feito com doações, eles não 
gastam o dinheiro do dízimo com nada. 
 
 115 
Pregação da Oferta - Antes da pregação comum 
eles fazem a pregação da oferta, que consiste em ficar 30 
minutos pelo menos falando de como é bom ofertar. Os 
pastores pegam pesado nestas pregações, fazem o 
possível pra te convencer a ofertar o máximo. Você tem 
que ofertar alguma coisa, nem que seja um brinco que 
depois será vendido no bazar. Nestas pregações eles 
citam versículos bíblicos como, por exemplo, o que fala 
que Abraão deu seu único filho e que então você também 
tem que dar o seu melhor (ou seja, a nota mais alta que 
você tiver na carteira), falam de que você tem que ofertar 
em gratidão a tudo que Deus lhe deu e etc... Apelam para 
o emocional... Fazem de tudo. 
 
Bazar - Eles pedem muitas doações na igreja. 
Mas você pensa que eles dão as roupas para os pobres? 
Não! Eles vendem! Tudo vira dinheiro, se você doar um 
relógio de R$100,00 eles vendem por R$50. Tudo vira 
dinheiro! 
 
Carnê de Gideão - É um carnê que você paga 
todo mês. Uma mensalidade. Lá não é só o dízimo que 
comanda. Eles têm um culto só pra quem é "gideão da 
conquista" lá eles falam como a vida deles melhorou 
quando passaram de simples dizimistas pra gideões da 
conquista. 
 
Ofertas - Assim que você chega e vai se sentar 
tem uns 3 envelopes de oferta. Oferta, oferta de milagres 
e oferta especial. Depois do louvor vem a pregação de 
oferta e depois você oferta. Aí no final do culto eles 
dizem coisas tipo: Se você recebeu uma benção de uma 
oferta de milagres, se você tem uma causa especial dê 
uma oferta especial. 
 
Semeadura- Apesar de receberem salário da 
igreja os pastores e líderes tem a cara de pau de te pedir 
uma oferta exclusiva. 
 116 
 
Rifa- Meu colega deu uma bicicleta pra igreja e 
eles rifaram ela. É comum o uso de rifa na igreja, tudo 
vira dinheiro. Também é comum os próprios líderes 
ganharem, ainda mais quando alguém doa um 
automóvel! O pior que tem gente que acha legal... - viu 
como eles são abençoados? Aleluia! 
 
Pedágio - Funciona assim, eles mandam os 
adolescentes e jovens mendigar no sinal de trânsito. 
Compram um saco de balas vagabundas e vendem 5 por 
1 real (o triplo do preço) no sinal de trânsito. Meu colega 
era líder do pedágio e apesar de ficar com a gente 
mendigando no sinal o dia todo, a igreja não nos dava 
nem um lanche. 
 
Revistas, CDs e Vídeos - Eles te empurram todo 
tipo de coisas. Adesivos, fitas, camisas, tudo. Nem 
parece uma Igreja, mas uma loja! 
 
Ceia de oficiais - É onde a grana rola forte. Uma 
vez em Botafogo eu vi arrecadar R$ 30 mil só em uma 
levada... Não sei qual foi o valor no final do culto, mas 
foi alto. Estas ceias arrecadam muito porque são feitas 
exclusivamente pra oficiais (membros) da igreja, aí eles 
podem pedir muito porque os oficiais tem a mente 
dominada. Lembro-me de que quando fui a uma ceia em 
SP o pastor pediu para darmos cheques pre-datados. 
Também vi o pastor pedir dinheiro como num leilão 
decrescente, primeiro pediu dez mil reais, depois R$5 
mil e foi caindo até chegar a R$ 1 mil. O pior é que teve 
muita gente que deu! Só quando ele pediu R$10 mil, é 
que levantaram quatro pessoas. 
 
Isso e muito mais você vê quando vai a esta 
igreja! Ainda tem o que eles pedem pela Rádio, TV e 
publicações! É muita grana! 
 117 
 
Há abusos em nome de Deus 
A revista Época de 29 junho de 2009 nº 580, pg. 
69-70 publicou uma matéria a respeito de um livro 
escrito pela Escritora Marília Camargo César sobre os 
abusos de alguns líderes evangélicos. 
 
Nota: Lí o livro e em muitos casos posso afirmar 
que alguns personagens sofreram a lavagem cerebral, 
apesar da autora compreender como abusos emocionais. 
 
Segue abaixo a matéria: 
 
"Há abusos em nome de Deus" 
 
A igreja evangélica está doente e precisa de uma 
reforma. Os pastores se tornaram intermediários entre 
Deus e os homens e cometem abusos emocionais 
apoiados em textos bíblicos. Essas são algumas das 
afirmações polêmicas da jornalistaMarília de Camargo 
César em seu livro de estréia, Feridos em nome de Deus 
(Editora Mundo Cristão), que será lançado no dia 30. 
Marília é evangélica e resolveu escrever depois de 
testemunhar algumas experiências religiosas com amigos 
de sua antiga congregação. 
 
ÉPOCA – Por que você resolveu abordar esse 
tema? 
Marília de Camargo César – Eu parti de uma 
experiência pessoal, de uma igreja que frequentei 
durante dez anos. Eu não fui ferida por nenhum pastor, e 
esse livro não é nenhuma tentativa de um ato heróico, de 
denúncia. É um alerta, porque eu vi o estado em que 
ficaram meus amigos que conviviam com certa 
liderança. Isso me incomodou muito e eu queria entender 
o que tinha dado errado. Não quero que haja 
 118 
generalizações, porque há bons pastores e boas igrejas. 
Mas as pessoas que se envolvem em experiências de 
abusos religiosos ficam marcadas profundamente. 
 
ÉPOCA – O que você considera abuso religioso? 
Marília – Meu livro é sobre abusos emocionais 
que acontecem na esteira do crescimento acelerado da 
população de evangélicos no Brasil. É a intromissão 
radical do pastor na vida das pessoas. Um exemplo: uma 
missionária que apanha do marido sistematicamente e 
vai parar no hospital. Quando ela procura um pastor para 
se aconselhar, ele diz: “Minha filha, você deve estar 
fazendo alguma coisa errada, é por isso que o teu 
marido está se sentindo diminuído e por isso ele está te 
batendo. Você tem de se submeter a ele, porque 
biblicamente a mulher tem de se submeter ao cabeça da 
casa”. Então, essa mulher pede um conselho e o pastor 
acaba pisando mais nela ainda. E usa a Bíblia para isso. 
Esse é um tipo de abuso que não está apenas na igreja 
pentecostal ou neopentecostal, como dizem. É um caso 
da Igreja Batista, que tem melhor reputação. 
 
ÉPOCA – Seu livro questiona a autoridade 
pastoral. Por quê? 
Marília – As igrejas que estão surgindo, as 
neopentecostais (não as históricas, como a presbiteriana, 
a batista, a metodista), que pregam a teologia da 
prosperidade, estão retomando a figura do “ungido de 
Deus”. É a figura do profeta, do sacerdote, que existia no 
Antigo Testamento. No Novo Testamento, Jesus Cristo é 
o único mediador. Mas o pastor dessas igrejas mais 
novas está se tornando o mediador. Para todos os 
detalhes de sua vida, você precisa dele. Se você recebe 
uma oferta de emprego, o pastor pode dizer se deve ou 
não aceitá-la. Se estiver paquerando alguém, vai dizer se 
deve ou não namorar com aquela pessoa. O pastor, em 
vez de ensinar a desenvolver a espiritualidade, determina 
se aquele homem ou aquela mulher é a pessoa de sua 
 119 
vida. E ele está gostando de mandar na vida dos outros, 
uma atitude que abre um terreno amplo para o abuso. 
 
ÉPOCA – Você afirma que não é só culpa do 
pastor. 
Marília – Assim como existe a onipotência 
pastoral, existe a infantilidade emocional do rebanho. A 
grande crítica de Freud em relação à religião era essa. 
Ele dizia que a religião infantiliza as pessoas, porque 
você está sempre transferindo suas decisões de adulto, 
que são difíceis, para a figura do pai ou da mãe, 
substituí¬dos pelo pastor e pela pastora. O pastor virou 
um oráculo. Assim é mais fácil ter alguém, um bode 
expiatório, para culpar pelas decisões erradas. 
 
ÉPOCA – Quais são os grandes males espirituais 
que você testemunhou? 
Marília – Eu vi casamentos se desfazer, porque 
se mantinham em bases ilusórias. Vi também pessoas 
dizendo que fazer terapia é coisa do diabo. Há pastores 
que afirmam que a terapia fortalece a alma e a alma tem 
de ser fraca; o espírito é que tem de ser forte. E dizem 
isso apoiados em textos Bíblicos. Afirmam que as 
emoções têm de ser abafadas e apenas o espírito ser 
fortalecido. E o que acontece com uma teologia dessas? 
Psicoses potenciais na vida das pessoas que ficam 
abafando as emoções. As pessoas que aprenderam essa 
teologia e não tiveram senso crítico para combatê-la 
ficaram muito mal. Conheci um rapaz com muitos 
problemas de depressão e de auto estima que encontrou 
na igreja um ambiente acolhedor. Ele dizia ter 
ressuscitado emocionalmente. Só que, com o passar dos 
anos, o pastor se apoderou dele. 
 
ÉPOCA – Qual foi a história que mais a 
impressionou? 
Marília – Uma das histórias que mais me tocou 
foi a de uma jovem que tem uma doença degenerativa 
 120 
grave. Em uma igreja, ela ouviu que estava curada e que, 
caso se sentisse doente, era porque não tinha fé 
suficiente em Deus. Essa moça largou os remédios que 
eram importantíssimos no tratamento para retardar os 
efeitos da miastenia grave (doença autoimune que 
acarreta fraqueza muscular). O médico dela ficou muito 
bravo, mas ela peitou o médico e chegou a perder os 
movimentos das pernas. Ela só melhorou depois de fazer 
terapia. Entendeu que não precisava se livrar da doença 
para ser uma boa pessoa. 
 
ÉPOCA – Por que demora tanto tempo para a 
pessoa perceber que está sendo vítima? 
Marília – Os abusos não acontecem da noite para 
o dia. No primeiro momento, o fiel idealiza a figura do 
líder como alguém maduro, bem preparado. É aquilo que 
fazemos quando estamos apaixonados: não vemos os 
defeitos. O pastor vai ganhando a confiança dele no 
decorrer do tempo. Esse líder, que acredita que Deus o 
usa para mandar recados para sua congregação, passa a 
ser uma referência na vida da pessoa. O fiel, por sua vez, 
sente uma grande gratidão por aquele que o ajudou a 
mudar sua vida para melhor. Ele quer abençoar o líder 
porque largou as drogas, ou parou de beber, ou parou de 
bater na mulher ou porque arrumou um emprego. E 
começa a dar presentes de acordo com suas posses. Se 
for um grande empresário, ele dá um carro importado 
para o pastor. Isso eu vi acontecer várias vezes. O pastor 
gosta de receber esses presentes. É quando a relação se 
contamina, se torna promíscua. E o pastor usa a Bíblia 
para legitimar essas práticas. 
 
ÉPOCA – Você afirma que muitos dos pastores 
não agem por má-fé, mas por uma visão messiânica... 
Marília – É uma visão messiânica para com seu 
rebanho. Lutero (teólogo alemão responsável pela 
reforma protestante no século XVI) deve estar dando 
voltas na tumba. O pastor evangélico virou um papa, a 
 121 
figura mais criticada pelos protestantes, porque não erra. 
Não existe essa figura, porque somos todos errantes, 
seres faltantes, como já dizia Freud. Pastor é gente. Mas 
é esse pastor messiânico que está crescendo no 
evangelismo. A reforma de Lutero veio para acabar com 
a figura intermediária e a partir dela veio a doutrina do 
sacerdócio universal. Todos têm acesso a Deus. Uma das 
fontes do livro disse que precisamos de uma nova 
reforma, e eu concordo com ela. 
 
ÉPOCA – Se a igreja for questionada em seus 
dogmas, ela não deixará de ser igreja? 
Marília – Eu não acho. A igreja tem mesmo de 
ser questionada, inclusive há pensadores cristãos 
contemporâneos que questionam o modelo de igreja que 
estamos vivendo e as teologias distorcidas, como a 
teologia da prosperidade, que são predominantemente 
neopentecostais e ensinam essa grande barganha. Se 
você não der o dízimo, Deus vai mandar o gafanhoto. 
Simbolicamente falando, Ele vai te amaldiçoar. Hoje o 
fiel se relaciona com o Divino para as coisas darem 
certo. Ele não se relaciona pelo amor. Essa é uma das 
grandes distorções. 
 
ÉPOCA – No livro você dá alguns alertas para 
não cair no abuso religioso. 
Marília – Desconfie de quem leva a glória para 
si. Uma boa dica é prestar atenção nas visões 
megalomaníacas. Uma das características de quem abusa 
é querer que a igreja se encaixe em suas visões, como 
querer ganhar o Brasil para Cristo e colocar metas para 
isso. E aquele que não se encaixar é um rebelde, um 
feiticeiro. Tome cuidado com esse homem. Outra 
estratégia é perguntar a si mesmo se tem medo do pastor 
ou se pode discordar dele. A pessoa que tem potencialpara abusar não aceita que se discorde dela, porque é 
autoritária. Outra situação é observar se o pastor gosta de 
dinheiro e ver os sinais de enriquecimento ilícito. São 
 122 
esses geralmente os que adoram ser abençoados e ganhar 
presentes. Cuidado. 
 
REPORTAGEM de Kátia Mello, Revista ÉPOCA, 29 
junho 2009 N.580,pg. 69-70. *Marília de Camargo César, 44 anos, 
jornalista, casada, duas filhas. Editora assistente do jornal O Valor, 
formada pela Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero. Seu 
livro de estréia é Feridos em nome de Deus (editora Mundo Cristão). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 123 
 
Desprogramando a lavagem cerebral 
 
 
A desprogramação da lavagem cerebral é o 
processo que ensina a compreender e reverter 
condicionamentos que são impostos por terceiros. Com 
a desprogramação recupera-se a vitalidade perdida e o 
potencial criativo, do indivíduo deixando de ser uma 
vítima para ser o agente criador de sua vida. 
 
Hoje os grupos de “desprogramação” atuam de 
modo semelhante aos que tratam da recuperação de 
dependentes de drogas nas maiores cidades do primeiro 
mundo. 
 
A desprogramação (de prefixo latino que denota 
saída, procedência, separação, direção de cima para 
baixo, aprofundamento) corresponde a um processo 
interior de questionamento e investigação de si mesmo, 
de modo orientado e dirigido. Este caminho de auto-
inquirimento propõe que se abra um parêntese na vida 
atribulada do cotidiano, voltando-se mais para dentro de 
si, fazendo uma reflexão crítica sobre os resultados na 
vida profissional, afetiva, psicológica e espiritual. 
 
 A desprogramação consiste em uma elaborada 
terapia de choque, onde o converso a pedido da família 
ou com o consentimento dela, enfrenta uma verdadeira 
tempestade de argumentações de especialistas em 
práticas religiosas abusivas. Geralmente ex-membros ou 
pessoas com alguma formação religiosa, os conselheiros 
atuam em conjunto com psicólogos, psiquiatras e 
advogados em dinâmicas que lembram exatamente os 
processos de despersonalização dos campos de 
concentração comunistas. 
 124 
Para desprogramar uma pessoa que sofreu 
lavagem cerebral, a conversa será sempre o primeiro 
passo. No entanto, às vezes ele é muito bem doutrinado 
para não ouvir qualquer coisa que um estranho tenha a 
dizer e outras vezes não existe oportunidade para 
conversar. Todos os laços com o mundo externo podem 
ter sido cortados. 
Se você estiver sozinho nesta jornada para tentar 
a desprogramação, não deixe de manter o contato com a 
pessoa que entrou numa determinada Igreja ou seita. Não 
ataque a sua denominação, a sua crença, sua nova 
filosofia. Quando você fala ao novo adepto sobre suas 
crenças, você ativa nele um reflexo devido ao seu 
condicionamento e ele vai vender a você o discurso da 
denominação a qual ele entrou como se estivesse ligado 
a um gravador. 
Sugere-se que não contrarie o adepto e que se 
apóie em possíveis traços da sua memória afetiva e 
intelectual, aquelas que talvez permitam "puxá-lo" de 
volta ao mundo, aumentando uma possível "zona" de 
contato, não atingida inteiramente pela ação da 
denominação religiosa e do líder sobre ele. 
Uma pessoa, ao ignorar estas regras, perdeu para 
sempre sua filha para uma seita. Ela aceitou ir a um 
programa de televisão para denunciar o líder religioso, o 
que engendrou um rompimento definitivo da filha, que 
lhe nega, ainda hoje, muitos anos passados, qualquer 
contato com seus netos. 
Em alguns casos, quando existe o trabalho dos 
desprogramadores, estes devem ser também especialistas 
no grupo religioso que a pessoa faz parte. É muito eficaz 
o trabalho de desprogramação, quando um membro da 
equipe é um ex-integrante do grupo e pode proporcionar 
detalhes específicos e o conhecimento que possui de 
 125 
quando estava dentro do grupo. Devem conhecer a 
linguagem e os modismos do grupo, sua história e 
conteúdo, assim como dados abundantes e 
documentados sobre o líder. Porém, além dos 
conhecimentos deve haver uma harmonia entre o 
desprogramador e o membro do grupo. Segundo alguns 
desprogramadores, a maneira mais intensa e efetiva de 
provocar uma “desconversão” é expor o converso a um 
ex membro saudável para que os temores do abandono 
repentino não possam ser sugestionados. 
Familiares que temem por alguém que esteja 
profundamente envolvido com um grupo religioso 
fanático, precisam encontrar alternativa, caso uma 
simples conversa não funcione. Neste ponto, existem 
duas alternativas: A Desprogramação, propriamente 
dita, ou a orientação específica. 
Desprogramação. É necessária uma equipe de 
desprogramadores que usam técnicas psicológicas éticas 
para tentar compensar as técnicas psicológicas não éticas 
usadas pela igreja ou grupo. O objetivo é fazer o membro 
participante pensar por si próprio e reavaliar sua 
situação. 
Os métodos de interrogatório podem incluir: 
Ajudá-lo a reconhecer estes métodos em sua 
própria experiência na igreja ou seita que freqüenta ou 
fazer perguntas que o encorajem a pensar de forma 
crítica, independente, ajudando-o a reconhecer este tipo 
de pensamento e fazendo elogios por isso; tentar criar 
uma conexão emocional com sua vida antiga, 
apresentando a ele objetos de seu passado, fazendo com 
que divida suas antigas lembranças com seus familiares. 
 126 
A desprogramação era comum nos anos 70, mas 
caiu em desuso por ser muito cara. Hoje, a maioria das 
famílias procura orientação. 
A orientação concentra em empregar técnicas 
psicológicas que podem fazer com que o membro de 
uma seita participe voluntariamente de um 
interrogatório. Os orientadores ajudam a família a 
conseguir que o membro se comunique com "estranhos". 
Os familiares devem ser objetivos, calmos e carinhosos, 
ou apenas irão reforçar a crença de que estranhos são 
"maldosos" e perigosos. Caso dê certo e a pessoa 
concorde em participar deste processo, o próximo passo 
é o mesmo interrogatório que ocorre na desprogramação, 
com longas sessões que levam vários dias, mas a pessoa 
tem liberdade para sair. 
Nos Estados Unidos e países da Europa 
Ocidental estão surgindo grupos anti-cultos 
especializados em libertar os membros de muitas 
famílias que teriam sofrido lavagem cerebral. Esses 
grupos desenvolveram, inclusive, técnicas de 
desprogramação cerebral e contam com um forte apoio 
dos meios de comunicação e da sociedade em geral. No 
Brasil, o quadro é bastante diferente, salvo algumas 
pesquisas, feita por alguns estudiosos na área da 
psicologia. 
Para um membro que sofreu lavagem cerebral, 
sair sozinho deste sistema pode levar anos para se 
decidir, pois conseguir confiança para sair 
voluntariamente requer uma enorme força de vontade e 
isso não vem facilmente. Pode ser resultado de um novo 
contato com o mundo externo, como conversar com seus 
pais pela primeira vez depois de muito tempo. 
No entanto, tomar a decisão de sair do grupo é 
apenas uma parte do processo. Supostamente, as portas 
 127 
devem estar abertas para que ele possa sair. Algumas 
seitas destrutivas deixam as pessoas irem embora. 
Normalmente, pressionam bastante o membro para que 
ele fique, mas no final ele pode escolher ir embora sem 
ter que pular o muro na calada da noite. Em casos menos 
sérios, um membro que abandona o grupo pode ser 
"renegado", proibido de qualquer contato com pessoas 
que fizeram parte de sua "família" por meses, anos ou 
décadas, mas não sofre qualquer dano físico ao sair. 
Nos casos mais sérios, uma denominação pode ir 
ao extremo para manter controle sobre seus membros e 
até matá-los caso tentem sair. Quando 16 membros do 
Templo do Povo em Jonestown, Guiana, decidiram 
deixar a seita, em 1978, depois de uma visita de um 
grupo de governantes Americanos, vários membros 
armados os seguiram até o aeroporto e começaram a 
atirar.Onze pessoas ficaram feridas e um congressista 
Americano, três repórteres e um membro, que estava 
tentando deixar a seita, foram mortos. O medo das 
conseqüências deste incidente foi o que fez o líder Jim 
Jones provocar o assassinato / suicídio coletivo de 900 
membros de sua seita. 
Embora seja preferível uma saída pacífica e 
voluntária, normalmente não é assim que acontece. 
Existem aqueles que não querem sair de jeito nenhum e 
são arrastados de volta para o mundo externo. Este é o 
primeiro estágio do que conhecemos como 
"desprogramação", um método extremo que consiste em 
tirar alguém de uma seita ou denominação contra sua 
vontade. 
Um renomado pastor protestante da ala 
tradicional e pesquisador de religião, concluiu também 
em seus estudos, que a lavagem cerebral, onde se 
enquadra os três níveis (Consciente, subconsciente e 
inconsciente), está sendo usado constantemente por 
 128 
muitos pastores e líderes religiosos no meio protestante. 
Ele tem visto práticas explícitas de lavagem cerebral 
sendo empregadas em faculdades e escolas de teologia 
ditas evangélicas e reformadas. 
 
Recentemente ele entrou em contato nos Estados 
Unidos, com pessoas especializadas em desprogramar a 
mente de vítimas de lavagem cerebral. 
 
Nestas conversas foi informado que o principal 
processo de desprogramação é precisamente o diálogo. O 
desprogramador conversa por horas, e repetidamente, 
com o indivíduo que sofreu a lavagem cerebral até que 
encontre os termos lingüísticos que serviram de chave 
para a lavagem cerebral, e que permitirão, estes mesmos 
termos, a conseqüente desprogramação. Conforme a 
pessoa, pode demorar dias ou semanas para que a 
desprogramação aconteça. 
 
Apesar de sabermos que a vítima, ao sofrer 
lavagem cerebral, não vem a aperceber-se disso, este 
pesquisador de religião acrescenta, no entanto, que uma 
das experiências mais revigorante é conversar com 
alguém que foi desprogramado. Há nele um misto de 
alívio e raiva, alívio por ver-se capaz de pensar 
novamente, e raiva por sentir-se violado, usado e 
abusado pelos programadores. 
 
É uma grande alegria quando uma pessoa 
condicionada volta à reflexão livre e sadia, ainda que 
saibamos que um período de acompanhamento será 
necessário para o completo restabelecimento do 
indivíduo em questão. Não é fácil realizar a 
desprogramação. Em geral, o aluno ou pastor que sofreu 
lavagem cerebral evita o contato com desprogramadores. 
Fecha-se em seu grupinho isolando-se de toda sociedade. 
 
 
 129 
 
 
Macumba Evangélica 
 
 
O Pastor Wagner Antônio de Araújo da Igreja 
Batista Boas Novas de Osasco – SP, (ala tradicional), fez 
uma pesquisa muito interessante mostrando fenômenos 
ocorridos em cultos de Umbanda, Candomblé e em 
muitos cultos evangélicos. Seus estudos foram 
publicados em 18 de junho de 2008, com o título 
“MACUMBA EVANGÉLICA”. 
 
Em sua palestra, ele divulga uma série de vídeos 
que traz um paralelo entre cultos afros e cultos 
evangélicos. Tenho todos eles gravados, assisti várias 
vezes, e de acordo com as pesquisas tenho certeza 
absoluta de que são fenômenos PARANORMAIS e não 
SOBRENATURAIS. 
 
Pastor Wagner afirma que o estudo é de cunho 
pastoral, voltada para um estudo Bíblico num contexto 
Espiritual. Ele insiste que o estudo está dentro de um 
plano Espiritual, mas talvez sem querer, ele mostra as 
técnicas utilizadas para perpetrar transe coletivo, 
hipnose, e em longo prazo, a lavagem cerebral. Quero 
expor aqui os detalhes de sua pesquisa e que, em cima 
dela, o leitor possa tirar suas conclusões. 
 
Veja o que ele diz: 
Ao anunciar esta palestra em rede de 
comunicação virtual (internet), centenas de irmãos em 
Cristo, obreiros e pastores das mais variadas 
denominações e estados brasileiros (e também da 
América do Norte e Europa) solicitaram que lhes fosse 
concedida uma cópia do texto, áudio e vídeo, uma vez 
 130 
que não poderiam estar pessoalmente nesta noite, 
participando da apresentação. 
Tal explosão de solicitações vem demonstrar, de 
forma contundente, que o problema que abordaremos 
não se restringe a uma denominação, uma região 
geográfica ou uma opinião isolada. A magia evangélica 
invadiu igrejas, comunidades, denominações, 
congressos, vigílias, lares, programas de rádio, televisão, 
jornais, e hoje a confusão que reina faz estarrecer até o 
mais cético dos escatologistas. 
Parece-nos que o tão proclamado "reavivamento 
mundial", "nova unção", "despertamento da noiva" e 
tantos outros títulos que apontavam para uma 
generalizada conversão maciça da população nacional e 
mundial, deram lugar ao que é chamado de "A Grande 
Apostasia do Fim dos Tempos", prenunciada por Paulo 
em suas epístolas pastorais. 
Quero estabelecer alguns limites importantes a 
esta palestra. 
Ela é apenas uma palestra, e não um tratado, uma 
tese, um livro, um artigo doutrinário ou um curso. Pode 
ser que no futuro venhamos a concentrar esforços no 
sentido de recolher material e efetuar análises exaustivas, 
preparando algo que cubra um tratado, uma tese ou um 
livro. Esta palestra não pretende ser mais que uma 
palestra de um pastor de igreja Batista tradicional local, 
com uma linguagem simples, de cunho pastoral, visando 
alertar o rebanho de Deus a ele confiado quanto às 
modernas manifestações estranhas no dito "mundo 
evangélico". 
Há um farto material referencial, espalhado em 
centenas de links pela internet, dos mais variados 
teólogos e articulistas cristãos ou seculares, cujo 
 131 
conteúdo deve ser criteriosamente lido e analisado, e não 
pretendemos, com esta palestra, servir de material 
exaustivo sobre a matéria, senão uma breve análise 
elementar dos fenômenos neopentecostais modernos, a 
sua relação e semelhança sincrética com as religiões 
afro-brasileiras e também com a feitiçaria mundial, 
apontando referenciais bíblicos na sólida direção da 
autêntica vontade de Deus e do culto racional, espiritual 
e bíblico. 
É importante dizer que, conquanto não acusemos 
grupos, nossa tese parte da absoluta rejeição do que se 
conhece hoje por "neopentecostalismo", um sistema 
moderno de perversão da igreja cristã, que relê a bíblia 
sob a ótica da prosperidade como fundamento para a fé e 
que luta com os demônios como causa única de toda 
pobreza, doença e problemas humanos. O 
neopentecostalismo tem sido rejeitado de forma ampla 
pelas denominações cristãs de cunho protestante 
tradicional, e atualmente também tem sido alvo de 
críticas dos pentecostais clássicos. O neopentecostalismo 
tornou-se algo estranho ao evangelho e ao 
protestantismo. 
Nosso propósito é pinçar atos e fatos em cultos 
de algumas igrejas, filmados e disponibilizados através 
da internet, que demonstram que, ainda que falem o 
"evangeliquês", estão longe de serem de fato, 
evangélicos. É papel da igreja e dos ministros do 
Evangelho proteger o rebanho de Deus das investidas de 
Satanás, que, não raras vezes, traveste-se de Anjo de 
Luz, faz sinais e maravilhas, opera milagres e, se 
possível fora, enganaria aos escolhidos de Cristo. 
Graças, porém, a Deus, que ainda há quem clame pela 
verdade original da Palavra de Deus. 
Dias atrás um abalo císmico foi sentido em São 
Paulo, vindo de São Vicente, a primeira cidade do Brasil. 
 132 
Algo raro, mas um abalo sísmico apenas. Foi quando 
uma notícia "evangélica" acendeu o sinal de alerta: 
Profecia lançada, profecia cumprida! 
Mídia brasileira anuncia tremores de terra 24 
horas após liberação de decreto profético estabelecido 
pelo Apóstolo Renê Terra Nova no útero da Nação 
Lilian Bartira 
No dia 21 de abril, em Santa Cruz de Cabrália, 
Apóstolo Renê Terra Nova e congressistas se uniram 
para reconsagrar o território de Porto Seguro ao Senhor 
Jesus, entendendo que a partir do solo materno todo o 
Brasil será atingido com essa demarcação espiritual. 
Cinco escunas conduziram cerca de 800 profetasno percurso que foi marcado com intercessões e 
liberação de palavras proféticas. Pão, óleo e vinho foram 
lançados nas águas porto-segurenses como sinal de 
tomada completa do território Brasileiro. 
Em Cabrália, outras 500 pessoas já os 
aguardavam para o segundo momento do ato profético. 
A fim de estabelecer um memorial eterno de demarcação 
e posse de um novo Brasil, o Apóstolo Renê Terra Nova 
fincou uma estaca na primeira faixa de terrra brasileira 
avistada pelos portugueses. 
Contendo óleo de Jerusalém em sua parte interna 
e a profecia de um outro Brasil em 2008 e rendido aos 
pés do Senhor em 2010, a estaca foi fincada naquele 
local ao som de um clamor e de expressões de adoração 
dos cristãos apaixonados e ansiosos pelo mover de um 
Brasil diferente. 
 133 
Pastores de vários estados e representantes da 
comunidade Pataxó, dentre eles o Cacique Aruanã 
testemunharam e se aliaram ao Apóstolo Renê Terra 
Nova que selou o momento com a palavra de que todo 
ato profético lançado no mundo espiritual é seguido de 
um sinal no reino físico num prazo de 24 horas. 
No dia seguinte, no púlpito do 9° Congresso de 
Resgate da Nação, o Apóstolo anunciou o fenômeno 
císmico que atingiu 5,2 graus na escala Richter e 
refletido em dezenas de cidades paulistas e em pelo 
menos quatro outros estados - Minas Gerais, Rio de 
Janeiro, Paraná e Santa Catarina. 
O abalo císmico ocorreu a 215 km de São 
Vicente-SP. A diferença entre o tremor de terça (22/04) e 
os que ocorrem comumente é de que ele teve uma 
proporção pouco comum para o território nacional. 
O decreto determinado pelo Apóstolo Terra 
Nova, debaixo dos céus proféticos do útero do Brasil, foi 
respaldado por Deus e anunciado aos quatro cantos da 
nação brasileira. Muitos desconhecem a causa do tremor, 
mas para os congressistas presentes no evento, apenas a 
resposta de um ato profético. 
Pauta para toda a mídia nacional, o terremoto 
constituiu-se como emblema de um sinal que estabeleceu 
o "sim" de Deus para um Brasil que se moverá nos dons 
do Espírito e levará para todas as nações da Terra um 
avivamento sem precedentes em toda a história. A prova 
real e concreta de que nasceu em 2008 um novo Brasil. 
(Fonte: site do MIR) 
 
O comportamento desse "apóstolo", seguido por 
esses "profetas", mostra algo incomum entre o culto 
evangélico-cristão: elementos como DECRETO, ATO 
 134 
PROFÉTICO, ESCUNAS, ÓLEO, PÃO E VINHO 
DERRAMADOS NAS ÁGUAS, ÓLEO DE 
JERUSALÉM, ESTACA FINCADA NA PRIMEIRA 
FAIXA DE TERRA, PRAZO DE 24 HORAS PARA O 
EFEITO. 
 
Esses elementos todos, juntos e misturados, 
demonstram terem sido emprestados não do 
cristianismo, mas das religiões afro-brasileiras, 
conhecidas como Candomblé, Umbanda, Quimbanda, e 
dos trabalhos popularmente apelidados de macumbas. 
 
Toda pessoa é livre para exercer sua religião de 
espiritismo, mistério, misticismo e feitiços. Mas trazer 
sincreticamente aquelas religiões e aqueles elementos 
para o ato de culto a Deus, para selar compromissos e 
pactos com Deus, fazer coisas similares aos trabalhos de 
macumba e consagrações para orixás, foi realmente 
estarrecedor. 
 
Gerou então uma garimpagem pelo extenso 
mundo visual da internet, aliado às múltiplas 
informações recebidas de amigos, colegas, irmãos, 
amigos, e inimigos, através de contatos pessoais, através 
de correspondências, etc. 
 
Limitar-nos-emos à comparação entre o culto do 
candomblé, da umbanda e da quimbanda, e a 
similaridade com esse movimento sincretista 
esparramado, que não apenas faz esses decretos, como 
desenvolve atividades de exploração espiritual, 
apelidado jocosamente de RETETÉ. "Vigília do reteté", 
"fogo da unção do reteté", "restauração espiritual", etc. 
 
Os vídeos 
 
Todos os vídeos selecionados sejam do 
Candomblé ou da Umbanda, ou neopentecostais, são de 
 135 
absoluto domínio público, postados em links no site 
YOUTUBE, à disposição de quem quiser assisti-los. 
Como esses vídeos não ficam muito tempo no ar, 
armazenamos seus arquivos em DVD e os numeramos, 
comentando-os à seguir: 
 
1ª. Série 
 
Vídeo 01 - Gira de Umbanda 
Vídeo 02 - Gira Africano 
Vídeo 03 - Vigília da Obra de Restauração em Itaquara, 
Jacarepaguá 
Vídeo 04 - Vigília Igreja Pentecostal Paz com Deus em 
Bonsucesso 
Vídeo 05 - Vigília da Obra da Restauração em Santa 
Maria 
 
Comentários: 
 
Os vídeos 01 e 02 são cenas de rituais de 
Umbanda, não são brasileiros, mas seus rituais são 
similares aos realizados no Brasil. 
 
Os vídeos 03, 04 e 05 retratam as chamadas 
"vigílias do reteté". Essas vigílias são conhecidas por 
serem realizadas geralmente às sextas-feiras, com início 
à meia-noite. São muito populares entre as camadas mais 
pobres e periféricas das grandes cidades. Geralmente 
acontecem sem qualquer limite de comportamento, e às 
vezes coisas estranhas são vistas, como fenômenos 
paranormais. 
 
Se notarmos com cuidado, a prática do GIRA, 
que vemos na Umbanda, motivada por demônios e 
oferecida a eles, é similar à prática do GIRA nas vigílias 
filmadas, onde irmãos evangélicos emocionadamente e 
descontroladamente rodam, rodam, rodam, até caírem, 
ou até onde agüentarem. Nota-se também que há 
 136 
mulheres com vestimentas similares às roupas da 
Umbanda, roupas que não são do uso contínuo, 
especiais, para o ritual do reteté. 
 
Perguntas para reflexão: 
 
1) Para que girar? 
2) Será que o Espírito Santo tornaria a pessoa possessa 
dEle, como se fosse um demônio possuindo miserável 
perdido? 
3) Não há como dominar esse fenômeno do rodopio? 
4) Por que os passos que os irmãos evangélicos dão, 
juntamente com as irmãs, são similares aos da Umbanda, 
e também do Carnaval? 
5) Por que o cantor canta e faz voz de quem está a ser 
esganado? 
6) Onde está na Palavra de Deus que o Criador se 
manifesta girando os cultuantes? 
7) Que tipo de culto é esse, onde o povo canta, gira, grita 
e transpira sem parar? 
8) Não seria esse tipo de culto um entretenimento 
substitutivo aos bailes-funk, aos pagodes e ao próprio 
Candomblé? Seria isso o tipo de motivação para uma 
vigília e um culto? 
9) Se alguns ficam tomados "pelo Espírito" e se esse 
espírito não é Deus, quem seria? Um espírito de anjo? 
Um demônio? 
 
2ª. Série 
 
Vídeo 06 - Gira de Umbanda - Festa da Coroa de Mãe 
Jandira 
Vídeo 07 - Culto na Assembléia de Deus em Santa Cruz 
Vídeo 08 - Vigília do Reteté na Assembléia de Deus 
Vídeo 09 - Apóstolo Carlos Ribas - Avivamento na 
Bahia 
 
Perguntas para reflexão: 
 137 
 
1) Por que o salão de cultos tem um guerreiro com 
espada na mão, pintado na parede? 
2) Por que o cantor está vestido de Pai-de-Santo ou de 
enfermeiro? 
3) Por que as pessoas giram como se estivessem em 
transe, sentindo choques e calafrios, e com movimentos 
idênticos ao da Umbanda? 
4) Por que a vigília do reteté parece uma gira de 
umbanda, e bem malfeita? Por que aquelas mulheres 
fazem postura como se estivessem a receber os mesmos 
espíritos da umbanda? 
5) Por que o Apóstolo Ribas grita tanto? Por que aquelas 
mulheres estão em histeria? Por que o povo que 
chacoalha e se contorce, e cai, é considerado 
"reavivado", sendo que, no terreiro seria considerado 
possuído pelo "santo", e na Bíblia seria considerado 
endemoninhado? Por que o povo cultiva a loucura 
generalizada no auditório? 
6) Por que o Apóstolo tem prazer em ir e sugestionar às 
pessoas que elas devem cair para se levantar 
espiritualmente? Onde está isso na Bíblia? 
7) Por que esses cultos são tão sincréticos, cheios de 
espiritismo, rituais, emocionalismo e desajuste 
emocional? 
 
3ª. Série 
 
Vídeo 10 - Umbanda – Umoloco 
Vídeo 11 - Batismo no Candomblé 
Vídeo 12 - Série de cenas chocantes, de gente "possuída 
pelo Espírito Santo", a manifestar a "unção de animais", 
"unção da alegria, unção do riso, nova unção", "unção 
do striptease". 
Vídeo 13 - Campanha Pega no Tapete de Fogode 
Quintino 
Vídeo 14 - Continuação da Campanha Pega no Tapete de 
Fogo de Quintino 
 138 
Vídeo 15 - idem 
 
Perguntas para reflexão: 
 
1) Por que o rapaz cai descontrolado, imitando um 
macaco, e o pastor, ao invés de providenciar socorro, ou 
expulsar o demônio, realimenta o gracejo e o povo faz 
dele um palhaço, e ainda consideram tudo como "unção 
do Espírito Santo"? 
2) Por que o Espírito Santo levaria as pessoas à 
demência, como aconteceu com esse rapaz? 
3) Por que aquela mulher tira a roupa e grita como uma 
possuída de espírito imundo ou age pior do que um 
espírito de Umbanda ou de Candomblé? 
4) Por que a vigília se chama Pegar no Tapete de Fogo? 
Teria Deus inventado um tapete mágico? Seria um 
espírito isso? 
5) Por que as pessoas estão vestidas com roupas como 
um ritual de Candomblé, e rodopiam como no 
Candomblé? 
6) Por que a mulher grita até perder o fôlego? 
7) Por que as pessoas caem e não são libertadas, mas 
conduzidas a acalentar essas emoções e espíritos? 
8) Por que uma mulher, no penúltimo vídeo, dança a 
dança dos orixás? 
9) Por que se tem a impressão de que tornou-se mesma 
coisa, uma cerimônia afro-espírita? Por que a letra da 
música é tão ridícula e sem qualquer significado para 
ninguém? 
10) Não seria tudo isso uma imitação muito mal feita do 
batismo do Candomblé? 
As práticas sincréticas dos neopentecostais, 
esparramadas pelas diversas denominações cristãs, 
motivadoras de decretos com implantação e distribuição 
de objetos e líquidos, a celebração de rituais similares 
aos das religiões pagãs de quaisquer espécies, as 
manifestações de possessão espiritual, os descontroles 
 139 
emocionais e a exploração desse misticismo por parte 
dos cultuantes se chama PECADO, é abominação ao 
Senhor e deve ser não apenas banido de cultos cristãos, 
como abominado pela nossa consciência e inteligência. 
Obs: Quero ressaltar em cima deste estudo, feito 
pelo Pastor Wagner Antonio de Araújo, onde conclui em 
sua palestra em relação somente aos Neopentecostais. 
Tenho observado também nos meus 18 anos de 
pesquisas, que estes mesmos fenômenos relatados e 
mostrados por ele, se manifestam também em 
denominações Protestantes Fundamentalistas, 
Pentecostais e Neoapostólicas. 
Gostaria de fazer uma ressalva sobre o Vídeo 
08 - Vigília do reteté na Assembléia de Deus 
(Apresentado na palestra do Pastor Wagner Antônio de 
Araújo) 
 
O "reteté", é uma mistura de arrastapé, golpes de 
karatê e umas gritarias esquisitas. Tem gente que entra 
no "reteté" com "cara lavada", a coisa é forçada, 
interpretada, encenada. Os adeptos afirmam que o 
"reteté" é alegria no Espírito, é o explodir da glória de 
Deus, é o transbordar da unção, capaz de levar a pessoa a 
perder o domínio do próprio corpo. Os praticantes do 
reteté alegam que as expressões são involuntárias e 
imprevisíveis, ou seja, não é a pessoa, mas o Espírito de 
Deus que dela se apodera, conduzindo-a aos movimentos 
e manifestações. Os pregadores e cantores praticam o 
reteté para emocionar as pessoas. 
 
Um jovem pastor que, antes de pregar, virava-se 
para um de seus amigos e dizia: “quer ver como coloco 
fogo nesse culto”? Pregava meia dúzia de palavras, 
fechava a Bíblia, tirava o paletó e soltava um carrilhão 
de “línguas estranhas” e “profetadas” e desferia uma 
série de socos e chutes no ar. E a galera ia à loucura! 
 140 
 
O problema é que o reteté se tornou uma cultura 
tão forte em algumas igrejas, que a maioria das músicas 
evangélicas, no estilo pentecostal, são feitas no ritmo que 
proporcione um clima propício para que as pessoas 
entrem no “reteté”. Surgiu até um grupo chamado 
“Fogo no Pé”, que canta um forró gospel pentecostal, 
ideal para ser tocado nos cultos e vigílias, cujo interesse 
seja o de levar todo mundo a se “descabelar” no 
“reteté”, ao invés de se buscar mais comunhão com 
Deus em oração e adoração. Tem pregador que, ao 
concluir a mensagem, pede para que alguém cante uma 
“música de poder” ou de “fogo” para que o povo entre 
no reteté. Isso virou moda! 
 
Obs: Na verdade, o que acontece no reteté, é um 
transe hipnótico coletivo provocado pelo clima 
emocional, pela música, pela dança e especialmente pelo 
ritmo. Durante todos estes anos de pesquisa e estudos, 
foi fácil notar que este fenômeno se manifesta também 
no Candomblé, em várias entidades Espíritas e 
esotéricas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 141 
 
Teologia da prosperidade, hipnose e 
lavagem cerebral. 
 
A Teologia da prosperidade e suas raízes 
 
Esta ideologia segue a confissão positiva que tem 
suas origens numa antiga heresia conhecida como 
gnosticismo. Tal heresia data do primeiro e segundo 
séculos da era Cristã e ensinava que havia uma verdade 
especial, mais elevada, acessível somente aos iluminados 
por Deus. Os gnósticos acreditavam que na natureza 
humana há o princípio do dualismo, isto é, que o espírito 
e o corpo duas entidades separadas são opostos. 
 
A história da teologia da prosperidade, nos 
tempos modernos, teve início com o norte-americano 
Phineas Parkhurst Quimby (1802-1866), que nasceu em 
New Lebanon, no estado de New Hampshire. Dedicou-se 
ao estudo da “cura espiritual”, iniciado com a prática da 
hipnose, que havia sido introduzida nos Estados Unidos. 
 
A Teologia da prosperidade nas Igrejas protestantes 
 
O principal idealizador da teologia da 
prosperidade no meio protestante foi Essek W. Kenyon, 
que se destacou nas décadas de 30 e 40. Ele foi 
influenciado pela Ciência da Mente, Ciência Cristã e 
pela Metafísica do Novo Pensamento. Aproveitando-se 
dos conceitos de Mary B. Eddy, ele empenhou-se em 
pregar a salvação e a cura em Jesus Cristo. Dava ênfase 
aos textos bíblicos que falam de saúde e prosperidade, 
além de aplicar a técnica do poder do pensamento 
positivo. 
 
Principal divulgador da Teologia da Prosperidade 
 142 
 
Se Essek William Kenyon foi o principal 
idealizador da “teologia da prosperidade”, coube a 
Kenneth Hagin a sua divulgação maciça por todo o 
mundo. Em abril de 1933, teria tido uma dramática 
experiência, que o levou à conversão, quando, por três 
vezes, teria morrido, vendo os horrores do inferno e 
retornando à vida. Em 1934, teria também se levantado 
do “leito da morte” pela “revelação da fé na Palavra de 
Deus”. Estudando os escritos de Kenyon, divulgou-os 
em livros, cassetes e seminários, dando sempre ênfase à 
confissão positiva. Em 1974, fundou o Centro Rhema de 
Adestramento Bíblico, em Oklahoma. 
 
Com Hagin temos a configuração do falso ensino 
da “palavra da fé”, conceito tão importante que é o 
próprio título da principal revista do ministério criado 
por Hagin, num desenvolvimento das teses apresentadas 
por Kenyon. Reside aqui a ideia da “confissão positiva”, 
ou seja, como dizia Kenyon, “o que eu confesso, eu 
possuo”. 
 
Essa doutrina se origina em uma “aparição”, em 
uma “visão” e, o que é mais importante, quando o 
próprio Hagin afirma que se encontrava aborrecido 
porque via os ímpios prosperarem, enquanto os membros 
de sua igreja passavam por dificuldades. Ele diz: “Eu 
costumava me preocupar quando eu via pessoas não 
salvas obtendo resultados, mas os membros da minha 
igreja não obtinham resultados. Então clareou em mim o 
que os pecadores estavam fazendo. Eles estavam 
cooperados com a lei de Deus - a lei da fé…” (HAGIN, 
K. Tendo fé em sua fé, p.4,5 apud HOWARD, J). 
Fonte: Internet – EBDnws. 
 
Os principais ensinamentos da teologia da prosperidade. 
 
A. Divinização do homem. 
 143 
 
Você é tanto uma encarnação de Deus quanto 
Jesus Cristo o foi. Cada homem que nasceu de Deus é 
uma encarnação e o cristianismo é um milagre. O crente 
é uma encarnação tanto quanto o foi Jesus de Nazaré 
(Kenneth Hagin, Word of Faith, dezembro, 1980, p. 14). 
Fisicamente, nascemos de pais humanos e participamos 
da sua natureza. Espiritualmente, nascemos de Deuse 
participamos da Sua natureza (Kenneth Hagin, Como Ser 
Dirigido Pelo Espírito de Deus, p. 96). Até que 
compreendamos que somos pequenos deuses e 
comecemos a agir como pequenos deuses, não podemos 
manifestar o reino de Deus (Earl Paulk, Satan 
Unmasked, 1984, p. 97).Você não tem um deus dentro 
de você. Você e um deus (Kenneth Copeland, fita cassete 
The Force of Love, BBC-56). Cachorros geram 
cachorros, gatos geram gatos e Deus gera deuses (K. 
Copeland, no programa Praise The Lord, Trinity 
Broadcasting Network. 
 
B. Demonização da salvação. 
 
Kenneth Hagin: Afirmou que Jesus Cristo 
assumiu a natureza de Satanás. Benny Hinn: Declarou 
sobre a salvação que Ele (Jesus) assumiu a natureza de 
Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de 
Satanás pudessem participar da natureza de Deus. A 
Cristologia da confissão positiva poderia ser resumida da 
seguinte forma: ao morrer na cruz, Jesus recebeu uma 
natureza satânica, foi feito pecado, desceu ao inferno em 
nosso lugar e lá foi atormentado três dias e três noites 
pelo diabo. Jesus teve que morrer espiritualmente para 
pagar pelos pecados do homem no inferno, pois sua 
morte física e seu sangue derramado na cruz foram 
insuficientes para fazer a expiação. Depois de três dias 
no inferno, Jesus nasce de novo e derrota os poderes das 
trevas, completando no inferno a expiação que havia 
começado na cruz. O Jesus nascido de novo ressuscita e 
 144 
é elevado à mão direita do Pai. Hoje ele tem poder para 
devolver à Igreja tudo o que ela havia perdido para o 
diabo através da queda de Adão e Eva. 
 
C. Negação do sofrimento. 
 
Kenyon defende a ideia de que “como Deus está 
em nós”, passamos a fazer parte da “divindade”, não 
podendo, pois, ter qualquer espécie de sofrimento ou de 
dor: “Nós temos nossa Redenção. Não há coisa alguma 
que tenhamos de orar ou pedir…”. 
 
Consequências da teologia da prosperidade. 
 
1. Profissionalismo ministerial e espiritualidade 
mercantil. 
 
A primeira consequência danosa que a falaciosa 
“teologia da prosperidade” causa pode ser vista nos 
púlpitos das igrejas. Há pastores que transformam o 
púlpito em uma praça de negócios, e os crentes em 
consumidores. São obreiros fraudulentos, gananciosos, 
avarentos e enganadores. São amantes do dinheiro e 
estão embriagados pela sedução da riqueza. Há pastores 
que mudam a mensagem para auferir lucros. Pregam 
prosperidade e enganam o povo com mensagens 
tendenciosas para abastecer a si mesmos. Muitos têm se 
aproveitado desta falsa teologia para amealharem 
riquezas e fazer do evangelho um negócio rentável e 
cada vez mais crescente. Eles estão mais interessados no 
dinheiro das ovelhas do que na salvação delas. Negociam 
o ministério, mercadejam a Palavra e transformam a 
igreja em um negócio lucrativo. 
 
Hoje estamos assistindo ao fenômeno do 
mercadejamento da fé. Pastores e mais pastores estão se 
desvinculando da estrutura eclesiástica e rompendo com 
suas denominações para criar ministérios particulares, 
 145 
em que o líder se torna o dono da igreja. A igreja passa a 
ser uma propriedade particular do pastor. O ministério da 
igreja torna-se um governo dinástico, em que a esposa é 
ordenada, e os filhos são sucessores imediatos. 
 
2. Narcisismo e hedonismo. 
 
A “teologia da prosperidade” tem gerado 
inúmeros cristãos narcisistas, isto é, pessoas que só 
pensam em si e nunca nos outros; são pessoas egoístas. 
Paulo nos instrui a nos resguardar contra qualquer forma 
de egoísmo, preconceito ou ciúme que podem levar à 
dissensão “Não atente cada um para o que é 
propriamente seu, mas cada qual também para o que é 
dos outros” (Filipenses 2,4). Portanto, mostrar um 
interesse genuíno pelos outros será sempre um passo 
positivo para manter a unidade entre os crentes. 
Outra consequência maligna que a “teologia da 
prosperidade” tem gerado nos corações daqueles que 
cristãos dizem ser é o hedonismo, isto é, a busca 
exacerbada e incessante pelo prazer. O envolvimento 
com as coisas deste mundo, a busca incessante pelo 
prazer, que tanto caracteriza o mundo hodierno, é uma 
das coisas que faz com que se despreze a busca de um 
tempo dedicado a Deus. Nestes últimos dias, em que há 
homens “mais amigos dos deleites do que amigos de 
Deus” (2 Tm 3,4), é natural que “não se tenha tempo 
para Deus”. 
 
A Igreja, no seu todo, e cada crente, em 
particular, só poderá ser um referencial para o mundo e 
para os homens se viver de uma maneira diferente do 
que vive as pessoas que não receberam Cristo como 
Salvador; se tiver motivos para justificar o convite para 
que as pessoas que estão lá fora venham para o nosso 
meio e vivam como nós vivemos. Mas, se convidarmos, 
e elas vierem, e aqui descobrirem que em nosso meio 
existe a mesma luta pelo poder, como existe lá fora, o 
 146 
mesmo apego às coisas materiais, as mesmas mentiras e 
trapaças, os mesmos sentimentos de vaidade, de orgulho 
e de egoísmo, então, elas não terão motivos para 
desejarem ficar conosco. 
 
3. Modismos e perdas de ideais. 
 
Diversos modismos têm surgido nas igrejas que 
propagam a teologia da prosperidade. Dentre as 
inúmeras cito, como exemplo, a “purificação de 
ambientes”, para “proteção do crente e de sua família”. 
Nestas chamadas “purificações” são utilizados os mais 
variados elementos tais como “sal grosso, rosa ungida, 
óleo de Israel, água do rio Jordão” etc. 
 
Outra consequência terrível da falaciosa teologia 
da prosperidade é a perda dos ideais cristãos. Muitos 
cristãos estão preocupados somente com as coisas 
materiais, com o aqui e o agora, e estão esquecendo que 
o objetivo precípuo da nossa jornada é morar no Céu. 
Infelizmente, boa parte das igrejas evangélicas tem 
perdido a dimensão escatológica do Reino de Deus, 
quando demonstra privilegiar apenas seu aspecto 
externo, isto é, o “ter” e não seu lado atemporal ou 
eterno, o “ser” (1Ts 4,17; 1Co 16,22). 
 
Mas a teologia da prosperidade já está 
desmoralizada e detonada pela atual crise econômica 
mundial, e ironicamente onde ela nasceu: os Estados 
Unidos, e foi neste país onde também se originou essa 
terrível crise. 
 
A pobreza Americana 
 
Nos Estados Unidos, os sociólogos estão 
estudando um grupo ao qual aplicam o termo “quase 
pobres”. O risco de essas pessoas ficarem pobres é 
 147 
grande. Mais de 50 milhões de indivíduos estão nessa 
situação, apesar da grande riqueza do país. 
 
Há 2,3 milhões de pessoas presas nos Estados 
Unidos e a população carcerária quadruplicou desde 
1980. Há uma taxa de 750 presos por cem mil habitantes, 
a mais alta do mundo. 
 
36,5 milhões de seus cidadãos vivem abaixo da 
linha da pobreza, segundo o Departamento de Saúde e 
Serviços Humanos. A eles, poderão se juntar outros 10,3 
milhões de novos empobrecidos nos próximos meses. 
 
17% das crianças vivem na pobreza: destas, 2 
milhões, em extrema miséria. 
 
O food stamps, programa federal que distribui às 
famílias um carnê, utilizado para a aquisição de bens de 
primeira necessidade, atende 29 milhões de pessoas. 
 
São 45,7 milhões os norte-americanos sem 
assistência médica. 
 
Em novembro de 2008, o percentual de 
desocupados era de 6,7 da população, a mais alta taxa 
dos últimos 14 anos. 
 
Cresceu entre 35 e 40% a afluência dos pobres 
aos bancos alimentares, segundo a America’s Second 
Harvest. As doações, porém, aumentaram apenas 18%. 
 
 
Refutando mais uma vez a Teologia da Prosperidade. 
 
Como a teologia da prosperidade é a base 
doutrinária das igrejas neopentecostais, ela gera 
literaturas “ditas cristãs” de auto-ajuda, confissão 
positiva, batalha espiritual, determinação da bênção, 
 148 
quarta dimensão, sacrifícios por meios de dízimos e 
ofertas (fogueira de Israel), encontros de células e G12 
da onda apostólica. 
 
É fácil identificar as igrejas neopentecostais pelo 
seu triunfalismo exacerbado, liderançacentralizadora e 
autoritária, seus líderes tem idolatria pela mídia, pregam 
demasiadamente a total saúde e riqueza, falam demais 
nos demônios como causadores de todas as desgraças e 
misérias, atacam vergonhosamente a Igreja Católica e 
em cima da boa fé dos fiéis constroem seu poderoso 
império religioso e financeiro. 
 
Certo missionário neopentecostal disse pregando: 
Quando acreditamos na Palavra de Deus, ganhamos o 
poder de expulsar de nós e de nossos familiares os 
demônios do desemprego, da separação de casais, dos 
vícios, da prostituição e de tudo que é mal. A partir daí, 
todos os males vão embora, a pessoa prospera e tem vida 
em abundância. 
 
Os fatos a seguir provam que esse pregador 
mente e todos aqueles que ensinam a teologia da 
prosperidade e seus congêneres. 
 
A FAO divulgou as novas estimativas sobre a 
fome no mundo: 2008 deverá terminar com 963 milhões 
de subnutridos, 40 milhões a mais que em 2007. 
 
Diante da perspectiva de 50 milhões de novos 
desempregados até 2010, segundo estimativas da 
Organização Internacional do Trabalho (OIT). O Fundo 
Monetário Internacional (FMI) informou ontem que a 
crise econômica mundial vai afetar mais profundamente 
as economias, reduzindo o crescimento e fazendo o 
Produto Interno Bruto (PIB, soma de bens e serviços 
produzidos em um país) global encolher 1,3% - o mesmo 
percentual de retração previsto para o Brasil. Em janeiro, 
 149 
o FMI ainda estimava que a economia brasileira 
crescesse 1,8% este ano. Para 2010, o organismo prevê 
que o Brasil crescerá 2,2%, contra os 3,5% estimados 
anteriormente. 
 
A queda da economia mundial será a maior desde 
a Segunda Guerra Mundial, com recessão atingido 75% 
das economias do planeta, segundo o estudo 
“Perspectivas para a economia mundial”. Os países da 
América Latina, como um todo, vão encolher 1,5% 
afetados, principalmente, pela queda nos preços 
internacionais das matérias-primas exportadas pela 
região. (O Globo, 23/04/09, p.17). 
 
Nas últimas duas décadas, o número de favelados 
dobrou na Índia. Um relatório das Nações Unidas estima 
que daqui a 20 anos metade da população estará em 
favelas, com o aumento do fluxo migratório do campo 
para a cidade. Um quarto dos indianos esta abaixo da 
linha da miséria, sobrevivendo com menos de US$ 1 por 
dia. 
 
Dados do Instituto Municipal Pereira Passos 
(IPP) concluiu que o Rio de Janeiro ganhou mais 218 
novas favelas. Elas são agora 968, contra 750 registradas 
em 2004, ano do último levantamento do Instituto. 
 
O americano Ronald J. Sider, professor de 
teologia e de políticas públicas, colaborador da 
Cristianity Today e autor do livro “O Escândalo do 
Comportamento Evangélico”, escreve: “Nos Estados 
Unidos o divórcio é mais comum entre crentes ‘nascidos 
de novos que se dizem realmente convertido do que entre 
a população em geral”. 
 
De acordo com a Organização Mundial de Saúde 
(OMS), em qualquer época, mais de 150 milhões de 
pessoas sofrem de depressão, cerca de 25 milhões sofrem 
 150 
de esquizofrenia, e 38 milhões de epilepsia. No Brasil, 
nos primeiros anos do século XXI 17 milhões de pessoas 
foram diagnosticadas como depressivas, com o apoio 
desses dados e estatísticas, considerando a hipótese de 
que a depressão poderia estar se tornando um sintoma 
social no século XXI, diz a doutora em psicanálise pela 
PUC de São Paulo, Maria Rita Kehl . 
 
De acordo com a (OMS), até hoje, cerca de 60 
milhões de pessoas foram infectadas com o HIV, e cerca 
de 20 milhões morreram de AIDS. A vasta maioria das 
vítimas do HIV não tem acesso a tratamento adequado. 
 
O número de divórcios no Brasil bateu recorde 
em 2007, quando a figura legal da dissolução do 
matrimônio completou 30 anos no país. Foi 179.342 
registros de divórcios no ano passado, um número 200% 
maior do que o verificado em 1984, segundo dados 
divulgados na pesquisa Estatística do Registro Civil 
2007, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
(IBGE). 
 
Diante de tantos problemas sociais e humanos, 
não são oportunistas como: magos, gurus, astrólogos, 
profetas, médiuns e pregadores carismáticos e 
pentecostais da teologia da prosperidade que vão 
solucionar, ao contrário, os tais ganham muito dinheiro 
em cima do doente, do desempregado, do desesperado, 
da dor e do sofrimento das pessoas? 
 
Tais pregadores são aves de rapina com o seu 
falso evangelho. 
 
São Paulo Apóstolo chama esses pregadores de 
lobos cruéis (Atos 20,29), cães (Fl 3,2), falsificadores da 
Palavra de Deus (2 Cor 2,17), corruptos (2 Tm 3,1-8), 
apóstolos de Satanás (2Cor 11,13-15) e de hereges (Tito 
 151 
3,10.11), porque eles pregam outro Jesus, outro espírito e 
outro evangelho (2 Cor 11,4). 
 
O ilustre historiador britânico e professor de 
História e Religião na Penn State University, nos 
Estados Unidos, Philip Jenkins escreve: “Os grupos 
pentecostais têm o tipo de Deus capaz de solucionar 
meus problemas de hoje e de amanhã. As pessoas de 
hoje buscam soluções, e não a eternidade”. 
 
“As pessoas querem prosperidade ou, pelo 
menos, a sobrevivência econômica -, mas igualmente 
crucial é a promessa de saúde, e a situação 
desesperadora da saúde pública nas novas cidades 
contribui muito para explicar a ênfase das novas igrejas 
na cura da mente e do corpo. Afora a gama geral de 
doenças que afetam os norte-americanos e os europeus, 
os pobres do terceiro Mundo também sofrem com 
doenças associadas à pobreza, à fome e à poluição, no 
que foi denominado de “sociedade patogênica”. 
 
A mortalidade infantil é assustadoramente alta, 
pelos padrões do Norte. Os ataques desses “demônios da 
pobreza” são ainda mais graves quando as pessoas 
vivem em climas tropicais, com todos os problemas 
provenientes das doenças e parasitas encontrados nessas 
regiões. 
 
Além dos males físicos, os problemas 
psiquiátricos e o abuso de vários tipos de drogas levam 
pessoas desesperadas a buscar refúgio em Deus. 
Tomando todas essas ameaças em conjunto – à doença, a 
exploração, a poluição, a bebida, as drogas e a violência 
e, simples perceber por que é fácil as pessoas aceitarem a 
afirmação de que estão sendo acossada por forças 
demoníacas e só a intervenção divina poderá salvá-las. 
 
 152 
O professor Philip Jenkins critica com justiça 
esses mercenários da fé dizendo: “Em sua pior versão, 
um evangelho de fé voltado para o sucesso e a saúde 
pode promover abusos e materialismo, e é fácil 
escarnecer dele”. 
 
Conclusão 
 
O pregador temente ao bom Deus não prega a si 
próprio e nem as suas próprias ideologias contrárias ao 
santo Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo. 
 
O proclamador da Boa Nova exerce a nobre 
missão numa única visão: “por amor a Cristo”. Por 
amor a Cristo significa: “Pregar a verdade que liberta o 
pecador da perdição eterna e das garras dos falsos 
pregadores”. 
 
Para o verdadeiro pregador da gloriosa Palavra de 
Deus, não existe outro interesse, ao não ser o amor e 
paixão pela salvação das almas e por amor ao nosso 
Eterno Redentor. 
 
A Bíblia diz que o cristão não deve temer o 
sofrimento e tampouco negá-lo (Colossensses 1,24) 
(Tiago 5,10). 
 
Como verdadeiro profeta de Deus, o Cristão pode 
morrer doente (Eliseu 2 Rs 13,14), pode se tornar 
escravo (Daniel Dn 1,1-6), pode viver pobres (os 
apóstolos Mt 10,7-10; Atos 3,6; 2 Cor 11,25-28), pode 
ficar e viver doente (Fl 2,25-27; Timóteo, 1 Tm 5,23). 
 
 
 
 
 
 153 
 
A decadência do protestantismo atual 
 
 
 “Posso lhe afirmar que não é esta igreja que 
Jesus Cristo está voltando para receber como sua noiva. 
Esta instituição movida pela carne, pós-modernista e 
materialista está se tornando velha e corrupta. E, mesmo 
agora, está nas agonias da morte”. 
 
Rev. David Wilkerson 
Pastor e Escritor Americano 
 
O crescimento rápido do protestantismo no 
Brasil,segundo estatísticas do IBGE, produz distorções 
de todo tipo. Pastores despreparados, donos de um 
currículo obscuro, perdem-se diante da necessidade de 
levar a todos, o verdadeiro Evangelho de Nosso Senhor 
Jesus Cristo. 
 
Estes Pastores pregam muitas coisas que não são 
verdadeiras, induzindo os homens ao erro. Eles querem 
ser considerados “evangélicos”, mas, na verdade, 
pertencem a uma escola antievangélica. Observem esse 
tipo de pessoa. 
 
Tenho ouvido dizer que uma raposa, quando 
perseguida muito de perto pelos cães, finge ser um deles 
e corre com eles. E isso o que alguns estão desejando 
agora: que as raposas pareçam cães. Mas, no caso da 
raposa, o cheiro acentuado que ela libera em breve há de 
traí-la, e os cães depressa a descobrirão. Do mesmo 
modo, o cheiro de falsa doutrina não é ocultado 
facilmente, e o jogo não contentará por muito tempo. 
 
Existem pregadores dos quais é difícil dizer se 
são raposas ou não; no entanto, todos os homens devem 
saber aquilo que somos enquanto vivermos. Eles não 
 154 
devem ter dúvidas quanto àquilo em que acreditamos e 
ensinamos. Não hesitaremos em proferir as palavras 
mais severas que pudermos encontrar em nossa língua, 
nem vacilaremos em utilizar as frases mais simples que 
pudermos construir, para anunciar aquilo que 
consideramos a verdade fundamental, afirmava o 
Príncipe dos Pregadores, o pastor inglês Charles H. 
Spurgeon. 
 
A História da Igreja registra que muitos líderes 
religiosos cometeram escândalos devidos seus interesses 
materialistas pelo poder de cargos eclesiásticos, poder 
político, poder econômico e pelo poder da luxúria. 
Patrick Means, em seu livro Men’s Secret Wars (As 
Guerras Secretas dos Homens), numa pesquisa entre os 
“evangélicos” destaca: 64 por cento dos “pastores 
evangélicos” e leigos têm problemas com vício sexual, 
inclusive pornografia e outras atividades sexuais 
secretas. Especificamente, 25 por cento confessaram ter 
cometido adultério depois de casados. 
 
 Hoje, estamos vendo escândalos pelos os 
mesmos motivos e muito mais pela tamanha indústria 
das heresias, dos cismas, da idolatria de chefia com 
pomposos títulos eclesiásticos e adoração de deuses 
fabricados pela diabólica teologia da prosperidade. 
 
Escreve o editor da Revista ultimato Rev. Elben 
César: “precisamos criar um esquema que nos obrigue a 
enxergar esses escândalos enquanto eles estão 
acontecendo para abominá-los agora, e não depois. 
Para tanto é preciso ouvir a voz dos profetas tanto de 
dentro como de fora da igreja. Se o Senhor abriu a boca 
da jumenta para falar a Balaão (Nm 22.28), não 
poderia faIar-nos hoje pela boca de um historiador, 
sociólogo, antropólogo, cientista político, psicanalista”? 
 
Talvez fosse bom ouvir o diagnóstico do cientista 
 155 
político David Callahan, autor do livro A Cultura da 
Trapaça — por que mais americanos estão fazendo a 
coisa errada para passar na frente. Em entrevista à 
Folha de São Paulo, Callahan explica que a grande 
discrepância que há entre as superestrelas e as pessoas 
comuns levam todo mundo a fazer “o que for preciso, 
até trapacear, para chegar ao topo”. Por essa razão, 
metade dos currículos enviados por candidatos a 
empregos contém mentiras, 80% dos universitários 
americanos mais brilhantes admitem ter colado e, a cada 
ano, empresas americanas perdem cerca de 600 bilhões 
de dólares em furtos cometidos por seus funcionários. 
 
O pesquisador de opinião pública americana 
George Gallup Jr. diz que “em termos de fraudação, 
sonegação de impostos e pequenos furtos, realmente não 
se constata muita diferença entre os afiliados a igreja e 
os não afiliados, em grande parte porque existe muita 
religião social”. Acrescenta que “muitos simplesmente 
montam uma religião que lhes seja conveniente, que os 
excite agradavelmente e que não seja necessariamente 
desafiadora. Alguém chamou Isso de religião à Ia carte. 
Esta é a fraqueza principal do cristianismo neste país 
[EUA] hoje em dia não há firmeza de crença.” 
 
Essa corrida a qualquer preço ao topo estaria 
poupando a igreja? Nem agora nem antes. Se no 
primeiro livro da historia eclesiástica, Simão, o Mago, 
teve a ousadia de oferecer dinheiro a Filipe para ter o 
poder de batizar com o Espírito Santo aqueles sobre os 
quais impusesse as mãos (At 8.19), por que hoje não se 
brincaria com a terceira pessoa da Trindade? 
 
Outra voz de fora que precisa ser ouvida é a da 
psicanalista Maria Rita KehI: A religiosidade pós-
moderna é uma espécie de religiosidade de resultados, 
que invoca as forças celestes para garantir as ambições 
terrenas dos fiéis. Jesus, que deu sua vida para trazer 
 156 
uma nova palavra aos homens, hoje é invocado como 
uma espécie de fiador de projetos de ascensão social de 
suas ovelhas e, sobretudo de muitos pastores e pastoras 
oportunistas. 
 
Na Conferência sobre o Cristianismo na América 
Latina e no Caribe, realizada em junho de 2003, na 
Faculdade Batista e na PUC de São Paulo, o Frei Carlos 
Josaphat, doutor em teologia, denunciou: “Há muito 
‘religiosismo’ no mundo, mas nunca houve tanta falta de 
sentido de Deus. E continuou:“Há hoje uma religião de 
objetos, de terapia barata, de utilitarismo, de comércio 
com Deus. “Aí a globalização faz aliança com a 
religião”. 
 
O Rev. Michael S. Horton diz: “Através dos 
anos, temos criado os nossos próprios guetos de artistas, 
superestrelas e apresentadores, com versões cristãs de 
tudo que há no mundo... Por exemplo, “a música crista” 
é freqüentemente uma desculpa para artistas, muitas 
vezes inferiores, conseguirem vencer numa subcultura 
cristã que imita o brilho e glamour do entretenimento 
secular, inclusive suas próprias cerimônias de 
premiação e seu ambiente de superestrelato... Produzir 
música em conformidade com os gostos anestesiados de 
uma cultura consumista já é ruim; imitar a arte 
comercializada é desperdiçar talento... Isto trivializa 
tanto a arte quanto a religião”. 
 
O pastor João A. de Souza Filho diz: “A música 
tem o poder de elevar a pessoa a um nível espiritual em 
que pode ser facilmente enganada, achando que está em 
um território divino, quando está pisando em um mundo 
espiritual falso. Assim, podemos dizer que a música pode 
levar o indivíduo para “cima” ou para “baixo”. 
“Quando o adorador penetra no mundo espiritual, 
transita entre o falso e o verdadeiro, entre o divino e o 
platônico, porque penetra no campo da mística ou das 
revelações”. 
 157 
 
“Canso com a falta de beleza artística dos 
evangélicos. Há pouco compareci a um show de música 
evangélica só para sair arrasado. A musicalidade era 
medíocre, a poesia era sofrível e pior, percebia-se o 
interesse comercial por trás do evento.” Afirma o pastor 
Ricardo Gondim. 
 
Enfim, o ensinamento básico do Protestantismo 
atual é a heresia. Por quê? Porque os líderes protestantes 
dizem que se você quiser ter certeza de sua salvação, 
você precisa buscar uma experiência ou um sinal. 
 
As heresias estão dentro do contexto de 
revelações, visões, profecias, arrebatamento espiritual, 
línguas estanhas, sonhos, visitação de anjos e misticismo 
dogmático. Daí surge um campo fértil para a imaginação 
e enganação. 
 
Aqueles que estão infectados por estas heresias 
tentarão convencer você sobre um sinal ou experiência. 
Simplesmente use a Palavra de Deus em sua resposta: 
“Uma geração má e adúltera pede um sinal; mas 
nenhum sinal lhe será dado” (Mateus 12,39). Ao invés 
de sinais, Jesus lhe deu, através da sua Igreja na terra, o 
milagre da sua Palavra viva e vivificadora, do Santo 
batismo e da Santa Ceia, os quais recebem poder da 
Palavra de Cristo. 
Os novos movimentos religiosos buscam poder 
político, econômico e social. Por essa ambição terrena 
causa discórdia na família e na sociedade. O resultado é 
o escândalo, corrupção e crimes. Milhões e milhões de 
pessoas envolvidascom a maioria destas denominações 
estão oprimidas, deprimidas, escravizadas e com lares 
divididos e outros destruídos. A nossa mais importante 
missão na face da terra é amar o bom Deus e expressar 
esse amor anunciando o Santo Evangelho de Jesus Cristo 
 158 
para libertar todo escravizado por qualquer que seja a 
prisão. E a pior prisão é a do falso sistema religioso. O 
cárcere é mental, devido a lavagem cerebral. 
O medo, o erro e a ignorância fazem parte da 
cadeia mental. Pelo condicionamento doutrinário e pela 
falta de conhecimento dos adeptos, a escravidão é bem 
segura. A manipulação é forte eficaz e progressiva. 
 
Novas pesquisas sobre a decadência do Protestantismo 
Hoje a situação do evangelho está mais 
pervertida no mundo protestante. Afirma o pastor 
americano Phil A. Newton: “Infelizmente, muitas das 
igrejas já existentes estão destituídas da glória de Cristo 
e de seu evangelho”. 
“Veremos milhares de filhos, de ovelhas e de 
almas perdidas no inferno por causa dos escândalos que 
são a maior fábrica de ateus da história. Alguém já disse 
que a quantidade de ex-crentes que se afastaram da 
igreja é maior do que a daqueles que estão nela. Se as 
coisas continuarem como estão, o evangelho fácil não 
convencerá ninguém de que é necessário crucificar a 
carne e o ego, como Jesus ordenou. A igreja está 
desacreditada, infelizmente”, diz o pastor, jornalista e o 
criador da revista Ultimato Elben Lenz César. 
Desigrejados e Decepcionados 
Foi capa da Revista Protestante Igreja, nº 32, a 
matéria sobre os crentes decepcionados, ou seja, “os 
desiludidos” como já dizia o pastor Walter J. Chantry: 
“Na era da teologia da prosperidade, da onda 
egocêntrica da titulação de “apóstolos”, do show bizz 
da determinação, da espetacularização dos pastores 
 159 
eletrônicos, do reality show de curas, exorcismos, 
milagres e neopentecostalismo, do marketing e bolsa de 
valores das catedrais e magatemplos, da música gospel 
e da literatura de auto ajuda, cresce assustadoramente o 
números de ‘desigrejados’, ex-membros de igrejas, 
decepcionados com a instituição nada parecida com o 
verdadeiro corpo de Cristo, que passaram a formar 
novos grupos de comunhão. Para muitas denominações, 
a porta de saída é maior do que a da entrada.” 
É preciso considerar que muitas pessoas saem de 
suas igrejas, sentindo-se feridas, machucadas e 
decepcionadas ao perceberem-se usadas e manipuladas 
apenas como marionetes no grande jogo eclesiástico, 
cujo único objetivo parece ser, muitas vezes, defender o 
nome da instituição e do seu líder, mesmo que isso custe 
à vida e a saúde emocional e espiritual de suas 
“ovelhas”. 
Para essa “Geração de Decepcionados”, há 
muitos nomes, vejamos: “desviados”, desiludidos, 
desigrejados, separados, grupo de comunhão, grupo 
profético, rede de células, igreja em casa, movimento de 
restauração, movimento dos sem-igreja, movimento 
Cristo sim, igreja não, movimento do concerto, 
movimento reconstrucionista, movimento de crentes 
livres e cristãos nominais. 
Dentro desse contexto há muita gente sincera que 
ama Jesus Cristo verdadeiramente. Como também há 
muita gente individualista, relativista e ignorante sobre a 
Sagrada Tradição, Sagrada Escritura e Sagrado 
Magistério Eclesiástico. Tal boçalidade resulta em 
heresias e cismas. Daí escândalos e empecilho para 
pregar o Evangelho de Cristo. 
 160 
Nesse cenário o amor desaparece e o ódio, a 
disputa, a calúnia e a perseguição tomam conta: ferindo, 
adoecendo, mutilando e matando os irmãos da mesma fé! 
E ultimamente aparece mais uma pesquisa 
surpresa, feita pela mídia religiosa, que mostra a estranha 
combinação de sensações que está atormentando 
milhares de pastores neste início de século. Pastores que 
abandonam o púlpito enfrentam o difícil caminho da 
auto-aceitação e do recomeço. 
Uma das maiores denominações pentecostais do 
país, a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), com 
seus 30 mil pastores filiados – entre homens e mulheres, 
registra uma deserção de cerca de 70 pastores por mês 
desde o ano passado (2011). Os números estão nas 
circulares da própria igreja. 
Nos Estados Unidos, algumas pesquisas tentam 
explicar os principais motivos que levam estes pastores a 
deixar de lado a tarefa que um dia abraçaram. Uma delas 
foi realizada pelo ministério LifeWay, que, por telefone, 
contatou mil pastores que exerciam liderança em suas 
comunidades eclesiásticas. E o resultado foi que, apesar 
de se sentirem privilegiados pelo cargo que ocupavam 
(item expresso por 98% dos entrevistados), mais da 
metade, ou 55%, afirmaram que se sentiam solitários em 
seus ministérios e concordavam com a afirmação “acho 
que é fácil ficar desanimado”. 
Curiosamente, foram os veteranos, com mais de 
65 anos, os menos desanimados. Já os dirigentes das 
megaigrejas foram os que mais reclamaram de 
problemas. De acordo com o presidente da área de 
pesquisas da Life Way, Ed Stetzer – que já pastoreou 
diversas igrejas, a principal razão para o desânimo pode 
vir de expectativas irreais. “Líderes influenciados por 
uma mentalidade consumista cristã ferem todos os 
 161 
envolvidos”, aponta. “Precisamos muito menos de 
clientes e muito mais de cooperadores”, diz, em seu 
blog pessoal. 
Outras pesquisas nos EUA vão além. Confira os 
mais recentes estudos feitos por: Barna Group, Christian 
Post, The Wall Street Journal, Instituto Francis A. 
Schaeffer e Instituto Jetro 
70% dos pastores admitem sofrer de depressão e estresse 
80% deles sentem-se despreparados para o ministério 
70% afirmam só ler a Bíblia quando precisam preparar 
seus sermões 
40% já tiveram casos extraconjugais 
30% reconhecem ter reduzido as próprias contribuições 
às igrejas após a crise financeira 
... e avaliou as consequências disso: 
1,5 mil pastores deixam o púlpito todos os meses 
5 mil religiosos buscavam emprego secular no ano de 
2009, mais do que o dobro do que ocorria em 2005 
2 a 3 anos de ministério é o tempo médio em que os 
pastores deixam suas igrejas, sendo em direção a outras 
denominações ou não. 
E com o crescimento explosivo do liberalismo 
nas igrejas protestantes juntamente com a perda 
constante de seus membros, o protestantismo nos EUA 
está seguindo o caminho da Europa, onde as igrejas da 
Reforma estão lutando para não morrer. Na Europa já 
estão vendendo muitas Igrejas: Já aflorou até uma 
 162 
liquidação de venda de igrejas protestantes, na página 
http://www.property.org.uk/unique/ch.html e é possível 
ver várias. Algumas já foram convertidas em residências 
particulares ou hotéis. Na Suécia, Dinamarca, Grã-
Bretanha, Alemanha e Holanda, dezenas de templos 
protestantes, foram convertidos em bancos, 
supermercados, museus e repúblicas estudantis em razão 
da perda de fiéis e dos escassos meios econômicos. Na 
Alemanha, berço do protestantismo, 50% dos alemães já 
não crêem em Deus. Fontes consultadas: (La Razón) e 
(Instituto Emnid). 
 
Nos EUA um estudo feito pelo instituto Gallup 
indicou que, desde a Segunda Guerra Mundial, o número 
de Católicos subiu de 20% para 27% enquanto os 
protestantes diminuíram de 69% para 59%. No Brasil, a 
Fundação Getúlio Vargas divulgou que a Igreja Católica, 
diminuía a perda de fiéis. Na década de 1990, o número 
diminuía cerca de 1% a cada ano. A partir de 2000, não 
houve mais queda. 
 
O estudo mostrou que o número de Católicos nos 
Estados Unidos ultrapassou o número de protestantes no 
Brasil. No maior país protestante do mundo, os Católicos 
lá, contam 66 milhões e 400 mil, com um incremento 
anual de 2%, índice igual ao crescimento demográfico. 
Este número é quase três vezes o número de evangélicos 
aqui no Brasil. 
 
Quando Paulo Romeiro escreveu em sua 
obra:“Evangélicos em Crise”, ele apenas tocou em uma 
das muitas áreas em que o evangelicalismo havia entrado 
em colapso no Brasil: a sua incapacidade de deter a 
proliferaçãode teologias oriundas de uma visão 
pragmática e mercantilista de igreja, no caso, a teologia 
da prosperidade. Fica cada vez mais claro que os 
evangélicos estão numa crise muito maior, a começar 
pela dificuldade, para não falar da impossibilidade, de ao 
http://www.property.org.uk/unique/ch.html
 163 
menos se definir hoje o que é ser evangélico. (Augustus 
Nicodemus Lopes). 
 
Conclusão 
 
Nos dias atuais, já existe um novo tipo de cristão 
evangélico. São os peregrinos da religião e constituem o 
movimento dos: “sem igreja”. Com isso, podemos 
concluir que são apenas, crentes decepcionados. 
 
"Trata-se de pessoas atraídas à igreja com a 
promessa de ficarem ricas, serem curadas e que possam 
resolver todos os seus problemas. No entanto, depois de 
algum tempo, aquelas esperanças, tornam-se esperanças 
“frustradas”. 
 
Ao decepcionar-se numa igreja, os crentes vão 
em busca de outras. Nas grandes cidades há um 
contingente significativo de protestantes que circulam, 
constantemente de igreja em igreja, constituindo o 
fenômeno que os sociólogos chamam de: "trânsito 
religioso". 
 
Os "nômades da fé", buscam respostas imediatas 
aos problemas, "uma vez que a maioria vive na era da 
velocidade. Se as respostas não chegam rápidas, essas 
pessoas procuram uma nova igreja". 
 
E o que elas esperam? Esperam que fiquem ricas, 
sejam curadas de todas as doenças e que todos os seus 
problemas sejam resolvidos, desde a falta de dinheiro até 
a falta de emprego. Essas são promessas da teologia da 
prosperidade, que propõe banir a pobreza, as doenças e 
outras coisas. Na verdade, a cruz de Cristo, é retirada em 
cada denominação religiosa que aparece em cada 
esquina. 
 
 164 
O problema não está na prosperidade, mas na 
teologia. Para a teologia da prosperidade, o crente "deve 
morar em mansão, ter carrões, muito dinheiro e nunca 
ficar doente. Quando isso não acontece, é porque ele 
está sem fé, em pecado, ou debaixo do poder de 
Satanás", explica os charlatões e os manipuladores da fé. 
 
"Ora, se formos avaliar a vida espiritual de uma 
pessoa pela casa, ou pelo saldo bancário, temos que 
concluir que muitos jogadores de futebol e artistas têm 
uma comunhão com Deus fora do comum. E isso não é 
verdade". 
 
Hoje em dia, as pessoas nestas igrejas, funcionam 
na base da emoção, e não da razão e reflexão. A teologia 
da prosperidade e todo esse clima de emoção têm forte 
apoio na mídia, um instrumento que a maioria das igrejas 
sabem trabalhar muito bem. 
 
Ora, o fator principal que garante a sobrevivência 
da maioria destas igrejas, é o seu investimento pesado na 
mídia e o seu sucesso em colocar a igreja no mercado e 
as políticas do mercado na igreja. 
 
Parece que estas pessoas, ao buscar novas 
denominações, fazem com que a situação da nação 
Brasileira fique cada vez pior, pois, basta analisar os 
casos de violência, e o tráfico de drogas, que estão "fora 
do controle das autoridades". 
 
E para finalizar perguntamos novamente! 
 
Que Evangelho é esse? Que não afeta a sociedade 
para melhor, nem transforma pecadores em santos? 
 
 
 
 
 165 
 
Vídeos no youtube sobre a lavagem cerebral e a 
hipnose realizadas por pastores protestantes. 
 
 
Esta é uma série de vídeos sobre hipnose, 
lavagem cerebral e fanatismo praticado por muitas 
igrejas protestantes no Brasil e no mundo. Os vídeos não 
tem o objetivo de ofender a nenhum pastor ou igreja, 
mas, somente denunciar o engano e os perigos causados 
a milhões de pessoas na sociedade atual. 
 
 
Como os Pastores Protestantes usam a Hipnose 
Parte 01 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a177/ 
 
 
Como os Pastores Protestantes usam a Hipnose 
Parte 02 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a188/ 
 
 
Como os Pastores Protestantes usam a Hipnose 
Parte 03 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a190/ 
 
 
Como os Pastores Protestantes usam a Hipnose 
Parte 04 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a191/ 
 
 
Como os Pastores Protestantes usam a Hipnose 
Parte 05 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a192/ 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a177/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a177/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a177/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a188/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a188/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a188/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a190/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a190/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a190/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a191/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a191/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a191/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a192/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a192/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a192/
 166 
 
 
Reportagem sobre Lavagem cerebral em Igreja 
Protestante - Parte 01 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a84/ 
 
 
Reportagem sobre Lavagem cerebral em Igreja 
Protestante - Parte 02 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a85/ 
 
 
Reportagem sobre Lavagem cerebral em Igreja 
Protestante - Parte 03 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a86/ 
 
 
Reportagem sobre Lavagem cerebral em Igreja 
Protestante - Parte 04 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a96/ 
 
 
Reportagem sobre Lavagem cerebral em Igreja 
Protestante - Parte05 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a97/ 
 
 
Reportagem sobre Lavagem cerebral em Igreja 
Protestante - Parte 06 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a98/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 01 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a202/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 02 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a203/ 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a84/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a84/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a84/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a85/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a85/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a85/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a86/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a86/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a86/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a96/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a96/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a96/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a97/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a97/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a97/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a98/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a98/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a98/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a202/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a203/
 167 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 03 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a204/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 04 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a205/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 05 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a206/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 06 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a207/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 07 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a208/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 08 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a209/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 09 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a210/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 10 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a211/ 
 
 
Pastor fala sobre hipnose em cultos - Parte 11 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a212/ 
 
 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a204/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a205/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a206/http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a207/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a208/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a209/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a210/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a211/
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a212/
 168 
Depoimento de uma protestante ao sofrer 
lavagem cerebral 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a06/ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://respondendoaosprotestantes.webnode.pt/a06/
 169 
 
Conclusão 
 
 
Grande parte do protestantismo atual é composta 
pela avarenta Teologia da Prosperidade, igrejas em 
células, G12, falsos profetas, apóstolos e “bispos”, 
batalha espiritual, movimento de onda gospel, idolatria 
pelo show na mídia e pelo culto a personalidade. 
 
É comum encontrarmos pessoas com 
personalidade marcada por transtorno psico-religioso que 
dizem ter contato, de forma direta com o sobrenatural. 
Muitas delas dizem até ter recebido missões importantes. 
Este tipo de delírio de grandeza não pode ser confundido 
com uma autêntica vivência da fé. Hoje é fácil de 
concluir que estas igrejas que são abertas em cada 
esquina, utilizam técnicas de lavagem cerebral e hipnose, 
para enganar, empobrecer e envenenar o Cristianismo. 
 
Utilizando destas técnicas, os líderes exploram os 
ignorantes pelas suas dores e sofrimentos e pelas 
mazelas sociais. O sistema é uma grande armadilha que 
ajuda todo esquema para a arte do engano. 
 
É muita gente desesperada, solitária, depressiva, 
desempregada e não amada. Vem então, o supermercado 
das Igrejas Protestantes oferecendo um Deus self-serfice, 
onde cada um escolhe este Deus a sua maneira. A crise 
financeira e o conflito pessoal levam qualquer pessoa 
sem fundamento da santíssima fé cristã a navegar em 
qualquer barco furado. 
 
Quem se envolve com estas igrejas, por mais alto 
conhecimento que possa ter, torna-se inútil diante da 
alienação e manipulação, e a pessoa torna-se um objeto, 
um boneco de marionete na mão do líder ou do grupo 
que lidera. 
 170 
 
Biografia 
 
Nasci aos 25 de setembro de 1960 
em Morada Nova de Minas - MG. 
Atualmente moro em Brazlândia, 
DF (cidade satélite de Brasília) 
Onde está sendo concluído o 2º 
maior Santuário do Brasil. Sou o 
mais novo dos 05 irmãos, nascido 
em uma família simples e humilde 
do interior. 
Quando era adolescente, participei do movimento 
EMAÚS e encontro de Jovens nas Escolas. Ao casar 
participei do Encontro de Casais com Cristo, Reencontro 
e Vicentinos. Por outro lado convivi com sectários, 
fundamentalistas, e "guerrilheiros" protestantes que 
sempre tentavam me confundir e sempre atacavam a 
Igreja Católica. 
Foi nesse período que passei a ler mais, estudar 
nossa Igreja, e também as deles. Lembro muito bem, de 
um ex-pastor que falava dos métodos planejados para 
combater a Igreja, o Papa, Maria, os Santos etc. Ele dizia 
que vinham milhões de dólares dos Estados Unidos para 
financiar a campanha anticatólica. Lembro-me também 
(em seu relato) dos trabalhos de alguns pastores 
envolvidos com a maçonaria para confundir os católicos 
menos esclarecidos. 
Depois de sete anos de pesquisas, tanto no 
Catolicismo como no protestantismo, escrevi o livro “As 
Diferenças entre Igreja Católica e Igrejas Evangélicas” 
já publicado”. Dois anos depois publiquei outro livro 
"Porque Estes ex-Protestantes se Tornaram Católicos" 
 171 
que pela graça de Deus está sendo um sucesso em todo o 
Brasil. Foi comentado por Dom Estevão Tavares 
Bettencourt na revista "Pergunte e Responderemos" e 
divulgado na TV Século XXI por Padre Cleodon (ex-
protestante). 
Atualmente acabei de escrever outra obra 
intitulada “Respostas Católicas aos ataques 
protestantes” Livro que responde 150 acusações do 
protestantismo atual. 
Durante todos os meus estudos, cheguei à 
conclusão que Deus não pode ser o autor de tantas 
religiões ou crenças, e o que está por aí, são ilusões e 
erros seríssimos de interpretação da Fé. Só o que Cristo 
transmitiu aos Apóstolos e o que se herdou destes numa 
sucessão ininterrupta na Igreja Católica, tem foros de 
verdade plena, e verdade revelada, portanto digna de fé. 
É lamentável a confusão de idéias que 
apareceram e aparecem com o protestantismo, dividindo, 
subdividindo, esfacelando, empobrecendo e 
pulverizando o Cristianismo, e de que forma alguma 
podemos aceitar. Afinal, Jesus fundou uma Igreja sobre 
Pedro (Mateus 16,18) e não sobre Lutero, Calvino 
Wesley... 
Sou formado em História pelo Uni-CEUB, 
Centro Universitário de Brasília, com credenciamento 
em Ensino Religioso para 1º e 2º Graus. Sou o autor do 
site www.respostascatolicas.webnode.com.br e editor do 
Guia de Catolicismo www.sobresites.com/catolicismo 
Tive também a oportunidade de fazer quatro 
cursos por correspondência pela Escola Matter Ecclesiae 
do Monge Beneditino, Estevão Tavares Bentencourt 
(Curso Bíblico, História da Igreja, Teologia Moral e 
Iniciação Teológica). 
http://www.respostascatolicas.webnode.com.br/
http://www.sobresites.com/catolicismo
 172 
 
Bibliografia 
 
“Revista pergunte e responderemos”: Dom 
Estêvão Tavares Bentencourt 
 
“Parapsicologia – Os Mistérios do 
Inconsciente”: Padre Juarez Farias 
 
“Artigos” de Padre Inácio José do Vale, 
Professor Universitário de História da Igreja. 
 
Dr. Dick Sutphen, Hipnólogo e mestre em 
Psicologia. 
Myers, D.G. Exploring Psychology Third Edition 
(New York, NY: Worth Publishers, 1996) 
Brown, J.A.C. Techniques of Persuasion: From 
Propaganda to Brainwashing (Middlesex, UK: Penguin 
Books, 1963) 
"A Study of the Persuation Techniques Used by 
Jehovah's Witnesses and the Watchtower" – Nathan 
Charles Beel”. 
“Macumba Evangélica”: Pastor Wagner Antônio 
de Araújo 
“Conexão Babilônia?”: Pastor Ralph Woodrow 
 
“Babilônia a Religião dos Mistérios”: Pastor 
Ralph Woodrow 
 
“Manifesto Protestante”: Pastor e Sociólogo 
Ricardo Quadros Gouvêa 
 
 173 
 
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Impressão e acabamento 
Editora Com Deus 
 
 
 
 
 
 
_____________________________________ 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 177 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Saiba como responder aos protestantes: 
 
Visite: www.respostascatolicas.webnode.com.br 
 
Um Apostolado Fiel ao Magistério da Igreja Católica 
Apostólica Romana 
 
 
 
 
 
 
http://www.respostascatolicas.webnode.com.br/
	Dedicatória
	Índice
	83 - Pessoas que sofreram lavagem cerebral
	Apresentação
	Introdução
	Segundo o Professor Isaltino Gomes Coelho Filho, em uma Conferência na Faculdade Teológica Batista de Campinas, as igrejas estão adotando métodos de lavagem cerebral, assumindo técnicas do movimento Nova Era bem como técnicas de despersonalização e ma...
	Daí nota-se que os “pastores” não são escolhidos pelo seu conhecimento teológico ou vocação, mas pelo seu malicioso malabarismo persuasivo da oratória e das técnicas usadas em psicologia.
	No caso dos transes religiosos, Existem textos escritos, com mais de 4.500 a.C. nos relatando como os sacerdotes da Mesopotâmia, usavam o transe “um estado diferenciado da consciência usual” para realizar diagnóstico objetivando curas. Os Antigos egíp...
	O que é lavagem cerebral
	Lavagem cerebral é uma técnica psicológica elaborada para induzir indivíduos a se comportar, pensar ou sentir emoções de maneira contrária aos próprios desejos. Com a lavagem cerebralo indivíduo passa a ser um mero paciente, entregue totalmente à mer...
	A lavagem cerebral faz mudanças repentinas de idéias e comportamentos. Como é uma forma invasiva de influência, ela requer o completo isolamento e dependência do indivíduo e essa é a razão pela qual a lavagem cerebral ocorre em lugares e em cultos iso...
	O que é hipnose
	O que é Transe Coletivo
	Transe coletivo é um estado de alteração temporária da consciência que envolve perda de senso de identidade ou troca de outra entidade psicológica, sugestionabilidade e/ou comportamentos estereotipados com diminuição acentuada de grau de resposta aos ...
	Para uma melhor compreensão da lavagem cerebral utilizada pelos pastores é necessário entender a técnica-base utilizada pelos mesmos. Eles usam um método chamado DECODIFICAÇÃO. Tentarei explicar aqui com algumas palavras.
	A DECODIFICAÇÃO é a desprogramação ou remoção de elementos da memória, de condicionamentos e de decisões, sempre realizados pela pessoa e registrados no nível inconsciente. O que é decodificado não mais é percebido pelo indivíduo no nível inconsciente...
	Como uma pessoa consegue uma posição como esta? Uma cena comum é um pregador ou membro de igreja que tenha sido expulso de lá por pregar idéias extremas ou não convencionais ou por mostrar sinais de desonestidade ou instabilidade. Quando ele vai embor...
	Recrutamento dos membros.
	Curas durante o culto
	As cinco técnicas de conversão
	Processo de decognição
	JOEL OSTEEN, pastor protestante em Houston, é atualmente um dos nomes que está em evidência nos Estados Unidos. Lidera a Igreja Lakewood, em Houston, Texas, considerada a maior igreja evangélica dos Estados Unidos, com cerca de 45 mil membros. Ele é u...
	Ele abriu mão de seu salário anual de 200.000 dólares que recebia da igreja há muitos anos atrás. Toda sua riqueza atual vem da venda de seus livros e vídeos. Juntamente com sua mulher, Victoria Osteen, vive em mansão avaliada em US$ 10,5 milhões e me...
	KENNETH COPELAND, tem um conhecido ministério que leva o seu nome. Ele define a fórmula da fé da seguinte forma: “Tudo o que é necessário é: 1) ver ou visualizar tudo o que você precisa, seja físico ou financeiro; 2) firmar sua reivindicação nas Escri...
	Kenneth Copeland teve suas finanças investigadas, juntamente com outros pastores, entre 2007 e 2011 por uma comissão no Senado americano liderada pelo republicano Charles Grassley, do Iowa.
	Segundo um levantamento da imprensa, em 2008, a sede de seu ministério é uma fazenda perto de Fort Worth, no Texas. Ela possui além de uma igreja, uma pista de pouso particular, um jatinho avaliado em 17 milhões de dólares e uma mansão de seis milhões...
	CREFLO DOLLAR, é o pastor fundador da World Changers Church International, uma das maiores igrejas dos Estado Unidos, com 30 mil membros. O ministério tem igrejas afiliadas em várias cidades grandes, além da sede em Atlanta. Também apresenta o program...
	Lavagem cerebral em Igreja é tratada em comissão de direitos humanos da Assembléia Legislativa de
	Minas Gerais.
	Igreja substitui argumentos Bíblicos por hipnose
	E, para fazer o povo participar da Fogueira Santa, é sempre bom dizer que tem fogo no envelope. O pastor encosta o envelope na cabeça do demônio e, ele grita.
	Em estado de transe, a pessoa é induzida a acreditar em coisas que não existem.
	Nos shows feitos por hipnotizadores, eles dão uma cebola para a pessoa hipnotizada, dizendo que é uma maçã. A pessoa come a cebola e realmente sente gosto de maçã.
	Igreja utiliza hipnose para efetuar curas com a
	Unção de Manassés.
	Fiel relata sobre lavagem cerebral em
	Igreja Evangélica
	Desprogramando a lavagem cerebral
	Macumba Evangélica
	A pobreza Americana
	Refutando mais uma vez a Teologia da Prosperidade.
	A decadência do protestantismo atual
	Conclusão
	Biografia
	Bibliografia

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