Buscar

Brunna Martins de Mello Deformidade Flexural Congnita da Articulao Metacarpofalangeana em Uma Bezerra (1)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO BACHAREL EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
 
BRUNNA MARTINS DE MELLO 
 
 
 
 
 
DEFORMIDADE FLEXURAL CONGÊNITA DA ARTICULAÇÃO 
METACARPOFALANGEANA EM UMA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
 2018 
BRUNNA MARTINS DE MELLO 
 
 
 
 
 
DEFORMIDADE FLEXURAL CONGÊNITA DA ARTICULAÇÃO 
METACARPOFALANGEANA EM UMA BEZERRA 
 
 
 
 
 
Trabalho de conclusão de curso 
apresentado como pré-requisito para 
obtenção de grau de Bacharel em Medicina 
Veterinária pelo Departamento em Medicina 
Veterinária da Universidade Federal de 
Roraima. 
 
Orientador: Profª. Drª. Érika Fernanda 
Villamayor Garcia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico todo meu esforço para concluir esse curso inteiramente à Minha Família 
(Mãe, meu irmão/pai Rodrigo, irmã Lidiane e todos que me apoiaram). 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
Agradeço a minha mãe, Claudete Martins de Mello, pelo apoio, força e incentivo que 
sempre me deu, por sempre estar ao meu lado, acreditando no meu potencial e 
investindo no meu futuro. Sou intensamente grata pelo amor que sente por mim e 
por tudo que fez e faz sem medir esforços. 
 
Ao meu irmão e irmã que amo demais, Rodrigo e Lidiane Martins de Mello, que sem 
eles, esse sonho não estaria se realizando. E também a minha eterna cunhada, 
Marcia Phelipe, por todo o amor e carinho que tem comigo. 
 
Sou muito grata a todo apoio e ensinamentos que recebi acompanhando o 
veterinário Marcus Vinícius Moraes e também a Drª Adriana Casselli que foram 
fundamentais para toda a minha base prática. 
 
Agradeço a minha Orientadora Profª Drª. Érika Fernanda Villamayor Garcia, pela 
orientação e desenvolvimento desse trabalho, pela amizade, por ser uma excelente 
orientadora e “mãe”, ótima profissional e uma inspiração para mim, principalmente 
como professora e cirurgiã. 
 
Agradeço também todos os outros professores do curso de Medicina Veterinária, 
aos quais contribuíram para meu ensino. 
 
Agradeço pelos conhecimentos que obtive estagiando na Clínica Veterinária VetLab, 
a qual foi um período onde mais tive mais noção da realidade do que é ser 
veterinário fora da universidade. 
 
Agradeço a todos aos meus amigos que conquistei ao longo do curso (em especial 
Fernanda Almeida, Nathalia Macedo, Maíra Escobar, Dalila Bortolini), pela ajuda, 
companheirismo, estudos, risos (que foram muitos), conselhos, bebidas, e outras 
emoções que se podem ter durante a graduação. 
 
Por fim, agradeço a Deus por todas as oportunidades que tivesse na vida e pelas 
pessoas o qual ELE colocou o meu caminho. Sou muito grata por tudo e por todos. 
RESUMO 
 
Deformidades flexurais congênitas e adquiridas são observadas esporadicamente 
em bezerros, geralmente ocorrem nos membros torácicos e bilateralmente. A 
contratura congênita dos tendões flexores manifesta-se pela excessiva flexão da 
articulação metacarpofalangeana. Objetiva-se com esse trabalho relatar o caso de 
uma bezerra com deformidade flexural congênita. Foi atendido um bovino, fêmea, 
mestiço de Girolando, 7 dias de vida, apresentando grave flexão da articulação 
metacarpofalangeana de ambos os membros. Segundo o responsável pelos 
animais, o animal apresentava dificuldade em levantar-se desde o nascimento. Ao 
exame clínico foi diagnosticado deformidade dos tendões flexores nos membros 
torácicos. O animal foi encaminhado para correção cirúrgica pela técnica de 
tenotomia do tendão flexor superficial e do profundo dos dedos. Após sedação e 
posicionamento do animal em decúbito lateral, foi feito tricotomia, antissepsia e 
anestesia local. Realizou-se incisão longitudinal de 5cm na face lateral do terço 
médio na região metacarpeana. Pele e fáscia foram seccionadas e, com auxílio de 
tesoura de Mayo, elevou-se e identificou-se o tendão flexor superficial e o profundo 
dos dedos, seccionando-os. Procedeu-se sutura de pele com pontos padrão Wolff, 
utilizando náilon 2-0. Foi administrado penicilina 10.000 UI/kg IM, flunixim meglumine 
1,1mg/kg uma vez/dia por 3 dias IM e oxitetraciclina 2g diluída em 250ml de solução 
fisiológica IV lenta uma vez/dia por 3 dias. Realizou-se curativo diariamente e após 
10 dias retirou-se os pontos. No dia seguinte ao procedimento, foi visualizado apoio 
dos cascos em região de pinça. Após 9 dias foi observado apoio total da sola do 
casco. A tenotomia dos tendões flexores no presente caso resultou em melhora 
clínica da deformidade flexural congênita e o paciente recebeu alta ao final do 
tratamento. 
 
Palavras-chave: Alteração congênita. Articulação. Bezerro. Cirurgia. 
 
ABSTRACT 
 
Flexural congenital and acquired deformities are observed sporadically in calves, 
usually occur in the thoracic limbs and bilaterally. Congenital Contracture of the flexor 
tendons is manifested by excessive flexion of the joint metacarpofalangeana. The 
objective of this work is report the case of a female cattle with congenital flexural 
deformity, breed of Girolando cattle, 7 days of life, showing severe flexion of the joint 
metacarpofalangeana of both members. According to the person responsible for the 
animals, the animal had difficulty in getting up since birth. The clinical examination 
was diagnosed deformity of the flexor tendons thoracic limbs. The animal was 
submitted to surgical correction by the technique of tenotomy of superficial digital 
flexor tendon and the deep. After sedation and placing the animal in right lateral 
decubitus, was done trichotomy, antisepsis and local anesthesia. Held 5cm 
longitudinal incision on the lateral surface of the medial third in the metacarpal 
region. Skin and fascia were sectioned, with the aid of Mayo scissors, rose, and 
identified the superficial digital flexor tendon and the deep, sectioning them. Held-to 
skin suture with standard points Wolff, using nylon 2-0. Penicillin was administered 
10,000 IU/kg IM, flunixim meglumine 1,1mg/kg once/day for 3 days IM and 
oxytetracycline 2g diluted in 250ml physiological saline IV slowly once/day for 3 days. 
Healing was performed daily and after 10 days withdrew the points. On the day 
following the procedure, was displayed support of hooves in region of caliper. After 9 
days was observed total support from the sole of the hoof. 
 
Keywords: Congenital alteration. Articulation. Cattle. Surgery. 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
FIGURA 1 - Anatomia dos tendões e ligamentos da parte distal do membro 
torácico. ..................................................................................................................... 12 
 
FIGURA 2 - Animal apresentando a deformidade da articulação 
metacarpofalangeana (setas azul). ........................................................................... 17 
 
FIGURA 3 - Animal posicionado em decúbito lateral evidenciando a deformidade 
flexural do membro torácico. ..................................................................................... 18 
 
FIGURA 4 - Bloqueio anestésico local utilizado em ambos os membros. ................. 18 
 
FIGURA 5 - Localização e secção do tendão flexor profundo dos dedos (seta 
preta). ........................................................................................................................ 19 
 
FIGURA 6 – Bandagens colocadas nos membros torácicos do animal para auxiliar 
na correção dos membros. ........................................................................................ 19 
 
FIGURA 7 – Exposição do tendão flexor superficial dos dedos (seta preta). ............ 20 
 
FIGURA 8 – A: Primeiro dia após a cirurgia apresentando dificuldade para apoiar o 
membro torácico direito (seta azul). B: Cinco dias após o segundo procedimento já 
havia um bom apoio sobre as pinças dos cascos (seta azul)....................................
21 
 
FIGURA 9 – Animal com nove dias de pós-operatório, pronta para alta médica. ..... 21 
 
FIGURA 10 – A: Um mês após a alta médica, apresentando boa recuperação (seta 
branca). B: Nove meses após a alta médica, o animal não apresenta nenhum sinal 
da deformidade flexural metacarpofalangeana. ........................................................ 22 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVITURAS 
 
AINEs Antiinflamatório Não Esterioidal (is) 
BID Duas vezes ao dia 
SID Uma vez ao dia 
IV Via intravenosa 
IM Via intramuscular 
VO Via oral 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................. 10 
2. REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................ 11 
2.1. ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS TENDÕES E LIGAMENOS .................... 11 
2.1.1. Estrutura ............................................................................................................... 11 
2.1.2. Suprimento Sanguíneo .............................................................................. 13 
2.2. DEFORMIDADE FLEXURAL DA ARTICULAÇÃO ..................................... 13 
2.2.1. Tratamento .................................................................................................... 15 
2.3. TENOTOMIA .............................................................................................. 15 
3. RELATO DE CASO .......................................................................................... 17 
4. DISCUSSÃO..................................................................................................... 23 
5. CONCLUSÃO ................................................................................................... 25 
REFERÊNCIAS ................................................................................................. 26 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A função do aparelho locomotor é o trabalho mecânico, onde ossos e 
músculos são os principais elementos desse sistema orgânico complexo. Sem eles 
não seria possível o sistema de movimento, estabilidade e suporte (KÖNIG e 
LIEBICH, 2011). Existem numerosas doenças no sistema locomotor em animais de 
fazenda, que vão desde afecções raras de origem genética, a doenças adquiridas 
tais como artrite séptica e fraturas. Bezerros podem apresentar deformidade flexural 
congênita ou adquirida. Essa deformidade congênita é vista entre a primeira e 
segunda semana de vida do animal (DUCHARME, 2004). 
Deformidades flexurais são definidas como hiperflexão ou hiperextensão de 
um membro. Elas são nomeadas pela articulação envolvida, normalmente sendo: 
articulação interfalangeana distal, metacarpofalangeana ou articulação 
metatarsofalangeana, do carpo e raramente do tarso. Embora comumente descrita 
como "tendões contraídos", os próprios tendões não estão realmente contraídos, 
mas sim mais curtos em relação ao osso adjacente. Essas deformidades são muito 
comuns em cavalos e bovinos. Pequenos ruminantes e os camelídeos são menos 
afetados. (DABAREINER e CHESEN, 2009). 
O tratamento pode ser clínico, com o uso de talas e AINEs, ou tratamento 
cirúrgico com a secção dos tendões flexores superficial e profundo dos dedos. Em 
bezerros e potros, o método cirúrgico é utilizado em casos graves ou quando os 
animais não respondem bem ao tratamento clínico (KIDD, 2012; DUCHARME,2004). 
O uso de tetraciclinas como coadjuvante se tornou popular e comum no tratamento 
de deformidades flexurais, pois elas auxiliam no relaxamento muscular (KIDD, 2012). 
O objetivo deste trabalho é relatar um caso de deformidade flexural congênita 
na articulação metacarpofalangeana em uma bezerra, de aproximadamente 1 
semana de idade, mestiço da raça Gir Leiteiro. 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
2. REVISÃO DE LITERATURA 
 
2.1. ANATOMIA E FISIOLOGIA DOS TENDÕES E LIGAMENOS 
2.1.1. Estrutura 
 
O tendão nada mais é do que uma ligação branca entre músculo e osso, 
semelhante a uma corda. Ele é formado pela união de diversas bainhas de tecido 
conectivo no músculo que se alongam para além da extremidade do músculo. 
Possui a função de unir músculo e osso e transferir a força gerada por contração do 
ventre muscular para o osso que está ligado. Em seu local de fixação, as fibras 
tendíneas seguem até o periósteo, chamadas de fibras de Sharpey. Eles possuem 
uma força tensora muito maior que as dos músculos, devido ao seu alto conteúdo de 
colágeno e baixo conteúdo elástico (KÖNIG e LIEBICH,2011). Mamíferos tem os 
tendões formados por unidades dispostas longitudinalmente chamadas de 
fascículos, os quais são constituídos por fibrilas de colágeno tipo 1, à base de 
proteoglicanos, fibras elásticas, glicoproteínas, íons e água. Essas fibrilas são 
estruturas cilíndricas de fundamental importância para a resistência à tração em um 
tendão (MCLLWRAITH, 2006). O epitendão é uma camada de tecido conjuntivo 
frouxo que reveste intimamente a superfície do tendão. Já o endotendão está 
localizado entre os feixes tendíneos e conduz vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. 
O tendão é envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo frouxo do paratendão, 
para que não haja atrito durante sua movimentação. Essa bainha pode ser 
comparada a uma cápsula articular, com uma membrana sinovial interna e uma 
bainha externa fibrosa (MCLLWRAITH, 2006). 
O boleto do bovino é formado por duas articulações metacarpofalangeanas 
em dobradiça, consistindo da tróclea, que é formada pelas extremidades distais dos 
ossos metacarpais III e IV, da face articular da primeira falange e pelos dois 
sesamoides proximais. Cada articulação possui suas próprias cápsulas articulares e 
suas bolsas, onde estas cápsulas possuem revestimento com fibrocartilagem. A 
bolsa dorsal projeta-se proximalmente entre os ossos metacarpais e os tendões dos 
músculos extensores comum e lateral dos dedos. Já a bolsa palmar projeta-se 
proximalmente entre os ossos metacarpais, o músculo interósseo e os tendões 
flexores dos dedos (KÖNIG,2011). Essa articulação é composta pelos ligamentos 
interdigital proximal; ligamentos colaterais axial e abaxial; ligamentos sesamóides 
12 
 
proximal, médio e distal; ligamentos palmares medial e lateral; ligamento 
intersesamoide interdigital; ligamentos sesamoides colaterais; ligamentos 
sesamoides cruzados; ligamentos falangossesamoides interdigitais; ligamentos 
sesamoides oblíquos (KÖNIG e LIEBICH,2011). 
O músculo interósseo médio, é quem sustenta a articulação 
metacarpofalangeana proximalmente. Ele se divide em parte média (subdivide-se 
em dois ramos para alcançar os sesamoides proximais axiais e um ramo interdigital 
para cada dedo) ramo lateral e medial (lança um ramo superficial para os tendões 
extensores através dos ossos sesamoides proximais abaxiais) e ramo forte, o qual 
divide-se em ramo medial e lateral, que irão se encontrar distalmente com o tendão 
flexor superficial dos dedos, dando origem a bainha que envolve o tendão flexor 
profundo dos dedos (KÖNIG e LIEBICH,2011). 
Os tendões flexores superficial e profundo dos dedos, também chamados de 
flexores digitais, são superficiais ao músculo interósseo médio (figura 1). Próximo à 
metade do metacarpo ele gera uma faixa que se junta ao tendão flexor superficial 
dos dedos e compete, próximo ao boleto, na constituição do anel para o tendão 
flexor profundo dos dedos. Logo depois divide-se em três ramos e mais à frente em 
cinco ramos (GETTY, 1986). 
 
FIGURA 1 - Anatomia dos tendões e ligamentos da parte distal do membro torácico. 
 
FIGURA 1- Anatomi a dos tendões e ligamentos da parte distal do membro tor ácico. 
 Fonte: Anatomia dos animais domésticos: Texto e atlas colorido. 
13 
 
2.1.2. Suprimento Sanguíneo 
 
O suprimento sanguíneo dos tendões pode
ser feito por quatro fontes: pelo 
paratendão (se não houver bainha), músculo ou osso onde se liga, pelo mesotendão 
ou por uma faixa de uma bainha sinovial (MCLLWRAITH, 2006). O tendão flexor 
superficial dos dedos e o tendão flexor profundo são supridos por dois grandes 
ramos, sendo o primeiro da artéria e veia medianas e nervo mediano. Logo depois, 
dá-se origem proximalmente às falanges, a artéria e veia digitais palmares comuns e 
nervo III. O segundo ramo origina-se pela artéria colateral ulnar e, proximalmente às 
falanges, a artéria e veia digitais palmares comuns e nervo IV (KÖNIG e 
LIEBICH,2011). O suprimento nervoso se dá pelos nervos ulnar e as vezes pelos 
nervos medianos (GETTY, 1986). 
 
2.2. DEFORMIDADE FLEXURAL DA ARTICULAÇÃO 
 
As deformidades flexurais em bezerros e potros podem ter origem congênita 
ou adquiridas. As de origem congênita aparecem entre a primeira e segunda 
semana de vida, frequentemente são observadas em raças leiteiras, ocorrendo 
principalmente nos membros torácicos de forma bilateral (DUCHARME, 2004; 
WEAVER et al, 2005; ANDERSON, 2008, KIDD, 2012). Deformidades flexurais são 
comuns em potros em crescimento e podem ser classificadas como hiperflexão ou 
hiperextensão (KIDD, 2012). Outras anormalidades congênitas podem vir a 
acontecer simultaneamente com a deformidade flexural, como fenda palatina, 
nanismo e artrogripose. Bovinos adultos que apresentam anomalias congênitas 
relacionadas a articulações podem ter uma condição hereditária e deve-se evitar a 
reprodução desses animais (DUCHARME, 2004). 
As deformidades flexurais congênitas são causadas por inúmeros fatores. 
Segundo Dabareiner e Chesen (2009), o posicionamento intrauterino não é uma 
causa comum de deformidade flexural nos membros. A exposição da égua e da 
vaca durante a gravidez à doenças e agentes teratogênicos é a causa mais provável 
de deformidades congênitas. A deformação flexural raramente é adquirida, sendo 
observada em bezerros mais velhos e é comumente unilateral, ocorrendo 
secundariamente a uma doença ou lesão ortopédica grave, em que o animal não 
consegue aguentar nenhum tipo de peso no membro afetado. A deformidade varo e 
14 
 
do carpo do membro contralateral é evidência de excesso de peso. A deformidade 
crônica está associada a ulcerações na pele sobre o dorso do membro afetado, com 
a ferida se estendendo até a articulação, resultando em uma artrite séptica 
(WEAVER et al, 2005; DABAREINER e CHESEN, 2009) 
Em bezerros, essa alteração pode ter uma apresentação de grau leve, com 
discretas deformações nos metacarpos, onde há mínima flexão dos boletos e 
pequena dificuldade de locomoção. Em grau moderado, há uma maior flexão da 
articulação e o casco não possui alinhamento com o chão. Já em grau severo, os 
bezerros têm encurtamento do metacarpo, afetando com o tempo as falanges, 
porém, raramente afeta o carpo. Em consequência da gravidade, os bezerros mal 
conseguem ficar em estação e caem. Eles possuem uma imunidade mais baixa 
devido à dificuldade de obtenção de colostro (DUCHARME, 2004; WEAVER et al, 
2005; ANDERSON, 2008). Os proprietários relatam que os bezerros nascem com 
esta condição ou desenvolvem-na dentro de alguns dias ou até uma semana após o 
nascimento. Há um desgaste anormal do casco devido a incapacidade de extensão 
da articulação metacarpofalangeana, onde mesmo com o esforço no processo de 
caminhar, o animal fica em decúbito esternal ou lateral. Dependendo da situação do 
local e da cronicidade da doença, os bezerros afetados que acabam não tendo uma 
alimentação muito boa e podem ter uma condição corporal ruim (DUCHARME, 2004; 
ANDERSON, 2008). 
O diagnóstico pode ser facilmente feito pela posição anormal e flexionada do 
membro afetado (FAZILI, 2014). É realizado durante a inspeção por meio da 
observação de anormalidades nas articulações quando flexionadas durante o exame 
físico do animal. Utiliza-se a palpação na tentativa de identificar uma causa para a 
deformidade, que pode variar de um inchaço da articulação, ruptura do tendão 
extensor a outras lesões ortopédicas. Deve-se flexionar e estender o membro 
afetado para identificar uma tensão excessiva e firmeza em ambos os tendões 
flexores (DUCHARME, 2004; WEAVER et al, 2005). O uso de radiográfias pode 
ajudar a identificar alterações e má formações ortopédicas raras que podem ser a 
causa primária da deformidade flexural (DUCHARME, 2004). Dabareiner e Chesen 
(2009) dividem o diagnóstico nas duas vertentes da doença, a forma congênita ou 
inata, e a forma adquirida, porém o diagnóstico de ambas é o mesmo, observando 
se há uma doença ortopédica primária e se o animal nasceu ou não com o problema 
de flexão das articulações. 
15 
 
2.2.1. Tratamento 
 
O tratamento para a deformidade flexural em bezerros depende muito da 
forma apresentada. O tratamento para bezerros que possuem quadros moderados 
depende se os membros afetados podem ser aprumados manualmente para que o 
mesmo possa andar, utilizando uma tala para imobilização. O tratamento médico é 
indicado quando não há anomalia ortopédica predisponente e o membro pode ser 
estendido manualmente para que a sola do casco possa tocar o solo (DUCHARME, 
2004). 
Trauner e colaboradores (2011) relataram um caso onde optou-se pelo 
tratamento médico mediante a uilização de talas de PVC em um bovino macho com 
11 dias de idade, da raça Red Angus, apresentando deformidade flexural 
metacarpofalangeana em ambos os membros. As talas eram remoldadas a cada 
três dias para o aumento gradativo do grau de extensão. Ao final do tratamento, o 
animal apresentou visível melhora no apoio dos membros torácicos e os autores 
concluíram que a técnica utilizada foi eficiente. 
A correção cirúrgica é indicada quando os bezerros não respondem a 
imobilização ou não conseguem ainda suportar seu próprio peso. A deformidade 
flexural metacarpofalângica é tratada seccionando sequencialmente o tendão flexor 
superficial, o flexor digital profundo e o ligamento suspensor até que a deformidade 
desapareça. O número de tendões seccionados é decidido durante a cirurgia 
(DUCHARME, 2004). A bandagem e a imobilização do membro devem ser feitas até 
que o animal esteja andando normalmente no pós-operatório (RASHMI, 2018). 
 
2.3. TENOTOMIA 
 
Esta cirurgia é indicada para casos de deformidade da articulação 
metacarpofalangeana que não obtiveram êxito, com intuído de salvar o animal para 
fins reprodutivos ou animal de estimação. Essa afecção acomete o tendão flexor 
digital superficial e profundo, podendo chegar até o ligamento suspensor. O intuito 
da tenotomia bem-sucedida é o alinhamento normal do boleto. Esta técnica pode ser 
realizada com analgesia local ou com anestesia geral (HENDRICKSON, 2010). 
Primeiramente o paciente é tranquilizado com a administração de xilazina na dose 
de 0,1mg/kg pela via IM associado a uma anestesia infiltrativa no sítio cirúrgico. O 
16 
 
bezerro é colocado sob decúbito lateral com membro afetado para cima 
(DUCHARME, 2004). 
A área mesometacarpiana é preparada para o procedimento. Os 
instrumentais cirúrgicos utilizados são: um cabo de bisturi com lâmina com ponta 
romba e pinças auxiliares. Há duas técnicas, uma sendo feita às cegas com uma 
incisão firme com lâmina de bisturi e a outra com visualização direta. Esta segunda 
técnica, inicia com uma incisão cutânea de 2cm sobre a junção dos tendões flexores 
digitais superficial e profundo na altura do metacarpo. Incisa-se o paratendão, e com 
pinças faz-se a separação do tendão flexor digital superficial do profundo, tornando 
óbvio o plano de clivagem. Posteriormente a separação dos tendões, o tendão em 
questão é incisado com bisturi. Após a tenotomia, a pele é suturada com fio 
inabsorvível. Um curativo estéril deve ser colocado sobre a incisão, fechando com 
atadura da altura do metacarpo proximal até o distal. A fenilbutazona (1-2g) é 
utilizada para facilitar
o retorno a função, com auxílio de exercícios. Após 10-12 dias 
da cirurgia, as suturas são retiradas junto com as ataduras. O prognóstico é 
reservado e com processo doloroso (HENDRICKSON, 2010). 
A profilaxia antibiótica é realizada de forma opcional, mas o animal deve 
receber AINEs (por exemplo, flunixina meglumina 1 mg / kg SID IV ou ácido 
acetilsalicílico 100mg / kg BID VO) no pré-operatório e por 2 a 3 dias após a cirurgia. 
Além disso, oxitetraciclina IV (3g em 250ml de solução fisiológica) pode ser utilizada 
para relaxar os músculos e uma correção mais rápida do membro afetado. As 
tetraciclinas são nefrotóxicas em bezerros quando aplicadas em altas doses 
(DUCHARME, 2004). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
 
3. RELATO DE CASO 
 
Foi atendido no Campus de Ciências Agrárias da Universidade Federal de 
Roraima, uma bezerra mestiça da raça Gir Leiteiro que nasceu com as “mãos 
deformadas”, segundo o responsável pelos animais. Ao exame físico, observou-se 
que o animal não conseguia se locomover normalmente, apoiando a região dorsal 
do boleto para sua movimentação (figura 2). Por esse motivo, o local de apoio 
apresentava lacerações devido ao contato com o solo. Durante o exame de 
extensão e flexão, foi observada a rigidez da articulação metacarpofalangeana de 
ambos os lados, impossibilitando sua extensão. 
 
FIGURA 2 - Animal apresentando a deformidade da articulação 
metacarpofalangeana (setas azul). 
 
Fonte: Arquivo pessoal 
 
A bezerra foi diagnosticada com deformidade flexural bilateral da articulação 
metacarpofalangeana com uma semana de vida, onde o tratamento eleito foi 
cirurgia, a qual foi realizada na semana seguinte. Optou-se por realizar tenotomia do 
tendão flexor profundo dos dedos. O animal recebeu como medicação pré-
anestésica xilazina (0.1 mg/kg IM). Posteriormente, a bezerra foi colocada em cima 
da mesa, posicionada em decúbito lateral e realizadas as tricotomias das regiões 
metacarpais de ambos os membros torácicos (figura 3). A antissepsia foi realizada 
com clorexidine e sem seguida a aplicação bloqueio local da área de incisão com 
lidocaína 2% (figura 4). 
 
 
18 
 
FIGURA 3 - Animal posicionado em decúbito lateral evidenciando a deformidade 
flexural do membro torácico. 
 
 Fonte: Arquivo pessoal. 
 
FIGURA 4 - Bloqueio anestésico local utilizado em ambos os membros. 
 
 Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Realizou-se uma incisão, de aproximadamente cinco centímetros de 
comprimento na face lateral do terço proximal da região metacarpiana. Foram 
seccionados os planos de pele, fáscia subcutânea e bainha tendínea e em seguida, 
localizou-se o tendão flexor profundo dos dedos. Após a exposição do tendão, com o 
19 
 
auxílio de uma pinça hemostática, foi realizada a tenotomia do mesmo em amos os 
membros (figura 5). 
 
FIGURA 5 - Localização e secção do tendão flexor profundo dos dedos (seta preta). 
 
 Fonte: Arquivo pessoal. 
Em seguida, foram realizadas suturas de pele com náilon 2-0 com ponto 
padrão Wolff. Procedeu-se com a higienização do local e a colocação dos curativos 
com gaze e ataduras para que as sujidades do ambiente não causassem uma 
infecção. Para o pós-operatório foi prescrito flunixim meglumine (1,1mg/kg) durante 
três dias e benzilpenicilinas (10.000 UI/kg) em dose única, ambas por via 
intramuscular. Também foi administrado oxitetraciclina, 2g diluídas em 250ml de 
solução fisiológica via intravenosa durante 3 dias. A troca do curativo era realizada 
todos os dias, limpando o local da incisão com solução fisiológica e alterando a 
bandagem. As mesmas eram colocadas com algodão para auxiliar na imobilização 
na região das falanges proximal e média (figura 6). 
 
FIGURA 6 – Bandagens colocadas nos membros torácicos do animal para auxiliar 
na correção dos membros. 
 
 Fonte: Arquivo pessoal. 
20 
 
No dia seguinte à cirurgia o animal ainda utilizava a face dorsal dos boletos 
para a locomoção. No terceiro dia pós-operatório, a bezerra apresentava tentativas 
de apoiar a pinça dos cascos, sendo mais evidente no membro esquerdo, porém, 
observou-se que o animal ainda se apoiava sobre a região dorsal dos boletos e 
então, optou-se por realizar uma segunda cirurgia, para a secção do tendão flexor 
superficial dos dedos, uma semana após o primeiro procedimento. Foi realizado o 
mesmo procedimento pré-anestésico e de antissepsia. Após a incisão de pele e 
localização do tendão flexor superficial dos dedos, foi realizado a tenotomia do 
mesmo (figura 7). Em seguida a sutura de pele com náilon 2-0 e curativo final. 
 
FIGURA 7 – Exposição do tendão flexor superficial dos dedos (seta preta). 
 
 Fonte: Arquivo pessoal. 
 
O pós-operatório da segunda cirurgia foi realizado da mesma forma, com o 
anti-inflamatório e antibióticos, com exceção da oxitetraciclina, que foi usada 
somente após o primeiro procedimento. No dia seguinte à segunda cirurgia, 
observou-se que animal já conseguia se apoiar nas pinças dos cascos com os dois 
membros, porém o esquerdo com maior facilidade (figura 8). O segundo dia seguiu 
da mesma forma. Com cinco dias após a segunda cirurgia, o animal já apresentava 
apoio com as pinças e um caminhar satisfatório, apenas com alguns tropeços (figura 
8). 
 
 
 
21 
 
FIGURA 8 – A: Primeiro dia após a cirurgia apresentando dificuldade para apoiar o 
membro torácico direito (seta azul). B: Cinco dias após o segundo procedimento já 
havia um bom apoio sobre as pinças dos cascos (seta azul). 
 
 
 Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Com sete dias, a bezerra começou a caminhar bem, porém com leve 
dificuldade com o membro torácico direito. As incisões cirúrgicas cicatrizaram em 
uma semana e após nove dias, foram removidos os pontos da sutura de pele. Nesse 
momento, verificou-se que o animal possuía condições para acompanhar a mãe e 
concedeu-se a alta médica. 
 
FIGURA 9 – Animal com nove dias de pós-operatório, pronta para alta médica. 
 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
Depois de um mês de pós-operatorio, o animal apresentava movimentação 
normal (figura 10). Nove meses após o procedimento realizado, não foi notado 
22 
 
qualquer resquício do procedimento ou da deformidade. A novilha possuía 
locomoção natural, assim como os outros animais (figura 10). 
 
FIGURA 10 – A: Um mês após a alta médica, apresentando boa recuperação (seta 
branca). B: Nove meses após a alta médica, o animal não apresenta nenhum sinal 
da deformidade flexural metacarpofalangeana. 
 
Fonte: Arquivo pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
4. DISCUSSÃO 
 
As deformidades flexurais em bezerros podem ter origem congênita ou 
adquiridas (DUCHARME, 2004). Essa afecção geralmente apresenta outras 
anomalias congênitas, assim como descrito por Debareiner e Chensen (2009), 
porém o animal do presente relato apresentou somente a deformidade flexural da 
articulação metacarpofalangeana. Segundo Ducharme (2004), fenda palatina, 
nanismo e artrogripose são comuns em animais com deformidades nos membros. 
Todos os parâmetros fisiológicos da bezerra estavam dentro da normalidade. Em um 
estudo realizado por Fazili (2014), dos setenta bezerros recém nascidos que foram 
apresentados ao relato, apenas quatorze apresentavam somente deformidade 
flexural bilateral sem nenhuma outra deformidade. 
Assim como Weaver (2005), Anderson (2008) e Rashmi (2018), optou-se por 
realizar o tratamento cirurgico devido à gravidade da deformidade. Segundo 
Ducharme (2004), o procedimento de tenotomia é relativamente simples, o que foi 
observado no presente relato, realizando a separação dos tendões e a secção dos 
mesmos. Este mesmo autor relata que somente em casos onde a tenotomia do 
tendão flexor superficial dos dedos não é suficiente
é que o tendão flexor profundo 
dos dedos é seccionado. Diferentemente, no presente relato inicialmente foi 
seccionado o ramo profundo e somente após observar que não houve melhora da 
deformação que foi realizada a secção do ramo superficial. Segundo Kidd (2012), 
em potros quando há a necessidade de cirurgia, é realizada primeiro a secção do 
tendão flexor profundo dos dedos e se caso for necessário, a do tendão superficial 
dos dedos e do ligamento acessório. 
Diferentemente do que é proposto por Hendrickson (2010), o AINE utilizado 
no pós-operatório do presente caso foi Flunixim Meglumine, devido à disponibilidade 
local. Apesar do uso da fenilbutazona ser preferível, este antiiflamantário apresentou 
resultado aparentemente satisfatório. 
Em ambos os relatos de Anderson (2008), Trauner (2011), Fazili (2014) e 
Rashmi (2018) foram utilizadas talas para auxiliar a reabilitação dos animais. Em 
nosso estudo, optou-se por não utilizar esse método devido às condições de 
manejo, já que não era possível a supervisão em tempo integral do animal, não 
havia local para a internação do mesmo e também poderia ocasionar escoriações de 
pele, em razão do elevado grau da deformidade. 
24 
 
Segundo Weaver (2005), o prognóstico para deformidades de graus mais 
severos, mesmo com o procedimento de tenotomia, é reservado. No presente relato, 
o animal apresentou excelente recuperação pós-cirúrgica, sendo introduzida nas 
atividades normais do rebanho. 
O uso da oxitetraciclina em baixas doses é importante, pois ela auxilia no 
relaxamento muscular e em uma correção mais rápida da deformidade. Altas doses 
desse medicamento são nefrotóxicas em bezerros (DUCHARME, 2004; 
ANDERSON, 2008). Segundo estudos, a oxitetraciclina produz o relaxamento 
muscular pois tem a capacidade de quelar os íons de cálcio, prevenindo o influxo do 
mesmo nas fibras musculares (KIDD, 2012). Assim como realizado por Fazili (2014), 
utilizamos baixa dose de oxitetraciclina, sendo 2g em 250ml de solução fisiológica. 
Este mesmo autor concluiu com seu estudo que o uso oxitetraciclina em baixas 
doses por três dias possui um baixa efetividade no tratamento de deformidades 
flexurais moderadas. Porém no presente relato, acreditamos que esta medicação 
contribuiu na correção da deformidade flexural da articulação metacarpofalangeana 
da bezerra, devido a melhora nos primeiros dias pós-operatório. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
25 
 
5. CONCLUSÃO 
 
A tenotomia dos tendões flexores superficial e profundo dos dedos de ambos 
os membros torácicos, como tratamento principal e associado à antibioticoterapia 
para a deformidade flexural da articulação metacarpofalangeana, foi satisfatório no 
caso relatado, evidenciado pela resposta imediata ao tratamento e sendo confirmado 
pela apresentação do animal após nove meses do procedimento. O animal 
demonstrou uma excelente recuperação e pôde realizar suas atividades 
normalmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
REFERÊNCIAS 
 
 
ANDERSON, D.E., DESROCHERS, A., JEAN, G. St. Management of tendon 
disorders in cattle. Veterinary Clinics of North America-Food Animal Practice. 24, 
551–566. 2008. 
 
DABAREINER, ROBIN M.; CHESEN, A. BERKLEY. Diseases of the Bones, Joints, 
and Connective Tissues: Flexural limb deformities. In: SMITH, B.P. Large animal 
internal medicine. 4. ed. Missouri: Mosby Elsevier, 2009. cap. 38, p. 1245-1247. v. 1. 
 
DUCHARME, N.G. Surgery of the calf musculoskeletal system: Flexural 
Deformities. In: FUBINI, S.L.; DUCHARME, N.G. Farm animal surgery. 1. ed. 
Missouri: Elsevier, 2004. cap. 15, p. 486-489. v. 1. 
 
FAZILI, M.R et al.Prevalence and effect of oxytetracycline on congenital fetlock 
knuckling in neonatal dairy calves. Onderstepoort Journal of Veterinary Researc. 
81(1), Art. #710,6 pages.2014. 
 
GETTY, R. Músculos: anatomia dos animais domésticos / Robert Getty;[tradução 
alzido de Oliveira... et al.] Rio de Janeiro: Guanaba Koongan, 1986. 2v: il. 
 
HENDRICKSON, D. A. Técnicas cirúrgicas de grandes animais. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2010. p. 128-130. 
 
KIDD, J.A. Chapter 87: Flexural Limb Deformities. In: AUER, J.A.; STICK, J.A. (Ed.). 
Equine surgery. 4 th edition. St Louis: Elsevier Saunders; 2012 
 
KÖNIG, H. E.; LIEBICH, H. G. Anatomia dos animais domésticos: Texto e atlas 
colorido. 4a ed, Porto Alegre: Artmed, 2011 
 
MCLLWRAITH, C.W. Doenças das Articulações, Tendões, Ligamentos e Estruturas 
Relacionadas. In: STASHAK, Ted. Claudicação em Equinos segundo Adams. 5. 
Ed. São Paulo: Roca, 2006. P. 551-569. 
 
RASHIMI et al. Surgical management of congenital flexor tendon deformity in calves: 
a review of three cases. Journal of Entomology and Zoology Studies, v. 6, n. 3, 
p. 544-546, 2018. 
 
TRAUNER, R et al. Deformidade de flexão da articulação metacarpofalangeana 
em um bovino: relato de caso. XVI Seminário Interinstitucional De Ensino, 
Pesquisa E Extensão. 3p. 2011. 
 
WEAVER, A.D; JEAN, G. St, STEINER, A. Chapter 7: Lameness. In: Weaver A.D, 
Jean G.S, Steiner A. Bovine Surgery and Lameness. 2ª Ed, Blackwell. Publishing, 
198-258p, 2005. 
 
 
 
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RORAIMA 
CENTRO DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS 
CURSO BACHAREL EM MEDICINA VETERINÁRIA 
 
 
 
 
 
BRUNNA MARTINS DE MELLO 
 
 
 
 
 
 
DEFORMIDADE FLEXURAL CONGÊNITA DA ARTICULAÇÃO 
METACARPOFALANGEANA EM UMA BEZERRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
BOA VISTA, RR 
2018

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais