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cglubulkp 
 
 
 
Guia de Cultivo 
Psilocybe Cubensis 
 
 
 
 
 
 
 
2012 
 
Fonte: http://www.cogumelosmagicos.org/comunidade/ 
01/08/2012 
 
 
Este guia consiste em um agrupamento de textos, imagens e 
técnicas de autoria dos membros do Cogumelos Mágicos, 
Shroomery e minha. 
 
A cada cultivo, independente de sua experiência, algo novo será 
compreendido, portanto, esse é apenas um guia e não uma utopia na 
cultura de Cubensis. 
 
 
 Sumário 
 
 
 Apresentação 
 Glove Box 
 Hidratação de esporos 
 Culturas Líquidas 
 PF Tek 
 Milho 
 Esterilização 
 Inoculação 
 Incubação 
 Agulhas 
 Crescimento X Temperatura 
 Grain to Grain 
 Casing 
 Terrário 
 
 
 Bulk 
 Carimbos 
 Carimbos em cotonetes 
 Clonagem/Isolamento em papelão 
 Clonagem/Isolamento em meio BDA 
 Armazenagem de Culturas 
 Secagem 
 Pastilhas 
 Contaminantes Comuns 
 Aspectos Farmacológicos: Dosagem 
 Outdoor 
 In vitro 
 
 
Apresentação 
Os cogumelos eram usados no México, Guatemala e Amazonas em rituais religiosos e 
por curandeiros. Os Maias utilizavam um fungo ao qual chamavam, na língua nahuátl, 
teonanácatl (a "carne de deus") há já 3500 anos. No seu território foram encontradas 
figuras de pedra com representações de cogumelos datadas de 1000 a.C. e 500 d.C. 
As primeiras referências ao seu consumo foram encontradas em livros (1502), nos 
quais era mencionado o uso de cogumelos em rituais nas festas de coroação de 
Moctezuma, o último imperador Azteca. 
A redescoberta do cogumelo sagrado dos Maias - e o acesso à sua consumação ritual - 
por R. Gordon Wasson e sua esposa, a partir de 1953, na Sierra Mazateca, depois a 
colheita sistemática, a cultura em laboratório e a análise detalhada das diferentes 
espécies de cogumelos lamelares do gênero Psilocybe, sob os auspícios do Prof: Roger 
Heim, do museu de História Natural de Paris, representam um acontecimento 
primordial para todas as pessoas interessadas numa abordagem ao domínio complexo 
das plantas adivinhatórias. Elas dão acesso às experiências iniciáticas que remontam a 
mais alta antiguidade e, sem dúvida, até mesmo à pré-história. 
 
 
O químico suiço Albert Hofmann que descobriu o LSD, foi também o primeiro a extrair 
psilocibina e psilocina dos cogumelos entre 1957 e 1958. Nos anos 70, o LSD e a 
psilocibina, entre outros, foram fundamentais para a Contracultura e o movimento 
Hippie, visando a "libertação da mente", seguindo as idéias dos beats e de Timothy 
Leary, um psicólogo proponente dos benefícios terapêuticos e espirituais do LSD e da 
psilocibina. 
 Atualmente, estudos comprovam possibilidades terapêuticas da psilocibina. Em um 
deles, pessoas que receberam a psilocibina demonstraram uma personalidade mais 
“aberta” após a sua experiência, um efeito que persistiu por pelo menos 14 meses. 
Timothy Leary e sua primeira experiência 
"Durante as cinco horas seguintes, encontrei-me arrastado pelo desfrutar de uma experiência que 
poderia tentar descrever graças às numerosas e extravagantes metáforas, mas que foi, antes de tudo e 
sem dúvida alguma, a mais profunda experiência religiosa da minha vida (...) Descobrir que o cérebro 
humano possui uma infinidade de potencialidades e pode operar em dimensões de espaço-tempo 
inesperadas me transfigurou por completo; convenci-me, sem qualquer sombra de dúvida, que acabava 
de despertar de um longo sono ontológico." 
Relato de Gordon Wasson 
 
"Está escuro. Todas as luzes foram apagadas. Brasas ardem nas pedras da lareira. Madeira de Copal 
perfumada se consome num caco de cerâmica. Tudo está calmo. A cabana, a choça, fica afastada da 
aldeia. A voz de Maria Sabina pira na cabana(...) Tudo o que se vê naquela noite se banha na claridade 
da origem: a paisagem, as casas, os utensílios de uso diário, os animais, tudo é calmamente irradiado 
pela luz primordial; dir-se-ia que as coisas apenas acabam de serem produzidas pelo criador! Esta 
novidade total - dir-se-ia a aurora da criação - o submerge e o envolve, o dissolve na sua beleza 
inexplicável (...) Seu espírito está livre, você vive uma eternidade numa noite, vê o infinito no grão de 
areia. O que você vê e escuta grava-se na sua memória, é gravada ali para sempre. Enfim, você conhece 
o inefável, sabe que o é o êxtase! (...) Uma simples planta abre as portas, libera o inefável, traz o êxtase. 
Não é a primeira vez na história da humanidade que as formas mais humildes de vida dão a luz ao 
divino. Por mais desconcertante que seja, a maravilha que anuncia merece ser ouvida pelos homens." 
 
 
 Glove box 
Caixa plástica; 
Silicone; 
Luvas de látex; 
Tubo de Pvc 100mm. 
 
 
 
Desinfete a glove box inclusive suas entradas para luvas e tudo o que for para dentro dela com 
água/água sanitária, um copo de água/uma colher de chá de água sanitária. 
Sempre que precisar eliminar microorganismos indesejáveis, poderá usar a água sanitária 
diluída, esperando certo tempo para que ela possa agir. 
 
 
 
Hidratação de esporos 
Material: 
- Pote coletor. 
- Água destilada (farmácia) 
- álcool 
- Papel alumínio 
Glove box 
 
Procedimento: 
 
 
Ferva água por dez minutos. Ainda “fervendo” use-a para esterilizar o pote coletor (ou copo de 
cachaça) e a seringa/agulha. Sugue a água e ejete por três vezes, deixando, na terceira vez, a 
água dentro da seringa por dois minutos e também no copo de cachaça. Esterilize também um 
copo normal, assim você poderá cobrir o copo de cachaça com este copo maior dentro da 
glove, evitando contaminantes. 
 
Coloque a água destilada no copo de cachaça. 
 
Abra o carimbo e raspe (com algo esterilizado) parte (¼) dos esporos no pote coletor. 
 
Sugue a mistura com a seringa, injete de volta e sugue novamente, coloque a proteção da 
agulha e embrulhe em um papel alumínio desinfetado com álcool. 
 
Guardar na gaveta da geladeira próxima ao congelador (hidratação). 
 
Deixe por, no mínimo, um dia antes de usar. (Carimbos velhos precisam de uma hidratação 
mais efetiva – 7 dias a um mês). 
 
Vire de lado, de vez em quando, para os esporos não ficarem grudados na lateral da seringa. 
 
 
 
Cultura Líquida 
 
 
Material 
Glucose de milho (lojas de confeitaria/artigos p festa) conhecida também como dextrose 
Água mineral 
Frascos para CL: 
 
Procedimento 
Medidas: Não utilize mais do que 4% de açúcar nas Culturas Líquidas. Uma medida de 2% 
funcionou bem. 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑒𝑟𝑎𝑙 = (𝑉 𝑔𝑙𝑖𝑐𝑜𝑠𝑒 ÷ 0,03) − 𝑉 𝑎𝑚𝑝𝑜𝑙𝑎 
𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑑𝑒 á𝑔𝑢𝑎 𝑚𝑖𝑛𝑒𝑟𝑎𝑙 = 𝑔𝑙𝑢𝑐𝑜𝑠𝑒 𝑑𝑒 𝑚𝑖𝑙ℎ𝑜 ( 𝑒𝑚 𝑔) ÷ 0,03 
Se tiveres uma balança de precisão, prefira usar a glucose de milho, pois os fungos se dão 
melhor com seu açúcar do que com a glicose de farmácias. 
Misture bem e preencha os copos. Importante: Preencha somente 1/3 dos copos com o 
líquido, pois é necessário bastante oxigênio dentro dos copos para um crescimento saudável 
do micélio. Você pode colocar algum objeto dentro do pote para ajudar a “cortar” o micélio 
quando estiver bem desenvolvido. Panela de pressão neles por 30 minutos. 
Não fiz furos nas tampas de alumínio, apenas apertei com as mãos. Agora espere esfriar 
completamente dentro da panela. 
Agite violentamente os copos, por 1 minuto. Isso irá trazer oxigênio de volta à água. A panela 
 
 
de pressão tira a maior parte do oxigênio da água. É por isso que é deixado o espaço dentro do 
copo, para ter oxigênio suficiente para o bom desenvolvimento da cultura. Deixe em 
temperatura de colonização. Uma vez por dia, se quiser acelerar o crescimento do micélio, 
agite cuidadosamente e devagar as culturas (formando um redemoinho). Deve observar o 
crescimento entre 3 a 7 dias. Começa com "pequenas nuvens de algodão". 
 
É dificil dizer com certeza se uma cultura líquida está ou não contaminada. Mas dá pra se 
basear em teorias. Por exemplo: Essa cultura tem 99% de chances de ser saudável: O micélio é 
vigoroso e unido, o restante da água é transparente. O certo é somenteusar CL com uma 
ótima aparência. 
Cores diferentes dentro do copo, e água esbranquiçada é contaminante. 
Quando for usar as CL’s, deixe-as fora da geladeira por 2 dias antes de inocular. 
Observação: 
Uma CL pronta, já com micélio bem desenvolvido (2 semanas) pode ser guardado em geladeira 
(baixar temperatura para estagnar o crescimento do micélio, nunca no freezer) por no máximo 
7 meses. O ideal é 3 meses. 
 
 
 
 
 
 
 
PF TEK 
 
Ingredientes: 
 
-Vermiculita 
-Alpiste ou arroz integral (de preferência com casca) 
-Copos largos com boca larga 
-Papel Alumínio 
-Desinfetante (álcool) 
 
Procedimento: 
Umedeça um pouco a vermiculita e esterilize no microondas em potência máxima por 3 
minutos. Bata o arroz no liquidificador, até que muitos grãos sejam quebrados. Não deixe que 
vire uma farinha fina, o ideal do substrato é que fique bem aerado. Utilize a proporção de 2/1 
de vermiculita/alpiste e umedeça com água mineral: expremendo o substrato, algumas gotas 
devem cair. 
 
 
 
Coloque uma fina camada de vermiculita seca no fundo do copo, preencha-o com substrato 
até mais ou menos um dedo (precisamente será do tamanho tal qual a agulha da seringa que 
for usar) da boca. 
IMPORTANTE: Limpe as bordas de dentro e de fora do copo com um papel toalha e um bom 
desinfetante, agora preencha o que falta com vermiculita esterilizada. Faça tampas de papel 
alumínio e esterilize em pp por uma hora. 
 
Fure cuidadosamente o papel alumínio rente a parede do pote e empurre a agulha até 
ultrapassar 1 cm o selo de vermiculita e injete uma quantidade do conteúdo da seringa. 
Faça 4 furos equidistantes, isso acelera o processo de colonização. 
Dunk and Roll: 
Antes de tirar o bolo colonizado do pote injete 100 ml de água mineral. 
Use seringa como na inoculação. 
Cubra os furos com durex coloque o pote dentro de um saco e deixe 24 horas dentro da 
geladeira. Nesse período o bolo vai absorver toda água injetada e o frio para o crescimento do 
micélio. Depois do dunk, role o bolo sobre vermiculita esterilizada e seca (É melhor usar seco 
porque prende mais fácil no bolo). Logo após use névoa (umidificador ou borrifador) para 
umedecer a vermiculita. Esse método permite que o bolo frutifique de todos os lados mais 
facilmente. 
Double casing: 
 
Técnica para umidificar bolos que consiste em colocar duas camadas de vermiculita úmida, 
uma em cima e outra em baixo do bolo. A umidade da vermiculita hidrata pouco a pouco o 
bolo. 
Depois de cada flush, relimpe o bolo e coloque vermiculita nova. O que isso faz é prevenir 
contaminantes de crescer. Os bolos permanecem incontaminados e frutíferos por uns bons 
dois ou três meses. 
Depois que o bolo foi relimpo, posicione-o em uma camada inferior umidecida de vermiculita 
(em um prato ou em uma tampa). Então, vermiculita seca é colocada no topo do bolo e 
suavizada para uma camada de cerca de 3mm. Uma camada fina é o melhor caminho porque 
os cogumelos podem crescer facilmente sem precisar atravessar uma camada espessa de 
vermiculita. 
Borrife a camada do topo algumas vezes. Faça isso uma ou duas vezes por dia, quando você 
aera o bolo. Isso vai alimentar os bolos com água gradualmente. Os bolos irão se tornar 
brancos novamente. Logo que você visualiza as primórdias surgindo na camada de casing, 
deixe de borrifar a camada diretamente e permita que as primórdias cresçam. É por causa 
disso que é importante não usar uma camada fina no topo do bolo. Assim que as primórdias 
começam a aparecer, molhar as mesmas pode matá-las. 
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/vermiculita/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/bolo/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/umidade/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/vermiculita/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/bolo/
 
 
 
 
 
 
 
Milho 
1º morte aos micros 
Ferva o milho por 10 minutos, desligue o fogo e deixe 24 horas de repouso, panela fechada. 
 
2º morte aos micros que eclodiram dos esporos 
Aqueça até ferver, desligue o fogo e deixe 24 horas de repouso. 
 
3º morte aos remanescentes. 
Aqueça até ferver, desligue o fogo e espere esfriar. Passe para o escorredor e cubra com um 
prato, deixando-o na geladeira frost (não no freezer) por 24 horas. A geladeira serve para 
secar o grão. 
 
4º esterilização ( morte a todos micros presentes) 
Distribua em copos e esterilize por 2 horas em panela de pressão. 
 
 
 
Colocando água até cobrir o milho e sempre usando fogo baixo, não precisa adicionar água no 
decorrer do processo. 
São muitas etapas de aquecimento, então, não deixe por tempo excessivo, o milho pode 
amolecer demais e virar uma papa. 
 
 
 
Esterilizando o Substrato: 
Para fazer a tampa, costumamos cortar três cubos de papel alumínio, 2 folhas para a tampa 
que será permanente e 1 para ser retirada no momento da inoculação e recolocada 
rapidamente logo após o ato ser consumado, junto com o esparadrapo. Faz-se um pequeno 
furo nas duas tampas de alumínio, para que o vapor possa sair. A terceira tampa fica semi-
aberta. 
Pode-se usar as próprias tampas metálicas dos frascos furadas ao meio, com um filtro tyvek 
por baixo delas como mostra a foto no final do texto. Esse material é encontrado facilmente 
em lojas de materiais de segurança a baixo custo (toucas de tyvek, etc). A vantagem é que o 
tyvek permite trocas gasosas entre o substrato e o meio, acelerando a colonização, além de 
aderir melhor ao esparadrapo por sobre o furo de inoculação. 
 
 
 
Arrume os potes na panela de pressão. 
 
Coloque água até começar a flutuar, adicione um pouco mais. 
É necessário um cuidado para que a água que cai nos copos não entre nele. Um desses 
cuidados é não fazer o furo no centro da tampa de alumínio pois, por ficar mais baixo que as 
bordas, acaba deixando a água entrar, o que prejudica e atrasa a colonização. 
 
Feche a panela sem a válvula. 
 
Quando começar sair vapor, continuamente pelo pico, coloque a válvula. 
O tempo vai depender do substrato; milho: 2 horas, Bolo pf: 1 hora e CL’s: 30 minutos. 
 
É recomendável que você os deixe esfriar na própria panela de pressão, de um dia para o outro 
(7 – 12hrs). 
 
 
 
 
 
Inoculação: 
 
 
 
Limpe a panela, externamente, com solução de água sanitária diluída e pano fino. 
 
Abra a panela retire o pote, limpe-o com álcool e passe para a glove box. 
 
Retire a primeira tampa de papel alumínio do pote e reserve. Após retirar a seringa com 
esporos do papel alumínio, passe álcool em toda ela e faça furos no papel alumínio do pote, 
injetando cerca de 0,5 ml da solução. Em bolos PF, faça quatro furos nas laterais do pote para 
uma rápida colonização 
Cubra os potes com a tampa de papel alumínio retirada e passe fita adesiva em volta. 
É muito difícil entrar contaminantes pelos furos de inoculação. 
 
Guarde os potes em caixa de isopor a cerca de 25°C (calor de menos retarda o processo, mas 
em demasia, mata os fungos ). Use um termostato. 
Sacudir logo depois de inocular é um erro, nunca faça isso. Se você fizer isso, o micélio será 
felpudo no início, como algodão fino. Eu sugiro inocular e não sacudir pelo menos por 1 
semana. Sacudindo, você espalha os esporos pelo pote forçando o micélio monocariótico 
buscar por um par. Se você deixar os esporos germinarem próximos uns aos outros, eles se 
unirão e formarão micélio dicariótico nos primeiros dias, se tornando denso e rizomórfico nos 
próximos dias. 
Somente leve um bolo para o terrário quando ele estiver 100% colonizado. 
 
Caso contrário ele vai contaminar e espalhar a contaminação em todo terrário. Se a 
colonização paralisar, provavelmente será por falta de O2. Troque, dentro da glove, a tampa 
de papelalumínio por um papel coador de café.
 
 
 
Utilize somente agulhas de calibre grosso ao trabalhar com CL’s:
 
 
 
 
Incubação 
É a condição ideal para que o fungo colonize o substrato, seja grãos, bolos pf’s, bulk ou mesmo 
o casing. A incubaçãose dá no escuro, a uma temperatura de 26°C (já que o micélio produz 
calor ao crescer, elevando ainda mais a temperatura). Pode ocorrer de o micélio paralisar seu 
crescimento. Isso frequentemente se deve à falta de O2, quando ocorrer, podes trocar, dentro 
da glove, a tampa de alumínio por uma de filtro de papel para coar café. 
 
 
 
 
Observação: 
A temperatura dentro dos potes normalmente está 3 a 4°C acima da temperatura exterior, por 
vezes mais. Portanto, mantenha a incubadora a 26°C. Temperaturas muito altas favorecem 
contaminantes. 
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
0
5
11
17
23
28
31
25
16
0
3,8
9
15
20
25
28
30
31,6
35
40
Crescimento X Temperatura
Crescimento em mm Temperatura (°C)
 
 
 
 
 
 
 
 
Grain to Grain 
Significa Transferência de Grão para Grão. 
 
Uma vez que se tenha aprendido a preparar Spawn esterilizado de sementes de pássaros, 
arroz ou grãos e colonizá-lo totalmente com Micélio, pode-se facilmente propagar um único 
frasco de 250ml colonizado em mais 20 via transferência Grain to grain. 
 
Proporções de Spawn alcançando de 1:10 a 1:40 estão sendo usadas, com 1:40 estando "na 
margem de ser mal sucedido" [Stamets, GGMM 2000]. 
 
Frascos propagados via Grain to grain geralmente colonizam 100% em condições ótimas em 
cerca de 10 a 14 dias. Dado isto, Esporos não tem que Germinar, já que o que é transferido 
para os frascos novos é Micélio ativo colonizado em grãos ou sementes. 
 
O método é preparar frascos novos, como se você fosse inocular via Seringa. A diferença é que 
se transfere os grãos de um frasco colonizado para os frascos não-colonizados. O 
procedimento é simples e requer somente bom senso, preparação mínima e o máximo de 
assepsia possível. Agite cada frasco novo para espalhar o material colonizado. Transferência 
G2G e a agitação do frasco machuca o micélio, por isso levará cerca de 3 dias para ele se 
recuperar do choque. Não há necessidade de agitar os frascos mais de uma vez. Fazer isso só 
atrasará a colonização, ao invés de agilizá-la. 
 
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/transferencia-de-grao-para-grao/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/spawn/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/micelio/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/spawn/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/esporos/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/germinar/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/micelio/
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/seringa/
 
 
Casing 
Material: 
O material utilizado na camada é o mais diverso: 
 
Fibra de coco, pó de casca de coco, pó de pinus, turfa, vermiculita, terra vegetal organica, fibra 
de bananeira, borra de café, calcáreo, bicarbonato de cálcio, pó de casca de ovo, pó de concha, 
pó de ostra, leite de magnésia, etc. 
Sendo que o mais usado é: 
Vermiculita 
Pó de coco (coquim) ou Turfa 
Duas cascas de ovo moídas (sem pele) 
Procedimento: 
Encha a vasilha com água e água sanitária, deixando por uma hora. 
Geralmente é usada a receita de ½ de vermiculita e ½ de pó de coco e duas cascas de ovo 
moídas (para uma pequena quantidade de casing). 
Umedeça um pouco a vermiculita e esterilize no microondas em potência máxima por 2 
minutos. 
Misture os ingredientes em uma vasilha de sorvete e adicione água até atingir a umidade ideal. 
Leve a vasilha, com o material úmido, ao microondas, aqueça em potência não muito alta e 
misture o material de vez em quando, até totalizarem 10 minutos de aquecimento. 
Coloque uma camada fina e mais seca no fundo da vasilha, o spawn colonizado e despedaçado 
no meio e mais uma camada em cima (bem úmida e aerada). Deixe em condições de 
colonização até que o micélio comece a surgir na superfície. Use um borrifador para manter a 
mistura úmida (use água mineral e não encharque os fungos!). 
O casing pode ser feito também no bulk, após o spawn o ter colonizado. 
Quando frutificar o casing? 
 
Uma vez que o micélio surja nos vales da camada de casing e seus fios comecem a atravessar a 
mesma, porém a superfície não esteja colonizada, deve-se iniciar o pinning. Se o micélio 
começar a surgir de forma muito irregular, espere colonizar totalmente a superfície e coloque 
uma camada extremamente fina de casing por cima; dessa forma você terá um casing nas 
condições ideais para frutificar. 
 
 
 
Umedecer o casing pode causar abortos? 
 
Não, umedecer o casing suavemente não causa abortos. A regra é nunca molhar muito o 
casing, mas umedecer de tempo em tempo fazendo com que ele permaneça úmido por todo o 
tempo. Molhar demais pode prejudicar os pins e tornar a superfície do casing pouco favorável 
à formação de cogumelos. Mas umedecer está ok e é necessário. Tente não molhar 
diretamente os cogumelos maiores, pois podem estragar. Nesse estágio tente umedecer a 
superfície entre eles, entretanto algumas gotas diretamente nos cogumelos não farão mal 
algum. 
 
 
 
 
 
 
Terrário: 
O ideal para a frutificação é uma temperatura 22-28° e uma umidade muito alta. 
Material: 
Vasilha grande e larga 
Argila Expandida (lojas de jardinagem) 
Água Sanitária 
Borrifador 
Procedimento: 
 
 
Lave a argila, coloque em uma panela e ferva por 20 minutos. 
Coloque a argila no terrário, com água da torneira adicionando uma gota de água sanitária. 
Fazer dois furos logo acima do nível de argila para circulação de ar e colocar lã acrílica. 
 
A argila deve ficar com 3 cm de altura no fundo da vasilha. 
 
A água adicionada deve ficar um pouco abaixo da argila. 
O uso de argila expandida ou perlita coloca a umidade do terrário na faixa 95% - 98%, que é o 
ideal. 
Não use vasilhas trasnparentes para fazer casings, os cogumelos são fototrópicos. 
O terrário deve ser bem fechado. 
Não deixar a vasilha no chão (é aí que se encontram a maior parte das bactérias 
contaminantes). 
 
Troca de ar 
 
 
É um dos parâmetros mais importantes a ser controlado. 
 
Enquanto o substrato está colonizando o ar no interior do pote deve ser rico em CO2 (gás 
carbônico). 
 
Quando o bolo ou casing é colocado no terrário o ar deve ser rico em O2 (oxigênio). 
 
O ar no interior do terrário deve ser renovado para manter a quantidade de O2 superior a de 
CO2. 
 
Para manter o ar rico em O2 no interior do terrário é necessário intervir: A cada 8 horas a 
tampa do terrário é aberta e abanando algumas vezes, o ar é renovado. 
 
Temperatura 
 
Dentro do terrário o casing deve ser mantido a 26°C. 
 
Luz 
 
A luz, como a temperatura e oxigenação (renovação de ar) é um alerta ao micélio que é hora 
de produzir o corpo reprodutivo (cogumelo). 
 
1 - A luz pode entrar no terrário, naturalmente, pela tampa (plástico) do terrário. 
 
Segurança 
 
 
 
Segurança nada mais é do que manter o terrário fechado a invasores. 
 
Os invasores podem ser microorganismos ou insetos. 
 
Todas as aberturas devem ser protegidas com filtro. 
 
O filtro comumente usado é lã acrílica. 
 
O filtro é feito cortando pedaços da lã, colocando 2, 3, ou mais pedaços sobrepostos. 
 
Depois o filtro é preso a abertura. 
Garrafa de gelo para diminuição de temperatura 
 
 
 
 
 
 
Bulk 
 
Bulk consiste em usar um spawn (milho colonizado) para colonizar um substrato de 
volume ainda maior. Nessa técnica, o spawn é misturado com o substrato bulk 
(esterco) e colocado em uma bacia ou outro recipiente que sirva de terrário 
(mantenha a umidade), com tampa. É de extrema importância que o substrato bulk 
seja bem aerado (espaçamento entre as suas estruturas) para que o micélio possa se 
propagar e colonizá-lo rapidamente, antes dos contaminantes. 
Essa técnica fornece, geralmente, uma produção maior que as outras, pois nela se tem 
uma massa muito maior de micélio. Bom lembrar também que o esterco bovino é o 
substrato predileto dos cubensis. 
Não se deve esterilizar um substrato bulk, pois a contaminação será certa. Quando você 
pasteuriza substratos a 60-70°C, alguns microorganismos benéficos, principalmentebactérias, 
permanecem vivos e habitam o substrato, "protegendo-o" de outros microorganismos mais 
agressivos. Esta é a razão pela qual você pode inocular substratos bulk com spawn em lugares 
abertos, sem se preocupar com cuidados especiais de esterilização e também manter o cultivo 
dessa forma. 
Material: 
Esterco bovino ( um pouco seco e duro) 
Palha (aeração do substrato) 
Vermiculita 
Três cascas inteiras de ovo SEM PELE e trituradas pra cada dois copos de estrume (correção de 
ph). Pode ser usado o carbonato de cálcio. 
Procedimento: 
(...) Um experimento bem simples é cavar um buraco raso próximo as raízes de uma planta, 
colocar o seu bolo e depois cobrir com a terra removida. Pode ser um vaso que tenha uma 
planta com raízes bem desenvolvidas. 
Se você fizer com bolo aniversariando, exaurido de flushs ou contaminado, com certeza 
retirará alguns cogumelos, a quantidade dependerá das condições e do tamanho do bolo. 
Isso provará que ali, ao redor das raízes, existe um equilíbrio de nutrientes e microorganismos 
que ajudam a revigorar o micélio, mesmo ele estando combalido por contaminações. Existem 
microorganismos ao redor das raízes que controlam a proliferação de outros microorganismos 
nocivos, que poderiam matar a planta, mas permitem outros que ajudam seu 
desenvolvimento. A pasteurização transporta essa tek da natureza para dentro de casa, uma 
 
 
pasteurização bem realizada, permite render bastantes frutos num bulk ou casing, 
assegurando sua integridade por um longo período (...). 
Apresento dois métodos de pasteurização de substrato: 
Primeiro: 
Ponha a palha, vermiculita, estrume e a casca de ovo num pote de sorvete, hidrate-os 
e coloque em banho maria. Mantenha 67º C por 1 hora (usar duas resistências de 
chuveiro em série). Repita essa mesma operação por mais 2 dias, totalizando 3 
aquecimentos. Entre cada aquecimento, intervalo de 24 horas e bacia fechada 
hermeticamente. Monitore a temperatura com termômetro culinário para não 
exceder 70º C. Você deve mexer de quando em quando para homogeneizar. Cheque a 
umidade do bulk: espremendo-o um pouco, apenas algumas gotas devem cair. Não demore 
mais que um dia para inocular o spawn. 
Segundo: 
Proceda como no primeiro método, mas pasteurize por duas horas à temperatura entre 76°C 
e 80°C, somente uma vez. Espere esfriar e inocule o Spawn. 
Encha o monotub com água e meio copo de água sanitária para desinfetar, deixando por uma 
hora. É necessário tapar a lateral e o fundo para evitar que o monotub receba luz (cogumelos 
são fototrópicos). 
Coloque o substrato bulk no monotub e o inocule com o Spawn (misture o spawn e o bulk com 
uma colher desinfetada. Uma proporção de 1/4 é o suficiente). Misture com cuidado para que 
a recuperação do micélio seja rápida. Não deixar no chão (é aí que se encontram a maior parte 
das bactérias contaminantes). 
 
Deixe em condições de colonização: 
Temperatura: 26°C 
Luz: Nenhuma 
Ar: Deve ser permitido ao bulk a troca de ar, através de furos no tub, tapados com lã acrílica. 
 
Bulk 100% colonizado, aguarde mais uma semana para que a rede micelial se torne vigorosa e: 
 Induzir a frutificação ou 
 Fazer o casing por sobre ele. 
Espere o micélio surgir por sobre o casing e induza a frutificação: 
Temperatura: 23-25°C. 
 
 
Luz: Fluorescente ou do dia, 12 hrs com luz e 12 horas no escuro. 
Ar: Rico em O2. 
Umidade: 95% e 98% 
 
Caso o bulk esteja seco, borrife um pouco de água mineral na tampa e nas paredes do mesmo 
(por dentro). 
O micélio precisa de um alto índice de O2 para frutificar; 
Os furos no monotub devem ser feitos bem rente ao substrato e alguns em um nível mais 
acima: O CO2 é mais denso que o ar atmosférico, depositando-se no fundo do monotub e 
causando problemas à frutificação. Assim, o gás carbônico sai pelos furos mais baixos e o 
oxigênio entra pelos furos superiores. 
 
 
 
Obs: 
1- É normal o aparecimento de gotas amareladas em cima do micélio. São metabólitos 
excretados pelo cubensis, devido ao estresse causado pela competição com bactérias 
ou outros fungos. 
 
2- Evitar oscilações na temperatura é importante durante todo o cultivo. Na fase de 
colonização essas oscilações podem causar uma demora no processo porque o micélio 
tem que se adaptar às mudanças ao invés de crescer. Na frutificação ocorre o mesmo, 
podendo mudar bastante a morfologia dos frutos. 
 
3- Caso haja uma falta de umidade dentro do monotub injete água mineral abaixo da 
superfície do micélio, com uma seringa. 
 
 
 
 
 
 
Carimbo de esporos 
 
Utensílios recomendados: 
Folha de alumínio 
Desinfetante para área de trabalho 
Luvas de látex 
Recipiente ou potes de plástico 
Bolsas de zip-lock para lacrar os carimbos 
Glove box 
 
Procedimento geral: 
 
É recomendável trabalhar limpo para que os esporos não entrem em contato com 
nenhuma contaminação durante o processo de produção de carimbo! 
 
Borrife bem a folha de alumínio ou papel (material para depositar esporos) com álcool. 
Deixe secar completamente. Use corpos frutíferos diretamente apos a colheita! Corte 
o caule aonde começa o chapéu. Trabalhe cuidadosamente e não danifique nenhuma 
lamina ou poro. 
Agora você pode por os chapeis no material para depositar esporos, dentro de um recipiente 
plástico estéril. Os esporos precisam de 8-12 horas até eles caírem. Para evitar 
contaminações, não toque os esporos com suas mãos e deixe-os na glove. Acrescente sílica gel 
para secar bem o material antes de lacrar os prints. 
Lacrados hermeticamente em plástico filme, os esporos são germináveis por 
aproximadamente 1 ano. É recomendável armazenar os esporos em um lugar escuro, limpo a 
temperatura ambiente e com um pouco de sílica. A sílica serve para retirar a umidade e 
impedir que os esporos germinem antes da hora. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carimbo em cotonetes 
A idéia é esterilizar cotonetes e esfregá-los nos esporos de cogumelos que são mais difíceis em 
depositar esporos em carimbos convencionais. Esta técnica pode também se mostrar mais 
eficiente na hora de inocular esporos em culturas líquidas ou BDA, ou mesmo em seringas de 
esporos. 
Procedimento: 
Coloque os cotonetes em “embalagens” de papel alumínio, leve-os para dentro de um copo 
seco e com uma tampa que deixe-o bem vedado (para não entrar água no processo de 
esterilização). 
 
 
 
 
Tampe bem o pote e esterilize na panela de pressão por 30 minutos. Todo procedimento a 
seguir deve ser executado em uma glove Box. 
Escolha o cogumelo, passe um pouco de álcool para desinfetá-lo e leve para a glove, cortando-
o como se vê nas fotos. 
 Use luvas, passando álcool nelas para desinfetá-las, assegurando a boa qualidade dos 
carimbos. 
 
 
 
Depois de esfregar cuidadosamente o cotonete nas lamelas do cogumelo seccionado, volte 
com ele para dentro da sua embalagem de alumínio, deixe por uma hora o papel alumínio 
meio aberto em um pote limpo, tampado e com sílica para secar bem o cotonete.
 
Depois de secos, feche bem o papel alumínio e envolva-os em plástico filme para protegê-los 
de contaminates. 
Na hora de confeccionar seringas de esporos, culturas líquidas ou BDA, basta agitar a ponta do 
cotonete no meio a ser utilizado. 
 
 
 
 
Técnica de clonagem/isolamento em papelão 
 
 
O método permite a clonagem sem o uso de ágar. O papelão é celulose pura, favorável para 
cubensis e desfavorável para o crescimento dos contaminantes, que buscam nutrientes. Isso 
não impede que os contaminantes fiquem “escondidos” no papelão, por isso a necessidade de 
esterilizar. Funciona para muitas espécies, em especial para os que se proliferam melhor em 
madeira morta. Aqui foi usado P. cubensis. 
Corte um quadrado 3cmx3cm de papelão, desses ondulados sem tinta ou muita cola, retire os 
lados lisos e use somente a parte ondulada. Remova os resíduos de cola. 
 
Dentro de um copo coloque 1/4 de água e o pedaço de papelão. Podeser usado perlon 
(polyfill) para fazer um filtro no copo, máscaras descartáveis ou camadas de filtro de café. Leve 
ao microondas em potência máxima até começar a ferver, então desligue e coloque em uma 
potencia bem mais baixa só para manter a temperatura até totalizar 5 minutos. Lave-o em 
água corrente, salpique um pouco de vermiculita e repita o procedimento mais uma vez. Isso 
vai hidratar o papelão e também diluir a cola em água. Limpe um pote plástico com tampa ou 
outro recipiente com álcool (aqui foi usado pedra petri), retire o papelão do copo, coloque no 
recipiente limpo e deixe tampado por enquanto. 
 
Em um local previamente limpo, pegue o cogumelo escolhido. Após um corte transversal 
remova um pequeno pedaço do centro próximo a base e deixe submerso em uma solução de 
água oxigenada 3% e água destilada, 1ml/9ml durante alguns segundos e passe rapidamente 
para o centro do papelão, feche novamente o pote, vedado, e guarde em local escuro em 
temperatura de incubação. Você pode umedecer o papelão com meio de cultura líquida se 
quiser. 
Faça mais dois ou três isolamentos, até que o micélio resultante seja extremamente 
rizomórfico. Esse micélio coloniza mais rapidamente, é mais resistente a contaminantes, 
frutifica mais e de forma estável. Os frutos são agrupamentos de hifas, que originam 
primórdias e o corpo do cogumelo. 
Se a rede de hifas não é robusta poucos frutos são gerados. 
Você pode transferir diretamente para CL’s, grãos ou armazenar o micélio em água estéril. 
Um detalhe importante é que essa técnica pode ser usada para clonar cogumelos secos há 
tempos, desde que estes tenham sido bem armazenados e em temperatura abaixo de 35°C. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Clonagem/Isolamento em BDA 
 
Meio de cultura BDA é um meio mais profissional e eficiente do que o papelão. 
 
O meio BDA (batata, Dextrose, Agar) é um dos meios mais utilizados para cultura de 
cogumelos em Placa de Petri, tubos ou potes. 
 
A batata é usada como fonte dos nutrientes, e a Dextrose como fonte de açúcar simples. O 
Agar serve para solidificar o meio. Uma formulação comum, abaixo, suficiente para se produzir 
500 ml de meio de cultura é: 
 
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/bda/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/dextrose/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/agar/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/placa-de-petri/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/dextrose/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/agar/
 
 
 
Batatas cruas – 100 g 
Glucose de milho – 10 g 
Ágar – 10 g 
Água mineral – 500 ml 
Glucose e Agar – Se encontra em lojas de confeitaria e/ou materiais para festas. 
 
Para outros volumes menores ou maiores, preparar os ingredientes proporcionalmente. 
 
Assim como em outros meios de cultura podem ser acrescentados outros ingredientes, como 
levedura e gentamicina (Antibiótico, para controlar Bactérias). 
 
Procedimento: Lavar e escovar bem as batatas, retirando todos os resíduos de terra. Cortar 
em fatias finas sem retirar as cascas e ferver em 250 ml de água mineral até que fique bem 
macia. 
Filtrar o líquido reservando-o e descartar as batatas cozidas. Adicionar ao filtrado a glucose de 
milho e o Agar-Agar. Acertar o volume final para 500 ml com água mineral. 
Obs: Caso queira usar uma menor quantidade, coza 50 g de batatas em 200 ml de água 
mineral e acerte o volume final para 250 ml. Retire o tanto que for usar dos 250 ml e 
acrescente o Agar e a dextrose PROPORCIONALMENTE. 
Exemplo: 50 g de batatas foram cozidas, volume final de 250 ml. Irei utilizar somente 50 ml, 
então: 
10 g – 500 ml 
X g – 50 ml Devo usar, então, 1 g de dextrose e 1 g de Agar. 
Misturar manualmente em banho-maria até dissolver bem o ágar. Não usar batedeira ou 
liquidificador, pois será formada muita espuma que não permitirá que o meio seja utilizado. 
Em banho Maria para evitar que o açúcar fique caramelizado, o que impedirá o crescimento do 
Micélio. 
 
Distribuir nos recipientes que serão usados e esterilizar por 30 minutos. No resfriamento após 
a esterilização o meio se solidifica. Placas petri são difíceis de encontrar, utilize tampas de 
vidros ou cinzeiros. 
Faça dois a três repiques do micélio ou para novas placas, até obter um bom isolamento: 
micélio rizomórfico. Outra vantagem deste meio, e que se surgirem contaminates, certamente 
você os reconhecerá. 
Você pode germinar os esporos previamente em placas petri também, permitindo-se assim 
selecionar o que resultar mais rizomórfico. 
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/dextrose/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/antibiotico/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/bacterias/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/agar/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/micelio/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/esterilizar/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/esterilizacao/
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Armazenagem da cultura em água destilada estéril 
 
Coloque um pouco de água destilada em um tubo de ensaio com tampa de borracha, 
obviamente estéreis. Faça então uma transferência asséptica de pedaços de micélio 
sem material nutritivo para o tubo. Esses tubos serão então armazenados em 
temperatura ambiente dentro de caixas de isopor. Esse método, segundo dados da 
literatura, pode ser usado para armazenar culturas à temperatura ambiente por até 
dois anos sem necessidade de repiques. A falta de nutrientes paralisará o crescimento 
do fungo. 
 
 
 
 
 
 
 
Secagem 
Procedimento: 
Deixe os cogumelos no túnel de vento por 24 horas para perder a umidade excessiva (não 
deixá-los ao alcance da luz nem cortá-los). Coloque a sílica em um pote de sorvete bem seco e 
limpo, cubra com papel toalha e em seguida coloque os cogumelos, tampando bem a vasilha: 
deixar por 24 horas. Depois de ficarem cracker dry, armazene-os em pote HERMETICAMENTE 
fechado: Coloque um pouco de sílica no fundo do pote, filtro de café por cima, os cogumelos 
dentro de um saco plástico com a boca aberta e voltada para cima, para evitar o contato com a 
sílica. Guardar em temperatura ambiente. A sílica pode ser reutilizada, deixando-a no forno a 
temperatura mínima por 30 minutos (até que recupere a coloração normal). 
 
 
 
 
Pastilhas de cogumelos 
 
Pegue os cogumelos secos e triture no liquidificador ate virarem pó e reserve em uma pote. 
Esse pó devera ser prensado: 
 
 
Use um cano de metal, moedas de 25 centavos (que tampem a extremidade do cano) e algum 
bastão para que possas prensar o cogumelo triturado. Uma balança de precisão para medir a 
dosagem. Deixe por 1 minuto na prensa antes de retirar as pastilhas. 
Armazene as pastilhas em um vidro juntamente com sílica (evitar o contato), mantenha salvo 
de luz e umidade. 
Não observei náuseas e desconfortos estomacais com esse método de ingestão. 
 
Contaminantes Comuns 
 
Bolor de teia de aranha (Cobweb) ou Dactylium Mildew (Hypomyces sp.) 
 
Um micélio algodoado cresce sobre o casing. Quando entra em contato com um 
cogumelo, o micélio em pouco tempo cobre o cogumelo com bolor e causa um leve 
apodrecimento. É também um parasita de cogumelos selvagens. O Cobweb é mais 
escuro que micélio... quase cinza comparado ao branco. A diferença na cor às vezes é 
difícil de perceber para quem não os viu lado a lado. O Cobweb tem outros vários 
indicadores: um é que dá uma freada na velocidade de crescimento. Uma pequena 
mancha do tamanho de uma moeda de um centavo se espalhará para cobrir um casing 
inteiro em apenas um dia ou dois. Possui tranças muito, muito finas, enquanto o 
 
 
micélio tende a ser mais grosso. Cobweb é favorecido por umidade alta. As estratégias 
de controle incluem baixar a umidade e/ou aumentar a circulação de ar. 
Duende Verde (Green Mold) - Trichoderma harzianum, T. viride, T. koningii 
 
O Duende Verde causado pelo Trichoderma harzianum é caracterizadopor um micélio 
branco agressivo que cresce sobre o casing e dentro de cogumelos causando uma leve 
decadência dos mesmos. Suas massas de esporos eventualmente formam um verde-
esmeralda. Essas espécies de Trichoderma também esporulam na superfície do casing 
e devem esporular nos cogumelos infectados. Esse fungo indica que carboidratos estão 
disponíveis, possivelmente devido à suplementação de nitrogênio inadequada durante 
a fase 1 ou na compostagem. T. viride produz toxinas que destroem as paredes 
celulares dos cogumelos. Um composto úmido demais, com pouca amônia anterior á 
pasteurização, moscas, pouca higiene, anaerobiose e outros fatores influenciam a 
presença do duende verde. São comuns em palhas e freqüentemente ocorrem nas 
produções de especialidades de cogumelos. Trichoderma é muitas vezes confundido 
com bolor de Penicillium ou Aspergillus e vice-versa, sendo que todos três são muito 
similares e não é fácil distinguir sem o auxílio de um microscópio. 
 Bolor azul-esverdeado (Blue-green Molds) - Penicillium spp. 
 
Esporos abundantes de cor azul-esverdeada são produzidos na superfície do substrato. 
É similar ao Aspergillus. Penicillium spp. utiliza carboidratos, celulose, amido, gordura e 
lignina. Esses fungos são muito comum em especialidades de cogumelos e são uma das 
principais preocupações no agar e cultura em grãos. Os esporos estão no ar e em todo 
os lugares. 
 
Bolor Preto (também Bolor Amarelo e outros) - Aspergillus sp. 
 
Muito comum nas culturas de agar e grãos e na preparação de compostos. Encontrado 
na maioria de substratos orgânicos, Aspergillus prefere um pH próximo ao neutro a 
levemente básico. Bandejas e estantes feitas de madeira para manter composto são 
habitats freqüentes deste contaminante. As cores das espécies variam do amarelo, 
verde ao preto, porém é mais freqüente serem esverdeadas, similares ao Penicillium. 
Essas manchas, como muitas outras, mudam sua cor e aparência de acordo com o 
meio onde elas ocorrem. Várias espécies são termofílicas. Algumas espécies 
de Aspergillus são tóxicas. Aspergillus flavus, uma espécie amarela/amarela-
esverdeada, produz as mortais aflatoxins. A. flavus ataca sementes ricas em óleo que 
foram armazenadas em locais quentes e úmidos. De todas as toxinas, asaflatoxins são 
o mais potente causador de câncer de fígado já encontrado. A toxicidade dessas 
espécies era largamente desconhecida até que em 1960 100.000 de perus morreram 
 
 
misteriosamente após a explosão desta doença na Grã-Bretanha. Visto que A. 
flavus cresce praticamente em todos os tipos de grãos, essa espécie causa sérias 
preocupações nos cultivadores. O tratamento cuidadoso de qualquer mancha, 
particularmente do Aspergillus, deve ser uma responsabilidade primária de todos que 
trabalham em cultivos de cogumelos. A. fumigatus e A. niger, que se reproduzem e 
crescem melhor na escala de temperatura 10 a 50°C, são também patogênicos para 
humanos em quantidades concentradas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aspectos farmacológicos 
 
Psilocibina (orthophosphoryl-4-hydroxy-n-dimethyltryptamine). 
Após o consumo, os alcalóides dos cogumelos bloqueiam os efeitos da serotonina no cérebro, 
por terem estruturas químicas similares. 
 
De um modo geral os efeitos iniciam-se 30-60 minutos após a ingestão, por vezes mais, 
consoante a dose ingerida. 1 grama de cubensis secos contém cerca de 10 mg de psilocibina. 
Dose leve: 1 grama secos ou 10 gramas frescos; 
Dose moderada: 1 a 3 gramas secos, ou 10 a 30 gramas frescos; 
Dose alta: 3 a 5 gramas secos ou 30 a 50 gramas frescos; 
“Doses heróicas” mencionadas por vezes ultrapassam as 20 gramas secos. 
 
 
 
A Psilocibina é convertida em Psilocina pelo organismo humano, sendo excretada sem 
transformação na urina. 
 
Como muitas outras substâncias psicoactivas, os efeitos são subjectivos, imprevisíveis e 
fortemente dependentes das expectativas e dos contextos do consumo. 
 
Não ocasionam dependência física ou psíquica. 
Psilocibina 
 
 
 
Frutificação Outdoor 
Todos os cogumelos nascem na natureza... Então, quando se decide começar um projeto 
outdoor, a questão não é "Qual strain é boa para outdoor". Pense nas condições climáticas 
onde você tentará realizar seu outdoor. 
 
Cultivo realizado fora de um terrário, caixa protetora ou balde. Pode ser em canteiros, vasos, 
etc. 
É bom lembrar-se das condições ideais para fruticação dos cubensis: 
 Altas temperaturas (26°C). 
 Umidade elevada do ar. 
 Não deixar o micélio secar, muito menos encharcado. 
 Não deixar os cogumelos no sol, apenas luz indireta e fraca (não são plantas). 
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/terrario/
 
 
 PH levemente básico ( elevador de ph: casca de ovo moída - CaCO3) 
 
 
Solos e condimentos geralmente têm ph ácido (4 – 6), por isso, deve se adicionar cal 
hidratada (uma base) para elevar o ph para a condição ideal no cultivo de cogumelos (6,5 – 8). 
O método mais utilizado consiste em colonizar grãos e, depois de 100% colonizados e fortes, 
enterrar em um vaso, preparado com solo, húmus ou outros condimentos encontrados em 
lojas de jardinagem. Faça apenas uma fina camada de vermiculita sobre o micélio. Borrife água 
quando sentir o solo muito seco. Esta técnica costuma não render muito no primeiro flush. 
Após o primeiro flush, retire todos os pins e certifique-se de que o micélio está bem úmido. O 
cultivo outdoor dura, teoricamente, para sempre, embora não se tenha flushes regulares. Uma 
desvantagem é que não se pode carimbar seus cogumelos, pela provável presença de 
contaminantes. 
“Você pode colonizar milho ou outro substrato e num vaso fazer uma cama de terra, por o 
substrato e cobrir. Eu tenho vasos com plantas e quando quero fazer um outdoor pego parte 
dessa terra e transfiro para outro vaso. Essa terra tem uma atividade microobiologica 
equilibrada que protege o micélio de contaminantes.” 
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/colonizar/
 
 
 
 
 
Cultivo in vitro 
 
 
Consite na montagem de um “casing” dentro do vidro. 
Somente cerca de 60% ou menos do recipiente deve ser ocupado pelo substrato. 
Coloca-se uma fina camada de casing sobre o milho colonizado. Deve ser promovida 
oxigenação (8 em 8 horas), luz indireta e umidade (borrifador). 
 
 
Bibliografia: 
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/ 
http://www.shroomery.org/ 
http://cogumelosmagicos.org/comunidade/wiki/substrato/
https://cogumelosmagicos.org/comunidade/
http://www.shroomery.org/

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