RELATORIO MASTECTOMIA PARCIAL

Prévia do material em texto

MASTECTOMIA PARCIAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
JULIANA MARTINS GUIMARÃES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
BRASÍLIA 
 2020 
2 
 
SUMÁRIO 
1. INTRODUÇÃO 3 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 4 
3. DESENVOLVIMENTO 5 
4. DISCUSSÃO 7 
5. CONCLUSÃO 8 
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 9 
 
 
 
3 
 
1. INTRODUÇÃO 
Mastectomia simples é a excisão de uma glândula inteira e mastectomia 
regional é a excisão da glândula envolvida e das glândulas adjacentes. 
Mastectomia unilateral é a remoção de todas as glândulas mamárias, do tecido 
subcutâneo e dos vasos linfáticos associados em um lado da linha média, 
enquanto mastectomia bilateral é a remoção simultânea de ambas as cadeias 
mamárias, entretanto, o fechamento da pele pode ser limitado, aumentando o 
tempo cirúrgico (HEDLUND, 2008). 
Tumores mamários são menos comuns em gatos, mais ainda respondem 
por quase um terço de todos os tumores nessa espécie. Aproximadamente 35 % 
a 50% dos tumorais mamários caninos e 90 % dos tumores mamários felinos são 
malignos. Em cães e gatos, a progesterona exógena estimula a síntese de 
hormônio do crescimento na glândula mamária com proliferação lóbulo-alveolar e 
conseqüente hiperplasia de elementos mioepiteliais e secretórios, induzindo a 
formação de nódulos benignos em animais jovens (SILVA et al., 2004). 
Desconhece-se a causa das neoplasias de glândulas mamárias; no 
entanto, muitas são hormônios-dependentes e a maior parte delas pode ser 
evitada caso se realize uma OSH antes de 1 ano de idade. O risco de tumores 
mamários para cadelas castradas antes do primeiro estro é de 0 ,05% (SILVA et 
al., 2004). 
A maior parte dos tumores mamários malignos caninos é de carcinoma; 
no entanto também ocorrem sarcomas (menos de 5%) e carcinossarcomas 
(tumores mistos malignos). Alguns tumores mamários ‘malignos’ não recidivam 
ou se disseminam após cirurgia. Muitos tumores ma são descobertos durante 
exames físicos rotineiros (FELICIANO, 2010). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
2. MATERIAIS E MÉTODOS 
 
Durante o procedimento cirúrgico foram utilizados materiais necessários 
para uma que ocorra uma cirurgia, como os EPI´S (equipamentos de proteção 
individual), caixa de instrumental básico e bisturi para o procedimento de 
mastectomia, ala cirúrgica e medicamentos necessários. 
O rápido desenvolvimento da glândula mamária no período da 
puberdade, através da ação estrogênica gera a formação de clones de células 
alteradas, que formam nódulos hiperplásicos. O objetivo da remoção de um tumor 
é retirar todas as células neoplásicas (FIGURA 1), mas, existe a necessidade da 
remoção de margem cirúrgica adequada de tecido normal em torno da neoplasia, 
pois somente desta maneira garante-se que não restará nenhuma célula 
neoplásica onde começou o tumor. As margens se projetam de maneira profunda 
em torno do tumor e muitos deles são invasivos e parecem encapsulados, porém, 
esta é uma 22 pseudocápsula composta de células tumorais comprimidas 
(MENDELSON, 2006). 
 
FIGURA 1 
 
Fonte: Adaptado de SLATTER, 1998 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
3. DESENVOLVIMENTO 
 
3.1 IDENTIFICAÇÃO DO PACIENTE 
Paciente: Kyra 
Espécie: Canina 
Raça: S.R.D. 
Idade: 9 anos 
Sexo: Fêmea 
 
3.2 CASO CLÍNICO 
A paciente, foi trazida pelo tutor(a) até a clínica, onde o tutor(a) relatou ao 
Médico Veterinário que a cadela não castrada apresentava um aumento de 
volume na mama caudal direita e esquerda. 
Ao realizar exame de palpação , o Médico Veterinário pode concluir que 
se tratava de uma neoplasia mamária ao procedimento indicado ao tutor foi a 
realização de um procedimento cirúrgico de remoção parcial da mama 
(Mastectomia) e futuramente uma castração (OSH) da paciente. 
 
3.3 PRÉ-OPERATÓRIO 
Na data de 07/04/2020 a cadela Kyra foi trazida pelo tutor(a) até a 
clínica veterinária, com jejum alimentar de 24 horas e jejum hídrico de 12 horas 
para a realização do procedimento de Mastectomia. 
 
3.3.1 MEDICAMENTO PRÉ-ANESTÉSICO 
Acepromazina: A Acepromazina é um derivado fenotiazínico mais 
comumente utilizado como medicação pré -anestésica, sedativo e tranquilizante. 
Em pequenos animais, os derivados fenotiazínicos podem produzir efeitos 
antieméticos. 
Dosagem utilizada : 0,0 03 ml Intravenoso 
 
3.3.2 INDUÇÃO ANESTÉSICA 
Isoflurano: ​Anestésico inalatório que promove segurança em qualquer 
procedimento cirúrgico, de metabolização, recuperação e eliminação rápida, 
podendo ser usado em animais nefropatas, cardiopatas e hepatopatas. 
Dosagem: fluxo contínuo. 
 
 
6 
 
3.3.3 PROCEDIMENTO CIRÚRGICO 
A paciente foi encaminhada ao centro cirúrgico realizando a MPA e 
indução com os fármacos acima citados. Foi realizada intubação orotraqueal e 
iniciou-se a manutenção com o anestésico inalatório. A monitoração 
transoperatória da função cardiovascular, saturação de oxigênio no sangue 
(SPO2), taxa de dióxido de carbono expirado (ETCO2), frequência respiratória (f) 
e temperatura foram observadas por meio de um aparelho. 
A cadela foi posicionada em decúbito dorsal, sendo feito toda tricotomia e 
assepsia do local para o início do procedimento cirúrgico. Utilizou-se caixa de 
instrumental básico e bisturi para o procedimento de mastectomia. A cirurgiã 
optou pela retirada de 3 mamas da cadeia. Foi realizada com o bisturi a incisão 
de formato em “gota” ao redor da cadeia de mamas , com auxílio do da tesoura a 
incisão foi prolongada e parte do tecido foi retirada com cuidado para que não 
rasgasse a pele ,assim, dissecou-se o tecido subcutâneo até a localização da 
artéria e veia pudenda, onde foram isoladas, ligadas duplamente usando fio nylon 
2.0 e seccionadas entre as ligaduras, realizando a sutura. 
 
3.3.4 PÓS-CIRÚRGICO 
Foi indicado o uso do colar elizabetano e medicamentos para a dor e 
desconforto, também o uso do pijama pós-cirúrgico para que a cadela não tire os 
pontos, ou infeccione. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
7 
 
4. DISCUSSÃO 
O tumor de mama geralmente ocorre em animais mais velhos (cães de 6 
a 11 anos e gatos de 8 a 14 anos), no entanto, acima dos 6 anos de idade o risco 
do aparecimento desse tipo de tumor aumenta. Além disso, em torno de 70 % das 
cadelas apresentam tumores em mais de uma glândula mamária. 
Os tumores mamários são hormônios dependentes, e a OSH só auxilia 
para a totalidade na prevenção destes se for realizada antes do primeiro cio. E 
50% dos tumores mamários na cadela são malignos, enquanto que em felinos a 
percentagem de tumores malignos sobe para 86% . 
 
 
8 
 
5. CONCLUSÃO 
Levando-se em consideração esses aspectos, é possível perceber a 
importância da castração e mastectomia para ​a saúde do animal, evitando seu 
sofrimento ou óbito. 
 
 
9 
 
1. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FELICIANO, M.A.R., ​Ultrassonografia convencional e modo Doppler 
em cores e Power na avaliação da neoplasia mamárias em cadelas. 50f. Tese 
(Doutorado). UNESP, Jaboticabal, 2010. 
HEDLUND, C.S. Cirurgias do Sistema Reprodutor. ​Cirurgia de 
Pequenos Animais.​ 3ed. Mosby Elsevier, p.731-732, 2008. 
SILVA, A.E.; SERAKIDES, R.; CASSALI, G.D. Carcinogênese hormonal e 
neoplasias hormônio-dependentes. ​Ciência Rural​, v.34, n.2, p.625-633, 2004. 
MENDELSON, C. R.; HARDY, D. B. ​Role of the progesterone receptor 
(PR) in the regulation of infl ammatoryresponse pathways and aromatase in 
the breast. ​Journal of Steroid Biochemistry & Molecular Biology SBMB-2660, 
2006.