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06/06/2018 1 FRATURAS DO TERÇO MÉDIO DA FACE Prof Fernando Martorelli Fraturas do Terço Médio da Face As fraturas do terço médio da face incluem aquelas que afetam a maxila, o zigoma e o complexo naso-órbito- etmoidal Fraturas que afetam a relação oclusal: 1. Le Fort I , II ou III Fraturas que não necessariamente afetam a oclusão: 1. fraturas isoladas de zigoma, arco zigomático ou do complexo NOE Tais fraturas podem ocorrer isoladamente ou combinadas Le Fort I Fratura de Guerin Resulta frequentemente da aplicação de força horizontal na maxila fratura através do seio maxilar e ao longo do assoalho da fossa nasal Ela separa a maxila das lâminas pterigoides e das estruturas nasal e zigomática Le Fort I Características clínicas: Movimentação do processo alveolar da maxila Edema Equimose periorbital Mudança de oclusão Le Fort II Fratura piramidal Forças aplicadas em uma direção mais superior separação da maxila e complexo nasal aderido, das estruturas zigomáticas e nasais Septo nasal é fraturado 06/06/2018 2 Le Fort II Características clínicas: Mobilidade da maxila Edema e equimose periorbital Dor Rinorréia Le Fort II Le Fort III separação craniofacial aplicação de forças horizontais em um nível suficientemente alto para separar o complexo NOE, zigomas e a maxila, da base do crânio Aspecto de face alongada Le Fort III Características clínicas: Mobilidade do terço médio Edema e equimose periorbital Dor Rinorréia Fratura Lannelongue ocorre no sentido ântero-posterior da maxila paralela à sutura palatina mediana pode causar mordida cruzada posterior bilateral 06/06/2018 3 Fratura Richet Associação entre uma fratura transversa baixa unilateral e e uma fratura mediana da maxila Causado por impacto antero-lateral Mordida cruzada unilateral Exame Físico Inspeção Terço superior: Ferimentos tegumentar Fraturas com afundamentos Corpo estranho Arcos supra-orbitais Frontal Exame Físico Inspeção Terço Médio: Alongamento da face Edema periorbital Equimose periorbital Quemose Hiposfagma Distopia Oftalmoplegia Telecanto traumático Epífora Lagoftalmo Reflexo pupilar 06/06/2018 4 Exame Físico Inspeção Terço Médio: Complexo nasal: ferimento de mucosa, simetria das narinas, desvio de septo, hematoma septal, epistaxe, rinorréia e rinoescoliose Enoftalmo Proptose Projeção de zigoma Exame Físico Inspeção terço inferior: Oclusão: Frequentemente mordida aberta anterior Mucosas Edema Hematoma Desvio de abertura Desalinhamento dental Exame Físico Palpação: Irregularidades ósseas Crepitação Movimento de fragmentos Enfisema subcutâneo Tomadas radiográficas mais usuais Panorâmica dos maxilares; Seios da face (Waters); PA p/ mandíbula com boca aberta (fnp); Posição de Hirtz; Posição de Towne (p/ côndilos mandibulares); Oclusais e periapicais; Laterais da face; Tomografias lineares e computadorizadas laterais e em PA, etc. 06/06/2018 5 FRATURAS NASAIS Diagnóstico História 1. Características do impacto 2. Agente 3. Patogenias anteriores 4. Função respiratória 5. Desvios 6. Cirurgias anteriores Diagnóstico Inspeção 1. Escoriações 2. Ferimentos 3. Edema local 4. Hematoma local 5. Desvio ou afundamento 6. Epistaxe 7. Coágulos sanguíneos 8. Hematoma de mucosa 9. Equimose periorbital 10. Hemorragia subconjutival (TALBI, 1993 ;BARROS, 2000; DINGMAN, 2001) Diagnóstico Palpação 1. Irregularidades ósseas 2. Movimentações dos fragmentos 3. Crepitação 4. Efisema subcutâneo – ar inspirado nos ferimentos (TALBI, 1993 ;BARROS, 2000; DINGMAN, 2001) Diagnóstico Radiográfico 1. Wateres 2. Perfil com baixa incidência 3. Tomografia computadorizada TRATAMENTO Redução por manipulação externa: Indicada em fraturas recentes, com deslocamento simples lateal da piramide nasal sem impactação dos montantes osseos. Uma pressão digital firme é exercida em sentido inverso ao deslocamento. Redução por manipulação interna Uso de espéculo, descoladores protegidos ou uso do fórceps de Rowe, etc. exerce-se uma força para fora e para cima para desimpactar os montantes ósseos. A mão oposta controla a redução. Esvaziamento de hematomas; Contenção externa; Tratamento cirúrgico. 06/06/2018 6 TRATAMENTO FRATURA DE ZIGOMA Anatomia da Órbita O zigoma e suas articulações com a maxila, osso frontal e o temporal. Relação como o seio maxilar. Dingman & Nativig, 1983 Diagnóstico Exame físico Edema, hematoma, equimose periorbital; Achatamento da face com afundamento do globo ocular Deslocamento do ligamento palperal lateral Achatamento da “maçã’ do rosto; Parestesia da pálpebra inferior, asa do nariz e hemi-lábio do lado homo- lateral; Diplopia, desnivelamento da linha bi-pupilar; enolftalmia, exoftalmia; Desnivelamento do rebordo infra-oritário à palpação Dingman & Nativig, 1983 06/06/2018 7 Diagnóstico Fratura de arco zigomático: Limitação de abertura bucal Dor Depressão em pré-tragus Aspectos clínicos Aspectos clínicos Fratura do assoalho orbital em “blow-out” ou “por explosão” Fratura por “sopro” com deslocamento para a cavidade orbitária provocada por fratura da parede anterior do seio maxilar Blow in Dingman & Nativig, 1983 Aspectos Radiográficos Reconstrução em 3D 06/06/2018 8 Classificação Segundo Knight & North Grupo I – sem deslocamento Grupo II – fratura do arco zigomático Grupo III – fratura do corpo sem rotação Grupo IV – fratura do corpo com rotação medial Grupo V- fratura do corpo com rotação lateral Grupo VI – fraturas complexas Fraturas do zigoma: I- Sem deslocamento II- Fratura do arco zigomatico III- Fraturas do corpo sem rotação IV- Fraturas com rotação medial Dingman & Nativig, 1983 V- Fraturas do corpo com rotação latera a)Acima da margem infraobitari a ) para fora da sutura zigomaticofrontal VI- Fraturas complexas Dingman & Nativig, 1983 7) e 8) direções de força Fratura do arco zigomático impactando a apófise coronóide Dingman & Nativig, 1983 a) Relações anatômicas normais dos ligamentos da pálpebra. b) Deslocamento para baixo do olho e do ligamento palpebal com fragmentos ósseos deslocados. Observar desnivelamento da linha bi-pupilar. Dingman & Nativig, 1983 Tomadas radiográficas mais usuais Seios da face (mnp) Waters Axial Hirtz para visualização dos arcos zigomáticos Tomografias lineares e computadorizadas com janela para tecidos duros Tomografia computadorizada corrigida das órbitas. Talbi, (1993) 06/06/2018 9 TRATAMENTO Redução fechada ou cirúrgica Tratamento O plano de tratamento deve ser delineado com base: No tipo de fratura; Grau de deslocamento dos fragmentos; Grau de cominução da estrutura óssea. Dingman & Nativig, 1983 Redução fechada “à gancho de Ginestet” Redução cirúrgica com Fis-R tri-podal Dingman & Nativig, 1983Zaydon & Brown, 1969 Tratamento Cirúrgico Acessos cirúrgicos 06/06/2018 10 Malha orbital de 1.0 mm e 1.3 mm • Maleável para facilitar molde • Disponível em 0.2, 0.3 e 0.4 mm de espessura • Disponível no sistema 1.0 e 1.3 mm Placas anatômicas orbitais de 1.0 mm & 1.3 mm Placas anatômicas orbitais de 1.0 mm e 1.3 mm • Duas configurações para uso em defeitos grandes ou pequenos • Maleável , espessura 0,3mm, facilita adaptação anatômica
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