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Beatriz de Oliveira Cavalheri Técnico em Administração Agenda 02 – A administração muda com o mundo As organizações afetam o ambiente, mas são também afetadas por ele. Queda de fronteiras econômicas entre países: É possível encontrar produtos de diversos países até no comércio informal. Além disso, a queda de fronteiras permite parcerias entre empresas, que produzem uma parte do mesmo produto em lugares diferentes e tornam os custos mais baixos. O produto fica padronizado e é igual em qualquer lugar do mundo. Isso é parte de um fenômeno complexo, conhecido como mundialização ou globalização. A internet não é mais novidade, e se encontra em constante transformação: Uma das tendências proclamadas para a tecnologia é a internet das coisas. Os eletrodomésticos, as casas, os carros, estarão conectados à internet e poderão ser acessados (ou permitir acesso) à distância. Outro rumo que tem se dado para a internet é o uso político: ela tornou-se uma ferramenta para agregar pessoas em torno de um objetivo comum e com uma força surpreendente. SABENDO ONDE PISAMOS As organizações, assim como as pessoas, sofrem influências do ambiente em que vivem. Se o mundo muda, isso afeta a organização e o trabalho de Administração. Para Domenico de Masi, sociólogo italiano, o final do século XX e o início do século XXI são mais do que uma época de mudanças, são uma mudança de época. Existe um processo econômico e social de integração entre os países e as pessoas do mundo inteiro. Nesse processo, as pessoas, os governos e as empresas trocam ideias, realizam transações financeiras e comerciais e disseminam elementos de sua cultura pelo planeta. O que acontece num país pode ter impacto sobre muitos outros. A internacionalização está presente nas equipes de trabalho. É comum hoje, numa organização, encontrar profissionais de muitas partes do país ou de várias cidades do mundo. As organizações se beneficiam da diversidade cultural de várias formas. As tecnologias de informação e telecomunicações, o grande avanço nos meios de transporte, o próprio desenvolvimento cultural, assim como o desejo de poupar tempo e recursos e de lucrar sempre mais, levaram à internacionalização das economias. UM MUNDO INTERCONECTADO Pesquisadores usam a internet para divulgar conhecimentos novos. Trabalham em comunidades on-line, e um se beneficia com a aprendizagem dos outros. Jovens criam blogs e espalham suas ideias sem fronteiras. REVOLUÇÃO TECNOLÓGICA Vivemos uma revolução provocada principalmente pelo advento das tecnologias digitais. A tecnologia influencia até a forma de consumir e fazer negócios. Influencia, sobretudo, as nossas relações com o tempo e o espaço, o que gera novas formas de nos relacionar como o mundo, com as outras pessoas, com o conhecimento, e até novas formas de pensar e de aprender. APRENDIZAGEM PERMANENTE A quantidade de informação e conhecimento novo do mundo de hoje leva as pessoas a aprenderem continuamente, renovando seus saberes. Domenico de Masi afirma que, na sociedade pós-industrial, o trabalho passou da atividade física para a intelectual, e da atividade de tipo repetitivo para a de tipo criativo. Nessa sociedade o trabalho braçal passa a ser feito por máquinas. Antigamente, estudar e pesquisar era muito caro. Dependia de deslocamentos, às vezes até de viagens e cursos caros. Agora, boa parte da informação está ao seu alcance, pois há cursos gratuitos na internet sobre diversos assuntos e textos das principais universidades do país disponíveis em bibliotecas virtuais. Atividades 1 – Fichário Você saberia dizer para onde vão as organizações no futuro? Muitos tentam prever, mas a verdade é que poucos sabem. Afinal, vive-se uma época de revolução sociocultural e econômica, e o desfecho ainda não está definido e pode ser imprevisível, mesmo para grandes executivos. No entanto, é importante que você saiba o que os grandes estudiosos da Administração de hoje pensam a respeito da organização do futuro. Para Peter Drucker (1909-2005), considerado o guru da Administração moderna, a organização se parecerá cada vez menos com as estruturas burocráticas e hierarquizadas, como o exército ou as igrejas, assemelhando-se a um hospital ou a uma orquestra. Por que você acha que Peter Drucker fez essa comparação? Como você considera que será o mundo do trabalho no futuro? Peter Drucker fez essa comparação justamente porque em orquestras ou em um hospital, cada um sabe exatamente qual papel e função desempenhar, e cada uma dessas funções é fundamental para o processo como um todo. Dessa forma, as organizações do futuro tenderão a priorizar que cada um dos colaboradores envolvidos no processo saiba exatamente o que e como fazer, e como sua parte é essencial, em detrimento de haver um "chefe", responsável por ficar sempre dando as ordens. Dessa forma, diferente de uma igreja ou um exército, o trabalho em equipe e o comprometimento no exercício de cada uma das funções é mais importante que a hierarquia propriamente dita. 2- WIKI Imagine a seguinte situação: George é um jovem de 18 anos. Sai do trabalho e pega um ônibus para a casa. No caminho, passa por uma locadora e aluga um filme. Chegando à sua casa, pega o telefone e encomenda um hambúrguer e um refrigerante na lanchonete, enquanto assiste ao filme na televisão. Acabado o filme, toma banho e utiliza seu xampu, ouvindo o noticiário. Pouco antes de se deitar, conecta seu computador na internet para ver se recebeu algum e-mail. Quantas empresas estão envolvidas nessa situação? Dessas, você saberia dizer quais são nacionais e quais são internacionais? Essa situação poderia acontecer em outros lugares do mundo? Trabalho – George provavelmente trabalha empresa (nacional ou multinacional) Pegar um ônibus – empresa responsável pelo transporte coletivo urbano (nacional), além disso, essa depende de outras empresas: fabricante das peças do ônibus (provavelmente multinacional), montadora do ônibus (provavelmente multinacional), fabricante do combustível (nacional ou multinacional), responsável pelas manutenções do ônibus (nacional), entre muitos outros fornecedores. Alugar um filme – a própria locadora, enquanto empresa, depende de outras: produtora do filme (provavelmente internacional), distribuidora do filme (nacional), além de muitos outros fornecedores. Pegar o telefone – empresa de telefonia, provavelmente nacional. Pedir um hamburguer e refrigerante – lanchonete, que depende de diversos fornecedores, como de cada um dos ingredientes para fazer o hamburguer, além da fabricante de refrigerantes (provavelmente multinacional) Assistir ao filme – a televisão é feita por uma empresa (provavelmente multinacional) que depende de muitas outras para fornecer seus insumos Tomar banho – diversas empresas fabricam os produtos de higiene pessoal, podendo ser nacionais ou multinacionais Conectar o computador na internet – empresa de banda larga (provavelmente nacional), empresa fabricante do computador (provavelmente multinacional), empresa responsável por gerenciar o correio eletrônico (provavelmente internacional). É possível perceber que simples ações do dia-a-dia dependem direta e indiretamente de uma infinidade de organizações. 3 – Debate Discuta com os colegas as seguintes questões: 1. O que você entende por sociedade do conhecimento, sociedade de rede, cibercultura? O que há de comum entre esses três conceitos? 2. Como este curso que você está fazendo cria uma rede? 4- Bloco de notas A música Disneylândia (Titãs), em resumo, trata do que conhecemos como Globalização, ou seja, o processo de integração e expansão política e econômica internacional. Praticamente tudo que consumimos no nosso dia-a-dia (tanto materiais quanto culturais) advém de outros países, e só conseguiram chegar até nós através da atual facilidade de transmissão de produtos, serviçose culturas de forma internacional. Além disso, a globalização, ao reduzir as fronteiras globais, intensifica os fenômenos de migração, como podemos observar no trecho da música "Armênios naturalizados no Chile/ Procuram familiares na Etiópia" ou "Crianças iraquianas fugidas da guerra/Não obtém visto no consulado americano do Egito/Para entrarem na Disneylândia".
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