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GRUPO 2 MONARQUIA INTRODUÇÃO A monarquia é uma forma de governo que já foi adotada, há muitos séculos, por quase todos os Estados do mundo. Com o passar dos séculos ela foi sendo gradativamente enfraquecida e abandonada. Quando nasce o Estado Moderno a necessidade de governos fortes favorece o ressurgimento da monarquia, não sujeita a limitações jurídicas, donde o qualificativo de monarquia absoluta. Aos poucos, entretanto, vai crescendo a resistência ao absolutismo e, já a partir do final do século XVIII, surgem as monarquias constitucionais. O rei continua governando, mas está sujeito a limitações jurídicas, estabelecidas na Constituição. Depois disso, ainda surge outra limitação ao poder do monarca, com a adoção do parlamentarismo pelos Estados monárquicos. Adotando o sistema parlamentar de governo, com a manutenção da monarquia, o monarca não mais governa, mantendo-se apenas como Chefe de Estado, tendo quase que só atribuições de representação, não de governo, pois passa a ser exercido por um Gabinete de Ministros. Monarquia absoluta: nas monarquias absolutas, o regente tem poder absoluto, ou seja, compete somente a ele tomar as decisões. Monarquia constitucional: nas monarquias constitucionais, o rei tem o poder de tomar as decisões, porém ele tem obrigação de seguir uma constituição. Monarquia parlamentarista: nesse caso o rei tem um papel de caráter superficial. Ele é uma espécie de consultor, pois quem toma as decisões concretamente é o parlamento. CARACTERÍSTICAS As características fundamentais da monarquia são poucas, mas a partir delas que se obtém os argumentos a favor e contra. - Vitaliciedade: o monarca governa por tempo indeterminado, não havendo limite de tempo para acabar seu governo, só acaba quando ele morre ou quando não tiver mais condições para governar. - Hereditariedade: a escolha de governantes se faz pela sucessão, na qual se o monarca morre quem passa a governar é seu filho ou parente mais próximo. - Irresponsabilidade: O monarca não tem responsabilidade política, ele não deve explicações por seus atos políticos a ninguém. ARGUMENTOS A FAVOR DA MONARQUIA A favor da monarquia, os seus adeptos, cujo número é atualmente bastante reduzido, usam os seguintes argumentos: 1.o) Sendo vitalício e hereditário, o monarca está acima das disputas políticas, podendo assim intervir com grande autoridade nos momentos de crise política. 2.o) O monarca é um fator de unidade do Estado, pois todas as correntes políticas têm nele um elemento superior, comum. 3.o) Sendo o ponto de encontro das correntes políticas, e estando à margem das disputas, o monarca assegura a estabilidade das instituições. 4.o) Além disso tudo, o monarca é alguém que, desde o nascimento, recebe uma educação especial, preparando-se para governar. Na monarquia não há, portanto, o risco de governantes despreparados. ARGUMENTOS CONTRA A MONARQUIA Contra a monarquia os seguintes os argumentos são mais frequentes: - Se o monarca não governa é uma inutilidade, geralmente muito dispendiosa, que sacrifica o povo sem qualquer proveito. - A unidade do Estado e a estabilidade das instituições não podem depender de um fator pessoal, mas devem repousar na ordem jurídica, que é um elemento objetivo e muito mais eficaz. -Se o monarca efetivamente governa, será extremamente perigoso ligar o destino do povo e do Estado à sorte de um indivíduo e de sua família. -Mesmo com a educação especial que se ministra ao herdeiro da coroa, não têm sido raros os exemplos de monarcas desprovidos das qualidades de liderança e de eficiência que se exigem de um governante. -A monarquia é essencialmente antidemocrática, uma vez que não assegura ao povo o direito de escolher seu governante. -E como o monarca é hereditário, vitalício e irresponsável dispõe de todos os elementos para sobrepor sua vontade a todas as demais, desaparecendo, pois, a supremacia da vontade popular, que deve ser mantida permanentemente nos governos democráticos. -O que a realidade nos mostra é que a monarquia vai perdendo adeptos e vai desaparecendo como forma de governo, havendo atualmente, no mundo todo, apenas cerca de vinte Estados com governo monárquico EXEMPLO DE MONARQUIA ABSOLUTISTA ATUAL Monarquia Absolutista: Arábia Saudita - líderes políticos no poder Rei e primeiro-ministro: Salman bin Abdulaziz al-Saud (desde janeiro de 2015) - hereditário; o monarca é tanto chefe de Estado quanto de governo. Príncipe herdeiro: MUHAMMAD BIN SALMAN bin Abd al-Aziz Al Saud (nascido em 31 de agosto de 1985). A monarquia é hereditária Contexto politico - Após o assassinato do jornalista dissidente saudita Jamal Khashoggi, as autoridades da Arábia Saudita fizeram importantes avanços no sentido de melhorar a imagem do país, tanto do ponto de vista político quanto financeiro. O país concedeu mais direitos sociais às mulheres e procurou atrair talentos globais, incluindo artistas e influenciadores de mídia social para promover sua a imagem. Muitos artistas acusando o país de encobrir prisões de dissidentes e de ter assassinado Khashoggi. O impasse político com o Irã piorou em 2019, depois que duas grandes instalações de petróleo sauditas foram atingidas por um ataque de drones. O movimento Houthi em Iêmen, alinhado e apoiado pelo Irã, responsabilizaram-se pelo ataque; porém o Irã negou qualquer envolvimento. No final do ano, ambos os países trocaram mensagens por meio de intermediários em Omã, Paquistão e Kuwait com o intuito de acalmar as tensões A Arábia Saudita chegou perto de resolver o conflito diplomático com Qatar. Os principais partidos políticos. Nenhum partido político é permitido na Arábia Saudita. Entretanto existem, ilegalmente, alguns partidos e movimentos (islâmicos, comunistas, liberais, partido verde, etc). As primeiras eleições municipais da Arábia Saudita aconteceram no ano de 2005. O Poder Executivo - O rei é ao mesmo tempo o chefe do Estado e do governo. O Conselho de Ministros (gabinete) é nomeado pelo monarca e é constituído por vários membros da família real. O Conselho de Ministros executa, ao mesmo tempo, os poderes legislativos e executivos, sujeitos à aprovação do rei. • O Poder Legislativo - Não há legislatura eleita na Arábia Saudita no âmbito nacional (apesar de existirem eleições municipais). Um Conselho Consultor foi nomeado, em agosto de 1993, e conta com 120 membros e um presidente, nomeado pelo rei para um mandato de quatro anos. Este Conselho tem poderes limitados e não afeta o processo de tomada de decisões ou as estruturas do poder de forma significativa. EXEMPLOS O Reino do Essuatíni é uma monarquia absoluta e os lideres políticos são Ngwenyama ("Rei", o chefe de Estado administrativo) e Ndlovukati ("Rainha Mãe", a chefe de Estado nacional) desde 1986. A constituição de 1978 atribui o poder executivo e legislativo supremo ao rei, que é o chefe de Estado. Exerce o poder executivo um gabinete por ele nomeado e chefiado atualmente pelo primeiro-ministro Ambrose Mandvulo Dlamini, que recebeu o cargo do Rei Mswati III em 27 de outubro de 2018. governo e a aconselhar o rei. Ele sucedeu o interino Vincent Mhlanga, tendo este ocupado a posição governamental no lugar de Barnabas Sibusiso Dlamini, que ficou pela segunda vez no cargo entre 23 de outubro de 2008 e 4 de setembro de 2018, vindo a falecer em 28 de setembro de 2018. O Parlamento bicameral se limita a debater as propostas do Parlamento compõe-se da Assembleia Nacional, composta de 65 membros (55 eleitos por voto direto e 10 nomeados pelo rei) e do Senado, composto de trinta membros (dez eleitos pela assembleia e vinte nomeados).O rei é o chefe de Estado administrativo e nomeia os primeiros ministros do país e vários representantes de ambas as câmaras (o Senado e a Câmara da Assembleia) no parlamento de Essuatíni, enquanto a rainha mãe é a chefe de Estado nacional, servindo como guardiã dos rituais da nação e presidindo o rito anual de Umhlanga. As eleições são realizadas a cada cinco anos para eleger a Câmarados Deputados e a maioria do Senado. Os eventos mais importantes do país são o Umhlanga (realizado nos meses de agosto e setembro) e o Incwala (a dança da realeza realizada em dezembro/janeiro).Os partidos políticos são proibidos. Em eleições os candidatos concorrem apenas como independentes ao Parlamento e podem ser destituídos pelo rei. O rei Mswati III está no posto desde 1986 e a crítica ao soberano é punida severamente.
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