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Pediatria Thomás R. Campos Distúrbios Respiratórios na Infância Medicina - UFOB ASMA 1. O QUE É ASMA? A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, na qual várias células estão envolvidas (mastócitos, eosinófilos, linfócitos T), sendo a doença crônica mais frequente na infância, sendo que o Brasil é o 8º ligar no ranking mundial de ocorrência da doença. 2. QUAL A FISIOPATOLOGIA DA ASMA? A inflamação da asma é mediada por mastócitos, eosinófilos, células dendríticas e células T. O fenótipo mais comum da asma é o atópico, caracterizado por aumento de eosinófilos circulantes e IgE, grande participação de mastócitos e seus produtos nos eventos de fase aguda da doença. Alguns indivíduos apresentam processo inflamatório crônico, com participação de neutrófilos, resultando em obstrução das vias aéreas distais por acúmulo de secreção e restos celulares, broncoespasmo, espessamento da membrana basal epitelial e edema de parede. Essa redução de calibre causa aprisionamento aéreo, aumentando o trabalho respiratório. 3. QUAL O QUADRO CLÍNICO DA CRIANÇA ASMÁTICA? A inflamação na asma causa obstrução variável ao fluxo aéreo, que é parcialmente reversível espontaneamente ou com tratamento, e que se manifesta por episódios recorrentes de chiado, dispneia e tosse, especialmente durante a noite ou pela manhã. Essa inflamação também causa aumento da responsividade das vias aéreas à estímulos variados e persiste mesmo fora dos processos de exacerbação da doença. Pediatria Thomás R. Campos Distúrbios Respiratórios na Infância Medicina - UFOB Dados clínicos que sugerem asma 1. Episódios frequentes de chiado no peito, mais que uma vez por mês 2. Tosse ou chiado no peito após atividade física 3. Tosse, particularmente noturna, na ausência de infecção viral de vias aéreas 4. Sintomas que persistem após 03 anos de idade 5. Sintomas que pioram na presença de: Poeira Animais Produtos químicos 6. Os resfriados repetidamente “afetam os pulmões” ou duram mais de dez dias 7. Há melhora com terapêutica para asma 4. QUAIS OS PRINCIPAIS DIAGNÓSTICOS DIFERENCIAIS DA ASMA? Mudanças climáticas Estresse Exercício Pólen Infecções virais Fumaça de cigarro Pediatria Thomás R. Campos Distúrbios Respiratórios na Infância Medicina - UFOB 5. QUAL A CLASSIFICAÇÃO DA ASMA QUANTO À GRAVIDADE? 6. QUAL A CLASSIFICAÇÃO DA ASMA QUANTO AO NÍVEL DE CONTROLE? Asma controlada = Tudo abaixo Parcialmente controlada = 2 abaixo Não controlada ≥ 3 abaixo Sintomas diurnos e necessidade de medicação de alívio < 2x/semana Não tem limitação de atividades Não tem sintomas noturnos Espirometria normal (PFE/VFE≥80%) Sintomas diurnos e necessidade de medicação de alívio ≥ 3x/semana Tem limitação de atividades Tem sintomas noturnos Espirometria alterada (PFE/VFE<80%) Pediatria Thomás R. Campos Distúrbios Respiratórios na Infância Medicina - UFOB 7. QUAL A CLASSIFICAÇÃO DA ASMA QUANTO À INTENSIDADE DE EXACERBAÇÕES? 8. QUAL O TRATAMENTO PARA ASMA? Pediatria Thomás R. Campos Distúrbios Respiratórios na Infância Medicina - UFOB 9. QUAL DEVE SER A CONDUTA NUM QUADRO DE ASMA AGUDA NA EMERGÊNCIA? As crises agudas de asma são um dos principais marcos clínicos da doença. Nesses casos é preciso avaliar o estado geral, estado mental, dispneia, fala, uso de musculatura acessória, sibilos, FR e FC. Idade IRPM < 2meses <60 irpm 2 meses a 11 meses < 50 irpm 1 a 5 anos < 40 irpm 6 a 8 anos <30 irpm > 8 anos 16 a 22 irpm Exames complementares podem ser solicitados, mas servem apenas para estabelecer diagnósticos diferenciais O tratamento para as crises agudas de asma na emergência baseia-se no uso de: Oxigenioterapia: para manter SatO2 ≥ 94% Broncodilatador: nebulização (salbutamol + ipratrópio) Corticoide sistêmico: prednisolona (VO), metilprednisolona (IV), hidrocortisona (IV)
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