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PARASITOLOGIA - Aula 1 A 10

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(oxiúros) - oxiuríase ou enterobiose
Formas morfológicas
Ciclo de vida
Patogenia e Profilaxia
Os sintomas são:
 
O exame laboratorial indicado é o Método da fita adesiva ou de GRAHAM:
Tratamento
Veja as medidas preventivas neste caso:
· Saneamento básico;
· Educação sanitária;
· Lavar roupa e roupa de cama;
· Manter unhas cortadas.
O medicamento utilizado para enterobiose é o Albendazol 400mg em dose única e é 100% eficaz.
Trichuris trichiura – Tricuríase
A tricuríase também é um parasito cosmopolita e aproximadamente 604 milhões de pessoas se encontram infectada em todo o mundo. A tricuríase tem maior prevalência em regiões tropicais e subtropicais e alta prevalência em crianças com idade escolar. Acomete principalmente pessoas desfavoráveis socioeconomicamente.
Formas morfológicas
Ciclo de vida
Patogenia e Profilaxia
Como não existe migração sistêmica das larvas Trichuris trichiura, as lesões provocadas pelo verme estão confinadas ao intestino e os sintomas são gastrointestinais:
O diagnóstico laboratório para tricuríase é por EPF (Exame Parasitológico de Fezes), onde se faz a buscar por ovos. Pode ainda se fazer uma colonoscopia para observar a presença de vermes na mucosa intestinal.
Exame Parasitológico de Fezes (EPF). Fonte: Adaptado de Do Nano ao Macro.
Tratamento para tricuríase
Veja como evitar a tricuríase:
· Destinação adequada aos dejetos humanos;
· Educação sanitária;
· Higiene das mãos e alimentos;
· Água Filtrada;
· Tratamento dos doentes e assintomáticos.
O tratamento para tricuríase é o Albendazol 400mg em dose única. Pode ser administrado também Mebendazol 100mg em duas doses diárias por 3 dias consecutivos.
Ascaris lumbricoides - Ascaridíase
Ascaridíase é uma parasitose de ocorrência mundial e há em torno de 1,5 milhões de pessoas infectadas. Por ser um geo-helminto, assim como Trichuris trichiura, necessita de condições climáticas e ambientais (embriogênese 27 - 30oC e 70% oxigênio).
Formas morfológicas
Ciclo de vida
O ciclo de vida do Ascaris lumbricoides é monóxeno e seu habitat é o intestino delgado.
A fêmea, após ser fecundada, libera os ovos ainda no intestino delgado. Os ovos não embrionados saem pelas fezes. No solo, sob ação da temperatura ambiente, umidade e oxigênio o ovo sofre embriogênese.
Dentro do ovo, forma-se a larva L1 do tipo rabditoide, ou seja, possui esôfago com duas dilatações, uma em cada extremidade e uma constrição no meio.
A larva L1 muda para larva L2 ainda do tipo rabditoide. Após sofrer outra muda, a larva L2 rabditoide passa para larva L3 do tipo filarioide, ou seja, que possui esôfago retilíneo.
O ovo tem a larva L3 infectante para o homem. Após a ingestão, os ovos contendo a L3, atravessam todo o trato digestivo e as larvas eclodem no intestino delgado. As larvas, uma vez liberadas, atravessam a parede intestinal na altura do ceco, caem nos vasos linfáticos e nas veias e invadem o fígado, depois a parte direita do coração e, por fim, chegam ao pulmão, trajeto conhecido como Ciclo de Loss.
No pulmão, as larvas L3 sofrem mudança para L4, chegando à faringe, podendo ser expelidas ou deglutidas.
Quando deglutidas, atravessam o estômago e se fixam no intestino delgado. Transformam-se em adultos jovens 20 a 30 dias após a infecção.
O mecanismo de transmissão ocorre por meio da ingestão de água ou alimentos contaminados com ovos contendo a L3.
Poeira, aves e insetos (moscas e baratas) são capazes de veicular mecanicamente ovo de A. lumbricoides.
Patogenia e Profilaxia
As larvas, após atravessarem a parede intestinal, podem invadir o fígado causando lesões hepáticas com pequeno foco hemorrágico e necrose.
Ao passarem pelos alvéolos pulmonares, sofrem a mudança de L3 para L4, causando pontos hemorrágicos e ativando o sistema imunológico.
Dependendo do número de formas presentes, pode-se ter um quadro pneumônico com febre, tosse, disporia e eosinofilia.
Há edemaciação dos alvéolos com infiltrado parenquimatoso eosinofilico, manifestações alérgicas, febre, bronquite e pneumonia (a este conjunto de sinais denomina-se síndrome de Loeffler).
Os vermes adultos causam os problemas gastrointestinais por meio da ação:
· Tóxica - antígenos parasitários e anticorpos alergizantes do hospedeiro levam a quadros de edema, urticária e convulsão.
· Espoliadoras - consumo de proteínas, carboidratos, lipídeos e vitaminas A e C, causando quadros de desnutrição que levam a debilidades física e mental. A espoliação de vitaminas A e C podem causar manchas brancas na pele conhecida como “pano”.
· Mecânica - irritação na parede intestinal e enovelamento na luz intestinal  (Figura 10), podendo causar obstrução.
Como vimos na aula 1, lúmen (em latim: lūmen, abertura ou luz) é um espaço interno ou cavidade dentro de uma estrutura com formato de tubo em um corpo, como as artérias e o intestino.
O diagnóstico para ascaridíase é feito por EPF, onde faz se a busca de ovos mamilonados nas fezes. Os EPF qualitativos que podem ser realizados por sedimentação espontânea, Centrifugação e o EPF quantitativo o feito pelo Kato-Katz permite a quantificação de ovos e estimativa do grau de parasitismo.
Tratamento para ascaridíase
Veja as principais medidas para prevenir a ascaridíase:
· Educação sanitária;
· Destinação adequada aos dejetos humanos;
· Higiene das mãos antes da alimentação;
· Tratamento dos doentes;
· Proteção dos alimentos contra insetos (vetor mecânico).
O Tratamento para tricuríase é o Albendazol 400mg em dose única. Pode ser administrado também Mebendazol 500mg dose única.
Ancylostoma duodenale – Ancilostomose/Ancilostomíase e Necator americanus – Necatorose/ Necatoríase
Ancilosmoses humanas é causada por Ancylostoma duodenale e Necator americanos e, geralmente, são negligenciadas.
Já foi estimado que cerca de 900 milhões de pessoas no mundo são parasitadas por A. duodenale e N. americanus e que, desta população, 60 mil morrem, anualmente.
O A. duodenale é mais presente no velho mundo. Predomina em regiões temperadas, embora ocorra também em regiões tropicais. Já o N. americanus é conhecido como ancilóstomo do novo mundo e ocorre em regiões tropicais, onde predominam as altas temperaturas, já que também são geo-helmintos.
A. duodenale
Extremidade anterior curvada dorsalmente;
Cápsula bucal profunda, com dois pares de dentes ventrais na margem interna da boca; e
Um par de lancetas ou dentes triangulares subventrais no fundo da cápsula bucal.
N. americanus
Extremidade cefálica bem recurvada dorsalmente;
Cápsula bucal profunda, com duas lâminas cortantes, seminulares, na margem interna da boca, de situação subventral; e duas outras lâminas cortantes na margem interna, subdorsal;
Fundo da cápsula bucal com um dente longo, ou cone dorsal, sustentado por uma placa subdorsal e duas lancetas (dentículos), triangulares, subventrais.
Ciclo de vida
Os ancilostomídeos apresentam um ciclo biológico direto, não necessitando de hospedeiros intermediários.
Durante o desenvolvimento, duas fases são bem definidas:
1- desenvolve no meio exterior, é de vida livre;
2- desenvolve no hospedeiro definitivo, é, obrigatoriamente, de vida parasitária.
Os ovos dos ancilostomídeos depositados pelas fêmeas (após a cópula), no intestino delgado do hospedeiro, são eliminados para o meio exterior através das fezes.
No meio exterior, os ovos necessitam de um ambiente propício, principalmente com boa oxigenação, alta umidade (> 90%) e temperatura elevada (são condições indispensáveis para que ocorra a embrionia, formando a larva de primeiro estádio (L1), do tipo rabditoide, e sua eclosão).
No ambiente, a L1 recém-eclodida apresenta movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismos (por via oral), devendo, em seguida, perder a cutícula externa, após ganhar uma nova, transformando-se em larva de segundo estádio (L2), que é também do tipo rabditoide.
Depois, a L2, que também tem movimentos serpentiformes e se alimenta de matéria orgânica e microrganismos, começa a produzir uma nova cutícula, internamente, que passa a ser coberta pela cutícula velha (agora
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