Buscar

anais-posidj

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 425 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 425 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 425 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas Para Profissionais do Século 
XXI” ISSN: 2526-7108 
Organização dos Anais 
Ana Cláudia de Araújo Xavier (IDJ) 
Elisângela Bezerra Magalhães (UFC) 
Jacqueline Vieira de Araujo (IDJ) 
Jair Lino Soares Júnior (UFC) 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANAIS 
NOVAS PERSPECTIVAS PARA 
PROFISSIONAIS DO SÉCULO XXI 
 
 
 
 
 
 
 
Fortaleza, outubro 2017 
 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COORDENAÇÃO GERAL 
 
Ana Cláudia de Araújo Xavier (IDJ) 
Elisângela Bezerra Magalhães (UFC) 
Emanuel Ramos Sales (IDJ) 
Jair Lino Soares Júnior (UFC) 
Luciene Santos Lima (UVA/ IDJ) 
 
 
 
 
 
 
 
DIAGRAMAÇÃO 
 
Jacqueline Vieira de Araujo (IDJ) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMISSÃO CIENTÍFICA / PARECERISTAS 
 
Dr. Gleudson Passos Cardoso (UECE) 
Dr. Francisco José Lopes Cajado (IDJ) 
Dra. Adriana Eufrásio Braga (UFC) 
Dra. Eliene Pierote (UESPI) 
Dra. Ivoneide Pinheiro de Lima (UECE) 
Dra. Flávia Viana (UFRN) 
Dra. Karla Angélica Silva do Nascimento (UFC) 
Dra. Maria Palmira Soares (UECE) 
Dra. Maria do Carmo Alves (USP) 
Dr. Jorge Carvalho Brandão (UFC) 
Dr. Cícero Magérbio Torres (UFC/URCA) 
Ma. Lilianne Moreira Dantas (UFC) 
Me. Daniel Brandão Menezes (UFC/UVA) 
Me. Emanuel Ramos Sales (UNIFOR) 
Me. José Airton Castro Bezerra (UFCG) 
Me. Marcos Alexandre Lima de Oliveira (IDJ/UNIFOR) 
Me. Marcos Wender Santiago Marinho (IDJ/UECE) 
Ma. Ana Maura Tavares dos Anjos (UERN) 
Ma. Ana Paula Vasconcelos de Oliveira Tahim (UFC) 
Ma. Denise Santos (UFPE) 
Ma. Elisângela Bezerra Magalhães (UFC) 
Ma. Fernanda Cíntia Costa Matos (UFC) 
Ma. Francilene do Rosário Matos (UFMA) 
Ma. Ivanise Maciel de Albuquerque (UVA) 
Ma. Jocyana Cavalcante da Silva (IDJ/UFC) 
Ma. Liana Nise Martins (UFCG) 
Ma. Maria Danielle Araújo Mota (UFC/UFAL) 
Ma. Maria Luiza Feitosa Cajuaz Bento (IDJ) 
Ma. Mirtes Rose Menezes da Conceição (UFS) 
Ma. Vanessa Moreira dos Santos (UFPE) 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
 REPENSANDO AS POSTURAS E PRÁTICAS DOCENTES: ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS 
NO ENSINO DA MATEMÁTICA 
Izabel Cristina Pereira Araújo Fontenele 
Elisângela Bezerra Magalhães 
Jair Lino Soares Junior .....................................................................................................................................10 
 
 PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL 
Samuel Araújo Loureiro 
Nídia Seledônio Reis 
Claudio Lino da Silva Rodrigues .....................................................................................................................26 
 
 A PRODUÇÃO CIENTÍFICA BRASILEIRA EM CULTURA ORGANIZACIONAL: UMA 
ANÁLISE BIBLIOMÉTRICA NO PERÍODO DE 1995– 2016. 
Antonia Jessyca Nayane Barbosa da Silva 
Francisco Egberto Martins Melo 
Bárbara Sampaio de Menezes...........................................................................................................................39 
 
 O ATENDIMENTO EDUCACIONAL ESPECIALIZADO (AEE) DE FORTALEZA EM 
DIALOGO COM O DOCENTE NO ACOLHIMENTO DO ESTUDANTE COM DEFICIÊNCIA 
 
Jéssica Nayara Silva Brandão 
Renata da Silva Aguiar .....................................................................................................................................52 
 
 
 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NA FEIRA LIVRE DE 
MESSEJANA 
Francisco Eder Nunes Maia 
Denise Maria Santos 
Jean Carlos de Araújo Brilhante ......................................................................................................................66 
 
 ATITUDES DOCENTES COM CRIANÇAS INCLUSAS EM UMA ESCOLA PARTICULAR 
DE FORTALEZA 
Cristiane de Oliveira Rezende 
Carolina Eckrich Canuto .................................................................................................................................76 
 
 POR UMA GRAMÁTICA DOTADA DE SENTIDO FOCADA NA COMUNICAÇÃO E NA 
INTERAÇÃO - REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE LÍNGUA MATERNA 
Francisco Walisson Ferreira Dodó 
Denise Santos Fernandes ..................................................................................................................................88 
 
 ALTAS HABILIDADES/SUPERDOTAÇÃO A INCLUSÃO DE CRIANÇAS NO MUNICIPIO 
DE FORTALEZA 
Antônia Lúcia Nascimento Santana ...............................................................................................................100 
 
 O ENSINO DA MATEMÁTICA DIANTE DA NOVA BASE NACIONAL COMUM 
CURRICULAR: CONCEPÇOES APRESENTADAS POR PROFESSORES 
Francisco Arnaldo Lopes Bezerra 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
Francisca Marcia Coelho de Meneses 
Gilmar Alves de Farias ................................................................................................................................111 
 
 INTERDISCIPLINARIDADE NA EDUCAÇÃO INFANTIL POSSIBILIDADES PARA O 
ENSINO DA MATEMÁTICA COM SIGNIFICADO 
Maria Nilba dos Santos Paiva 
Rafaela da Silva Ribeiro .................................................................................................................................121 
 
 O CONHECIMENTO DOS PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA SOBRE O 
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA: UM ESTUDO EM ESCOLAS PÚBLICAS NO 
CONJUNTO NOVA METRÓPOLE EM CAUCAIA – CE 
Rebeca dos Santos Façanha de Sousa 
Maria Guiomar de Lima Rodrigues Cardoso 
Maria Neurismar Araújo de Souza .................................................................................................................133 
 
 DIREITO E FAMÍLIA – CONCEPÇÕES FAMILIARES E INCLUSÃO EDUCACIOCA 
Antonio Vatemberge Pereira da Silva 
Renê Costa Macedo 
Francisco José Mendes Vasconcelos .............................................................................................................147 
 
 O USO DO SEMINÁRIO COMO PROCEDIMENTO AVALIATIVO NA AULA 
UNIVERSITÁRIA DO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA DE UMA INSTITUIÇÃO PRIVADA 
DE FORTALEZA/CE 
 
Aline Silvestre Mendes ..................................................................................................................................159 
 
 O ENSINO DA MATEMÁTICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UMA PROPOSTA DE 
MEDIAÇÃO COM CONTEÚDO DE ESTATÍSTICA 
 
Luciana Soares de Oliveira 
Maria José Costa dos Santos 
Ana Cláudia de Araújo Xavier........................................................................................................................171 
 
 MATEMÁTICA E A TOPOGRAFIA: A NECESSIDADE BÁSICA DAS RELAÇÕES 
TRIGONOMÉTRICAS 
 
Francisco Arthur Alves Noronha ................................................................................................................184 
 
 A PRÁTICA DA CONTAÇÃO DE HISTÓRIAS NO CONTEXTO ESCOLAR: UM ESTUDO 
DE CASO NA ESCOLA JOSÉ RODRIGUES MONTEIRO EM AQUIRAZ – CEARÁ 
 
César Lima Costa 
Herculano Rodrigues do Nascimento .............................................................................................................197 A INCLUSÃO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL NOS ANOS ESCOLARES E OS 
DESAFIOS DA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE 
 
Carolina Eckrich Canuto 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
Luciana dos Santos dos Anjos 
Cristiane de Oliveira Rezende ........................................................................................................................207 
 
 DIFICULDADES DA AÇÃO DOCENTE EM MATEMÁTICA COM ALUNOS DEFICIENTES 
VISUAIS 
Liliann de Fátima Sousa da Silva 
Elisângela Bezerra Magalhães 
Ivoneide Pinheiro de Lima ............................................................................................................................221 
 
 A CRIANÇA E A CONSTRUÇÃO DA LINGUAGEM ESCRITA: UMA PERSPECTIVA 
CONSTRUTIVISTA 
 
Maria Andressa Lima dos santos Santana ......................................................................................................233 
 
 A CONTRIBUIÇÃO DA MÚSICA COMO SUPORTE NO DESENVOLVIMENTO DE 
CRIANÇAS PORTADORAS DE TRANSTORNO DO ESPECTRO DO AUTISMO: 
EXPERIÊNCIAS DA APAE – SOBRAL 
 
Gleydson Frota de Almeida ...........................................................................................................................245 
 
 
 O PAPEL DA PROFESSORA NA PROMOÇÃO DO DESENVOLVIMENTO E 
APRENDIZAGEM DOS BEBÊS NO CONTEXTO DA CRECHE SOB UMA PERSPECTIVA 
WALLONIANA 
 
Maria Crélia Mendes Carneiro .......................................................................................................................256 
 
 FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: NOVOS CAMINHOS OU REPETIÇÃO DE 
VELHAS PRÁTICAS? 
 
Juliana Sara Costa Matos 
Fernanda Cíntia Costa Matos .........................................................................................................................270 
 
 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL COMO FERRAMENTA DE GESTÃO EFICIENTE 
 
Jacqueline Vieira de Araújo 
Emanuel Ramos Sales 
Raimunda Cristina Melo Mota .......................................................................................................................280 
 
 TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO DOS LIDERES DA PREFEITURA MUNICIPAL 
DE PACAJUS 
 
Regina Maciel de Sousa 
Marcos Alexandre Lima de Oliveira ..............................................................................................................292 
 
 O IMPACTO DA LIDERANÇA DO GESTOR NA MOTIVAÇÃO E COMPORTAMENTO 
DOS COLABORADORES EM UMA EMPRESA MULTINACIONAL DE SERVIÇOS 
HOSPITALARES 
 
Nataly Raquel de Oliveira Calves 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
Marcos Alexandre Lima de Oliveira ..............................................................................................................305 
 
 CONTROLE EXTERNO E SOCIAL UMA PARCERIA IMPORTANTE PARA A 
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 
Claudio Lino da Silva Rodrigues 
Nídia Seledônio Reis Castro 
Samuel Araújo Loureiro .................................................................................................................................313 
 
 AVALIAÇÃO DE IMÓVEIS A PARTIR DO MÉTODO COMPARATIVO DIRETO DE 
DADOS DE MERCADO 
 
Francisco Arthur Alves Noronha ...................................................................................................................323
 
 
 GESTÃO HUMANIZA E PARTICIPATIVA COMO FERRAMENTA PARA CONQUISTAR O 
DEFERENCIAL COMPETITIVO 
 
Natielle Taveira Germano 
Emanuel Ramos Sales ....................................................................................................................................334 
 
 A UTILIZAÇÃO DOS JOGOS MATEMÁTICOS NO AMBIENTE ALFABETIZADOR 
 
Amanda Bazilio Sousa Cavalcante 
Herculano Rodrigues do Nascimento .............................................................................................................346 
 
 LUDICIDADE: O QUE DIZEM OS REFERENCIAIS CURRICULARES NACIONAIS DA 
EDUCAÇÃO INFANTIL? 
 
Ana Paula Souza do Nascimento 
Ana Patrícia Sousa do Nascimento?...............................................................................................................356 
 
 CONTRIBUIÇÕES DA ARTE TEATRAL NA APRENDIZAGEM DA CRIANÇA: 
EXPERIÊNCIAS DAS AÇÕES DO PIBID NAS SÉRIES INICIAIS DO ENSINO 
FUNDAMENTAL 
 
Josivando Ferreira da Cruz 
Maria Gorete Cardoso da Silva 
Antonio Marcio Paiva Chagas ......................................................................................................................368 
 ALFABETIZAR NA PERSPECTIVA DA SUSTENTABILIDADE: UM OLHAR SOBRE O 
ENSINO DE GEOGRAFIA NO PROJETO MOVA-BRASIL 
 
Erbenia Maria Girão Ricarte 
Erinelda da Costa Paixão 
Paloma Braga Caliope ....................................................................................................................................379 
 
 CAMINHOS E DESCAMINHOS DAS LEIS NA EDUCAÇÃO INCLUSIVA NA 
PERSPECTIVA DE ATUAÇÃO PSICOPEDAGÓGICA 
 
Sissi Auxiliadora Galvão Toscano Nojosa .....................................................................................................391 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
 UM OLHAR PSICOPEDAGÓGICO PARA O TRANSTORNO DO DÉFICIT DE ATENÇÃO E 
HIPERATIVIDADE (TDAH) 
 
Dennis Orion Pereira dos Santos 
Geângela de Fátima Sousa Oliveira 
Maria Andressa Lima dos Santos Santana .....................................................................................................402 
 
 ALFABETIZAÇÃO DA CRIANÇA CEGA NO BRASIL 
 
Luciana dos Santos dos Anjos 
Carolina Eckrich Canuto 
Rebeca dos Santos Façanha de Sousa ...................................................................................................416
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Aos professores, estudantes, colaboradores do Instituto Dom José de Educação e Cultura 
(IDJ), e todos os participantes oriundos de outras instituições. Nosso muito obrigado 
O seminário Novas Perspectivas para Profissionais do Século XXI. Possibilitou 
intercâmbio e interação de pesquisas entre docentes e discentes das diferentes Instituições de 
Ensino Superior (IES) do estado do Ceará, bem como de outros estados, professores e 
pesquisadores de diferentes áreas se fizeram presentes trocando experiências e apresentando 
resultados de suas pesquisas. 
As pesquisas foram apresentados em forma de pôsteres ou comunicação oral, mesas 
redondas, oficinas e palestras enriqueceram o evento. No total de 38 trabalhos de autores de 
diferentes instituições de ensino superior de diversos cursos compõem estes ―ANAIS que 
disponibilizamos para os leitores que se formalizam em resultados de pesquisas bibliográficas e 
ou de campo. 
Os artigos aqui publicados, não representam a opinião da Comissão Científica, sendo 
de inteira responsabilidade de seus autores. 
 
 
Organização 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas Para 
Profissionais do Século XXI” 
ISSN: 
 
 
 
REPENSANDO AS POSTURAS E PRÁTICAS DOCENTES: 
ATIVIDADES SIGNIFICATIVAS NO ENSINO DA MATEMÁTICA 
 
 
Izabel Cristina Pereira Araújo Fontenele
1
 
Elisângela Bezerra Magalhães
2
 
Jair Lino Soares Junior
3
 
 
RESUMO 
O presente artigo pretende discutir as atitudes docentes frente às dificuldades de 
aprendizagem apresentadas pelos estudantes na disciplina de matemática. Partindo dessa 
permissa temos como perspectiva e objetivo principal analisar a atitude docente a partir 
da contribuiçãocom atividades matemáticas significativas e avaliar se as mesmas motivam 
os estudantes para aprendizagem. A pesquisa foi desenvolvida quali-quantitativa, sendo 
uma pesquisa tipo estudo de caso, desenvolvida em uma escola de ensino fundamental, 
com 05 alunos do 6º. Ano. A pesquisa foi fundamentada pelos autores: Rangel (1992), 
apoiado por um grande conhecimento da teoria piagetiana. Johson e Myklebust (2006) e 
Lorenzato (2006) entre outros. Foi possível identificar algumas dificuldades e as possíveis 
origens delas. A pesquisa possibilitou identificar que a postura e atitude docente faz muita 
diferença no momento da mediação do ensino da disciplina de matemática. A metodologia 
professor é de suprema importância para que haja um bom resultado no desenvolvimento 
da aprendizagem. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: Ensino ; prática docência; aprendizagem significativa. 
 
INTRODUÇÃO 
Para falar das dificuldades de aprendizagem em matemática não é tão simples, por 
se tratar de uma disciplina complexa que a maioria dos estudantes sentem um certo receio 
para entender e aprender a determinada disciplina. Essas dificuldades podem ocorrer por 
diversos fatores como: mentais, psicológicos e pedagógicos entre outros que precisam ser 
investigados para que possa desenvolver atividades adequadas para os estudantes. 
 
1
 Psicopedagoga Institucional, (IDJ/FACPED) Pedagoga ( UVA) E-mail: icparaujo@hotmail.com 
2
 Doutoranda UFC- Educação brasileira E-mail: lala2magalhaes@gmail.com 
3
 Mestrando UFC – Educação brasileira E-mail: junior.jairlino@gmail.com 
10 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
O interesse por essa pesquisa surgiu diante da experiência dos autores com o tema 
e a observação da dificuldade de alguns estudantes de aprenderem o conteúdo de 
matemática no 6°ano do ensino fundamental II de uma escola particular de Fortaleza 
Ceará. As dificuldades de compreender os conteúdos estão deixando os alunos 
desestimulados, desmotivados e estão perdendo a curiosidade pelos conteúdos causando 
desinteresse e antipatia pela disciplina. As dificuldades de capacidades matemática 
apresentada pelo individuo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida diária que 
exigem tal habilidade. (SANCHEZ 2004, pg.177). 
O principal objetivo desta pesquisa foi analisar a contribuição das atividades 
matemáticas significativas e avaliar se as mesmas motivam os estudantes para 
aprendizagem. 
Diante da experiência em sala de aula como docente, algumas indagações foram 
se fazendo presente: Por que os educandos não estão conseguindo compreender os 
conteúdos emirados durante o ano letivo de 2016? Será que essas dificuldades já vêm dos 
anos anteriores? Eles estão tendo dificuldade de transição do 5° ano para o 6º ano? Nessa 
perspectiva investigamos quais características de alguns estudantes do 6º ano na disciplina 
matemática. José e Coelho (1997) traz considerações que a partir dos 7 ou 8 anos, com a 
introdução dos símbolos específicos e das operações básicas as dificuldades tornam-se 
mais aparentes. 
A metodologia utilizada para desenvolver a pesquisa foi quali-quantitativa, sendo 
uma pesquisa tipo estudo de caso. Fundamentaram essa pesquisa autores que se dedicam 
ao estudo mais aprofundado da Matemática como: Rangel (1992), apoiado por um grande 
conhecimento da teoria piagetiana traçou relações da vida escolar do aluno ligada ao meio 
social. Para Johson e Myklebust (2006) a dificuldade de aprender matemática está ligada a 
vários fatores, como desordens e fracassos em aritmética. 
A estrutura desse artigo está dividida nas seguintes partes: I) O ensino da 
matemática; II) Aprendizagem matemática alguns fatores que interferem; III) Ações 
metodológicas da pesquisa; IV) Análise da pesquisa. 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
1. O ENSINO DA MATEMÁTICA 
Percebemos que não é fácil desenvolver um trabalho que seja satisfatório para o 
processo de desenvolvimento da aprendizagem, onde os estudantes tenham bom 
rendimento e o professor consiga resultados positivos na sua vida docente. Atualmente o 
ensino da matemática está presente praticamente em todas as áreas da sociedade, como: 
química, física, arquitetura, informática e engenharia, entre outras. 
 Hoje se percebe que não dar para viver sem os conhecimentos da matemática, 
pois tem um papel fundamental nos âmbitos da sociedade. A matemática é usada 
frequentemente, desde uma simples compra de um produto, até as mais complexas 
situações cotidianas. Melhor dizermos em tudo que olhamos existe matemática. 
O ensino da matemática indica que para que o estudante consiga construir seu 
conhecimento matemático é preciso que o professor esteja preparado, dominando a 
disciplina, para que através dela possa organizar estratégias que facilite a aprendizagem. 
Não basta saber só o conteúdo, é preciso que o professor seja conhecedor da realidade em 
que os estudantes se encontram, assim poderá planejar as aulas partindo da atual situação 
de conhecimento dos mesmos. Segundo Lorenzato (2006 p.27): 
[...] ninguém vai a lugar algum sem partir de onde está, toda a aprendizagem a 
ser construída pelo aluno deve partir daquela que ele possui, isto é, para ensinar é 
preciso partir do que ele conhece, o que também significa valorizar o passado do 
aprendiz, seu saber extraescolar, sua cultura primeira adquirida antes da escola, 
enfim, sua experiência de vida. 
 No entendimento do autor faz-se fundamental considerarmos a individualidade de 
cada estudante com sua singularidade, assim será possível haver uma aprendizagem de 
qualidade, construída a partir das experiências já existentes nos estudantes. 
 Para LORENZATO (2006 p.51-52) é necessário que o professor se questione em 
cada aula: “para que servirá aos meus alunos aprender esse conteúdo? Quais são os 
conceitos fundamentais desse conteúdo? De quais meios e estratégias disponho para 
proporcionar a aprendizagem? ” 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 Para Carvalho (2005) ensino da matemática está dividido em três componentes. O 
primeiro refere-se à Conceituação, na qual, por meio de “aulas teóricas”, o professor 
apresenta definições, proposições, fórmulas (possivelmente deduzidas), e relaciona os 
novos conceitos com os já conhecidos pelos alunos. 
 A seguir, tem-se o momento da manipulação, caracterizado pelos “ exercícios de 
fixação, onde é oportunizado aos alunos aplicarem os conceitos das “aulas teóricas”. 
 E finalmente, tem o terceiro componente, a Aplicação, na qual objetiva-se 
relacionar o conhecimento teórico com a solução de situação concreto. 
 Ao observamos que a realidade da maioria das escolas é isso que acontece, por 
várias razões, seja o docente a seguir o roteiro do livro didático ou simples fato de não 
querer renovar sua metodologia, não oportunizando novos meios para que facilite a 
aprendizagem de uma disciplina tão complexa. 
 Entendemos que não basta o professor ser um excelente conhecedor da matemática, 
é necessário que ele seja criativo e consiga reunir habilidades para motivar os estudantes, 
ensinando-os a pensar, estimulando a imaginação destes. 
 
2. PRINCIPAIS CARACTERÍTICAS DA DIFICULDADE DE APRENDIZAGEM EM 
MATEMÁTICA. 
 A matemática por ser essa disciplina que causam “medo” na maioria dos 
estudantes, faz- se necessário que tenhamos entendimento sobre as características 
principais sobre as dificuldades que esses estudantes apresentam. 
 O transtorno na Matemática caracteriza-se da seguinte forma segundo (Sanchez, 
2004, p. 177): 
 A capacidade matemáticapara a realização de operações 
aritméticas, cálculo e raciocínio matemático, capacidade 
intelectual e nível de escolaridade do indivíduo não atinja à 
média esperada para sua idade cronológica. 
 As dificuldades da capacidade matemática apresentada pelo 
indivíduo trazem prejuízos significativos em tarefas da vida 
diária que exigem tal habilidade. 
 Em caso de presença de algum déficit sensorial, as dificuldades 
matemáticas ultrapassem aquelas que geralmente está associada. 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 Diversas habilidades podem estar prejudicadas nesse Transtorno, 
como as habilidades linguísticas (compreensão e nomeação de 
termos, operações ou conceitos matemáticos, e transposição de 
problemas escritos ou aritméticos, ou agrupamentos de objetos 
em conjuntos), de atenção (copiar números ou cifras, observar 
sinais de operação) e matemáticas (dar sequência a etapas 
matemáticas, contar objetos e aprender tabuadas de 
multiplicação). 
 
 São variadas as características da dificuldade de aprendizagem em matemática, no 
entanto vários fatores dificultam a possibilidade de conhecer e solucionar essas 
dificuldades. Torna-se importante reconhecer as características de onde a disciplina 
restringe e onde amplia a aprendizagem por parte dos estudantes, para que se ofereça aos 
professores de matemática, condições de melhorar o desempenho do ensino e conduzindo-
os para uma melhor prática docente. 
 Um dos fatores que podem influenciar o desinteresse dos estudantes em relação ao 
conteúdo de matemática é a falta de contextualização das atividades, fazendo com que os 
educandos não relacionem a matemática desenvolvida na escola com seu cotidiano. Para 
Muniz (2008). Quando o professor utiliza situações-problemas desprovidas de significado, 
essas podem não ter o mesmo sentido e nem tampouco o mesmo valor para o aluno. 
 O conteúdo que não tem nada a ver com o seu cotidiano, trará para estudante um 
sentimento de que ele nunca servirá em sua vida, percebe-se que o desinteresse é 
significativo, causando cansaço mental com a disciplina. 
 O ensino dos conteúdos na escola deve nortear e permitir que o estudante 
compreenda o conteúdo por meios de exemplos direcionados ao seu cotidiano para que, 
sejam capazes de resolver os problemas mais complexos que venha aparecer na sua vida 
estudantil ou mesmo do seu dia-a-dia. Desta forma os educandos terão segurança e 
autonomia para tomarem decisões em diversas situações. 
 Diante das leituras que fizemos identificamos que existem outros fatores que 
prejudicam o desenvolvimento da aprendizagem de matemática. Vamos citar alguns: 
 Formação do professor de matemática: A formação universitária do professor é 
extrema importância para que possa desempenhar sua profissão com compromisso e 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
responsabilidade. O professor deve tem que se aperfeiçoar profissionalmente durante o 
percurso de sua formação, ter feito um bom estágio e ter tido uma boa orientação no início 
de sua carreira. Utilizar essa aprendizagem como ferramenta para desenvolver uma boa 
aula, onde haja a aprendizagem desejada. Segundo Lorenzato,2006: “No entanto, muitos 
professores não conseguem se utilizar, na prática docente, das vantagens que ela oferece; 
isso geralmente ocorre porque eles não a conhecem, não a estudaram em seus cursos de 
formação de professor” (LORENZATO, 2006) 
 Linguagem Formal: É utilizada em sala de aula, pois examinamos as dificuldades 
de os estudantes fazerem a ponte da linguagem formal, utilizada para expressar os 
conceitos matemáticos, para uma linguagem informal, usada no seu cotidiano. A 
matemática é uma ciência exata, mas que se utiliza do pensamento humano na prática e nos 
conhecimentos cotidianos. “A Matemática não se desvincula do pensamento enquanto está 
sendo produzida e vem a tornar-se parte de uma ciência quando é ensinada na escola e 
aprendida dentro e fora da escola” (SCHLIEMANN, 1991, p. 11). 
 Estrutura sócio econômica e cultural das famílias: Nota que boa parte para que haja 
um bom desenvolvimento de aprendizagem do estudante depende da instituição escolar, 
mas sabemos também que a outra parte depende da estrutura familiar que está tendo 
dificuldade de estabelecer critérios de valores e prioridades fundamentais no 
desenvolvimento da educação de seus filhos. Sem falar nos problemas de estruturação 
familiar, como a separação dos pais, onde um dos dois, pai ou mãe, às vezes os avós vão 
assumir sozinhos a criação e educação dos filhos. Muitas vezes entram em conflitos e não 
conseguem passar valores morais e éticos. Sem falar que muitas vezes nem condições de 
morar num ambiente saudável. Quando os pais não estão em condições de ajudar os filhos 
positivamente, deve haver uma interferência dos órgãos públicos, como o conselho tutelar. 
 Observa-se assim que os vários fatores que prejudicam a aprendizagem, seja no 
desenvolvimento cognitivo, emocional ou pedagógicos. Esses fatores interferem 
diretamente no processo de desenvolvimento da aprendizagem, no caso, matemática que é 
uma disciplina complexa que muitos não se identificam com ela. 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
3 AÇÕES METODOLÓGICAS DA PESQUISA 
 A metodologia da pesquisa foi uma abordagem tipo quali quantitativa baseada em 
alguns teóricos como Toledo & Toledo (1997: p.14/15) relata que: 
[…] Resolução de problemas. Essa proposta, mais atual, visa à construção de 
conceitos matemáticos pelo aluno através de situações que estimulam a sua 
curiosidade matemática. Através de suas experiências com problemas de 
naturezas diferentes o aluno interpreta o fenômeno matemático e procura 
explica-lo dentro de sua concepção da matemática envolvida […] 
 
 Para o desenvolvimento dessa pesquisa baseou-se numa pesquisa tipo estudo de 
caso, segundo Berviam (2002, p.67) “ o estudo de caso é a pesquisa sobre um determinado 
indivíduo, família, grupo ou comunidade que seja representativo do seu universo, para 
examinar aspectos variados a sua vida”. Sentimos necessidade de reunir dados 
qualitativos e quantitativos. No processo de dados, a partir de procedimentos mistos (quali-
quantitativos), envolve dados numéricos, como também informações textuais. 
 As perguntas que se fizeram insistentes foram: Os estudantes terão interesse de 
aprofundar mais sobre os conteúdos, levantando hipótese e ajudando-os a perceberem a 
utilização da matemática no seu dia-a-dia. Para responder a esses questionamentos 
utilizaremos pesquisas bibliográficas: livros, sites de internet, vídeo aulas e etc. 
 A pesquisa foi realizada na sala de aula do 6º ano, com cinco estudantes de uma 
turma de vinte oito. Foi realizado duas atividades e um questionário com 7 perguntas. 
3.1 Desenho da pesquisa 
 A pesquisa foi desenvolvida em uma instituição particular de Fortaleza entre os 
meses de setembro, outubro e novembro de 2016 com cinco estudantes, e a professora de 
matemática. 
 Os sujeitos pesquisados foram estudantes com a faixa etária de onze e doze anos, 
ambos começaram a vida escolar aos três anos de idade. Não são repetentes, mas alguns 
sempre tiveram muita dificuldade e outros pouca dificuldade na disciplina. São bastante 
participativos nas aulas e tem o acompanhamento necessário dos pais. Levam sempre as 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
atividades resolvidas, que foram passadas para casa. Algumas vezes brincam com os outros 
colegas, tirando a atenção da explicação que professoraestá dando. São estudantes alegres, 
extrovertidos que se relacionam muito bem com os colegas e professores. 
 Funciona em dois turnos, manhã e tarde. Educação Infantil, Ensino Fundamental I e 
II, Ensino Médio e Pré-vestibular. Sua estrutura física conta com três prédios, dividido por 
nível, prédio um funciona O ensino fundamental II, ensino médio e pré-vestibular com 
dezoito salas de aulas, um banheiro masculino, um banheiro feminino, uma sala de 
professores, uma biblioteca, uma cantina, um laboratório de informática, um laboratório de 
biologia, química e física, uma sala de dança, uma sala de coordenação, uma secretaria, 
uma tesouraria, uma livraria, um pátio, uma quadra de esportes e a portaria. Prédio dois 
funciona o Ensino Fundamental I: doze salas de aulas, um banheiro masculino, um 
banheiro feminino, um pátio, uma sala de coordenação, uma sala de dança e karatê e uma 
portaria. O prédio três funciona a educação infantil: doze salas de aulas, um banheiro 
masculino, um banheiro feminino, um pátio de areia, um parque infantil, uma sala de 
coordenação, uma sala de mídia, uma cozinha experimental e um ambiente onde funciona 
o tempo integral com quartos, cozinha, banheiro bem parecido com um ambiente de casa. 
3.2 Instrumentos 
 Para analisarmos sobre o que estudantes pensam sobre a matemática utilizamos um 
questionário simples com intuito de identificarmos algum tipo de dificuldade na 
aprendizagem matemática. Fizemos um questionário com perguntas de resposta direta (sim 
e não) e somamos os pontos. Se a pontuação geral for de 50% ou mais, podemos passar a 
uma investigação mais detalhada e buscar um diagnóstico interdisciplinar. 
 O questionário fechado é elaborado com perguntas cujas respostas são definidas 
em meio a alternativas previamente estabelecidas, segundo (MARCONI e LAKATOS, 
1999, p77). Há uma restrição na liberdade das respostas, porém são mais objetivas, 
possibilitando uma facilidade na aplicação. 
 Construir um questionário consiste basicamente em traduzir os objetivos da 
pesquisa em questões específicas. As respostas a essas questões é que irão proporcionar os 
dados requeridos para testar as hipóteses ou esclarecer o problema de pesquisa (GIL,1999, 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
p 129). Um questionário poderá abordar diversos pontos. O importante é saber formular as 
questões. Uma sugestão segundo Gil (1999): 
 a) as perguntas devem ser formuladas de maneira clara, concreta precisa; 
 b) deve-se levar em consideração o sistema de preferência do interrogado, 
 bem como o seu nível de informação; 
 c) a pergunta deve possibilitar uma única interpretação; 
 d) a pergunta não deve sugerir respostas; 
 e) as perguntas devem referir-se a uma única ideia de cada vez. 
 Tivemos o cuidado de analisar cada questão e resposta separadamente, todas as 
respostas desta pesquisa são confidencias e nenhuma resposta individual possa ser 
identificada. A resposta obtida neste questionário teve finalidade exclusiva de analisar as 
deficiências das dificuldades de aprendizagem de matemática dos cinco estudantes do 
6ºano da determina escola particular. 
3.3 Desenvolvimento da pesquisa 
 Com intuito de coletar dados e identificar as possíveis causas das dificuldades 
apresentadas pelos estudantes, desenvolvemos algumas atividades antes do questionário 
com intuito de fazer uma observação das posturas dos estudantes em relação aos conteúdos 
ministrados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
Figura 02 Atividade 
Lúdica 
Fonte: Acervo dos 
autores 
 
 As atividades foram desenvolvidas a partir dos meses de setembro, outubro e 
novembro de 2016 foram realizadas duas atividades com o intuito de observar os 
estudantes, em especial os que estão com dificuldade na disciplina de matemática. 
 Essa atividade foi realizada com dois estudantes que estão com dificuldade na 
disciplina de matemática e uma que consegue melhores resultado em sala de aula. A 
própria estudante se ofereceu para ajudar aos colegas. Eles estudaram juntos os conteúdos 
da prova bimestral, onde houve muitas dúvidas e debates entre eles, nesse momento de 
estudo o que nos chamou atenção foi o fato da estudante com bons resultados se dirigia aos 
outros com as seguintes informações: vocês lembram que a professora falou que era assim, 
a professora nos ensinou dessa maneira. Em momento algum se posicionou como soubesse 
mais que os outros e sim lembrando a forma que foi ensinado. Isso deixou os colegas a 
vontade para questionar sobre as dúvidas que estavam sobre o conteúdo. 
 Ao final da atividade tivemos a oportunidade de perceber interesse de aprender por 
parte dos estudantes e de analisar que através das atividades diferenciadas e 
contextualizadas que foi possível haver um aprendizado diferenciado e significativo. 
 
 
 
 
 
 
 
 Essa segunda atividade foi realizada em sala de aula com a participação de toda 
turma, foi um jogo de perguntas e respostas, onde um aluno ia fazendo uma pergunta sobre 
o conteúdo no caso porcentagem, era respondido pela turma toda e assim ia passando a vez 
do outro aluno perguntar. Eles mesmo criavam a pergunta, como: Quanto é 50% de 200? 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
Se eu comprar uma bicicleta por R$500,00, e tiver 10% de desconto. Quanto vou pagar na 
bicicleta? Foi um momento de muita descontração onde o foco era observar a 
participação dos estudantes com dificuldade e para nossa surpresa participaram bem, nas 
perguntas se esforçaram para realizar alguma, em questão de responder tiveram um 
desempenho melhor. Finalizando a segunda atividade podemos observar que as atividades 
contextualizadas trazem auto estima e segurança aos estudantes, tornando-os capazes de 
produzir desenvolvendo o raciocino lógico. 
 Segundo Ausubel (1963, p.58 apud MOREIRA,1997, p1), ”A aprendizagem 
significativa é o mecanismo humano, por excelência, para adquirir e armazenar a vasta 
quantidade de ideias e informações representadas em qualquer campo de conhecimento”. 
Para que o mecanismo seja acionado, é preciso que o aprendiz já possua algum 
conhecimento prévio, ou seja já deve existir uma estrutura cognitiva em funcionamento. 
 A contextualização do conteúdo é importante na vida cotidiana do estudante, tudo 
aquilo que se aprende em sala de aula, em algum momento poderá ser vivenciado em suas 
vidas. Vale ressaltar que a contextualização faz com que o estudante sinta que o saber não 
significa apenas acumular conhecimentos teóricos e sim conhecimentos para encarar 
situações que possa aparecer no seu dia-a-dia. Tornando-os cidadãos capacitados a resolver 
os problemas que venham aparecer. 
 Após a realização das atividades aplicamos o questionário com 07 (sete) perguntas 
fechadas para os cinco estudantes com dificuldade na matemática que foi elaborado com as 
seguintes perguntas: I) Não consigo entender a tabuada; II) Não consigo identificar os 
símbolos matemáticos (– ou +), não sei o seu nome e o que eles significam; III) Todos da 
minha turma sabem raiz quadrada, mas, na realidade, eu não sei; IV) Às vezes, esqueço o 
nome das figuras geométricas como círculo e triângulo; V) Às vezes, sei a resposta do 
problema, mas não sei como eu cheguei lá; VI) Não compreendo porcentagens; VII) Se 
tenho que responder uma pergunta relacionadacom números, fico ansioso e não lido bem. 
 Esse questionário foi elaborado pelas autoras com objetivo de analisar as atitudes dos 
estudantes e como se sentem com a disciplina da matemática. 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
 
Questionário realizado com alunos com dificuldade sim não 
Não consigo entender a tabuada; 
 
 
 2 
 
 3 
Não consigo identificar os símbolos matemáticos (– ou +), não sei o seu nome e o que 
eles significam; 
 
 4 
 
 1 
Todos da minha turma sabem raiz quadrada, mas, na realidade, eu não sei; 
 5 
 
 0 
Às vezes, esqueço o nome das figuras geométricas como círculo e triângulo; 
 2 
 
 3 
Às vezes, sei a resposta do problema, mas não sei como eu cheguei lá; 
 1 
 
 4 
Não compreendo porcentagens; 
 
 
 2 
 
 3 
Se tenho que responder uma pergunta relacionada com números, fico ansioso e não 
lido bem. 
 
 5 
 
 0 
Fonte: Elaborado pelos autores 
 Com os dados obtidos nos questionários, tivemos condição de fazer levantamento de 
dados e desenvolver uma análise com mais precisão e entender as dificuldades 
apresentadas pelos estudantes. 
4. ANÁLISES DA PESQUISA DAS ATIVIDADES E DOS QUESTIONÁRIOS 
 As atividades aplicadas nos favoreceram uma aproximação maior dos estudantes e 
nos possibilitou uma observação mais próxima das suas posturas e atitudes durante o 
estudo dos conceitos. Na primeira atividade houve um avanço significativo, os estudantes 
sentiram mais confiança para realizarem a prova bimestral, tendo bom resultado na nota. 
 Durante a segunda atividade observamos que os estudantes com dificuldade no 
conteúdo tentaram responder as questões formuladas pelos colegas, tentando compreender 
como era formulada, adquirindo conhecimento para produzir futuramente. A aplicação do 
questionário foi importante para complementar as nossas observações. 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 Na primeira pergunta: Não consigo entender a tabuada, dos 05 (cinco) estudantes, 
dois (02) afirmam que entendem e três (03) afirmam não entender, diante dessas respostas 
podemos perceber que a dificuldade de entender a tabuada é um dos fatores que prejudica a 
aprendizagem na matemática. 
 A segunda pergunta: Não consigo identificar os símbolos matemáticos (– ou +), não 
sei o seu nome e o que eles significam, dos 05(cinco) estudantes, quatro (04) afirmam que 
identifica e um (1) afirma não identificar, diante dessas respostas podemos observar que os 
estudantes conseguiram aprender esses símbolos nas séries inicias. 
 Na terceira: Todos da minha turma sabem raiz quadrada, mas, na realidade, eu não 
sei, dos cinco (5) estudantes todos responderam que não sabem, baseando nessa resposta 
podemos ver que os estudantes não aprenderam o conteúdo que se inicia no ensino 
fundamental II. 
 A quarta pergunta: Às vezes, esqueço o nome das figuras geométricas como círculo e 
triângulo; dos cinco (05) estudantes dois (02) esquecem e três (03) não esquecem, diante 
dessas respostas podemos perceber que apesar da maioria não esquecer, são figuras 
simples que para a idade deles era para ser bem conhecidas. 
 Para o quinto questionamento: Às vezes, sei a resposta do problema, mas não sei 
como eu cheguei lá; dos cinco (05) estudantes um (01) sabe e quatro (04) não sabem, 
podemos observar que falta raciocínio lógico por parte desses estudantes. 
 Na sexta pergunta: Não compreendo porcentagens; dos cinco (05) estudantes dois 
(02) compreendem e três (03) não compreendem, podemos perceber com essas respostas 
que os estudantes estão precisando de mais aulas ligadas ao seu cotidiano. 
 Enfim a sétima pergunta: Se tenho que responder uma pergunta relacionada com 
números, fico ansioso e não lido bem. Dos cinco (05) estudantes todos responderam que 
ficam ansiosos, com base nessa reposta podemos perceber que a dificuldade de 
aprendizagem traz insegurança para esses estudantes. 
 Durante a pesquisa podemos observar que os estudantes com dificuldade na 
disciplina de matemática não estão conseguindo raciocinar para resolver os problemas 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
mais complexos do cotidiano. Falta de interesse, curiosidade e raciocínio lógico são os 
problemas mais encontrados por parte desses estudantes. 
CONCLUSÃO 
 A pesquisa nos possibilitou a identificação de algumas dificuldades e as possíveis 
origens delas. Foi possível observar que as dificuldades de aprendizagem em matemática 
no 6°ano ocorrem por diversos fatores, a dificuldade pode vim desde as séries iniciais e 
piorando na transição do 5º ano para o 6°ano, onde tem um contexto maior. O papel do 
professor é de suprema importância para que haja um bom resultado no desenvolvimento 
da aprendizagem. 
 Na perspectiva da pesquisa podemos dizer que cabe ao professor desenvolver 
habilidades que facilite a absorção de aprendizagem e motivar os estudantes a utilizar sua 
criatividade para resolver os problemas envolvidos da matemática em sala de aula e no seu 
cotidiano. Com essa nova postura docente os estudantes terão mais interesse pela disciplina 
quando houver mais situações envolvendo o conteúdo com sua vida cotidiana, onde os 
problemas serão resolvidos baseados no que aprende na escola e na sociedade. 
 Com a ajuda dos colegas e de profissionais como: psicopedagogos, psicólogos e 
demais responsáveis pela a educação, como: gestores e familiares tem uma tendência de 
melhorar a dificuldade de aprendizagem destes estudantes. 
 Foi possível observar que as atividades significativas supriram as expectativas de 
aprendizagem desejada, alcançando um bom resultado na determinada disciplina. Visto 
que os estudantes conseguiram aprender de maneira prazerosa e produziram o que foi 
trabalhado no período determinado. Nesse sentido, podemos concluir que as atividades 
significativas, utilizando resolução de problemas promove melhor aprendizagem, 
contribuindo para que o estudante desenvolva um estímulo para continuar estudando. 
REFERÊNCIAS 
CARVALHO, Paulo Cézar Pinto. Fazer Matemática e usar Matemática. Salto para o futuro. 
Série Matemática não é problema. Disponível em 
http://www.tvebrasil.com.br/SALTO/boletins2005.htm 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: Saberes necessário a pratica educativa. São Paulo: Paz 
e Terra, 1996. 
GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. 
______. Projetos de pesquisa. 3. ed. São Paulo: Atlas, 1996 
JOHNSON E MYKLEBUST. Enciclopédia livre: Discalculia. Disponível em Acesso em: 
21/10/2016 
JOSÉ, Elisabete Assunção e COELHO, Maria Teresa. Problemas de aprendizagem. Editora 
Ática. São Paulo. 1997. 
KALOUSTIAN, Sílvio Manoug (org.). Família brasileira: a base de tudo. 7. ed. São Paulo: 
Cortez, 2005 
LORENZATO, Sergio. Para aprender matemática. Campinas, SP: Autores Associados Ltda, 
2006. Coleção Formação de professores. 
MOREIRA, M. A. “Aprendizagem significativa: um conceito subjacente”. In: Encontro 
Internacional sobre Aprendizagem Significativa, 1997, Burgos, Espanha. Actas. Burgos: ENAS, 
1997. 
PIAGET, Jean. Sobre Pedagogia. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1998. 
RANGEL, Ana Cristina Souza. Educação matemática e a construção do número pela criança: 
uma experiência em diferentes contextos sócios-econômicos, Porto Alegre: Artes Médicas,1992 
SANCHEZ, Jesús Nicaso Garcia. Dificuldades de aprendizagem e Intervenção 
Psicopedagógica. Porto Alegre: Artmed 2004 
SCHLIEMANN, Ana Lúcia Dias; CARREHER, David William; CARREHER, Terezinha Nunes. 
Na vida dez, na escola zero. 6. ed. São Paulo: Cortez, 1991WEISZ, Telma. O diálogo entre o 
ensino e a aprendizagem. 2. ed. São Paulo: Ática, 2001. Série Palavra de Professor. 
TOLEDO, Marília & TOLEDO, Mauro. Didática de matemática como dois e dois: a construção 
da matemática. São Paulo: FTD, 1997. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
PLANEJAMENTO FINANCEIRO PESSOAL 
 
Samuel Araújo Loureiro
4
 
Nídia Seledônio Reis Castro² 
Claudio Lino da Silva Rodrigues³ 
 
RESUMO 
Esse conceito (planejamento financeiro pessoal) é bastante novo no Brasil, por esta razão são raros trabalhos 
científicos sobre o tema, isso se deve ao fato de que somente com a estabilidade econômica alcançada através 
da implantação do plano real, é que se tornou possível a realização de orçamentos e outras atividades 
pertinentes ao planejamento financeiro pessoal, na tentativa de diminuir esse vácuo informacional, foi 
realizada esta pesquisa, que tem por objetivo geral demonstrar a importância de profissionais especializado 
na área. O estudo na sua fundamentação teórica aborda conceitos de planejamento financeiro, fluxo de caixa 
e controle de gastos, como fazer um processo de planejamento e gestão das finanças pessoais. O 
planejamento financeiro pessoal é uma atividade relativamente nova no Brasil, sendo o seu surgimento 
consequência da estabilidade econômica trazida pela implantação do plano real em meados da década de 90. 
Sobre o assunto, Frankenberg (1999, p.27), faz o seguinte comentário: Os conceitos do planejamento 
financeiro pessoal e familiar são amplamente difundidos há muitos anos em países mais desenvolvidos. No 
Brasil, foi somente depois da estabilização da nossa economia, a partir de meados de 1994, que começamos a 
tomar consciência da importância do planejamento financeiro pessoal. Antes, o primordial para as famílias 
era driblar a alta dos preços. Ao final deste estudo, é possível concluir que o planejamento financeiro é de 
suma importância para as pessoas que pretendem atingir seus objetivos financeiros e patrimoniais, bem como 
garantir uma renda que garanta manter seu estilo de vida e ter tranquilidade na aposentadoria. 
 
Palavras-chave: Finanças Pessoais; Planejamento Financeiro; Investimentos; Fluxo de caixa. 
 
INTRODUÇÃO 
A essência de finanças se bem pensado, teve sua origem no momento em que 
aflorou a própria humanidade. Naquela época não havia o que hoje é conhecido como 
Empresa. O que existiam eram apenas indivíduos e suas famílias armazenando 
mantimentos que garantissem sua sobrevivência. Pode-se, então, afirmar que as trocas 
financeiras se destinavam originariamente às pessoas físicas, e não às entidades 
juridicamente delimitadas. 
 
 
 
 
4 Faculdade de Gestão e Negócios / Samuel.aloureiro@gmail.com 
² Faculdade de Gestão e Negócios / Nidiaseledonio@yahoo.com.br 
³ Claudio Lino da Silva Rodrigues / Claudiotce@gmail.com 
26 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 
Apenas com o desenvolvimento da economia, através dos tempos, é que se 
observou o surgimento das primeiras associações de indivíduos com fins empresariais. 
Segundo Iudícibus (2006, p.35), a crescente complexidade dessas entidades colaborou para 
a evolução da necessidade do profissional no ramo financeiro, pois a compeliu a criar 
mecanismos adequados de controle patrimonial e financeiro para as mesmas. 
No Brasil, em meados de 2004, a economia brasileira passou a experimentar certa 
estabilidade, o que possibilitou o surgimento de um ambiente propício para o 
desenvolvimento das atividades que compõem o planejamento financeiro pessoal, como a 
elaboração de orçamentos, planejamento da aposentadoria etc, assim, observou-se nos 
últimos tempos uma crescente demanda por informações concernentes à administração das 
finanças pessoais. Consequentemente, muitos profissionais brasileiros da área de finanças, 
identificando essa tendência, passaram a escrever livros sobre o assunto. A principal 
característica dessas obras tem sido o uso de uma linguagem bastante coloquial, uma vez 
que o seu maior objetivo é facilitar a compreensão de assuntos, que até então, eram 
praticamente desconhecidos do público em geral. Alguns desses livros têm alcançado 
grandes vendagens, como é o caso de Casais Inteligentes Enriquecem Juntos, de Gustavo 
Cerbasi, presente por mais de 70 semanas na lista dos 10 mais vendidos publicada pela 
revista Veja, segundo a edição do dia 26 de setembro de 2007. O sucesso desses livros 
evidencia a existência de um grande número de pessoas interessadas em administrar 
melhor seu patrimônio, o que as tornariam clientes potenciais para os consultores 
financeiros. 
Algumas instituições de ensino já enxergaram a necessidade de preparar 
adequadamente os profissionais para os desafios desse novo campo de atuação. Como 
exemplo disso, em 2004, o curso de ciências contábeis da UFSC (Universidade Federal de 
Santa Catarina) instituiu a disciplina finanças pessoais, que foi ministrada pela primeira 
vez naquele ano em caráter opcional. 
Assim, buscando o aprofundamento neste assunto, o presente artigo apresenta como 
questão problema o questionamento: Como fazer um processo de planejamento e gestão 
das finanças pessoais? 
A pesquisa tem, além do seu objetivo geral, que é o de explicar o planejamento 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
financeiro e gestão das finanças pessoais, os seguintes objetivos específicos: 
Analisar o processo de planejamento financeiro pessoal a partir dos conceitos do AICPA 
(American Institute of Certified Public Accountants) e outras instituições relacionadas com 
o tema e analisar o estágio de desenvolvimento da profissão de planejador financeiro 
pessoal no Brasil. 
Para a realização da pesquisa utilizamos a pesquisa exploratória para ampliar o 
conhecimento sobre a gestão das finanças pessoais. 
Quanto à abordagem, trata-se de pesquisa qualitativa. Sobre os procedimentos de 
pesquisa adotados tem-se: pesquisa bibliográfica e pesquisa documental. Segundo Gil 
(2002, p.44), “[...] a pesquisa bibliográfica é desenvolvida com base em material já 
elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos”. A principal vantagem 
da pesquisa bibliográfica está no fato de permitir ao investigador a cobertura de uma gama 
de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar diretamente (idem, 
p.45). 
Foram identificadas fontes bibliográficas no Brasil e nos Estados Unidos, onde a 
atividade de planejamento financeiro pessoal é mais difundida, as quais forneceram a base 
conceitual sobre o planejamento financeiro pessoal. 
Dividindo este artigo em duas seções, a primeira seção dedica-se especificamente 
ao planejamento financeiro pessoal. Desta forma, são expostos conceitos, características, 
passos de execução. Na seção seguinte realiza-se uma simulação para apresentar os passos 
de execução de um planejamento financeiro pessoal elaborado para um indivíduo membro 
da classe média brasileira, utilizando-se dados e taxas de juros compatíveis com as 
praticadas atualmente no Brasil e os demonstrativos contábeis pessoais baseados no modelo 
proposto pelo SOP 82-1 do AICPA. 
 
ENTENDENDO O PLANEJAMENTO FINANCEIRO 
O planejamento financeiro pessoal é uma atividade relativamente nova no Brasil, 
sendo o seu surgimento consequênciada estabilidade econômica trazida pela implantação 
do plano real em meados da década de 90. Sobre o assunto, Frankenberg (1999, p.27), faz 
o seguinte comentário: Os conceitos do planejamento financeiro pessoal e familiar são 
amplamente difundidos há muitos anos em países adiantados como os Estados Unidos, a 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
Grã-Bretanha e o Japão. No Brasil, somente depois da estabilização da economia, a partir 
de meados de 1994, que começamos a tomar consciência da importância do planejamento 
financeiro pessoal. Antes, o primordial para as famílias era driblar a alta dos preços. 
A consequência de ser este um tema pouco explorado no Brasil, é a insuficiência de 
pesquisa científica na área, bem como de conhecimento da profissão de planejador 
financeiro e dos principais conceitos que lhe permeiam. Percebendo essa carência de 
conhecimento, a presente seção deste artigo dedica-se a divulgação dos principais tópicos 
sobre o planejamento financeiro pessoal, a começar pelo seu conceito. 
 Nessa perspectiva entender o conceito e ter condição de comparar os autores é um 
fator imprescindível para que se conheça mais sobre esses aspectos. 
Para Frankenberg (1999, p.31) afirma que 
O planejamento financeiro pessoal significa: “... estabelecer e seguir uma 
estratégia precisa, deliberada e dirigida para a acumulação de bens e valores que 
irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua família”. 
 
O conceito é bastante objetivo, segundo o qual o principal ponto do planejamento 
financeiro pessoal é o desenvolvimento de estratégias para o alcance de um objetivo, que 
no presente caso seria a acumulação de bens, mas que poderia também se tratar da 
conquista da aposentadoria, educação dos filhos, além de outros. 
Já para a Financial Planning Association (2007), tradicional associação 
internacional de planejadores financeiros: o planejamento financeiro é o processo de dirigir 
inteligentemente as finanças de alguém para o alcance de certos objetivos e sonhos, ao 
mesmo tempo em que ajuda no trato com os obstáculos financeiros que inevitavelmente 
surgem em todos os estágios da vida. A profissão de planejamento financeiro existe para 
auxiliar as pessoas a tomar suas decisões financeiras e atingir seus objetivos de vida. 
A exemplo do que fez Frankenberg (1999), o conceito menciona a existência de 
objetivos a serem conquistados, mas também dá ênfase ao enfrentamento aos problemas 
financeiros como sendo uma finalidade para a qual o planejamento financeiro deve ser 
executado. Além disso, menciona os diversos estágios da vida, o que sugere a necessidade 
de adaptação do planejamento aos desafios peculiares de cada um deles. 
Outra conceituação bastante sucinta é a do Financial Planning Standards Board 
(2007), entidade internacional que comporta planejadores financeiros sediada nos Estados 
Unidos, para quem o planejamento financeiro pessoal é: “... o processo de alcance dos seus 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
objetivos de vida através de uma adequada administração de suas finanças. Objetivos de 
vida podem incluir a compra de uma moradia, a poupança para educação dos filhos ou 
planejamento da aposentadoria.” 
Por fim, o AICPA (1993), através do Statement on Responsabilities in Personal 
Financial Planning Practice n.1, define as atividades de planejamento financeiro pessoal 
como: “...aquelas que envolvem o desenvolvimento de estratégias e apresentação de 
recomendações para assistir um cliente na definição e alcance de objetivos financeiros 
pessoais.” 
Planejamento financeiro vai muito além do controle das despesas, envolve controle 
de gastos, definição e revisão periódica de metas, investimentos e avaliação dos progressos 
que estão sendo feitos, deve ser elaborado a curto, médio e longo prazo, sendo flexível e 
alterado de acordo com os objetivos e expectativas de cada pessoa. Este planejamento 
envolve questões financeiras, sociais, culturais e psicológicas e para que seja eficiente é 
necessário o conhecimento de algumas técnicas contábeis e noções do mercado financeiro. 
 Quanto maior for o conhecimento econômico e financeiro de uma pessoa, maiores 
serão suas chances de êxito do seu planejamento financeiro ao longo da vida. Para 
Nakagawa (1993, p.48), “planejamento é o ato de tomar decisões por antecipação à 
ocorrência de eventos reais, e isto envolve de uma entre várias alternativas de ações 
possíveis.” De acordo com Frankenberg (1999, p.31), planejamento financeiro pessoal 
significa estabelecer e seguir uma estratégia precisa, deliberada e dirigida para a 
acumulação de bens e valores que irão formar o patrimônio de uma pessoa e de sua 
família. 
Essa estratégia pode estar voltada para curto, médio ou longo prazo, e não é tarefa 
simples atingi-la. Planejamento financeiro pessoal é o trabalho de organização de 
informações relevantes para que se obtenha saúde financeira no controle e gestão das 
finanças pessoais. Estabelecendo objetivos, etapas, prazos e os meios necessários para 
garantir a proteção e estabilidade do patrimônio pessoal. Planejamento financeiro significa 
organizar a vida financeira de forma que você possa sempre ter reservas para os 
imprevistos da vida e, sistematicamente, construir uma independência financeira que 
garanta na aposentadoria, uma renda suficiente para uma vida tranquila e confortável. 
Pode-se afirmar que as conceituações apresentadas não trazem pontos de 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
divergência relevantes. Ao contrário disso, convergem para a idéia do planejamento 
financeiro pessoal consistir basicamente, na elaboração de estratégias de uso inteligente 
dos recursos pessoais para o alcance de determinados objetivos financeiros. 
 
Elaboração do planejamento financeiro pessoal 
É importante definir a forma como o processo de elaboração do planejamento 
financeiro pessoal é conduzido na prática. Esta informação é relevante para que se possa 
compreender o papel efetivamente desempenhado pela contabilidade, e que pode ser 
observado através da descrição dos passos de execução do planejamento. 
Para Frankenberg (1999, p.73) 
“Tendo definido seus objetivos, o passo seguinte é saber onde você se encontra 
hoje em termos financeiros e patrimoniais. Isso pode ser feito através de um 
minucioso levantamento de tudo o que você possui [...] e de tudo o que deve.” 
 
Já para a Financial Planning Association (2007), o processo de planejamento 
envolve o levantamento de todos os recursos existentes, desenvolvimento de um plano para 
a sua utilização e a implementação sistemática do mesmo com o intuito de alcançar os 
objetivos de curto, médio e longo prazos. Este plano deverá ser monitorado e revisado 
periodicamente, se necessário, para assegurar que o mesmo está efetivamente conduzindo 
ao alcance dos objetivos financeiros. 
Ainda sobre o assunto, Instituto Brasileiro de Certificação de Profissionais 
Financeiros IBCPF (2007), afirma que o processo de planejamento financeiro pessoal 
consiste de seis estágios: 
1. Definição da forma de relacionamento entre planejador financeiro e cliente; 
2. Obtenção de informações, dados e objetivos do cliente; 
3. Análise e avaliação das condições financeiras do cliente; 
4. Desenvolvimento e sugestão de alternativas de planejamento financeiro para o 
cliente; 
5. Execução das recomendações do planejamento financeiro; 
6. Monitoramento das recomendações do planejamento financeiro. 
Por fim, o contrato para elaboração de um planejamento financeiro pessoal descrito 
no Statement on Responsabilities in Personal Financial PlanningPractice n.1 do AICPA 
(1993), consiste do seguinte: 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
a. Definição dos objetivos do contrato; 
b. Planejamento de procedimentos específicos apropriados para o contrato; 
c. Desenvolvimento de uma base para as recomendações; 
d. Comunicação das recomendações ao cliente; 
e. Identificação das tarefas a serem postas em prática em função das decisões do 
planejamento. 
 Sobre o item (c), o documento afirma serem necessárias a coleta e integração de um 
número suficiente de informações relevantes, que entre outras coisas envolvem um 
entendimento da situação financeira existente e dos recursos disponíveis para o alcance das 
metas. 
Devido a semelhança existente entre as descrições listadas acima, qualquer uma 
delas poderia ser escolhida para fornecer uma visão geral do assunto sem prejuízo para sua 
compreensão. Em virtude disso, uma maior ênfase será preferencialmente destinada àquela 
feita pelo AICPA, uma vez que a mesma foi especialmente elaborada para os profissionais 
da contabilidade. 
A primeira fase, de definição dos objetivos do contrato, é aquela em que segundo o 
AICPA (1993), o planejador obterá um entendimento com o cliente acerca de assuntos 
como as metas a serem alcançadas, sua situação familiar, grau de comprometimento com o 
processo de planejamento em curso e preferências pessoais. Além disso, é nesta fase que 
será feita a documentação do escopo do trabalho a ser realizado, e das responsabilidades 
das partes envolvidas. Enfim, esta é a fase em que a forma de relacionamento entre 
planejador e cliente e o que se espera do processo serão definidos. 
O passo seguinte é a determinação de procedimentos adequados ao planejamento, 
os quais dependerão dos objetivos traçados na etapa anterior e deverão ser capazes de 
produzir informações úteis para elaboração das recomendações a serem feitas ao cliente. A 
seleção de procedimentos deverá levar em conta as circunstâncias em que o cliente está 
vivendo, além de atentar para critérios de materialidade e para relação custo benefício. 
No terceiro passo, em relação à base de dados para as recomendações, além da 
análise da situação financeira já mencionada, o planejador também deverá contar com 
estimativas, projeções e suposições diversas levantadas pelo cliente. O planejamento 
financeiro pessoal lidará, portanto, com informações sobre o futuro, que é incerto, 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
envolvendo assim um amplo número de metas que podem mudar a medida em que certos 
eventos ocorram. Por esta razão, o contador deverá desenvolver recomendações baseadas 
no maior número de cenários hipotéticos possível e evidenciar as suposições que poderiam 
impactar significativamente suas conclusões. 
O quarto passo é a comunicação das recomendações ao cliente, que deverá ser feita 
de uma maneira tal que o auxilie na avaliação de estratégias e na implementação das 
decisões financeiras oriundas do planejamento. Estas comunicações deverão ser feitas por 
escrito e incluir um sumário das metas do cliente, bem como suposições significantes, 
descrição de possíveis limitações no escopo do trabalho realizado, as recomendações em si 
e uma afirmativa de que os resultados projetados podem vir a não ser alcançados. 
Por fim, o profissional como planejador financeiro deverá auxiliar o cliente a 
identificar tarefas essenciais para serem postas em prática como a fixação de prazos-alvo 
para o alcance de certos objetivos ou a identificação das partes responsáveis pela 
realização de determinadas tarefas concernentes ao planejamento. 
Para o melhor entendimento sobre o assunto o cliente tem que ter o mínimo de 
conhecimento sobre itens explicados abaixo, para assim entender melhor o trabalho do 
planejador financeiro, como por exemplo fluxo de caixa e controle de gastos. 
O Fluxo de Caixa é uma ferramenta que controla a movimentação financeira (as 
entradas e saídas de recursos financeiros), em um período determinado, de uma empresa ou 
pessoa física, nesse sentido, o Fluxo de Caixa consiste “no conjunto de ingressos e 
desembolsos de numerário ao longo de um período projetado. ” (ZDANOWICZ, 2004, p. 
40) 
Também chamado orçamento de caixa, fluxo de recursos financeiros, fluxo de 
capitais e movimento de caixa 
Para uma boa gestão do patrimônio pessoal é necessário a utilização desta 
ferramenta no planejamento dos gastos pessoais. Na demonstração do Fluxo de Caixa, são 
apresentados todos os recebimentos e pagamentos efetuados em um determinado período, é 
o controle de toda a entrada e saída de dinheiro. 
O objetivo do Fluxo de Caixa em finanças é dar uma visão das operações 
financeiras realizadas no mês, das disponibilidades que representam o grau de liquidez do 
caixa. 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
Na elaboração do Fluxo de Caixa, deve-se alocar todos os tipos de recursos que 
normalmente ingressam no caixa e de que forma eles são gastos. 
 O Controle de Gastos é uma ferramenta que junto ao fluxo de caixa, gerar 
organização na estrutura financeira, de acordo com o Grande Dicionário Larousse Cultural 
da Língua Portuguesa (1999, p.264), controle é a “...verificação administrativa, inspeção, 
fiscalização, domínio de si mesmo, moderação e comedimento...” 
 No planejamento financeiro pessoal o controle de gastos é de extrema importância 
para evitar o endividamento e conseguir poupar para futuros investimentos, gerando uma 
reserva para a aposentadoria. 
Para Macedo Junior (2007, p.34), organizar as contas também mostra a real 
dimensão de sua saúde financeira e quais são seus hábitos de consumo. Possibilita que 
você diminua seus gastos aos cortar desperdícios e pagamento de juros e poupe para 
investir em você. Ao colocar tudo no papel você poderá ter uma agradável surpresa e 
descobrir que tem mais dinheiro do que imagina. 
Se o resultado do fluxo de faixa for positivo, ou seja, entradas maiores que saídas, 
esse valor poderá ser investido. No caso do resultado ficar igual (entradas = saídas) ou for 
negativo (entradas menores que saídas), será necessário rever os gastos, detalhadamente e 
criteriosamente, analisando-os por categoria e determinando a participação percentual de 
cada um no total de gastos mensais, para saber exatamente quais são os gastos mais 
relevantes no orçamento mensal. 
Nesta situação é possível a utilização de um mapa de controle de gastos, 
devidamente adaptado às necessidades de cada um. 
A partir daí, poderá definir onde reduzir os gastos para equilibrar o orçamento 
mensal e torná-lo positivo, poupando todo mês. 
O mapa de controle de gastos deverá ser elaborado mês a mês, além de identificar 
detalhadamente o gasto mensal e auxiliar na identificação e redução de gastos, servirá de 
base para preenchimento das categorias de despesas no demonstrativo de Fluxo de Caixa 
mensal. 
Para auxiliar no controle e diminuição dos gastos é importante tomar cuidado com 
os vilões do orçamento pessoal: 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
• os pequenos valores gastos no dia-a-dia, como gorjetas, lanches, estacionamento, 
cinema, pipoca, presentes e outros. Sugere-se anotar durante um período ou todos os meses 
os valores desses gastos para saber exatamente o reflexo no orçamento. 
• compras desnecessárias. Sugere-se avaliar o custo-benefício do gasto, se a compra é 
realmente necessária. 
• endividamento e juros. Sugere-se evitar, pois eles podem comprometer o orçamento. 
 
RESULTADOS E DISCUSSÃOA profissão de planejador financeiro pessoal consiste em realizar análises de 
viabilidade financeira de projetos, pela elaboração e análise de relatórios gerenciais para 
acompanhamento financeiro das diversas áreas de uma empresa ou pessoal. 
Halfeld (2004, p.146) faz um comentário que poderá servir de base para discussão 
acerca da profissão de planejador das finanças pessoais: 
Embora não seja muito conhecido no Brasil, esse tipo de profissional é bastante popular 
nos Estados Unidos. Você pode ter o aconselhamento de um especialista, neutro que não 
está tentando vender-lhe seus próprios produtos financeiros ou imobiliários. Ele funciona 
como um técnico de natação ou um personal trainer (Treinador Pessoal), estimulando-o a 
atingir as metas estabelecidas. 
 Embora curto, o comentário do autor é bastante significativo e representa o que a 
profissão de planejador financeiro é atualmente, pois abrange muitos dos seus principais 
aspectos. 
Em primeiro lugar, o texto faz menção à situação brasileira. O autor parece 
compartilhar da opinião já comentada de Frankenberg (1999), para quem a atividade de 
planejamento financeiro também é algo bastante recente no Brasil. Mais precisamente, o 
seu aparecimento só se tornou possível após o arrefecimento das altas taxas inflacionárias 
em meados da década de 90, como consequência da implantação do plano real. 
Com a estabilização da economia, surgiu um panorama bastante favorável para o 
desenvolvimento das práticas que compõem o planejamento financeiro, como a elaboração 
de orçamentos e de projeções acerca de preços futuros. Além disso, presenciou-se a partir 
de então, o aparecimento de novos produtos financeiros, aumento da oferta de crédito, 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
popularização do sistema de previdência privada, e muitos outros fenômenos econômicos 
importantes. A consequência é que o cidadão se viu, de repente, diante de situações novas 
que diziam respeito à grande parte de sua vida financeira, sobre as quais não dispunha de 
conhecimentos. Não demoraria então, para que os profissionais e instituições da área 
financeira enxergassem essa nova oportunidade de negócios. 
Após mencionar o que ocorre no Brasil, Halfeld (2004) comenta a popularidade 
desse tipo de profissional nos Estados Unidos. Para se ter uma ideia, somente a Financial 
Planning Standards Board, uma das muitas associações profissionais sediadas naquele 
país, teria, segundo o site de sua associada no Brasil, o Instituto Brasileiro de 
Certificação de Profissionais Financeiros, ou simplesmente IBCPF (2007), cerca de 
50.000 associados. Parece haver, portanto, uma relação direta entre o estágio em que se 
encontra a profissão e o nível de desenvolvimento econômico do país. Essa hipótese 
encontra respaldo em afirmações como as de Frankenberg (1999, p.27), quando afirma 
que: “... os conceitos do planejamento financeiro pessoal e familiar são amplamente 
difundidos há muitos anos em países adiantados como os Estados Unidos, a Grã-Bretanha 
e o Japão...”, o que sugere uma relação de causa e feito entre os dois fenômenos. 
Por fim, Halfeld (2004) toca em um ponto que é crucial para a profissão de 
planejador financeiro pessoal, a isenção, que lhe permitirá fornece recomendações não 
enviesadas, fator que lhe diferencia de um mero vendedor de produtos financeiros. Essa 
constatação é importante, uma vez que termos como consultor de investimentos, consultor 
em previdência privada, consultor imobiliário, além de outros, pode ser utilizado por 
profissionais que são na verdade vendedores, os quais tendem a fazer análises que, na 
maioria das vezes, justificam a compra de seus próprios produtos em detrimento de outras 
opções igualmente válidas. 
Eventualmente, porém, o planejador financeiro poderá vir a realizar a venda de 
determinados investimentos, assim como um gerente do segmento private bank (Banco 
Privado) pode vir a elaborar um planejamento financeiro para seus clientes; deve-se, 
todavia, ter em mente, que uma coisa não está circunscrita à outra. 
A necessidade de isenção também é defendida pelo IBCPF (2007), que faz o 
seguinte comentário acerca dos profissionais por ele certificados: “O profissional [...] deve 
ter excelente formação, [...] além de qualificação e isenção para avaliar e sugerir a 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
combinação mais adequada de produtos e serviços, conforme o perfil de cada cliente”. 
Em relação a esse conceito, na visão do IBCPF (2007), o planejador financeiro 
poderia ser entendido como: “...um generalista, com visão estratégica e conhecimentos de 
administração de investimentos, gerenciamento de riscos, previdência complementar, 
seguros, planejamento financeiro, fiscal e sucessório. ” 
Esse comentário parece corroborar a ideia discutida no primeiro capítulo deste 
trabalho, quando foi comentada a importância dos profissionais atuantes como consultores 
possuírem um conhecimento multidisciplinar, que vai além daqueles obtidos em sua 
formação acadêmica. 
 
CONCLUSÃO 
 Por meio desta pesquisa também tornou-se possível constatar a importância de se ter 
um planejamento financeiro pessoal, visando além das contas atuais, a necessidade de um 
planejamento futurando, assim pensando em estratégias para complementação de renda na 
aposentadoria. Pois a Previdência Social tem sinalizado que não conseguirá sustentar por 
muito tempo o pagamento das aposentadorias, transferindo assim a responsabilidade de 
garantir uma renda vitalícia a cada indivíduo. 
 Desta forma as pessoas precisam se preparar financeiramente, controlar seus gastos 
para que no final de cada mês consigam poupar para fazer aplicações e investimentos, 
garantindo assim uma complementação de renda na aposentadoria. 
 Diante disto constatou-se que o planejamento financeiro e o controle de gastos são 
fatores essenciais para se alcançar à independência financeira. Vale ressaltar que o 
planejamento deve ser dinâmico, ou seja, deve ser constantemente avaliado, verificando se 
o mesmo está atendendo as expectativas e objetivos iniciais. 
 Assim, percebemos que o artigo foi de grande valia para mostrar que podemos nos 
planejar financeiramente, e que com toda a importância de termos um profissional nos 
alinhando nesta área, é também importante que tenhamos um certo conhecimento sobre o 
assunto, pois o dinheiro é nossa, a vida que está sendo planejada é a nossa, por isso nossa 
responsabilidade. 
Anais do I Seminário de Pós-Graduação IDJ - 10 a 11 de outubro de 2017 “Novas perspectivas para 
profissionais do Século XXI” 
ISSN: 2526-7108 
 
 
 
 Por fim, constatou-se que, ao contrário do que acontece em países como os Estados 
Unidos, a profissão de planejador financeiro encontra-se ainda em estágio embrionário no 
Brasil. Por outro lado, várias evidências apontam para a consolidação da profissão no país. 
 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
ASSAF NETO, Alexandre. Mercado financeiro. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2003. 
FRANKENBERG, Louis. Seu futuro financeiro, você é o maior responsável: como 
planejar suas finanças pessoais para toda a vida. 14 ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. 
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002 
HALFELD, Mauro. Investimentos: como administrar melhor seu dinheiro. São Paulo: 
Editora Fundamento Educacional, 2001. 
HALFELD, Mauro. Investimentos: Como administrar melhor seu dinheiro. 2º ed. Ed. 
Fundamento. São Paulo, 2004. 
IUDÍCIBUS, Sérgio de. Teoria da Contabilidade. 8 ed. Ed. Atlas. São Paulo, 2006. 
NAKAGAWA, Masayuki. Introdução à Controladoria: conceitos, sistemas, 
implementação. São Paulo: Atlas, 1993. 
ZDANOWICZ, José Eduardo. Fluxo

Continue navegando