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MATERIAL DO CURSO CADASTRADOR SOCIAL APOSTILA CAPACITAÇÃO PARA AS EQUIPES DOS CRAS E CREAS MATRICIALIDADE SÓCIOFAMILIAR /SUAS A família é pública e privada. A intervenção do Estado na vida familiar é crescente e corresponde, sobretudo, à valorização da autonomia e à proteção da individualidade com base na regulamentação de políticas (SIERRA,2011) TENDÊNCIA AO TRABALHAR COM ABORDAGENS NO ACOMPANHAMENTO FAMILIAR A) Naturalização: eventos da natureza e as elaborações culturais B) Modelo da família conjugal: século XVIII O QUE É FAMÍLIA ? Unidade de reprodução social, incluindo a reprodução biológica, a produção de valores de uso e consumo, inserida em determinado ponto da estrutura social , definido a partir da inserção de seus provedores na reprodução. (BRUSCHINI; 2000) • A família é o lócus privilegiado da constituição da subjetividade humana. • A família é definidora, norteadora da história subjetiva do indivíduo. • Espaços de convivências nos quais se dá a troca de informações entre os membros e onde decisões coletivas a respeito do consumo, do lazer e de outros itens são tomadas. FUNÇÕES DA FAMÍLIA 1. Econômica 2. Socialização Primária 3. Ideológica: transmissão de valores PLURALIDADE DE FAMÍLIA • Família Nuclear: são as famílias formadas por pai, mãe e filhos biológicos, ou seja, é a família formada por apenas duas gerações; • Famílias Extensas: são as famílias formadas por pai, mãe, filhos, avós e netos ou outros parentes, isto é, a família formada por três ou quatro gerações; • Famílias Adotivas Temporárias: são famílias (nuclear, extensa ou qualquer outra) que adquirem uma característica nova ao acolher um novo membro, mas temporariamente • Famílias de Casais: são as famílias formadas apenas pelo casal sem filhos; • Famílias Monoparentais: são as famílias chefiadas só pelo pai ou só pela mãe; • Famílias de casais homossexuais com ou sem criança: são as famílias formadas por pessoas do mesmo sexo, vivendo maritalmente, possuindo ou não crianças; • Famílias reconstruídas após o divórcio: são famílias formadas por pessoas (apenas um ou o casal) que foram casadas, que podem ou não ter crianças do outro casamento; • Famílias de várias pessoas vivendo juntas, sem laços legais, mas com forte compromisso mútuo: são famílias formadas por pessoas que moram juntas e que, mesmo sem ter a consanguinidade, são ligadas fortemente por laços afetivos. (SZUMANSKI :2002) FAMÍLIA CONTEMPORÂNEA • Flexibilidade das configurações familiares Indefinição dos papeis sexuais • Redução da autoridade dos pais • Aumento da mobilidade afetiva • Divorcio/separações • Baixa natalidade • Cenários marcados por pobreza • Redefinição das políticas públicas sociais DESAFIOS DO COTIDIANO DAS FAMILIAS • Interesse na educação dos filhos • Garantir seu sustento • Realização profissional dos membros • Satisfação sexual • Envolvimento afetivo • A cobrança para ser uma organização equilibrada apesar de se encontrar “num mundo em descontrole” • Não pode ser confundido com pró-família, mas uma perspectiva de maior responsabilização da família pelo bem-estar de seus membros, incentivado pelas políticas públicas, seja pelo seu subdesenvolvimento em serviços de apoio à família, por benefícios poucos generosos ou pelo princípio da subsidiaridade do Estado, recaindo sobre a família a responsabilidade pelos serviços de proteção social POLITICA SOCIAL DE ATENDIMENTO A FAMILIA TENDÊNCIA FAMILISTA TENDÊNCIA PROTETIVA/PREVENTIVA • De promoção do bem-estar e da qualidade de vida; além disso, ampliou seu escopo, visando atingir e trabalhar estados de sofrimento, exclusão, vulnerabilidade, discriminações, dentre outros. • Com práticas socioeducativas alternativas, dirigidas para a autonomia e protagonismo das famílias PRESPECTIVA PROTETIVA A família não tem condições objetivas de arcar com as exigências que estão sendo colocadas sobre ela na sociedade contemporânea, especialmente nos países como o Brasil que é marcado por uma desigualdade estrutural A articulação da rede e a integração com as políticas setoriais. O novo desenho da Política de Assistência Social busca romper com a tradição de atendimentos: • Pontuais, dispersos, descontínuos e fragmentados, voltados para situações limites extremas, FAMÍLIA E POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL - MATRICIALIDADE SÓCIOFAMLIAR PROTEÇÃO SOCIAL - SUAS Centralidade e responsabilidade do Estado no atendimento e acompanhamento das famílias, de modo: • Proativo, protetivo, preventivo e territorializado, assegurando o acesso a direitos e a melhoria da qualidade de vida. PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA • Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família • Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos • Serviço de Proteção Social Básica para Pessoas com Deficiência e Idosas PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL • Serviço Especializado de Abordagem Social • Serviço de proteção social a adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa de Liberdade Assistida (LA) e de Prestação de Serviços à Comunidade (PSC) • Serviço de Proteção Social Especial para Pessoas com Deficiência, Idosos(as) e suas famílias • Serviço de Acolhimento Institucional • Serviço de Acolhimento em República • Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora • Serviço de proteção em situações de calamidades públicas e de emergências PNAS/SUAS ( AMBIGUIDADES) • Reconhecimento da pluralidade de famílias • Modernização conceitual - visão ampliada de família X Conservadorismo nas expectativas em relação às funções da família • A proteção oferecida exige contrapartidas; qual seja, que a família Cumpra suas clássicas funções, sobrecarregando de responsabilizações à família e reproduzindo estereótipos acerca dos papéis familiares (TEIXEIRA, 2011) BASES DO TRABALHO SOCIAL COM FAMÍLIAS PARA MIOTO a) Concepções estereotipadas de famílias e papéis familiares, centrados na noção de família padrão e as demais como “desestruturadas’, com expectativas das clássicas funções alicerçadas nos papéis atribuídos por sexo e lugar nos espaços público e privado; b) Prevalência de propostas residuais, dirigindo-se a determinados problemas, segmentados e fragmentados da totalidade social, tomados como “desviantes”, “patológicos” e sujeitos ao trabalho psicossocial individualizante e terapêutico, para cujo diagnóstico e solução envolve-se a família, responsabilizada pelo fracasso na socialização, educação e cuidados de seus membros; c) Focalização nas famílias em situação-limite, em especial nas “mais derrotadas”, “incapazes”, “fracassadas”, e não em situações cotidianas da vida familiar, com ações preventivas e na oferta de serviços que deem sustentabilidade às famílias TRABALHO COM FAMÍLIAS • Trabalho social multidimensional e relacional • Implica simultaneidade de ações junto ao publico alvo • Exige sinergia e ações em redes com vários sujeitos, organizações e grupos de interesse implicados na ação • Trata-se de um conjunto de processos, estratégias e procedimentos técnicos interventivos, eleitos a partir de pressupostos fundamentais disponibilizados por ampla base teórico-metodológica e ético-politica e processados numa adequação às diversidades regionais (WANDERLEY, 2008) BASES NORTEADORAS DO TRABALHO COM FAMÍLIAS • Compreender o capitalismo na contemporaneidade (Neoliberalismo, Reestruturação Produtiva, Globalização Econômica e Cultural). • Compreender as políticas públicas – a relação Estado e famílias • Entender as concepções de famílias no seu sentido plural Recorte Classe • Recorte Regional / Território Recorde Gênero e geração Recorte Étnico-Racial • Recortede Diversidade Sexual • Realizar a territorialização. • Compreender em que contexto essa família se encontra, conhecer suas potencialidades, recursos, vulnerabilidades, relações estabelecidas. • O profissional deve insistir na garantia dos espaços de sociabilidade. Devem provocar a inserção dos membros na família na comunidade. • Procurar conhecer o histórico de vida familiar, mapeando sua constituição, trajetórias de vida e visão de mundo, seus códigos, regras, valores, forma de interação dos membros, dinâmicas intrafamiliar e da família com a comunidade • Analisar o Contexto Cultural – condições subjetivas a esfera dos afetos e dos vínculos • Postura do profissional - Não deve ser o “salvador da família”, sua posição é de coconstrutor, facilitador de processos e ajudando a família a compartilhar responsabilidades, permitindo a expressão de sua criatividade • Intervir tendo como horizonte a Instrumentalidade (instrumentais) • Se são os objetivos profissionais (construídos a partir de uma reflexão teórica, ética e política e um método de investigação) • Trabalho em rede social - Realizar um trabalho em rede social de proteção, com encaminhamentos monitorados com propósito de adquirir suportes socioeconômico, e de serviços públicos • Busca da emancipação das famílias –autonomia garantir sua sobrevivência, buscando mediante mobilização e luta a garantia dos seus direitos. Produção, Edição, Elaboração e Revisão de Texto: ESCON - Escola de Cursos Online Proibida a reprodução total ou parcial sem permissão expressa da ESCON. (Lei 9.610/98)
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