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FISIOTERAPIA ESPORTIVA APLICADA AO HANDEBOL Ana Carolina Quiros Daniel Brito Marlon Matheus Natália Santos Rosiane Araújo CONCEITO Associação Brasileira de Arbitragem de Handebol, 2010: Esporte formado por uma equipe de até 14 jogadores onde não mais do que sete jogadores poderão estar presentes na quadra ao mesmo tempo no momento do jogo, e os demais jogadores serão os suplentes durante a partida. Dividido em categoria: mini (10 anos); mirim (11-12 anos); infantil (13-14 anos); cadete (15-16 anos); juvenil (17-18 anos); júnior (19-20 anos) e adulto (21 anos) (CBHB, 2007) Freda et al, 2015. MARCAÇÕES DA QUADRA POSIÇÕES DOS JOGADORES Goleiro Armador central Armador direito Armador esquerdo Ponta direita Ponta esquerda Pivô BIOMECÂNICA Esporte que propicia movimentos de corrida, saltos e arremessos; Para Girotto (2012) os riscos de lesões pode ocorrer devido a constantes mudanças de direção, movimentos rápidos de giro e aceleração, paradas bruscas, saltos e aterrisagens com apenas um pé e a rigidez da superfície. Podem ocorrer por outros fatores: lesões preexistentes, fatores fisiológicos, ambiente pessoal ou global, equipamentos ou das atividades devido ao nível de competitividade, qualidade e quantidade dos treinos Hespanhol Junior et al, 2012; Freda et al, 2015. BIOMECÂNICA O movimento analisado neste estudo foi o salto vertical no momento do arremesso no handebol. Por ser um dos movimentos mais importantes em uma partida de handebol, e estar ligado ao arremesso, à busca pela melhoria do salto é constante. O movimento é executado quando o aluno ou atleta flexiona as articulações joelhos dos membros inferiores e através do impulso vertical, ocasionado após executar uma força no solo projetando o seu corpo o máximo possível para superar a marcação adversária e poder fazer o arremesso com o máximo de precisão e força. Barbosa, 2013 BIOMECÂNICA Existem três fatores que facilitam a causa das lesões no Handebol: fatores pessoais relacionados à agilidade e coordenação; fatores ambientais, como o piso e a temperatura ambiente; e fatores de mobilidade representados por gestos esportivos, oponentes e colegas (COHEN; ABDALLA, 2003). O handebol tem grande participação no âmbito das lesões esportivas, sendo mais comuns as que ocorrem nos joelhos e tornozelos. O tipo de lesão mais comum nos atletas de handebol é a entorse, que ocorre mais comumente no joelho e ombro. (WEDDERKOPP et al., 1997). PRINCIPAIS MÚSCULOS E ARTICULAÇÕES Gestos Esportivos Saltos Arremesso por cima Arremesso por baixo Passe Recepção Fintas POSIÇÕES E GESTOS ESPORTIVOS JUNIOR, et. al. 2012 PIVÔ PASSES RECEPÇÕES PONTA RECEPÇÕES PASSES ARMADOR PASSES RECEPÇÕES SALTOS FINTAS C/ BOLA ARREM. P/ CIMA FINTAS C/ BOLA ARREM. P/ CIMA SALTOS FINTAS C/ BOLA SAL.TOS ARREM. P/ CIMA GESTOS ESPORTIVOS Segundo JUNIOR, et. al. , os principais gestos esportivos realizados pelos jogadores de handebol foram: As RECEPÇÕES E OS PASSES A posição que mais realizou gestos esportivos foi o ARMADOR CENTRAL, SEGUIDO DO ARMADOR ESQUERDO E DIREITO. O PIVÔ FOI A POSIÇÃO QUE MENOS REALIZOU OS GESTOS ESPORTIVOS. ANÁLISE DO ARREMESSO: FASE ARMAÇÃO OU PREPARAÇÃO O braço de arremesso irá acumular força pela rotação do tronco, abdução e rotação externa do ombro, flexão do cotovelo, e leve hiperextensão (53º) do punho, onde neste inicia-se a insuficiência passiva nos músculos flexores do punho, por uma contração excêntrica dessa musculatura. ANÁLISE DO ARREMESSO: FASE DE ACELERAÇÃO O movimento linear para frente partindo da rotação externa para uma rotação interna do ombro, e aumentando a hiperextensão (88º) do punho para ganho de maior força e velocidade, aumentando a insuficiência passiva da musculatura flexora do punho. ANÁLISE DO ARREMESSO: FASE DE LANÇAMENTO A energia acumulada durante as fases de preparação e aceleração, é transferida para a mão e o objeto (a bola) é lançado, perdendo o contato com a mão (39º). A musculatura flexora do punho entrará em insuficiência ativa, por contração concêntrica e musculatura extensora em contração excêntrica para frenagem do movimento excessivo de flexão do punho. ANÁLISE DO ARREMESSO: FASE DE DESACELERAÇÃO A musculatura extensora do punho em insuficiência passiva pela contração excêntrica, atuará como freio impedindo o movimento excessivo de flexão do punho, após o lançamento da bola. AVALIAÇÃO Bastos, 2010, propôs um protocolo de avaliação e testes para equipes de handebol, Nele são feitas 7 fases baseados na necessidade do esporte. São elas: Medidas antropométricas Força Velocidade Resistência Flexibilidade Coordenação Equilíbrio MEDIDAS ANTROPOMÉTRICAS TESTES ESPECÍFICOS ARREMESSO DE MEDICINEBOL Objetivo: Avaliação da força de braço (PORTAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA, 2010) Procedimento: o atleta deverá estar de costas a uma parede ou coluna, segurando a bola de 3kgs com as duas mãos contra o peito e logo a baixo do queixo. Ao sinal do treinador, deverá arremessar o mais longe possível, sem deixar o contato com a parede. POTÊNCIA DE SALTO VERTICAL Objetivo: determinação da potência do atleta para salto vertical. (MATHEWS,1986) Procedimento: Inicialmente o atleta deverá fica de pé lateralmente a superfície graduada da tábua. Passar giz nas polpas digitais de sua mão dominante, e mantendo a outra mão junto ao corpo, o atleta deverá erguer o braço procurando alcançar o mais alto possível e aí fazer uma marca na tábua. A seguir deverá se afastar ligeiramente da parede, agachar-se e saltar, fazendo nova marca com os dedos da mão dominante na tábua no ponto mais alto. Fazer 3 tentativas e registras o melhor resultado POTÊNCIA DE MARGARIA-KALAMEN Objetivo: avaliação de potência anaeróbia Procedimento: O atleta deverá se posicionar, de pé, a uma distância de aprox. 6m da escada e, então, correr em direção a escada e subir pulando os degraus de 3 em 3 o mais rápido possível. Quando o atleta pisar no 3º, o cronometro deve ser acionado e ao pisar no 9º, o cronometro deve ser paralisado. Realiza 3 vezes e registra o melhor resultado, para aplicar na seguinte fórmula: POTÊNCIA ANAERÓBIA= (M x D) / T Onde: M= massa corporal do praticante D= distância vertical entre o 3º e o 9º degraus T= tempo entre o 3º e o 9º degraus TESTE DE FOSTER Objetivo: avaliação da condição física do atleta em exercício através da frequência cardíaca (MATHEWS, 1986) Procedimentos: Registrar frequência de pulso inicial com o atleta de pé e em condições normais. Depois submeter a uma corrida estacionária de 180 passos/min, durante 15 seg. Após 5s do fim da atividade, registrar novamente a frequência de pulso e multiplica-lo por 12 para a conversão em frequência/min. Depois de 45s, registrar a frequência com o atleta parado e de pé (também converter para frequência/min) TESTE DE KNOX Objetivo: avaliação da velocidade de realização de drible, passe e arremesso (MATHEWS, 1986) Procedimento: Velocidade do drible – demarcar uma linha de partida e distribuir cones. O atleta deverá colocar a bola na linha de partida e ficar de pé atrás da mesma com as mãos no joelho. O atleta deverá pegar a bola e ir driblando os cones. Velocidade de passe – demarcar uma linha de 1,50m do paredão. O atleta ficará de pé atrás da linha, lançar e recuperar 15X a bola, o mais rápido possível. Velocidade de drible e arremesso – semelhante ao velocidade de drible, mas utilizando 3 obstáculos e o atleta deverá realizar uma cesta antes de retomar. Objetivo: avaliação do equilíbrio do atleta (MATHEWS, 1986) Procedimento: o atleta deverá segurar os artelhos de um dos pés com a mão oposta, saltar e elevar o pé livre acima do que estará sendo segurado, sem deixar o mesmo escapar. Registrar-se as possíveis falhas: Deixar escapar o pé segurado Não mover-se completamente pelo círculo formado pelo pé que estará sendo segurado TESTE DE LOWA-BRACE LESÕES POR CATEGORIA FREDA, et. al. 2015 MOMENTO DA LESÃO FREDA, et. al. 2015 CAUSAS DAS LESÕES Coutinho e Leão (2018) LESÕES E LOCALIZAÇÃO MATRIZ DE RISCO HANDEBOL SEVERIDADE CATASTRÓFICA GRAVE RUPTURA DE LCA LESÃO MENISCAL MODERADA LESÃO DE BANKART/HILL-SACHS ENTORSES DE TORNOZELO LEVE BUSITE TENDINOPATIAS LUXAÇÃO DE OMBRO INSIGNIFICANTE INSTABILIDADE GLENOUMERAL RARO INFREQUENTE MODERADO FREQUENTE QUASE RARO INCIDÊNCIA 32 PREVENÇÃO Para diminuir risco de lesões, faz-se a utilização de equipamentos de proteção como: tornozeleiras, joelheiras cotoveleiras; Tipo de piso utilizado nos jogos ou treinos Piso sintético apresenta menor risco de lesão Alongamento como prevenção ↓FLEXIBILIDADE ↑RISCO DE LESÃO Respeitar individualidade de cada atleta e cuidado com a sobrecarga dos treinos e jogos REFERÊNCIAS BARBOSA, Gustavo Luiz. Análise biomecânica do arremesso com salto em alunos praticantes de handebol. 2013. 29 f. Monografia (Especialização) - Curso de Educação Física, Universidade Federal de Goiás, Formosa, Go, 2013. BASTOS, Leandro Augusto Neves. Proposta de Testes para a avaliação de praticantes de Handebol. 2010. 28 f. TCC (Graduação) - Curso de Licenciatura em Educação Física, Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro, 2010. COUTINHO, Santhiago de Oliveira; LEÃO, Iberê Caldas Souza. Lesões nos esportes coletivos de quadra. Tipos, ocorrência e tratamento: uma breve revisão. Revista Brasileira do Esporte Coletivo, Recife, v. 2, n. 2, p. 4-20, 2018. Quadrimestral. FREDA, Felipe Medeiros; RODRIGUES, Vivian Damiani; GOULART, Renata Ramos. Prevalência de lesões esportivas em atletas de handebol de uma equipe profissional gaúcha. Do Corpo: Ciências e Artes, Caxias do Sul, v. 1, n. 5, p. 1-15, 2015. Girotto, N. et al. Principais gestos esportivos executados por jogadores de handebol, Rev. Bras. Ciênc. Esporte, Florianópolis, v. 34, n. 3, p. 727-739, 2012. HESPANHOL JUNIOR, Luiz Carlos et al. Principais gestos esportivos executados por jogadores de handebol. Rev. Bras, Ciên. Esporte, Florianópolis, v. 3, n. 34, p. 727-739, Jul/Set 2012 HIGASHI1, Renan Hideki et al. Lesões musculoesqueléticas em jovens atletas de handebol: um estudo transversal. Fisioter Pesq, São Paulo, v. 1, n. 22, p. 84-89, 2015. REFERÊNCIAS COHEN, Moisés; ABDALLA, Renê Jorge. Lesões nos esportes: diagnóstico, prevenção, tratamento. Rio de Janeiro: Revinter, 2003. WEDDERKOPP, N. et al. Injuries in young female players in European team handball. Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports, v. 7, n. 6, p. 342– 347, Dec. 1997.
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